Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
2. MAIS PAIC - Intertextualidade.pptx
1. M A I S P A I C 2 0 2 2
E I X O : L I T E R A T U R A E F O R M A Ç Ã O D O L E I T O R
A intertextualidade
e a formação do(a) leitor(a)
literário(a)
5. HIPOTEXTO (DRUMMOND)
HIPERTEXTO (ADÉLIA E CHICO)
I. Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964)
II. Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1986)
III. Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo:
Cia das Letras, 1989)
6. TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE
•Alusão: faz referência a elementos de outros textos de maneira indireta, ou seja,
implícita.
•Citação: quando é acrescentado partes de outros textos em uma produção textual, o
que gera a intertextualidade direta.
•Epígrafe: complemento de parágrafo ou frase no texto produzido que se relaciona
com outro.
•Paráfrase: recriação de um texto com a mesma ideia do texto fonte.
•Paródia: a paródia é a subversão de um texto original, de maneira crítica ou satírica.
•Bricolagem: criação de um texto a partir de elementos retirados de outros.
•Sample: músicas, textos utilizados como base para outras novas produções (Ouvir
Amarelo)
•Pastiche: vários tipos de manifestações em uma mesma obra.
9. FORMAÇÃO DO(A) LEITOR(A)
LITERÁRIO(A)
... a formação do leitor literário é tarefa urgente e
complexa, cujo êxito depende em grande medida da
familiaridade que os professores têm com a literatura.
O repertório cultural e as experiências de leitura dos
professores são elementos decisivos para a garantia de
uma mediação mais apropriada, capaz de aproximar as
crianças dos livros de literatura e proporcionar-lhes uma
trajetória de formação como leitores perenes.
(BELMIRO; MACHADO; BAPTISTA, 2016, p.104)
26. CONGRESSO INTERNACIONAL DO
MEDO (1940)
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
32. ONDE ESTÁ A LITERATURA HOJE?
OS JOVENS NÃO LEEM?
33. O LIVRO DOS ABRAÇOS (1989)
EDUARDO GALEANO
A Função da arte/1
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que
descobrisse o mar. Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia,
depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a
imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
— Me ajuda a olhar!
34. QUARTO DE DESPEJO – DIÁRIO DE UMA
FAVELADA
CAROLINA MARIA DE JESUS
Quando cheguei do palacio que é a cidade os meus filhos vieram dizer-
me
que havia encontrado macarrão no lixo. E a comida era pouca, eu fiz
um pouco
do macarrão com feijão. E o meu filho João José disse-me:
- Pois é. A senhora disse-me que não ia mais comer as coisas do lixo.
Foi a primeira vez que via minha palavra falhar. Eu disse:
- É que eu tinha fé no Kubstchek.
- A senhora tinha fé e agora não tem mais?
- Não, meu filho. A democracia está perdendo os seus adeptos. No
nosso paiz
tudo está enfraquecendo. O dinheiro é fraco. A democracia é fraca e os
politicos fraquissimos. E tudo que está fraco, morre um dia.
35. TEMPO DE LER E PARA LER
O tempo para ler é sempre um tempo
roubado. (Tanto como o tempo para
escrever, aliás, ou tempo para amar.)
Roubado a quê? Digamos, à obrigação de
viver
(PENNAC, p.107, 2008).