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Cont ext ualização e Missões
Profª. Bárbara Helen Burns
1` Semestre de 1996/Faculdade Teológica Batista de São Paulo
Objetivos- Que os alunos:
1.Saibam descobrir e distinguir princípios Bíblicos em relação à contextualização do
Evangelho e avaliar conceitos e costumes de sua e outras culturas na luz da Palavra de Deus.
2.Obtenham uma estrutura em que possam começar os processos de contextualização, com
entendimento da mesma, apreciando que missões está ligada à teologia, e que a Bíblia é a
base da direção e ação missionária.
3.Respeitem outras culturas e saibam utilizá-las na comunicação do Evangelho e na
expansão da Igreja.
4.Evitem o sincretismo, discernindo os fatores negativos nas culturas (inclusive na sua
própria) e levando as pessoas a uma expressão de Cristianismo fiel aos princípios
bíblicos, e significantes às pessoas daquela cultura.
5.Conheçam a história e as várias escolas de pensamento sobre contextualização para que
possam identificá-las e avaliá-las.
Métodos de Estudo
1.Palestras, discussões, dinâmica de grupo, estudos de casos
2.Pesquisas e leituras semanais
3.Provas
Avaliação
1.Três provas (30%)
2.Preparo semanal e participação nas aulas (40%)
3.Leitura do semestre: Ler O Segredo Espiritual de Hudson Taylor ou Corrida
Contra o Tempo e fazer uma avaliação da maneira de fazer missões. O
missionário fez contextualização? Como'? Avaliar tudo à luz da Bíblia. O livro foi
significante para você? (Entregar 4-5 páginas datilografadas até dia 13/05/96. (10%)
4.O projeto do semestre: Ler Tochas de Júbilo e fazer uma avaliação baseado nas
seguintes perguntas (5-10 páginas datilografadas):
a. Quais as mudanças e não mudanças na cultura'? Avaliá-las à luz da Bíblia.
b. Avaliar a estratégia de contextualização de John Dekker. O que podemos aprender
dele? Deu resultados? Quais'? Entregar até 03/06/96 impreterivelmente (20 %)
.
Observação: Tarefas atrasadas não serão aceitas, porém o aluno
terá o abono das 2 notas mais baixas.
Bibliografia
Green, Michael. "Estratégia e Métodos Evangelísticos na igreja Primitiva", In: A Missão da
Igreja no Mundo de Hoje (ABU, 1982);56-73.
O Evangelho e a Cultura (Série Lausanne, 11'3). 2'ed. (ABU Editora e Visão Mundial, 1985).
Bailey, Kennedi. As Parábolas de Lucas (Ed. Vida Nova).
Beekman e Callow. A Arte de Interpretar e Comunicar a Palavra Escrita (Ed. Vida Nova).
Carriker, C. Timothy, ed. Missões e a Igreja Brasileira, 5 volumes (Ed. Mundo Cristão).
Dekker, Jolui.Tochas de.Itibilo (Vida).
Ekstrõm, Bertil. "Contextualização", Capacitando para Missões Transculturais, v.1, n° 1
(APMB). Fite, Eric S. Corrida Contra o Tênipo: A História de Rav Bilker. (Ed. Vida Nova, 1994).
Hesselgrave, David. A Comunicação Transcultural do Evangelho v. 1 (Ed. Vida Nova).
Meer. Tonica vau der. "Missões Brasileiras em Angola". In: Missões e a Igreja Brasileira, v. 5
(Ed. Mundo Cristão):39-58.
Nicholls, Bruce. Contextualização: Uma Teologia do Evangelho e Cultura (Ed. Vida Nova).
Winter e Hawthorne, eds. Missões Transculturais: A perspectiva Cultural (Ed. Mundo
Cristão). Taylor. O Segredo Espiritual de Hudson Taylor- (Ed. Mundo Cristão).
Introdução a Contextualização
A.Devocional:
Atos 14:8-18
(Eles interpretaram o que ouviram e viam conforme sua cultura o suas crenças. A
resposta de Paulo também foi segundo suas crenças; ele começou onde eles estavam. Não
entrou com uma polêmica sobre os Patriarcas ou a lei, mas sim, sobre a natureza.
Explicou Deus em termos que eles podiam entender. Saltou "no meio do povo."
Também os confrontou ["crenças vãs"]. Antropologia nos ajuda entender as crenças, os
valores, as estruturas sociais, os significados das coisas de um povo.).
B.Bibliografia (levar os livros e explicá-los)
C.Definições (copiar e entregar para cada um)
1. Cultura: O sistema dinâmico integrado de padrões adquiridos de comportamento,
idéias, e produtos que caracterizam uma sociedade e que a ajuda adaptar-se ao
ambiente física, social e ideacional. Cultura consiste em formas, significados,
e psicologia, ou pressuposições, cosmovisão, lógica e valores (Luzbetak, p.
74).
2. Antropologia: O estudo dos seres humanos na tentativa de entender como pensam
e vivem. Responde perguntas como: Por que constroem casas, usam roupas,
falam línguas, e organizam famílias? Como criam sociedades e culturas'?
Como estas, por sua vez, os moldam? Como e por que as pessoas e as
culturas mudam?
3. Contextualização: é indefinida até agora. Há várias definições, dependendo de
pressuposições e pano de fundo. Talvez a definição mais simples e abrangente
seja a "integração do Evangelho na cultura". Luzbetak disse que é semear, fazer
discípulos que podem baseado na interpretação correta da Palavra de Deus,
construir a sua própria expressão de obediência e louvor a Deus. É integração
do Texto com o contexto. Tim Carriker define como “... a expressão e
realização vital do Evangelho dentro de contextos (sociais, pessoais,
eclesiásticos,

políticos,

econômicos,

evangelísticos,

etc.)

específicos

resultando em transformações cognitivas (entendimento), volitivas (prática) e
afetivas (motivação).” E a expressão do verdadeiro Evangelho em termos
relevantes à cultura receptora. É um processo dinâmico de duas forças: uma
cultura em mudança, e uma mensagem ou programa de fora da cultura
(Martin, p. 9). “... Não é tornar o evangelho mais agradável, mas sim, mais
compreensível" (Francisco Leonardo). Nesta matéria queremos que cada
um trace uma definição bíblica, "contextualizada" e útil para ação
missionária no mundo que nos cerca.
Portanto o estudo da Contextualização não é como fazer - não é pragmático. É
profundamente teórico e teológico. E o por quê. É a justificação (ou não)
teológica de estratégias missionárias; envolve toda a ação e os resultados do trabalho
missionário - a expressão do verdadeiro Evangelho em termos relevantes à cultura
receptora.
4. Visão do Mundo (Cosmovisão): As proposições básicas sobre a natureza da
realidade. A explicação do mundo e seus fenômenos. Envolve áreas
cognitivas, emotivas, e motivacionais (porque fazemos alguma coisa).
5. Etnocentrismo: É a tendência (que todas as pessoas têm de uma forma ou do
outra) de julgar os costumes e valores da própria sociedade como o mais corretos
(comida, dormida, roupa, casamento, enterro, falar com Deus, etc.) o como inferior
o comportamento e valores de outros grupos étnicos.
6. Sincretismo: A mistura de significados antigos e novos, de modo que a
natureza essencial de cada um se perde.
6. Aculturação: O aprendizado parcial, ou completo, de uma segunda cultura
(aprendizado ético).
7. Enculturação: O processo de aprendizado da própria cultura, seja por ensino,
seja por observação (aprendizado émico).
7. Igreja Autóctone: aquelas cujos membros praticam as verdades espirituais,
sociais e morais do Cristianismo Bíblico de uma forma relevante às regras
culturais de sua própria sociedade, sendo transformados conforme o poder do
Evangelho.
D. O Problemático: as tensões de contextualização e prática missionária:
1. Identificação vs Confronto (ser amigo e ser profeta)
2. Irrelevância vs sincretismo (passar por cima, ou deturpar o verdadeiro Evangelho?).
3. Supracultural vs cultural (quais alguns exemplos ligados com costumes como
vestimenta, culto, comida, divertimento, família?).
1. Forma vs significado (Hiebert explica que na era colonial e científica, forma e

significado eram iguais

imposição de formas e da cultura ocidental). Na era

positivista e modernista, os dois foram totalmente separados

relativismo e

situacionalismo. Ele indica a necessidade para "Contextualização Crítica", que
sabe distinguir quando são iguais e quando não são. Para fazer isto tem que
conhecer profundamente o texto e contexto original, e a cultural receptora.
[Paul Hiebert, The Word Aniong Use. (P. 39 de Insights também)
4. O Evangelho e cultura: (a) O Evangelho vs cultura (h) O Evangelho em
cultura, (c) O Evangelho para cultura (Insights, pp.52f).
5. João 17: estamos no mundo, mas não somos do mundo. Ef. 4:17: 1 João
2:1517, etc. vs 1 Cor. 9!
Qual o critério para decidir? (A Bíblia interpretada baseada numa boa exegese
usando princípios hermenêuticas coerentes com as intenções originais dos autores.).
E. Os Modelos Missionários na História (Luzbetak, cap. 3)
1. O Modelo Etnocêntrico
a. A intensidade de etnocentrismo – de um patriotismo perdoável até a xenofobia de
Hitler.
b. Os níveis de etnocentrismo – cultural, subcultural, ou familiar (às vezes o
subcultural é mais forte do que cultural).
c. As formas de etnocentrismo
1) Paternalismo – compaixão mal direcionada que tende a humilhar os

"beneficiados.”.
2) Triunfalismo – levar a "civilização" do missionário junto com o Evangelho

(i.e., "Manifest Destiny").
3)

Racismo e divisão de classes – a cor ou o tamanho da casa que inferioriza
a pessoa.

2. O Modelo Acomodacional ou "indigenizado" – um passo a mais de etnocentrismo,
mas ainda sem respeito para a cultura e povo receptor. É impor, em vez de semear.
a. Respeita e utiliza os pontos bons da cultura.
b. Tem a tendência de tratar os níveis superficiais da cultura.
c. Os agentes principais de mudança eram os missionários, pessoas de fora da
cultura que não tinham condições de entender profundamente as ansiedades, os
valores, a cosmovisão da cultura.
d. Implantava estruturas do missionário e esperava que os nacionais as levassem
para frente.
3. O Modelo Contextualizado – É semear, fazer discípulos que podem baseado na
interpretação correta da Palavra de Deus, construir a sua própria expressão de obediência e
louvor a Deus. É integração do Texto com o contexto.
A. Características principais que diferencia Contextualização dos outros:
1) Os discípulos e as igrejas locais são os agentes principais da encarnação do
Evangelho na cultura (não os missionários ou a igreja enviadora, apesar da
necessidade de sempre manter o elo forte com a igreja universal).
2) O resultado é enriquecimento mútuo (não o missionário enriquecendo os
receptores).
3) A profundidade da penetração do Evangelho é bem maior do que os outros
dois modelos.
B. Tipos de modelos contextualizados (Luzbetak, p. 79f).
1) O tipo "traducional" – Kraft (geralmente tem uma idéia "romântica" da cultura)
2) O tipo liberacional – TL
3) O tipo "dialético" (entre o Evangelho, a Igreja universal, histórica e a cultura) –

Luzbetak (RC).
4) O tipo "crítico" (criterioso, usando critérios bíblicos na definição de ação

missionária), limitando a contextualização aos parâmetros bíblicos – Hiebort,
Conn e a maioria dos outros missiólogos evangélicos (Beyerhaus, Mayers,
etc.).
F. Pré-requisitos para a Contextualização Bíblica do Evangelho:
1. Conhecer a Bíblia no seu contexto
Deus criou uma cultura pela qual comunicou à humanidade. A Bíblia descreve
esta cultura; é também vista hoje. AT – -NT. (i.e. Ex. 23:19, Bailey, Luzbetak, p.
241) exemplo: Na tribo Tzeltal, não existe palavra para rei. Os missionários
perceberam que o problema era fundamental. The problem was “something
much deeper than” dynamic equivalence' communication. Paul's question was a
fundamental one of epistemology, that is, about knowing God in context. But
Paul and I realized that the problem was ours as well. How could Westerners
whose mathematics teaches that one does not equal three conceive of a trinitarian
God? How could North Americans steeped in materilaism think about God as a 'spirit'
How could two very individualistic missionaries comprehend the 'body' image of
Pauls' ecclesiology?
[This was] the bedrock of the problem of contextualizaion – a problem much
deeper than the communication of the gospel by Christians to non-Christians.
Contextualization is most fundamentally a problem of knowing God within the
limitations of culturally specific human contexts. God's selfdisclosure in the midst
of human cultures is like a square peg in a round hole, the dialectical mystery, at
once revelatory and hidden, whereby we come to know God and to understand that
we do not fully know God. The first question, then in contextualization is not the
communication of the gospel so much as the understanding of the gospel, the
knowledge of God in context (Charles Van Engen "The New Covenant: Knowing
God in Context", in What in the World is God Doing, Dean S. Gilliland, ed., pp. 7475).
Paulo Hiebert (Anthropological Insights for Missionaries) diz: "Since we are all
given the right to real and interpret the Scriptures, our first task is to remain
faithful to biblical truth. This begins with careful exegesis, in which the message of
the Bible is understood within a specific cultural and historical context. Our second
tyask is to discover what the meaning of the biblical message is for us in our
particular cultural and historical setting and then determine what our response should
be. This is hermeneutics. Although the message of the bible is supracultural – above
all cultures – it must be understood by people living within their own heritage and
time frame" (p. 19).
2.Conhecer você e o seu contexto
Quais os pontos que nos ajudarão ou impedirão no campo missionário'? Quais
aspectos culturais são tomados como bíblicos e infalíveis? i.e. casar de vestido
branco é cultura? Bíblica? De onde veio? Pregar num púlpito? Por que fazemos?
Resultados de fatalismo? (Cita livros que podem ajudar)
3.Conhecer a cultura receptora
Quais os significados ligados com as formas? Como comunicar em termos inteligíveis?
Como contextualizar a igreja no novo contexto'? i.e. culto estilo do Oeste'? horários
de culto? usar cruz no pescoço é anti-cristão? Espírita? As danças são demoníacas?
folclore? sensual? (Antropologia é necessária.).
C on t e xt u al i zaç ão e a B íb li a
2ª Aula
Devocional: João 7:14-24
I. Objetivos
A.Que o aluno possa discernir entre princípios bíblicos e cultura
B.Que o aluno tenha oportunidade de praticar a separação entre os dois.

II. Introdução
Timothy Warner de Trinity Evangelical Divinity School diz,
Teologia é o fundamento da própria vida e certamente de todos os tipos
de ministério cristão... Missiologia especialmente precisa de uma base
teológica. As ciências sociais são valorosas nas suas contribuições à tarefa
missionária, mas não podemos permitir que dominem. Teologia é ainda o
fundamento para nossa disciplina. No entanto temos que entender que o
fundamento teológico histórico bom não providenciou uma superestrutura
completa; está sempre sendo construída. O estudo da revelação de Deus na Bíblia
sempre acontece dentro da cultura; e, desde que culturas são dinâmicas e em
constante mudança, a aplicação de verdade bíblica sempre precisa ser
responsiva ao processo de mudança. (Trinity World Forum, Fali 1988).
III. Discussão da leitura (O Evangelho e a Cultura)
A.Toda cultura é manchada/reflete a imagem de Deus (p. 8)
B.Definições: Cultura (p. 10), cosmovisão (p. 9, 10-11), identificação (eu),
C.Lugar do Espírito Santo? (P. 11, 14)
D.Entendimento da Palavra importante (p. 13)
−na sua cultura original

-Reconhecendo nossas pressuposições (, "óculos culturais", tradição, medo da Bíblia
contradiz o que cremos).
−Em obediência (Mt. 18-20).
−Em comunidade: histórica e presente, exortando uns aos outros.
E.A cultura é julgada pela Bíblia, não vice versa (p. 19).
F.Forma e Significado (p. 12) (desenhar vela na lousa e pedir os alunos descrever os

significados)
Forma e significado são separados (geralmente nós confundimos os dois, pensando que
forma é significado). Uma forma em uma cultura não significa a mesma coisa numa
outra cultura (i.e. danças [religião, social, folclore, sensual], cabelo cumprido
[espiritual, vaidade, louco, sem higiene, hippie], músicas [drogas, religiosa, sexo, ritos
satânicos, folclore, comunidade, romance, amor, etc.]). Para ajudar distinguir a Eugene
Nida usou dois termos:
"Correspondência Formal"--tradução literal da forma (sem significado)
"Equivalência Dinâmica" --a forma muda, conservando o significado.
Exemplos:
1. Paulo Hiebert, (Missiological Insights for Missionaries) diz: "A associação de
um significado, emoção, ou valor específico com certo comportamento ou produto é
chamado 'símbolo"' (p. 37). Alguns exemplos:


Linguagem



Dinheiro



Cheiros (ex. perfume)



Vestimenta (uniformes, mulheres, homens de negócio, etc.).

O missionário deve discernir quando a forma e o significado são inseparáveis (como
Meca para os Muçulmanos ou a cruz para Cristãos, ídolos) o quando não são (linguagem,
simples estátuas, fotos, ritos religiosos [cp. Ceia batista e católica, indo a igreja para
louvar ou indo a igreja é louvar].) Pessoas de culturas industrializadas tendem separar
forma e significado, quanto pessoas de culturas em outras culturas tendem a não separá-los.
2. Minha mãe e minha cunhada:

G. Solução (p. 21)
IV. Exercício prático: Ler Ex. 23:19 e explicar o sentido do mandamento que Deus deu
sobre leite de cabrito.
A. O versículo e o mandamento não têm qualquer sentido para nós. (Inclusive por

muitos anos ninguém sabia de nada do seu significado.).
A.Mas quando estudamos a cultura bíblica podemos entender e discernir que há um

princípio por trás da forma exterior. (Descobriu nos anos de 1930 o pano de fundo
desta ordem). Na época havia um rito de fertilidade entre as tribos canaanitas. Levavam
uma sopa feita com o leite da cabra e o cabrito e aspergiam nos campos de plantação para
que produzissem mais.
B. Qual o princípio? (Idolatria, ritos pagãos, imitação do mundo ao redor).
C. Aplicação: Preencher o quadro

Ex. 23:19

Brasil

Outras Culturas

A Forma:
Cabrito cozido no leite
da sua mãe
A figa
Centro Espírita
Horóscopo
Guardar a Bíblia ao lado
da cama, etc.
Cruz embaixo da cama
Danças de chuva
Pular na roça para fazer
crescer o trigo
Navajo--ir aos "ways" etc.

O Princípio:
Não misturar os ritos pagãos
com a vida cristã. Não
confiar
em
outros
poderes.
Idem

Idem

O cabrito cozido no leite da sua mãe tinha sentido para os judeus porque entendiam
o princípio. Mas não tem sentido para nós porque nossa cultura é diferente. Temos que
descobrir o princípio fundamental para poder fazer a aplicação em nossa cultura sem ser
uma forma vazia de sentido. Nossa tendência é levar formas reconhecidas por nós alem
da nossa cultura. O que podemos fazer para evitar isto?
G. Avaliação (Discussão em conjunto)
Como podemos avaliar uma cultura na luz de princípios bíblicos? Que é
pecado e que não é? De acordo com a Bíblia:
1. Quais são pecados declarados? (adultério, mentira, roubo, idolatria, acepção

de pessoas, ira, inveja, maledicência, doutrinas falsas, orgulho,
bebedice, glutonaria, etc.).
2. Quais os prováveis pecados, mas que não estão claramente decifrados? Por

que você acha que é pecado? (Poligamia, fumar, cabelo, véu, café, açúcar em
excesso, coca-cola, etc.).
3. Quais os pontos neutros? (Roupas, comida, casas, as cerimônias de

casamento, etc.).
4. Quais os mandamentos? (Unidade de família, justiça, paz, amor, ordem

social, humildade, longanimidade, idade, etc.).
Cultura (muda de lugar para lugar)
Roupa (Luzbetak p. 76)
Brasil agora
Brasil em 1950
A praia
Os índios
A Turquia
China
Escócia 15 Séculos atrás
Comida:
Brasil
USA
Inglaterra
México
África
França
Bangladesh (nada)
Trabalho:
Profissões
Pedreiros
Médico
Homem de negócios
Pode julgar o status pelo salário
Motivos--dinheiro, status, forma,
satisfação
Família:
Extensa
Nuclear
Clãs
Tribos

Princípios Bíblicos (não mudam)
Vaidade
Sensualidade
Orgulho
Gasto demais de $
Não usar a roupa do sexo oposto

Gluteria
Vício
Prejudicial ao corpo

Orgulho
Alguém quer subir, abaixar o outro.
Desonestidade

Desunião
Desobediência
Falta de oportunidade
Desamor
Deslealdade

Envolvimento de outros
Poligamia
Ritos Religiosos:
Culto sério-quieto
Culto pentecostal
Culto comprido
Outras religiões
Governos:
Parlamentar
Democracia
Ditadura
Socialismo
Comunismo

Orgulho
Formas Vazias
Insinceridade
Idolatria

Injustiça
Opressão
Falta de liberdade religiosa
Presbiterianismo
Congregacionalismo
Conclusão:
Analisar não é fácil. Os símbolos culturais variam de cultura para cultura,
de lugar para lugar, e de época para época. Aqui estamos na mesma cultura mas mesmo assim
não concordamos

em

muitos pontos. Temos reações emocionais que foram programadas

pela nossa cultura e ambiente. Muitas vezes cremos que este condicionamento cultural é
bíblico quando de fato não é. Se nós temos tanto problema no próprio Brasil, o que
acontecerá em uma outra cultura, com condicionamento, filosofia básica, e experiências
totalmente diferentes? Vamos impor o que nossa cultura dita às nossas emoções? Ou
vamos avaliar e agir baseados nos princípios bíblicos fundamentais. Mais uma vez, temos
que evitar isto:
3.Conhecendo a Bíblia
3.Conhecendo a nossa cultura
3.Conhecendo a outra cultura receptora
-Não falando logo
-Analisando, olhando, perguntando, ouvindo.
Contextualização no Antigo Testamento
A. Objetivos: Que os alunos:
1.Possam perceber que contextualização é um conceito bíblico e histórico;
2.Comecem a fazer perguntas sobre o modo de viver e comunicar em outras culturas

bíblicas;
3.Comecem a avaliar métodos específicos de contextualização com seus respectivos

resultados positivos e negativos-,
4.Comecem a valorizar as Escrituras como o meio principal de resolver problemas da vida

cotidiana, especialmente os que são relacionados às situações transculturais.
B. Devocional: João 12:42-43. Perseguição é razão para não pregar o verdadeiro
Evangelho'? (ie., batismo entre os muçulmanos?) Quem cria ia mudar de vida, de
prática, por isso seriam expulsos.
C. Plano de Aula:
1. Introdução: Profetas e contextualização. Ez 3:15-27
2. Em grupos pequenos os alunos responderão as seguintes perguntas em relação a
José ou Daniel:
a. Quais foram os princípios bíblicos (ou que Deus deu a eles, mesmo antes da lei)
que seguiram, apesar de diferenças culturais?
b. Quais foram os traços culturais que adotaram?
c. Como eles manifestaram a presença e o poder de Deus'?
d. Quais foram os resultados'?
3.Depois de terminar, todos juntos preenchem as seguintes categorias:
Categorias

José

Princípios bíblicos que não Moralidade – não adulterou,
modificaram (ou que Não soube que queria pecar Contra
Transgrediram)
Deus (39.9-10). (Nem permitiu
flirtações)
Temor a Deus (39.9; 42.18)
Compaixão (39.31)
Confiança no Senhor (soberania
de Deus)
Perdão – irmãos, a mulher, o
copeiro; não uma pessoa
amargurada
Perseverança
Sempre deu crédito a Deus
(40.8; 41.6,25)

Traços
culturais
que Roupa - os irmãos não o
aprenderam e adotaram:
conheceram
Identificação com a cultura
Tirou a barba (Egito)
Língua (42:23) (Era fluente
para presos e reis. Inspirava
confiança)
A explicação do gado (46:3134)
Separou na refeição (45:22,
42:23)
“Esqueceu
da
família
(41:51)”.
Participava da vida ali
(39:22)
Usou roupa de linho (Egito)
(não lã Israel)
Notou quando eram tristes
(40.6-7)
Maneiras que manifestavam o Interpretação de sonhos
poder de Deus (como a Sabedoria
realidade do seu Deus se
tornava relevante aos egípcios
ou babilônicos?) O ministério
deles no meio do povo

Os resultados naquelas culturas

Daniel e seus amigos
Obedeceram regulamentos de
comida (1.8-14)
Não louvaram as imagens
(3.12-18) (Pergunta: Por que
não podiam louvá-los? Quais as
implicações para umas alas de
contextualização hoje?)
Continuaram orando (6.10)
Foram humildes
Dependiam de Deus (2.27-28)
Jejuavam (10.12)
Confrontou
o
erro
(4.25,27;5.22-25)
Aproveitaram oportunidades de
explicar o Deus verdadeiro
(2.27-30)
Não aceitou crédito (2.37)
Língua e cultura (1.4,17)
Ética do corte real
Nome
(não
usado
constantemente, talvez porque
eram nomes em honra de deuses
[Life Application Bible, p
1475])
Deus
deu
profundo
conhecimento dos escritos e
ciência dos Babilônicos.
Gostou dos outros, protegeu os
sábios, etc.

Saúde (1.15)
Sabedoria (1.20)
Inteligência e o poder de
interpretar visões e sonhos
(2.28-30, 37,45;3.12,18)
O 4º homem – salvos do forno
A loucura de Nabucodonossor
Interpretação do escrito
Vs. 1.17 mostra que Deus deu
tanto habilidade cultural como
poder espiritual.
Prisão
A cova dos leões
Liberdade e elevação para ser O
Rei
Nabucodossor
“pai de Faraó” – e chefe de toda reconheceu o poder de Deus
a terra (45.8-9)
(2.47-49), honrou Daniel e seus
Deus o usou para conservar a amigos, glorificou a Deus (3.28família durante a fome – e a 30), e fez a declaração (4.1-34,
nação (45.5,7)

37). Eram uma benção para o
rei (1.20)
Dário fez seu decreto (6.25-28)

Conclusões:
1.José e Daniel mantinham suas próprias convicções baseadas no conhecimento de Deus.
2.Eles se identificavam com muitos costumes do povo. Entravam na vida do povo em

tudo o que seria permitido por Deus.
3.Faziam uma grande contribuição para o bem das culturas onde se achavam

_________________________________________________________________serviam

as

nações como homens de Deus, com amor e discernimento.
4.Manifestavam o poder de Deus em milagres, interpretações de sonhos e escritos, e tinham

sabedoria e poder. Eles escapavam aos perigos milagrosamente; eram sinais

que

o povo

podia ver e entender.
5.Eram autênticos servos de Deus, se firmando nesta posição e vocação

mesmo com conseqüências de sofrimento. Viviam com amor no meio das tribulações
para serem úteis a Deus e ao povo.
6.Conclusão: Contextualização tem que ter a sua base em princípios bíblicos!

Agora fazer uma comparação com Abrão. Como foi que ele agiu numa cultura
estranha'? (Gen. 12:10-20)
Princípios divinos que não guardou
Traço cultural que aceitou
Poder de Deus manifesto
Resultados
Conclusão e Comparação com José e Daniel

Não adulterar
Não mentir
Deixou sua esposa ser parte das mulheres
do Faraó
Pragas na casa de Faraó
Faraó devolveu Sara

Abraão tinha medo e fez compromissos, com Deus e com Sara. Os resultados
foram maus. Abraão foi bem tratado naquele momento (o oposto dos outros dois), mas Faraó
foi prejudicado e a nação toda!
Aplicação:
1.Contextualização tem que ter sua base em princípios bíblicos e divinos.
2.Quando Contextualização excede os limites bíblicos, os resultados são negativos,
mesmo sem efeitos que parecem ser negativos no início. (Pode ser mais fácil no início não
obedecer a Bíblia.)
3.Contextualização é de valor em todos os níveis da vida se é feito conforme princípios
bíblicos.
Nós, como missionários transculturais, somos os servos de Deus neste mundo, enviados
para viver e comunicar duma maneira significante e poderosa aos que são necessitados.
C o n t e xt u a l i za ç ã o n a Vi d a e n o En s i n o d e J e s u s
Filipenses 2:1-11
A. Objetivos: Que o aluno:
Aprenda que Jesus foi o exemplo principal de contextualização em missões:
Possa relacionar os acontecimentos específicos de contextualização na vida de Jesus
ao texto de Fp 2:1-11;
Possa definir especificamente como Jesus foi o modelo de contextualização;
Possa aplicar estes princípios à sua vida agora de maneiras específicas:
Possa ver o equilíbrio entre ação social e o Evangelho nestes versículos.
B. Aula:
1. Em discussão geral, ou em grupos pequenos responder as seguintes perguntas:
a. Qual o objetivo principal de Fp 2:1-11 ? (Amor/humildade/serviço aos outros,
unidade do corpo [cp com Rm 15])
b. Como Jesus exemplificou isto na sua vida? O que Ele fez de concreto
(Encarnação/Servo/Obediência a/Identificação/sofrimento até a morte)
1. Abriu mão dos seus direitos
2. Limitou-se voluntariamente
3. Identificou com o homem

4. Participava de tudo na vida humana.
5. Vivia com seus discípulos, e com os pecadores.
6. Falou, usando termos e analogias entendidas sobre a terra, pesca, templo,
7. Tornou água em vinho--uma necessidade específica.
8. Cumpriu a vontade de Deus; glorificou a Deus Pai.
C.

Qual

a

aplicação

missionária?

(Identificação/serviço/encontro

com

os

outros/contextualização com os limites do pecado/confronto) Ler Willowbank, pp. 26-27.
1)Renúncia de status, independência, imunidade, invulnerabilidade.
2)Identificação com as pessoas nos seus contextos

2. Em discussão compartilha as respostas. Perguntar para o grupo "Podemos
mandar missionários arrogantes? Auto-suficientes"?
3. Em discussão ainda, relacionar Mt 20:20-28 e 23:1-12 com o assunto. Perguntar:
a. Como Jesus Contextualizou no seu ensinamento nestes textos? (Identificação
com a cultura [contexto religioso, político], confronto, descontextualização,
transformação! [cp com 2 Cor 3:l ss])
b. Qual a ligação com Fp 2?
c. Como aplicá-los no Brasil? (Não seguir hierarquias culturais que contrapõe
princípios

bíblicos.

Humildade

dos

líderes

e

todos.

Investimento

no

desenvolvimento dos outros.)
4. Palestra relacionando tudo no ministério de Jesus.
a. João 4:5-26: Atingiu uma necessidade, começando com a realidade da mulher.
Quebrou sérios costumes (falou com uma mulher no poço era pedir relações
sexuais), confronto, aplicação da verdade, transformação de vida. Outro
exemplo é Lucas 9.
b. Lucas 14:15-24:
1)1-6: chocou com sua ação, explicou com lógica--confrontou a religião
2)7-14: chocou com seu ensinamento direto--confronto de egocentrismo
3)15-24: chocou com as suas parábolas--confronto do etnocentrismo judaico
(13:29-30)
c. Resumindo: Jesus curava, libertava, falava através de pregação, diálogo,
perguntas, fazia discípulos com ensinamento profundo e contínuo, baseava os
ensinamentos no AT, servia--lavando os pés, dando comida, compartilhando,
enviando para que eles pudessem adquirir experiência, dando sua vida!
5. Conclusão
a. Jesus investia sua vida em outros.
b. Não havia algo humilde demais para ele fazer.
c. Dois fatores na vida e ministério de Jesus são importantes: o processo e o
conteúdo. O processo inclui a maneira de atingir necessidades, começando
onde a pessoa esta, identificando com, e muitas vezes, quebrando costumes,
confrontando, explicando, transformando. O conteúdo é o mesmo--toda a
Palavra de Deus.
d. Jesus vivia, ensinava, e ministrava dentro de parâmetros claros. Ele atingia
profundamente os homens na sua cultura, fazendo que fatores supraculturais os
transformasse.
Supracultural

Teologia Revelado

Cultural

Interpretação cultural

Teologias não são assim:
Mas é assim:
O Centro é o mesmo. Devemos estar indo na direção do centro.
c. Como podíamos aplicar tudo isto?
1) Trabalhando numa favela (vamos morar lá? Adotar o que? Como comunicar?)
2) Guetos minoritários
3) Vizinhos

Lucas 14:15-24
Isaías 44:12-20--o que tem haver com contextualização? Etnoteologia? Perguntas para
grupos/grupo
1. Qual o contexto da história que Jesus conta? (Acontecimentos anteriores, cosmovisão,

pessoas, ações, conversas, reações, banquete numa casa de ricos [reclinando]. Is 25:6-9
fala de todos os povos num banquete!)
2. Dentro do contexto, como você encara o jogo/colocação/pergunta de vs. 15?
3. Como você entende o tom da resposta de Jesus?
4. Qual o conteúdo da resposta?
5. Qual a resposta da audiência, em sua opinião?
6. Como o estudo do contexto cultural em Bailey ajudou seu entendimento desta cena?
7. Que

tipo de contextualização fez Jesus aqui? (contextualização existencial?

Dogmática? Usou etnoteologia?)
8. Como podíamos aplicar tudo isto para nós, na realidade brasileira? (Transportando

princípios bíblicos/tem que conhecer as 2 realidades.)
−Nas pregações/evangelismo, exortando para não rejeitar Jesus
− Em convidar os pobres/outras nações/povos receptores.
As Bases Bíblicas de Missões
A Vi d a d o A p ó s t o l o P a u l o
Atos 13 e 17
A.Oração
B.Discussão da leitura (Michael Green em A Missão da Igreja no Mundo de Hoje, capitulo 3
(especialmente pp.63-64.)) Ler p. 68.
C.Trabalho em grupos: Preencher o desenho conforme suas descobertas no texto, comentários
e dicionários bíblicos:
D.As conclusões
1.Quais foram os resultados nos dois lugares? (Alguns creram, zombaria, ciúmes,

perseguições).
2.Contextualização bíblica significa que todos vão aceitar a mensagem?

Nos seguintes textos temos o conteúdo de duas mensagens, para judeus e para
gentios. Temos que lembrar que Lucas tem o objetivo de provar para Teófolis que o
Cristianismo é para gentios também, assim ele traz detalhadamente o conteúdo da mensagem
em Atenas.
Perguntas para os grupos:
1.Quais os pontos de contato?
2.Quais os pontos de confronto?
3.O que é diferente nas duas mensagens? (o pano de fundo e o caminho de chegar) Perguntas

depois de preencher o quadro:
1.O que é semelhante? (mensagem, objetivos)
2.Qual o objetivo dos dois grupos?
Atos 13.14-52 (17.1-6)
O Lugar

Atos 17.18-31

Sinagoga em Tessalonia (17.1) Areópagos em Atenas – o lugar dos
Atos 13. Antioquia da Psidia: na intelectuais se reunirem para discutir
sinagoga
suas filosofias, religião e política. No
pé do Paterno e com visão ampla da
cidade cheia de templos e ídolos.
Os pontos de identificação As Escrituras (17.2)
Estava junto; observava; falava; A
(pontos de contato)
Exegese do A.T. (13) juntos; religião deles/templos/arte. Um altar
“Deus de Israel” país; hx; ao “deus desconhecido” / a cultura
vitórias; poder de Deus; Davi; deles: o mundo, a natureza, o homem
descendente de Davi – Jesus; – Deus Criador e sustentador. Todos
filhos de Abraão; “para ‘nós’ têm os mesmos pais.
chegou a mensagem”
Citou poeta deles.
Os métodos da comunicação Discussão
Discussão, diálogo, repostas e
(canal)
Palestra, explicação, exposição, perguntas, disputa, contenda, usa
demonstrando com o A.T. processos de raciocionio.
(17.2,3)
Conteúdo da mensagem
At. 17: A morte e a ressurreição Analise da:
de Jesus é o Messias.
- Religiosidade do povo
At. 13 (refere às outras - A natureza
categorias)
- A existência de Deus
- O amor de Deus
- O Representante de Deus na Terra
Aplicação:
- A identidade do Deus Desconhecido
-A fidelidade e grandeza de Deus nas
Suas obras; Ele é a fonte da vida e o
Dirigente da vida humana (vs 26). A
humanidade deve buscar este Deus
(274).
- A morte e ressurreição de Seu
Representante
- O juízo
A necessidade de arrependimento
O confronto
At. 17: Jesus = Messias
- Não é feito com mãos
Ressurreição dos mortos
- Não habita em templos
At. 13: Arrependimento (vs24); - Não é ouro nem prata
ressurreição (30); verdade sobre o Não é servido por mãos
povo e lideres judeus (27-8); - Deus não agrada com imagens
perdão do pecado (38); não há - A ressurreição (que para os gregos
justificação na lei de Moisés (39); não existia)
aviso (40-41)
- Chamam-os de ignorantes
- Questiona a cosmovisão dos
estoicos e epicureus; eles também
são responsáveis diante de Deus e
portanto
necessitam
de
arrependimento.
- juízo de Deus
- Ressurreição (o que os epicureus
não aceitavam)
O Objetivo
Jesus – Morto, ressureto.
Jesus – Morto, ressureto.
Resultados
Conflito,
alguns
judeus Conflito, alguns judeus acreditam,
acreditam, muitos tementes a uma mulher e vários outros.
Deus
Notas:
Os Epicureus (fundado por Epicurus [342-270 B.C.].) creram que a realidade
consiste em átomos de material. Assim os homens não têm alma e não há ressurreição.
Não há interação com os deuses. Assim Paulo diz que Deus não está distante. É pecado
e rebelião que afasta Deus e corrupta contato com Deus.
Os Estoicos, fundado por Zeno (336-263 B.C.) também eram materialistas, mas
acreditaram em um "logos" divino, ou Razão, que controla o universo. A tarefa da
humanidade é obedecer esta razão dentre de cada um, e assim se demonstra filhos dos
deuses (Aratas, o poeta citado acreditava nisso como Estoico; Paulo usa como ponto de
contato, refinando a definição). O mundo para eles é cíclico, Periodicamente o
universo se queima e depois começa de novo. Não há conceito de ressurreição. Aceitavam
idolatria como meio de nutrir a chama divino dentro de cada um. Paulo, consciente disso,
manteve a integridade da sua mensagem, separando-a da crença dos ouvintes. Não havia
sincretismo, mas era compreensível pelos ouvintes, tanto que reagiram violentamente. Os
ouvintes sabiam que estavam ouvindo algo de substância.
Paulo pede mudança no centro da religião. Por isso enfatiza a unidade da humanidade
que transpõe a relativa diversidade de culturas. Temos uma natureza em comum. A morte
e ressurreição de Cristo são relevantes a todos os homens (Larkin, 1988:319-21).
(Também, referência a Atos 14: Em Listra houve um mito que Zeus e Hermes
chegaram como homens pobres e foram rejeitados pela maioria. Quem os ajudou foi
honrado. Por isso o povo não queria errar de novo. Também falavam uma outra língua,
por isso Paulo e Barnabé provavelmente não entenderam tudo. Quando entenderam,
contextualizaram sua mensagem (HesselGrave o Rommen, 1989:9).)
“The apostles didn't understand the local Lycaonian language and ouly belatedly
perceived that the mob was about to make animal sacrifice to them as gods. This was
the most extremem cross-cultural situation the apostles had faced. But in each of the
towns of that area, pagans turned to Christ and churches were founded, even where
there were no synagogues. Timothy was a half-Jewish young man won during that tour.
So the apostles proved that cross-cultural evanglism among the most extreme idolaters
was not only possible but greatly successful. When they reported back to the Antioch
church, they all rejoiced how "He had opened a door of faith to the Gentiles" (Gordon Olson,
What in the World is God Doing?, p. 68).”
Anotações do Bertil: "A Importância e o Perigo de Contextualização na
Interpretação das Escrituras" (Trabalho para o Mestrado da FTBSP, 1993).
Apesar do tumulto, o resultado foi unia igreja e Timóteo era dessa cidade (vs 21-22
e 16.1-2). Zeus (Júpiter) é deus chefe e Hermes (Mercúrio) era o porta-voz dos deuses.
“Que Deus permitiu que os povos andassem nos seus próprios caminhos” mostra que é
o agente, o que controla. Controla a natureza também. Bertil conclui:
1.A cura do homem paralítico mostra que o evangelho de Deus é integral, alcança as

necessidades.
2.O claro rechaço às homenagens previniu um sincretismo mais tarde.
3.A mensagem não ora só milagre, mas confrontou com a situação pecaminosa dos

habitantes e chamou de volta da idolatria para o caminho de Deus.
4.Usou natureza e não as Escrituras para sua comunicação, mostrando-se sensível ao

conhecimento prévio do povo.

A s B a s e s B í b l i c a s d a c o n t e xt u a l i z a ç ã o
Os Ensinam entos do Apóstolo Paulo
1 Coríntios 8-10
Profª Bárbara Helen Burns
A. Isaías 42:1-12
B. Oração
C. Objetivos: Que o aluno
1. Aprenda por limites na contextualização, baseados na Bíblia
2. Tenha oportunidades de praticar o processo de fazer decisões baseadas na Bíblia
3. Chegue ao ponto de poder aplicar estes mesmos princípios bíblicos de

contextualização numa cultura diferente.
D. Aula
1.Em grupos pequenos preencher o desenho na página seguinte.
2.Numa discussão geral, responder as seguintes perguntas:

a. Citar pelo menos cinco razões pelas quais deve identificar-se numa cultura
(objetivos/razões para contextualização bíblica).
(1)Não causa ao outro tropeço (8:9-13-, 10:32)
(2)Ganhá-los (9:19-23; 10:33)
(3)Não pecar contra o Senhor (8:12; 10:14-24)
(4)Para manifestar a glória de Deus (10:31)
(5)Para a edificação de outros (10:23)
(6)Permitir que Jesus atue através de nós--humildade (8:1-7)
b. O limite de contextualização em 10:14-24 é idolatria.
c. Os dois capítulos não se contradizem porque tratam de situações diferentes.
(1) Ídolo não é nada (8:4) vs ídolo é demônio (10:20)
(2) Pode comer (8:10:23-33) vs não pode participar (10:14-22) (Como encaixa

em Atos 15:29'?)
E. Palestra
Quem pode decidir?
−O que é idolatria?
−O que pode fazer/não pode fazer?

Paulo dava princípios
−Não ser escândalo
−Não idolatra
−Não ter orgulho
−Amar
−O ídolo não é nada! (mas o demônio é (não pode ter comunhão com ele)).
Paulo conhecia bem a cultura - e por isso podia dar diretrizes
Mas a pessoa mesmo tinha que escolher em situações específicas -Na casa dos
outros
−Na compra
−No lugar
−Tinha que discernir o significado para ele e para os outros ao seu redor! Não era

regrinhas; lista de leis
Temos liberdade--mas se não edificar ... (Rm. 14-, GI. 5:13,14; 1 Cor. 10:23)
Para

chegar

forma

numa

igreja,

evangelizando

e

ensinando

duma

forma

contextualizada, Paulo identificava (I Cor. 9:16-27). O missionário que não se
identifica:
−Não edifica (escândalo, ninguém entende, interpretação errada).
−Não é humilde
−Não tem direito de confronto ou de levar à transformação

Perguntas: Como foi mesmo que Paulo fez em I Cor. 9:16-27? Ele estava
preocupado com quê? (sincretismo/obediência)
−Obedecia a lei
−Não obedecia a lei
−Circuncidou Timóteo (At. 16:1-3).
−Não circuncidou Tito (Gl. 2:1-5)
−Fez voto no Templo (At. 21:23-26)

Que significa no Brasil? No exterior? É fácil? ("Esmurrando o corpo")
F. Comparação dom a leitura de Nicholls, cap. 4:
1.Há verdades supraculturais, imutáveis (p. 50).
2.A partir da supracultural há diferenças de expressão (51).
3.Se o centro é Deus Criador e Salvador (45), idolatria é excluída (47).
4.Aplicação no Brasil (47): manipulação de palavras sagradas, legalismo, etc.
5.Há necessidade de confronto, desculturação (48).
6.Paulo conhecia o problema em Corinto (48)--a cultura.
7.Sempre há tensão na interpretação do supracultural e cultural (50).
I Coríntios 8
O Assunto Tratado

Os atos permitidos

As proibições

Os princípios tirados

I Coríntios 10:14-22

I Coríntios 10:23-33

- Se podiam comer carne oferecidas - Se podiam participar das festas - Se podiam comprar ou comer carne
aos ídolos (8:1,4)
idólatras (10:14-22)
oferecida aos ídolos.
- Se podiam ir às festas sociais
ligadas com o templo (8:10) (Morris,
p. 103)
- Ao comer – os cristãos tinham
- Comprar carne no açougue (10:25)
liberdade porque não era nada (8:4-8)
- Comer carne servido numa casa
particular (10:27)
- Comer carne se ninguém importa
- Ser escândalo (8:9-13)
- Participar de idolatria – associar - Participar daquilo que não edifica
- Ser orgulhoso na liberdade e com os demônios (10:14-21)
(10:23)
conhecimento que tinham (8:1-3, 14- - (Morris, p.119)
- Buscar seu próprio interesse (10:24)
21)
- Comer carne se alguém disser que é
sacrificada aos ídolos (10:28)
- Comer carne se vai atingir a
consciência do outro (10:29)
- Ser tropeço (10:32)
- Comida não tem nada. Não existem - Fugir da idolatria e tudo que está - Buscar os interesses dos outros
outros “deuses” (8:4-6)
ligado com ela
- Do Senhor é a terra e sua plenitude
- Pecar contra o irmão é pecar contra
(10:26) (as coisas que Ele fez são
Cristo (8:12)
boas. Comparar com Rm 2:14-14)
- Deus vive nos fracos também; não
- Fazer tudo para a Glória de Deus
podemos desprezar ninguém.
(10:31)
- Todas as coisas são de Deus
- Não ser tropeço
- Zelo para o irmão em Cristo
- Ganhar muitos
- Cuidar da aparência
- Agradar muitos (10:33)

Aplicação no Brasil

. . . . .......
A História da Contextualização
Bárbara Helen Burns
I.Devocional: Dt 18:9-13
II.Discussão de Nicholls, pp. 7-20
III.Pergunta:

Como ir daqui

Como comunicar o Evangelho

Para cá?

da minha cultura
aquela cultura

para
?

Como comunicar com pessoas onde eles pensam que estão e não onde você pensa
que devem estar?
Não é uma nova pergunta: os apologistas lutaram com este problema. Como comunicar
com os judeus? Romanos? Gregos?
Muitos tipos de modelos de Contextualização na história existiam às vezes totalmente
contraditórios durante a mesma época. Um exemplo é na época das Reduções de
Paraguai quando no norte alguns padres decidiram caminhar junto com tribos nômades,
ou morar nas suas vilas (Luzbetak, 1988:96). Por isso não podemos fazer
generalizações históricas. "Muito menos podemos culpar o passado, pois não podemos
julgar eles na luz do nosso conhecimento e contexto social e cultural, esquecendo que
daqui um pouco será nossa vez de receber a condenação" (Luzbetak, 1988:84).
IV. Um Pouco da História do Desafio de Contextualização
A. Gregório o Grande (590-604) escreveu para Agostinho na Inglaterra no Século

VII. (Ler Conn, p. ix-x em Kraft e Wisely, 1979, Luzbetak, p. 89) Mandou
conservar os templos, mas destruir os ídolos. (Mais tarde, no entanto, o próprio povo
pediu para os templos serem destruídos) Agostinho fez "adaptação" - mudou o
sentido das formas. No mesmo tempo Gregório usava "persuasão" através de altos
alugueis, tortura, prisão para levar a conversão (em Sardínia, não Inglaterra) (Bosch,
1988:223). Agostinho de Hippo realmente começou esta tendência quando concordou
no uso de multas e confisco de propriedade para levar a conversão (Ibid).
A.Bonifácio (672-755) - Confronto ("Encontro de Poder"). Cortou a árvore em Geissmar,

Alemanha. Quando as pessoas aceitaram o poder de Deus, cada uma tinha que fazer
uma renúncia dos seus ídolos, louvor as árvores, prática aminista, etc. Cada um tinha
que responder as seguintes perguntas (Tippett, 1987:260-63):
"Renuncia o diabo?"
"Renuncio"
"E todo salário do diabo'?"
"E todas as obras do diabo'!"
"Acredita em Deus o Pai Todo Poderoso?"
"Acredita em Cristo o Filho de Deus'?"
"Acredita no Espírito Santo'?"
Bonifácio estava pondo em prática Êxodo 34:13.
C. Outros exemplos de confronto:

Ansgar de Hamburgo foi para Dinamarca e Suécia em 831. O primeiro ato missionário
foi declarar que os deuses do povo não tinham poder para livrá-los dos inimigos.
Ele disse:
Your vows and sacrificas to idols are accursed by God. How long will ye
serve devils and injure and impoverish yourselves by your useless vows? You
have made many offerings and more vows and have given a hundred pounds of
silver. What benefit has it been to you? ... If you desire to make vows, vow and
perform your vows to the Lord God omnipontent, who reigns in heaven, and whom
I serve... If ye seek His help with your whole heart, ye shall perceive that His
omnipotent power will not fail you (Charles Robinson, Anskar; Apostle of lhe North,
trans. from Rimbert's Vita Anskarii [London SPG, 19211, 39, cited in Rommen and
Hesselgrave, 1989:22).

O que aconteceu? O povo aceitou e foram libertos de um ataque iminente. Depois
os missionários continuaram:
Alas, wretched people,... ye now understand that it is useless to seek for help from
demons who cannot succor those who are in trouble. Accept the faith of my Lord
Jesus Christ, whom ye have proved to be the true God and who in His compassion has
brought solace to you who have no refuge from sorrow... Worship the true God who
rides all things in heaven and carth, submit yourselves to Him, adore His almighty
power (ibid.).

Constantino de Tessalônica também demonstra sabedoria no confronto com Islamismo
em 870 a.C. Foi enviado para os muçulmanos para defender a fé. Uma das conversas
foi assim:
Speak no such despicable blasphemy. How well have we learned from the
prophets, fathers and teachers to glorify the Trinity, the Father, the Word and the
Spirit, three hypostases in one being. And the Word became flesh in the Virgin and
was born for the sake of our salvation, as your prophet Mohammed bore witness
when he wrote the following: 'We sent our spirit to lhe Virgin, having consented the
She give birth.' For this reason I make the Trinity known to you (Ibid., 24).

Confronto e utilização do conhecimento profundo das escrituras e pensamento do
outro foram importantes métodos missionários.
C. Cirílio (827-869) e Metódicas (815-885) - dois irmãos da Igreja Ortodoxa

que foram para Morávia em 862 ao convite do rei (já existia Cristianismo lá, mas sem
instrução [Luzbetak, p. 90]). Eles traduziram a Bíblia, tinham cultos na língua
comum (contra os princípios de Roma), estabeleceram escolas e ordenaram um clero
nacional. (Metódicas foi preso por vários anos pelos bispos de Alemanha por causa
disto [Cirílio já tinha morrido].)
C.Islândia - no Século XI os islandeses fizeram sacrifícios humanos para se livrarem dos

missionários que tinham chegados à ilha. Os missionários decidiram mostrar que
também eram dedicados ao seu Deus, e os dois líderes se jogaram no mar (e a morte)
dizendo que era como "uma dádiva de vitória ao Senhor Jesus Cristo"! (Conn em
Kraft e Wisley, 1979:xi).)
D.As Cruzadas - no meio do desastre das cruzadas, Raimundo Lull (1232-1316), no

espírito de Francisco de Assis, iniciou escolas para treinar missionários para os
muçulmanos. Tinham que aprender a língua e os pensamentos/doutrina. Os missionários
celtas, Las Casas e outros são exemplos contra o uso da força. (Destruição [que incluiu St
Bernardo de Clairvaux que considerou matar um muçulmano a morte de um "mal", não de
uma pessoa] vs comunicação. Usava o paradigma de Lc 14:23 nesta época!)
G. Mateus Ricci (1552-1610 ) - foi para China. Usou a forma de Confucionismo. Se
apresentou como um homem sábio do Oeste, como um banze da alta classe ou
mandarim. Associou-se com a elite. Aceitou como social os ritos aos ancestrais
(respeito à família). Concertou relógios (realmente era dar corda...) que ele trouxe para lá.
Em 10 anos começou uma igreja em que traduziu Deus como "Senhor do Céu"
e continuou usando o termo "Shery" (Venerável) para Confúcio porque referiu a
qualquer objeto respeitável. (Identificação/engano'?/Contextualização sem limites'?)
H. Roberto Nobili (1577-1616) - nasceu na Roma de uma família nobre, entrou na
ordem dos Jesuítas com 17 anos. Foi para Índia e Goa, onde descobriu quais foram
os costumes que faziam barreiras entre o povo e os missionários. No início
trabalhou com as castas inferiores, mas não entendeu porque só eles aceitavam.
Depois foi para os de altas castas. Em Goa (Português) tinha que ter permissão do rei, só
falar Português, e ir num navio de Portugal. Trabalhou entre paraivas (intocáveis).
Descobriu que eles chamavam os portugueses de "Parangi" - não era
"Português" como ele pensava, mas "aqueles que comem carne, bebem, não tomam
banho, usam sapatos de couro, ignoram regras sociais"! Os missionários, também, eram
Parangi!
Depois disso ele se tornou um "homem religioso" indiano e adotou a maneira de
viver e vestir deles, andando na rua, não comia carne, não usava sandálias de couro,
aprendeu bem a língua, e ganhou milhares de seguidores. Deixou-os manter casta se
não interferisse com o Cristianismo (exemplo de Unidade Homogênea). Não criticou
nenhum traço cultural - nem casta, nem saci [comp. com Carey!].
I. Missões Protestantes em maior parte começaram no fim do Século XVIII. Os
missionários no início não havia dificuldades de identificação, de posicionar-se contra
empresas coloniais (eram até rejeitados por elas). Carey, por exemplo, ou Bartolomeu
Ziegenbalg [1682-1719], o l° missionário para Índia com a Missão Halle-Dinamarquêsa,
estudou Hinduísmo e levou seus conhecimentos para Europa. Ali foi informado que o
trabalho dele era erradicar Hinduísmo, e não trazer superstição pagã para Europa
(Conn, 1984:77). Zinzendorf também tentou adaptar a mensagem para as culturas:
instruiu seus missionários a usarem termos do local e falou que se a maior necessidade
dele era uma agulha, chamaria o Senhor de agulha! (Hesselgrave e Rommen, 1989:26),
1
William Carey é outro exemplo, que organizou uma igreja na Índia, não uma
missão. Ele tinha como alvo principal o treinamento de líderes nacionais para dirigir as
igrejas. Preocupava-se com justiça social, igualdade, amor. O Grupo Serampore disse:
"Another part of our work is the forming of our native brethren to usefulness, fostering
every kind of genius, and cherishing every gift and grace in them; in this respect we can
scarcely be too lavish of our attention to their improvement. It is only by means of native
preachers we can hope for the universal spread of the Gospel through this immense
continent" (Wilbert R. Shenk, Internacional Bulletin Jan., 1990).
As idéias de Carey repercutiram em muitos lugares. Uma revista missionária em
Londres em 1817 publicou o seguinte:
The Christian church must give the impulse, and must long continue to send forth her
missionaries to maintain and extend that impulse; but, both with respect to Funds and
Teachers, a vast portion of the work will doubtless be found ultimately to arise from
among the heathen themselves; who, by the gracious influence which accompanies the
Gospel, will he brought gladly to support, as the Christian Church has ever done, those
Evangelists whom God, by His Spirit, will call forth from among them (Shenk, Ibid.).

Mas após o Iluminismo, tudo se confundiu. A Era da Razão teve sua repercussão em
missões:
− Confundiram amor com paternalismo. Povos são crianças, os "coitados"

(resultado do evolucionismo, iluminismo, industrialização).
−Confundiram Cristianismo com a cultura anglo-saxão ou germânica (como os

missionários católicos confundiram com cultura ibérica), levando a cultura junto ao
Evangelho. Não apreciaram os valores positivos nas outras culturas como ordem,
família, lealdade, comunidade.
-Eram muitas vezes simples, sem muito preparo (apesar do fato que nas igrejas e
lares a Bíblia era mais ensinada do que hoje)
−Construíram colônias missionárias - como exemplos de vida cristã - e protegidas

pelos poderes governamentais.
-Julgaram pobreza=pecado (até hoje tem este problema nas igrejas?)
−"Cultura" = má ("primitiva" - muito ligado com as idéias antropológicas da época:

"primitivo" era "inferior")
−Tinham motivos mistos (evangelizar, melhorar a sociedade, comércio, plantar

igrejas, amor e compaixão, obediência).
−O "Manifest Destiny", que teve seu ponto mais forte nos anos de 1880-1920 aconteceu

em todas as nações ocidentais (Bosch, 1988:299). Alguns resultados disso eram:
- Aldeias cristãs (Eliott, 1604-90. - Seu modelo foi levado para outros lugares [ler
Mendonça, p. 103, com uma crítica do livro])
- Os convertidos tinham que aprender Inglês
- Todos os aspectos das suas culturas eram repudiados.
- Muitas vezes o missionário controlava tudo, pagava tudo, construía tudo, dirigia
tudo, decidia tudo. (Mesmo quando tinha líderes nacionais, geralmente os missionários se
reuniam separadamente e tomaram as decisões principais).
- Ficaram nos lugares mais confortáveis - o litoral, ou em centros protegidos pelos
seus governos.
- Não tinham o benefício de missiologia, história, etc. Fizeram geralmente o melhor que
sabiam. No meio da sociedade daquela época, eram considerados radicais!
− Abriram novas fronteiras, levaram o Evangelho no mundo inteiro (geograficamente).
− Deixaram exemplos de grandes homens e mulheres de Deus que até agora são modelos

para nós (Carey, Paton, Judson, Nevius, etc.)
−Robert Speer disse: "Não podemos ir ao mundo não cristão diferente do que somos

e com nada mais do que temos. Mesmo quando temos nos esforçado ao máximo de
d es en t an gl e a ve r d ad e u ni ve r s al d a f o r ma oc id e nt a l .. . s ab e mo s q ue nã o
conseguimos" (Bosch, 1988:297, citando Hutchison 1987:121).
V. A História da Discussão
No Século XIX, no meio desta ligação entre "Cristianismo," "civilização," e
"Milenianismo" (não "pré" ou "pós", mas a esperança que os propósitos de Deus logo
iam ser cumpridos através do Oeste), vários estratégias estavam sendo desenvolvidas
para melhorar a situação.
A. A "Igreja Indígena" - se tomou o "mais reconhecido conceito de emergir do
movimento missionário moderno do Século X^X.- (Wilbert R. Shenk, International Bulletin
Jan., 1990).
1 . James, pastor congregacionalista pregou sobre o assunto em 1826: "Leu it be a
great object with us, to render our missions self-supporting, and selfpropagating" Shenk
explicou a mensagem dele dizendo,
...sugeriu que este princípio fora baseado numa observação cuidadosa da natureza humana e a
dinâmica cultural. Tão somente alguém indígena à cultura realmente pode entender os costumes,
idioma e cosmovisão do seu povo. O futuro da evangelização e desenvolvimento da igreja
tem que estar nas mãos daqueles nativos a uma cultural particular. Então, a prioridade no
trabalho missionário tem que estar no treinamento da liderança indígena (Shenk, Ibid.).

2. Henry Venn (1796-1873) - Séc. Ex. da CMS (Inglaterra) de 1841-1872, e
Rufus Anderson (1796-1880) - Sec. Ex. do American Board of Cortímissioners for
Foreign Missions (Congregacional/USA) de 1826-1866.
Foram os primeiros a consolidar as teorias quanto a situação geral de "imperialismo"
ocidental ligado com Cristianismo. Legaram que a Igreja deve: auto propagar, auto
sustentar, e auto governar (estas idéias já foram propostas pelo próprio missionário
William Carey!). Depois de conseguir isto, os missionários deveriam ir para outros
lugares e começar de novo. Para esta finalidade eles queriam treinar líderes nacionais
(não usar escolas como meio de evangelismo). O resultado deste sistema chegou ser
chamado da A "Igreja Indígena". Mas houve problemas:
Para preparar os "ministros nativos," Anderson acreditou que os candidatos tinham
que se separar das suas culturas com a menor idade possível, e morar na missão. Devia
durar de 8 a 12 anos. (Anderson acreditou, como os demais, que a cultural Ocidental era
"Cristã.")
Quando uma missão tentou pôr as suas idéias em prática em Serra Leoa, não funcionou por
ser cedo demais (Stephen Neill). Os seguintes problemas aconteceram:
a. Focalizou na estrutura da igreja. Os líderes nacionais tinham que aprender as
estruturas dos missionários.
b. Isto causou Institucionalismo - uma preocupação com detalhes de organização,
ordem burocrática, administração. Apagou a centralidade da natureza da igreja e
elevou assuntos como se a igreja paga salários, etc.
c. Levou ao profissionalismo - clero profissional, pago - elevado e separado.
d. Isto por sua vez criou secularismo

- cultivou costumes do Ocidente como

competição, e outros modelos ocidentais. Luzbetak disse,
Contextualization should be more concerned about worshipping, rather than worship.
Contextualization should be concerned more about creating a genuinely prayerful "God-iswith-us" and "He-is-risen" atmosphere than about rules governing art, however important
such rules may be for himilies, singing, organ playing, or arrangement of candles and
flowers. There is something not quite right when the preacher, clioir, or others are more
concerned about performing well than they are about worshipping well (p. 383).

e. Assim assumiu uma idéia estática de cultura - uma cultura só (do missionário)
para sempre e para todos!
3. Dr. John Nevius (1829-1893) - uns bons passos a mais!
Um missionário Presbiteriano de Chefoo, China que conhecia as idéias de Venn e
Anderson, mas as levou adiante. Tornou-se cada vez mais descontente com as estratégias
da sua igreja (que ele nomeou o "Velho Plano") de contratar e pagar evangelistas e obreiros,
criando dependência. Construiu umas novas idéias (que chamava do "Novo Plano") que
dispensava esta primeira etapa dos missionários construírem e formar a igreja para depois
colocar liderança local. Resumindo, Nevius construiu seu plano baseado em dois princípios
- estudo sistemático e profundo da Bíblia (que levaria ao louvor, evangelismo e
avivamento) e independência econômica. Publicou o livro Planting and Development of
Missionary Churches in 1885. Visitou Coréia em 1890 e deixou suas idéias que se
tornaram base para um crescimento fenomenal:
a. Cada crente é um mestre e um aprendiz - os missionários também!
b. Cada crente funciona de acordo com os seus dons.

"Laos" no N.T. é "Povo de Deus"--todos (pp. 290-299 de Eternal
Word)
c. O missionário nunca deve ser um pastor, mas com itinerância ajudar outros serem
pastores.
d. Cada crente deve permanecer onde está - no seu trabalho, etc. (sem aldeias) e
testemunhar. Cada crente é um missionário.
e. Métodos e estruturas eclesiásticas devem ser desenvolvidos apenas a medida que
as pessoas do lugar podem tomar responsabilidade do mesmo. Eles tinham que se
governar.
f. A própria igreja deve chamar aqueles dos seus qualificados para a liderança, quem
a igreja podia sustentar.
g. As igrejas tinham que ter arquitetura coreana - feito pelos coreanos dos seus
próprios recursos. Cada igreja era independente da missão. (exemplos aqui
Cianorte, ISBEL, etc.)
h. Tinham que fazer muitos estudos, cursos intensivos (TODOS)
E Coréia hoje? ' Por isso está crescendo! Discípulos de Jesus foram formados,
homens e mulheres de oração! Não oraram para ver crescimento da igreja, mas
oraram pela seu relacionamento com Deus, e a igreja cresceu. Nós queremos imitar, mas
os motivos são diferentes (p/ não falar egoístas e manipuladoras) e não funciona.
4. Roland Allen (1868-1947 11895-1903 na China])
Qualquer interesse nos "três autos" de 1850 foi esquecido no início do Século XX.
Roland Allen, reconhecendo isso, enfatizou o Espírito Santo em vez de dependência em
dinheiro, a missão, etc. Ele foi o primeiro a falar contra a dependência das igrejas fundadas
por missionários. Ele diz, "Paulo começava igrejas, nós começamos missões" (Bosch,
1988:379). Os missionários iam com toda a sua mudança, recursos, $, etc. (Ex. 6
missionários da LMS levaram 868 carregadores para entra na África Central no início do
trabalho! [Missiology Oct.'861) Allen sentiu a necessidade de ensinar as pessoas a
depender de Deus, não dos missionários, nem em termos financeiros, nem
espirituais. Paulo não construiu edifícios (hoje constroem em primeiro lugar, depois
vidas...) mas fazia verdadeiros discípulos.
Allen notou três sintomas de problemas: 1) Nenhuma igreja estava independente ainda,
2) As próprias missões eram dependentes - ainda pedindo dinheiro e recursos
humanos para os mesmos projetos de 50 anos, 3) Os resultados em um lugar
parece como em qualquer outro lugar. Ele disse: "Nossas missões estão trabalhando em
países diversos e no meio de povos diferentes, mas todos se aparecem... Não há
revelação nova. Não há nenhuma descoberta nova de aspectos novos do Evangelho,
nenhum desenvolvimento de novas formas da vida cristã" (Shenk, ibid.). Financiamento
pelos missionários causa muitos problemas:
a. Intrometimento estrangeiro: domínio de fora
b. Envolvimento em coisas materiais
c. Representação errada da razão da existência da missão
d. Pauperização dos nacionais, desde que não tem as mesmas condições. (O missionário

deve viver no nível mais perto possível do povo).
e. Dependência e controle
c.Restrição do trabalho em apenas um lugar
f. Levanta a pergunta: "de quem é a construção'?" (exemplos no Rio, etc.)
g. Novos convertidos têm que ser tão bem ensinados que eles possam com facilidade pôr as

lições em prática.
d.Organização eclesiástica tem que ser lógica e sustentável dentro da própria cultura.
e.A base econômica da igreja tem que encaixar na realidade local, e não depender do

exterior.
h. Os Cristãos tem que aprender disciplina e responsabilidade mútua.

1. A nova igreja deve logo exercer seus dons espirituais para servir e crescer espiritualmente.
(Se o pastor/missionário/professor domina a igreja/campo/sala de aula, os seus
discípulos vão querer ter o mesmo poder. Seguimos nossos modelos - aquilo que
vemos, muito mais daquilo que ouvimos!)
Allen estava preocupado com os ensinamentos da Palavra de Deus quanto métodos
missionários (não com tradições) (É o mesmo problema de hoje -ficamos
impressionados e influenciados facilmente pelas novidades e no mesmo tempo presos às
tradições, sem levar a Bíblia a sério.)
Allen negou a relevância de argumentos baseados em sociologia e antropologia
(como os de Warneck que dizia que os "nativos" eram inferiores, etc.). Para Allen a
Igreja é cheia do Espírito Santo e reforçada pelos sacramentos, portanto o perigo da
autonomia da Igreja não era em heresias ou o caráter dos cristãos, mas no paternalismo dos
missionários. Por essa razão ele encorajou os missionários dar plena autoridade
eclesiástica, inclusive o direito de administrar os sacramentos e a Palavra e de ordenar
novos ministros (Beyerhaus em Kraft e Wisley, 1979:18).
A maioria não acreditava nas idéias de Allen! (Hoje, sim!)
5. Outros: No mesmo tempo houve muitos missionários fazendo trabalhos marcantes
como Frazer, Isabel Kuhn, H. Taylor, Sophie Mueller, Mary Slessor, Amy Carmichael, etc.
B. A invocação para "indigenização" - umas pessoas do movimento conciliar não
aceitaram mais as idéias de "igrejas indígenas." Mudou para "indigenização" em
Willingen, Alemanha, 1952.

Resumo do desenvolvimento das igrejas conciliares/evangélicas:
Eles tinham perdido a China - perdido muitos recursos, hospitais, escolas, etc. Por
isso em Willingen houve muito pessimismo. Sentiram que tinham que reformar o
mandato missionário da igreja. Por isso rejeitaram nesta reunião a importância da
evangelização. A ênfase foi para a ajuda dada às igrejas existentes, sem pensar em criar
mais igrejas. Tinham medo de perder de novo. Também começaram a unir com a CMI;
se tornaram "igreja-centrado" - não centrado no mundo, mas preocupado consigo
mesmo. No meio disto também reconheceram que tinham que preparar as ig r e j a s pa r a
f az e r a o br a s oz in h as . D ef in ir a m, e nt ã o, " in di g en e id a de " ou "indigenização"
como:
−Relacionamento com a terra - raízes
−Capacidade de fazer elementos da cultura local cativo a Cristo
−Ministério treinado para o local (e do local)
−Rejeição de colonialismo (já estava passando mesmo)

Com isto começaram o FET (Fundo de Educação Teológico) em 1958-59 em Gana
com o intuito de ajudar instituições de educação teológica no mundo inteiro. Shokie Coe
(Taiwan) e Aharon Sapsezian (Brasileiro de Minas Gerais) eram os diretores.
C. O termo "Contextualização" (para mais detalhes verifica Rommen e Hesselgrave,
Contextualização, cap. 2.)
Em 1972 o FET usou pela primeira vez a palavra "contextualização." Para eles era
algo "autêntico, sempre perfeito, surgindo entre o encontro da Palavra de Deus e seu
mundo..."---> praxis (Coe). Mas para eles a "Palavra" não é a Bíblia; é a interação
contínua, contemporânea de Deus, sem raízes objetivas. As idéias sobre inspiração e
interpretação bíblica nesta época foram informadas em grande parte pela c o n f e r ê n c i a d e
F é e O r d e m e m L o u v a m ( B é l g i c a ) . P a r a e l e s o c o n t e x t o contemporâneo
determina o significado do texto. A Bíblia demonstra sua autoridade em submeter-se a um
questionamento recíproco entre si e o contexto contemporâneo.
(Veja Asian Christian Theology, Douglas J. Elwood, ed. [Philadelphia: Westminster,
1976:48-55. Também Missiology, XI, 1 January 1982:95-111 e XIII, 2 April 1985:185-202.)
A influência do Evangelho Social (o Modernismo, que veio da Alemanha) já estava
fortemente instalada no IMC desde o início (Cp Bosch, pp. 319-327 para um resumo deste
desenvolvimento, junto com Mendonça e Valdir Steurnagel).
Para FET contextualização vai além da indigenização em que o contexto se toma a
fonte de verdade teológica. A igreja necessita prestar atenção para os "sinais" dos
tempos, que é a maneira de Deus falar conosco. A Bíblia apenas faz parte da dialética
no processo; faz a Palavra de “Deus audível e inspira a fé” (Hesselgrave, 1994:115).
Outras diferenças são (refere à páginas 17-20 de Nicholls):
−Indigenização - focalizou nos traços externos da cultura, i.e., música, símbolos,

arquitetura, estruturas organizacionais, etc.
−Contextualização - inclui problemas sociais, economia, privilégio vs opressão.
−Indigenização - cultura definida em termos estáticos, imóveis, tradicionais, sem

mudança.
−Contextualização - aprecia a flexibilidade das culturas. As culturas são dinâmicas,

móveis.
−Indigenização - sistemas sócio-culturais são fechados. Quando foram formulados

eles estavam pensando em tribos e clãs isolados, como a idéia da "unidade homogênea."
−Contextualização - focaliza não nas unidades menores, mas nos sistemas

econômicos e culturais globais.
−Indigenização - acontece no campo missionário. Tem uma idéia romântica das

culturas - otimismo, "a selvagem nobre.”.
−Contextualização - vê a mão de Deus e de Satanás em todas as culturas. Pecado e

sincretismo existem em nossas culturas também.
−Indigenização - enfatizou problemas mais superficiais. Era no nível de "como

fazer" - como comunicar.
−Contextualização - estuda a natureza, da comunicação, não só como fazer, mas quais

são os efeitos de comunicação. Como é que a comunicação reflete e muda a cosmovisão
de um povo?
−Indigenização - queria dar autoridade para os nacionais, mas da maneira do missionário.

E era só nas igrejas, não nas outras instituições da missão (hospitais, escolas, etc.)
−Contextualização - inclui outras estruturas também. Queria ser nacional nas bases.

(Veja (i transparência (de Luzbetak comparando os dois.)
Então os movimentos conciliares não usam mais a palavra contextualização. "Diálogo"
é usado pela maioria, significando ajudar os não cristãos serem melhor nos seus próprios
contextos - culturas, religiões, e estruturas políticas. "Diálogo" significa que Deus está
na frente preparando o caminho em outras religiões. Ambos, pluralismo ou extremo
holismo são a base para "diálogo" (Bosch, 1988:486).
D. O uso de "contextualização" pelos Evangélicos
1. Os Evangélicos tinham como pano de fundo a influência de Eugene Nida e
Wycliffe. Nida ensinava que a língua expressa o coração.
Superfície—língua
Nível mais profundo-Coração
Ex., na Coréia não usa o pronome pessoal porque Budismo não aceita o conceito de
pessoas como indivíduos. Tudo é um.
Então Nida distinguiu entre forma e significado, criando os dois ternos:
"Equivalência Dinâmica":
-Traduz o sentido

"Correspondência Formal":
-Traduz a forma, sem preocupar com o
sentido
(Veja a transparência sobre tradução da Bíblia baseado em Nida.)

Nesta altura o conceito era limitado à língua, tradução da Bíblia para às tribos
indígenas. (Mais tarde Charles Kraft leva as implicações para toda e esfera de vida
transcultural.)
Desafios novos à influência ocidental nos campos missionários, levou a maior
reflexão na área de contextualização (a Teologia de Libertação). A "Nova
Hermenêutica" também teve sua influência: qual a influência da cultura n a
co mpr een são da B íblia? N os es cr itores bíblicos? Os evangélicos começaram
perceber os problemas de desconfiança, separação entre teologia e missões, falta de
reconhecimento que a própria teologia do missionário estava contextualizada (não é verdade
absoluta) com influências históricas e culturais. Chegaram a conclusão: na igreja ocidental
também existe sincretismo!
2. Em 1974 em Lausanne I Byang Kato (líder evangélico africano) usou a palavra pela
1ª vez entre evangélicos, enfatizando a transmissão do Evangelho em termos relevantes
à cultura receptora, no mesmo tempo cuidando a não fazer sincretismo. Kato estava
preocupado com a probabilidade que contextualização levaria a distorção do evangelho e
da teologia. Ele construiu 10 fundamentos para fazer contextualização na África.
a. Permanecer com os pressupostos fundamentais de Cristianismo histórico.
b. Expressar Cristianismo no contexto africano, deixando que o Julgue. Não permite
que a cultura tenha precedência sobre Cristianismo.
c. Ensinar as Escrituras e as línguas originais para os homens, para que eles possam
fazer uma exegese correta da Palavra de Deus.
d. Estudar as religiões não cristãs, lembrando que é secundária, como foi para os
evangelistas do Novo Testamento.
e. Fazer evangelismo agressivo, não repetindo os erros dos líderes da igreja africana do
3º Século quando se envolveram demais em discussões doutrinárias.
a. Formar organizações baseadas naquilo em que concordam. Não deve ser "unity
at any cosi".
f. Definir termos teológicos para evitar sincretismo.
g. Com cuidado combater os sistemas não bíblicos que estão entrando nas igrejas.
b. Se envolver em ação social, mas não à custa da evangelização. Conversões
verdadeiras resultam em Cristãos que revolucionizam as suas sociedades.
c. Saber que África precisa dos seus Policárpios, Athanasius, e Martinho Luteros
que estão prontos a defender a fé seja que for o preço.
(citado em Hesselgrave e Rommen, 1989:110-11)
Kato criticou John S. Mbiti (que defende uma contextualização baseada na
cultura) teologicamente e antropologicamente. Ele acusou Mbiti de não pesquisar as culturas
africanas suficientemente e de estar fazendo declarações não verdadeiras (veja pp. 109-110 de
Hesselgrave e Rommen).
O grupo em Lausanne que tratou do assunto de contextualização chegou à conclusão
que formas com significados profundos não podiam ser mudadas (ex. cordeiro, sangue,
cruz), mas formas literárias superficiais não teriam problema. (Veja a transparência sobre
tradução.)
3. René Padilla

Em Lausanne I reclamou que América Latina está sem teologia por causa da
dependência na América do Norte. Recebeu de 2' mão, por isso não há comprometimento com
teologia. É ativista, sem reflexão. Disse Padilla que se precisa de líderes profundamente
arraigados na Palavra de Deus e na sua cultura (justamente o objetivo principal de um curso
de missões!), sorri ignorar o valor do trabalho de teólogos do Ocidente.
Padilla enfatiza a necessidade de arraigara hermenêutica no método histórico-gramatical
para saber a intenção e significado do escritor original.
Contextualização começa com uma exegese profunda do contexto contemporâneo.
Depois levanta perguntas para apresentar ao texto bíblico. O profundo conhecimento do texto
bíblico ajuda responder corretamente e por sua vez fazer perguntas ao contexto
contemporâneo. O interprete enfrenta os pressupostos da sua própria atitude sobre Deus,
sua tradição eclesiástica o sua cultura, mas deve procurar adquirir a perspectiva dos
escritores bíblicos (do homem em comunhão com Deus) o mais possível.
Se a Igreja vai revelar Cristo dentro de cultura, deve primeiro experimentar a realidade da morte
de Cristo em relação a cultura , . , Morrendo com Cristo, morremos para nossa própria cultura e
então somos capazes de reconhecer com maior objetividade as maneiras em que somos
condicionados por ela e também podemos apreciar os valores em outras culturas diferentes (em
Kraft. 1979:307).
3. Orlando Costas (Liberating News: A Theology of Contextual Evangelization,

1989).
Sofreu como membro de um grupo minoritário (Costa Rica) nos Estados Unidos
quando criança e adolescente. Afirma a necessidade de teologia, colocando como base
principal dela as Escrituras, e depois a tradição e a experiência. O conhecimento de Deus
depende da fé, da comunhão com Ele e do Espírito Santo que revela Jesus Cristo.
Apesar de afirmar uma declaração evangélica sobre a inspiração bíblica, aumenta
bastante a dimensão humana e cultural do condicionamento das Escrituras. "Isto
significa que para entender, proclamar e ensinar as Escrituras. temos que fazer o mesmo
exame

como

qualquer

outro

documento.

Temos

que

analisar criticamente o

condicionamento históricos em que a Bíblia surgiu para interpretar e comunicar
adequadamente sua mensagem" (p. 17). Nisto Costas demonstra que ainda é filho da Era da
Razão. Com que instrumento vamos criticar a Bíblia? Como vamos decidir o que é
condicionado culturalmente e que não é? Que parte vou aceitar como autoridade, e que
parte somente para aquela época?
A contextualização de Costas é o tipo liberacional e cultural. Está preocupado com
justiça social como manifestação de uma fé verdadeira cristã. Sem dúvida é importante,
especialmente num contexto em que as necessidades são agudas e a igreja parece estar
cega quanto isso, mas às vezes se torna uma posição esotérica, só para um elite com
capacidade de oratório, e não uma responsabilidade de cada membro de cada comunidade
cristã. Aceita que Deus tem "preferência" para os pobres, como a posição dos da TL.
Interpreta Isaías 53 como para os cativos de Babilônia, a “expiação” feita para os pecados
de Israel (pp. 92-93).
É por isso que Costas critica severamente vários missiólogos evangélicos. Eles
não confrontam suficientemente pecados de opressão social. Ele fala em uma nota de
roda pé,
Estes modelos (de Kraft, Dayton, Fraser e Hessel grave) poderiam oferecer alguma ajuda culturalantropológica, mas são social e teologicamente deficientes. Pois o reino de Deus é uma realidade
compreensiva e tratisformadora; não é nada menos que o poder da nova criação (veja 1 Cor. 4:20;
2 cor. 5:17). Uma evangelização que está interessada em apenas descobrir as necessidades
sentidas pelo povo para fazer o evangelho relevante (Kraft) ... é uma contextualização superficial
e profeticamente acrílica. De fato, reflete um escapismo em vista cia realidade do nosso planeta
má, sob a liderança de principalidades e poderes demoníacos presentes em quase todas as
situações humanas (p. 168-69).

Costas exibe romanticismo e relativismo quanto a relação com a cultura em
contextualização. Por exemplo, cita uma oração das missas de quilombos no Brasil: -... O
Deus de todos os nomes, - Yahweh, Obatala, Olorum, Oio... (p. 25). "Este Deus de muitos
Nomes, conhecido aos Africanos e Judeus e feito conhecido aos Cristãos por Jesus,... (p.
26). O sincretismo católico-africano no Brasil é considerado uma positiva expressão de
contextualização.
Em contraste o autor enfatiza em capítulo 6 que a mensagem da cruz não pode ser
compreendida em outras culturas, que sempre é uma "vergonha" e impossível a explicar
racionalmente. "Deus recusa de sujeitar o mistério da cruz - de verdade sua estratégia
para a salvação da humanidade - ao julgamento de sabedoria humana" (p. 105). Assim
Costas mantém algumas das suas raízes evangélicas.
5. Don Richardson - apresentou a idéia da "analgia da redenção." Há restos da
revelação e conhecimento de Deus em todas as tribos. Talvez ele exagera um pouco
em dizer em O Fator Melquisedeque que todas a tribos tem uma crença num deus
criador, e que podemos utilizar estas crenças, usando os nomes dos seus deuses na
tradução de Deus (temos que ver o conteúdo do conceito destes deuses V. No A.T.
Deus não permitiu que fosse chamado de Baal, Moloque, Dagom, etc.). Arthur
Glasser não concorda com Richardson:
It has frequently been noted that it never seemed to occur to the writers of the Old
Testament to make any positive estimates of the polytheistic religions of their neighbors...
Heinz R. Schlette speaks of their regard for other religions as 'extremely negativo' (Towards
a Theology of Religions [New York: Herder and Herder, 1966], 25] and quotes in
support such texts as 1 Kings 11:1-13; Jer. 2:26-28; 10:1-16; Is 40:18-20; 44:9-20;
46:1-7.. Indeed, the gulf between the God of Israel and the gods of the nations is immense.
Emil Brunner dismisses as wholly untenable the popular opinion that the biblical record of
repeated acts of divine disclosure has its parallels in other religions.
...the O.T. contains no serious reflection on what might be called "authentic
paganism. ' Its writers felt no constraint to mount any polemic against the essence of
polytheism or belief in other gods, much less any repudiation of the pagan myths that
clustered around these gods. They merely denigrated with vehemence any thought of divinity
attributed to lhe fetiches representing these alleged nonentities (i.e. Isa 44:9-20)...
... Wilhelm Schmidt produced six volumes (1926-35), Der Ursprung der
Goddesidee, to establish the thesis that monotheism, or the belief in ‘High Gods,’ can be
found in the legends of many primitive peoples. At first scholars were impressed with the
vast amount of data...
... Conservative Bible students were likewise excited. All could now contend that the
existence of poytheistic and animistic religions throughout the world was lhe result of
widespread devolution from the biblical monotheism extant at the very beginning of the
human race, record in Genesis.
On closer examination, however, it became apparent that Schmidt's 'High Gods,'
although characterized by a sort of solitariness, were far removed from approximating
biblical monotheism in any recognizable form. It is rather unfortunate that this
particular application of Schmidt's thesis hás been recently revived and promoted by
Don Richardson... What he unfortunately overlooks is that all alleged evidente for
this on Prime Cause of all is so shrouded in mythology, so dependent on the world
[rather than its Source], and so manipulatable by external forces that no common
ground exists with the biblical God who is supreme over all (Art Glasser The Word
Among us, Dean Gilliland, ed., pp 36-38).

6. Charles Kraft - "Etnoteologia"
Kraft não usa a palavra "contextualização" no seu livro, talvez porque não concorda com
a maior parte das definições dos primeiros a usarem a palavra.
O que ele aceita deles é que a Bíblia pode falar diretamente para qualquer um se
esteja despida das suas formas históricas. Realidade depende da cosmovisão da pessoa e
uma realidade absoluta não pode ser aproximada. O sentido é totalmente separado da
forma (Hesselgrave e Rommen, 1989:59-60). Etnoteologia aceita que há uma teologia
absoluta (supracultural), mas o homem não tem condições de conhecê-la a não ser em termos
específicos culturais. Conhecimento de Deus é "culture-bound". Qualquer cultura é aceitável a
Deus como meio de comunicação. (Considera Lv 18.3-4 e 24-25, 30,)
Assim Kraft dá demasiada ênfase à cultura. A cultura interpreta a Bíblia, não vice
versa, sem a Bíblia transformara cultura. (Veja a transparência do modelo de Lourenço
Rega.) Ele tem uma visão romântica e relativista das culturas (cultura=boa). Don Prive
reclama que sua etnoteologia está sem critérios e limites externos, correndo sério risco de
sincretismo ("Epistemologia e Contextualização: Implicações para o Currículo" [apostila não
publicada]).
Para Kraft a Bíblia é um "livro de casos" inspirado que mostra o processo de Deus
na comunicação, sempre modificando conforme as culturas. O processo começa com
este livro, porém é apenas possível "olhadinhos" para uma Teologia no livro de casos.
A Bíblia é um ponto importante na revelação de Deus (manifesto no fato que ainda
existe), mas incompreensível hoje por causa da distância cultural entre o escritor e leitor. A
revelação de Deus continua hoje através das culturas e é suficiente para salvação sem a
Bíblia (pergunta: porque Cornélio tinha que ouvir a mensagem de Pedro, então?). Por causa
da comum humanidade, da imutabilidade de Deus, o do Espírito Santo (as "pontes
hermenêuticas"), a Bíblia como livro de casos é capaz de trazer compreensão suficiente
para salvação e santificação. Esta salvação para Kraft envolve submissão a Deus,
ou como Abraão (para povos mais ligados a cultura do A.T.) ou como os Cristãos após
Cristo (Larkin, 1988:141, 43-44, 146-47). Não precisa introduzir Cristo para ser salvo.
(Refere a experiência na Colômbia.)
Kraft extrapola do modelo de tradução da Bíblia em que "as expressões culturais, como
as palavras em uma tradução, devem ser locais e não as da cultura bíblica ou da igreja
enviados ou da Igreja universal" (Luzbetak, 1988:80). A Bíblia é uma régua pelo qual
medimos o sentido cultural no contexto; se é equivalente aos casos bíblicos aceitos ou
tolerados por Deus, é aceitável hoje.
On the divine level, this... context in which God discolsed himself to them.
The Old Testarnent contains the record of his 'mighty acts' over more than a thousand years
of history coupled with specific revelations of their meaning. All this took place in the same
ancient world in which the gods of the peoples round about were likewise allegedly at
work on behalf of their devotees. But here the similarit y ends, because God's
might acts consistently reflected his character - his holiness and is grace - and they
were always positive, redemptive, and powerful. He never followed the pagan gods
in accomodating hinself to the politically powerful among their devotees, nor to any
'natural' power that may have been latent within his own people. God's exercise of power
was radical, for it was always conditioned on the premise that he had separated his people
from the nations round about and was detemimed to work on their behalf - not primarily
for their sake but in order to magnify his own name among the nations.... [Dt. 4:33, 341]
As a result, our interpretation of biblical texts is built upon the certainty that the
events recoreded in the Old Teatment acutally happened and bear particular
relationwhip to Israel alone. God was concerned with other peoples and acted on their
behalf, but not in the same revelatory sense (e.g., Amos 9:7). Martin Noth contends
that the things that happened in Israel "simply never happened elsewhere" (The
History of Israel, trans. Stanley Godman [New York: Hareper and Row, 1958]: 33338]... His contention is that "the central elements of Biblical faith are so unique and
sui generis that they cannot have developed by any natural evolutionary process from
the pagan world im which they appeared [The Old Testament Against Its Environment
{London: SCM Press, 1968, p. 7}] e art Glasser "Old Testament Contexualization:
Revelation and Its Environment," in The Word Among Us: Contextualizaing Theology for
Mission Today, Dean S. Gilliland, ed.Dallas: Word Pub. 19891 p. 35).

Há uma separação essencial entre o A.T. e N.T. Apesar do fato que Kraft ajudou
ajuntar teologia, antropologia e missões, as suas contribuições têm sido prejudicadas pela sua
posição radical quanto a "equivalência dinâmica" em relação toda a ação missiológica, não
apenas na comunicação. (Ler Mirialil Adeney [apostila], Nichols, p. 12, e Conn [Eternal
Word] pp. 168ff, e Robert Ramseyer [apostila].) "É interessante observar que os escritores
do Novo Testamento não modificam a mensagem do Velho para agradar os Gregos e
Romanos" (Taylor e Nuflez, 1989:322).
Para Kraft não há confronto entre teologia e cultura. Kraft não reconhece que em
toda a Bíblia há confronto. Porém Paulo usou termos helenistas, mas para confrontar seus
conceitos. Jesus continuamente confrontava o pecado e a hipocrisia na cultura judaica.
Kraft diz que formas não têm valor nenhum, inclusive guerra, escravidão, etc. Mas
a Bíblia deixa claro que vida e sentido são inseparáveis. Kraft limita a Bíblia àquelas
partes aceitáveis à cultura, nega a capacidade das pessoas de outras culturas a
entenderem algo que não é comum para eles. Isto indica um ponto paternalista e uma visão
estática de cultura.
É evidente também que Kraft aceita a posição de que a Bíblia foi influenciada
grandemente pelas culturas na época bíblica e que hoje não seria diferente. Glasser
combate esta idéia:
... religious syncretism was widespread, ... This has driven scholars to search for
those factors, concepts and practices in the neighboring countries that allegedly shaped
both Israel's religion and her societal structure. It is not surprising that they have
discovered many similarities. Sometimes the parallels are linguistic, which is inevitable
because of the close relation of Semitic languages, But common language does not
automatically mean that extrabiblical material has either significantly informed or shaped
the biblical text. The fact remains that the writers of Scripture never introduced the least
trace of polytheism into the religious literature they regarded as 'the Word of God...
Prophets like Jeremiah contended with attempts by Israel at contextualization. But
their best efforts at contextualization were utterly destructive... He spoke of the
faithfulness of God and pointed with conviction to the certainty of God's ultimate triumph
in history. The false prophets saw only the immediate present and shouted down all efforts
to confront the issue of truth. All which makes painfully clear the reason why evangelical
Christians cannot endorse much that passes today for contextualization. Unlles disciplined
effort is made to submit to the whole Word of God contained in the whole of Scripture,
distortions of truth and deviations from its central concerns will inevitably follow.
Without this, what many herald as insightful contextualizing of theology and praxis will
be finally revealed as wide of the mark. . . .
In a very real sense, there was only one covenant he made with them, and it
provided him with the vehicle for dispensing his grace and fulfilling his promises. All his prophets
from Moses onward were intensely 1oya1 to the witness of their prececessors; and the new truths
they revealed brought changes in worship forms, heightened ethical imperatives and enlargement
of theological understanding, but no radical discontinuity. God's truth remained free from
contradiction because there is only one God (Glasser, em Gilliland, 1989:44. 46 e 49). (Grifos da
Profª).

A base do problema de Kraft é que não acredita que existe a verdade nos símbolos. O
significado existe só nas pessoas. Mas David Hesselgrave (1994:5355) facilmente
derruba este argumento citando Salmo 19.1-4 e Romanos 1.18-20. Há significado no
mundo, nas coisas, o até nas palavras (Mt 5.17-18).
A influência de Kraft é extensa: Robinson Calvacante, Phil Parshall, etc. (Pr.
Salomão refuta a aplicação das idéias dele na evangelização dos muçulmanos por várias
razões: poder demoníaco negado, formas erradas aceitas, muçulmano não respeita este
tipo de identificação, etc.)
7.Bruce Nicholls - Contextualização 'Dogmática""
Um missionário na Índia e membro da Comissão de Teologia da WEF,
Nicholls foi uma das primeiras pessoas a reagir contra a "Etnoteologia" de Kraft, os
outros envolvidos na discussão.
Nicholls descreve Contextualização como "existencial" ou "dogmática". A primeira
começa com cultura; uma tentativa de "desenvolver uma interação entre as perguntas
subjetivas humanas na história e um entendimento existencial da Palavra de Deus. Isto é,
começa com dois relativos e espera descobrir apenas formulas tentativas teológicas na
progressão de chegar a uma síntese de entendimento" (em Stott, 1980:50). Sem um
parâmetro teológico normativo, este corre o perigo de sincretismo e universalismo ( tudo
é a verdade). Acreditam que Deus não se revelou em termos concretos para o homem; a
Bíblia e a teologia são reflexões humanas sobre as ações de Deus no mundo (Bosch cai
nisso?).
A segunda abordagem começa com a Bíblia como um ponto fixo e autoritativo.
Transcende as fronteiras da cultura, apesar de que quer comunicar bem dentro da
cultura. Nenhuma teologia é perfeita devido nossos pressupostos culturais, mas a
medida que buscamos o verdadeiro sentido da Palavra, a influência dos
pressupostos vai diminuindo. "Distancing" não traz a solução, mas sim, se
colocar debaixo da autoridade das Escrituras e ter a ajuda do Espírito Santo para entender.
Contextualização Dogmática é profética, sempre reformando, chamando das trevas
para fé e obediência.
Quanto forma e sentido, "Em sua soberania, Deus escolheu uma forma cultural hebraica
e a transformou no passar dos séculos para seus propósitos, com o resultado que há um
caráter supracultural na sua revelação de si mesmo" (em Stott, 1980:53).
(Veja transparência do resumo de Nicholls.)
8.Marvin Mayers - "Bi-culturalismo"
Para Mayers a Bíblia é absoluta, traz princípios permanentes. A cultura é relativa.
Um Cristão se torna bi-cultural.
9.Alan R. Tippitt - "Encontro de Poder"
Missionário em Fiji, professor em Fuller SWM e antropólogo, Tippett foi o primeiro
missiólogo moderno a frisar o fato de que o missionário vai encontrar o poder satânico.
"Não há diálogo aqui. E uma questão de Cristo ou Satanás" (1987:75). Decisão, recusa,
arrependimento, e libertação são necessários. "Os poucos casos de apostasia (em Fiji)
eram lugares onde os lugares ou apetrechos sagrados não foram destruídos quando os
velhos deuses foram rejeitados" (1987:260). O capítulo sobre "Evangelização dos Animistas"
(1987) é excelente.
Como um dos fundadores do movimento "Crescimento da Igreja", ele enfatiza a
necessidade de movimentos de povos, não conversões individuais, e a "Unidade
Homogênea". Ele interpreta o crescimento da igreja nos primeiros séculos tinha que ter
acontecido em grupos sociais. Ele admite —... estou especulando, mas não vejo outra
maneira de explicar os fatos. . .- (1987:226).
Tem que ter equilíbrio entre teologia e antropologia em missões, ou
sincretismo é resultado. A Bíblia (inteira) é o ponto de referência pelo que missões são
julgadas. Temos que "concordar que a Bíblia fornece o critério para missão, a colocando na
categoria de continuidade e não mudança, há pouca esperança que haverá concordância
sobre a natureza da salvação" (1987:148). Mesmo assim a tendência de Tippett é do lado de
antropologia.
O "substituto funcional” é outra idéia originária com Tippett. Há perigo de deixar
espaços vazios na cultura (ritos de iniciação, etc.), por isso o missionário tem que
preencher com outras coisas que são aceitas biblicamente mas que cumprem a função perdida
(1987: cap. 15).
Outra ênfase de Tippett é a "Revitalização" ou "Movimentos Nativistas", a tendência de
um povo esconder crenças sincretistas por anos debaixo do domínio estrangeiro, até um dia
fazer uma revolução, voltando em parte ou totalmente às velhas crenças. Por isso tem que
fazer crescimento qualitativo Junto com o quantitativo.
10.Peter Beyerhaus - "Possessio" (reafirmando o termo de J. Herman Bavinck)
O missionário seleciona traços culturais aceitáveis no Reino de Deus, como
"logos”, os que são inaceitáveis, e reinterpreta conceitos pagãos para ter sentidos
cristãos.
11.Donald McGavran - "Crescimento da Igreja"
Para McGavran 951/,'(, de cultura é inocente (cp. com Ef. 2:1-3). É o centro do
Evangelho que tem que ser levado a outras culturas (Deus, Bíblia, mandamentos). Ele
considera 4 componentes de expressão cristã:
−Crenças sobre Deus, etc. - "Cristianismo Teológico" - imutáveis
−Sistemas de valores - "Cristianismo Ético" - imutáveis mas expressos de maneiras

diferentes.
−Costumes eclesiásticos - "Cristianismo Eclesiástico" - arquitetura, liturgia, etc.
−Usos e costumes - "Cristianismo de uso de costume" - comida, roupa, cabelos

(grandemente adaptáveis).
McGavran promoveu a idéia do Princípio da Unidade Homogênea. Falou “o
aluno de crescimento da igreja não liga se a igreja tem credibilidade, somente importa se tem
crescida" (citado em Bosch, 1988:159). Bosch acusa McGavran de ser superficial e sem
conteúdo ético. Condena a aprovação de Peter Wagner em concordar que "Domingo é o dia
mais segregado da semana".
12.Luiz Luzbetak - "Contextualização não significa romantizar maneiras locais.
Compromisso do Evangelho é impossível onde há um conflito verdadeiro entre estrutura
cultural e o anti-estrutura do Evangelho" (1988:281). Usa a palavra "Enculturação",
ligado com "Encarnação". (Notas mais completas estão no esboço da matéria

—

Contextualização e Missões
12. Sherwood Lingenfelter - "Encarnação"
Missionário para os Yap e professor de Missões

em

Biola, Lingenfelter descreve

"Encarnação" na experiência missionária como se tomar um bebê e aprendiz, como
Jesus.
Lingenfelter rejeita as idéias de Kraft e Mayers sobre a neutralidade de cultura e o
controle da cosmovisão no comportamento humano.
The issues that so often divide Christian workers are not major theological conflicts
or questions of spiritual commitment, but rather the daily routiries of life. Disputes
about the use of , mission vehicles, access to mission property, and the use of mission
funds seem to be a universal problem. In many places missionaries and nationals have
disagreed about how work should be organized, who should be in charge, and whether
their partners were doing their fair share. Missionary families are often mystified by
the expectations of nationals, and many find themselves feeling either stingy or
abused in their exchange relationships with national Christians. In situations where
national churches have come of age and missionaries have becorne partners or
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14086541 contextualizacao-e-missoes

  • 1. Cont ext ualização e Missões Profª. Bárbara Helen Burns 1` Semestre de 1996/Faculdade Teológica Batista de São Paulo Objetivos- Que os alunos: 1.Saibam descobrir e distinguir princípios Bíblicos em relação à contextualização do Evangelho e avaliar conceitos e costumes de sua e outras culturas na luz da Palavra de Deus. 2.Obtenham uma estrutura em que possam começar os processos de contextualização, com entendimento da mesma, apreciando que missões está ligada à teologia, e que a Bíblia é a base da direção e ação missionária. 3.Respeitem outras culturas e saibam utilizá-las na comunicação do Evangelho e na expansão da Igreja. 4.Evitem o sincretismo, discernindo os fatores negativos nas culturas (inclusive na sua própria) e levando as pessoas a uma expressão de Cristianismo fiel aos princípios bíblicos, e significantes às pessoas daquela cultura. 5.Conheçam a história e as várias escolas de pensamento sobre contextualização para que possam identificá-las e avaliá-las. Métodos de Estudo 1.Palestras, discussões, dinâmica de grupo, estudos de casos 2.Pesquisas e leituras semanais 3.Provas Avaliação 1.Três provas (30%) 2.Preparo semanal e participação nas aulas (40%) 3.Leitura do semestre: Ler O Segredo Espiritual de Hudson Taylor ou Corrida Contra o Tempo e fazer uma avaliação da maneira de fazer missões. O missionário fez contextualização? Como'? Avaliar tudo à luz da Bíblia. O livro foi significante para você? (Entregar 4-5 páginas datilografadas até dia 13/05/96. (10%) 4.O projeto do semestre: Ler Tochas de Júbilo e fazer uma avaliação baseado nas seguintes perguntas (5-10 páginas datilografadas): a. Quais as mudanças e não mudanças na cultura'? Avaliá-las à luz da Bíblia. b. Avaliar a estratégia de contextualização de John Dekker. O que podemos aprender dele? Deu resultados? Quais'? Entregar até 03/06/96 impreterivelmente (20 %) . Observação: Tarefas atrasadas não serão aceitas, porém o aluno terá o abono das 2 notas mais baixas. Bibliografia Green, Michael. "Estratégia e Métodos Evangelísticos na igreja Primitiva", In: A Missão da Igreja no Mundo de Hoje (ABU, 1982);56-73. O Evangelho e a Cultura (Série Lausanne, 11'3). 2'ed. (ABU Editora e Visão Mundial, 1985). Bailey, Kennedi. As Parábolas de Lucas (Ed. Vida Nova). Beekman e Callow. A Arte de Interpretar e Comunicar a Palavra Escrita (Ed. Vida Nova). Carriker, C. Timothy, ed. Missões e a Igreja Brasileira, 5 volumes (Ed. Mundo Cristão). Dekker, Jolui.Tochas de.Itibilo (Vida). Ekstrõm, Bertil. "Contextualização", Capacitando para Missões Transculturais, v.1, n° 1 (APMB). Fite, Eric S. Corrida Contra o Tênipo: A História de Rav Bilker. (Ed. Vida Nova, 1994). Hesselgrave, David. A Comunicação Transcultural do Evangelho v. 1 (Ed. Vida Nova). Meer. Tonica vau der. "Missões Brasileiras em Angola". In: Missões e a Igreja Brasileira, v. 5 (Ed. Mundo Cristão):39-58. Nicholls, Bruce. Contextualização: Uma Teologia do Evangelho e Cultura (Ed. Vida Nova). Winter e Hawthorne, eds. Missões Transculturais: A perspectiva Cultural (Ed. Mundo Cristão). Taylor. O Segredo Espiritual de Hudson Taylor- (Ed. Mundo Cristão).
  • 2. Introdução a Contextualização A.Devocional: Atos 14:8-18 (Eles interpretaram o que ouviram e viam conforme sua cultura o suas crenças. A resposta de Paulo também foi segundo suas crenças; ele começou onde eles estavam. Não entrou com uma polêmica sobre os Patriarcas ou a lei, mas sim, sobre a natureza. Explicou Deus em termos que eles podiam entender. Saltou "no meio do povo." Também os confrontou ["crenças vãs"]. Antropologia nos ajuda entender as crenças, os valores, as estruturas sociais, os significados das coisas de um povo.). B.Bibliografia (levar os livros e explicá-los) C.Definições (copiar e entregar para cada um) 1. Cultura: O sistema dinâmico integrado de padrões adquiridos de comportamento, idéias, e produtos que caracterizam uma sociedade e que a ajuda adaptar-se ao ambiente física, social e ideacional. Cultura consiste em formas, significados, e psicologia, ou pressuposições, cosmovisão, lógica e valores (Luzbetak, p. 74). 2. Antropologia: O estudo dos seres humanos na tentativa de entender como pensam e vivem. Responde perguntas como: Por que constroem casas, usam roupas, falam línguas, e organizam famílias? Como criam sociedades e culturas'? Como estas, por sua vez, os moldam? Como e por que as pessoas e as culturas mudam? 3. Contextualização: é indefinida até agora. Há várias definições, dependendo de pressuposições e pano de fundo. Talvez a definição mais simples e abrangente seja a "integração do Evangelho na cultura". Luzbetak disse que é semear, fazer discípulos que podem baseado na interpretação correta da Palavra de Deus, construir a sua própria expressão de obediência e louvor a Deus. É integração do Texto com o contexto. Tim Carriker define como “... a expressão e realização vital do Evangelho dentro de contextos (sociais, pessoais, eclesiásticos, políticos, econômicos, evangelísticos, etc.) específicos resultando em transformações cognitivas (entendimento), volitivas (prática) e afetivas (motivação).” E a expressão do verdadeiro Evangelho em termos relevantes à cultura receptora. É um processo dinâmico de duas forças: uma cultura em mudança, e uma mensagem ou programa de fora da cultura (Martin, p. 9). “... Não é tornar o evangelho mais agradável, mas sim, mais compreensível" (Francisco Leonardo). Nesta matéria queremos que cada
  • 3. um trace uma definição bíblica, "contextualizada" e útil para ação missionária no mundo que nos cerca. Portanto o estudo da Contextualização não é como fazer - não é pragmático. É profundamente teórico e teológico. E o por quê. É a justificação (ou não) teológica de estratégias missionárias; envolve toda a ação e os resultados do trabalho missionário - a expressão do verdadeiro Evangelho em termos relevantes à cultura receptora. 4. Visão do Mundo (Cosmovisão): As proposições básicas sobre a natureza da realidade. A explicação do mundo e seus fenômenos. Envolve áreas cognitivas, emotivas, e motivacionais (porque fazemos alguma coisa). 5. Etnocentrismo: É a tendência (que todas as pessoas têm de uma forma ou do outra) de julgar os costumes e valores da própria sociedade como o mais corretos (comida, dormida, roupa, casamento, enterro, falar com Deus, etc.) o como inferior o comportamento e valores de outros grupos étnicos. 6. Sincretismo: A mistura de significados antigos e novos, de modo que a natureza essencial de cada um se perde. 6. Aculturação: O aprendizado parcial, ou completo, de uma segunda cultura (aprendizado ético). 7. Enculturação: O processo de aprendizado da própria cultura, seja por ensino, seja por observação (aprendizado émico). 7. Igreja Autóctone: aquelas cujos membros praticam as verdades espirituais, sociais e morais do Cristianismo Bíblico de uma forma relevante às regras culturais de sua própria sociedade, sendo transformados conforme o poder do Evangelho. D. O Problemático: as tensões de contextualização e prática missionária: 1. Identificação vs Confronto (ser amigo e ser profeta) 2. Irrelevância vs sincretismo (passar por cima, ou deturpar o verdadeiro Evangelho?). 3. Supracultural vs cultural (quais alguns exemplos ligados com costumes como vestimenta, culto, comida, divertimento, família?). 1. Forma vs significado (Hiebert explica que na era colonial e científica, forma e significado eram iguais imposição de formas e da cultura ocidental). Na era positivista e modernista, os dois foram totalmente separados relativismo e situacionalismo. Ele indica a necessidade para "Contextualização Crítica", que sabe distinguir quando são iguais e quando não são. Para fazer isto tem que conhecer profundamente o texto e contexto original, e a cultural receptora.
  • 4. [Paul Hiebert, The Word Aniong Use. (P. 39 de Insights também) 4. O Evangelho e cultura: (a) O Evangelho vs cultura (h) O Evangelho em cultura, (c) O Evangelho para cultura (Insights, pp.52f). 5. João 17: estamos no mundo, mas não somos do mundo. Ef. 4:17: 1 João 2:1517, etc. vs 1 Cor. 9! Qual o critério para decidir? (A Bíblia interpretada baseada numa boa exegese usando princípios hermenêuticas coerentes com as intenções originais dos autores.). E. Os Modelos Missionários na História (Luzbetak, cap. 3) 1. O Modelo Etnocêntrico a. A intensidade de etnocentrismo – de um patriotismo perdoável até a xenofobia de Hitler. b. Os níveis de etnocentrismo – cultural, subcultural, ou familiar (às vezes o subcultural é mais forte do que cultural). c. As formas de etnocentrismo 1) Paternalismo – compaixão mal direcionada que tende a humilhar os "beneficiados.”. 2) Triunfalismo – levar a "civilização" do missionário junto com o Evangelho (i.e., "Manifest Destiny"). 3) Racismo e divisão de classes – a cor ou o tamanho da casa que inferioriza a pessoa. 2. O Modelo Acomodacional ou "indigenizado" – um passo a mais de etnocentrismo, mas ainda sem respeito para a cultura e povo receptor. É impor, em vez de semear. a. Respeita e utiliza os pontos bons da cultura. b. Tem a tendência de tratar os níveis superficiais da cultura. c. Os agentes principais de mudança eram os missionários, pessoas de fora da cultura que não tinham condições de entender profundamente as ansiedades, os valores, a cosmovisão da cultura. d. Implantava estruturas do missionário e esperava que os nacionais as levassem para frente. 3. O Modelo Contextualizado – É semear, fazer discípulos que podem baseado na interpretação correta da Palavra de Deus, construir a sua própria expressão de obediência e louvor a Deus. É integração do Texto com o contexto. A. Características principais que diferencia Contextualização dos outros: 1) Os discípulos e as igrejas locais são os agentes principais da encarnação do Evangelho na cultura (não os missionários ou a igreja enviadora, apesar da
  • 5. necessidade de sempre manter o elo forte com a igreja universal). 2) O resultado é enriquecimento mútuo (não o missionário enriquecendo os receptores). 3) A profundidade da penetração do Evangelho é bem maior do que os outros dois modelos. B. Tipos de modelos contextualizados (Luzbetak, p. 79f). 1) O tipo "traducional" – Kraft (geralmente tem uma idéia "romântica" da cultura) 2) O tipo liberacional – TL 3) O tipo "dialético" (entre o Evangelho, a Igreja universal, histórica e a cultura) – Luzbetak (RC). 4) O tipo "crítico" (criterioso, usando critérios bíblicos na definição de ação missionária), limitando a contextualização aos parâmetros bíblicos – Hiebort, Conn e a maioria dos outros missiólogos evangélicos (Beyerhaus, Mayers, etc.). F. Pré-requisitos para a Contextualização Bíblica do Evangelho: 1. Conhecer a Bíblia no seu contexto Deus criou uma cultura pela qual comunicou à humanidade. A Bíblia descreve esta cultura; é também vista hoje. AT – -NT. (i.e. Ex. 23:19, Bailey, Luzbetak, p. 241) exemplo: Na tribo Tzeltal, não existe palavra para rei. Os missionários perceberam que o problema era fundamental. The problem was “something much deeper than” dynamic equivalence' communication. Paul's question was a fundamental one of epistemology, that is, about knowing God in context. But Paul and I realized that the problem was ours as well. How could Westerners whose mathematics teaches that one does not equal three conceive of a trinitarian God? How could North Americans steeped in materilaism think about God as a 'spirit' How could two very individualistic missionaries comprehend the 'body' image of Pauls' ecclesiology? [This was] the bedrock of the problem of contextualizaion – a problem much deeper than the communication of the gospel by Christians to non-Christians. Contextualization is most fundamentally a problem of knowing God within the limitations of culturally specific human contexts. God's selfdisclosure in the midst of human cultures is like a square peg in a round hole, the dialectical mystery, at once revelatory and hidden, whereby we come to know God and to understand that we do not fully know God. The first question, then in contextualization is not the communication of the gospel so much as the understanding of the gospel, the
  • 6. knowledge of God in context (Charles Van Engen "The New Covenant: Knowing God in Context", in What in the World is God Doing, Dean S. Gilliland, ed., pp. 7475). Paulo Hiebert (Anthropological Insights for Missionaries) diz: "Since we are all given the right to real and interpret the Scriptures, our first task is to remain faithful to biblical truth. This begins with careful exegesis, in which the message of the Bible is understood within a specific cultural and historical context. Our second tyask is to discover what the meaning of the biblical message is for us in our particular cultural and historical setting and then determine what our response should be. This is hermeneutics. Although the message of the bible is supracultural – above all cultures – it must be understood by people living within their own heritage and time frame" (p. 19). 2.Conhecer você e o seu contexto Quais os pontos que nos ajudarão ou impedirão no campo missionário'? Quais aspectos culturais são tomados como bíblicos e infalíveis? i.e. casar de vestido branco é cultura? Bíblica? De onde veio? Pregar num púlpito? Por que fazemos? Resultados de fatalismo? (Cita livros que podem ajudar) 3.Conhecer a cultura receptora Quais os significados ligados com as formas? Como comunicar em termos inteligíveis? Como contextualizar a igreja no novo contexto'? i.e. culto estilo do Oeste'? horários de culto? usar cruz no pescoço é anti-cristão? Espírita? As danças são demoníacas? folclore? sensual? (Antropologia é necessária.).
  • 7. C on t e xt u al i zaç ão e a B íb li a 2ª Aula Devocional: João 7:14-24 I. Objetivos A.Que o aluno possa discernir entre princípios bíblicos e cultura B.Que o aluno tenha oportunidade de praticar a separação entre os dois. II. Introdução Timothy Warner de Trinity Evangelical Divinity School diz, Teologia é o fundamento da própria vida e certamente de todos os tipos de ministério cristão... Missiologia especialmente precisa de uma base teológica. As ciências sociais são valorosas nas suas contribuições à tarefa missionária, mas não podemos permitir que dominem. Teologia é ainda o fundamento para nossa disciplina. No entanto temos que entender que o fundamento teológico histórico bom não providenciou uma superestrutura completa; está sempre sendo construída. O estudo da revelação de Deus na Bíblia sempre acontece dentro da cultura; e, desde que culturas são dinâmicas e em constante mudança, a aplicação de verdade bíblica sempre precisa ser responsiva ao processo de mudança. (Trinity World Forum, Fali 1988). III. Discussão da leitura (O Evangelho e a Cultura) A.Toda cultura é manchada/reflete a imagem de Deus (p. 8) B.Definições: Cultura (p. 10), cosmovisão (p. 9, 10-11), identificação (eu), C.Lugar do Espírito Santo? (P. 11, 14) D.Entendimento da Palavra importante (p. 13) −na sua cultura original -Reconhecendo nossas pressuposições (, "óculos culturais", tradição, medo da Bíblia contradiz o que cremos). −Em obediência (Mt. 18-20). −Em comunidade: histórica e presente, exortando uns aos outros. E.A cultura é julgada pela Bíblia, não vice versa (p. 19). F.Forma e Significado (p. 12) (desenhar vela na lousa e pedir os alunos descrever os significados) Forma e significado são separados (geralmente nós confundimos os dois, pensando que forma é significado). Uma forma em uma cultura não significa a mesma coisa numa outra cultura (i.e. danças [religião, social, folclore, sensual], cabelo cumprido [espiritual, vaidade, louco, sem higiene, hippie], músicas [drogas, religiosa, sexo, ritos
  • 8. satânicos, folclore, comunidade, romance, amor, etc.]). Para ajudar distinguir a Eugene Nida usou dois termos: "Correspondência Formal"--tradução literal da forma (sem significado) "Equivalência Dinâmica" --a forma muda, conservando o significado. Exemplos: 1. Paulo Hiebert, (Missiological Insights for Missionaries) diz: "A associação de um significado, emoção, ou valor específico com certo comportamento ou produto é chamado 'símbolo"' (p. 37). Alguns exemplos:  Linguagem  Dinheiro  Cheiros (ex. perfume)  Vestimenta (uniformes, mulheres, homens de negócio, etc.). O missionário deve discernir quando a forma e o significado são inseparáveis (como Meca para os Muçulmanos ou a cruz para Cristãos, ídolos) o quando não são (linguagem, simples estátuas, fotos, ritos religiosos [cp. Ceia batista e católica, indo a igreja para louvar ou indo a igreja é louvar].) Pessoas de culturas industrializadas tendem separar forma e significado, quanto pessoas de culturas em outras culturas tendem a não separá-los. 2. Minha mãe e minha cunhada: G. Solução (p. 21) IV. Exercício prático: Ler Ex. 23:19 e explicar o sentido do mandamento que Deus deu sobre leite de cabrito. A. O versículo e o mandamento não têm qualquer sentido para nós. (Inclusive por muitos anos ninguém sabia de nada do seu significado.). A.Mas quando estudamos a cultura bíblica podemos entender e discernir que há um princípio por trás da forma exterior. (Descobriu nos anos de 1930 o pano de fundo desta ordem). Na época havia um rito de fertilidade entre as tribos canaanitas. Levavam uma sopa feita com o leite da cabra e o cabrito e aspergiam nos campos de plantação para
  • 9. que produzissem mais. B. Qual o princípio? (Idolatria, ritos pagãos, imitação do mundo ao redor). C. Aplicação: Preencher o quadro Ex. 23:19 Brasil Outras Culturas A Forma: Cabrito cozido no leite da sua mãe A figa Centro Espírita Horóscopo Guardar a Bíblia ao lado da cama, etc. Cruz embaixo da cama Danças de chuva Pular na roça para fazer crescer o trigo Navajo--ir aos "ways" etc. O Princípio: Não misturar os ritos pagãos com a vida cristã. Não confiar em outros poderes. Idem Idem O cabrito cozido no leite da sua mãe tinha sentido para os judeus porque entendiam o princípio. Mas não tem sentido para nós porque nossa cultura é diferente. Temos que descobrir o princípio fundamental para poder fazer a aplicação em nossa cultura sem ser uma forma vazia de sentido. Nossa tendência é levar formas reconhecidas por nós alem da nossa cultura. O que podemos fazer para evitar isto? G. Avaliação (Discussão em conjunto) Como podemos avaliar uma cultura na luz de princípios bíblicos? Que é pecado e que não é? De acordo com a Bíblia: 1. Quais são pecados declarados? (adultério, mentira, roubo, idolatria, acepção de pessoas, ira, inveja, maledicência, doutrinas falsas, orgulho, bebedice, glutonaria, etc.). 2. Quais os prováveis pecados, mas que não estão claramente decifrados? Por que você acha que é pecado? (Poligamia, fumar, cabelo, véu, café, açúcar em excesso, coca-cola, etc.). 3. Quais os pontos neutros? (Roupas, comida, casas, as cerimônias de casamento, etc.). 4. Quais os mandamentos? (Unidade de família, justiça, paz, amor, ordem social, humildade, longanimidade, idade, etc.).
  • 10. Cultura (muda de lugar para lugar) Roupa (Luzbetak p. 76) Brasil agora Brasil em 1950 A praia Os índios A Turquia China Escócia 15 Séculos atrás Comida: Brasil USA Inglaterra México África França Bangladesh (nada) Trabalho: Profissões Pedreiros Médico Homem de negócios Pode julgar o status pelo salário Motivos--dinheiro, status, forma, satisfação Família: Extensa Nuclear Clãs Tribos Princípios Bíblicos (não mudam) Vaidade Sensualidade Orgulho Gasto demais de $ Não usar a roupa do sexo oposto Gluteria Vício Prejudicial ao corpo Orgulho Alguém quer subir, abaixar o outro. Desonestidade Desunião Desobediência Falta de oportunidade Desamor Deslealdade Envolvimento de outros Poligamia Ritos Religiosos: Culto sério-quieto Culto pentecostal Culto comprido Outras religiões Governos: Parlamentar Democracia Ditadura Socialismo Comunismo Orgulho Formas Vazias Insinceridade Idolatria Injustiça Opressão Falta de liberdade religiosa
  • 11. Presbiterianismo Congregacionalismo Conclusão: Analisar não é fácil. Os símbolos culturais variam de cultura para cultura, de lugar para lugar, e de época para época. Aqui estamos na mesma cultura mas mesmo assim não concordamos em muitos pontos. Temos reações emocionais que foram programadas pela nossa cultura e ambiente. Muitas vezes cremos que este condicionamento cultural é bíblico quando de fato não é. Se nós temos tanto problema no próprio Brasil, o que acontecerá em uma outra cultura, com condicionamento, filosofia básica, e experiências totalmente diferentes? Vamos impor o que nossa cultura dita às nossas emoções? Ou vamos avaliar e agir baseados nos princípios bíblicos fundamentais. Mais uma vez, temos que evitar isto: 3.Conhecendo a Bíblia 3.Conhecendo a nossa cultura 3.Conhecendo a outra cultura receptora -Não falando logo -Analisando, olhando, perguntando, ouvindo.
  • 12. Contextualização no Antigo Testamento A. Objetivos: Que os alunos: 1.Possam perceber que contextualização é um conceito bíblico e histórico; 2.Comecem a fazer perguntas sobre o modo de viver e comunicar em outras culturas bíblicas; 3.Comecem a avaliar métodos específicos de contextualização com seus respectivos resultados positivos e negativos-, 4.Comecem a valorizar as Escrituras como o meio principal de resolver problemas da vida cotidiana, especialmente os que são relacionados às situações transculturais. B. Devocional: João 12:42-43. Perseguição é razão para não pregar o verdadeiro Evangelho'? (ie., batismo entre os muçulmanos?) Quem cria ia mudar de vida, de prática, por isso seriam expulsos. C. Plano de Aula: 1. Introdução: Profetas e contextualização. Ez 3:15-27 2. Em grupos pequenos os alunos responderão as seguintes perguntas em relação a José ou Daniel: a. Quais foram os princípios bíblicos (ou que Deus deu a eles, mesmo antes da lei) que seguiram, apesar de diferenças culturais? b. Quais foram os traços culturais que adotaram? c. Como eles manifestaram a presença e o poder de Deus'? d. Quais foram os resultados'? 3.Depois de terminar, todos juntos preenchem as seguintes categorias:
  • 13. Categorias José Princípios bíblicos que não Moralidade – não adulterou, modificaram (ou que Não soube que queria pecar Contra Transgrediram) Deus (39.9-10). (Nem permitiu flirtações) Temor a Deus (39.9; 42.18) Compaixão (39.31) Confiança no Senhor (soberania de Deus) Perdão – irmãos, a mulher, o copeiro; não uma pessoa amargurada Perseverança Sempre deu crédito a Deus (40.8; 41.6,25) Traços culturais que Roupa - os irmãos não o aprenderam e adotaram: conheceram Identificação com a cultura Tirou a barba (Egito) Língua (42:23) (Era fluente para presos e reis. Inspirava confiança) A explicação do gado (46:3134) Separou na refeição (45:22, 42:23) “Esqueceu da família (41:51)”. Participava da vida ali (39:22) Usou roupa de linho (Egito) (não lã Israel) Notou quando eram tristes (40.6-7) Maneiras que manifestavam o Interpretação de sonhos poder de Deus (como a Sabedoria realidade do seu Deus se tornava relevante aos egípcios ou babilônicos?) O ministério deles no meio do povo Os resultados naquelas culturas Daniel e seus amigos Obedeceram regulamentos de comida (1.8-14) Não louvaram as imagens (3.12-18) (Pergunta: Por que não podiam louvá-los? Quais as implicações para umas alas de contextualização hoje?) Continuaram orando (6.10) Foram humildes Dependiam de Deus (2.27-28) Jejuavam (10.12) Confrontou o erro (4.25,27;5.22-25) Aproveitaram oportunidades de explicar o Deus verdadeiro (2.27-30) Não aceitou crédito (2.37) Língua e cultura (1.4,17) Ética do corte real Nome (não usado constantemente, talvez porque eram nomes em honra de deuses [Life Application Bible, p 1475]) Deus deu profundo conhecimento dos escritos e ciência dos Babilônicos. Gostou dos outros, protegeu os sábios, etc. Saúde (1.15) Sabedoria (1.20) Inteligência e o poder de interpretar visões e sonhos (2.28-30, 37,45;3.12,18) O 4º homem – salvos do forno A loucura de Nabucodonossor Interpretação do escrito Vs. 1.17 mostra que Deus deu tanto habilidade cultural como poder espiritual. Prisão A cova dos leões Liberdade e elevação para ser O Rei Nabucodossor “pai de Faraó” – e chefe de toda reconheceu o poder de Deus a terra (45.8-9) (2.47-49), honrou Daniel e seus Deus o usou para conservar a amigos, glorificou a Deus (3.28família durante a fome – e a 30), e fez a declaração (4.1-34,
  • 14. nação (45.5,7) 37). Eram uma benção para o rei (1.20) Dário fez seu decreto (6.25-28) Conclusões: 1.José e Daniel mantinham suas próprias convicções baseadas no conhecimento de Deus. 2.Eles se identificavam com muitos costumes do povo. Entravam na vida do povo em tudo o que seria permitido por Deus. 3.Faziam uma grande contribuição para o bem das culturas onde se achavam _________________________________________________________________serviam as nações como homens de Deus, com amor e discernimento. 4.Manifestavam o poder de Deus em milagres, interpretações de sonhos e escritos, e tinham sabedoria e poder. Eles escapavam aos perigos milagrosamente; eram sinais que o povo podia ver e entender. 5.Eram autênticos servos de Deus, se firmando nesta posição e vocação mesmo com conseqüências de sofrimento. Viviam com amor no meio das tribulações para serem úteis a Deus e ao povo. 6.Conclusão: Contextualização tem que ter a sua base em princípios bíblicos! Agora fazer uma comparação com Abrão. Como foi que ele agiu numa cultura estranha'? (Gen. 12:10-20) Princípios divinos que não guardou Traço cultural que aceitou Poder de Deus manifesto Resultados Conclusão e Comparação com José e Daniel Não adulterar Não mentir Deixou sua esposa ser parte das mulheres do Faraó Pragas na casa de Faraó Faraó devolveu Sara Abraão tinha medo e fez compromissos, com Deus e com Sara. Os resultados foram maus. Abraão foi bem tratado naquele momento (o oposto dos outros dois), mas Faraó foi prejudicado e a nação toda! Aplicação: 1.Contextualização tem que ter sua base em princípios bíblicos e divinos. 2.Quando Contextualização excede os limites bíblicos, os resultados são negativos, mesmo sem efeitos que parecem ser negativos no início. (Pode ser mais fácil no início não obedecer a Bíblia.) 3.Contextualização é de valor em todos os níveis da vida se é feito conforme princípios bíblicos. Nós, como missionários transculturais, somos os servos de Deus neste mundo, enviados
  • 15. para viver e comunicar duma maneira significante e poderosa aos que são necessitados. C o n t e xt u a l i za ç ã o n a Vi d a e n o En s i n o d e J e s u s Filipenses 2:1-11 A. Objetivos: Que o aluno: Aprenda que Jesus foi o exemplo principal de contextualização em missões: Possa relacionar os acontecimentos específicos de contextualização na vida de Jesus ao texto de Fp 2:1-11; Possa definir especificamente como Jesus foi o modelo de contextualização; Possa aplicar estes princípios à sua vida agora de maneiras específicas: Possa ver o equilíbrio entre ação social e o Evangelho nestes versículos. B. Aula: 1. Em discussão geral, ou em grupos pequenos responder as seguintes perguntas: a. Qual o objetivo principal de Fp 2:1-11 ? (Amor/humildade/serviço aos outros, unidade do corpo [cp com Rm 15]) b. Como Jesus exemplificou isto na sua vida? O que Ele fez de concreto (Encarnação/Servo/Obediência a/Identificação/sofrimento até a morte) 1. Abriu mão dos seus direitos 2. Limitou-se voluntariamente 3. Identificou com o homem 4. Participava de tudo na vida humana. 5. Vivia com seus discípulos, e com os pecadores. 6. Falou, usando termos e analogias entendidas sobre a terra, pesca, templo, 7. Tornou água em vinho--uma necessidade específica. 8. Cumpriu a vontade de Deus; glorificou a Deus Pai. C. Qual a aplicação missionária? (Identificação/serviço/encontro com os outros/contextualização com os limites do pecado/confronto) Ler Willowbank, pp. 26-27. 1)Renúncia de status, independência, imunidade, invulnerabilidade. 2)Identificação com as pessoas nos seus contextos 2. Em discussão compartilha as respostas. Perguntar para o grupo "Podemos mandar missionários arrogantes? Auto-suficientes"? 3. Em discussão ainda, relacionar Mt 20:20-28 e 23:1-12 com o assunto. Perguntar: a. Como Jesus Contextualizou no seu ensinamento nestes textos? (Identificação com a cultura [contexto religioso, político], confronto, descontextualização, transformação! [cp com 2 Cor 3:l ss])
  • 16. b. Qual a ligação com Fp 2? c. Como aplicá-los no Brasil? (Não seguir hierarquias culturais que contrapõe princípios bíblicos. Humildade dos líderes e todos. Investimento no desenvolvimento dos outros.) 4. Palestra relacionando tudo no ministério de Jesus. a. João 4:5-26: Atingiu uma necessidade, começando com a realidade da mulher. Quebrou sérios costumes (falou com uma mulher no poço era pedir relações sexuais), confronto, aplicação da verdade, transformação de vida. Outro exemplo é Lucas 9. b. Lucas 14:15-24: 1)1-6: chocou com sua ação, explicou com lógica--confrontou a religião 2)7-14: chocou com seu ensinamento direto--confronto de egocentrismo 3)15-24: chocou com as suas parábolas--confronto do etnocentrismo judaico (13:29-30) c. Resumindo: Jesus curava, libertava, falava através de pregação, diálogo, perguntas, fazia discípulos com ensinamento profundo e contínuo, baseava os ensinamentos no AT, servia--lavando os pés, dando comida, compartilhando, enviando para que eles pudessem adquirir experiência, dando sua vida! 5. Conclusão a. Jesus investia sua vida em outros. b. Não havia algo humilde demais para ele fazer. c. Dois fatores na vida e ministério de Jesus são importantes: o processo e o conteúdo. O processo inclui a maneira de atingir necessidades, começando onde a pessoa esta, identificando com, e muitas vezes, quebrando costumes, confrontando, explicando, transformando. O conteúdo é o mesmo--toda a Palavra de Deus. d. Jesus vivia, ensinava, e ministrava dentro de parâmetros claros. Ele atingia profundamente os homens na sua cultura, fazendo que fatores supraculturais os transformasse. Supracultural Teologia Revelado Cultural Interpretação cultural Teologias não são assim: Mas é assim:
  • 17. O Centro é o mesmo. Devemos estar indo na direção do centro. c. Como podíamos aplicar tudo isto? 1) Trabalhando numa favela (vamos morar lá? Adotar o que? Como comunicar?) 2) Guetos minoritários 3) Vizinhos Lucas 14:15-24 Isaías 44:12-20--o que tem haver com contextualização? Etnoteologia? Perguntas para grupos/grupo 1. Qual o contexto da história que Jesus conta? (Acontecimentos anteriores, cosmovisão, pessoas, ações, conversas, reações, banquete numa casa de ricos [reclinando]. Is 25:6-9 fala de todos os povos num banquete!) 2. Dentro do contexto, como você encara o jogo/colocação/pergunta de vs. 15? 3. Como você entende o tom da resposta de Jesus? 4. Qual o conteúdo da resposta? 5. Qual a resposta da audiência, em sua opinião? 6. Como o estudo do contexto cultural em Bailey ajudou seu entendimento desta cena? 7. Que tipo de contextualização fez Jesus aqui? (contextualização existencial? Dogmática? Usou etnoteologia?) 8. Como podíamos aplicar tudo isto para nós, na realidade brasileira? (Transportando princípios bíblicos/tem que conhecer as 2 realidades.) −Nas pregações/evangelismo, exortando para não rejeitar Jesus − Em convidar os pobres/outras nações/povos receptores.
  • 18. As Bases Bíblicas de Missões A Vi d a d o A p ó s t o l o P a u l o Atos 13 e 17 A.Oração B.Discussão da leitura (Michael Green em A Missão da Igreja no Mundo de Hoje, capitulo 3 (especialmente pp.63-64.)) Ler p. 68. C.Trabalho em grupos: Preencher o desenho conforme suas descobertas no texto, comentários e dicionários bíblicos: D.As conclusões 1.Quais foram os resultados nos dois lugares? (Alguns creram, zombaria, ciúmes, perseguições). 2.Contextualização bíblica significa que todos vão aceitar a mensagem? Nos seguintes textos temos o conteúdo de duas mensagens, para judeus e para gentios. Temos que lembrar que Lucas tem o objetivo de provar para Teófolis que o Cristianismo é para gentios também, assim ele traz detalhadamente o conteúdo da mensagem em Atenas. Perguntas para os grupos: 1.Quais os pontos de contato? 2.Quais os pontos de confronto? 3.O que é diferente nas duas mensagens? (o pano de fundo e o caminho de chegar) Perguntas depois de preencher o quadro: 1.O que é semelhante? (mensagem, objetivos) 2.Qual o objetivo dos dois grupos?
  • 19. Atos 13.14-52 (17.1-6) O Lugar Atos 17.18-31 Sinagoga em Tessalonia (17.1) Areópagos em Atenas – o lugar dos Atos 13. Antioquia da Psidia: na intelectuais se reunirem para discutir sinagoga suas filosofias, religião e política. No pé do Paterno e com visão ampla da cidade cheia de templos e ídolos. Os pontos de identificação As Escrituras (17.2) Estava junto; observava; falava; A (pontos de contato) Exegese do A.T. (13) juntos; religião deles/templos/arte. Um altar “Deus de Israel” país; hx; ao “deus desconhecido” / a cultura vitórias; poder de Deus; Davi; deles: o mundo, a natureza, o homem descendente de Davi – Jesus; – Deus Criador e sustentador. Todos filhos de Abraão; “para ‘nós’ têm os mesmos pais. chegou a mensagem” Citou poeta deles. Os métodos da comunicação Discussão Discussão, diálogo, repostas e (canal) Palestra, explicação, exposição, perguntas, disputa, contenda, usa demonstrando com o A.T. processos de raciocionio. (17.2,3) Conteúdo da mensagem At. 17: A morte e a ressurreição Analise da: de Jesus é o Messias. - Religiosidade do povo At. 13 (refere às outras - A natureza categorias) - A existência de Deus - O amor de Deus - O Representante de Deus na Terra Aplicação: - A identidade do Deus Desconhecido -A fidelidade e grandeza de Deus nas Suas obras; Ele é a fonte da vida e o Dirigente da vida humana (vs 26). A humanidade deve buscar este Deus (274). - A morte e ressurreição de Seu Representante - O juízo A necessidade de arrependimento O confronto At. 17: Jesus = Messias - Não é feito com mãos Ressurreição dos mortos - Não habita em templos At. 13: Arrependimento (vs24); - Não é ouro nem prata ressurreição (30); verdade sobre o Não é servido por mãos povo e lideres judeus (27-8); - Deus não agrada com imagens perdão do pecado (38); não há - A ressurreição (que para os gregos justificação na lei de Moisés (39); não existia) aviso (40-41) - Chamam-os de ignorantes - Questiona a cosmovisão dos estoicos e epicureus; eles também são responsáveis diante de Deus e portanto necessitam de arrependimento. - juízo de Deus - Ressurreição (o que os epicureus não aceitavam) O Objetivo Jesus – Morto, ressureto. Jesus – Morto, ressureto. Resultados Conflito, alguns judeus Conflito, alguns judeus acreditam, acreditam, muitos tementes a uma mulher e vários outros. Deus
  • 20. Notas: Os Epicureus (fundado por Epicurus [342-270 B.C.].) creram que a realidade consiste em átomos de material. Assim os homens não têm alma e não há ressurreição. Não há interação com os deuses. Assim Paulo diz que Deus não está distante. É pecado e rebelião que afasta Deus e corrupta contato com Deus. Os Estoicos, fundado por Zeno (336-263 B.C.) também eram materialistas, mas acreditaram em um "logos" divino, ou Razão, que controla o universo. A tarefa da humanidade é obedecer esta razão dentre de cada um, e assim se demonstra filhos dos deuses (Aratas, o poeta citado acreditava nisso como Estoico; Paulo usa como ponto de contato, refinando a definição). O mundo para eles é cíclico, Periodicamente o universo se queima e depois começa de novo. Não há conceito de ressurreição. Aceitavam idolatria como meio de nutrir a chama divino dentro de cada um. Paulo, consciente disso, manteve a integridade da sua mensagem, separando-a da crença dos ouvintes. Não havia sincretismo, mas era compreensível pelos ouvintes, tanto que reagiram violentamente. Os ouvintes sabiam que estavam ouvindo algo de substância. Paulo pede mudança no centro da religião. Por isso enfatiza a unidade da humanidade que transpõe a relativa diversidade de culturas. Temos uma natureza em comum. A morte e ressurreição de Cristo são relevantes a todos os homens (Larkin, 1988:319-21). (Também, referência a Atos 14: Em Listra houve um mito que Zeus e Hermes chegaram como homens pobres e foram rejeitados pela maioria. Quem os ajudou foi honrado. Por isso o povo não queria errar de novo. Também falavam uma outra língua, por isso Paulo e Barnabé provavelmente não entenderam tudo. Quando entenderam, contextualizaram sua mensagem (HesselGrave o Rommen, 1989:9).) “The apostles didn't understand the local Lycaonian language and ouly belatedly perceived that the mob was about to make animal sacrifice to them as gods. This was the most extremem cross-cultural situation the apostles had faced. But in each of the towns of that area, pagans turned to Christ and churches were founded, even where there were no synagogues. Timothy was a half-Jewish young man won during that tour. So the apostles proved that cross-cultural evanglism among the most extreme idolaters was not only possible but greatly successful. When they reported back to the Antioch church, they all rejoiced how "He had opened a door of faith to the Gentiles" (Gordon Olson, What in the World is God Doing?, p. 68).” Anotações do Bertil: "A Importância e o Perigo de Contextualização na Interpretação das Escrituras" (Trabalho para o Mestrado da FTBSP, 1993). Apesar do tumulto, o resultado foi unia igreja e Timóteo era dessa cidade (vs 21-22
  • 21. e 16.1-2). Zeus (Júpiter) é deus chefe e Hermes (Mercúrio) era o porta-voz dos deuses. “Que Deus permitiu que os povos andassem nos seus próprios caminhos” mostra que é o agente, o que controla. Controla a natureza também. Bertil conclui: 1.A cura do homem paralítico mostra que o evangelho de Deus é integral, alcança as necessidades. 2.O claro rechaço às homenagens previniu um sincretismo mais tarde. 3.A mensagem não ora só milagre, mas confrontou com a situação pecaminosa dos habitantes e chamou de volta da idolatria para o caminho de Deus. 4.Usou natureza e não as Escrituras para sua comunicação, mostrando-se sensível ao conhecimento prévio do povo. A s B a s e s B í b l i c a s d a c o n t e xt u a l i z a ç ã o Os Ensinam entos do Apóstolo Paulo
  • 22. 1 Coríntios 8-10 Profª Bárbara Helen Burns A. Isaías 42:1-12 B. Oração C. Objetivos: Que o aluno 1. Aprenda por limites na contextualização, baseados na Bíblia 2. Tenha oportunidades de praticar o processo de fazer decisões baseadas na Bíblia 3. Chegue ao ponto de poder aplicar estes mesmos princípios bíblicos de contextualização numa cultura diferente. D. Aula 1.Em grupos pequenos preencher o desenho na página seguinte. 2.Numa discussão geral, responder as seguintes perguntas: a. Citar pelo menos cinco razões pelas quais deve identificar-se numa cultura (objetivos/razões para contextualização bíblica). (1)Não causa ao outro tropeço (8:9-13-, 10:32) (2)Ganhá-los (9:19-23; 10:33) (3)Não pecar contra o Senhor (8:12; 10:14-24) (4)Para manifestar a glória de Deus (10:31) (5)Para a edificação de outros (10:23) (6)Permitir que Jesus atue através de nós--humildade (8:1-7) b. O limite de contextualização em 10:14-24 é idolatria. c. Os dois capítulos não se contradizem porque tratam de situações diferentes. (1) Ídolo não é nada (8:4) vs ídolo é demônio (10:20) (2) Pode comer (8:10:23-33) vs não pode participar (10:14-22) (Como encaixa em Atos 15:29'?) E. Palestra Quem pode decidir? −O que é idolatria? −O que pode fazer/não pode fazer? Paulo dava princípios −Não ser escândalo −Não idolatra −Não ter orgulho −Amar −O ídolo não é nada! (mas o demônio é (não pode ter comunhão com ele)).
  • 23. Paulo conhecia bem a cultura - e por isso podia dar diretrizes Mas a pessoa mesmo tinha que escolher em situações específicas -Na casa dos outros −Na compra −No lugar −Tinha que discernir o significado para ele e para os outros ao seu redor! Não era regrinhas; lista de leis Temos liberdade--mas se não edificar ... (Rm. 14-, GI. 5:13,14; 1 Cor. 10:23) Para chegar forma numa igreja, evangelizando e ensinando duma forma contextualizada, Paulo identificava (I Cor. 9:16-27). O missionário que não se identifica: −Não edifica (escândalo, ninguém entende, interpretação errada). −Não é humilde −Não tem direito de confronto ou de levar à transformação Perguntas: Como foi mesmo que Paulo fez em I Cor. 9:16-27? Ele estava preocupado com quê? (sincretismo/obediência) −Obedecia a lei −Não obedecia a lei −Circuncidou Timóteo (At. 16:1-3). −Não circuncidou Tito (Gl. 2:1-5) −Fez voto no Templo (At. 21:23-26) Que significa no Brasil? No exterior? É fácil? ("Esmurrando o corpo") F. Comparação dom a leitura de Nicholls, cap. 4: 1.Há verdades supraculturais, imutáveis (p. 50). 2.A partir da supracultural há diferenças de expressão (51). 3.Se o centro é Deus Criador e Salvador (45), idolatria é excluída (47). 4.Aplicação no Brasil (47): manipulação de palavras sagradas, legalismo, etc. 5.Há necessidade de confronto, desculturação (48). 6.Paulo conhecia o problema em Corinto (48)--a cultura. 7.Sempre há tensão na interpretação do supracultural e cultural (50).
  • 24. I Coríntios 8 O Assunto Tratado Os atos permitidos As proibições Os princípios tirados I Coríntios 10:14-22 I Coríntios 10:23-33 - Se podiam comer carne oferecidas - Se podiam participar das festas - Se podiam comprar ou comer carne aos ídolos (8:1,4) idólatras (10:14-22) oferecida aos ídolos. - Se podiam ir às festas sociais ligadas com o templo (8:10) (Morris, p. 103) - Ao comer – os cristãos tinham - Comprar carne no açougue (10:25) liberdade porque não era nada (8:4-8) - Comer carne servido numa casa particular (10:27) - Comer carne se ninguém importa - Ser escândalo (8:9-13) - Participar de idolatria – associar - Participar daquilo que não edifica - Ser orgulhoso na liberdade e com os demônios (10:14-21) (10:23) conhecimento que tinham (8:1-3, 14- - (Morris, p.119) - Buscar seu próprio interesse (10:24) 21) - Comer carne se alguém disser que é sacrificada aos ídolos (10:28) - Comer carne se vai atingir a consciência do outro (10:29) - Ser tropeço (10:32) - Comida não tem nada. Não existem - Fugir da idolatria e tudo que está - Buscar os interesses dos outros outros “deuses” (8:4-6) ligado com ela - Do Senhor é a terra e sua plenitude - Pecar contra o irmão é pecar contra (10:26) (as coisas que Ele fez são Cristo (8:12) boas. Comparar com Rm 2:14-14) - Deus vive nos fracos também; não - Fazer tudo para a Glória de Deus podemos desprezar ninguém. (10:31) - Todas as coisas são de Deus - Não ser tropeço - Zelo para o irmão em Cristo - Ganhar muitos - Cuidar da aparência - Agradar muitos (10:33) Aplicação no Brasil . . . . .......
  • 25. A História da Contextualização Bárbara Helen Burns I.Devocional: Dt 18:9-13 II.Discussão de Nicholls, pp. 7-20 III.Pergunta: Como ir daqui Como comunicar o Evangelho Para cá? da minha cultura aquela cultura para ? Como comunicar com pessoas onde eles pensam que estão e não onde você pensa que devem estar? Não é uma nova pergunta: os apologistas lutaram com este problema. Como comunicar com os judeus? Romanos? Gregos? Muitos tipos de modelos de Contextualização na história existiam às vezes totalmente contraditórios durante a mesma época. Um exemplo é na época das Reduções de Paraguai quando no norte alguns padres decidiram caminhar junto com tribos nômades, ou morar nas suas vilas (Luzbetak, 1988:96). Por isso não podemos fazer generalizações históricas. "Muito menos podemos culpar o passado, pois não podemos julgar eles na luz do nosso conhecimento e contexto social e cultural, esquecendo que daqui um pouco será nossa vez de receber a condenação" (Luzbetak, 1988:84). IV. Um Pouco da História do Desafio de Contextualização A. Gregório o Grande (590-604) escreveu para Agostinho na Inglaterra no Século VII. (Ler Conn, p. ix-x em Kraft e Wisely, 1979, Luzbetak, p. 89) Mandou conservar os templos, mas destruir os ídolos. (Mais tarde, no entanto, o próprio povo pediu para os templos serem destruídos) Agostinho fez "adaptação" - mudou o sentido das formas. No mesmo tempo Gregório usava "persuasão" através de altos alugueis, tortura, prisão para levar a conversão (em Sardínia, não Inglaterra) (Bosch, 1988:223). Agostinho de Hippo realmente começou esta tendência quando concordou no uso de multas e confisco de propriedade para levar a conversão (Ibid). A.Bonifácio (672-755) - Confronto ("Encontro de Poder"). Cortou a árvore em Geissmar, Alemanha. Quando as pessoas aceitaram o poder de Deus, cada uma tinha que fazer uma renúncia dos seus ídolos, louvor as árvores, prática aminista, etc. Cada um tinha que responder as seguintes perguntas (Tippett, 1987:260-63):
  • 26. "Renuncia o diabo?" "Renuncio" "E todo salário do diabo'?" "E todas as obras do diabo'!" "Acredita em Deus o Pai Todo Poderoso?" "Acredita em Cristo o Filho de Deus'?" "Acredita no Espírito Santo'?" Bonifácio estava pondo em prática Êxodo 34:13. C. Outros exemplos de confronto: Ansgar de Hamburgo foi para Dinamarca e Suécia em 831. O primeiro ato missionário foi declarar que os deuses do povo não tinham poder para livrá-los dos inimigos. Ele disse: Your vows and sacrificas to idols are accursed by God. How long will ye serve devils and injure and impoverish yourselves by your useless vows? You have made many offerings and more vows and have given a hundred pounds of silver. What benefit has it been to you? ... If you desire to make vows, vow and perform your vows to the Lord God omnipontent, who reigns in heaven, and whom I serve... If ye seek His help with your whole heart, ye shall perceive that His omnipotent power will not fail you (Charles Robinson, Anskar; Apostle of lhe North, trans. from Rimbert's Vita Anskarii [London SPG, 19211, 39, cited in Rommen and Hesselgrave, 1989:22). O que aconteceu? O povo aceitou e foram libertos de um ataque iminente. Depois os missionários continuaram: Alas, wretched people,... ye now understand that it is useless to seek for help from demons who cannot succor those who are in trouble. Accept the faith of my Lord Jesus Christ, whom ye have proved to be the true God and who in His compassion has brought solace to you who have no refuge from sorrow... Worship the true God who rides all things in heaven and carth, submit yourselves to Him, adore His almighty power (ibid.). Constantino de Tessalônica também demonstra sabedoria no confronto com Islamismo em 870 a.C. Foi enviado para os muçulmanos para defender a fé. Uma das conversas foi assim: Speak no such despicable blasphemy. How well have we learned from the prophets, fathers and teachers to glorify the Trinity, the Father, the Word and the Spirit, three hypostases in one being. And the Word became flesh in the Virgin and was born for the sake of our salvation, as your prophet Mohammed bore witness when he wrote the following: 'We sent our spirit to lhe Virgin, having consented the She give birth.' For this reason I make the Trinity known to you (Ibid., 24). Confronto e utilização do conhecimento profundo das escrituras e pensamento do outro foram importantes métodos missionários.
  • 27. C. Cirílio (827-869) e Metódicas (815-885) - dois irmãos da Igreja Ortodoxa que foram para Morávia em 862 ao convite do rei (já existia Cristianismo lá, mas sem instrução [Luzbetak, p. 90]). Eles traduziram a Bíblia, tinham cultos na língua comum (contra os princípios de Roma), estabeleceram escolas e ordenaram um clero nacional. (Metódicas foi preso por vários anos pelos bispos de Alemanha por causa disto [Cirílio já tinha morrido].) C.Islândia - no Século XI os islandeses fizeram sacrifícios humanos para se livrarem dos missionários que tinham chegados à ilha. Os missionários decidiram mostrar que também eram dedicados ao seu Deus, e os dois líderes se jogaram no mar (e a morte) dizendo que era como "uma dádiva de vitória ao Senhor Jesus Cristo"! (Conn em Kraft e Wisley, 1979:xi).) D.As Cruzadas - no meio do desastre das cruzadas, Raimundo Lull (1232-1316), no espírito de Francisco de Assis, iniciou escolas para treinar missionários para os muçulmanos. Tinham que aprender a língua e os pensamentos/doutrina. Os missionários celtas, Las Casas e outros são exemplos contra o uso da força. (Destruição [que incluiu St Bernardo de Clairvaux que considerou matar um muçulmano a morte de um "mal", não de uma pessoa] vs comunicação. Usava o paradigma de Lc 14:23 nesta época!) G. Mateus Ricci (1552-1610 ) - foi para China. Usou a forma de Confucionismo. Se apresentou como um homem sábio do Oeste, como um banze da alta classe ou mandarim. Associou-se com a elite. Aceitou como social os ritos aos ancestrais (respeito à família). Concertou relógios (realmente era dar corda...) que ele trouxe para lá. Em 10 anos começou uma igreja em que traduziu Deus como "Senhor do Céu" e continuou usando o termo "Shery" (Venerável) para Confúcio porque referiu a qualquer objeto respeitável. (Identificação/engano'?/Contextualização sem limites'?) H. Roberto Nobili (1577-1616) - nasceu na Roma de uma família nobre, entrou na ordem dos Jesuítas com 17 anos. Foi para Índia e Goa, onde descobriu quais foram os costumes que faziam barreiras entre o povo e os missionários. No início trabalhou com as castas inferiores, mas não entendeu porque só eles aceitavam. Depois foi para os de altas castas. Em Goa (Português) tinha que ter permissão do rei, só falar Português, e ir num navio de Portugal. Trabalhou entre paraivas (intocáveis). Descobriu que eles chamavam os portugueses de "Parangi" - não era "Português" como ele pensava, mas "aqueles que comem carne, bebem, não tomam banho, usam sapatos de couro, ignoram regras sociais"! Os missionários, também, eram Parangi! Depois disso ele se tornou um "homem religioso" indiano e adotou a maneira de
  • 28. viver e vestir deles, andando na rua, não comia carne, não usava sandálias de couro, aprendeu bem a língua, e ganhou milhares de seguidores. Deixou-os manter casta se não interferisse com o Cristianismo (exemplo de Unidade Homogênea). Não criticou nenhum traço cultural - nem casta, nem saci [comp. com Carey!]. I. Missões Protestantes em maior parte começaram no fim do Século XVIII. Os missionários no início não havia dificuldades de identificação, de posicionar-se contra empresas coloniais (eram até rejeitados por elas). Carey, por exemplo, ou Bartolomeu Ziegenbalg [1682-1719], o l° missionário para Índia com a Missão Halle-Dinamarquêsa, estudou Hinduísmo e levou seus conhecimentos para Europa. Ali foi informado que o trabalho dele era erradicar Hinduísmo, e não trazer superstição pagã para Europa (Conn, 1984:77). Zinzendorf também tentou adaptar a mensagem para as culturas: instruiu seus missionários a usarem termos do local e falou que se a maior necessidade dele era uma agulha, chamaria o Senhor de agulha! (Hesselgrave e Rommen, 1989:26), 1 William Carey é outro exemplo, que organizou uma igreja na Índia, não uma missão. Ele tinha como alvo principal o treinamento de líderes nacionais para dirigir as igrejas. Preocupava-se com justiça social, igualdade, amor. O Grupo Serampore disse: "Another part of our work is the forming of our native brethren to usefulness, fostering every kind of genius, and cherishing every gift and grace in them; in this respect we can scarcely be too lavish of our attention to their improvement. It is only by means of native preachers we can hope for the universal spread of the Gospel through this immense continent" (Wilbert R. Shenk, Internacional Bulletin Jan., 1990). As idéias de Carey repercutiram em muitos lugares. Uma revista missionária em Londres em 1817 publicou o seguinte: The Christian church must give the impulse, and must long continue to send forth her missionaries to maintain and extend that impulse; but, both with respect to Funds and Teachers, a vast portion of the work will doubtless be found ultimately to arise from among the heathen themselves; who, by the gracious influence which accompanies the Gospel, will he brought gladly to support, as the Christian Church has ever done, those Evangelists whom God, by His Spirit, will call forth from among them (Shenk, Ibid.). Mas após o Iluminismo, tudo se confundiu. A Era da Razão teve sua repercussão em missões: − Confundiram amor com paternalismo. Povos são crianças, os "coitados" (resultado do evolucionismo, iluminismo, industrialização). −Confundiram Cristianismo com a cultura anglo-saxão ou germânica (como os missionários católicos confundiram com cultura ibérica), levando a cultura junto ao
  • 29. Evangelho. Não apreciaram os valores positivos nas outras culturas como ordem, família, lealdade, comunidade. -Eram muitas vezes simples, sem muito preparo (apesar do fato que nas igrejas e lares a Bíblia era mais ensinada do que hoje) −Construíram colônias missionárias - como exemplos de vida cristã - e protegidas pelos poderes governamentais. -Julgaram pobreza=pecado (até hoje tem este problema nas igrejas?) −"Cultura" = má ("primitiva" - muito ligado com as idéias antropológicas da época: "primitivo" era "inferior") −Tinham motivos mistos (evangelizar, melhorar a sociedade, comércio, plantar igrejas, amor e compaixão, obediência). −O "Manifest Destiny", que teve seu ponto mais forte nos anos de 1880-1920 aconteceu em todas as nações ocidentais (Bosch, 1988:299). Alguns resultados disso eram: - Aldeias cristãs (Eliott, 1604-90. - Seu modelo foi levado para outros lugares [ler Mendonça, p. 103, com uma crítica do livro]) - Os convertidos tinham que aprender Inglês - Todos os aspectos das suas culturas eram repudiados. - Muitas vezes o missionário controlava tudo, pagava tudo, construía tudo, dirigia tudo, decidia tudo. (Mesmo quando tinha líderes nacionais, geralmente os missionários se reuniam separadamente e tomaram as decisões principais). - Ficaram nos lugares mais confortáveis - o litoral, ou em centros protegidos pelos seus governos. - Não tinham o benefício de missiologia, história, etc. Fizeram geralmente o melhor que sabiam. No meio da sociedade daquela época, eram considerados radicais! − Abriram novas fronteiras, levaram o Evangelho no mundo inteiro (geograficamente). − Deixaram exemplos de grandes homens e mulheres de Deus que até agora são modelos para nós (Carey, Paton, Judson, Nevius, etc.) −Robert Speer disse: "Não podemos ir ao mundo não cristão diferente do que somos e com nada mais do que temos. Mesmo quando temos nos esforçado ao máximo de d es en t an gl e a ve r d ad e u ni ve r s al d a f o r ma oc id e nt a l .. . s ab e mo s q ue nã o conseguimos" (Bosch, 1988:297, citando Hutchison 1987:121). V. A História da Discussão No Século XIX, no meio desta ligação entre "Cristianismo," "civilização," e "Milenianismo" (não "pré" ou "pós", mas a esperança que os propósitos de Deus logo iam ser cumpridos através do Oeste), vários estratégias estavam sendo desenvolvidas
  • 30. para melhorar a situação. A. A "Igreja Indígena" - se tomou o "mais reconhecido conceito de emergir do movimento missionário moderno do Século X^X.- (Wilbert R. Shenk, International Bulletin Jan., 1990). 1 . James, pastor congregacionalista pregou sobre o assunto em 1826: "Leu it be a great object with us, to render our missions self-supporting, and selfpropagating" Shenk explicou a mensagem dele dizendo, ...sugeriu que este princípio fora baseado numa observação cuidadosa da natureza humana e a dinâmica cultural. Tão somente alguém indígena à cultura realmente pode entender os costumes, idioma e cosmovisão do seu povo. O futuro da evangelização e desenvolvimento da igreja tem que estar nas mãos daqueles nativos a uma cultural particular. Então, a prioridade no trabalho missionário tem que estar no treinamento da liderança indígena (Shenk, Ibid.). 2. Henry Venn (1796-1873) - Séc. Ex. da CMS (Inglaterra) de 1841-1872, e Rufus Anderson (1796-1880) - Sec. Ex. do American Board of Cortímissioners for Foreign Missions (Congregacional/USA) de 1826-1866. Foram os primeiros a consolidar as teorias quanto a situação geral de "imperialismo" ocidental ligado com Cristianismo. Legaram que a Igreja deve: auto propagar, auto sustentar, e auto governar (estas idéias já foram propostas pelo próprio missionário William Carey!). Depois de conseguir isto, os missionários deveriam ir para outros lugares e começar de novo. Para esta finalidade eles queriam treinar líderes nacionais (não usar escolas como meio de evangelismo). O resultado deste sistema chegou ser chamado da A "Igreja Indígena". Mas houve problemas: Para preparar os "ministros nativos," Anderson acreditou que os candidatos tinham que se separar das suas culturas com a menor idade possível, e morar na missão. Devia durar de 8 a 12 anos. (Anderson acreditou, como os demais, que a cultural Ocidental era "Cristã.") Quando uma missão tentou pôr as suas idéias em prática em Serra Leoa, não funcionou por ser cedo demais (Stephen Neill). Os seguintes problemas aconteceram: a. Focalizou na estrutura da igreja. Os líderes nacionais tinham que aprender as estruturas dos missionários. b. Isto causou Institucionalismo - uma preocupação com detalhes de organização, ordem burocrática, administração. Apagou a centralidade da natureza da igreja e elevou assuntos como se a igreja paga salários, etc. c. Levou ao profissionalismo - clero profissional, pago - elevado e separado. d. Isto por sua vez criou secularismo - cultivou costumes do Ocidente como competição, e outros modelos ocidentais. Luzbetak disse,
  • 31. Contextualization should be more concerned about worshipping, rather than worship. Contextualization should be concerned more about creating a genuinely prayerful "God-iswith-us" and "He-is-risen" atmosphere than about rules governing art, however important such rules may be for himilies, singing, organ playing, or arrangement of candles and flowers. There is something not quite right when the preacher, clioir, or others are more concerned about performing well than they are about worshipping well (p. 383). e. Assim assumiu uma idéia estática de cultura - uma cultura só (do missionário) para sempre e para todos! 3. Dr. John Nevius (1829-1893) - uns bons passos a mais! Um missionário Presbiteriano de Chefoo, China que conhecia as idéias de Venn e Anderson, mas as levou adiante. Tornou-se cada vez mais descontente com as estratégias da sua igreja (que ele nomeou o "Velho Plano") de contratar e pagar evangelistas e obreiros, criando dependência. Construiu umas novas idéias (que chamava do "Novo Plano") que dispensava esta primeira etapa dos missionários construírem e formar a igreja para depois colocar liderança local. Resumindo, Nevius construiu seu plano baseado em dois princípios - estudo sistemático e profundo da Bíblia (que levaria ao louvor, evangelismo e avivamento) e independência econômica. Publicou o livro Planting and Development of Missionary Churches in 1885. Visitou Coréia em 1890 e deixou suas idéias que se tornaram base para um crescimento fenomenal: a. Cada crente é um mestre e um aprendiz - os missionários também! b. Cada crente funciona de acordo com os seus dons. "Laos" no N.T. é "Povo de Deus"--todos (pp. 290-299 de Eternal Word) c. O missionário nunca deve ser um pastor, mas com itinerância ajudar outros serem pastores. d. Cada crente deve permanecer onde está - no seu trabalho, etc. (sem aldeias) e testemunhar. Cada crente é um missionário. e. Métodos e estruturas eclesiásticas devem ser desenvolvidos apenas a medida que as pessoas do lugar podem tomar responsabilidade do mesmo. Eles tinham que se
  • 32. governar. f. A própria igreja deve chamar aqueles dos seus qualificados para a liderança, quem a igreja podia sustentar. g. As igrejas tinham que ter arquitetura coreana - feito pelos coreanos dos seus próprios recursos. Cada igreja era independente da missão. (exemplos aqui Cianorte, ISBEL, etc.) h. Tinham que fazer muitos estudos, cursos intensivos (TODOS) E Coréia hoje? ' Por isso está crescendo! Discípulos de Jesus foram formados, homens e mulheres de oração! Não oraram para ver crescimento da igreja, mas oraram pela seu relacionamento com Deus, e a igreja cresceu. Nós queremos imitar, mas os motivos são diferentes (p/ não falar egoístas e manipuladoras) e não funciona. 4. Roland Allen (1868-1947 11895-1903 na China]) Qualquer interesse nos "três autos" de 1850 foi esquecido no início do Século XX. Roland Allen, reconhecendo isso, enfatizou o Espírito Santo em vez de dependência em dinheiro, a missão, etc. Ele foi o primeiro a falar contra a dependência das igrejas fundadas por missionários. Ele diz, "Paulo começava igrejas, nós começamos missões" (Bosch, 1988:379). Os missionários iam com toda a sua mudança, recursos, $, etc. (Ex. 6 missionários da LMS levaram 868 carregadores para entra na África Central no início do trabalho! [Missiology Oct.'861) Allen sentiu a necessidade de ensinar as pessoas a depender de Deus, não dos missionários, nem em termos financeiros, nem espirituais. Paulo não construiu edifícios (hoje constroem em primeiro lugar, depois vidas...) mas fazia verdadeiros discípulos. Allen notou três sintomas de problemas: 1) Nenhuma igreja estava independente ainda, 2) As próprias missões eram dependentes - ainda pedindo dinheiro e recursos humanos para os mesmos projetos de 50 anos, 3) Os resultados em um lugar parece como em qualquer outro lugar. Ele disse: "Nossas missões estão trabalhando em países diversos e no meio de povos diferentes, mas todos se aparecem... Não há revelação nova. Não há nenhuma descoberta nova de aspectos novos do Evangelho, nenhum desenvolvimento de novas formas da vida cristã" (Shenk, ibid.). Financiamento pelos missionários causa muitos problemas: a. Intrometimento estrangeiro: domínio de fora b. Envolvimento em coisas materiais c. Representação errada da razão da existência da missão d. Pauperização dos nacionais, desde que não tem as mesmas condições. (O missionário deve viver no nível mais perto possível do povo).
  • 33. e. Dependência e controle c.Restrição do trabalho em apenas um lugar f. Levanta a pergunta: "de quem é a construção'?" (exemplos no Rio, etc.) g. Novos convertidos têm que ser tão bem ensinados que eles possam com facilidade pôr as lições em prática. d.Organização eclesiástica tem que ser lógica e sustentável dentro da própria cultura. e.A base econômica da igreja tem que encaixar na realidade local, e não depender do exterior. h. Os Cristãos tem que aprender disciplina e responsabilidade mútua. 1. A nova igreja deve logo exercer seus dons espirituais para servir e crescer espiritualmente. (Se o pastor/missionário/professor domina a igreja/campo/sala de aula, os seus discípulos vão querer ter o mesmo poder. Seguimos nossos modelos - aquilo que vemos, muito mais daquilo que ouvimos!) Allen estava preocupado com os ensinamentos da Palavra de Deus quanto métodos missionários (não com tradições) (É o mesmo problema de hoje -ficamos impressionados e influenciados facilmente pelas novidades e no mesmo tempo presos às tradições, sem levar a Bíblia a sério.) Allen negou a relevância de argumentos baseados em sociologia e antropologia (como os de Warneck que dizia que os "nativos" eram inferiores, etc.). Para Allen a Igreja é cheia do Espírito Santo e reforçada pelos sacramentos, portanto o perigo da autonomia da Igreja não era em heresias ou o caráter dos cristãos, mas no paternalismo dos missionários. Por essa razão ele encorajou os missionários dar plena autoridade eclesiástica, inclusive o direito de administrar os sacramentos e a Palavra e de ordenar novos ministros (Beyerhaus em Kraft e Wisley, 1979:18). A maioria não acreditava nas idéias de Allen! (Hoje, sim!) 5. Outros: No mesmo tempo houve muitos missionários fazendo trabalhos marcantes como Frazer, Isabel Kuhn, H. Taylor, Sophie Mueller, Mary Slessor, Amy Carmichael, etc. B. A invocação para "indigenização" - umas pessoas do movimento conciliar não aceitaram mais as idéias de "igrejas indígenas." Mudou para "indigenização" em Willingen, Alemanha, 1952. Resumo do desenvolvimento das igrejas conciliares/evangélicas:
  • 34. Eles tinham perdido a China - perdido muitos recursos, hospitais, escolas, etc. Por isso em Willingen houve muito pessimismo. Sentiram que tinham que reformar o mandato missionário da igreja. Por isso rejeitaram nesta reunião a importância da evangelização. A ênfase foi para a ajuda dada às igrejas existentes, sem pensar em criar mais igrejas. Tinham medo de perder de novo. Também começaram a unir com a CMI; se tornaram "igreja-centrado" - não centrado no mundo, mas preocupado consigo mesmo. No meio disto também reconheceram que tinham que preparar as ig r e j a s pa r a f az e r a o br a s oz in h as . D ef in ir a m, e nt ã o, " in di g en e id a de " ou "indigenização" como: −Relacionamento com a terra - raízes −Capacidade de fazer elementos da cultura local cativo a Cristo −Ministério treinado para o local (e do local) −Rejeição de colonialismo (já estava passando mesmo) Com isto começaram o FET (Fundo de Educação Teológico) em 1958-59 em Gana com o intuito de ajudar instituições de educação teológica no mundo inteiro. Shokie Coe (Taiwan) e Aharon Sapsezian (Brasileiro de Minas Gerais) eram os diretores. C. O termo "Contextualização" (para mais detalhes verifica Rommen e Hesselgrave, Contextualização, cap. 2.) Em 1972 o FET usou pela primeira vez a palavra "contextualização." Para eles era algo "autêntico, sempre perfeito, surgindo entre o encontro da Palavra de Deus e seu mundo..."---> praxis (Coe). Mas para eles a "Palavra" não é a Bíblia; é a interação contínua, contemporânea de Deus, sem raízes objetivas. As idéias sobre inspiração e interpretação bíblica nesta época foram informadas em grande parte pela c o n f e r ê n c i a d e F é e O r d e m e m L o u v a m ( B é l g i c a ) . P a r a e l e s o c o n t e x t o contemporâneo determina o significado do texto. A Bíblia demonstra sua autoridade em submeter-se a um questionamento recíproco entre si e o contexto contemporâneo. (Veja Asian Christian Theology, Douglas J. Elwood, ed. [Philadelphia: Westminster,
  • 35. 1976:48-55. Também Missiology, XI, 1 January 1982:95-111 e XIII, 2 April 1985:185-202.) A influência do Evangelho Social (o Modernismo, que veio da Alemanha) já estava fortemente instalada no IMC desde o início (Cp Bosch, pp. 319-327 para um resumo deste desenvolvimento, junto com Mendonça e Valdir Steurnagel). Para FET contextualização vai além da indigenização em que o contexto se toma a fonte de verdade teológica. A igreja necessita prestar atenção para os "sinais" dos tempos, que é a maneira de Deus falar conosco. A Bíblia apenas faz parte da dialética no processo; faz a Palavra de “Deus audível e inspira a fé” (Hesselgrave, 1994:115). Outras diferenças são (refere à páginas 17-20 de Nicholls): −Indigenização - focalizou nos traços externos da cultura, i.e., música, símbolos, arquitetura, estruturas organizacionais, etc. −Contextualização - inclui problemas sociais, economia, privilégio vs opressão. −Indigenização - cultura definida em termos estáticos, imóveis, tradicionais, sem mudança. −Contextualização - aprecia a flexibilidade das culturas. As culturas são dinâmicas, móveis. −Indigenização - sistemas sócio-culturais são fechados. Quando foram formulados eles estavam pensando em tribos e clãs isolados, como a idéia da "unidade homogênea." −Contextualização - focaliza não nas unidades menores, mas nos sistemas econômicos e culturais globais. −Indigenização - acontece no campo missionário. Tem uma idéia romântica das culturas - otimismo, "a selvagem nobre.”. −Contextualização - vê a mão de Deus e de Satanás em todas as culturas. Pecado e sincretismo existem em nossas culturas também. −Indigenização - enfatizou problemas mais superficiais. Era no nível de "como fazer" - como comunicar. −Contextualização - estuda a natureza, da comunicação, não só como fazer, mas quais são os efeitos de comunicação. Como é que a comunicação reflete e muda a cosmovisão de um povo? −Indigenização - queria dar autoridade para os nacionais, mas da maneira do missionário. E era só nas igrejas, não nas outras instituições da missão (hospitais, escolas, etc.) −Contextualização - inclui outras estruturas também. Queria ser nacional nas bases. (Veja (i transparência (de Luzbetak comparando os dois.) Então os movimentos conciliares não usam mais a palavra contextualização. "Diálogo" é usado pela maioria, significando ajudar os não cristãos serem melhor nos seus próprios
  • 36. contextos - culturas, religiões, e estruturas políticas. "Diálogo" significa que Deus está na frente preparando o caminho em outras religiões. Ambos, pluralismo ou extremo holismo são a base para "diálogo" (Bosch, 1988:486). D. O uso de "contextualização" pelos Evangélicos 1. Os Evangélicos tinham como pano de fundo a influência de Eugene Nida e Wycliffe. Nida ensinava que a língua expressa o coração. Superfície—língua Nível mais profundo-Coração Ex., na Coréia não usa o pronome pessoal porque Budismo não aceita o conceito de pessoas como indivíduos. Tudo é um. Então Nida distinguiu entre forma e significado, criando os dois ternos: "Equivalência Dinâmica": -Traduz o sentido "Correspondência Formal": -Traduz a forma, sem preocupar com o sentido (Veja a transparência sobre tradução da Bíblia baseado em Nida.) Nesta altura o conceito era limitado à língua, tradução da Bíblia para às tribos indígenas. (Mais tarde Charles Kraft leva as implicações para toda e esfera de vida transcultural.) Desafios novos à influência ocidental nos campos missionários, levou a maior reflexão na área de contextualização (a Teologia de Libertação). A "Nova Hermenêutica" também teve sua influência: qual a influência da cultura n a co mpr een são da B íblia? N os es cr itores bíblicos? Os evangélicos começaram perceber os problemas de desconfiança, separação entre teologia e missões, falta de reconhecimento que a própria teologia do missionário estava contextualizada (não é verdade absoluta) com influências históricas e culturais. Chegaram a conclusão: na igreja ocidental também existe sincretismo! 2. Em 1974 em Lausanne I Byang Kato (líder evangélico africano) usou a palavra pela 1ª vez entre evangélicos, enfatizando a transmissão do Evangelho em termos relevantes à cultura receptora, no mesmo tempo cuidando a não fazer sincretismo. Kato estava preocupado com a probabilidade que contextualização levaria a distorção do evangelho e da teologia. Ele construiu 10 fundamentos para fazer contextualização na África. a. Permanecer com os pressupostos fundamentais de Cristianismo histórico.
  • 37. b. Expressar Cristianismo no contexto africano, deixando que o Julgue. Não permite que a cultura tenha precedência sobre Cristianismo. c. Ensinar as Escrituras e as línguas originais para os homens, para que eles possam fazer uma exegese correta da Palavra de Deus. d. Estudar as religiões não cristãs, lembrando que é secundária, como foi para os evangelistas do Novo Testamento. e. Fazer evangelismo agressivo, não repetindo os erros dos líderes da igreja africana do 3º Século quando se envolveram demais em discussões doutrinárias. a. Formar organizações baseadas naquilo em que concordam. Não deve ser "unity at any cosi". f. Definir termos teológicos para evitar sincretismo. g. Com cuidado combater os sistemas não bíblicos que estão entrando nas igrejas. b. Se envolver em ação social, mas não à custa da evangelização. Conversões verdadeiras resultam em Cristãos que revolucionizam as suas sociedades. c. Saber que África precisa dos seus Policárpios, Athanasius, e Martinho Luteros que estão prontos a defender a fé seja que for o preço. (citado em Hesselgrave e Rommen, 1989:110-11) Kato criticou John S. Mbiti (que defende uma contextualização baseada na cultura) teologicamente e antropologicamente. Ele acusou Mbiti de não pesquisar as culturas africanas suficientemente e de estar fazendo declarações não verdadeiras (veja pp. 109-110 de Hesselgrave e Rommen). O grupo em Lausanne que tratou do assunto de contextualização chegou à conclusão que formas com significados profundos não podiam ser mudadas (ex. cordeiro, sangue, cruz), mas formas literárias superficiais não teriam problema. (Veja a transparência sobre tradução.) 3. René Padilla Em Lausanne I reclamou que América Latina está sem teologia por causa da dependência na América do Norte. Recebeu de 2' mão, por isso não há comprometimento com teologia. É ativista, sem reflexão. Disse Padilla que se precisa de líderes profundamente arraigados na Palavra de Deus e na sua cultura (justamente o objetivo principal de um curso de missões!), sorri ignorar o valor do trabalho de teólogos do Ocidente. Padilla enfatiza a necessidade de arraigara hermenêutica no método histórico-gramatical para saber a intenção e significado do escritor original. Contextualização começa com uma exegese profunda do contexto contemporâneo. Depois levanta perguntas para apresentar ao texto bíblico. O profundo conhecimento do texto
  • 38. bíblico ajuda responder corretamente e por sua vez fazer perguntas ao contexto contemporâneo. O interprete enfrenta os pressupostos da sua própria atitude sobre Deus, sua tradição eclesiástica o sua cultura, mas deve procurar adquirir a perspectiva dos escritores bíblicos (do homem em comunhão com Deus) o mais possível. Se a Igreja vai revelar Cristo dentro de cultura, deve primeiro experimentar a realidade da morte de Cristo em relação a cultura , . , Morrendo com Cristo, morremos para nossa própria cultura e então somos capazes de reconhecer com maior objetividade as maneiras em que somos condicionados por ela e também podemos apreciar os valores em outras culturas diferentes (em Kraft. 1979:307). 3. Orlando Costas (Liberating News: A Theology of Contextual Evangelization, 1989). Sofreu como membro de um grupo minoritário (Costa Rica) nos Estados Unidos quando criança e adolescente. Afirma a necessidade de teologia, colocando como base principal dela as Escrituras, e depois a tradição e a experiência. O conhecimento de Deus depende da fé, da comunhão com Ele e do Espírito Santo que revela Jesus Cristo. Apesar de afirmar uma declaração evangélica sobre a inspiração bíblica, aumenta bastante a dimensão humana e cultural do condicionamento das Escrituras. "Isto significa que para entender, proclamar e ensinar as Escrituras. temos que fazer o mesmo exame como qualquer outro documento. Temos que analisar criticamente o condicionamento históricos em que a Bíblia surgiu para interpretar e comunicar adequadamente sua mensagem" (p. 17). Nisto Costas demonstra que ainda é filho da Era da Razão. Com que instrumento vamos criticar a Bíblia? Como vamos decidir o que é condicionado culturalmente e que não é? Que parte vou aceitar como autoridade, e que parte somente para aquela época? A contextualização de Costas é o tipo liberacional e cultural. Está preocupado com justiça social como manifestação de uma fé verdadeira cristã. Sem dúvida é importante, especialmente num contexto em que as necessidades são agudas e a igreja parece estar cega quanto isso, mas às vezes se torna uma posição esotérica, só para um elite com capacidade de oratório, e não uma responsabilidade de cada membro de cada comunidade cristã. Aceita que Deus tem "preferência" para os pobres, como a posição dos da TL. Interpreta Isaías 53 como para os cativos de Babilônia, a “expiação” feita para os pecados de Israel (pp. 92-93). É por isso que Costas critica severamente vários missiólogos evangélicos. Eles não confrontam suficientemente pecados de opressão social. Ele fala em uma nota de roda pé, Estes modelos (de Kraft, Dayton, Fraser e Hessel grave) poderiam oferecer alguma ajuda culturalantropológica, mas são social e teologicamente deficientes. Pois o reino de Deus é uma realidade
  • 39. compreensiva e tratisformadora; não é nada menos que o poder da nova criação (veja 1 Cor. 4:20; 2 cor. 5:17). Uma evangelização que está interessada em apenas descobrir as necessidades sentidas pelo povo para fazer o evangelho relevante (Kraft) ... é uma contextualização superficial e profeticamente acrílica. De fato, reflete um escapismo em vista cia realidade do nosso planeta má, sob a liderança de principalidades e poderes demoníacos presentes em quase todas as situações humanas (p. 168-69). Costas exibe romanticismo e relativismo quanto a relação com a cultura em contextualização. Por exemplo, cita uma oração das missas de quilombos no Brasil: -... O Deus de todos os nomes, - Yahweh, Obatala, Olorum, Oio... (p. 25). "Este Deus de muitos Nomes, conhecido aos Africanos e Judeus e feito conhecido aos Cristãos por Jesus,... (p. 26). O sincretismo católico-africano no Brasil é considerado uma positiva expressão de contextualização. Em contraste o autor enfatiza em capítulo 6 que a mensagem da cruz não pode ser compreendida em outras culturas, que sempre é uma "vergonha" e impossível a explicar racionalmente. "Deus recusa de sujeitar o mistério da cruz - de verdade sua estratégia para a salvação da humanidade - ao julgamento de sabedoria humana" (p. 105). Assim Costas mantém algumas das suas raízes evangélicas. 5. Don Richardson - apresentou a idéia da "analgia da redenção." Há restos da revelação e conhecimento de Deus em todas as tribos. Talvez ele exagera um pouco em dizer em O Fator Melquisedeque que todas a tribos tem uma crença num deus criador, e que podemos utilizar estas crenças, usando os nomes dos seus deuses na tradução de Deus (temos que ver o conteúdo do conceito destes deuses V. No A.T. Deus não permitiu que fosse chamado de Baal, Moloque, Dagom, etc.). Arthur Glasser não concorda com Richardson: It has frequently been noted that it never seemed to occur to the writers of the Old Testament to make any positive estimates of the polytheistic religions of their neighbors... Heinz R. Schlette speaks of their regard for other religions as 'extremely negativo' (Towards a Theology of Religions [New York: Herder and Herder, 1966], 25] and quotes in support such texts as 1 Kings 11:1-13; Jer. 2:26-28; 10:1-16; Is 40:18-20; 44:9-20; 46:1-7.. Indeed, the gulf between the God of Israel and the gods of the nations is immense. Emil Brunner dismisses as wholly untenable the popular opinion that the biblical record of repeated acts of divine disclosure has its parallels in other religions. ...the O.T. contains no serious reflection on what might be called "authentic paganism. ' Its writers felt no constraint to mount any polemic against the essence of polytheism or belief in other gods, much less any repudiation of the pagan myths that clustered around these gods. They merely denigrated with vehemence any thought of divinity attributed to lhe fetiches representing these alleged nonentities (i.e. Isa 44:9-20)... ... Wilhelm Schmidt produced six volumes (1926-35), Der Ursprung der
  • 40. Goddesidee, to establish the thesis that monotheism, or the belief in ‘High Gods,’ can be found in the legends of many primitive peoples. At first scholars were impressed with the vast amount of data... ... Conservative Bible students were likewise excited. All could now contend that the existence of poytheistic and animistic religions throughout the world was lhe result of widespread devolution from the biblical monotheism extant at the very beginning of the human race, record in Genesis. On closer examination, however, it became apparent that Schmidt's 'High Gods,' although characterized by a sort of solitariness, were far removed from approximating biblical monotheism in any recognizable form. It is rather unfortunate that this particular application of Schmidt's thesis hás been recently revived and promoted by Don Richardson... What he unfortunately overlooks is that all alleged evidente for this on Prime Cause of all is so shrouded in mythology, so dependent on the world [rather than its Source], and so manipulatable by external forces that no common ground exists with the biblical God who is supreme over all (Art Glasser The Word Among us, Dean Gilliland, ed., pp 36-38). 6. Charles Kraft - "Etnoteologia" Kraft não usa a palavra "contextualização" no seu livro, talvez porque não concorda com a maior parte das definições dos primeiros a usarem a palavra. O que ele aceita deles é que a Bíblia pode falar diretamente para qualquer um se esteja despida das suas formas históricas. Realidade depende da cosmovisão da pessoa e uma realidade absoluta não pode ser aproximada. O sentido é totalmente separado da forma (Hesselgrave e Rommen, 1989:59-60). Etnoteologia aceita que há uma teologia absoluta (supracultural), mas o homem não tem condições de conhecê-la a não ser em termos específicos culturais. Conhecimento de Deus é "culture-bound". Qualquer cultura é aceitável a Deus como meio de comunicação. (Considera Lv 18.3-4 e 24-25, 30,) Assim Kraft dá demasiada ênfase à cultura. A cultura interpreta a Bíblia, não vice versa, sem a Bíblia transformara cultura. (Veja a transparência do modelo de Lourenço Rega.) Ele tem uma visão romântica e relativista das culturas (cultura=boa). Don Prive reclama que sua etnoteologia está sem critérios e limites externos, correndo sério risco de sincretismo ("Epistemologia e Contextualização: Implicações para o Currículo" [apostila não publicada]). Para Kraft a Bíblia é um "livro de casos" inspirado que mostra o processo de Deus na comunicação, sempre modificando conforme as culturas. O processo começa com este livro, porém é apenas possível "olhadinhos" para uma Teologia no livro de casos. A Bíblia é um ponto importante na revelação de Deus (manifesto no fato que ainda
  • 41. existe), mas incompreensível hoje por causa da distância cultural entre o escritor e leitor. A revelação de Deus continua hoje através das culturas e é suficiente para salvação sem a Bíblia (pergunta: porque Cornélio tinha que ouvir a mensagem de Pedro, então?). Por causa da comum humanidade, da imutabilidade de Deus, o do Espírito Santo (as "pontes hermenêuticas"), a Bíblia como livro de casos é capaz de trazer compreensão suficiente para salvação e santificação. Esta salvação para Kraft envolve submissão a Deus, ou como Abraão (para povos mais ligados a cultura do A.T.) ou como os Cristãos após Cristo (Larkin, 1988:141, 43-44, 146-47). Não precisa introduzir Cristo para ser salvo. (Refere a experiência na Colômbia.) Kraft extrapola do modelo de tradução da Bíblia em que "as expressões culturais, como as palavras em uma tradução, devem ser locais e não as da cultura bíblica ou da igreja enviados ou da Igreja universal" (Luzbetak, 1988:80). A Bíblia é uma régua pelo qual medimos o sentido cultural no contexto; se é equivalente aos casos bíblicos aceitos ou tolerados por Deus, é aceitável hoje. On the divine level, this... context in which God discolsed himself to them. The Old Testarnent contains the record of his 'mighty acts' over more than a thousand years of history coupled with specific revelations of their meaning. All this took place in the same ancient world in which the gods of the peoples round about were likewise allegedly at work on behalf of their devotees. But here the similarit y ends, because God's might acts consistently reflected his character - his holiness and is grace - and they were always positive, redemptive, and powerful. He never followed the pagan gods in accomodating hinself to the politically powerful among their devotees, nor to any 'natural' power that may have been latent within his own people. God's exercise of power was radical, for it was always conditioned on the premise that he had separated his people from the nations round about and was detemimed to work on their behalf - not primarily for their sake but in order to magnify his own name among the nations.... [Dt. 4:33, 341] As a result, our interpretation of biblical texts is built upon the certainty that the events recoreded in the Old Teatment acutally happened and bear particular relationwhip to Israel alone. God was concerned with other peoples and acted on their behalf, but not in the same revelatory sense (e.g., Amos 9:7). Martin Noth contends that the things that happened in Israel "simply never happened elsewhere" (The History of Israel, trans. Stanley Godman [New York: Hareper and Row, 1958]: 33338]... His contention is that "the central elements of Biblical faith are so unique and sui generis that they cannot have developed by any natural evolutionary process from the pagan world im which they appeared [The Old Testament Against Its Environment {London: SCM Press, 1968, p. 7}] e art Glasser "Old Testament Contexualization: Revelation and Its Environment," in The Word Among Us: Contextualizaing Theology for
  • 42. Mission Today, Dean S. Gilliland, ed.Dallas: Word Pub. 19891 p. 35). Há uma separação essencial entre o A.T. e N.T. Apesar do fato que Kraft ajudou ajuntar teologia, antropologia e missões, as suas contribuições têm sido prejudicadas pela sua posição radical quanto a "equivalência dinâmica" em relação toda a ação missiológica, não apenas na comunicação. (Ler Mirialil Adeney [apostila], Nichols, p. 12, e Conn [Eternal Word] pp. 168ff, e Robert Ramseyer [apostila].) "É interessante observar que os escritores do Novo Testamento não modificam a mensagem do Velho para agradar os Gregos e Romanos" (Taylor e Nuflez, 1989:322). Para Kraft não há confronto entre teologia e cultura. Kraft não reconhece que em toda a Bíblia há confronto. Porém Paulo usou termos helenistas, mas para confrontar seus conceitos. Jesus continuamente confrontava o pecado e a hipocrisia na cultura judaica. Kraft diz que formas não têm valor nenhum, inclusive guerra, escravidão, etc. Mas a Bíblia deixa claro que vida e sentido são inseparáveis. Kraft limita a Bíblia àquelas partes aceitáveis à cultura, nega a capacidade das pessoas de outras culturas a entenderem algo que não é comum para eles. Isto indica um ponto paternalista e uma visão estática de cultura. É evidente também que Kraft aceita a posição de que a Bíblia foi influenciada grandemente pelas culturas na época bíblica e que hoje não seria diferente. Glasser combate esta idéia: ... religious syncretism was widespread, ... This has driven scholars to search for those factors, concepts and practices in the neighboring countries that allegedly shaped both Israel's religion and her societal structure. It is not surprising that they have discovered many similarities. Sometimes the parallels are linguistic, which is inevitable because of the close relation of Semitic languages, But common language does not automatically mean that extrabiblical material has either significantly informed or shaped the biblical text. The fact remains that the writers of Scripture never introduced the least trace of polytheism into the religious literature they regarded as 'the Word of God... Prophets like Jeremiah contended with attempts by Israel at contextualization. But their best efforts at contextualization were utterly destructive... He spoke of the faithfulness of God and pointed with conviction to the certainty of God's ultimate triumph in history. The false prophets saw only the immediate present and shouted down all efforts to confront the issue of truth. All which makes painfully clear the reason why evangelical Christians cannot endorse much that passes today for contextualization. Unlles disciplined effort is made to submit to the whole Word of God contained in the whole of Scripture, distortions of truth and deviations from its central concerns will inevitably follow. Without this, what many herald as insightful contextualizing of theology and praxis will be finally revealed as wide of the mark. . . .
  • 43. In a very real sense, there was only one covenant he made with them, and it provided him with the vehicle for dispensing his grace and fulfilling his promises. All his prophets from Moses onward were intensely 1oya1 to the witness of their prececessors; and the new truths they revealed brought changes in worship forms, heightened ethical imperatives and enlargement of theological understanding, but no radical discontinuity. God's truth remained free from contradiction because there is only one God (Glasser, em Gilliland, 1989:44. 46 e 49). (Grifos da Profª). A base do problema de Kraft é que não acredita que existe a verdade nos símbolos. O significado existe só nas pessoas. Mas David Hesselgrave (1994:5355) facilmente derruba este argumento citando Salmo 19.1-4 e Romanos 1.18-20. Há significado no mundo, nas coisas, o até nas palavras (Mt 5.17-18). A influência de Kraft é extensa: Robinson Calvacante, Phil Parshall, etc. (Pr. Salomão refuta a aplicação das idéias dele na evangelização dos muçulmanos por várias razões: poder demoníaco negado, formas erradas aceitas, muçulmano não respeita este tipo de identificação, etc.) 7.Bruce Nicholls - Contextualização 'Dogmática"" Um missionário na Índia e membro da Comissão de Teologia da WEF, Nicholls foi uma das primeiras pessoas a reagir contra a "Etnoteologia" de Kraft, os outros envolvidos na discussão. Nicholls descreve Contextualização como "existencial" ou "dogmática". A primeira começa com cultura; uma tentativa de "desenvolver uma interação entre as perguntas subjetivas humanas na história e um entendimento existencial da Palavra de Deus. Isto é, começa com dois relativos e espera descobrir apenas formulas tentativas teológicas na progressão de chegar a uma síntese de entendimento" (em Stott, 1980:50). Sem um parâmetro teológico normativo, este corre o perigo de sincretismo e universalismo ( tudo é a verdade). Acreditam que Deus não se revelou em termos concretos para o homem; a Bíblia e a teologia são reflexões humanas sobre as ações de Deus no mundo (Bosch cai nisso?). A segunda abordagem começa com a Bíblia como um ponto fixo e autoritativo. Transcende as fronteiras da cultura, apesar de que quer comunicar bem dentro da cultura. Nenhuma teologia é perfeita devido nossos pressupostos culturais, mas a medida que buscamos o verdadeiro sentido da Palavra, a influência dos pressupostos vai diminuindo. "Distancing" não traz a solução, mas sim, se colocar debaixo da autoridade das Escrituras e ter a ajuda do Espírito Santo para entender. Contextualização Dogmática é profética, sempre reformando, chamando das trevas para fé e obediência.
  • 44. Quanto forma e sentido, "Em sua soberania, Deus escolheu uma forma cultural hebraica e a transformou no passar dos séculos para seus propósitos, com o resultado que há um caráter supracultural na sua revelação de si mesmo" (em Stott, 1980:53). (Veja transparência do resumo de Nicholls.) 8.Marvin Mayers - "Bi-culturalismo" Para Mayers a Bíblia é absoluta, traz princípios permanentes. A cultura é relativa. Um Cristão se torna bi-cultural. 9.Alan R. Tippitt - "Encontro de Poder" Missionário em Fiji, professor em Fuller SWM e antropólogo, Tippett foi o primeiro missiólogo moderno a frisar o fato de que o missionário vai encontrar o poder satânico. "Não há diálogo aqui. E uma questão de Cristo ou Satanás" (1987:75). Decisão, recusa, arrependimento, e libertação são necessários. "Os poucos casos de apostasia (em Fiji) eram lugares onde os lugares ou apetrechos sagrados não foram destruídos quando os velhos deuses foram rejeitados" (1987:260). O capítulo sobre "Evangelização dos Animistas" (1987) é excelente. Como um dos fundadores do movimento "Crescimento da Igreja", ele enfatiza a necessidade de movimentos de povos, não conversões individuais, e a "Unidade Homogênea". Ele interpreta o crescimento da igreja nos primeiros séculos tinha que ter acontecido em grupos sociais. Ele admite —... estou especulando, mas não vejo outra maneira de explicar os fatos. . .- (1987:226). Tem que ter equilíbrio entre teologia e antropologia em missões, ou sincretismo é resultado. A Bíblia (inteira) é o ponto de referência pelo que missões são julgadas. Temos que "concordar que a Bíblia fornece o critério para missão, a colocando na categoria de continuidade e não mudança, há pouca esperança que haverá concordância sobre a natureza da salvação" (1987:148). Mesmo assim a tendência de Tippett é do lado de antropologia. O "substituto funcional” é outra idéia originária com Tippett. Há perigo de deixar espaços vazios na cultura (ritos de iniciação, etc.), por isso o missionário tem que preencher com outras coisas que são aceitas biblicamente mas que cumprem a função perdida (1987: cap. 15). Outra ênfase de Tippett é a "Revitalização" ou "Movimentos Nativistas", a tendência de um povo esconder crenças sincretistas por anos debaixo do domínio estrangeiro, até um dia fazer uma revolução, voltando em parte ou totalmente às velhas crenças. Por isso tem que fazer crescimento qualitativo Junto com o quantitativo. 10.Peter Beyerhaus - "Possessio" (reafirmando o termo de J. Herman Bavinck)
  • 45. O missionário seleciona traços culturais aceitáveis no Reino de Deus, como "logos”, os que são inaceitáveis, e reinterpreta conceitos pagãos para ter sentidos cristãos. 11.Donald McGavran - "Crescimento da Igreja" Para McGavran 951/,'(, de cultura é inocente (cp. com Ef. 2:1-3). É o centro do Evangelho que tem que ser levado a outras culturas (Deus, Bíblia, mandamentos). Ele considera 4 componentes de expressão cristã: −Crenças sobre Deus, etc. - "Cristianismo Teológico" - imutáveis −Sistemas de valores - "Cristianismo Ético" - imutáveis mas expressos de maneiras diferentes. −Costumes eclesiásticos - "Cristianismo Eclesiástico" - arquitetura, liturgia, etc. −Usos e costumes - "Cristianismo de uso de costume" - comida, roupa, cabelos (grandemente adaptáveis). McGavran promoveu a idéia do Princípio da Unidade Homogênea. Falou “o aluno de crescimento da igreja não liga se a igreja tem credibilidade, somente importa se tem crescida" (citado em Bosch, 1988:159). Bosch acusa McGavran de ser superficial e sem conteúdo ético. Condena a aprovação de Peter Wagner em concordar que "Domingo é o dia mais segregado da semana". 12.Luiz Luzbetak - "Contextualização não significa romantizar maneiras locais. Compromisso do Evangelho é impossível onde há um conflito verdadeiro entre estrutura cultural e o anti-estrutura do Evangelho" (1988:281). Usa a palavra "Enculturação", ligado com "Encarnação". (Notas mais completas estão no esboço da matéria — Contextualização e Missões 12. Sherwood Lingenfelter - "Encarnação" Missionário para os Yap e professor de Missões em Biola, Lingenfelter descreve "Encarnação" na experiência missionária como se tomar um bebê e aprendiz, como Jesus. Lingenfelter rejeita as idéias de Kraft e Mayers sobre a neutralidade de cultura e o controle da cosmovisão no comportamento humano. The issues that so often divide Christian workers are not major theological conflicts or questions of spiritual commitment, but rather the daily routiries of life. Disputes about the use of , mission vehicles, access to mission property, and the use of mission funds seem to be a universal problem. In many places missionaries and nationals have disagreed about how work should be organized, who should be in charge, and whether their partners were doing their fair share. Missionary families are often mystified by the expectations of nationals, and many find themselves feeling either stingy or abused in their exchange relationships with national Christians. In situations where national churches have come of age and missionaries have becorne partners or