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SUBTEMA
S5
5.1 SISTEMA REPRODUTOR (Parte 2)
TRANSMISSÃO DA
VIDA
MISSÃO: CORPO HUMANO 9

5.1 SISTEMA REPRODUTOR MISSÃO: CORPO HUMANO 9
Devo ser capaz de
• Discutir o papel da ciência e da tecnologia na identificação de infeções sexualmente
transmissíveis e o contributo do cidadão na implementação de medidas que
contribuam para o bom funcionamento do sistema reprodutor.
• Analisar criticamente as vantagens e as desvantagens dos diferentes métodos
contracetivos.
Aprendizagens Essenciais

Infeções sexualmente transmissíveis
Doenças transmitidas de uma pessoa infetada para outra durante as
relações sexuais.
São provocadas por bactérias, fungos, vírus e parasitas que se
encontram no sangue, no esperma, em outros fluidos corporais, ou à
superfície, na pele e nas mucosas da zona genital.
Alguns exemplos de IST
IST Sintomas Diagnóstico Complicações Tratamento
Gonorreia
Inflamação da uretra
que se caracteriza
por corrimento
uretral, podendo
acompanhar-se por
ardor ao urinar ou
por prurido uretral.
PCR da secreção
uretral ou do colo
uterino.
Infertilidade e, nas
mulheres, pode
provocar doença
inflamatória pélvica.
Com recurso a
antibióticos.

relações sexuais.
Clamídia
Quando os sintomas
surgem, o quadro
clínico é muito
parecido com o da
gonorreia, sendo
impossível distingui-
las apenas pelos
sintomas.
PCR da secreção
uretral ou do colo
uterino.
No caso das
mulheres, a bactéria
pode progredir em
direção ao útero,
trompas e ovários,
provocando
infertilidade e doença
inflamatória pélvica.
Nos homens, a
complicação mais
comum é a
prostatite, infeção da
próstata.
Com recurso a
antibióticos.

relações sexuais.
Hepatite B
Debilidade e
cansaço,
acompanhada ou
não de febre, dor
abdominal, dor nas
articulações e
erupções na pele. A
urina fica,
normalmente, mais
escura e as fezes
mais claras.
Teste sanguíneo.
Complicações graves
no fígado, entre as
quais neoplasias
hepáticas (cancro).
Na sua forma
crónica, o tratamento
é feito à base de
medicamentos cujo
objetivo é
interromper a
multiplicação do
vírus e estimular a
destruição das
células infetadas.

relações sexuais.
SIDA
Os seropositivos
podem não
apresentar sintomas
durante vários anos,
sendo que o vírus
continua a
multiplicar-se no seu
organismo.
Teste sanguíneo.
Imunodeficiência
grave, em que
surgem
manifestações
oportunistas
(infeções e tumores)
que em
circunstâncias
normais não
surgiriam porque
seriam combatidos
pelo sistema
imunitário.
Tratamento com anti
retrovíricos, o que
pode evitar
chegarem a uma
fase sintomática da
doença.

Contributos da ciência e da tecnologia para a saúde
do sistema reprodutor
Rastreios Vacinas Colposcopia
Os rastreios possibilitam
um diagnóstico precoce
importante tanto no plano
da saúde individual, quanto
no plano da saúde pública.
A ciência e a tecnologia
têm permitido a criação de
novas vacinas como a que
protege contra o Vírus do
Papiloma Humano (VPH).
Técnica complementar de
diagnóstico que permite
observar as características
do colo do útero, da vagina
e da vulva.

Medidas que contribuem para o bom funcionamento do
sistema reprodutor
Planeamento familiar Relações sexuais protegidas
Hábitos de vida saudável Rastreios

Diferentes métodos contracetivos
Para além de uma gravidez não desejada,
alguns métodos contracetivos
possibilitam a prevenção contra as IST,
contribuindo assim para uma atitude de
promoção da saúde.
PRESERVATIVO MASCULINO
Forma uma barreira, impedindo o contacto do esperma com a vagina durante a relação
sexual.
VANTAGENS DESVANTAGEM
- Previne as IST.
- É de fácil colocação, não necessitando de
acompanhamento médico.
- É possível surgirem reações alérgicas ao látex,
contudo existem preservativos de poliuretano
Métodos contracetivos de barreira

PRESERVATIVO FEMININO
Forma uma barreira, impedindo o contacto do esperma com a vagina durante a relação
sexual. Deve ser introduzido na vagina antes da relação sexual.
- Previne as IST.
- Não necessita de acompanhamento médico.
- A utilização depende da mulher.
- É possível surgirem reações alérgicas ao látex.
- Não está disponível em muitos postos de
venda.

DIAFRAGMA
Dispositivo maleável de borracha com um aro flexível que se introduz na vagina junto ao
colo do útero.
Quando corretamente introduzido previne o contacto do esperma com o colo do útero.
- Não interfere com o ato sexual.
- Não possui efeitos secundários significativos.
- A sua utilização pode ser complexa.
- Não protege contra as IST. É de baixa
eficácia.

DIU – DISPOSITIVO INTRAUTERINO
Dispositivo, normalmente em forma de “T”, de pequenas dimensões que se encontra
revestido com fio de cobre que é inserido no útero.
Provoca alteração das condições uterinas, funcionando também como uma barreira aos
espermatozoides.
Atualmente, alguns dispositivos intrauterinos libertam uma hormona diariamente no
útero (SIU) que complementa a contraceção.
- Possui uma elevada eficácia.
- É um método reversível e de longa duração.
- Não protege contra as IST.
- A colocação tem de ser feita por um profissional
de saúde.
Métodos contracetivos intrauterinos

PÍLULA
Atua a partir de hormonas que inibem a ovulação evitando assim a gravidez.
De forma a ter maior eficácia, a pílula deve ser prescrita pelo médico, ajustando assim o
tipo de pílula a cada caso.
- Grande eficácia.
- Não causa interferência na relação sexual.
- Regularização dos ciclos menstruais.
- Melhora a tensão pré-menstrual.
- Reduz o risco de alguns cancros.
- Diminui a incidência de quistos funcionais do
ovário.
- Algumas mulheres têm dificuldade em fazer a
toma diária e regular da pílula.
- Apresenta algumas contraindicações.
Métodos contracetivos hormonais

ANEL VAGINAL
Método contracetivo hormonal feito de um material, transparente e flexível.
Pode ser inserido pela própria mulher na vagina e deve ser mantido durante 3 semanas,
parando durante 1 semana (ciclo de uso), período durante o qual vai libertando hormonas que
ao entrarem na corrente sanguínea inibem a ovulação, à semelhança da pílula.
- Grande eficácia.
- Não causa interferência na relação sexual.
- Regularização dos ciclos menstruais.
- Reduz o risco de alguns cancros.
- Diminui a incidência de quistos funcionais do
ovário.
- Pode haver perda ou aumento de peso.
- Podem provocar irritação vaginal.

ADESIVO
Adesivo fino, quadrado, confortável e fácil de aplicar. Transfere uma dose diária de hormonas
através da pele para a corrente sanguínea.
funciona de duas formas: impede a ovulação e torna mais espesso o muco do colo do útero, o
que dificulta a entrada dos espermatozoides no útero.
- Apenas tem que se trocar o adesivo uma vez
por semana.
- Grande facilidade de uso.
- As hormonas não necessitam de ser absorvidas
pelo aparelho digestivo.
- Normalmente torna as hemorragias regulares,
mais curtas e menos dolorosas.
- Apresenta contraindicações semelhantes às da
pílula.

IMPLANTE
Método contracetivo hormonal de longa duração.
Liberta hormonas que impedem a ovulação, prevenindo a gravidez.
A inserção do implante é feita no antebraço por um profissional de saúde, num procedimento
simples usando anestesia local.
O efeito de um implante pode prolongar-se de 3 a 5 anos e a sua remoção
deve ser feita também por um profissional de saúde.
- Efeito de longa duração e de elevada eficácia.
- Não interfere com a relação sexual.
- Não é necessária a toma diária.
- Instabilidade no ciclo menstrual.
- Poderá provocar dores de cabeça, náuseas e
variações de humor.

LAQUEAÇÃO DE TROMPAS
Cirurgia que consiste no corte ou oclusão bilateral das trompas de Falópio.
Impede que os espermatozoides entrem em contacto com o oócito.
- Trata-se de um método de grande eficácia.
- É um método contracetivo permanente.
- Não interfere com o ato sexual.
- Não interfere com a amamentação.
- Pode ser difícil reverter este método.
- Em situações raras existe risco de gravidez
ectópica.
Métodos contracetivos cirúrgicos

VASECTOMIA
Intervenção cirúrgica simples que consiste no corte ou oclusão dos canais deferentes
responsáveis pelo transporte dos espermatozoides fazendo com que o esperma expelido
durante a ejaculação não contenha espermatozoides.
- Trata-se de um método de grande eficácia.
- Método contracetivo permanente.
- Não afeta o desempenho sexual do homem.
- Reduzida eficácia.
Métodos contracetivos cirúrgicos

MÉTODO DO CALENDÁRIO
Permite calcular o período fértil através da contagem dos dias de duração de um ciclo
menstrual evitando as relações sexuais no período fértil.
- Não prejudica a fertilidade
- Não tem efeitos secundários
- É imediatamente reversível.
- Necessita de um compromisso mútuo.
- O seu grau de eficácia pode ser limitado.
- Pode requerer períodos de abstinência longos.
Métodos contracetivos naturais

MÉTODO DA TEMPERATURA BASAL
Neste método, o período fértil é calculado pela medição da temperatura, tendo como
fundamento o aumento da temperatura basal após a ovulação. A avaliação da temperatura
poderá ser vaginal, oral ou retal determinando o aumento de temperatura pós-ovulatório e
evitando as relações sexuais no período fértil.

MÉTODO DO MUCO CERVICAL
O método do muco cervical consiste na observação das características do muco cervical, que
mudam consoante o grau de fertilidade. O período fértil inicia-se no primeiro dia em que o
muco se torna filante e transparente, prolongando-se pelo menos 3 dias após a filância
máxima. Devem evitar-se as relações sexuais no período fértil.

CONTRACEÇÃO DE EMERGÊNCIA
- A contraceção de emergência diz respeito a um método que pode ser usado depois de uma
relação sexual não protegida ou nos casos em que há falha do método contracetivo usado.
- A contraceção de emergência não é abortiva, atua de forma a prevenir a gravidez.
- A contraceção de emergência não protege contra as IST.
Métodos contracetivos de emergência
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Métodos contracetivos

Em síntese

Testa o que sabes
A | por vírus.
B | por bactérias.
C | por fungos.
D | por protistas. Próxima pergunta