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CULTIVO DO MARACUJÁ: ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS ANTES DA
IMPLANTAÇÃO DA CULTURA
José Carlos Cavichioli
Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Alta Paulista/APTA
jccavichioli@apta.sp.gov.br
Laura Maria Molina Meleti
Eng. Agrª., Dra., PqC do Centro Experimental Central/IAC-APTA
lmmm@iac.sp.gov.br
Nobuyoshi Narita
Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Alta Sorocabana/APTA
narita@apta.sp.gov.br
A cultura do maracujá representa uma importante opção de cultivo, principalmente para o
segmento da agricultura familiar, por proporcionar rápido retorno econômico e receita por
pelo menos sete meses durante o ano. O potencial de produção do maracujá no Brasil e a
demanda de mercado, tanto nacional como internacional, indicam a importância do cultivo
desta fruta para a economia brasileira.
No estado de São Paulo, a cultura encontra-se distribuída por várias regiões. O oeste
paulista se destaca como importante área de produção. Há trinta anos, o maracujá tem sido
uma opção de cultivo para a Alta Paulista, em áreas antes ocupadas com a cultura do café.
A APTA, por meio do Instituto Agronômico e dos Polos Regionais, desenvolve trabalhos de
pesquisa com a cultura, com o objetivo de encontrar soluções para os principais problemas
que atingem a mesma, além de promover cursos de capacitação.
www.aptaregional.sp.gov.br
ISSN 2316-5146
Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016
Aspectos a serem considerados
É fundamental que o produtor faça o planejamento do plantio, levando em conta alguns
cuidados importantes antes da implantação, para iniciar na cultura de forma adequada e
atingir a produtividade e qualidade desejadas.
No caso do maracujá, os principais aspectos a serem abordados antes da implantação são:
1 - Escolha da área
Deverão ser observados alguns critérios, como a escolha de áreas com boa drenagem,
solos de adequada fertilidade, que não apresentem camada impermeável, pedregosa ou
endurecida, a menos de 2 metros de profundidade. Quando possível, que não tenham
histórico da ocorrência de morte prematura de plantas, uma doença associada a fungos do
solo, como Fusarium, bactérias e nematóides, que se manifesta e dizima rapidamente as
plantas quando entram em produção.
Ao se constatar histórico destes problemas na área pretendida, é recomendado o uso de
mudas enxertadas. Atualmente a espécie mais indicada como porta-enxerto do maracujá
azedo é o maracujá de veado (Passiflora gibertii).
Nunca realizar plantios novos próximos de pomares em produção contendo plantas com
sintomas do vírus do endurecimento dos frutos. A recomendação é sempre utilizar áreas tão
distantes quanto possível dos pomares anteriores
2 - Manejo antes da implantação da cultura
Uma vez escolhida a área a ser implantado o pomar, é interessante que o produtor realize
uma adubação verde, que consiste no cultivo de plantas capazes de melhorar as condições
químicas, físicas e biológicas do solo. Tanto gramíneas como leguminosas podem ser
utilizadas para esta finalidade. Dá-se a preferência às leguminosas pela sua capacidade de
fixar o nitrogênio da atmosfera por simbiose, trazendo este nutriente para o solo, numa
forma disponível para as plantas. As espécies mais indicadas para a região oeste do estado
são: Crotalaria juncea, Crotalaria spectabilis e mucuna anã.
A adubação verde é uma prática que aumenta a capacidade produtiva do solo, pois ajuda na
recuperação de áreas degradadas e melhora algumas características de solos com baixa
fertilidade. Entre outras vantagens, a adubação verde aumenta a capacidade de
armazenamento de água, fornece nitrogênio fixado diretamente da atmosfera, reduz a
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amplitude de variação térmica diuturna, protege contra os agentes erosivos (chuva e vento),
aumenta o teor de matéria orgânica e intensifica a atividade biológica do solo.
3 - Análise de solo
Antes de qualquer operação, é importante fazer a análise de solo. A amostra deve ser
encaminhada a um laboratório para determinação das suas características químicas. De
acordo com os resultados, o produtor saberá da necessidade ou não da correção do mesmo
e as quantidades de nutrientes a aplicar no plantio e nas adubações de cobertura do
maracujá.
4 – Preparo do solo
O produtor pode realizar o preparo convencional do solo, com aração e gradagens,
realizando em seguida a sulcação, onde será depositado o adubo. Atualmente, o mais
recomendado é que se utilize o plantio direto ou o cultivo mínimo, pois reduzem os riscos de
erosão e contribuem para a conservação dos solos. Neste caso, aplica-se um herbicida nas
linhas de plantio e, após a dessecação, faz-se a abertura das covas ou dos sulcos,
mantendo-se as entrelinhas da cultura apenas roçadas.
5 - Instalação de quebra-vento
O vento é altamente prejudicial ao maracujazeiro. Dependendo da sua velocidade, pode
dificultar o crescimento da planta até o fio do arame do sistema de sustentação, podendo
também provocar a quebra de plantas ainda em formação. Em algumas situações causa o
tombamento de linhas inteiras da cultura. Também é responsável por lesões nas folhas, que
servem de porta de entrada para algumas doenças.
Assim, antes da implantação do pomar, é necessário providenciar o quebra-vento, que
poderá ser feito com o capim napier (Figura 1), em 3 laterais ao redor, e também dentro da
área com maracujá, caso existam muitas ruas. Não se deve fechar totalmente a plantação,
sendo necessário deixar um lado sem o quebra-vento.
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Figura 1. Uso de quebra vento com capim napier na cultura do maracujazeiro-amarelo. (Foto: José Carlos
Cavichioli).
6 - Escolha da cultivar
Existem diversas cultivares disponíveis no mercado, como as desenvolvidas pelo IAC, e
suas sementes são comercializadas pelo próprio Instituto Agronômico. São híbridos
selecionados para qualidade de fruto e produtividade. As cultivares IAC 273 (Figura 2) e IAC
277 são destinadas ao mercado de frutas frescas enquanto o „IAC 275‟ é mais indicada para
a agroindústria, por produzir frutos de casca muito fina, coloração interna alaranjado-intensa
e teor de sólidos solúveis totais superior, entre 14 e 16o
Brix, características interessantes na
obtenção de sucos e néctares.
A Embrapa disponibiliza as cultivares BRS Gigante Amarelo, BRS Ouro Vermelho, BRS Sol
de Cerrado e BRS Rubi do Cerrado. Elas apresentam algumas características comuns, tais
como: maior quantidade de vitamina C, bom rendimento de polpa e frutos de dupla
finalidade (indústria e mesa), além de maior “durabilidade de prateleira”, por possuírem
casca espessa.
As sementes das cultivares „FB-200 Yellow Master‟ e „FB 300 Araguari‟ são produzidas e
comercializadas pelo viveiro Flora Brasil, localizado em Araguari, MG. O FB-200 destina-se
ao mercado de frutas frescas.
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A cultivar AFRUVEC-Sul Brasil foi selecionada para produzir frutos grandes, direcionados ao
mercado in natura e com polpa de coloração mais atraente, características também
encontradas na cultivar Catarina, registrada pela EPAGRI no corrente ano.
Figura 2. Frutos da cv. IAC 275, desenvolvida para a agroindústria. (Foto: Laura M.M. Meletti).
7) Aquisição das mudas
As mudas são consideradas o insumo mais importante na implantação de um pomar. O
produtor poderá produzi-las a partir de sementes selecionadas e/ou adquiridas de viveiros
credenciados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e inscritas
no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). O uso de telados antiafídeos é
fundamental para evitar a infecção pelo vírus do endurecimento dos frutos.
Quando o produtor desejar formar suas próprias mudas, deverá cuidar para que:
a) o viveiro fique longe de pomares comerciais e de plantas adultas que possam transmitir
doenças;
b) seja utilizado telado antiafídeo, como forma de se evitar a transmissão do vírus do
endurecimento dos frutos;
c) o local seja de fácil acesso, perto de água de boa qualidade, em terreno levemente
inclinado, para evitar encharcamento;
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d) seja utilizado quebra-vento.
A propagação do maracujazeiro em escala comercial é feita quase exclusivamente por
sementes, mas pode também ser realizada por enxertia e estaquia.
As mudas de maracujá advindas de sementes são formadas por dois processos o tradicional
ou o sistema de “mudão” (Figura 2B). No sistema tradicional, as mudas produzidas em
sacolas plásticas ou tubetes vão para o campo com cerca de 30 cm nos meses de
março/abril, coincidindo com o período de produção da safra anterior, ou seja, a infecção
precoce da planta resulta em queda de produtividade e qualidade do fruto. No sistema de
“mudão”, são produzidas mudas de porte alto, em sacolas plásticas e em viveiros protegidos
com telado anti-afídeo. As mudas podem ser levadas para o campo com mais de 1,5 m de
altura em agosto, após a colheita e a eliminação da cultura anterior. O objetivo é quebrar o
ciclo da doença e produzir o maracujá nos meses de dezembro a março, que é o período de
maior demanda de suco.
É importante utilizar sementes novas, com até seis meses de colhidas. Recomenda-se
utilizar substrato industrializado, a base de casca de madeiras e vermiculita para reduzir os
problemas com doenças de solo e nematóides.
Enxertia:
Trata-se de uma prática relativamente recente na cultura que é adotada por alguns
produtores, em plantios comerciais no oeste do estado de São Paulo, apropriada para
solucionar problemas fitossanitários do terreno. As doenças provocadas por patógenos do
solo em maracujazeiro constituem-se em um dos principais problemas para a maracujazeiro
no Brasil. A vida útil da planta reduz sensivelmente, ocorrendo a morte prematura, em
qualquer estágio de desenvolvimento, responsável pela redução de área plantada e pelo
caráter itinerante da cultura
A adoção das técnicas de enxertia e o uso de materiais resistentes à morte prematura
parece ser o único caminho para regiões com histórico de doenças. O porta-enxerto mais
recomendado é o P. gibertii, por ser tolerante à morte prematura de plantas. O método mais
usado é o de garfagem por fenda cheia (Figura 2A), pela facilidade de realização, podendo
ser utilizado por enxertia hipocotiledonar ou convencional.
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Figura 2. Muda enxertada de maracujazeiro-amarelo (A) e mudas avançadas (mudão) (B) (Foto: José Carlos
Cavichioli)
Referências:
CAVICHIOLI, J.C.; CORRÊA, L.S.; BOLIANI, A.C.; OLIVEIRA, J.C. Uso de câmara úmida
em enxertia hipocotiledonar de maracujazeiro-amarelo sobre três porta-enxertos. Revista
Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.31, n.2., p.532-538, 2009.
CAVICHIOLI, J.C. Critérios para a produção de mudas de maracujá. Revista Campo &
Negócios, Uberlândia, n.129, p. 64-66, 2016.
MELETTI, L.M.M.; CAVICHIOLI, J.C.; PACHECO, C.A. Cultivares e produção de mudas.
Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.33, n.269, p.35-42, 2012.
PIRAÍ SEMENTES. Adubação verde na fruticultura tropical e temperada. Disponível em:
www.pirai.com.br. Acesso em 14 jul. 2016.
BA
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Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016
RODRIGUES, M.G.V.; DIAS, M.S.C.; CASTRICINI, A. Manejo fitotécnico do maracujazeiro.
Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.33, n.269, p.44-52, 2012.

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Cultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da cultura

  • 1. CULTIVO DO MARACUJÁ: ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS ANTES DA IMPLANTAÇÃO DA CULTURA José Carlos Cavichioli Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Alta Paulista/APTA jccavichioli@apta.sp.gov.br Laura Maria Molina Meleti Eng. Agrª., Dra., PqC do Centro Experimental Central/IAC-APTA lmmm@iac.sp.gov.br Nobuyoshi Narita Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Alta Sorocabana/APTA narita@apta.sp.gov.br A cultura do maracujá representa uma importante opção de cultivo, principalmente para o segmento da agricultura familiar, por proporcionar rápido retorno econômico e receita por pelo menos sete meses durante o ano. O potencial de produção do maracujá no Brasil e a demanda de mercado, tanto nacional como internacional, indicam a importância do cultivo desta fruta para a economia brasileira. No estado de São Paulo, a cultura encontra-se distribuída por várias regiões. O oeste paulista se destaca como importante área de produção. Há trinta anos, o maracujá tem sido uma opção de cultivo para a Alta Paulista, em áreas antes ocupadas com a cultura do café. A APTA, por meio do Instituto Agronômico e dos Polos Regionais, desenvolve trabalhos de pesquisa com a cultura, com o objetivo de encontrar soluções para os principais problemas que atingem a mesma, além de promover cursos de capacitação.
  • 2. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016 Aspectos a serem considerados É fundamental que o produtor faça o planejamento do plantio, levando em conta alguns cuidados importantes antes da implantação, para iniciar na cultura de forma adequada e atingir a produtividade e qualidade desejadas. No caso do maracujá, os principais aspectos a serem abordados antes da implantação são: 1 - Escolha da área Deverão ser observados alguns critérios, como a escolha de áreas com boa drenagem, solos de adequada fertilidade, que não apresentem camada impermeável, pedregosa ou endurecida, a menos de 2 metros de profundidade. Quando possível, que não tenham histórico da ocorrência de morte prematura de plantas, uma doença associada a fungos do solo, como Fusarium, bactérias e nematóides, que se manifesta e dizima rapidamente as plantas quando entram em produção. Ao se constatar histórico destes problemas na área pretendida, é recomendado o uso de mudas enxertadas. Atualmente a espécie mais indicada como porta-enxerto do maracujá azedo é o maracujá de veado (Passiflora gibertii). Nunca realizar plantios novos próximos de pomares em produção contendo plantas com sintomas do vírus do endurecimento dos frutos. A recomendação é sempre utilizar áreas tão distantes quanto possível dos pomares anteriores 2 - Manejo antes da implantação da cultura Uma vez escolhida a área a ser implantado o pomar, é interessante que o produtor realize uma adubação verde, que consiste no cultivo de plantas capazes de melhorar as condições químicas, físicas e biológicas do solo. Tanto gramíneas como leguminosas podem ser utilizadas para esta finalidade. Dá-se a preferência às leguminosas pela sua capacidade de fixar o nitrogênio da atmosfera por simbiose, trazendo este nutriente para o solo, numa forma disponível para as plantas. As espécies mais indicadas para a região oeste do estado são: Crotalaria juncea, Crotalaria spectabilis e mucuna anã. A adubação verde é uma prática que aumenta a capacidade produtiva do solo, pois ajuda na recuperação de áreas degradadas e melhora algumas características de solos com baixa fertilidade. Entre outras vantagens, a adubação verde aumenta a capacidade de armazenamento de água, fornece nitrogênio fixado diretamente da atmosfera, reduz a
  • 3. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016 amplitude de variação térmica diuturna, protege contra os agentes erosivos (chuva e vento), aumenta o teor de matéria orgânica e intensifica a atividade biológica do solo. 3 - Análise de solo Antes de qualquer operação, é importante fazer a análise de solo. A amostra deve ser encaminhada a um laboratório para determinação das suas características químicas. De acordo com os resultados, o produtor saberá da necessidade ou não da correção do mesmo e as quantidades de nutrientes a aplicar no plantio e nas adubações de cobertura do maracujá. 4 – Preparo do solo O produtor pode realizar o preparo convencional do solo, com aração e gradagens, realizando em seguida a sulcação, onde será depositado o adubo. Atualmente, o mais recomendado é que se utilize o plantio direto ou o cultivo mínimo, pois reduzem os riscos de erosão e contribuem para a conservação dos solos. Neste caso, aplica-se um herbicida nas linhas de plantio e, após a dessecação, faz-se a abertura das covas ou dos sulcos, mantendo-se as entrelinhas da cultura apenas roçadas. 5 - Instalação de quebra-vento O vento é altamente prejudicial ao maracujazeiro. Dependendo da sua velocidade, pode dificultar o crescimento da planta até o fio do arame do sistema de sustentação, podendo também provocar a quebra de plantas ainda em formação. Em algumas situações causa o tombamento de linhas inteiras da cultura. Também é responsável por lesões nas folhas, que servem de porta de entrada para algumas doenças. Assim, antes da implantação do pomar, é necessário providenciar o quebra-vento, que poderá ser feito com o capim napier (Figura 1), em 3 laterais ao redor, e também dentro da área com maracujá, caso existam muitas ruas. Não se deve fechar totalmente a plantação, sendo necessário deixar um lado sem o quebra-vento.
  • 4. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016 Figura 1. Uso de quebra vento com capim napier na cultura do maracujazeiro-amarelo. (Foto: José Carlos Cavichioli). 6 - Escolha da cultivar Existem diversas cultivares disponíveis no mercado, como as desenvolvidas pelo IAC, e suas sementes são comercializadas pelo próprio Instituto Agronômico. São híbridos selecionados para qualidade de fruto e produtividade. As cultivares IAC 273 (Figura 2) e IAC 277 são destinadas ao mercado de frutas frescas enquanto o „IAC 275‟ é mais indicada para a agroindústria, por produzir frutos de casca muito fina, coloração interna alaranjado-intensa e teor de sólidos solúveis totais superior, entre 14 e 16o Brix, características interessantes na obtenção de sucos e néctares. A Embrapa disponibiliza as cultivares BRS Gigante Amarelo, BRS Ouro Vermelho, BRS Sol de Cerrado e BRS Rubi do Cerrado. Elas apresentam algumas características comuns, tais como: maior quantidade de vitamina C, bom rendimento de polpa e frutos de dupla finalidade (indústria e mesa), além de maior “durabilidade de prateleira”, por possuírem casca espessa. As sementes das cultivares „FB-200 Yellow Master‟ e „FB 300 Araguari‟ são produzidas e comercializadas pelo viveiro Flora Brasil, localizado em Araguari, MG. O FB-200 destina-se ao mercado de frutas frescas.
  • 5. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016 A cultivar AFRUVEC-Sul Brasil foi selecionada para produzir frutos grandes, direcionados ao mercado in natura e com polpa de coloração mais atraente, características também encontradas na cultivar Catarina, registrada pela EPAGRI no corrente ano. Figura 2. Frutos da cv. IAC 275, desenvolvida para a agroindústria. (Foto: Laura M.M. Meletti). 7) Aquisição das mudas As mudas são consideradas o insumo mais importante na implantação de um pomar. O produtor poderá produzi-las a partir de sementes selecionadas e/ou adquiridas de viveiros credenciados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e inscritas no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). O uso de telados antiafídeos é fundamental para evitar a infecção pelo vírus do endurecimento dos frutos. Quando o produtor desejar formar suas próprias mudas, deverá cuidar para que: a) o viveiro fique longe de pomares comerciais e de plantas adultas que possam transmitir doenças; b) seja utilizado telado antiafídeo, como forma de se evitar a transmissão do vírus do endurecimento dos frutos; c) o local seja de fácil acesso, perto de água de boa qualidade, em terreno levemente inclinado, para evitar encharcamento;
  • 6. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016 d) seja utilizado quebra-vento. A propagação do maracujazeiro em escala comercial é feita quase exclusivamente por sementes, mas pode também ser realizada por enxertia e estaquia. As mudas de maracujá advindas de sementes são formadas por dois processos o tradicional ou o sistema de “mudão” (Figura 2B). No sistema tradicional, as mudas produzidas em sacolas plásticas ou tubetes vão para o campo com cerca de 30 cm nos meses de março/abril, coincidindo com o período de produção da safra anterior, ou seja, a infecção precoce da planta resulta em queda de produtividade e qualidade do fruto. No sistema de “mudão”, são produzidas mudas de porte alto, em sacolas plásticas e em viveiros protegidos com telado anti-afídeo. As mudas podem ser levadas para o campo com mais de 1,5 m de altura em agosto, após a colheita e a eliminação da cultura anterior. O objetivo é quebrar o ciclo da doença e produzir o maracujá nos meses de dezembro a março, que é o período de maior demanda de suco. É importante utilizar sementes novas, com até seis meses de colhidas. Recomenda-se utilizar substrato industrializado, a base de casca de madeiras e vermiculita para reduzir os problemas com doenças de solo e nematóides. Enxertia: Trata-se de uma prática relativamente recente na cultura que é adotada por alguns produtores, em plantios comerciais no oeste do estado de São Paulo, apropriada para solucionar problemas fitossanitários do terreno. As doenças provocadas por patógenos do solo em maracujazeiro constituem-se em um dos principais problemas para a maracujazeiro no Brasil. A vida útil da planta reduz sensivelmente, ocorrendo a morte prematura, em qualquer estágio de desenvolvimento, responsável pela redução de área plantada e pelo caráter itinerante da cultura A adoção das técnicas de enxertia e o uso de materiais resistentes à morte prematura parece ser o único caminho para regiões com histórico de doenças. O porta-enxerto mais recomendado é o P. gibertii, por ser tolerante à morte prematura de plantas. O método mais usado é o de garfagem por fenda cheia (Figura 2A), pela facilidade de realização, podendo ser utilizado por enxertia hipocotiledonar ou convencional.
  • 7. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016 Figura 2. Muda enxertada de maracujazeiro-amarelo (A) e mudas avançadas (mudão) (B) (Foto: José Carlos Cavichioli) Referências: CAVICHIOLI, J.C.; CORRÊA, L.S.; BOLIANI, A.C.; OLIVEIRA, J.C. Uso de câmara úmida em enxertia hipocotiledonar de maracujazeiro-amarelo sobre três porta-enxertos. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.31, n.2., p.532-538, 2009. CAVICHIOLI, J.C. Critérios para a produção de mudas de maracujá. Revista Campo & Negócios, Uberlândia, n.129, p. 64-66, 2016. MELETTI, L.M.M.; CAVICHIOLI, J.C.; PACHECO, C.A. Cultivares e produção de mudas. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.33, n.269, p.35-42, 2012. PIRAÍ SEMENTES. Adubação verde na fruticultura tropical e temperada. Disponível em: www.pirai.com.br. Acesso em 14 jul. 2016. BA
  • 8. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul - Dez 2016 RODRIGUES, M.G.V.; DIAS, M.S.C.; CASTRICINI, A. Manejo fitotécnico do maracujazeiro. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.33, n.269, p.44-52, 2012.