1. O DNA contém as instruções genéticas para a formação e reprodução de seres vivos através de nucleótidos que se combinam em sequências.
2. A molécula de DNA tem a forma de uma dupla hélice onde os nucleótidos se emparelham de forma complementar.
3. Os cromossomas, constituídos por DNA e proteínas, contêm o código genético e garantem a identidade das células após a divisão celular.
2. Ácido Desoxirribonucleico (ADN ou DNA) A descoberta da estrutura da molécula de ADN foi efectuada em Março de 1953 pelo norte-americano JamesWatson e pelo britânico Francis Crick, descoberta que lhes valeu o Prémio Nobel da Medicina em 1962, juntamente com Maurice Wilkins. Em português, a sigla ADN significa ácido desoxirribonucleico. Este nome é muito complicado! O importante é saber que o DNA é uma molécula que existe dentro das células de todos os seres vivos, desde as bactérias, fungos e protozoários até aos animais e plantas, e contém as informações necessárias para formar um ser vivo e para que ele se possa reproduzir. O ADN é como um código secreto de letras, que ao ser decifrado pela célula, produz os componentes que fazem parte do nosso corpo.
3. Nucleótideos O ADN é formado por unidades menores chamadas nucleótideos. Existem 4 tipos de nucleótideos, representados pelas letras A, C, G e T. A forma como estes nucleótideos se distribuem é que faz com que os seres vivos sejam diferentes um dos outros. Para ser mais fácil compreender, veja-se um exemplo com as letras A, O, M, R. Com estas 4 letras podemos formar as palavras AMOR, ROMA, ORAM, MORA, RAMO. Se uma das letras puder ser repetida, podemos formar ainda as palavras MORRO e AMORA entre outras. Ao usarmos as mesmas letras, formamos palavras com significados diferentes. A mesma ideia pode ser aplicada para o DNA. Os 4 tipos de nucleótideos distribuem-se de diversas maneiras na molécula de ADN, formando os diferentes seres vivos. A = Adenina C = Citosina G = Guanina T = Tinina
4. Estrutura da molécula de DNA Uma molécula de ADN é formada por duas fitas de nucleótideos. Nestas fitas o nucleótideos “A” liga-se ao “T” e o “C” liga-se ao “G”. Esta regra é respeitada por toda a molécula de ADN. Nota: Os desenho mostrado aqui é apenas uma representação da molécula de ADN. Não se consegue ver a molécula de ADN a olho nu.
5. Estrutura da molécula de DNA O ADN tem a forma de uma escada de corda enrolada helicoidalmente, ou seja, de uma hélice dupla em que os degraus são formados por pares de bases azotadas ligadas entre si, através de ligações de hidrogénio, com fundamento na complementaridade de bases. É possível ler a cadeia de ADN, obtendo-se uma sequência de letras, como por exemplo, ATGATTCTGTAGCCTGATCCC. A uma sequência completa de ADN dá-se o nome de genoma.
6. Cromossomas Os cromossomas são estruturas constituídas por ADN e proteínas. Os cromossomas encontram-se no interior do núcleo das células e são formados por uma longa cadeia de ADN. São fundamentais para garantir a identidade das células após a sua divisão (mitose). Em cada espécie há um número definido de cromossomas. A alterações no seu número ou disposição de genes, pode resultar em mutações genéticas.
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8. No homem é representado por (xy).Cromossomos Homólogos - São cromossomos que apresentam genes para as mesmas características e para as mesmas posições. Um homólogo veio do pai e outro da mãe.
9. Genes Em cada par de cromossomas homólogos (a, a), existem genes com informação para a mesma característica (cor dos olhos, do cabelo, etc). O gene é a unidade fundamental da hereditariedade. Cada gene é formado por uma sequência específica de ácidos nucléicos (biomoléculas mais importantes do controle celular, pois contêm a informação genética. Existem dois tipos de ácidos nucléicos: ácido desoxirribonucleico, DNA- e ácido ribonucleico – RNA). Genoma: Conjunto total de genes que constituem o ser humano. Genótipo: Constituição genetica do indivíduo, isto é, são os genes que ele possui nas suas células e que foram herdados dos seus pais. Genoma Humano – Refere-se às pesquisas realizadas como o objectivo de identificar a localização e função de cada gene no ser humano.
28. Influência Genética Hoje em dia, a descoberta do ADN tem um impacto em muitas áreas da vida moderna, tais como a medicina, a reprodução, a alimentação, a longevidade e o ambiente. No caso da medicina, e da saúde, há milhares de doenças hereditárias diferentes: cada uma resulta de um defeito num gene, muitos dos quais agora conhecemos. Assim, hoje sabe-se detectar esses defeitos antes da nascença e tem-se esperança de os poder corrigir dentro de algum tempo, utilizando a terapia genética. Os testes genéticos permitem prever as doenças genéticas a que um indivíduo está mais sujeito e preveni-las a tempo. A amniocentese é um exemplo de um teste genético pré-natal que é muito usado para detectar se um bebé irá sofrer o síndroma de Down, mais conhecido como mongolismo, e que resulta da duplicação do cromossoma 21.
29. Influência Genética Outro exemplo de influência genética é na reprodução, são as técnicas de fertilização invitro(FIV) que permitem que hoje muitos casais inférteis possam ter filhos. Aliado à FIV está o diagnóstico genético pré-implantatório, que permite detectar, nos embriões, erros no ADN que causam doenças, reduzindo-se assim a probabilidade de a criança nascer com uma doença genética. Este diagnóstico não pode, contudo, ser usado para excluir embriões com características estéticas e sociais não desejadas, como por exemplo, cor dos olhos, sexo ou grau de inteligência.
38. Influência Genética No ambiente o ADN é uma importante ferramenta para se salvarem espécies de animais e de plantas em perigo de extinção e mesmo para se trazerem de volta algumas que tenham desaparecido recentemente. O ADN traz a possibilidade de se criarem novas bactérias geneticamente modificadas que sejam capazes de limpar o ambiente de toxinas nocivas, pois decompõem resíduos orgânicos (nocivos para o ambiente) e transformam-nos em água e dióxido de carbono.
39. Influência Genética É também, através do ADN, que se podem criar os «bilhetes de Identidade genéticos» isto é, a partir dos genes de ADN que se encontram no núcleo das nossas células é possível reconhecer a nossa identidade de uma maneira que ninguém o possa negar, pois o nosso ADN é único.