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CRESCIMENTO, RENOVAÇÃO
CELULAR E REPRODUÇÃO
Biologia e Geologia
11º Ano
2010/2011
Crescimento e renovação celular
   A célula é a unidade estrutural e funcional dos
    organismos.

   Cada célula tem o seu programa genético com o
    qual produzem moléculas específicas         que
    permitem o crescimento e renovação celular.

   Entre estas moléculas destacam-se as proteínas.
DNA e síntese de proteínas
   Ao observar pessoas da
    mesma família é possível
    identificar  semelhanças
    entre si.
       Isto deve-se ao facto de
        resultarem     de    uma
        herditariedade em comum.

   É, no entanto, também
    possível          observar
    diferenças entre cada
    elemento       que       os
    distinguem uns dos outros.
DNA e síntese de proteínas
   A existência de semelhanças
    e diferenças deve-se ao
    facto de cada organismo ter
    um programa genético que é
    herdado       dos      seus
    antepassados mas que não
    é repetido.

       O facto do código genético
        ser herdado de antepassados
        permite que os indivíduos
        sejam           relativamente
        semelhantes entre si.

       Mas o facto de não se repetir
        exactamente permite as
        diferenças.
DNA e síntese de proteínas
   O    programa       genético  está   “escrito”   no   ácido
    desoxirribonucleico (ADN ou DNA).

   Esta molécula é responsável pela coordenação de todas as
    células do organismo.
Descoberta do ADN
   Nos finais do século XIX, Miescher, ao
    estudar leucócitos, isolou uma substância de
    elevado peso molecular a que chamou
    nucleína.

   Mais tarde foi       designado   de   ácido
    desoxirrinucleico.

   Esta macromolecula foi ignorada durante
    muito tempo, pois os cientistas da altura
    julgavam que as proteínas nucleares eram as
    portadoras da informação genética.

   O ADN era aparentemente muito simples
    para explicar as diferenças entre os
    organismos.
Descoberta do ADN
   Foi apenas na década de 40
    do século XX que o ADN foi
    reconhecido como a molécula
    responsável por conter e
    passar     a     informação
    genética.

   A moléculas de DNA é
    invariável do ponto de vista
    químico, seja qual for o tipo
    de célula ou de ser vivo.
       Podem no entanto variar no
        número e tamanho, o que em
        ultima análise pode fazer
        variar a quantidade de
        informação.
Descoberta do ADN
   A principal diferença no material genético entre
    procariontes e eucariontes, reside na quantidade
    de material, organização e localização.
Descoberta do ADN
   Nos    procariontes     o    DNA
    encontra-se no citoplasma como
    uma molécula circular, não tendo,
    em regra, outros constituintes
    associados.

    A  esta molécula dá-se o nome de
      nucleóide.
Descoberta do ADN
   Nas células eucariontes, quase todo, o
    material genético encontra-se no
    interior   de    um      compartimento
    membranar denominado de núcleo.

       O núcleo é delimitado por duas
        membranas:
           Membrana nuclear externa;

           Membrana nuclear interna;

       Sendo que estas constituem o invólucro
        nuclear, que é perfurado por poros
        nuclear, os quais permitem a
        comunicação entre o interior do núcleo e
        citoplasma.
Descoberta do ADN
   No interior do núcleo é possível
    encontrar    o     nucleoplasma
    (semelhante ao citoplasma)
    onde      se   encontram      os
    cromossomas.
       Os cromossomas são constituídos
        por ADN (altamente condensado)
        e proteínas (histonas).

       Ao nível dos núcleos é possível
        distinguir regiões mais densas e
        facilmente visíveis denominadas
        de nucléolos.
Actividade Laboratorial
   Extracção e Visualização de Moléculas de DNA

     Descascar   e cortar o Kiwi;
     Juntar o sal, detergente e água destilada

    num gobelé;
     Juntar o preparado ao almofariz e triturar;

     Filtrar o preparado através de papel de

    filtro e de algodão hidrófilo;
     Adicionar lentamente o álcool usando uma

    proveta.
Constituição e Estrutura do ADN
   Cada ser vivo apresenta o
    seu património genético, o
    que os torna únicos.

   O ADN é a molécula
    biológica de suporte da
    informação genética que
    coordena        todas     as
    actividades celulares e que
    é transmitida a todas as
    células-filhas no decurso do
    desenvolvimento.
Constituição e Estrutura do ADN
   O ADN é uma macromolécula, um
    polímero, isto é, constituído por
    moléculas mais pequenas, que
    neste caso são nucleótidos.

     Os   nucleótidos são constituídos por:
      1   Grupo Fosfato;
              Confere características ácidas à
               molécula.
      1   Pentose (Desoxirribose);
              Um açúcar com 5 carbonos.
      1 Base Azotada (Adenina; Timina;
       Citosina ou Guanina)
Constituição e Estrutura do ADN
Constituição e Estrutura do ADN
   Os       nucleótidos    têm
    designações de acordo com a
    base azotada.

   Por reacções de condensação
    os nucleótidos podem ligar-se
    sequencialmente     formando
    uma cadeia polinucleotídica.
       A ligação faz-se sempre entre
        o grupo fosfato do novo
        nucleótido e o carbono 3 da
        pentose do ultimo nucleótido
        da cadeia.

       Assim     diz-se  que      o
        alongamento da cadeia se faz
        no sentido 53.
Constituição e Estrutura do ADN
   A sequência de nucleótidos na cadeia de ADN é
    muito importante dado que é nessa sequência que
    está codificada a informação genética que define
    as características de cada indivíduo.

   A compreensão da estrutura do ADN só se tornou
    possível após terem sido analisados os resultados
    de diferentes experiências…

       Análise quantitativa           percentual   dos   diferentes
        nucleótidos.
           Verificou-se, em qualquer cadeia de ADN, de qualquer
            espécie, a quantidade a Adenina é muito próxima a de
            Timina, sendo que a mesma situação se verifica em
            relação a Citosina e Guanina.
                  Regra de Chargaff

           Difracção dos raios X através de ADN cristalizado.
                  O estudo dos radiogramas, por parte de cientistas
                   como Rosalind Franklin e Maurice Wilkins permitiu
                   concluir que a molécula de ADN se apresenta sobre a
                   forma de hélice.
Constituição e Estrutura do ADN
   Observações         ao
    Microscópio Electrónico
    (ME) revelaram que a
    espessura da molécula
    de ADN é de 2nm.

       Isto revela que se trata
        de uma dupla hélice,
        dado que cada cadeia
        polinucleotídica     tem
        uma espessura de 1nm.
Constituição e Estrutura do ADN
   Em 1953, Watson (EUA) e Crick (UK), utilizando
    a    informação     até   então   descoberta
    desenvolveram um modelo único e coerente
    sobre a estrutura do ADN.

   Modelo da Dupla Hélice
       Duas cadeias polinucleotídicas enroladas em
        hélice;

       As bases azotadas de uma cadeia ligam-se às
        bases complementares da outra cadeia
        (complementaridade de bases) através de pontes
        de hidrogénio;

       Isto permite que a partir de uma cadeia se
        conheça a cadeia complementar;

       As cadeias além de complementares são
        antiparalelas, ou seja, a extremidade 3’ de uma
        cadeia corresponde a extremidade 5’ da outra.
Constituição e Estrutura do ADN
   A estrutura do ADN é universal.

   Quando analisamos o ADN verificamos a
    existência de genes.
       Segmentos de ADN, com sequência
        nucleotídica   própria  que contem
        determinada informação.

       O número e a sequência de nucleótidos
        diferem de gene para gene.

       A ordem dos nucleótidos num gene possui
        um significado preciso, codificando então
        uma característica.

       É a sequência de nucleótidos         que
        transporta a mensagem genética.
Constituição e Estrutura do ADN
   Uma vez que existem 4 nucleótidos, que se podem repetir no
    mesmo gene e que o tamanho do gene é variável, o número
    de combinações é infinita, assim a quantidade de informação
    transportada pelo código genético é praticamente infinita.

   Cada indivíduo é único, tem o seu próprio ADN, com as suas
    sequências.

   Assim pode dizer-se que o ADN é universal e variável.

   Ao conjunto de todo o ADN que um individuo possui chama-se
    genoma.
Replicação do ADN
Replicação do ADN
   Até Watson e Crick nada tinha
    sido proposto relativamente à
    replicação da molécula da
    hereditariedade,    isto     é,
    relativamente ao modo como se
    duplica o ADN antes da divisão
    celular.

   A partir do momento da
    descoberta do ADN tornou-se
    claro que antes da divisão celular
    as células têm que duplicar o seu
    ADN      assegurando    assim    a
    conservação      do     património
    genético ao longo das gerações.
Replicação do ADN
   O modelo explicativo, actualmente aceite, da replicação do
    ADN é o Modelo da Replicação Semiconservativo.

   De um modo geral o processo ocorre da seguinte forma:

       As duas cadeias polinucleotídicas são separadas uma da outra por
        acção da enzima ADN helicase que ao deslizar pelo ADN quebra as
        pontes de hidrogénio;
           As helicases ligam-se em pontos específicos do ADN.

       Cada uma das cadeias originais vai servir de molde às novas
        cadeias a serem sintetizadas;

       Para a construção das duas novas cadeias são utilizados nucleótidos
        livres que se emparelham com os nucleótidos das cadeias moldes por
        complementaridade.

       Além disso as novas cadeias são antiparalelas às que lhe servem de
        molde.

       Formam-se assim duas moléculas de ADN, cada uma contendo uma
        cadeia antiga e uma cadeia recém-formada.
Replicação do ADN
   No     processo    de    replicação
    semiconservativo    cada    cadeia
    formada é uma réplica de uma das
    cadeias originais.

   Formam-se assim duas moléculas de
    ADN iguais às originais.

   Em    1958     Meselson   e   Stahl
    comprovaram este processo usando
    isótopos de azoto 15N (isótopo não
    radioactivo) que torna as moléculas
    mais densas do que as que usam o
    14N, menos pesado.
Replicação do ADN
   As bactérias G0 cultivadas em meio com 15N possuem um
    ADN mais denso pelo que ele precipita-se para junto do
    fundo do tubo de ensaio.

   As bactérias G0 entram novamente em divisão (G1) celular,
    mas desta vez é introduzido 14N (menos denso), o que faz
    que as novas moléculas de ADN vão ter um cadeia com 14N
    e outra com 15N, fazendo com que o ADN tenha um peso
    menor do que o anterior.

   Numa terceira geração de bactérias (G2), mantidas com
    14N, verifica-se que vão-se formar 50% de moléculas de
    ADN 14N/15N e 50% de moléculas de ADN 14N.

   Na eventualidade de uma quarta geração de bactérias, a
    proporção de ADN com 14N vai subir, ficando 75% de ADN
    14N e 25% de ADN 14N/15N.



   Verifica-se assim que o mecanismos utilizados pelos seres
    vivos na replicação do ADN é o processo de replicação
    semiconservativo.

   Os processo de duplicação de ADN parecem ser
    semelhantes em todos os seres vivos, verificando-se ligeiras
    diferenças entes eucariontes e procariontes.
Replicação do ADN
   Outros modelos de ADN foram propostos:

     Modelo   Conservativo



     Modelo   Dispersivo
Replicação do ADN
Curiosidades
   Numa bactéria o ADN tem em média 600,000 pares de bases.

   O ADN humano tem                cerca    de    3.000.000.000.000
    (3x1012)pares de bases.

   Cada cromossoma pode ter entre 50-250 milhões de pares de
    bases.

   Estima-se que o genoma humano tenha entre 20.000-25.000
    genes.

   A DNA polimerase opera a uma velocidade de cerca 50 pares
    de bases por segundo.
       O que significaria que o processo de replicação do ADN humano
        demoraria cerca de 1 mês.

       Na realidade demora 1 hora, dado que cada molécula de ADN
        tem vários pontos de origem pelo que uma mesma molécula de
        ADN pode estar a ser replicada em vários pontos.

       Existem cerca de 300 unidades de DNA polimerase III, por célula
Fluxo de informação genética
RNA
   Outra macromolécula responsável pela
    “movimentação” de informação genética nas
    células é o RNA ou ARN (Ácido Ribonucleico).

   Muito semelhante ao ADN é constituído por
    uma sequência de nucleótidos que por sua vez
    são constituídos por:
       1 Grupo Fosfato;

       1 Pentose (Ribose);

       1 Base azotada (Adenina, Guanina, Citosina ou
        Uracilo)
           O Uracilo é uma base azotada de anel simples,
            complementar da Adenina e com a qual
            estabelece duas ligações de hidrogénio.
RNA
        O RNA apresenta outra diferenças em relação ao ADN, a salientar:
         é constituído apenas por uma cadeia e de dimensões menores.
                         Principais diferenças entre RNA e ADN
RNA                                         ADN
Uma cadeia polinucleotídica                 Duas cadeias polinucleotídicas
Ribose                                      Desoxirribose
A-U-C-G                                     A-T-C-G
A razão entre nucleótidos é variável        A razão entre A-T e C-G não é variável
A quantidade é variável de célula para A quantidade é constante em todas as
célula acordo com a actividade das mesmas. células, excepto nos gâmetas.
Quimicamente pouco estável                  Quimicamente muito estável
Tempo de duração pequeno                    Permanente
Pode apresentar-se sobre três formas: Somente uma forma básica.
mensageiro, transferência, ribossómico.
RNA
   O ADN é de facto o suporte universal de
    informação genética.

   Existe no entanto um problema…
       Em eucariontes o ADN não sai do núcleo, mas o
        processo de síntese proteica ocorre no citoplasma.

       O “esquema” da nova proteína encontra-se no ADN,
        então de que forma chega a informação ao
        citoplasma?


                          RNA
       Sem RNA o ADN era na realidade silencioso.
Biossíntese de proteínas
   A sequência de ADN determina a
    sequência de aminoácidos, no
    entanto as células não usam a
    informação    contida no   ADN
    directamente.

   Depois de alguma investigação
    verificou-se que as células utilizam
    moléculas de RNA formadas no
    núcleo e que migram para o
    citoplasma, onde são lidas.
       Este RNA funciona como um
        mensageiro pelo que se designou de
        RNA mensageiro (mRNA)
Biossíntese de proteínas
   Em todas as células, a informação para
    a sequência dos aminoácidos está
    contida nos genes.

   A ordem dos nucleótidos de um gene
    determina a ordem dos aminoácidos
    numa proteína.

   Desde o momento que se soube que os
    nucleótidos codificavam os aminoácidos
    que surgiu um problema.

Como é que um código de quatro “letras”
 pode codificar um alfabeto de vinte e
                quatro?
Ribossomas
   O mRNA pode ser lido pelos
    ribossomas que se podem encontrar
    livres no citoplasma ou associados à
    membrana           do         Retículo
    Endoplasmático Rugoso.

   Os ribossomas são constituídos por
    duas subunidades:
       Subunidade maior

       Subunidade menor

   Na constituição das subunidades dos
    ribossomas encontramos proteínas e
    RNAribossómico (rRNA)
Código genético
   Obviamente que a cada nucleótido não pode
    corresponder um aminoácido, pois nessa situação, só
    poderiam existir quatro aminoácidos.

   Assim os biólogos descobriram que existia um código
    entre as quatro “letras” dos nucleótidos e os cerca de
    20 aminoácidos das proteínas.

       Um código de dois nucleótidos por cada aminoácido (42)
        iria codificar apenas 16 aminoácidos, logo alguns não
        seriam codificados.

       Por seu lado um código de 3 nucleótidos irá codificar 64
        aminoácidos (43), mais do que suficiente para os
        aminoácidos existentes.

           Estabeleceu-se assim que para cada aminoácidos é
            necessário uma sequência de três nucleótidos consecutivos
            (tripleto) a que se dá o nome de codão.
Código genético
   Assim o código genético consiste na correspondência entre os codões e os nucleótidos.

   Ao analisarmos o código genético verificamos que cada aminoácido pode ser codificado por
    mais do que um codão, e que existem codões que marcam o início e o fim da síntese.
Características do Código Genético
   Universalidade do código genético
       Quase todas as células utilizam o código genético, mesmo os vírus utilizam este código. Conhecem-se algumas
        excepções como o caso dos protozoários ciliados, nos quais os codões UAA e UAG não são sinais de terminação
        mas sim codões para glutamina.


   O código genético é redundante
       Existem vários codões que codificam o mesmo aminoácido.

   O código genético não é ambíguo
       A cada codão só corresponde um aminoácido.

   O terceiro nucleótido do codão não é tão específico como o primeiro
       Por exemplo a Serina (Ser) é codificada pelos seguintes codões UCU/UCC/UCA/UCG, verifica-se que os codões
        variam apenas no último aminoácido.

   O tripleto AUG tem dupla função
       Tanto funciona como codão de iniciação como codifica o aminoácido metionina.

   Os tripletos UAA, UAG e UGA são codões de finalização ou “stop”
       Marcam o fim da síntese da nova proteína.
Mecanismo de síntese proteica
   Este conjunto de etapas que começa na transcrição do ADN
    e termina na formação de uma proteína, tem também o
    nome de Dogma Central, dado que é um processo universal
    em todos os organismos conhecidos.
                                                            (Proposto por Crick em 1958)




   Consiste na passagem da linguagem polinucleotídica do
    ADN para a linguagem polipeptídica das proteínas.

   Pode dividir-se em duas etapas:
                 Transcrição          Tradução
             DNA               mRNA              Polipeptídeo
Mecanismo da síntese proteica
   Transcrição da mensagem
    genética
    A  informação contida em
     cada gene é copiada para
     RNA.

   Tradução   da   mensagem
    genética
    A  informação contida nas
     moléculas     mRNA       é
     traduzida em sequências de
     aminoácidos.
Transcrição da informação genética
   A primeira etapa da transferência
    de       informação      genética
    corresponde à síntese de RNA
    mensageiro.

   O mRNA é sintetizado tendo com
    molde uma das cadeias de ADN.
       A este processo dá-se o nome de
        transcrição do ADN, pois a
        informação do ADN é transcrito
        para       o      mRNA      por
        complementaridade de bases.

   O processo é semelhante ao da
    replicação do ADN, com as devidas
    diferenças inerentes à própria
    molécula de RNA.
Transcrição da informação genética
   De uma forma geral os interveniente na transcrição de ADN são:
    Intervenientes                         Funções
    ADN                                    Molde para a síntese do RNA
    Nucleótidos de RNA (ribonucleótidos)   Síntese de RNA
    RNA polimerase                         Catalisa a reacção de síntese do RNA

   A transcrição só se efectua numa das cadeias de ADN, isto é,
    apenas uma das cadeias serve de molde.

   O complexo RNA polimerase liga-se a locais específicos da cadeia
    de ADN.
       “Caixa” TATA ou uma variante desta sequência, existentes antes da
        sequência a ser transcrita.
       A esta sequência ligam-se diversas proteínas as quais vão permitir que a
        RNA polimerase se ligue.
Transcrição da informação genética
   Uma vez ligada à sequência promotora o
    RNA polimerase desenrola o ADN e começa a
    sintetizar o RNA por complementaridade.

   A síntese faz-se sempre no sentido 5’3’.

   Após a passagem da RNA polimerase o ADN
    volta a reconstituir-se.

   Em células eucariontes, este processo ocorre
    no núcleo e a esta primeira forma de RNA
    mensageiro denomina-se de pré-mRNA ou
    RNA percursor.

   O pré-mRNA é uma forma imatura de mRNA
    pelo que vai ter que sofrer           diversas
    alterações até se tornar viável, ou seja, RNA
    maturo.
       Ao conjunto de processos que levam à
        alteração do pré-mRNA dá-se o nome de
        Processamento.
Transcrição da informação genética
   Nos eucariontes cada gene contem sequências que não codificam informação.
       A essas porções dá-se o nome de intrões, pois não devem sair do núcleo, já que não
        codificam nada.

   Entre os intrões existem os exões, sequências que codificam.
       São os exões que realmente contêm informação para a nova proteína e que como
        tal devem sair do núcleo.

   Acontece que a RNA polimerase transcreve tanto os exões como os intrões,
    logo o pré-mRNA vai conter partes que não codificam nada efectivamente.
Transcrição da informação genética
   Durante o processamento, enzimas removem os
    intrões e os exões são unidos formando-se uma
    cadeia de mRNA maturo e que se encontra pronto
    para sair do núcleo.
Tradução da informação genética
   Nesta segunda fase do
    fluxo da informação
    genética a mensagem
    escrita na linguagem
    génica vai ser traduzida
    na linguagem proteica.

   Já verificamos que a
    cada três nucleótidos
    corresponde        um
    aminoácido.
       Então é na sequência de
        tripletos do mRNA que
        reside a sequência de
        aminoácidos da proteína
        a ser sintetizada.
Tradução da informação genética
     Como intervenientes deste processo destacam-se:
Intervenientes               Funções
mRNA                         Contém a informação para a sequência
                             de aminoácidos.
Aminoácidos                  São as unidades estruturais da proteína a
                             ser sintetizada.
tRNA                         Transfere/transporta os aminoácidos
                             para os ribossomas.
Ribossomas                   Enzimas que catalisam a reacção de
                             síntese proteica.
Outras enzimas               Aceleram as reacções

ATP                          Transferem energia para o sistema
Tradução da informação genética
   É ao nível dos ribossomas
    que se efectua a tradução
    da mensagem genética.

   Como         intermediário
    encontra-se o tRNA, ou
    RNA de transferência.
       Este tipo de molécula de
        RNA apresenta uma forma
        característica e vai levar os
        diferentes aminoácidos até
        aos ribossomas que se
        encontram a ler o mRNA.
Tradução da informação genética
   tRNA

       Apresenta a forma de folha de trevo.

       Apresenta 3 ansas.

       É na extremidade 3’ que se vai ligar um
        aminoácido específico.

       Numa das ansas existe o chamado anticodão, que
        se vai ligar por complementaridade aos codões
        do mRNA.

       A cada anticodão corresponde um aminoácido
        específico.
           Assim cada tRNA é específico para um aminoácido e
            há tantos tRNA quantos codões existem.
Tradução da informação genética
   Usando os tRNA os aminoácidos são
    colocados na ordem correcta de acordo
    com o que está “escrito” no mRNA.

   Os ribossomas são os responsáveis por
    criarem um meio onde os diferentes
    aminoácidos são ligados uns aos outros.

   O processo de síntese de proteínas pelos
    ribossomas dá-se em três fases:

       Iniciação

       Alongamento

       Finalização
Tradução da informação genética
   Iniciação
       A subunidade pequeno do ribossoma
        liga-se ao mRNA ao nível do codão
        AUG (codão de iniciação), por sua vez
        um tRNA com anticodão UAC liga-se ao
        codão de iniciação, transportando
        consigo um aminoácido de metionina.

       A subunidade maior           liga-se   à
        subunidade menor.
           A subunidade maior apresenta dois
            locais, o local P e o local A.

           O primeiro tRNA com a metionina ocupa
            o local P, permanecendo o local A
            desocupado.

       O ribossoma        encontra-se    agora
        funcional.
Tradução da informação genética
   Alongamento
       O local A encontra-se sobre outro codão, ao
        qual vai chegar o tRNA com o anticodão
        correspondente (por complementaridade), este
        por sua vez transporta consigo o aminoácido
        que corresponde ao codão do mRNA.

       Estabelece-se a primeira ligação peptídica
        entre os dois aminoácidos.

       O ribossoma avança três bases (um codão),
        passando o tRNA, e os aminoácidos a ele
        ligados, que ocupava o local A a ocupar o
        local P.
           Desta forma o local A fica novamente livre e
            sobre um novo codão, ao qual se vai agora ligar
            o tRNA correspondente, tal e qual como o passo
            anterior.


       Desta forma os aminoácidos levados até ao
        ribossoma vão-se ligando uns aos outros
        formando uma longa cadeia que dará origem
        a uma proteína.
Tradução da informação genética
   Finalização
    O   processo de alongamento dá-se até ao momento
      em que o ribossoma atinge um codão de finalização
      (UAA, UAG e UGA).

     Nesse momento liga-se um factor de terminação que
      leva a que as duas subunidades do ribossoma se
      separem, terminando assim a síntese proteica.
      A   cadeia polipeptídica separa-se .

       As  subunidades podem voltar a juntar-se traduzindo o
         mesmo mRNA ou outro que se encontre na célula.
Tradução da informação genética
Dogma Central
Dogma Central
   Este processo de síntese proteica é bastante eficaz
    sendo de salientar duas características muito
    importantes: rapidez e amplificação.

   A amplificação ocorrem em diferentes fases do
    processo.
       Várias moléculas de mRNA podem ser sintetizadas ao
        mesmo tempo a partir do mesmo gene de DNA.

       Vários ribossomas se podem ligar ao mesmo tempo ao
        mRNA, permitindo assim um maior número de
        proteínas sintetizadas por mRNA.

   Assim embora o tempo de vida do mRNA seja
    relativamente curto, como a mesma mensagem
    pode ser traduzida várias vezes, o processo é
    largamente amplificada.

   A maior parte das proteínas acabadas de
    sintetizar não estão ainda funcionais, sendo preciso
    passar por alguns processos de maturação que as
    alteram estruturalmente com vista a sua total
    funcionalidade.
Alteração do material genético
Alteração do material genético
   Em todos os organismos, a
    informação      genética está
    codificada na sequência de
    nucleótidos dos genes.

   Embora muito resistente o
    material genético não se
    mantém imutável, podendo em
    algumas     situações    ser
    modificado.

   A tais modificações dá-se o
    nome de mutações génicas e os
    indivíduos que as sofrem
    mutantes.
Alterações do material genético
   Uma alteração na sequência de bases na molécula
    de ADN pode conduzir a mudanças na proteína
    sintetizada.

   Se essa proteína assegurar uma função chave no
    organismo, a realização dessa função pode ser muito
    afectada.

   No caso da drepanocitose, o gene que codifica a
    sequência da cadeia  da hemoglobina, sofre uma
    mutação num ponto preciso, passando assim a existir
    uma nova forma do gene.

       A timina que existe no gene normal é substituída por uma
        adenina ficando a mensagem genética modificada.

       O novo codão GUG (em vez da GAG) introduz um novo
        aminoácido, a valina, em vez de ácido glutâmico. Esta
        alteração é suficiente para que a nova hemoglobina, a
        hemoglibina S, seja menos solúvel que a normal.

       Como consequência a hemoglobina S faz com que os
        eritrócitos fiquem deformados, sendo então conhecidos
        como eritrócitos depranocíticos que dificultam a circulação
        sanguínea podendo mesmo bloquea-la.
Alterações do material genético
   O efeito da mutação pode
    ser tão pequeno que pode
    não ser de fácil detecção.

   Por outro lado algumas
    mutações são tão graves
    que podem levar a morte
    da célula ou do organismo
    que a evidência.

   Contudo nem todas as
    mutações são nefastas
    para o organismo.
Alterações do material genético
   Devido a redundância do código
    genético, por vezes, algumas mutações
    acabam por levar a expressão do
    mesmo aminoácido.
       Mutação silenciosa

   Outras vezes o aminoácido expresso tem
    as mesmas características do original,
    não tendo por isso consequências
    evidentes.

   Se o aminoácido substituído não se
    encontrar numa região essencial da
    proteína as consequências podem
    também não ser evidentes ou nefastas.
Alterações do material genético
   Nem sempre as mutações são negativas.

   Por vezes as alterações levam à formação de
    proteínas com novas capacidades que podem
    representar uma mais valia perante os outros que não
    apresentam a mutação.
   Este processo leva ao aumento de variabilidade
    genética que por sua vez pode levar à evolução.

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Crescimento celular e replicação do DNA

  • 1. CRESCIMENTO, RENOVAÇÃO CELULAR E REPRODUÇÃO Biologia e Geologia 11º Ano 2010/2011
  • 2. Crescimento e renovação celular  A célula é a unidade estrutural e funcional dos organismos.  Cada célula tem o seu programa genético com o qual produzem moléculas específicas que permitem o crescimento e renovação celular.  Entre estas moléculas destacam-se as proteínas.
  • 3. DNA e síntese de proteínas  Ao observar pessoas da mesma família é possível identificar semelhanças entre si.  Isto deve-se ao facto de resultarem de uma herditariedade em comum.  É, no entanto, também possível observar diferenças entre cada elemento que os distinguem uns dos outros.
  • 4. DNA e síntese de proteínas  A existência de semelhanças e diferenças deve-se ao facto de cada organismo ter um programa genético que é herdado dos seus antepassados mas que não é repetido.  O facto do código genético ser herdado de antepassados permite que os indivíduos sejam relativamente semelhantes entre si.  Mas o facto de não se repetir exactamente permite as diferenças.
  • 5. DNA e síntese de proteínas  O programa genético está “escrito” no ácido desoxirribonucleico (ADN ou DNA).  Esta molécula é responsável pela coordenação de todas as células do organismo.
  • 6. Descoberta do ADN  Nos finais do século XIX, Miescher, ao estudar leucócitos, isolou uma substância de elevado peso molecular a que chamou nucleína.  Mais tarde foi designado de ácido desoxirrinucleico.  Esta macromolecula foi ignorada durante muito tempo, pois os cientistas da altura julgavam que as proteínas nucleares eram as portadoras da informação genética.  O ADN era aparentemente muito simples para explicar as diferenças entre os organismos.
  • 7. Descoberta do ADN  Foi apenas na década de 40 do século XX que o ADN foi reconhecido como a molécula responsável por conter e passar a informação genética.  A moléculas de DNA é invariável do ponto de vista químico, seja qual for o tipo de célula ou de ser vivo.  Podem no entanto variar no número e tamanho, o que em ultima análise pode fazer variar a quantidade de informação.
  • 8. Descoberta do ADN  A principal diferença no material genético entre procariontes e eucariontes, reside na quantidade de material, organização e localização.
  • 9. Descoberta do ADN  Nos procariontes o DNA encontra-se no citoplasma como uma molécula circular, não tendo, em regra, outros constituintes associados. A esta molécula dá-se o nome de nucleóide.
  • 10. Descoberta do ADN  Nas células eucariontes, quase todo, o material genético encontra-se no interior de um compartimento membranar denominado de núcleo.  O núcleo é delimitado por duas membranas:  Membrana nuclear externa;  Membrana nuclear interna;  Sendo que estas constituem o invólucro nuclear, que é perfurado por poros nuclear, os quais permitem a comunicação entre o interior do núcleo e citoplasma.
  • 11. Descoberta do ADN  No interior do núcleo é possível encontrar o nucleoplasma (semelhante ao citoplasma) onde se encontram os cromossomas.  Os cromossomas são constituídos por ADN (altamente condensado) e proteínas (histonas).  Ao nível dos núcleos é possível distinguir regiões mais densas e facilmente visíveis denominadas de nucléolos.
  • 12. Actividade Laboratorial  Extracção e Visualização de Moléculas de DNA  Descascar e cortar o Kiwi;  Juntar o sal, detergente e água destilada num gobelé;  Juntar o preparado ao almofariz e triturar;  Filtrar o preparado através de papel de filtro e de algodão hidrófilo;  Adicionar lentamente o álcool usando uma proveta.
  • 13. Constituição e Estrutura do ADN  Cada ser vivo apresenta o seu património genético, o que os torna únicos.  O ADN é a molécula biológica de suporte da informação genética que coordena todas as actividades celulares e que é transmitida a todas as células-filhas no decurso do desenvolvimento.
  • 14. Constituição e Estrutura do ADN  O ADN é uma macromolécula, um polímero, isto é, constituído por moléculas mais pequenas, que neste caso são nucleótidos.  Os nucleótidos são constituídos por: 1 Grupo Fosfato;  Confere características ácidas à molécula. 1 Pentose (Desoxirribose);  Um açúcar com 5 carbonos. 1 Base Azotada (Adenina; Timina; Citosina ou Guanina)
  • 16. Constituição e Estrutura do ADN  Os nucleótidos têm designações de acordo com a base azotada.  Por reacções de condensação os nucleótidos podem ligar-se sequencialmente formando uma cadeia polinucleotídica.  A ligação faz-se sempre entre o grupo fosfato do novo nucleótido e o carbono 3 da pentose do ultimo nucleótido da cadeia.  Assim diz-se que o alongamento da cadeia se faz no sentido 53.
  • 17. Constituição e Estrutura do ADN  A sequência de nucleótidos na cadeia de ADN é muito importante dado que é nessa sequência que está codificada a informação genética que define as características de cada indivíduo.  A compreensão da estrutura do ADN só se tornou possível após terem sido analisados os resultados de diferentes experiências…  Análise quantitativa percentual dos diferentes nucleótidos.  Verificou-se, em qualquer cadeia de ADN, de qualquer espécie, a quantidade a Adenina é muito próxima a de Timina, sendo que a mesma situação se verifica em relação a Citosina e Guanina.  Regra de Chargaff  Difracção dos raios X através de ADN cristalizado.  O estudo dos radiogramas, por parte de cientistas como Rosalind Franklin e Maurice Wilkins permitiu concluir que a molécula de ADN se apresenta sobre a forma de hélice.
  • 18. Constituição e Estrutura do ADN  Observações ao Microscópio Electrónico (ME) revelaram que a espessura da molécula de ADN é de 2nm.  Isto revela que se trata de uma dupla hélice, dado que cada cadeia polinucleotídica tem uma espessura de 1nm.
  • 19. Constituição e Estrutura do ADN  Em 1953, Watson (EUA) e Crick (UK), utilizando a informação até então descoberta desenvolveram um modelo único e coerente sobre a estrutura do ADN.  Modelo da Dupla Hélice  Duas cadeias polinucleotídicas enroladas em hélice;  As bases azotadas de uma cadeia ligam-se às bases complementares da outra cadeia (complementaridade de bases) através de pontes de hidrogénio;  Isto permite que a partir de uma cadeia se conheça a cadeia complementar;  As cadeias além de complementares são antiparalelas, ou seja, a extremidade 3’ de uma cadeia corresponde a extremidade 5’ da outra.
  • 20. Constituição e Estrutura do ADN  A estrutura do ADN é universal.  Quando analisamos o ADN verificamos a existência de genes.  Segmentos de ADN, com sequência nucleotídica própria que contem determinada informação.  O número e a sequência de nucleótidos diferem de gene para gene.  A ordem dos nucleótidos num gene possui um significado preciso, codificando então uma característica.  É a sequência de nucleótidos que transporta a mensagem genética.
  • 21. Constituição e Estrutura do ADN  Uma vez que existem 4 nucleótidos, que se podem repetir no mesmo gene e que o tamanho do gene é variável, o número de combinações é infinita, assim a quantidade de informação transportada pelo código genético é praticamente infinita.  Cada indivíduo é único, tem o seu próprio ADN, com as suas sequências.  Assim pode dizer-se que o ADN é universal e variável.  Ao conjunto de todo o ADN que um individuo possui chama-se genoma.
  • 23. Replicação do ADN  Até Watson e Crick nada tinha sido proposto relativamente à replicação da molécula da hereditariedade, isto é, relativamente ao modo como se duplica o ADN antes da divisão celular.  A partir do momento da descoberta do ADN tornou-se claro que antes da divisão celular as células têm que duplicar o seu ADN assegurando assim a conservação do património genético ao longo das gerações.
  • 24. Replicação do ADN  O modelo explicativo, actualmente aceite, da replicação do ADN é o Modelo da Replicação Semiconservativo.  De um modo geral o processo ocorre da seguinte forma:  As duas cadeias polinucleotídicas são separadas uma da outra por acção da enzima ADN helicase que ao deslizar pelo ADN quebra as pontes de hidrogénio;  As helicases ligam-se em pontos específicos do ADN.  Cada uma das cadeias originais vai servir de molde às novas cadeias a serem sintetizadas;  Para a construção das duas novas cadeias são utilizados nucleótidos livres que se emparelham com os nucleótidos das cadeias moldes por complementaridade.  Além disso as novas cadeias são antiparalelas às que lhe servem de molde.  Formam-se assim duas moléculas de ADN, cada uma contendo uma cadeia antiga e uma cadeia recém-formada.
  • 25. Replicação do ADN  No processo de replicação semiconservativo cada cadeia formada é uma réplica de uma das cadeias originais.  Formam-se assim duas moléculas de ADN iguais às originais.  Em 1958 Meselson e Stahl comprovaram este processo usando isótopos de azoto 15N (isótopo não radioactivo) que torna as moléculas mais densas do que as que usam o 14N, menos pesado.
  • 26. Replicação do ADN  As bactérias G0 cultivadas em meio com 15N possuem um ADN mais denso pelo que ele precipita-se para junto do fundo do tubo de ensaio.  As bactérias G0 entram novamente em divisão (G1) celular, mas desta vez é introduzido 14N (menos denso), o que faz que as novas moléculas de ADN vão ter um cadeia com 14N e outra com 15N, fazendo com que o ADN tenha um peso menor do que o anterior.  Numa terceira geração de bactérias (G2), mantidas com 14N, verifica-se que vão-se formar 50% de moléculas de ADN 14N/15N e 50% de moléculas de ADN 14N.  Na eventualidade de uma quarta geração de bactérias, a proporção de ADN com 14N vai subir, ficando 75% de ADN 14N e 25% de ADN 14N/15N.  Verifica-se assim que o mecanismos utilizados pelos seres vivos na replicação do ADN é o processo de replicação semiconservativo.  Os processo de duplicação de ADN parecem ser semelhantes em todos os seres vivos, verificando-se ligeiras diferenças entes eucariontes e procariontes.
  • 27. Replicação do ADN  Outros modelos de ADN foram propostos:  Modelo Conservativo  Modelo Dispersivo
  • 29. Curiosidades  Numa bactéria o ADN tem em média 600,000 pares de bases.  O ADN humano tem cerca de 3.000.000.000.000 (3x1012)pares de bases.  Cada cromossoma pode ter entre 50-250 milhões de pares de bases.  Estima-se que o genoma humano tenha entre 20.000-25.000 genes.  A DNA polimerase opera a uma velocidade de cerca 50 pares de bases por segundo.  O que significaria que o processo de replicação do ADN humano demoraria cerca de 1 mês.  Na realidade demora 1 hora, dado que cada molécula de ADN tem vários pontos de origem pelo que uma mesma molécula de ADN pode estar a ser replicada em vários pontos.  Existem cerca de 300 unidades de DNA polimerase III, por célula
  • 31. RNA  Outra macromolécula responsável pela “movimentação” de informação genética nas células é o RNA ou ARN (Ácido Ribonucleico).  Muito semelhante ao ADN é constituído por uma sequência de nucleótidos que por sua vez são constituídos por:  1 Grupo Fosfato;  1 Pentose (Ribose);  1 Base azotada (Adenina, Guanina, Citosina ou Uracilo)  O Uracilo é uma base azotada de anel simples, complementar da Adenina e com a qual estabelece duas ligações de hidrogénio.
  • 32. RNA  O RNA apresenta outra diferenças em relação ao ADN, a salientar: é constituído apenas por uma cadeia e de dimensões menores. Principais diferenças entre RNA e ADN RNA ADN Uma cadeia polinucleotídica Duas cadeias polinucleotídicas Ribose Desoxirribose A-U-C-G A-T-C-G A razão entre nucleótidos é variável A razão entre A-T e C-G não é variável A quantidade é variável de célula para A quantidade é constante em todas as célula acordo com a actividade das mesmas. células, excepto nos gâmetas. Quimicamente pouco estável Quimicamente muito estável Tempo de duração pequeno Permanente Pode apresentar-se sobre três formas: Somente uma forma básica. mensageiro, transferência, ribossómico.
  • 33. RNA  O ADN é de facto o suporte universal de informação genética.  Existe no entanto um problema…  Em eucariontes o ADN não sai do núcleo, mas o processo de síntese proteica ocorre no citoplasma.  O “esquema” da nova proteína encontra-se no ADN, então de que forma chega a informação ao citoplasma? RNA  Sem RNA o ADN era na realidade silencioso.
  • 34. Biossíntese de proteínas  A sequência de ADN determina a sequência de aminoácidos, no entanto as células não usam a informação contida no ADN directamente.  Depois de alguma investigação verificou-se que as células utilizam moléculas de RNA formadas no núcleo e que migram para o citoplasma, onde são lidas.  Este RNA funciona como um mensageiro pelo que se designou de RNA mensageiro (mRNA)
  • 35. Biossíntese de proteínas  Em todas as células, a informação para a sequência dos aminoácidos está contida nos genes.  A ordem dos nucleótidos de um gene determina a ordem dos aminoácidos numa proteína.  Desde o momento que se soube que os nucleótidos codificavam os aminoácidos que surgiu um problema. Como é que um código de quatro “letras” pode codificar um alfabeto de vinte e quatro?
  • 36. Ribossomas  O mRNA pode ser lido pelos ribossomas que se podem encontrar livres no citoplasma ou associados à membrana do Retículo Endoplasmático Rugoso.  Os ribossomas são constituídos por duas subunidades:  Subunidade maior  Subunidade menor  Na constituição das subunidades dos ribossomas encontramos proteínas e RNAribossómico (rRNA)
  • 37. Código genético  Obviamente que a cada nucleótido não pode corresponder um aminoácido, pois nessa situação, só poderiam existir quatro aminoácidos.  Assim os biólogos descobriram que existia um código entre as quatro “letras” dos nucleótidos e os cerca de 20 aminoácidos das proteínas.  Um código de dois nucleótidos por cada aminoácido (42) iria codificar apenas 16 aminoácidos, logo alguns não seriam codificados.  Por seu lado um código de 3 nucleótidos irá codificar 64 aminoácidos (43), mais do que suficiente para os aminoácidos existentes.  Estabeleceu-se assim que para cada aminoácidos é necessário uma sequência de três nucleótidos consecutivos (tripleto) a que se dá o nome de codão.
  • 38. Código genético  Assim o código genético consiste na correspondência entre os codões e os nucleótidos.  Ao analisarmos o código genético verificamos que cada aminoácido pode ser codificado por mais do que um codão, e que existem codões que marcam o início e o fim da síntese.
  • 39. Características do Código Genético  Universalidade do código genético  Quase todas as células utilizam o código genético, mesmo os vírus utilizam este código. Conhecem-se algumas excepções como o caso dos protozoários ciliados, nos quais os codões UAA e UAG não são sinais de terminação mas sim codões para glutamina.  O código genético é redundante  Existem vários codões que codificam o mesmo aminoácido.  O código genético não é ambíguo  A cada codão só corresponde um aminoácido.  O terceiro nucleótido do codão não é tão específico como o primeiro  Por exemplo a Serina (Ser) é codificada pelos seguintes codões UCU/UCC/UCA/UCG, verifica-se que os codões variam apenas no último aminoácido.  O tripleto AUG tem dupla função  Tanto funciona como codão de iniciação como codifica o aminoácido metionina.  Os tripletos UAA, UAG e UGA são codões de finalização ou “stop”  Marcam o fim da síntese da nova proteína.
  • 40. Mecanismo de síntese proteica  Este conjunto de etapas que começa na transcrição do ADN e termina na formação de uma proteína, tem também o nome de Dogma Central, dado que é um processo universal em todos os organismos conhecidos. (Proposto por Crick em 1958)  Consiste na passagem da linguagem polinucleotídica do ADN para a linguagem polipeptídica das proteínas.  Pode dividir-se em duas etapas: Transcrição Tradução DNA mRNA Polipeptídeo
  • 41. Mecanismo da síntese proteica  Transcrição da mensagem genética A informação contida em cada gene é copiada para RNA.  Tradução da mensagem genética A informação contida nas moléculas mRNA é traduzida em sequências de aminoácidos.
  • 42. Transcrição da informação genética  A primeira etapa da transferência de informação genética corresponde à síntese de RNA mensageiro.  O mRNA é sintetizado tendo com molde uma das cadeias de ADN.  A este processo dá-se o nome de transcrição do ADN, pois a informação do ADN é transcrito para o mRNA por complementaridade de bases.  O processo é semelhante ao da replicação do ADN, com as devidas diferenças inerentes à própria molécula de RNA.
  • 43. Transcrição da informação genética  De uma forma geral os interveniente na transcrição de ADN são: Intervenientes Funções ADN Molde para a síntese do RNA Nucleótidos de RNA (ribonucleótidos) Síntese de RNA RNA polimerase Catalisa a reacção de síntese do RNA  A transcrição só se efectua numa das cadeias de ADN, isto é, apenas uma das cadeias serve de molde.  O complexo RNA polimerase liga-se a locais específicos da cadeia de ADN.  “Caixa” TATA ou uma variante desta sequência, existentes antes da sequência a ser transcrita.  A esta sequência ligam-se diversas proteínas as quais vão permitir que a RNA polimerase se ligue.
  • 44. Transcrição da informação genética  Uma vez ligada à sequência promotora o RNA polimerase desenrola o ADN e começa a sintetizar o RNA por complementaridade.  A síntese faz-se sempre no sentido 5’3’.  Após a passagem da RNA polimerase o ADN volta a reconstituir-se.  Em células eucariontes, este processo ocorre no núcleo e a esta primeira forma de RNA mensageiro denomina-se de pré-mRNA ou RNA percursor.  O pré-mRNA é uma forma imatura de mRNA pelo que vai ter que sofrer diversas alterações até se tornar viável, ou seja, RNA maturo.  Ao conjunto de processos que levam à alteração do pré-mRNA dá-se o nome de Processamento.
  • 45. Transcrição da informação genética  Nos eucariontes cada gene contem sequências que não codificam informação.  A essas porções dá-se o nome de intrões, pois não devem sair do núcleo, já que não codificam nada.  Entre os intrões existem os exões, sequências que codificam.  São os exões que realmente contêm informação para a nova proteína e que como tal devem sair do núcleo.  Acontece que a RNA polimerase transcreve tanto os exões como os intrões, logo o pré-mRNA vai conter partes que não codificam nada efectivamente.
  • 46. Transcrição da informação genética  Durante o processamento, enzimas removem os intrões e os exões são unidos formando-se uma cadeia de mRNA maturo e que se encontra pronto para sair do núcleo.
  • 47. Tradução da informação genética  Nesta segunda fase do fluxo da informação genética a mensagem escrita na linguagem génica vai ser traduzida na linguagem proteica.  Já verificamos que a cada três nucleótidos corresponde um aminoácido.  Então é na sequência de tripletos do mRNA que reside a sequência de aminoácidos da proteína a ser sintetizada.
  • 48. Tradução da informação genética  Como intervenientes deste processo destacam-se: Intervenientes Funções mRNA Contém a informação para a sequência de aminoácidos. Aminoácidos São as unidades estruturais da proteína a ser sintetizada. tRNA Transfere/transporta os aminoácidos para os ribossomas. Ribossomas Enzimas que catalisam a reacção de síntese proteica. Outras enzimas Aceleram as reacções ATP Transferem energia para o sistema
  • 49. Tradução da informação genética  É ao nível dos ribossomas que se efectua a tradução da mensagem genética.  Como intermediário encontra-se o tRNA, ou RNA de transferência.  Este tipo de molécula de RNA apresenta uma forma característica e vai levar os diferentes aminoácidos até aos ribossomas que se encontram a ler o mRNA.
  • 50. Tradução da informação genética  tRNA  Apresenta a forma de folha de trevo.  Apresenta 3 ansas.  É na extremidade 3’ que se vai ligar um aminoácido específico.  Numa das ansas existe o chamado anticodão, que se vai ligar por complementaridade aos codões do mRNA.  A cada anticodão corresponde um aminoácido específico.  Assim cada tRNA é específico para um aminoácido e há tantos tRNA quantos codões existem.
  • 51. Tradução da informação genética  Usando os tRNA os aminoácidos são colocados na ordem correcta de acordo com o que está “escrito” no mRNA.  Os ribossomas são os responsáveis por criarem um meio onde os diferentes aminoácidos são ligados uns aos outros.  O processo de síntese de proteínas pelos ribossomas dá-se em três fases:  Iniciação  Alongamento  Finalização
  • 52. Tradução da informação genética  Iniciação  A subunidade pequeno do ribossoma liga-se ao mRNA ao nível do codão AUG (codão de iniciação), por sua vez um tRNA com anticodão UAC liga-se ao codão de iniciação, transportando consigo um aminoácido de metionina.  A subunidade maior liga-se à subunidade menor.  A subunidade maior apresenta dois locais, o local P e o local A.  O primeiro tRNA com a metionina ocupa o local P, permanecendo o local A desocupado.  O ribossoma encontra-se agora funcional.
  • 53. Tradução da informação genética  Alongamento  O local A encontra-se sobre outro codão, ao qual vai chegar o tRNA com o anticodão correspondente (por complementaridade), este por sua vez transporta consigo o aminoácido que corresponde ao codão do mRNA.  Estabelece-se a primeira ligação peptídica entre os dois aminoácidos.  O ribossoma avança três bases (um codão), passando o tRNA, e os aminoácidos a ele ligados, que ocupava o local A a ocupar o local P.  Desta forma o local A fica novamente livre e sobre um novo codão, ao qual se vai agora ligar o tRNA correspondente, tal e qual como o passo anterior.  Desta forma os aminoácidos levados até ao ribossoma vão-se ligando uns aos outros formando uma longa cadeia que dará origem a uma proteína.
  • 54. Tradução da informação genética  Finalização O processo de alongamento dá-se até ao momento em que o ribossoma atinge um codão de finalização (UAA, UAG e UGA).  Nesse momento liga-se um factor de terminação que leva a que as duas subunidades do ribossoma se separem, terminando assim a síntese proteica. A cadeia polipeptídica separa-se .  As subunidades podem voltar a juntar-se traduzindo o mesmo mRNA ou outro que se encontre na célula.
  • 57. Dogma Central  Este processo de síntese proteica é bastante eficaz sendo de salientar duas características muito importantes: rapidez e amplificação.  A amplificação ocorrem em diferentes fases do processo.  Várias moléculas de mRNA podem ser sintetizadas ao mesmo tempo a partir do mesmo gene de DNA.  Vários ribossomas se podem ligar ao mesmo tempo ao mRNA, permitindo assim um maior número de proteínas sintetizadas por mRNA.  Assim embora o tempo de vida do mRNA seja relativamente curto, como a mesma mensagem pode ser traduzida várias vezes, o processo é largamente amplificada.  A maior parte das proteínas acabadas de sintetizar não estão ainda funcionais, sendo preciso passar por alguns processos de maturação que as alteram estruturalmente com vista a sua total funcionalidade.
  • 59. Alteração do material genético  Em todos os organismos, a informação genética está codificada na sequência de nucleótidos dos genes.  Embora muito resistente o material genético não se mantém imutável, podendo em algumas situações ser modificado.  A tais modificações dá-se o nome de mutações génicas e os indivíduos que as sofrem mutantes.
  • 60. Alterações do material genético  Uma alteração na sequência de bases na molécula de ADN pode conduzir a mudanças na proteína sintetizada.  Se essa proteína assegurar uma função chave no organismo, a realização dessa função pode ser muito afectada.  No caso da drepanocitose, o gene que codifica a sequência da cadeia  da hemoglobina, sofre uma mutação num ponto preciso, passando assim a existir uma nova forma do gene.  A timina que existe no gene normal é substituída por uma adenina ficando a mensagem genética modificada.  O novo codão GUG (em vez da GAG) introduz um novo aminoácido, a valina, em vez de ácido glutâmico. Esta alteração é suficiente para que a nova hemoglobina, a hemoglibina S, seja menos solúvel que a normal.  Como consequência a hemoglobina S faz com que os eritrócitos fiquem deformados, sendo então conhecidos como eritrócitos depranocíticos que dificultam a circulação sanguínea podendo mesmo bloquea-la.
  • 61. Alterações do material genético  O efeito da mutação pode ser tão pequeno que pode não ser de fácil detecção.  Por outro lado algumas mutações são tão graves que podem levar a morte da célula ou do organismo que a evidência.  Contudo nem todas as mutações são nefastas para o organismo.
  • 62. Alterações do material genético  Devido a redundância do código genético, por vezes, algumas mutações acabam por levar a expressão do mesmo aminoácido.  Mutação silenciosa  Outras vezes o aminoácido expresso tem as mesmas características do original, não tendo por isso consequências evidentes.  Se o aminoácido substituído não se encontrar numa região essencial da proteína as consequências podem também não ser evidentes ou nefastas.
  • 63. Alterações do material genético  Nem sempre as mutações são negativas.  Por vezes as alterações levam à formação de proteínas com novas capacidades que podem representar uma mais valia perante os outros que não apresentam a mutação.
  • 64. Este processo leva ao aumento de variabilidade genética que por sua vez pode levar à evolução.