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GOIABA: CARACTERÍSTICAS DE FRUTOS DE UM BANCO DE GERMOPLASMA
Juliana Altafin Galli
Eng. Agrônomo, Dr., PqC do Polo Regional Centro Norte/APTA
julianagalli@apta.sp.gov.br
Maria Cecília de Arruda Palharini
Eng. Agrônomo, Dr., PqC do Polo Regional Centro Oeste/APTA
mcarruda@apta.sp.gov.br
Marcos Doniseti Michelotto
Eng. Agrônomo, Dr., PqC do Polo Regional Centro Norte/APTA
michelotto@apta.sp.gov.br
A goiaba (Psidium guajava L.) é a mais brasileira das frutas tropicais, apesar de não haver
consenso entre os pesquisadores sobre a localização exata de seu centro de origem na
América Tropical. É apreciada pelo seu aroma e sabor, além do alto valor nutricional, sendo
uma das frutas mais consumidas no Brasil.
A goiabeira é uma entre muitas espécies cultivadas que tem alta diversidade genética,
devido à fecundação cruzada e o uso de sementes originárias de progenitores heterozigotos
na produção de mudas (Alves e Freitas, 2007).
As cultivares comercializadas no mercado, quase na sua totalidade, foram introduzidas ao
longo dos anos, pelos próprios produtores. Entretanto, a sua caracterização na
comercialização não faz jus a esta diversidade de cultivares. Isto promove o não
reconhecimento dos esforços de melhoramento, visto que, quando os atacadistas, os
varejistas e os consumidores são questionados sobre a cultivar da goiaba, percebemos que
a única informação existente é quanto à coloração de polpa, branca ou vermelha
(Watanabe, 2009).
www.aptaregional.sp.gov.br
ISSN 2316-5146
Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016
Com o objetivo de caracterizar as goiabeiras pertencentes ao Banco de Germoplasma da
APTA Regional Centro Norte, foram avaliadas as características físico-químicas dos frutos,
a fim de identificar materiais com aptidão comercial para possibilidade de uso em sistema
orgânico.
O Banco Ativo de Germoplasma de goiabeira, localizado em Pindorama-SP, contém 85
acessos, com 19 anos de idade, sendo três plantas por acesso, cultivadas em sistema
orgânico, em espaçamento 6 X 5 metros.
Mediante o resultado da análise de solo, foi realizada uma aplicação em superfície de 1,5
ton/ha de calcário dolomítico em área total e 20L de torta de filtro, ao redor do tronco, em
cada planta. O controle de plantas espontâneas foi realizado por roçadeira tratorizada
ecológica e capinas manuais. Em julho de 2012, as plantas sofreram uma poda drástica, de
forma que o tronco principal apresentou uma altura de 1,20 metros.
Os acessos avaliados e a descrição de seus locais de origem estão descritos na Tabela 1.
Tabela 1. Acessos do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) e locais de origem.
Acesso Origem
1 Campos Estação Experimental de Jundiaí
2 Creme Arredondada Jaboticabal (UNESP)
3 EEFT 3 Monte Alto (CICA)
4 Goiaba polpa amarela Valinhos
5 IAC – 4 Estação Experimental de Jundiaí
6 IAC – 4 Monte Alto (CICA)
7 Indiana Jaboticabal (UNESP)
8 Kioshi 1 Monte Alto (CICA)
9 Kioshi 2 Monte Alto (CICA)
10 Kioshi 3 Monte Alto (CICA)
11 Kumagai Branca Valinhos
12 L1P2 Centro Experimental de Campinas
13 L1P3 Centro Experimental de Campinas
14 L2P4 Centro Experimental de Campinas
15 L2P5 Centro Experimental de Campinas
16 L2P6 Centro Experimental de Campinas
17 L3P10 Centro Experimental de Campinas
18 L3P12 Centro Experimental de Campinas
19 L3P7 Centro Experimental de Campinas
20 L3P9 Centro Experimental de Campinas
21 L4P13 Centro Experimental de Campinas
22 L4P14 Centro Experimental de Campinas
23 L4P15 Centro Experimental de Campinas
24 L4P16 Centro Experimental de Campinas
25 L4P17 Centro Experimental de Campinas
26 L5P18 Centro Experimental de Campinas
27 L5P19 Centro Experimental de Campinas
28 L5P21 Centro Experimental de Campinas
29 L6P22 Centro Experimental de Campinas
30 L6P23 Centro Experimental de Campinas
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31 L7P26 Centro Experimental de Campinas
32 L8P30 Centro Experimental de Campinas
33 L8P31 Centro Experimental de Campinas
34 L8P32A Centro Experimental de Campinas
35 L8P32B Centro Experimental de Campinas
36 Myrtacea Centro Experimental de Campinas
37 Monte Alto - Branca Estação Experimental de Jundiaí
38 Monte Alto – Comum 1 Monte Alto (CICA)
39 Ogawa 3 Mogi das Cruzes
40 Ogawa x Kumagai. Promissão
41 Ruby Supreme Monte Alto (CICA)
42 Saito Valinhos
43 Taquaritinga comum Monte Alto (CICA)
44 Vermelha perfumada Jundiaí
45 Webber Supreme Jaboticabal (UNESP)
A produção foi calculada pela contagem do número de frutos por planta, na época de
colheita.
Para a avaliação das características físicas dos frutos, foram avaliados: a massa dos frutos;
o diâmetro longitudinal e transversal; a relação entre eles; o diâmetro da polpa; a massa e
número de sementes; a firmeza da polpa; a coloração da casca e a coloração da polpa.
Para a avaliação das características químicas dos frutos, foram avaliados: sólidos solúveis;
acidez titulável; pH; ratio, que é a relação entre o teor de sólidos solúveis e acidez titulável; e
o teor de vitamina C dos frutos.
Os acessos Saito, Taquaritinga Comum, Indiana, L2P6, Indiana-Unesp, Ogawa-1, Creme
arredondada (Unesp), Ogawa-3, L6P24, Patillo, L4P13, L8P32B, Vermelha Perfumada,
EEF-3, Kioshi 1, L3P11, Kioshi 2, L2P5, Guanabara e L3P10 atendem aos quesitos massa
média dos frutos superior a 100 gramas em plantas não desbastadas e espessura da polpa
superior a 10 mm, características desejáveis em programas de melhoramento. Todos os
acessos possuíram rendimento de sementes inferior a 6%, atendendo a este quesito de
seleção.
Para o consumo in natura, os acessos Kioshi 1 e Taquaritinga Comum merecem destaque,
pois produzem frutos de bom tamanho (>100g) e firmes, característica importante para o
transporte e comercialização; apresentam bom teor de vitamina C, com o mínimo de 40
mg/100g, segundo a Instrução Normativa de 07/01/2000 (Brasil, 2000); bom teor de sólidos
solúveis (aprox. 9º Brix) e baixa acidez, cerca de 0,5% de ácido cítrico; têm formato
piriforme, casca rugosa, coloração da casca e polpa desejável.
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Outro acesso que merece destaque é o EEF-3 UNESP por seu alto teor de vitamina C
(269,69 mg/100g) podendo ser utilizado em programas de melhoramento genético.
Figura 1. Acessos de goiabeira com potencial para consumo in natura: (A) Kioshi 1 e (B) Taquaritinga Comum.
Figura 2. Frutos de diferentes acessos goiabeira separados por grupos de cor de polpa, em ordem decrescente
de cromaticidade: Goiaba polpa amarela (A); Kioshi 2 (B); IAC-4 (C); L8P32 A (D); Creme arredondada-UNESP
(E); L6P22 (F); L4P16 (G) e Webber Supreme (H).
A B
A B C D
E F G H
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Referências
ALVES, J.E.; FREITAS, B.M. Requerimento de polinização da goiabeira. Ciência Rural,
Santa Maria, v.37, n.5, p.1281-1286, 2007.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Instrução Normativa nº1, de 7 de janeiro
de 2000. Regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade
para polpa de frutas. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 de
jan. 2000.
WATANABE, H. S. Comercialização de goiaba no mercado nacional. In: NATALE, W.;
ROZANE, D.E.; SOUZA, H.A. de; AMORIN, D.A. de. (Ed.) Cultura da Goiaba – do plantio à
comercialização. Vol1. Jaboticabal: FCAV, Capes, CNPq, FAPESP, Fundunesp, SBF,
2009.p. 133-150.

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Características de frutos de goiabeira em banco de germoplasma

  • 1. GOIABA: CARACTERÍSTICAS DE FRUTOS DE UM BANCO DE GERMOPLASMA Juliana Altafin Galli Eng. Agrônomo, Dr., PqC do Polo Regional Centro Norte/APTA julianagalli@apta.sp.gov.br Maria Cecília de Arruda Palharini Eng. Agrônomo, Dr., PqC do Polo Regional Centro Oeste/APTA mcarruda@apta.sp.gov.br Marcos Doniseti Michelotto Eng. Agrônomo, Dr., PqC do Polo Regional Centro Norte/APTA michelotto@apta.sp.gov.br A goiaba (Psidium guajava L.) é a mais brasileira das frutas tropicais, apesar de não haver consenso entre os pesquisadores sobre a localização exata de seu centro de origem na América Tropical. É apreciada pelo seu aroma e sabor, além do alto valor nutricional, sendo uma das frutas mais consumidas no Brasil. A goiabeira é uma entre muitas espécies cultivadas que tem alta diversidade genética, devido à fecundação cruzada e o uso de sementes originárias de progenitores heterozigotos na produção de mudas (Alves e Freitas, 2007). As cultivares comercializadas no mercado, quase na sua totalidade, foram introduzidas ao longo dos anos, pelos próprios produtores. Entretanto, a sua caracterização na comercialização não faz jus a esta diversidade de cultivares. Isto promove o não reconhecimento dos esforços de melhoramento, visto que, quando os atacadistas, os varejistas e os consumidores são questionados sobre a cultivar da goiaba, percebemos que a única informação existente é quanto à coloração de polpa, branca ou vermelha (Watanabe, 2009).
  • 2. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 Com o objetivo de caracterizar as goiabeiras pertencentes ao Banco de Germoplasma da APTA Regional Centro Norte, foram avaliadas as características físico-químicas dos frutos, a fim de identificar materiais com aptidão comercial para possibilidade de uso em sistema orgânico. O Banco Ativo de Germoplasma de goiabeira, localizado em Pindorama-SP, contém 85 acessos, com 19 anos de idade, sendo três plantas por acesso, cultivadas em sistema orgânico, em espaçamento 6 X 5 metros. Mediante o resultado da análise de solo, foi realizada uma aplicação em superfície de 1,5 ton/ha de calcário dolomítico em área total e 20L de torta de filtro, ao redor do tronco, em cada planta. O controle de plantas espontâneas foi realizado por roçadeira tratorizada ecológica e capinas manuais. Em julho de 2012, as plantas sofreram uma poda drástica, de forma que o tronco principal apresentou uma altura de 1,20 metros. Os acessos avaliados e a descrição de seus locais de origem estão descritos na Tabela 1. Tabela 1. Acessos do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) e locais de origem. Acesso Origem 1 Campos Estação Experimental de Jundiaí 2 Creme Arredondada Jaboticabal (UNESP) 3 EEFT 3 Monte Alto (CICA) 4 Goiaba polpa amarela Valinhos 5 IAC – 4 Estação Experimental de Jundiaí 6 IAC – 4 Monte Alto (CICA) 7 Indiana Jaboticabal (UNESP) 8 Kioshi 1 Monte Alto (CICA) 9 Kioshi 2 Monte Alto (CICA) 10 Kioshi 3 Monte Alto (CICA) 11 Kumagai Branca Valinhos 12 L1P2 Centro Experimental de Campinas 13 L1P3 Centro Experimental de Campinas 14 L2P4 Centro Experimental de Campinas 15 L2P5 Centro Experimental de Campinas 16 L2P6 Centro Experimental de Campinas 17 L3P10 Centro Experimental de Campinas 18 L3P12 Centro Experimental de Campinas 19 L3P7 Centro Experimental de Campinas 20 L3P9 Centro Experimental de Campinas 21 L4P13 Centro Experimental de Campinas 22 L4P14 Centro Experimental de Campinas 23 L4P15 Centro Experimental de Campinas 24 L4P16 Centro Experimental de Campinas 25 L4P17 Centro Experimental de Campinas 26 L5P18 Centro Experimental de Campinas 27 L5P19 Centro Experimental de Campinas 28 L5P21 Centro Experimental de Campinas 29 L6P22 Centro Experimental de Campinas 30 L6P23 Centro Experimental de Campinas
  • 3. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 31 L7P26 Centro Experimental de Campinas 32 L8P30 Centro Experimental de Campinas 33 L8P31 Centro Experimental de Campinas 34 L8P32A Centro Experimental de Campinas 35 L8P32B Centro Experimental de Campinas 36 Myrtacea Centro Experimental de Campinas 37 Monte Alto - Branca Estação Experimental de Jundiaí 38 Monte Alto – Comum 1 Monte Alto (CICA) 39 Ogawa 3 Mogi das Cruzes 40 Ogawa x Kumagai. Promissão 41 Ruby Supreme Monte Alto (CICA) 42 Saito Valinhos 43 Taquaritinga comum Monte Alto (CICA) 44 Vermelha perfumada Jundiaí 45 Webber Supreme Jaboticabal (UNESP) A produção foi calculada pela contagem do número de frutos por planta, na época de colheita. Para a avaliação das características físicas dos frutos, foram avaliados: a massa dos frutos; o diâmetro longitudinal e transversal; a relação entre eles; o diâmetro da polpa; a massa e número de sementes; a firmeza da polpa; a coloração da casca e a coloração da polpa. Para a avaliação das características químicas dos frutos, foram avaliados: sólidos solúveis; acidez titulável; pH; ratio, que é a relação entre o teor de sólidos solúveis e acidez titulável; e o teor de vitamina C dos frutos. Os acessos Saito, Taquaritinga Comum, Indiana, L2P6, Indiana-Unesp, Ogawa-1, Creme arredondada (Unesp), Ogawa-3, L6P24, Patillo, L4P13, L8P32B, Vermelha Perfumada, EEF-3, Kioshi 1, L3P11, Kioshi 2, L2P5, Guanabara e L3P10 atendem aos quesitos massa média dos frutos superior a 100 gramas em plantas não desbastadas e espessura da polpa superior a 10 mm, características desejáveis em programas de melhoramento. Todos os acessos possuíram rendimento de sementes inferior a 6%, atendendo a este quesito de seleção. Para o consumo in natura, os acessos Kioshi 1 e Taquaritinga Comum merecem destaque, pois produzem frutos de bom tamanho (>100g) e firmes, característica importante para o transporte e comercialização; apresentam bom teor de vitamina C, com o mínimo de 40 mg/100g, segundo a Instrução Normativa de 07/01/2000 (Brasil, 2000); bom teor de sólidos solúveis (aprox. 9º Brix) e baixa acidez, cerca de 0,5% de ácido cítrico; têm formato piriforme, casca rugosa, coloração da casca e polpa desejável.
  • 4. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 Outro acesso que merece destaque é o EEF-3 UNESP por seu alto teor de vitamina C (269,69 mg/100g) podendo ser utilizado em programas de melhoramento genético. Figura 1. Acessos de goiabeira com potencial para consumo in natura: (A) Kioshi 1 e (B) Taquaritinga Comum. Figura 2. Frutos de diferentes acessos goiabeira separados por grupos de cor de polpa, em ordem decrescente de cromaticidade: Goiaba polpa amarela (A); Kioshi 2 (B); IAC-4 (C); L8P32 A (D); Creme arredondada-UNESP (E); L6P22 (F); L4P16 (G) e Webber Supreme (H). A B A B C D E F G H
  • 5. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 13, n. 2, Jul-Dez 2016 Referências ALVES, J.E.; FREITAS, B.M. Requerimento de polinização da goiabeira. Ciência Rural, Santa Maria, v.37, n.5, p.1281-1286, 2007. BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Instrução Normativa nº1, de 7 de janeiro de 2000. Regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpa de frutas. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 de jan. 2000. WATANABE, H. S. Comercialização de goiaba no mercado nacional. In: NATALE, W.; ROZANE, D.E.; SOUZA, H.A. de; AMORIN, D.A. de. (Ed.) Cultura da Goiaba – do plantio à comercialização. Vol1. Jaboticabal: FCAV, Capes, CNPq, FAPESP, Fundunesp, SBF, 2009.p. 133-150.