1. • INTRODUÇÃO:
52ª Assembleia
Geral da
Conferência
Nacional dos
Bispos do Brasil
(CNBB)
Aparecida/SP
30 de abril a 9 de
maio de 2014
2. • PARÓQUIA COMO COMUNIDADE DE
COMUNIDADES É:
“Presença eclesial no território, âmbito para a escuta
da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o
anúncio, a caridade generosa, a adoração e a
celebração” (Apresentação DOC 100).
• PASTORAL: “o exercício da maternidade da Igreja”
(PAPA FRANCISCO, Discurso aos Bispos do Brasil, JMJ 2013, p.4)
• Presença pública da Igreja nos diferentes lugares,
mas vem perdendo sua influência, necessitando de
uma conversão/renovação em vista da missão (EV
28)
3. ASSEMBLEIA ORDINÁRIA DE 2013:
Debate amplo e profundo, com participação de
diferentes instâncias: sugestões, críticas...
O tema foi novamente
debatido em 2014. O
Documento 100 não é uma
repetição do Texto de Estudos
104, pois a reflexão avançou e
cresceu com a grande
quantidade de emendas que
chegou na CNBB (Doc 100,4)
4. CONTRIBUIÇÕES PARA A RENOVAÇÃO:
• Eclesiologia do Concílio Vaticano II
• Proposta do Documento de Aparecida
• Diretrizes da CNBB (sobre a renovação)
• Pronunciamentos do Papa Francisco no Brasil
• Exortação Apostólica Evangelii Gaudium
CONVERSÃO implica: formação de pequenas
comunidades de discípulos convertidos pela Palavra
e em constante missão, sendo necessária a
revitalização da atuação de todos (pastores e povo
fiel), a superação do comodismo e do desânimo -
desinstalar-se e ir ao encontro dos irmãos (Doc 100,8).
5. QUESTÕES QUE NORTEIAM O
DOCUMENTO 100:
• Qual é a situação de nossas paróquias hoje?
• Quais são as causas de certo esfriamento na
comunidade cristã?
• O que é preciso perceber para que ocorra
uma mudança?
• Que aspectos merecem revisão urgente?
• O que é possível propor e assumir na
pluralidade da realidade brasileira?
6. CAPÍTULO 1
SINAIS DOS TEMPOS E
CONVERSÃO PASTORAL
• Reconhecer os sinais dos tempos: sinais da
presença de Deus (GS, 4, 11, 44; PO,9; UR,4;AA,14)
• Pastoral e ação evangelizadora: ser presença de
Cristo no mundo (LG,15; GS,43)
• “Ecclesia semper reformanda” (UR,6) – novas
demandas: acontecimentos, exigências e
aspirações
• Discernimento evangélico: olhar de discípulo, que
se nutre da luz e da força do Espírito Santo (EG,50)
7. 1.1 – Novos contextos: desafios e oportunidades (11-22)
• Progresso científico e tecnológico: avanço da informática,
emergência da subjetividade;
• consciência ecológica, tolerância, mobilizações (injustiças,
ditaduras, corrupção);
• Subjetividade individual: enfraquecimento dos vínculos
comunitários e sociais (desenraizamento). Desinteresse pelo
outro e imediatismo;
• Secularismo: libertar-se da família, religião e sociedade; Estado
laico/sociedade pós-cristã relativismo moral.
• Mercado/consumismo X exclusão social (miséria...);
• Urbanização acelerada e desordenada X pastoral de manutenção
(demandas religiosas sem vínculos);
• Meios de comunicação: novos espaços (virtuais – rurais e
urbanos)
8. 1.2 – Novos cenários da fé e da religião (23-27)
• Religiosidade não institucional: interesses pessoais
busca de soluções imediatas: curas, prosperidade
financeira...
• Os que se declaram sem religião (mesmo os batizados);
• Pluralismo: perda de referências fundamentais,
fragmentação da vida e da cultura, desrespeito e
indiferença, sincretismo;
• Perda do sentido comunitário e solidário da fé e a
dificuldade de manter a identidade e vocação cristãs;
• Religiosidade midiática: redes sociais, TVs (menor senso
de pertença e engajamento comunitários)- novas
modalidades de se viver a fé.
9. 1.3 – Realidade da Paróquia (28-38)
Unida às outras paróquias da diocese e na sociedade – não é
autônoma/independente;
Dificuldades: não assumir a eclesiologia do Vaticano II
(sacramentalismo e devocionalismo), sem plano pastoral
sincronizado com a diocese, catequese sem iniciação cristã,
centralismo na pessoa do pároco (ausência da atuação eficaz dos
leigos), falta de preocupação missionária, pequenas
comunidades “fracas”, grupos fechados e sem comunhão com a
diocese ou diálogo com o mundo (fundamentalismo), paróquias
instituições (clubes...), cheia de vetos, burocracia, distante e sem
preocupação com os pobres ou com a evangelização,;
Há exemplos de conversão pastoral: processo de Iniciação Cristã
(catequese), animação bíblica, ministérios leigos, CPP, CAE, busca
dos afastados, novos métodos (EG,33), planos evangélicos,
místicos e participativos. Procura integrar fé, esperança e
caridade na intersubjetividade.
10. 1.4 – A nova territorialidade (38-44)
Há séculos o principal critério da experiência eclesial
(fixista e estável). Hoje as relações sociais se
sobrepõem: sem delimitação geográfica, mobilidade,
fluidez do território;
Espaço: lugar habitado (interação e convivência da fé)
sentido de pertença não depende do território;
Não se despreza a territorialidade como referência, pois
acolhe os diferentes modos de viver a fé;
Cânon 518: paroquias territoriais e não territoriais (rito,
nacionalidade, razão pastoral);
Mídias: grupos de pertença espaço virtual:
comunidades virtuais, que superam a noção de espaço e
tempo.
11. 1.5 – Revisão de estruturas obsoletas (45-50)
Ativismo estéril: manutenção de práticas e estruturas
(energia desperdiçada), longe das novas inquietações;
Tornar a paróquia mais missionária (constante saída –
EG,27): nova linguagem, conceitos compreensíveis
para que as verdades de sempre sejam uma novidade
(Mistério de Deus – espiritualidade que o torne
desejável), indo além do meramente administrativo e
sacramental;
Atendimento: doentes, solitários, enlutados,
deprimidos, dependentes químicos, povo da rua,
famílias, quilombolas, etc... ampliar os ministérios
leigos, na mística do discípulo missionário, para uma
paróquia missionária (EG,28);
12. 1.6 – A urgência da conversão pastoral (51-57)
Transformação permanente, interior e integral, que
sugere a renovação missionária das comunidades e
cristãos para o Cristo (Dap,370), nas estruturas e
métodos, ultrapassando o modelo de conservação e
manutenção (fechamento e defesa sem diálogo), para
uma pastoral missionária;
Contínua (LG,8): nova mentalidade pastoral no
exercício da maternidade da Igreja, fundada na
experiência de Deus;
Comunidade acolhedora, samaritana (EG 49), orante e
eucarística;
Superar o medo da mudança (abertura).
13. 1.7 – Conversão para a missão (58-60)
Passar de uma pastoral limitada pelas atividades internas da
Igreja para o diálogo com o mundo, fiel à proposta do
Evangelho para a comunidade, renovando costumes, estilos,
horários e linguagem;
Favorecer mais a evangelização que a autopreservação da
paróquia, superando a espiritualidade intimista para dar-se
mais aos outros.
1.8 – Breve conclusão (61)
Desafio: renovar-se diante das aceleradas mudanças deste
tempo;
Exigência para o discípulo missionário: ousadia diante dos
novos contextos e ter como fonte perene o encontro com
Jesus Cristo, renovado constantemente pelo anúncio do
querigma.
14. CAPÍTULO 2
PALAVRA DE DEUS, VIDA E MISSÃO NAS
COMUNIDADES
Inspiração para a comunidade cristã: PALAVRA, anunciada
por Cristo, em nome do Pai, e na qual a Igreja existe e age
guiada pelo Espírito Santo;
Modelo de vida de Jesus e dos apóstolos;
Fontes bíblicas (contexto e circunstâncias –origem da
Igreja): eclesiologia comunidade de comunidades.
15. 2.1 – A comunidade de Israel (63-66)
Firmada na aliança com Deus, determinando a vida
familiar, comunitária e social, pela observância da Lei e
dos profetas (adoração/culto e promoção da justiça),
como povo eleito;
Famílias reunidas como comunidade religiosa e social em
diferentes momentos/épocas: Abraão, Isaac, Israel,
Moisés, juízes, profetas, exílio fortalecimento
progressivo de seus vínculos;
No tempo de Jesus: vida comunitária se desintegrando,
ameaça da escravidão, pessoas desassistidas (viúvas,
órfãos, pobres – Mt 9,36);
Jesus inserido na vida comunitária de Israel: orações,
reuniões na sinagoga, peregrinações vivência da fé.
16. 2.2 – Jesus: novo modo de ser pastor (67-70)
BOM PASTOR (Jo.10,11): acolhia, cuidava (doentes e
excluídos pela religião e sociedade), ia ao encontro,
mostrava novo caminho (Mt 11,28-30);
Anúncio da Boa Nova para todos indistintamente:
prostitutas, pecadores, pagãos, samaritanos, leprosos,
possessos, mulheres, crianças, doentes, publicanos,
soldados e pobres;
Ensino novo com autoridade (Mc 1,27): causava admiração
linguagem simples, interativa, simbólica (parábolas), que
ajudava a descobrir a verdade que ele testemunhava com
sua vida.
17. 2.3–A comunidade de Jesus na perspectiva do Reino de Deus (71-76)
Na presença do Espírito, Jesus anuncia o Reino (ler Lc 4,18-19)
Casa: visitou pessoas e familias: Pedro, Mateus, Zaqueu, Marta,
Maria e Lázaro entrar na vida;
Grupo dos 12 Apóstolos (tribos de Israel): novo povo de Deus.
Aprendem dele um novo jeito de ser: a) Comunhão com Jesus
(irmãos – Mt 23,8-10); b) Igualdade de dignidade (Gl3,28); c) Partilha
dos bens (Mc 10,28, Jo 13,29, Lc 10,7); d) Amizade (Jo 15,15); e) Serviço
– poder (Lc 22,25-26; Mc 10,43; Mt 20,28); f) Perdão – poder dado a
Pedro, aos apóstolos e à comunidade (Mt 16,19; Jo 20,23; Mt 18,18); g)
Oração em comum (Jo 2,13;7,14;10,22-23; Mc 6,41; Mt 26,36-37; Lc
24,30;4,16;9,28); h)Alegria – chegada do Reino e salvação próxima(Lc
10,20.23;6,20; Mt 5,11);
Recomendações para a missão: a) Hospitalidade (despojamento –
Lc 9,4;10,5-6;Mt 10,9-10); b)Partilha (Lc 10,7); c) Comunhão de mesa (Lc 10,8;
Mt 23,15); d) Acolhida aos excluídos (Lc 10,9; Mt 10,8).
18. 2.4 – As primeiras comunidades cristãs (77-97)
Experiência de encontro com o Ressuscitado (Lc 24,1-8):
transmissão do Espírito Santo (carismas) testemunhas do
Evangelho: admitem os pagãos, superam a lei mosaica, chegam
ao mundo pagão;
Filiação divina: fé e batismo;
Atos 2,42 (vínculo familiar com Cristo e com os irmãos) a)
Ensinamento dos apóstolos: nova interpretação da vida e da lei
(experiência da ressurreição); b) Comunhão fraterna: partilha dos
bens (At 2,44-45;4,32.34-35). Relação das pessoas e a
comunidade com a Trindade (com o Pai, em Cristo, que se
estende aos irmãos na ação do Espírito); c) Fração do Pão nas
casas (Eucaristia): herança judaica – Jesus partilhou o pão com os
discípulos (Lc 24,30-35). Refletia na vida pessoal, comunitária e
social (Koinonia – At 2,6), sustentando a fé e a esperança na
parusia (Maranathá); d) Orações: unidos a Deus e entre si;
Louvor, estima e crescimento (At 2,47).
19. Iniciação cristã: Antioquia nome de cristãos (At 11,26):
seguidores de Cristo (ungido). Nos primeiros séculos havia
um processo: querigma/pré-catecumenato; catecumenato
(doutrina dos apóstolos e catequese – Adesão a Cristo na
comunidade, sociedade e família); purificação e
iluminação (sacramentos da iniciação na Vigília Pascal) e
mistagogia (tempo pascal);
Missão: Jesus, enviado do Pai, nos envia (Hb 3,1; Mt
28,19) para anunciar a Boa Nova (Mc 16,15) até os confins
da terra (At 1,8; Mc 1,38);
Testemunhas da esperança: devida à ressurreição
comunhão com a Trindade na Aliança Eterna (Ap 21,2-5).
Aguardam a vinda de Cristo no fim dos tempos, como
novo Povo de Deus peregrino e seguidores do caminho,
acolhendo estrangeiros, imigrantes, peregrinos...
20. 2.5 – A Igreja-comunidade (98-102)
Bacia do Mediterrâneo (tempo dos apóstolos e primeiras
pregações): revolução sociocultural;
Paulo: Igreja doméstica (sedentária: Jerusalém, Antioquia,
Roma, Corinto, Éfeso), ao passo que na Palestina havia um
cristianismo nômade;
Assembleia convocada por Deus, povo eleito da Nova
Aliança (ekklesia tou theou), incluindo os pagãos: liturgia,
Palavra, Ceia (1Cor 11,18) e dons do Espírito (sinais);
2.6 – Breve conclusão: ser-humano (A.T e N.T) membro
do Povo da Aliança (identidade), comunidade de fé;
- N.T. insere novos elementos: Corpo de Cristo eixo é a
pessoa de Jesus Cristo na forma de discipulado – missão;
- Não ter medo de novos modelos, em novas épocas (CNBB).
21. CAPÍTULO 3
SURGIMENTO DA PARÓQUIA E SUA
EVOLUÇÃO
Experiência/dimensão comunitária da fé: evolução
história desde a Igreja Doméstica até a Paróquia atual;
Importante instrumento na construção da identidade
cristã: cristianismo visível na cultura e na história;
Mudanças de época: recuperar e rever seus diferentes
aspectos acentuar o sentido comunitário da fé cristã.
22. 3.1 – As comunidades na Igreja antiga (107-110)
Comunidades primitivas: transmissão da Palavra de Jesus
e fidelidade ao Reino de Deus;
3 primeiros séculos: clandestinos – Império Romano.
Tempo de perseguição e martírio. É o tempo dos Santos
Padres: delineação dos ministérios, ideia de fraternidade
cristã (jejum), desafios de um mundo estranho à fé.
3.2 – A origem das paróquias (111-118)
Edito de Milão (313): liberdade religiosa no Império R;
Edito de Tessalônica (381 – Teodósio): Religião oficial
crescimento em número (massa anônima);
Comunidades organizadas na vida social: territorialidade e
organização administrativa;
Final do século III: Domus ecclesiae (fixo) presbíteros;
23. Final do século IV (Roma): Titulus.
Paróquias como comunidades rurais bispo e presbitério;
Século V: maior autonomia presbíteros assumem novas
funções (delegadas): presidir a Eucaristia, batizar, reconciliar. Aos
poucos esse sistema chega às cidades (transformação social das
comunidades primitivas em paróquias). A diocese era uma
expansão disso;
Fermentum: prolongamento da Eucaristia episcopal;
Iniciação feita pelo presbítero, exceto a “perfeição” (crisma);
476: fim do Império Romano – invasões bárbaras (assimilam a
cultura, monarquia, latim, Igreja Católica) relação estreita
entre Igreja e Estado;
Surgimento dos mosteiros e ordens religiosas;
Segundo milênio: dois poderes (temporal e espiritual);
Reforma gregoriana (1073-1085): origens + poder papal;
Concílio de Trento (séc. XVI): Renascimento e Reforma -
(seminários, residência do pároco). Isto vai até o Vaticano II.
24. 3.3 – A formação das paróquias no Brasil (119-123)
Séc. XVI: ordens religiosas e irmandades de fiéis (devoções
particulares). Em 1855 o Império fecha os noviciados;
Paróquia: única instância institucional do catolicismo;
1889: congregações europeias escola católica
Leigos: ligados às associações (muita reza e pouca missa);
Séc. XIX: introdução da reforma tridentina paroquialização
das capelas populares, formação moral e dogmática. Paróquia
torna-se local de atos religiosos e atendimento sacramental;
CDC 1917: menor circunscrição local, pastoral e administrativa.
3.4 – A paróquia no Concílio Vaticano II (124-128)
Igreja Particular: paróquia está em rede e só pode ser
compreendida a partir da diocese, como que uma célula;
Diocese: porção do Povo de Deus, a paróquia uma parte;
Eucaristia: fonte e cume da vida cristã e unidade do povo;
LG, GS e AA: missão da Igreja no mundo, lugar dos discípulos;
25. 3.5 – A renovação paroquial na América Latina e no Caribe (129-139)
Década de 60: mudanças, regimes militares, violação dos direitos
humanos, êxodo rural, novo cenário social, político, econômico e
religioso (nova atuação da Igreja)
Medellín (Colômbia -1968): revisão da pastoral de conservação
(sacramental) sem evangelização e compromisso com a justiça,
verdade e vivência comunitária e litúrgica da fé (Eucaristia)
(DM,6,3);
Puebla (México – 1979): “Acompanhar as pessoas e a família no
decorrer de toda a sua existência, na educação e crescimento na fé”
(DP, 644). Paróquia como centro de “coordenação e animação de
comunidades, grupos e movimentos” (DP,644), valorizando mais
que o território a reunião de fiéis. Expansão das CEB´s;
Santo Domingo (República Dominicana – 1992): paróquia como
família de Deus “comunidade de comunidades e movimentos,
acolhe as angústias e esperanças dos homens, anima e orienta a
comunhão, participação e missão” (SD,58). Setorização,
protagonismo dos leigos e busca dos afastados;
26. Aparecida (Brasil – 2007): grande apelo é a conversão pastoral
superar o modelo de conservação pela dimensão missionária, como
rede de comunidades, comunhão de discípulos missionários,
“células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos
fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial.
São chamadas a ser casa e escolas de comunhão” (DAp 170),
“comunidade de comunidades” (Dap, 99,179 e 309), centro da vivência
cristã (todo orgânico), inspirada no N. Testamento.
3.6 – A renovação paroquial no Brasil (140-147): desde 1962, com
o Plano de Emergência enfrentamento de problemas e renovação;
Diocese: lugar da comunhão, estacando-se o tríplice múnus de
Cristo, do qual participa o batizado (profético, sacerdotal e real);
Linhas de uma pastoral de conjunto e levantamento de realidade;
CF (1964 e 1965): “Igreja em renovação” e “ Paróquia em
renovação”;
DGAE (2011-15): local de vivência da fé e inserção na Igreja,
comunidade de comunidades, de discípulos missionários;
Estudo 104 (2013) e pronunciamentos do papa: revisão e renovação.
27. CAPÍTULO 4
COMUNIDADE PAROQUIAL
Fundamento e origem: Mistério Trinitário
comunhão, mistério, carismas - dom da unidade e
comunhão com Cristo e entre si;
Mais que uma realidade sociológico e psicológica;
Prolongamento da Igreja Particular e da Eucaristia
episcopal, célula da diocese (AA,10), visibiliza a Igreja
Universal.
28. 4.1 – Trindade: fonte e meta da comunidade (154-157)
Igreja: desejada e projetada pelo Pai, criatura do Filho e
vivificada pelo Espírito Santo dimensão comunitária
fundamental que brota da Trindade (modelo), perfeita
comunidade de amor à qual rumamos;
Diversidade de carismas – MISSÃO (comunidades): que todos
conheçam e participem deste amor.
4.2 – Diocese e paróquia (158-160)
CDC,369: Diocese é uma porção do Povo de Deus, confiada a
um bispo com a cooperação de um prebitério;
Comunhão com outras dioceses: presididas na caridade pelo
bispo de Roma (papa), é mistério, pois supera a unidade
sociológica e harmonia psicológica comunhão dos santos;
Visa a salvação, que considera e transcende o mundo visível;
Paróquia: menor parte da comunidade mais ampla, que é a
diocese, nunca pensada independente da mesma.
29. 4.3 – Definição de paróquia (161-167)
Bíblia grega 1)Paroikía (subst): estrangeiro, migrante; 2)
Paroikein (verbo): viver junto, habitar nas proximidades, viver
em casa alheia, em peregrinação; 3) Paroikós (subst/adj):
morada, habitação em pátria estrangeira, vizinho, próximo,
que habita junto. O cristão não está em sua pátria definitiva
(Hb13,14);
Paróquia: “estação provisória” ou hospedaria, no caminha da
salvação para a pátria celeste, guiados pela fé em Jesus Cristo;
CIC,2179; CDC,515§1º: comunidade de fiéis (estável) na
Diocese, confiada ao pároco, sob autoridade do bispo, em
comunhão com a diocese;
Local da celebração da Eucaristia, prática da caridade (At 2,42),
da missão (formar seguidores);
Tríplice múnus de Cristo: comunidade de fé, culto e caridade;
Superar a vivência individualista da fé (CIC, PG86/1,416.421).
30. 4.4 – Comunidade de fiéis (168-173)
Conceito de “comunidade” autocompreensão de sua realidade
histórica, pois torna presente a Igreja onde está, como local onde
se ouve a convocação feita por Deus, em Cristo, para que todos
sejam um e vivam como irmãos (família dos que ouvem e praticam
a Palavra – Lc 8,21);
Comunidade: identidade coletiva (tem algo em comum);
Teologicamente: comunhão íntima das pessoas entre si e delas
com o Deus Trindade, sobretudo pelo Batismo e Eucaristia;
Comunidade de fiéis: batizados em comunhão com a Igreja;
Riqueza de dons e carismas: partilhados para o bem de todos.
4.5 – Território paroquial (174-176) – Cân 518
Paróquia (CDC): territorial ou pessoal (rito, língua, nacionalidade);
Área circunscrita por uma linha divisória: pertença e acolhida das
pessoas de diferentes culturas, formas de espiritualidade, condição
social para ouvir a Palavra e participar da Eucaristia, sob os
cuidados do pároco, em comunhão com o bispo diocesano.
31. 4.6 – Comunidade: casa dos cristãos (177-184)
Comunidade cristã: experiência de Igreja que acontece ao redor
da casa (domus ecclesiae) a paróquia “é a última localização
da Igreja... que vive no meio das casas dos seus filhos e filhas”;
Referencial para o cristão peregrino, construção de pedras vivas:
- Casa da Palavra: onde o discípulo escuta, acolhe e pratica. Acolhe
o Verbo de Deus, que armou sua tenda entre nós (shekinah),
sobretudo pela liturgia, pela iniciação cristã, LOB, e outros modos;
- Casa do Pão: “a fé da Igreja é essencialmente fé eucarística e
alimenta-se, de modo particular, à mesa da Eucaristia” (SC,6); é o
encontro de Deus com a comunidade, desta com Deus e dos seus
membros entre si. A comunidade vive da Eucaristia;
- Casa da Caridade: na Palavra, na Eucaristia e no Batismo, vive a
dimensão do amor como ágape-caridade (em relação à Deus e ao
próximo) promoção da justiça, opção pelos pobres, ética... e por
sua presença pública na sociedade (missão-testemunho).
32. 4.7 – Comunidades para a missão (185-189)
Testemunho missionário colabora para garantir a dignidade
do ser humano e a humanização das relações sociais. É
anterior ao discurso e às palavras, pois é proclamação
silenciosa e eficaz da Boa Nova, que supõe: “aproximação
afetuosa, escuta, humildade, solidariedade, compaixão,
diálogo, reconciliação, compromisso com a justiça social e
capacidade de compartilhar, como Jesus o fez” (Dap, 363);
Requer o anúncio explícito da Boa-Nova de Cristo (Querigma):
anunciar Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado, o que supõe
testemunho, evitando reduzi-lo à prática de culto e
religiosidade, sem propor mudança de vida;
Estado permanente de missão (natureza da comunidade): ir ao
encontro, chamar os excluídos, oferecer a misericórdia do Pai.
Igreja ícone da Trindade no tempo e elevação do tempo ao
coração da Trindade: encontro, proximidade, missão!
33. CAPÍTULO 5
SUJEITOS E TAREFAS DA CONVERSÃO
PAROQUIAL
Vaticano II relação e distinção entre:
1) Sacerdócio comum dos fiéis: proveniente do Batismo, fonte e
raiz de todos os ministérios;
2) Sacerdócio Ministerial: proveniente da Ordem.
Ambos participam do único sacerdócio de Cristo;
Renovação paroquial: envolve a todos, em diferentes tarefas,
pois o fortalecimento das comunidades exige a multiplicação dos
ministérios;
Sujeitos da conversão pastoral: compromisso em ser presença
evangelizadora, ir às periferias existenciais, superar o medo,
descentralizar (Cristo é o centro), compartilhar tarefas.
34. 5.1 – Os bispos (195-198)
Primeiros a fomentar, em toda a diocese, a conversão pastoral
das paróquias e fazer da Igreja escola de comunhão;
Papa aos bispos: serem pastores próximos das pessoas,
pacientes, misericordiosos, simples, acolhedores e
mantenham a unidade, cuidar da esperança (cf. Francisco,
Mensagens e Homilias – JMJ, Rio 2013, p.90)
Trabalho mais pastoral que administrativo, nova mentalidade
e postura pastoral, fortalecendo o clero em sua missão e
espiritualidade;
5.2 – Os presbíteros (199-205)
Chamados a ser padres-pastores, dedicados, generosos,
acolhedores e abertos ao serviço nas comunidades;
Dificuldades encontradas: sobrecarga, múltiplas tarefas,
desencanto, dificuldade no relacionamento, insensibilidade para
com os pobres, desatualização, personalismo, dentre outras;
35. Um dom para a comunidade, pastor e guia, presença visível de
Cristo vivo, com o qual cultiva uma experiência e tem Espírito
missionário, coração paterno, animador da vida espiritual,
evangelizador, atualizado (formação permanente);
Autêntico discípulo de Jesus Cristo, apaixonado pelo Senhor. Do
contrário, não consegue renovar uma paróquia (cf.Dap, 201)
Novas atitudes: além da administração e past. de conservação;
5.3 – Os diáconos permanentes (206)
DAP, 205: acompanhem a formação de novas comunidades
eclesiais, onde ordinariamente não chega a ação evangelizadora
da Igreja;
Explicita presença servidora de Cristo e sinal da unidade eclesial;
Assumir comunidades não territoriais: atendimento a
dependentes quimicos, universidades, hospitais, adinistração
paroquial (em caso de necessidade).
36. 5.4 – Os consagrados (207-209)
Chamados a participar ativamente da renovação paroquial
ação pastoral a partir de seus carismas;
Atuam junto às famílias, na coordenação de paróquias;
Comunhão com a diocese, da qual fazem parte, e seu plano de
pastoral , evitando ações paralelas. Tal vínculo, além de jurídico,
é também pastoral e missionário.
5.5 – Os leigos (210-227)
Missão: deriva do Batismo e da Confirmação, testemunhando
Cristo na vida da Igreja e no mundo, além dos limites da
comunidade de fé e colaborando diretamente com as atividades
pastorais (cf. AA,10);
Desafios: superar o clericalismo e crescer nas responsabilidades:
participação nas comunidades eclesiais, grupos bíblicos, conselhos
pastorais e administrativos, reconhecer a diversidade de carismas;
Testemunhar a fé na vida pública, ter boa formação na Doutrina
Social da Igreja (DSI), sendo sujeitos da comunhão eclesial;
37. Consciência de ser chamados a ser Igreja, assumindo seu papel na
construção da comunidade de comunidades. Merecem destaque,
como sujeitos:
1. A Família (santuário da vida):
- Sua importância na vida da pessoa, da comunidade e sociedade;
- Desafios: políticas públicas que nem sempre respeitam essa célula
fundamental da sociedade, dificuldade em viver a fidelidade e o
amor (compromisso), crise de afeto, dificuldade em criar vínculos
(namoro e casamento), amasiados e casais em segunda união,
solteiros com filhos, crianças adotadas por casais do mesmo sexo,
os afastados pelas proibições, novas situações da vida familiar;
- Atitude da Igreja (família de Cristo): acolher com amor todos os
seus filhos, sem esquecer todo o ensinamento cristão sobre a
família (usar de misericórdia);
2. As Mulheres: presença intensa nas comunidades (catequese,
liturgia, ministérios, visita aos enfermos... (maioria nas comunidades).
São transmissoras da fé e colaboradoras dos pastores (DAp,455).
Ampliar a participação nos âmbitos de decisão. Exemplo de Maria...
38. 3. Os Jovens: a paróquia precisa ter abertura para incentivar a
presença e a atuação dos jovens cristãos, pois “moram no coração da
Igreja” (CNBB, Doc.85,1). É necessário uma forma adequada de
anunciar o amor de Cristo a eles, abrindo espaços adequados nas
paróquias, com atividades, metodologia e linguagem próprias, levando
ao engajamento, no seu jeito de ser, com ousadia e destemor.
Aproveitar os ambientes digitais e levar à vencer a cultura do
provisório e relativo. Atenção aos excluídos.
4. Os Idosos: escutá-los em suas preocupações e valoriza-los como
testemunhas da história e herdeiros privilegiados do tesouro cultural
da comunidade (valores a resgatar). Muitos vivem na solidão e a vida
fraterna na comunidade torna-se importante ao acolher e cuidar.
Estimular a amizade entre idosos, crianças e jovens.
5.6 – Comunidades Eclesiais de Base – CEB´s (228-230)
Instrumento que permite ao povo “chegar a um conhecimento
maior da Palavra de Deus, ao compromisso social em nome do
Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da
fé dos adultos” (Dap,178);
39. “Ardor evangelizador e capacidade de diálogo com o mundo que
renovam a Igreja”, por isso devem manter contato com a paróquia
local (EG,29) e com a diocese (DAp.,179), como sinal de vitalidade,
sendo presença de Igreja junto aos mais simples, na busca de uma
sociedade mais justa e solidária;
Forma privilegiada de vivência comunitária da fé, inserida na
sociedade em perspectiva profética, com compromisso
sociotransformador;
Centralidade na Palavra de Deus, na Eucaristia e no valor do
pequeno grupo (fraternidade e solidariedade).
5.7 – Movimentos e associações de fiéis (231-236)
Sinais da providência de Deus para a Igreja de hoje, trazem novas
experiências que enriquecem a eclesialidade: movimentos leigos
(casais, jovens...), que oferecem formação e propõem um caminho
para seguir Jesus;
Desafios: superar a autonomia, integrando-os mais à missão
paroquial e tornando-a mais rica em serviços, ministérios e no
testemunho;
40. Capacidade de reunir pessoas no sentido transterritorial, sobretudo
no meio urbano, necessitando maior integração com os planos
diocesano e paroquial de pastoral, não sendo uma alternativa;
Valorização dos carismas diferenciados: ajuda na vivência de fé, na
participação da vida da Igreja e na evangelização no mundo hoje.
5.8 – Comunidades ambientais e transterritoriais (237-239)
Moradores de rua, universitários, empresários, escolas e outros;
Desafios: efetivar uma pastoral de conjunto com a paróquia, ao
passo que esta também precisa aproximar-se das mais diferentes
realidades e ambientes de seu território, para favorecer a
evangelização onde se clama pela Boa-Nova de Cristo.
“A paróquia é fundamental para a missão evangelizadora, porém
insuficiente ao se considerarem outras realidades eclesiais” (Doc.100,241)
“Através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os
seus membros para serem agentes de evangelização” (EG,28)
41. CAPÍTULO 6
PROPOSIÇÕES PASTORAIS
Pistas de ação para a CONVERSÃO PASTORAL da paróquia em
comunidade de comunidades: exige capacidade de agir e programar;
“Sem Cristo nada podemos fazer” (cf. Jo 15,5): primado de Deus e o
lugar do Espírito Santo.
6.1 – Comunidades da comunidade paroquial (244-256)
Setorização: facilitar os vínculos humanos e sociais,
descentralizando o atendimento, com aumento de líderes e
ministros leigos, indo ao encontro dos afastados , sem tanta
estrutura administrativa;
Identificar e preparar quem vai pastorear, animar e coordenar;
Novo planejamento da paróquia como rede, delegando
responsabilidades. Não se trata de “miniparóquias”;
Conceito de pequenas comunidades: “pequeno grupo de pessoas no
qual todos se conhecem, partilham a vida e cuidam-se uns dos
outros, como discípulos missionários de Cristo” (Doc.100,246);
42. Ampliar a interação e engajamento das pessoas: 1) As que já atuam
(pastorais, movimentos, serviços); 2) As que frequentam as
celebrações mas não estão engajadas e 3) Atrair os afastados.
Critério da setorização: territorial ou por afeto e interesse, pois nem
sempre vizinhança geográfica significa partilha da vida e fé;
Frequência: semanal, quinzenal, mensal a partir do contexto;
Garantir comunicação entre os membros: levar ao interesse e
compromisso de amizade e fraternidade na comunidade de fé;
Fundamento: Palavra de Deus e Eucaristia. Ajudam a LOB, Círculos
Bíblicos e outras iniciativas, para que a Palavra determine a
caminhada do pequeno grupo e desperte novos serviços e
ministérios: assistência aos enfermos, catequese, ajuda aos
pobres...
Celebrar a vida: aniversários, acontecimentos, etc;
Podem se reunir em diversos pontos, em horários e dias diferentes;
Oferecer subsídios para formação, para que seja sempre unida à
Palavra, oração, comunhão fraterna e serviço aos pobres;
Encontro eucarístico na Matriz ou capelas de comunidades.
43. 6.2 – A acolhida e vida fraterna (157-267)
Comunidade lugar da reconciliação: tensões e dissensões são
presentes. Todos devem acolher e oferecer o perdão;
Superar: inveja, fofoca, interesses comprometem a comunhão;
Relações interpessoais: alegria, perdão, amor mútuo, diálogo correção
fraterna, acolhendo bem os afastados “Nisto conhecerão que sois
meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35);
Recuperar as relações interpessoais e de comunhão, acolhendo e
propondo caminho aos distanciados. Melhorar atendimento das
secretarias (burocracia, frieza...) para escutar e encaminha-las;
Escuta: aconselhamento pastoral, acesso ao Sacramento da
Reconciliação (horários do padre), evitar impor obstáculos doutrinais e
morais, mas propor um caminho de fé gradual (pedagogia divina);
“A paróquia seja uma instância de acolhida e missão, promovendo a
cultura do encontro, adaptando-se para tal” (Doc.100,267).
6.3 – Iniciação à vida cristã (268-270)
Catequese como prioridade: estreito vínculo entre Batismo,
Confirmação e Eucaristia;
44. Metodologia ou processo catecumenal: RICA e Diretório Nacional
de Catequese. Rever a catequese com adultos, jovens, adolescentes
e crianças, centrada na Palavra (animação bíblica da pastoral);
Passos: do querigna e conversão até o discipulado, a comunhão e a
missão. Testemunho de atitudes bíblicas e evangélicas de todos.
6.4 – Leitura Orante da Bíblia – LOB (271-273)
Casa da Palavra: a paróquia há de promover uma nova
evangelização, criando familiaridade com a Bíblia, sobretudo pela
experiência comunitária da LOB. A Palavra edifica a Igreja, sendo
contínua fonte de animação de sua vida e pastoral;
Preparação das homilias: meditação e oração paixão e convicção;
Celebração da Palavra: onde não é possível a Missa (VD,59).
6.5 – Liturgia e espiritualidade (274-280)
Pós-Vaticano II: maior participação da assembleia, com intensa
espiritualidade, vivenciando o que celebra;
Desafios: evitar grandes comentários, cânticos desalinhados com a
Palavra, homilias longas, falta de silêncio, dentro outros.
45. Eucaristia: renovação da vida em Cristo. Escola de vida cristã;
Adoração: prolongamento da Celebração Eucarística;
Liturgia e vida (prática): o Cristo reconhecido na Eucaristia remete
ao encontro e serviço aos pobres;
Valorizar o Domingo (Dies Domini): família, alegria, repouso,
solidariedade;
Atividades: retiros, Missas, Celebração da Reconciliação, levando à
alteridade e solidariedade, à superação do desânimo e cansaço;
Valorizar a religiosidade popular e devoção mariana: impregnadas da
Palavra e orientadas para o Mistério Pascal seguimento de Jesus;
6.6 – Caridade (281-286)
Acolher a todos: moralmente perdidos e socialmente excluídos, “para
que tenham vida” (Jo 10,10). O amor ao próximo, radicado no amor a
Deus, é um dever de toda comunidade eclesial (cf.DCE,20;31);
Defesa da vida, desde a concepção até seu fim natural (atitudes do
Bom Samaritano);
Novas configurações familiares: divorciados, casais em segunda
união, homossexuais, solitários e deprimidos, doentes mentais;
46. Grandes desafios da humanidade: defesa da vida, ecologia, ética na
política, economia solidária e cultura da paz. Uma paróquia
servidora e protetora da vida, educa ao pleno exercício da
cidadania, da integridade da Terra e cuidado com a biodiversidade;
Evite-se a venda e consumo de álcool nas comunidades .
6.7 – Conselhos, organização paroquial e manutenção(287-297)
Para o funcionamento: comunhão e participação recursos e
engajamento, em vista da evangelização e manutenção patrimonial;
Dízimo: garantir o sentido comunitário, partilha (das pessoas e
comunidades), com participação dos seus membros;
Conselhos: CPP e CAE (participação do laicato), em concordância.
Não são diretorias. Formar seus membros e tomar decisões em
conjunto. Tudo tenha em vista a salvação e reconciliação de todos;
Obras sociais: cuidado com os pobres e necessitados;
Prestação de contas: Estado (pessoa jurídica) e comunidade;
Fundos de solidariedade: financeira e humana (distribuição do clero);
Vínculos de pertença: diocese e demais paróquias (organicidade
pastoral), na diversidade de realidades.
47. 6.8 – Abertura ecumênica e diálogo (298-301)
Aproveitar possibilidades para uma relação e convivência com o
pluralismo religioso: ocasiões cívicas (festas familiares, do
município, formaturas) e religiosas (batizados, matrimônios,
exéquias). Sempre com respeito e acolhimento mútuos;
Reuniões para rezar e meditar a Palavra de Deus: Semana da Unidade;
Unir-se no serviço à vida e defesa dos direitos humanos;
Unidade é um dom do alto, em vistas à Comunhão (Dap,227);
Não se perde a própria identidade, mesmo no diálogo inter-religioso;
Cultura da proximidade: numa sociedade e cultura de pluralismo.
6.9 – Nova formação (302-305) – novo estilo para a conversão:
Metodologias e processos conversão pessoal e comunitária;
Métodos, pedagogias interativas e participativas (experiências de
vida): levar à consciência do valor da vida comunitária para a fé;
Atualização teológico-Pastoral: dos ministros ordenados, seminaristas
e leigos, no âmbito local, regional e nacional, que leve à adesão à
pessoal de Jesus, formando discípulos missionários (CDFT, Escola de
Catequese, especializações, dentre outras iniciativas).
48. 6.10 – Ministérios leigos (306-308)
Trindade: fonte da pluralidade de ministérios, a serviço da
comunidade (dimensão ministerial da Igreja);
Participação dos leigos: Ministério da Palavra e outros, engajados na
missão (urbana, rural, transterritorial, ambiental ou de afinidade);
Sólida formação doutrinal, pastoral e espiritual.
6.11 – Cuidado vocacional (309-311)
Paróquia: lugar do cuidado vocacional, por excelência, mediante uma
vida plenamente cristã, embora o “primeiro seminário”, seja a família;
Na comunidade nasce e fortalece a consciência vocacional da Igreja;
PV e SAV: animar a vocação batismal e promover a oração vocacional;
Testemunho dos presbíteros e da comunidade: despertar vocacional.
6.12 – Comunicação na pastoral (312-316)
Mudanças: possibilidades de comunicação e novas formas de
relacionamento relação comunidade e fiéis (informados e
conectados – espaços virtuais) – nova linguagem (mutação dos
códigos de comunicação e amplo pluralismo social e cultural;
49. Linguagem mais objetiva, direta, clara, menos prolixa;
Influência dos meios midiáticos: nova experiência religiosa;
Desafio: estimular o vínculo da pessoa com a comunidade
paroquial, com uma pastoral de conjunto, que respeite a
pluralidade de opções e garanta a comunhão efetiva na missão de
renovar as paróquias. Não dispensa a comunidade presencial.
6.13 – Sair em missão (317-318)
Católicos não evangelizados e sem experiência pessoal com Jesus
Cristo: fraca identidade cristã e pouca presença eclesial;
Abandono: busca de experiência de Deus em outras denominações;
Ir ao encontro: afastados ou que veem a comunidade como
prestadora de serviços religiosos;
Oportunidades de acolhida: preparação de padrinhos, noivos, etc;
Olhar menos julgador e mais acolhedor.
6.13 – Características fundamentais à conversão (319)
a. Formar pequenas comunidades a partir do anúncio querigmático,
unidas pela fé, esperança e caridade;
b. Meditar a Palavra de Deus pela Leitura Orante da Biblia;
50. c. Celebrar a Eucaristia com as comunidades da Paróquia;
d. Organizar retiros;
e. Estabelecer CPP e CAE comunhão e participação;
f. Valorizar o laicato: formação pra os ministérios leigos;
g. Acolher a todos, especialmente os afastados: vida em comunidade;
h. Viver a caridade e opção preferencial pelos pobres;
i. Matriz e igrejas: centros de irradiação e animação da fé e espiritualidade;
j. Maior atenção aos condomínios e conjuntos residenciais populares;
k. Garantir a comunhão com a totalidade da diocese;
l. Recursos da mídia e novas formas de comunicação e relacionamento;
m. Ser uma Igreja em “saída missionária”.
CONCLUSÃO GERAL(320-328)
Novos contextos e oportunidades para a conversão pastoral;
Sujeitos: discípulos missionários novo ardor na missão,
superando uma postura burocrática, desanimada, estática. Ver a
Igreja como Mistério, povo de Deus a caminho. É conversão radical!
Paróquia: local do encontro (relações do clero com leigos e destes
entre si), seja territorial, ambiental, opcional ou por afinidade.
51. Vivência mais comunitária da fé: conformada ao Evangelho;
Duas dimensões (Missão Continental – DAp): 1) programática
(atividades missionárias que expressem a conversão) e 2)
paradigmática (nova mentalidade) a partir da missão na paróquia;
Respeito à pluralidade para promover uma pastoral de conjunto,
oferecer instrumentos: tornar possível saciar a sede com a água viva
que Cristo oferece, pois faz novas todas as coisas (cf. Ap 21,5b);
Questões para refletir (nas comunidades):
1. Quais são os pontos deste texto que provocam a reflexão sobre a
nossa comunidade paroquial?
2. Que atividades pastorais e estruturas precisam ser revisadas?
3. Em que aspectos já estamos vivendo a conversão pastoral?
4. Como a nossa paróquia pode tornar-se comunidade e comunidades?
5. O que precisamos assumir para sermos uma paróquia missionária?
Maria, Mãe da Igreja, que sabe ouvir e praticar a Palavra,
interceda por nós. Sejamos entusiasmados pelo Reino, na
renovação espiritual e pastoral.