3. Este conteúdo está relacionado à BNCC!
• Competências Gerais:
9 – Empatia e Cooperação
• Segmento:
Ensino Médio
• Incentivo à autonomia do/da estudante no
processo de aprendizagem.
• Metacognição e reflexão sobre a própria
aprendizagem.
• Auxiliar jovens em contextos de inclusão a se
tornarem conscientes das estratégias de estudo
e aprendizagem que fazem mais sentido para
eles/elas.
4. Aula 01
Como eu aprendo?
Autoavaliação e planejamento no Ensino Médio
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“A complexificação das relações sociais e
produtivas intensifica a necessidade de se
formar aprendizes capazes de seguir
aprendendo ao longo de toda a sua vida em
uma diversidade de contextos, de atividades e
de situações.”
Coll, 2013
Aula 01
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A autoavaliação é um recurso importante para incentivar as e os
estudantes a refletirem sobre seu próprio percurso de aprendizagem,
dificuldades, prazeres e desafios encontrados, assim como sobre as
estratégias de estudo utilizadas e sua eficácia.
Em se tratando de jovens em contextos de inclusão, oportunizar esse
momento de olhar para si próprio se faz ainda mais necessário, como
ferramenta para torná-lo consciente dos seus desafios, conquistas e
necessidades.
Espera-se que as e os adolescentes de Ensino Médio sejam capazes de
trilhar percursos próprios de aprendizagem, para seguirem
estudando e aprendendo por toda a vida.
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Flavia Terigi, em conferência realizada em 23 de
fevereiro de 2010, aponta a importância de formar os e
as estudantes para o trabalho autônomo, de forma que
o professor/professora consiga dar conta das
diferentes cronologias de aprendizagem, isto é, tempos
e formas de aprender.
Nesse sentido, a proposta de autoavaliação contribui
para colocar os e as estudantes em posição ativa no
processo de ensino e aprendizagem.
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8. Professora/professor, trazemos aqui algumas
sugestões para ajudá-la/ajudá-lo a preparar
este momento de autoavaliação:
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✓ Separe ao menos duas aulas para a
realização desta proposta, de forma que
as e os estudantes se sintam tranquilos
com o tempo para refletir de forma
aprofundada sobre as perguntas
norteadoras;
✓ Converse com as e os estudantes sobre o
que é autoavaliação, sua importância para
o processo de ensino e aprendizagem e
seus objetivos;
✓ Explique como será o processo,
permitindo que as e os estudantes tirem
dúvidas e façam suas propostas;
✓ Você pode também apresentar as
perguntas, lê-las junto ao grupo e discutir
sobre cada uma antes dos alunos
responderem individualmente.
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Ainda que a leitura das perguntas seja feita de forma coletiva
e você opte por iniciar com uma discussão em grupo sobre o
sentido de cada uma, é importante reforçar para as e os
estudantes que o processo de reflexão, assim como o
processo de aprendizagem, é de cada estudante. Portanto, é
essencial relembrá-los de que não devem se comparar com
as e os colegas, e devem ser sinceros e fiéis sobre o que
pensam e enxergam de seu percurso.
Nesse sentido, a conversa sobre o que é autoavaliação, seus
objetivos e importância faz toda a diferença para a
compreensão das e dos jovens.
10. Pensando nas diversas formas de aprender e de comunicar
os pensamentos, sugerimos que você, professora/professor,
deixe em aberto às e aos estudantes as diversas
possibilidades de apresentação da autoavaliação.
Essa é uma forma de assegurar que cada um faça a sua
autoavaliação da forma como se sentir mais confortável e,
assim, possa expressar com maior facilidade e fidelidade
suas reflexões.
Algumas ideias de como as e os estudantes podem registrar
sua autoavaliação:
✓ Escrever
✓ Desenhar
✓ Gravar um áudio no celular ou no computador
✓ Fazer um vídeo
✓ Fotografar momentos de sua rotina que representem o
que deseja comunicar
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11. 01
Em qual/quais situações de
aprendizagem percebo que
aprendo com mais facilidade?
(Exemplo: aula expositiva,
trabalho em grupo, tarefas
individuais).
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Quais disciplinas/conteúdos
chamam mais a minha
atenção? Por quê?
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Quando estou com
dificuldade de prestar
atenção e focar em
alguma atividade, utilizo
estratégias para retornar
à concentração?
04
Se ainda não utilizo, qual
estratégia penso que
poderia me ajudar?
12. 05
Em quais momentos
me percebo mais
disperso/dispersa?
06
Qual estratégia me ajuda/pode
me ajudar a me organizar com
as tarefas?
(Exemplo: cores diferentes para
disciplinas diferentes, canetas
coloridas, agenda, alarme no
celular, etc.).
07
Quando tenho dificuldade
em executar alguma
atividade, busco ajuda
dos e das colegas? E das
e dos professores?
08
Como me sinto quando preciso
procurar ajuda de colegas e
professores/professoras? Sinto
que posso acioná-los? Sinto-me
com vergonha?
Acolhido/acolhida?
13. 09
Procuro outras possibilidades
de execução de um trabalho?
Por exemplo, se não consigo
organizar-me para escrever
um texto, estratégias como
gravar, desenhar, filmar, me
ajudam a concluir a tarefa?
10
Como você se enxerga
como estudante?
Considera-se alguém
capaz de aprender?
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Sente-se mobilizado a
seguir em seu percurso de
aprendiz? O que mais te
mobiliza ou desmobiliza a
aprender?
12
Há algo que você considera
necessário mudar em seu
percurso de estudante?
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A autoavaliação não precisa ocorrer apenas ao final do
percurso ou ano letivo. Ela pode ser um importante
instrumento para que as e os estudantes reflitam
sobre mudanças necessárias e, conscientes disso,
possam implementá-las durante o processo.
O professor/professora pode ter acesso a ela, mas,
antes de tudo, a autoavaliação é um instrumento para
fortalecer o exercício metacognitivo do/da estudante.
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Tendo em vista que a autoavaliação é um instrumento para a/o estudante refletir e avaliar o seu
próprio percurso de aprendizagem, sugerimos aqui alguns momentos em que ela pode ser
uma boa estratégia:
• A autoavaliação pode ser feita no início do ano e a cada virada de ciclo (bimestre, trimestre,
semestre) de acordo com a necessidade de cada turma.
• A autoavaliação também pode ser feita fora desses ciclos, de uma forma mais orgânica: a
primeira depois do primeiro mês de aula e as demais no fechamento de projetos, após
atividades de longa duração, a cada 15 dias etc., quando as/os estudantes já possuem maior
familiaridade com o instrumento.
• A autoavaliação também pode ser feita em momentos pontuais, para avaliar reações e
comportamentos em situações mais específicas: em situações de conflito, depois de um
passeio ou em outros momentos relevantes que o professor perceber. Nesse caso, o
formato também pode ser uma roda de conversa em que cada um reflete sobre suas ações.
• O professor também pode implementar um processo contínuo de autoavaliação, quando
perceber que as e os estudantes têm condições para efetuá-la.
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Embora a autoavaliação seja um instrumento
particular, se o professor tiver acesso a ela, ele tem
mais condições de colaborar com os processos de
aprendizagem daquele estudante.
Vale considerar que o acesso à autoavaliação também
é um acesso às vulnerabilidades de cada estudante e
isso deve ser trabalhado com muito cuidado para não
expô-los a situações constrangedoras.
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O que você pode fazer após o processo de autoavaliação?
• Utilizar a autoavaliação em seu planejamento, revendo estratégias de
ensino e propostas;
• Repensar a gestão da aula, do tempo e do espaço;
• Fazer uma autoavaliação da sua própria atuação como
professora/professor, com base no que os estudantes pensam e enxergam
do processo.
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Quer saber mais sobre autoavaliação no Ensino Médio?
Acesse a plataforma da Vivescer e encontre a atividade:
Avaliar o presente para projetar o futuro: A potência da
avaliação projetiva no Ensino Médio
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Como eu aprendo? – Roteiro de autoavaliação e planejamento de estudos
para estudantes em contextos de inclusão – Ensino Médio.
Educação inclusiva e estratégias de aprendizagem
Autoavaliação, educação inclusiva, estratégias de aprendizagem
Fevereiro/2023
FlatIcon / Governo de SP
Vivescer / Instituto Península