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SÍFILIS CONGÊNITA,
A CRIANÇA EXPOSTA AO HIV e
      HEPATITES VIRAIS

      no Rio Grande do Norte



  PROFESSOR FRANCISCO ROBSON DA COSTA LIMA
Sífilis Congênita


 Desafio para a saúde pública:
→ Elevada prevalência
→ Graves sequelas perinatais

  MS – 2007 – Plano Nacional de Redução da Transmissão
  Vertical do HIV e Sífilis
Sífilis Congênita


Rio Grande do Norte – 804 casos – de 2007 a 2010 (média
201 casos/ano)

Aumento na incidência nesse período (gráfico 9)

Ações para detecção e melhoria da notificação dos casos
(Programa Estatual de Prevenção da Transmissão Vertical)
Sífilis Congênita


 Análise das fichas de notificação dos casos registrados
 entre 2007 a 2010:
→ 70% das mães realizaram o pré-natal
→ 42,5% destas não tiveram a sífilis diagnosticada nesse
 período
→ Diagnóstico nas maternidades – principais ações do
 Programa Estatual de Prevenção da Transmissão Vertical
Sífilis Congênita


 Distribuição dos casos por Região de Saúde do RN
 (tabela 7):
→Cerca de 65% dos casos – Região Metropolitana (VII
 Região)
Sífilis Congênita
Sífilis em Gestante


Notificação compulsória desde 2005

Rio Grande do Norte – notificação obrigatória a partir
de 2007

Importância – monitoramento da transmissão vertical
da sífilis
Sífilis em Gestante


Subnotificação – 193 casos registrados em 2010 –
estimado 900 casos por ano (prevalência 1,9% para NE)

Rio Grande do Norte – aumento do número de
notificações a partir de 2008 – aumento do Coeficiente de
Detecção (gráfico 12)

Região metropolitana maior concentração de casos –
cerca de 58% (tabela 6)
AIDS em Crianças
         (menores de 13 anos)

Notificados 68 casos no RN – período de 2000 a 2010

Taxa de incidência (gráfico 8) – aumento do número
de casos

Categoria de exposição – Transmissão Vertical (83%) e
Ignorados (17%)

Região metropolitana – maior concentração de casos
(tabela 3)
AIDS em Crianças
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“Taxa de incidência em menores de 5 anos” –
indicador pactuado entre MS, estados e municípios –
para monitorar casos de transmissão vertical do HIV

Tendência de crescimento desta taxa (gráfico 9)

Diagnóstico acontece, em sua maioria (cerca de 49%),
em menores de 1 ano (tabela 4)
Gestante HIV


Notificados 283 casos – período 2000 a 2010 (gráfico 10)

Faixa etária predominante – 20 a 29 anos

Região metropolitana (VII Região de Saúde do RN) –
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Subnotificação no Estado – em 2010 foram notificados
55% do esperado (49 casos) – o esperado era cerca de
100 casos (prevalência 0,22% para NE)

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Região metropolitana – maior concentração de casos
(tabela 5)
Hepatite B


Principal via de transmissão – sexual

Seguida da vertical – de mãe para filho

Dá-se pelo contato com sangue, pelas vias parenteral e
percutânea e fluidos corporais
Hepatite B

 Critérios para confirmação de caso – indivíduo que
 preenche as condições de caso suspeito e que
 apresente um ou mais dos marcadores sorológicos
 reagentes ou exame de biologia molecular para
 hepatite B conforme listado abaixo:

→ HBsAg reagente;
→ Anti-HBc IgM reagente
→ HBeAg reagente;
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Hepatite B

Entre os anos de 2005 e o 1º semestre de 2010 foram
notificados 218 casos no Rio Grande do Norte

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Norte

Pico nos anos de 2007 e 2009 – ações do Programa
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Hepatite B


Faixa etária de maior concentração – 20 a 49 anos
(gráfico 15)
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Transmissão principalmente por via parenteral

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Hepatite C


  Critérios para confirmação de caso de Hepatite C –
  indivíduo que preenche as condições de caso suspeito e
  que apresente:

→ Anti-HCV reagente e HCV-RNA detectável
Hepatite C

Foram notificados 306 casos confirmados entre o ano
de 2005 e 2010 no Rio Grande do Norte

Maior concentração em:
                         Natal (58% do total)
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Hepatites Virais (gráfico 16)
Hepatite C


Faixa etária de maior concentração – 50 a 65 anos
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Exames de rotina no pré-natal:


→ VDRL (no 1º e no 3º trimestre com 30 semanas)

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→ Sorologia para Hepatite B (HBsAg) se não tiver sido
 vacinada contra Hepatite B

→ Sorologia para Hepatite C (Anti-HCV) – situações
 especiais de alto risco
Interpretação dos exames: VDRL



→NEGATIVO: repetir com 30 semanas e no parto

→POSITIVO: tratar – tempo da doença? = na impossibilidade
 de definir o tempo da doença, tratar como sífilis tardia
Tratamento da sífilis na gestante:
Interpretação dos exames: Anti-HIV




→ Se reagente: Pré-natal de alto-risco
Interpretação dos exames:
       Sorologia para Hepatite B

 HBsAg ( + ): Pré-natal de alto risco

HBsAg ( - ) e vacinação prévia não tiver sido efetuada,
 pode ser recomendado a vacinação nas pacientes de risco
 e menores de 20 anos

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 chance de adquirir Hepatite B
Interpretação dos exames:
       Sorologia para Hepatite B


 Tratamento do recém-nascido com imunoglobulina e
 vacina para Hepatite B reduz o risco em 85% a 90%.

 A vacina para hepatite B pode ser aplicada nas pacientes
 de risco (profissionais de saúde, usuárias de drogas,
 contato sexual com portadores, politransfundidas)
Obrigado!

 Professor Francisco Robson da Costa Lima

Web site: professorrobsoncosta.blogspot.com

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Sífilis congênita, a criança exposta ao hiv e hepatites virais

  • 1. SÍFILIS CONGÊNITA, A CRIANÇA EXPOSTA AO HIV e HEPATITES VIRAIS no Rio Grande do Norte PROFESSOR FRANCISCO ROBSON DA COSTA LIMA
  • 2.
  • 3. Sífilis Congênita Desafio para a saúde pública: → Elevada prevalência → Graves sequelas perinatais MS – 2007 – Plano Nacional de Redução da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis
  • 4. Sífilis Congênita Rio Grande do Norte – 804 casos – de 2007 a 2010 (média 201 casos/ano) Aumento na incidência nesse período (gráfico 9) Ações para detecção e melhoria da notificação dos casos (Programa Estatual de Prevenção da Transmissão Vertical)
  • 5.
  • 6. Sífilis Congênita Análise das fichas de notificação dos casos registrados entre 2007 a 2010: → 70% das mães realizaram o pré-natal → 42,5% destas não tiveram a sífilis diagnosticada nesse período → Diagnóstico nas maternidades – principais ações do Programa Estatual de Prevenção da Transmissão Vertical
  • 7. Sífilis Congênita Distribuição dos casos por Região de Saúde do RN (tabela 7): →Cerca de 65% dos casos – Região Metropolitana (VII Região)
  • 8.
  • 10. Sífilis em Gestante Notificação compulsória desde 2005 Rio Grande do Norte – notificação obrigatória a partir de 2007 Importância – monitoramento da transmissão vertical da sífilis
  • 11. Sífilis em Gestante Subnotificação – 193 casos registrados em 2010 – estimado 900 casos por ano (prevalência 1,9% para NE) Rio Grande do Norte – aumento do número de notificações a partir de 2008 – aumento do Coeficiente de Detecção (gráfico 12) Região metropolitana maior concentração de casos – cerca de 58% (tabela 6)
  • 12.
  • 13.
  • 14. AIDS em Crianças (menores de 13 anos) Notificados 68 casos no RN – período de 2000 a 2010 Taxa de incidência (gráfico 8) – aumento do número de casos Categoria de exposição – Transmissão Vertical (83%) e Ignorados (17%) Região metropolitana – maior concentração de casos (tabela 3)
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. AIDS em Crianças (menores de 13 anos) “Taxa de incidência em menores de 5 anos” – indicador pactuado entre MS, estados e municípios – para monitorar casos de transmissão vertical do HIV Tendência de crescimento desta taxa (gráfico 9) Diagnóstico acontece, em sua maioria (cerca de 49%), em menores de 1 ano (tabela 4)
  • 20.
  • 21.
  • 22. Gestante HIV Notificados 283 casos – período 2000 a 2010 (gráfico 10) Faixa etária predominante – 20 a 29 anos Região metropolitana (VII Região de Saúde do RN) – 60% do total de casos
  • 23. Gestante HIV Subnotificação no Estado – em 2010 foram notificados 55% do esperado (49 casos) – o esperado era cerca de 100 casos (prevalência 0,22% para NE) A partir de 2007 – crescimento na detecção dos casos (gráfico 11) Região metropolitana – maior concentração de casos (tabela 5)
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Hepatite B Principal via de transmissão – sexual Seguida da vertical – de mãe para filho Dá-se pelo contato com sangue, pelas vias parenteral e percutânea e fluidos corporais
  • 28. Hepatite B Critérios para confirmação de caso – indivíduo que preenche as condições de caso suspeito e que apresente um ou mais dos marcadores sorológicos reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite B conforme listado abaixo: → HBsAg reagente; → Anti-HBc IgM reagente → HBeAg reagente; → DNA do VHB detectável
  • 29. Hepatite B Entre os anos de 2005 e o 1º semestre de 2010 foram notificados 218 casos no Rio Grande do Norte Distribuídos em 20% dos municípios do Rio Grande do Norte Pico nos anos de 2007 e 2009 – ações do Programa Estadual das Hepatites Virais (gráfico 14)
  • 30.
  • 31. Hepatite B Faixa etária de maior concentração – 20 a 49 anos (gráfico 15)
  • 32.
  • 33. Hepatite C Transmissão principalmente por via parenteral Transmissão sexual e vertical pouco frequentes Cronificação – 70 a 80% dos casos
  • 34. Hepatite C Critérios para confirmação de caso de Hepatite C – indivíduo que preenche as condições de caso suspeito e que apresente: → Anti-HCV reagente e HCV-RNA detectável
  • 35. Hepatite C Foram notificados 306 casos confirmados entre o ano de 2005 e 2010 no Rio Grande do Norte Maior concentração em: Natal (58% do total) Mossoró (36% do total) Pico em 2007 – ações do Programa Estadual de Hepatites Virais (gráfico 16)
  • 36.
  • 37. Hepatite C Faixa etária de maior concentração – 50 a 65 anos (gráfico 17)
  • 38.
  • 39. Exames de rotina no pré-natal: → VDRL (no 1º e no 3º trimestre com 30 semanas) → Anti-HIV (no 1º e no 3 º trimestre com 30 semanas) – com aconselhamento e oferecimento → Sorologia para Hepatite B (HBsAg) se não tiver sido vacinada contra Hepatite B → Sorologia para Hepatite C (Anti-HCV) – situações especiais de alto risco
  • 40. Interpretação dos exames: VDRL →NEGATIVO: repetir com 30 semanas e no parto →POSITIVO: tratar – tempo da doença? = na impossibilidade de definir o tempo da doença, tratar como sífilis tardia
  • 41. Tratamento da sífilis na gestante:
  • 42. Interpretação dos exames: Anti-HIV → Se reagente: Pré-natal de alto-risco
  • 43.
  • 44. Interpretação dos exames: Sorologia para Hepatite B  HBsAg ( + ): Pré-natal de alto risco HBsAg ( - ) e vacinação prévia não tiver sido efetuada, pode ser recomendado a vacinação nas pacientes de risco e menores de 20 anos Mãe portadora do antígeno – a criança tem 70% a 90% de chance de adquirir Hepatite B
  • 45. Interpretação dos exames: Sorologia para Hepatite B  Tratamento do recém-nascido com imunoglobulina e vacina para Hepatite B reduz o risco em 85% a 90%.  A vacina para hepatite B pode ser aplicada nas pacientes de risco (profissionais de saúde, usuárias de drogas, contato sexual com portadores, politransfundidas)
  • 46. Obrigado! Professor Francisco Robson da Costa Lima Web site: professorrobsoncosta.blogspot.com E-mais: frdcl@hotmail.com