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CENTENÁRIO DA REPÚBLICA
    COMEMORAÇÕES
ROSTOS DA REPÚBLICA
Rostos da República , é o resultado de um ano lectivo de trabalho (2009-2010) levado a cabo pelo
 grupo de História em colaboração com a Biblioteca Escolar.



A proposta partiu da professora Cláudia Amaral e tinha como objectivo dar a conhecer à
 comunidade Educativa e ao público em geral, alguns rostos que tivessem marcado estes Cem
 anos da República, bem como formas de viver e mudanças de mentalidade.



Ao longo do ano foram feitas exposições semanais na Biblioteca e ao mesmo tempo esses
 trabalhos foram sendo divulgados na página da Biblioteca.



Hoje, quando comemoramos os Cem Anos da República e atravessamos um período difícil na
 História de Portugal, é importante reflectir e ao mesmo tempo tentar encontrar soluções.
MANUEL DE ARRIAGA
Manuel de Arriaga
Nasceu na cidade da Horta, Faial, a 8 de Julho de 1840, faleceu em Lisboa, a 5 de Março de 1917.
                     Advogado, político, professor liceal, escritor e poeta.

    Manuel de Arriaga Brum da Silveira foi o primeiro presidente da República eleito em
    Portugal.

   Subiu ao poder em 1911, após as primeiras eleições e demitiu-se em 1915, sem ter
    concluído o mandato, prenunciando a instabilidade política que marcaria o período
    da 1.ª República.

    Manuel de Arriaga destacou-se como advogado e orador, alguns dos seus discursos
    políticos marcaram o movimento republicano com o qual se identificou desde cedo,
    ainda enquanto aluno na Universidade de Coimbra. Em 1890 foi preso por participar
    em manifestações patrióticas contra o ultimato inglês em 1891, aquando da revolta
    de 31 de Janeiro, já fazia parte da direcção do Partido Republicano.

   A experiência de Manuel de Arriaga como Presidente República foi relatada na sua
    última obra, intitulada Na Primeira Presidência da República .
Teófilo Braga
Teófilo Braga
Nasceu em Ponta Del gada a 24 de Feverei ro de 1843 e
morreu em Lisboa a 28 de Janeiro de 1924
                 Professor universitário, escritor e poeta
Joaquim Teófilo Fernandes Braga, foi Presidente do Governo Provi sório
republicano em 1910 e Pres idente da Repúbl ica em substituição de Manuel
de Arriaga, no período compreendi do entre 29 de Mai o de 1915 e 4 de
Agosto do mesmo ano.
A sua formação marca-se por um pos itivismo e anticlericalismo que
determinaram os seus trabalhos teóricos de análise da história da literatura
e da história da cultura portugues as.
Carolina Michaelis
Carolina Michaelis
               Berlim, 15 de Março de 1851 Porto, 22 de Outubro de 192 5
            Alemã de nascimento, portuguesa por casamento e devoção
                  Filóloga, Escritora, Investigadora, Professora e Mãe
Carolina de Vasconcelos notabilizou-se, na Europa, pelos seus estudos de filologia,
publicou várias obras numa époc a em que às mulheres não se permitiam aspirações
intelectuais e tornou-se na 1ª mulher a leccionar numa Universidade Portugues a.
Aos 16-17 anos começou a publicar, em revistas alemãs da especialidade, trabalhos em
filologia românica. Correspondeu-se com romanc istas europeus e com vultos da cultura
portugues a como Teófilo Braga, Alexandre Herc ulano, Joaquim de Vasconcelos,
historiador de Arte e mus icólogo, com quem casou em 1876.
Cancioneiros da Ajuda, História da Literatura Portugues a, Dicionário Etimológico das
Línguas Hispânicas, são alguns exemplos do seu contributo para o conhecimento da
literatura medieval e clássica. Revelou também interesse pela etnografi a, área em que
realizou estudos.
Em 1911 foi convidada para Profes sora da Faculdade de Letras de Lisboa, mas
transferiu-se para Coimbra, sendo a primeira mulher doutorada.
Doutora Honoris Causa pela Universidade de Friburgo (1893), Coi mbra (1916),
Hamburgo (1923). O rei D. Carlos concedeu-lhe a insígnia da Ordem de Santi ago de
Espada em 1923 e a Academia das Ciências de Lisboa, em 1911, admitiu como sócias,
com algumas oposições, as duas primeiras mulheres Carolina Michaelis e Maria
Amália Vaz de Carval ho.
Bernardino Machado
Bernardino Machado
                    Nasceu em 1851 (Rio de Janeiro) e faleceu em 1944 (Porto)

Bernardino Luís Machado Guimarães foi Professor universitário e político. Na monarquia, pertenceu ao
 Partido Regenerador, tendo sido deputado, par do Reino e ministro. Em 1903, aderiu ao Partido
 Republicano, tornando-se um dos seus mais notáveis líderes. Já na República, foi membro do Governo
 Provisório e, em 1914 e 1921, chefiou o Ministério. Derrotado na primeira eleição presidencial, foi por
 duas vezes eleito Presidente da República (1915 e 1925), mas nunca cumpriu os mandatos: foi
 deposto por Sidónio Pais (1917) e pelo golpe militar de 28 de Maio de 1926. O seu primeiro mandato
 ficaria marcado pela intervenção de Portugal na I Guerra Mundial e o segundo pelo golpe que pôs
 termo ao parlamentarismo da I República.


Político dos mais notáveis da I República Portuguesa, Bernardino Machado foi um cidadão exemplar
 no rigoroso cumprimento dos seus deveres e na defesa intransigente dos seus direitos


Jaime Cortesão elogia-o deste modo: "Ele não foi um manipanço vago e solene, de capacete amarrado
 na cabeça. A sua legendária chapelada, que se diria ir do palácio de Belém até ao fundo dos campos
 de Portugal, ficou como exemplo democrático do respeito do homem pelo homem".
José Relvas
José Relvas
Presidente do Ministério, ministro das Finanças e do Interior
Nasceu a 5 de Março de 1858 e faleceu a 31 de Outubro de 1929
José Mascarenhas Relvas licenciou-se em Direito em 1880, pertenceu ao Directório do Partido
Republicano e foi nessa qualidade que lhe coube a missão de ter proclamado a República, a 5
de Outubro de 1910, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No Governo Provisório que
então se constituiu, ocupou a pasta das Finanças e foi responsável pela reforma monetária e
pela criação do escudo. Mais tarde, entre Outubro de 1911 e Maio de 1914, foi embaixador em
Espanha. Neste período teve um importante papel no sentido de convencer as potências
estrangeiras a não intervir a favor da reposição da Monarquia em Portugal.
Regressado, afastou-se da política desgostoso com as lutas partidárias em que foi fértil a
Primeira República, voltando apenas, por um curto período, quando após a revolta monárquica
de Janeiro de 1919 aceitou formar Governo, acumulando a Presidência com a pasta do Interior
(27 de Janeiro a 30 de Março de 1919).

Era um amante das artes, em especial da música e da fotografia.
Adelaide Cabete
Adelaide Cabete
Adelaide Cabete é uma das figuras importantes da história portuguesa do início do século XX.
Nasceu em 25 de Janeiro de 1867, em Alcaçovas, Elvas, morreu a 14 de Setembro de 1935 em
Lisboa.
Republicana convicta, foi médica obstetra, ginecologista, professora, maçon, publicista,
benemérita, pacifista, abolocionista, defensora dos animais e humanista portuguesa.
Republicana militante,participou activamente na propaganda que antecedeu a mudança de regime
em 5 de Outubro de 1910, quando escrevia contra os monárquicos e Jesuítas denotava as suas
ideias republicanas, confirmadas no interior da Liga Republicana das Mulheres, a que esteve
ligada, tinha então ideias progressistas e muito avançadas para a época, de entre estas,
reivindicou para as mulheres o direito a um mês de descanso antes do parto.
Benemérita, defendeu sempre as mulheres grávidas pobres, as crianças, as prostitutas.
Humanista, aplaudiu o encerramento das tabernas e manifestou-se contra a violência das
touradas, o uso de brinquedos bélicos, e outros assuntos, revelando-se uma vanguardista ao
suscitar temas que se mantêm na actualidade.
Alguns factos emolduram a sua vida pública, com actos simbólicos de cidadania, por exemplo, em
1910 com duas companheiras,coseu e bordou a bandeira nacional hasteada na implantação da
República, na rotunda em Lisboa.
Mulher dinâmica,de forte personalidade e grande frontalidade, o seu dinamismo não a deixou
dormir sobre os louros conquistados, a sua acção não se limitou a teorias mas traduziu-se em
realidades práticas, era conhecida pelos seus próximos como carinhosa e bondosa, vestia num
estilo simples e não elaborado, era objectiva e de linguagem clara .
Domitília de Carvalho
Domitília de Carvalho
Nasceu em Travanca da Feira em 10 de Abril de 1871 e fal eceu em Lisboa em 11 de
Novembro de 1966
Médica, Professora , Escritora e Política
Foi a primeira mulher a frequentar a Universidade de Coimbra na qual se licenciou
em Matemática e Filosofia, respectivamente, em 1894 e 1895 e depoi s em Medicina
em 1904.
Trabalhou como médica na ANT (Assistência Nacional aos Tuberculosos). Prestou
serviço no Centro Materno-Infantil que abriu portas na que foi depois a Maternidade
Magalhães Coutinho e exerceu clínica privada num consultório no Rossio.
Optou por ingressar num lugar de Profes sora efectiva no Liceu de D. Maria Pia, a
primeira Escola Secundária criada para o sexo feminino em Portugal . Além de
Professora foi Reitora do Liceu Maria Pia.
Também se dedicou à escrita tendo publicado alguns livros de versos. Realizou
Conferênc ias sobre assuntos literários e de educ ação.
A partir de 1934 e durante duas legislaturas (1934-38 e 1938-41) foi uma das três
primeiras deputadas portugues as à recém-criada Assembleia Nacional do Estado
Novo, juntamente com Maria Guardiola e Cândida Parreira.
A Câmara da Feira prestou-lhe homenagem atribuindo o seu nome a uma rua da
cidade.
Sidónio Pais
Sidónio Pais
Nasceu a 1 de Janeiro de 1872, em Caminha, morreu a 14 de Dezembro de 1918 em
Lisboa
Oficial do exército, profes sor universitário e político. Deputado à Constituinte (1911),
ministro nos dois primeiros governos constitucionais (1911-1912), seria nomeado
Ministro de Portugal , em Berlim (1912), cargo que exerceu até à dec laração de guerra
por parte da Alemanha (1916). Em Dezembro de 1917, liderou o golpe militar que o
conduziria ao poder, introduziu uma ruptura constitucional em 1918, sendo eleito
Presidente da Repúbl ica por sufrágio directo. Seria assassinado em Dezembro
seguinte.
O assassinato de Sidónio Pais foi um momento traumático para a Primeira República,
marcando o seu destino: a partir daí qualquer simulacro de estabilidade desapareceu,
instalando-se uma crise permanente que apenas terminou quase oito anos depois com
a Revolução de 28 de Maio de 1926 que pôs termo ao regime.
O funeral de Sidónio Pais reuniu dezenas de milhar de pessoas, num percurso longo e
tumultuoso, interrompi do por múltiplos e violentos incidentes.
Ana Castro Osório
Ana Castro Osório
Ana Castro Osório
 Escritora, feminista e activista republicana, nasceu em Mangualde, a 18 de Junho de
1872, e faleceu em Setúbal, a 23 de Março de 1935.
É considerada a fundadora da literatura infantil no nosso país. Escreveu alguns livros que
foram utilizados como manuais escolares e publicou ainda uma obra marcante na sua
época, a colecção Para as Crianças, que lhe ocupou perto de quatro décadas de trabalho.
Traduziu contos dos irmãos Grimm, de Hans Christian Andersen e outros escritores
estrangeiros; escreveu também peças de teatro infantil.
Viveu no Brasil com o marido o poeta Paulino de Oliveira, que foi cônsul de Portugal em
São Paulo de 1911 a 1914; lá exerceu as actividades de professora e escritora, tendo
alguns dos seus livros sido adoptados em escolas brasileiras.
Mas não foi só nesta área que Ana de Castro Osório se distinguiu; tendo nascido durante
a Monarquia, lutou pelos ideais republicanos e também pela defesa dos direitos das
mulheres, tendo fundado a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e sido sub-
inspectora do Trabalho Fem inino. Escreveu livros sobre os problemas das mulheres da
sua época. Escreveu, em 1905, Mulheres Portuguesas , o primeiro manifesto feminista
português. Ana de Castro Osório foi pioneira na luta pela igualdade de direitos. O seu
activismo levou à criação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Colaborou com
Afonso Costa na criação da Lei do Divórcio. Defendeu até à exaustão que as mulheres
não deviam ser meras peças decorativas e que a educação era o passo definitivo para a
libertação feminina .
António de Oliveira Salazar
António de Oliveira Salazar
                                (1889, Santa Comba Dão/ 1970,Lisboa)
                              Estadista, Político, Professor Universitário
A sua educação foi fortemente marcada pelo catolicismo, chegando mesmo a frequentar um
seminário. Mais tarde estudou na Universidade de Coimbra, onde veio a ser docente de Economia
Política.
Já em plena Ditadura Militar, Salazar foi nomeado para Ministro das Finanças, cargo que exerceu
apenas quatro dias, devido a não lhe terem sido delegados todos os poderes que exigia. Quando
Óscar Carmona chegou a Presidente da República, Salazar regressou à Pasta das Finanças, com
todas as condições exigidas (supervisionar as despesas de todos os Ministérios do Governo).
O sucesso obtido na pasta das Finanças tornou-o em 1932, chefe de governo. Salazar equilibrou
as finanças públicas e criou as condições para o desenvolvimento económico, embora fortemente
controlado pelo Estado.
Dirigiu, de forma ditatorial, os destinos do País durante quatro décadas. Afastou todos os que
tentaram destituí-lo do cargo. Instituiu a censura e a polícia política (PIDE). Criou dois movimentos
paramilitares: a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa.
Figura controversa, marcou sem dúvida a história do país, instaurou o Estado Novo, um regime de
carácter ditatorial marcado pela eliminação da oposição e pela censura mas reconhece-se-lhe o
facto de ter evitado a entrada de Portugal na II Guerra Mundial.
Em 1968, por motivos de saúde, foi substituído por Marcello Caetano. O regime que criou, o
Estado Novo, foi deposto com a revolução de 25 de Abril de 1974.
António Spínola António Spínola
António Spínola
Nasceu em 11.04.1910 (Santo André - Estremoz) e fal eceu em 13-08-1996 (Lisboa)
Oficial do Exército. Governador e Comandante -chefe das Forças Armadas na Guiné
(1968-1973). Em Novembro de 1973, regres sado à metrópol e, foi convidado por
Marcello Caetano, para a pas ta do Ultramar, cargo que recusou, por não aceitar a
intransigência governamental face às colónias.
Vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (Janeiro-Março de 1974). Em
Fevereiro, publica o livro Portugal e o Futuro , onde critica a política colonial da
Ditadura.
A 25 de Abril de 1974, como representante do Movimento das Forças Armadas , recebeu
do Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, a rendição do Governo (que
se refugiara no Quartel do Carmo).
Nomeado Presidente da Junta de Salvação Nacional na noite de 25 de Abril de 1974,
será o primeiro Presidente da Repúbl ica da transição. Demitiu-se na sequência do
golpe de 28 de Setembro de 1974.
Não obstante, a sua importânc ia no início da consolidação do novo regi me democrático
foi reconhecida oficialmente em 5 de Feverei ro de 1987, pel o então Pres idente Mário
Soares, que o des ignou chanceler das antigas ordens militares portugues as, tendo-lhe
também condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Mi litar da Torre e Espada (a maior
insígnia militar portugues a), pelos «feitos de heroís mo militar e cívico e por ter sido
símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da Repúbl ica após a ditadura».
Álvaro Cunhal
Álvaro Cunhal
(Coimbra, 10 de Novembro de 1913- Lisboa, 13 de Junho de 2005)
Foi um político e escritor português, conhecido por ser um dos mais importantes resistentes ao
Estado Novo, e ter dedicado a vida ao seu ideal comunista.
Devido aos seus ideais comunistas e à sua assumida e militante oposição ao Estado Novo, esteve
preso em 1937, 1940 e 1949-1960, num total de 13 anos, 8 dos quais em completo isolamento. A 3
de Janeiro de 1960, Cunhal, juntamente com outros camaradas, todos quadros destacados do
PCP, protagonizaram a célebre " fuga de Peniche , possível graças a um planeamento muito
rigoroso e a uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão.
Além das suas funções na direcção partidária, foi romancista e pintor, escrevendo sob o
pseudónimo de Manuel Tiago, o que só revelou em 1995.
Faleceu em 13 de Junho de 2005, em Lisboa, e no seu funeral (a 15 de Junho), participaram mais
de 250.000 pessoas. Por sua vontade, o corpo foi cremado.
Álvaro Cunhal ficou na memória como um revolucionário que nunca abdicou do seu ideal.
Mário Soares
Mário Soares
Advogado e político, nasceu em Lisboa no dia 7 de Dezembro de 1924.
Concluiu em 1951 a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas e em 1957 formou-se em
Direito.
          Candidatou-se, em 1965 e 1969, a deputado pelas listas da oposição. Entretanto, a sua
intervenção política conduziu-o à prisão pela PIDE, em 1968, sendo deportado para São Tomé e
Príncipe.
Entre 1970 e 1974 esteve exilado em França, onde exerceu a actividade de docente. Regressou a
Portugal em 28 de Abril de 1974 no chamado comboio da liberdade .
          Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros dos I, II e III governos provisórios e esteve
directamente envolvido nas negociações e acordos de descolonização. Mário Soares foi primeiro-
ministro dos dois primeiros governos constitucionais (1976-1978) e após o derrube do seu
executivo, esteve na oposição entre 1978 e 1983. Nas eleições de 1983 voltou a ocupar o cargo
de primeiro-ministro, dirigindo o governo da coligação PS PSD conhecido como bloco central,
num período de grave crise económica.
          Interveio no processo de adesão de Portugal à CEE, cujo tratado assinou em 1985. Em
1986, deu início a um novo período da sua vida política, tornando-se o primeiro civil a ser eleito
presidente da República Portuguesa por sufrágio Universal com 51,2% dos votos. Em 1991,
voltando a recandidatar-se foi de novo eleito presidente da República, com 70,4% dos votos
Maria de Lurdes Pintassilgo
Maria de Lurdes Pintassilgo
Nasceu a 18 de Janeiro de 1930, em Abrantes , no seio de uma famíl ia agnóstica, o que
não impediu de se tornar numa grande cristã. Entre 1952 e 1956, pres idiu à Juventude
Universitária Católica Feminina. Licenciou-se em Engenhari a Químico-Industrial em
1953 e em 1954 j á é chefe do Departamento de Investigação da CUF. Em 1957, funda
em Portugal, com Teresa Santa Clara Gomes , o Graal, movimento de mulheres
católicas e entre 1964 e 1969 torna-se vice-presidente internacional. Em 1969 foi
designada procuradora à Câmara Corporati va e em 1970 passou a liderar o grupo de
trabalho para a Parti cipação da Mulher na Vida Económica e Social. Em 1974/75,
exerceu o cargo de Secretária de Estado de Seguranç a Social, no I Governo Provi sório
e ministra dos Assuntos Sociais nos II e III Governos .
  Em Maio de 1975, foi nomeada embaixadora na UNESCO e em 1976 eleita para o
Conselho Executivo. Tornou-se Chefe de Governo do V Governo Cons titucional Julho
de 1979 a Janeiro de 1980. Candidatou-se à presidência da Repúbl ica, em 1986. Em
1987/89 é eleita a eurodeputada pelo partido socialista. Morreu em 2004, em Lisboa, de
ataque cardíaco.
  A sua vida foi pautada pela Independênc ia e Humanismo. A sua passagem por este
mudo deixou marcas indeléveis na vida da Soc iedade, da Igreja e da Política.
Francisco Sá Carneiro
Francisco Sá Carneiro
                                  Político português)
                                     19-7-1934, Porto
                               4-12-1980, Camarate, Loures
Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e exerceu a advocacia no
Porto. Foi um dos fundadores da Cooperativa Cultural Confronto e director da Revista dos
Tribunais. Deputado independente, pertenceu à chamada ala liberal de 1969 a 1973. Após o
golpe militar de 25 de Abril de 1974, foi um dos fundadores do PPD, presidindo aos seus
destinos. Fez parte do primeiro governo provisório como ministro-adjunto. Líder do PSD
(nova denominação do PPD), com o CDS e o PPM constituiu em 1979 a AD (Aliança
Democrática), que venceu as eleições intercalares. Com isso, ascendeu a chefe do Governo.
Obteve a maioria absoluta nas eleições de 5 de Outubro de 1980, vindo a falecer num
acidente aéreo nas vésperas das eleições presidenciais. Entre outras obras, publicou: Uma
Tentativa de Participação Política (1971), Ser ou Não Ser Deputado (1973), Por uma Social-
Democracia (1975), Poder Civil, Autoridade Democrática e Social-Democracia (1975) e Uma
Constituição para os Anos 80: Contribuição para um Projecto de Revisão (1979).
Diogo Freitas de Amaral
Diogo Freitas de Amaral
                                          (Póvoa de Varzim, 21 de Julho de 1941)
                                       Político e professor universitário português
Ingressou aos dezoito anos na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde viria a fazer carreira. Em 1963 licenciou-se em
Direito, em 1964 diplomou-se no Curso Complementar de Ciências Político-Económicas e, em 1967 doutorou-se em Ciências
Jurídico-Políticas. Foi Assistente e Professor de Direito Administrativo, obtendo a Cátedra em 1984. Foi cinco vezes el eito presidente
do Conselho Científico. Em 1996 esteve entre os fundador es da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, onde passou
a ensinar e chegou a presidir à Comissão Instaladora, de 1996 a 1999. No dia 22 de Maio de 2007 leccionou, no grande auditório da
Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, a sua última aula, subordinada ao tema «Alterações do Direito Administrativo
nos últimos 50 anos».
Após a Revolução dos Cravos envolveu-se na fundação do Partido do Centro Democrático Social, tornando-se presidente da
Comissão Política Nacional até 1982 e, de novo, entre 1988 e 1991.
Entre 1974 e 1986 esteve activamente empenhado na vida política portuguesa em defesa da Democracia Cristã, exercendo o cargo
de deputado à Assembleia da República, entre 1975 e 1983 e, novamente, de 1992 a 1993. Com a vitória da Aliança Democrática
nas eleições legislativas de 1980, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e Vice-Primeiro-Ministro do VI Gover no Constitucional.
Após a morte de Francisco Sá Carneiro, no acidente de Camarate, assume funções como Primeiro-Ministro (interino) do mesmo
Governo, durante um mês. Integrou o VIII Governo Constitucional, como Ministro da Defesa Nacional. Candidato presidencial nas
eleições de 1986, obteve o apoio do PSD e do seu CDS, atingindo 48,8% dos votos, próximos, mas insuficientes, face ao resultado
obtido pelo socialista Mário Soares.
Foi presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas na 50ª sessão (1995).
Retirado nos últimos tempos da vida política activa, e declarando-se independente, a sua escolha como Ministro dos Negóci os
Estrangeiros do XVII Governo Constitucional (formado pelo PS) causou surpresa em Março de 2005. Contestou a polémica opção
da administração norte-americana de George W. Bush ao invadir o Iraque, à revelia da Organização das Nações Unidas, posição
criticada pelo centro-direita (PSD) e direita (CDS-PP), que tinham apoiado o conflito. Abandonou o cargo em Junho de 2006, por
razões clínicas.
Escreveu uma biografia do rei Dom Afonso Henriques.
A REPÚBLICA EM PORTUGAL                                       1910 -1926

A República é a forma de governo em que o exercício da soberania pertence ao povo, embora
esteja personalizada por um titular, cuja magistratura é electiva, temporária e responsável.O
Republicanismo repousa na convicção da igualdade social, na ideia de nação e na crença do
progresso económico-social.O triunfo da Revolução Republicana em 5 de Outubro de 1910, foi
favorecido por um conjunto de factores:
-o cansaço que o país evidenciava relativamente à Monarquia e ao monótono rotativismo
burguês;
-a humilhação do Ultimato de 1890;
-os resultados da desastrosa gestão económica dos governos monárquicos;
-os sucessivos escândalos;
-o défice orçamental crónico;
-a inflação incontrolada;
-os sucessivos aumentos dos impostos.
Em consequência, agravaram-se os problemas sociais, pois uma população afectada pela
carestia e pela miséria, dava permanentes sinais de agitação, mobilizando-se para greves e
manifestações.
É neste quadro que, em 5 de Outubro de 1910, os Republicanos ascenderam ao poder, propondo-
se resolver os grandes problemas nacionais: a agricultura, a emigração, a situação financeira e as
colónias.

Incapaz de romper com as grandes opções feitas no período final da Monarquia, os problemas do
país, longe de resolvidos, agravavam-se. Em 1925, Portugal continuava a ser um país agrícola,
subdesenvolvido, muito dependente dos países industrializados, apesar de ter um vasto império.

A divisão dos republicanos e do seu partido, a partir de 1911, constitui um mal de graves
consequências. Entre 1910 e 1916 a instabilidade política foi a nota predominante da política
portuguesa, como de 1919 a 1926.

Incapaz de escolher uma nova via de desenvolvimento e de remodelar a estrutura económico-
social, a República decepcionou ao que nela haviam acreditado e fortaleceu o campo daqueles
que sempre a combateram.

O novo clima europeu prenunciando os regimes ditatoriais e a incapacidade dos governos para
resolver os problemas do País explicam o falhanço da Primeira República e o triunfo das forças
conservadoras a partir de 1926.

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  • 2. ROSTOS DA REPÚBLICA Rostos da República , é o resultado de um ano lectivo de trabalho (2009-2010) levado a cabo pelo grupo de História em colaboração com a Biblioteca Escolar. A proposta partiu da professora Cláudia Amaral e tinha como objectivo dar a conhecer à comunidade Educativa e ao público em geral, alguns rostos que tivessem marcado estes Cem anos da República, bem como formas de viver e mudanças de mentalidade. Ao longo do ano foram feitas exposições semanais na Biblioteca e ao mesmo tempo esses trabalhos foram sendo divulgados na página da Biblioteca. Hoje, quando comemoramos os Cem Anos da República e atravessamos um período difícil na História de Portugal, é importante reflectir e ao mesmo tempo tentar encontrar soluções.
  • 3.
  • 5. Manuel de Arriaga Nasceu na cidade da Horta, Faial, a 8 de Julho de 1840, faleceu em Lisboa, a 5 de Março de 1917. Advogado, político, professor liceal, escritor e poeta. Manuel de Arriaga Brum da Silveira foi o primeiro presidente da República eleito em Portugal. Subiu ao poder em 1911, após as primeiras eleições e demitiu-se em 1915, sem ter concluído o mandato, prenunciando a instabilidade política que marcaria o período da 1.ª República. Manuel de Arriaga destacou-se como advogado e orador, alguns dos seus discursos políticos marcaram o movimento republicano com o qual se identificou desde cedo, ainda enquanto aluno na Universidade de Coimbra. Em 1890 foi preso por participar em manifestações patrióticas contra o ultimato inglês em 1891, aquando da revolta de 31 de Janeiro, já fazia parte da direcção do Partido Republicano. A experiência de Manuel de Arriaga como Presidente República foi relatada na sua última obra, intitulada Na Primeira Presidência da República .
  • 7. Teófilo Braga Nasceu em Ponta Del gada a 24 de Feverei ro de 1843 e morreu em Lisboa a 28 de Janeiro de 1924 Professor universitário, escritor e poeta Joaquim Teófilo Fernandes Braga, foi Presidente do Governo Provi sório republicano em 1910 e Pres idente da Repúbl ica em substituição de Manuel de Arriaga, no período compreendi do entre 29 de Mai o de 1915 e 4 de Agosto do mesmo ano. A sua formação marca-se por um pos itivismo e anticlericalismo que determinaram os seus trabalhos teóricos de análise da história da literatura e da história da cultura portugues as.
  • 9. Carolina Michaelis Berlim, 15 de Março de 1851 Porto, 22 de Outubro de 192 5 Alemã de nascimento, portuguesa por casamento e devoção Filóloga, Escritora, Investigadora, Professora e Mãe Carolina de Vasconcelos notabilizou-se, na Europa, pelos seus estudos de filologia, publicou várias obras numa époc a em que às mulheres não se permitiam aspirações intelectuais e tornou-se na 1ª mulher a leccionar numa Universidade Portugues a. Aos 16-17 anos começou a publicar, em revistas alemãs da especialidade, trabalhos em filologia românica. Correspondeu-se com romanc istas europeus e com vultos da cultura portugues a como Teófilo Braga, Alexandre Herc ulano, Joaquim de Vasconcelos, historiador de Arte e mus icólogo, com quem casou em 1876. Cancioneiros da Ajuda, História da Literatura Portugues a, Dicionário Etimológico das Línguas Hispânicas, são alguns exemplos do seu contributo para o conhecimento da literatura medieval e clássica. Revelou também interesse pela etnografi a, área em que realizou estudos. Em 1911 foi convidada para Profes sora da Faculdade de Letras de Lisboa, mas transferiu-se para Coimbra, sendo a primeira mulher doutorada. Doutora Honoris Causa pela Universidade de Friburgo (1893), Coi mbra (1916), Hamburgo (1923). O rei D. Carlos concedeu-lhe a insígnia da Ordem de Santi ago de Espada em 1923 e a Academia das Ciências de Lisboa, em 1911, admitiu como sócias, com algumas oposições, as duas primeiras mulheres Carolina Michaelis e Maria Amália Vaz de Carval ho.
  • 11. Bernardino Machado Nasceu em 1851 (Rio de Janeiro) e faleceu em 1944 (Porto) Bernardino Luís Machado Guimarães foi Professor universitário e político. Na monarquia, pertenceu ao Partido Regenerador, tendo sido deputado, par do Reino e ministro. Em 1903, aderiu ao Partido Republicano, tornando-se um dos seus mais notáveis líderes. Já na República, foi membro do Governo Provisório e, em 1914 e 1921, chefiou o Ministério. Derrotado na primeira eleição presidencial, foi por duas vezes eleito Presidente da República (1915 e 1925), mas nunca cumpriu os mandatos: foi deposto por Sidónio Pais (1917) e pelo golpe militar de 28 de Maio de 1926. O seu primeiro mandato ficaria marcado pela intervenção de Portugal na I Guerra Mundial e o segundo pelo golpe que pôs termo ao parlamentarismo da I República. Político dos mais notáveis da I República Portuguesa, Bernardino Machado foi um cidadão exemplar no rigoroso cumprimento dos seus deveres e na defesa intransigente dos seus direitos Jaime Cortesão elogia-o deste modo: "Ele não foi um manipanço vago e solene, de capacete amarrado na cabeça. A sua legendária chapelada, que se diria ir do palácio de Belém até ao fundo dos campos de Portugal, ficou como exemplo democrático do respeito do homem pelo homem".
  • 13. José Relvas Presidente do Ministério, ministro das Finanças e do Interior Nasceu a 5 de Março de 1858 e faleceu a 31 de Outubro de 1929 José Mascarenhas Relvas licenciou-se em Direito em 1880, pertenceu ao Directório do Partido Republicano e foi nessa qualidade que lhe coube a missão de ter proclamado a República, a 5 de Outubro de 1910, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No Governo Provisório que então se constituiu, ocupou a pasta das Finanças e foi responsável pela reforma monetária e pela criação do escudo. Mais tarde, entre Outubro de 1911 e Maio de 1914, foi embaixador em Espanha. Neste período teve um importante papel no sentido de convencer as potências estrangeiras a não intervir a favor da reposição da Monarquia em Portugal. Regressado, afastou-se da política desgostoso com as lutas partidárias em que foi fértil a Primeira República, voltando apenas, por um curto período, quando após a revolta monárquica de Janeiro de 1919 aceitou formar Governo, acumulando a Presidência com a pasta do Interior (27 de Janeiro a 30 de Março de 1919). Era um amante das artes, em especial da música e da fotografia.
  • 15. Adelaide Cabete Adelaide Cabete é uma das figuras importantes da história portuguesa do início do século XX. Nasceu em 25 de Janeiro de 1867, em Alcaçovas, Elvas, morreu a 14 de Setembro de 1935 em Lisboa. Republicana convicta, foi médica obstetra, ginecologista, professora, maçon, publicista, benemérita, pacifista, abolocionista, defensora dos animais e humanista portuguesa. Republicana militante,participou activamente na propaganda que antecedeu a mudança de regime em 5 de Outubro de 1910, quando escrevia contra os monárquicos e Jesuítas denotava as suas ideias republicanas, confirmadas no interior da Liga Republicana das Mulheres, a que esteve ligada, tinha então ideias progressistas e muito avançadas para a época, de entre estas, reivindicou para as mulheres o direito a um mês de descanso antes do parto. Benemérita, defendeu sempre as mulheres grávidas pobres, as crianças, as prostitutas. Humanista, aplaudiu o encerramento das tabernas e manifestou-se contra a violência das touradas, o uso de brinquedos bélicos, e outros assuntos, revelando-se uma vanguardista ao suscitar temas que se mantêm na actualidade. Alguns factos emolduram a sua vida pública, com actos simbólicos de cidadania, por exemplo, em 1910 com duas companheiras,coseu e bordou a bandeira nacional hasteada na implantação da República, na rotunda em Lisboa. Mulher dinâmica,de forte personalidade e grande frontalidade, o seu dinamismo não a deixou dormir sobre os louros conquistados, a sua acção não se limitou a teorias mas traduziu-se em realidades práticas, era conhecida pelos seus próximos como carinhosa e bondosa, vestia num estilo simples e não elaborado, era objectiva e de linguagem clara .
  • 17. Domitília de Carvalho Nasceu em Travanca da Feira em 10 de Abril de 1871 e fal eceu em Lisboa em 11 de Novembro de 1966 Médica, Professora , Escritora e Política Foi a primeira mulher a frequentar a Universidade de Coimbra na qual se licenciou em Matemática e Filosofia, respectivamente, em 1894 e 1895 e depoi s em Medicina em 1904. Trabalhou como médica na ANT (Assistência Nacional aos Tuberculosos). Prestou serviço no Centro Materno-Infantil que abriu portas na que foi depois a Maternidade Magalhães Coutinho e exerceu clínica privada num consultório no Rossio. Optou por ingressar num lugar de Profes sora efectiva no Liceu de D. Maria Pia, a primeira Escola Secundária criada para o sexo feminino em Portugal . Além de Professora foi Reitora do Liceu Maria Pia. Também se dedicou à escrita tendo publicado alguns livros de versos. Realizou Conferênc ias sobre assuntos literários e de educ ação. A partir de 1934 e durante duas legislaturas (1934-38 e 1938-41) foi uma das três primeiras deputadas portugues as à recém-criada Assembleia Nacional do Estado Novo, juntamente com Maria Guardiola e Cândida Parreira. A Câmara da Feira prestou-lhe homenagem atribuindo o seu nome a uma rua da cidade.
  • 19. Sidónio Pais Nasceu a 1 de Janeiro de 1872, em Caminha, morreu a 14 de Dezembro de 1918 em Lisboa Oficial do exército, profes sor universitário e político. Deputado à Constituinte (1911), ministro nos dois primeiros governos constitucionais (1911-1912), seria nomeado Ministro de Portugal , em Berlim (1912), cargo que exerceu até à dec laração de guerra por parte da Alemanha (1916). Em Dezembro de 1917, liderou o golpe militar que o conduziria ao poder, introduziu uma ruptura constitucional em 1918, sendo eleito Presidente da Repúbl ica por sufrágio directo. Seria assassinado em Dezembro seguinte. O assassinato de Sidónio Pais foi um momento traumático para a Primeira República, marcando o seu destino: a partir daí qualquer simulacro de estabilidade desapareceu, instalando-se uma crise permanente que apenas terminou quase oito anos depois com a Revolução de 28 de Maio de 1926 que pôs termo ao regime. O funeral de Sidónio Pais reuniu dezenas de milhar de pessoas, num percurso longo e tumultuoso, interrompi do por múltiplos e violentos incidentes.
  • 22. Ana Castro Osório Escritora, feminista e activista republicana, nasceu em Mangualde, a 18 de Junho de 1872, e faleceu em Setúbal, a 23 de Março de 1935. É considerada a fundadora da literatura infantil no nosso país. Escreveu alguns livros que foram utilizados como manuais escolares e publicou ainda uma obra marcante na sua época, a colecção Para as Crianças, que lhe ocupou perto de quatro décadas de trabalho. Traduziu contos dos irmãos Grimm, de Hans Christian Andersen e outros escritores estrangeiros; escreveu também peças de teatro infantil. Viveu no Brasil com o marido o poeta Paulino de Oliveira, que foi cônsul de Portugal em São Paulo de 1911 a 1914; lá exerceu as actividades de professora e escritora, tendo alguns dos seus livros sido adoptados em escolas brasileiras. Mas não foi só nesta área que Ana de Castro Osório se distinguiu; tendo nascido durante a Monarquia, lutou pelos ideais republicanos e também pela defesa dos direitos das mulheres, tendo fundado a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e sido sub- inspectora do Trabalho Fem inino. Escreveu livros sobre os problemas das mulheres da sua época. Escreveu, em 1905, Mulheres Portuguesas , o primeiro manifesto feminista português. Ana de Castro Osório foi pioneira na luta pela igualdade de direitos. O seu activismo levou à criação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Colaborou com Afonso Costa na criação da Lei do Divórcio. Defendeu até à exaustão que as mulheres não deviam ser meras peças decorativas e que a educação era o passo definitivo para a libertação feminina .
  • 24. António de Oliveira Salazar (1889, Santa Comba Dão/ 1970,Lisboa) Estadista, Político, Professor Universitário A sua educação foi fortemente marcada pelo catolicismo, chegando mesmo a frequentar um seminário. Mais tarde estudou na Universidade de Coimbra, onde veio a ser docente de Economia Política. Já em plena Ditadura Militar, Salazar foi nomeado para Ministro das Finanças, cargo que exerceu apenas quatro dias, devido a não lhe terem sido delegados todos os poderes que exigia. Quando Óscar Carmona chegou a Presidente da República, Salazar regressou à Pasta das Finanças, com todas as condições exigidas (supervisionar as despesas de todos os Ministérios do Governo). O sucesso obtido na pasta das Finanças tornou-o em 1932, chefe de governo. Salazar equilibrou as finanças públicas e criou as condições para o desenvolvimento económico, embora fortemente controlado pelo Estado. Dirigiu, de forma ditatorial, os destinos do País durante quatro décadas. Afastou todos os que tentaram destituí-lo do cargo. Instituiu a censura e a polícia política (PIDE). Criou dois movimentos paramilitares: a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa. Figura controversa, marcou sem dúvida a história do país, instaurou o Estado Novo, um regime de carácter ditatorial marcado pela eliminação da oposição e pela censura mas reconhece-se-lhe o facto de ter evitado a entrada de Portugal na II Guerra Mundial. Em 1968, por motivos de saúde, foi substituído por Marcello Caetano. O regime que criou, o Estado Novo, foi deposto com a revolução de 25 de Abril de 1974.
  • 26. António Spínola Nasceu em 11.04.1910 (Santo André - Estremoz) e fal eceu em 13-08-1996 (Lisboa) Oficial do Exército. Governador e Comandante -chefe das Forças Armadas na Guiné (1968-1973). Em Novembro de 1973, regres sado à metrópol e, foi convidado por Marcello Caetano, para a pas ta do Ultramar, cargo que recusou, por não aceitar a intransigência governamental face às colónias. Vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (Janeiro-Março de 1974). Em Fevereiro, publica o livro Portugal e o Futuro , onde critica a política colonial da Ditadura. A 25 de Abril de 1974, como representante do Movimento das Forças Armadas , recebeu do Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, a rendição do Governo (que se refugiara no Quartel do Carmo). Nomeado Presidente da Junta de Salvação Nacional na noite de 25 de Abril de 1974, será o primeiro Presidente da Repúbl ica da transição. Demitiu-se na sequência do golpe de 28 de Setembro de 1974. Não obstante, a sua importânc ia no início da consolidação do novo regi me democrático foi reconhecida oficialmente em 5 de Feverei ro de 1987, pel o então Pres idente Mário Soares, que o des ignou chanceler das antigas ordens militares portugues as, tendo-lhe também condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Mi litar da Torre e Espada (a maior insígnia militar portugues a), pelos «feitos de heroís mo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da Repúbl ica após a ditadura».
  • 28. Álvaro Cunhal (Coimbra, 10 de Novembro de 1913- Lisboa, 13 de Junho de 2005) Foi um político e escritor português, conhecido por ser um dos mais importantes resistentes ao Estado Novo, e ter dedicado a vida ao seu ideal comunista. Devido aos seus ideais comunistas e à sua assumida e militante oposição ao Estado Novo, esteve preso em 1937, 1940 e 1949-1960, num total de 13 anos, 8 dos quais em completo isolamento. A 3 de Janeiro de 1960, Cunhal, juntamente com outros camaradas, todos quadros destacados do PCP, protagonizaram a célebre " fuga de Peniche , possível graças a um planeamento muito rigoroso e a uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão. Além das suas funções na direcção partidária, foi romancista e pintor, escrevendo sob o pseudónimo de Manuel Tiago, o que só revelou em 1995. Faleceu em 13 de Junho de 2005, em Lisboa, e no seu funeral (a 15 de Junho), participaram mais de 250.000 pessoas. Por sua vontade, o corpo foi cremado. Álvaro Cunhal ficou na memória como um revolucionário que nunca abdicou do seu ideal.
  • 30. Mário Soares Advogado e político, nasceu em Lisboa no dia 7 de Dezembro de 1924. Concluiu em 1951 a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas e em 1957 formou-se em Direito. Candidatou-se, em 1965 e 1969, a deputado pelas listas da oposição. Entretanto, a sua intervenção política conduziu-o à prisão pela PIDE, em 1968, sendo deportado para São Tomé e Príncipe. Entre 1970 e 1974 esteve exilado em França, onde exerceu a actividade de docente. Regressou a Portugal em 28 de Abril de 1974 no chamado comboio da liberdade . Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros dos I, II e III governos provisórios e esteve directamente envolvido nas negociações e acordos de descolonização. Mário Soares foi primeiro- ministro dos dois primeiros governos constitucionais (1976-1978) e após o derrube do seu executivo, esteve na oposição entre 1978 e 1983. Nas eleições de 1983 voltou a ocupar o cargo de primeiro-ministro, dirigindo o governo da coligação PS PSD conhecido como bloco central, num período de grave crise económica. Interveio no processo de adesão de Portugal à CEE, cujo tratado assinou em 1985. Em 1986, deu início a um novo período da sua vida política, tornando-se o primeiro civil a ser eleito presidente da República Portuguesa por sufrágio Universal com 51,2% dos votos. Em 1991, voltando a recandidatar-se foi de novo eleito presidente da República, com 70,4% dos votos
  • 31. Maria de Lurdes Pintassilgo
  • 32. Maria de Lurdes Pintassilgo Nasceu a 18 de Janeiro de 1930, em Abrantes , no seio de uma famíl ia agnóstica, o que não impediu de se tornar numa grande cristã. Entre 1952 e 1956, pres idiu à Juventude Universitária Católica Feminina. Licenciou-se em Engenhari a Químico-Industrial em 1953 e em 1954 j á é chefe do Departamento de Investigação da CUF. Em 1957, funda em Portugal, com Teresa Santa Clara Gomes , o Graal, movimento de mulheres católicas e entre 1964 e 1969 torna-se vice-presidente internacional. Em 1969 foi designada procuradora à Câmara Corporati va e em 1970 passou a liderar o grupo de trabalho para a Parti cipação da Mulher na Vida Económica e Social. Em 1974/75, exerceu o cargo de Secretária de Estado de Seguranç a Social, no I Governo Provi sório e ministra dos Assuntos Sociais nos II e III Governos . Em Maio de 1975, foi nomeada embaixadora na UNESCO e em 1976 eleita para o Conselho Executivo. Tornou-se Chefe de Governo do V Governo Cons titucional Julho de 1979 a Janeiro de 1980. Candidatou-se à presidência da Repúbl ica, em 1986. Em 1987/89 é eleita a eurodeputada pelo partido socialista. Morreu em 2004, em Lisboa, de ataque cardíaco. A sua vida foi pautada pela Independênc ia e Humanismo. A sua passagem por este mudo deixou marcas indeléveis na vida da Soc iedade, da Igreja e da Política.
  • 34. Francisco Sá Carneiro Político português) 19-7-1934, Porto 4-12-1980, Camarate, Loures Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e exerceu a advocacia no Porto. Foi um dos fundadores da Cooperativa Cultural Confronto e director da Revista dos Tribunais. Deputado independente, pertenceu à chamada ala liberal de 1969 a 1973. Após o golpe militar de 25 de Abril de 1974, foi um dos fundadores do PPD, presidindo aos seus destinos. Fez parte do primeiro governo provisório como ministro-adjunto. Líder do PSD (nova denominação do PPD), com o CDS e o PPM constituiu em 1979 a AD (Aliança Democrática), que venceu as eleições intercalares. Com isso, ascendeu a chefe do Governo. Obteve a maioria absoluta nas eleições de 5 de Outubro de 1980, vindo a falecer num acidente aéreo nas vésperas das eleições presidenciais. Entre outras obras, publicou: Uma Tentativa de Participação Política (1971), Ser ou Não Ser Deputado (1973), Por uma Social- Democracia (1975), Poder Civil, Autoridade Democrática e Social-Democracia (1975) e Uma Constituição para os Anos 80: Contribuição para um Projecto de Revisão (1979).
  • 36. Diogo Freitas de Amaral (Póvoa de Varzim, 21 de Julho de 1941) Político e professor universitário português Ingressou aos dezoito anos na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde viria a fazer carreira. Em 1963 licenciou-se em Direito, em 1964 diplomou-se no Curso Complementar de Ciências Político-Económicas e, em 1967 doutorou-se em Ciências Jurídico-Políticas. Foi Assistente e Professor de Direito Administrativo, obtendo a Cátedra em 1984. Foi cinco vezes el eito presidente do Conselho Científico. Em 1996 esteve entre os fundador es da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, onde passou a ensinar e chegou a presidir à Comissão Instaladora, de 1996 a 1999. No dia 22 de Maio de 2007 leccionou, no grande auditório da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, a sua última aula, subordinada ao tema «Alterações do Direito Administrativo nos últimos 50 anos». Após a Revolução dos Cravos envolveu-se na fundação do Partido do Centro Democrático Social, tornando-se presidente da Comissão Política Nacional até 1982 e, de novo, entre 1988 e 1991. Entre 1974 e 1986 esteve activamente empenhado na vida política portuguesa em defesa da Democracia Cristã, exercendo o cargo de deputado à Assembleia da República, entre 1975 e 1983 e, novamente, de 1992 a 1993. Com a vitória da Aliança Democrática nas eleições legislativas de 1980, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e Vice-Primeiro-Ministro do VI Gover no Constitucional. Após a morte de Francisco Sá Carneiro, no acidente de Camarate, assume funções como Primeiro-Ministro (interino) do mesmo Governo, durante um mês. Integrou o VIII Governo Constitucional, como Ministro da Defesa Nacional. Candidato presidencial nas eleições de 1986, obteve o apoio do PSD e do seu CDS, atingindo 48,8% dos votos, próximos, mas insuficientes, face ao resultado obtido pelo socialista Mário Soares. Foi presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas na 50ª sessão (1995). Retirado nos últimos tempos da vida política activa, e declarando-se independente, a sua escolha como Ministro dos Negóci os Estrangeiros do XVII Governo Constitucional (formado pelo PS) causou surpresa em Março de 2005. Contestou a polémica opção da administração norte-americana de George W. Bush ao invadir o Iraque, à revelia da Organização das Nações Unidas, posição criticada pelo centro-direita (PSD) e direita (CDS-PP), que tinham apoiado o conflito. Abandonou o cargo em Junho de 2006, por razões clínicas. Escreveu uma biografia do rei Dom Afonso Henriques.
  • 37. A REPÚBLICA EM PORTUGAL 1910 -1926 A República é a forma de governo em que o exercício da soberania pertence ao povo, embora esteja personalizada por um titular, cuja magistratura é electiva, temporária e responsável.O Republicanismo repousa na convicção da igualdade social, na ideia de nação e na crença do progresso económico-social.O triunfo da Revolução Republicana em 5 de Outubro de 1910, foi favorecido por um conjunto de factores: -o cansaço que o país evidenciava relativamente à Monarquia e ao monótono rotativismo burguês; -a humilhação do Ultimato de 1890; -os resultados da desastrosa gestão económica dos governos monárquicos; -os sucessivos escândalos; -o défice orçamental crónico; -a inflação incontrolada; -os sucessivos aumentos dos impostos. Em consequência, agravaram-se os problemas sociais, pois uma população afectada pela carestia e pela miséria, dava permanentes sinais de agitação, mobilizando-se para greves e manifestações.
  • 38. É neste quadro que, em 5 de Outubro de 1910, os Republicanos ascenderam ao poder, propondo- se resolver os grandes problemas nacionais: a agricultura, a emigração, a situação financeira e as colónias. Incapaz de romper com as grandes opções feitas no período final da Monarquia, os problemas do país, longe de resolvidos, agravavam-se. Em 1925, Portugal continuava a ser um país agrícola, subdesenvolvido, muito dependente dos países industrializados, apesar de ter um vasto império. A divisão dos republicanos e do seu partido, a partir de 1911, constitui um mal de graves consequências. Entre 1910 e 1916 a instabilidade política foi a nota predominante da política portuguesa, como de 1919 a 1926. Incapaz de escolher uma nova via de desenvolvimento e de remodelar a estrutura económico- social, a República decepcionou ao que nela haviam acreditado e fortaleceu o campo daqueles que sempre a combateram. O novo clima europeu prenunciando os regimes ditatoriais e a incapacidade dos governos para resolver os problemas do País explicam o falhanço da Primeira República e o triunfo das forças conservadoras a partir de 1926.