SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
CULTURA E SOCIEDADECULTURA E SOCIEDADE
Objeto e método das ciênciasObjeto e método das ciências
sociaissociais
CIÊNCIAS NATURAIS ECIÊNCIAS NATURAIS E
CIÊNCIAS SOCIAIS: Objeto eCIÊNCIAS SOCIAIS: Objeto e
métodométodo
As Ciências Naturais estudam fatosAs Ciências Naturais estudam fatos
simples, eventos que, presumivelmente,simples, eventos que, presumivelmente,
têm causas simples e são facilmentetêm causas simples e são facilmente
isoláveis, recorrentes e sincrônicos.isoláveis, recorrentes e sincrônicos.
FATOS QUE ...FATOS QUE ...
Podem ser vistosPodem ser vistos
IsoladosIsolados
Reproduzidos dentroReproduzidos dentro
de condições dede condições de
controle razoáveis,controle razoáveis,
num laboratórionum laboratório
Assim, nas ciências naturais há uma distânciaAssim, nas ciências naturais há uma distância
irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa,irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa,
o que torna a objetividade científica mais evidente nao que torna a objetividade científica mais evidente na
análise de fenômenos desse tipo.análise de fenômenos desse tipo.
As ciências sociais estudam fenômenos complexos.As ciências sociais estudam fenômenos complexos.
Seu objeto de investigação são os fenômenos sociais,Seu objeto de investigação são os fenômenos sociais,
ou seja, eventos com determinações complexas e queou seja, eventos com determinações complexas e que
podem ocorrer em ambientes diferenciados.podem ocorrer em ambientes diferenciados.
Desta forma, apesar de também levar em conta aDesta forma, apesar de também levar em conta a
objetividade científica na análise desses fenômenos, aobjetividade científica na análise desses fenômenos, a
interação entre sujeito e objeto leva a interpretaçõesinteração entre sujeito e objeto leva a interpretações
contextualizadas da realidade socialcontextualizadas da realidade social
COMO ESTUDAR FENÔMENOSCOMO ESTUDAR FENÔMENOS
COMPLEXOSCOMPLEXOS
Ao observar os fenômenos sociais somosAo observar os fenômenos sociais somos
levados a enfrentar nossa próprialevados a enfrentar nossa própria
posição, nossos valores, nossa visão deposição, nossos valores, nossa visão de
mundo que interfere na nossa pesquisa.mundo que interfere na nossa pesquisa.
Nossa fala, nossos gestos, nosso modoNossa fala, nossos gestos, nosso modo
de ser e de agir revelam o tipo dede ser e de agir revelam o tipo de
socialização que tivemos e influencia emsocialização que tivemos e influencia em
nossa visão de mundonossa visão de mundo
Dessa forma, trabalhamos comDessa forma, trabalhamos com
fenômenos que estão bem perto de nós,fenômenos que estão bem perto de nós,
temos a interação complexa entre otemos a interação complexa entre o
investigador e o investigado, pois ambosinvestigador e o investigado, pois ambos
compartilham de um mesmo universo decompartilham de um mesmo universo de
experiências humanas.experiências humanas.
““Nasce, daí, um debate inovador, numaNasce, daí, um debate inovador, numa
relação dialética entre investigador erelação dialética entre investigador e
investigado.”(DA MATA, Roberto in:investigado.”(DA MATA, Roberto in:
Relativizando: uma introdução àRelativizando: uma introdução à
antropologiaantropologia
A antropologia é a área por excelência deA antropologia é a área por excelência de
debates sobre essa questão.debates sobre essa questão.
O primeiro antropólogo a sistematizar oO primeiro antropólogo a sistematizar o
conceito de cultura foi EDWARD TYLOR.conceito de cultura foi EDWARD TYLOR.
““cultura é todo complexo que incluicultura é todo complexo que inclui
conhecimento, crença, arte, moral, lei,conhecimento, crença, arte, moral, lei,
costume e quaisquer outras capacidadescostume e quaisquer outras capacidades
e hábitos adquiridos pelo homem nae hábitos adquiridos pelo homem na
condição de membro da sociedade.”condição de membro da sociedade.”
CONCEITO DE CULTURACONCEITO DE CULTURA
Desde sempre os homens se preocuparam emDesde sempre os homens se preocuparam em
entender por que outros homens possuíamentender por que outros homens possuíam
hábitos alimentares, formas de se vestir, dehábitos alimentares, formas de se vestir, de
formarem famílias, de acessarem o sagrado deformarem famílias, de acessarem o sagrado de
maneiras diferentes das suas.maneiras diferentes das suas.
A essa multiplicidade de formas de vida dá-se oA essa multiplicidade de formas de vida dá-se o
nome de “diversidade cultural”.nome de “diversidade cultural”.
Contudo, foi a partir da descoberta do “NOVOContudo, foi a partir da descoberta do “NOVO
MUNDO”, nos séculos XV e XVI, que osMUNDO”, nos séculos XV e XVI, que os
europeus se depararam com modos de vidaeuropeus se depararam com modos de vida
completamente distintos dos seus e passaram acompletamente distintos dos seus e passaram a
elaborar interpretações sobre esses povos eelaborar interpretações sobre esses povos e
seus costumesseus costumes
O impacto e a estranheza se deram dosO impacto e a estranheza se deram dos
dois ladosdois lados
Os grupos não europeus se espantavamOs grupos não europeus se espantavam
com o ser diferente que chegava até elescom o ser diferente que chegava até eles
desembarcando em suas praias edesembarcando em suas praias e
tomando posse do seu território.tomando posse do seu território.
Hoje reconhecemos que não é fácilHoje reconhecemos que não é fácil
vivenciar uma outra cultura diferente davivenciar uma outra cultura diferente da
nossa. Por que?nossa. Por que?
Pensamos que os nossos hábitos ePensamos que os nossos hábitos e
costumes devem ser os mesmos paracostumes devem ser os mesmos para
todostodos
Naturalizamos nossos costumes eNaturalizamos nossos costumes e
achamos o do outro diferente.achamos o do outro diferente.
Mas, qual é o padrão “normal” segundo oMas, qual é o padrão “normal” segundo o
qual analisamos o diferente? Geralmentequal analisamos o diferente? Geralmente
estabelecemos nossa cultura comoestabelecemos nossa cultura como
padrão, a norma. Assim, tudo o que épadrão, a norma. Assim, tudo o que é
diferente é concebido como estranho, ediferente é concebido como estranho, e
mesmo errado.mesmo errado.
Tal postura é o que denominamos deTal postura é o que denominamos de
““ÉTNOCENTRISTMOÉTNOCENTRISTMO
ETNOCENTRISMOETNOCENTRISMO
Everardo RochaEverardo Rocha
Visão do mundo onde o nosso próprioVisão do mundo onde o nosso próprio
grupo é tomado como centro de tudo egrupo é tomado como centro de tudo e
todos os outros são pensados e sentidostodos os outros são pensados e sentidos
através dos nossos valores, nossosatravés dos nossos valores, nossos
modelos, nossas definições do que é amodelos, nossas definições do que é a
existênciaexistência
No plano intelectual, pode ser visto comoNo plano intelectual, pode ser visto como
a dificuldade de pensarmos a diferença;a dificuldade de pensarmos a diferença;
No plano afetivo, como sentimentos deNo plano afetivo, como sentimentos de
estranheza, medo, hostilidade, etc...estranheza, medo, hostilidade, etc...
Antes de cogitar se “aceitamos” ou nãoAntes de cogitar se “aceitamos” ou não
esta outra forma de ver o mundo, aesta outra forma de ver o mundo, a
antropologia nos convida a compreendê-antropologia nos convida a compreendê-
la, e verificar que ao seu jeito uma outrala, e verificar que ao seu jeito uma outra
vida é vivida, segundo outros modelos devida é vivida, segundo outros modelos de
pensamento e de costumespensamento e de costumes
O fato de que o homem vê o mundoO fato de que o homem vê o mundo
através de sua cultura tem consequênciaatravés de sua cultura tem consequência
a propensão em considerar o seu modoa propensão em considerar o seu modo
de vida como o mais correto e o maisde vida como o mais correto e o mais
natural.natural.
O conceito de cultura permite umaO conceito de cultura permite uma
perspectiva mais consciente de nósperspectiva mais consciente de nós
mesmos.mesmos.
Diz que não há homem sem culturaDiz que não há homem sem cultura
Devem-se analisar as práticas culturais noDevem-se analisar as práticas culturais no
contextos em que elascontextos em que elas
são praticadassão praticadas
RELATIVISMO CULTURALRELATIVISMO CULTURAL
É a postura privilegiada pela AntropologiaÉ a postura privilegiada pela Antropologia
contemporânea, de buscar compreendercontemporânea, de buscar compreender
a lógica da vida do outro.a lógica da vida do outro.
Antes de cogitar se “aceitamos” ou nãoAntes de cogitar se “aceitamos” ou não
esta outra forma de ver o mundo, aesta outra forma de ver o mundo, a
antropologia nos convida a compreendê-antropologia nos convida a compreendê-
la, e verificar que ao seu jeito outra vida éla, e verificar que ao seu jeito outra vida é
vivida, segundo outros modelos devivida, segundo outros modelos de
pensamento e costumespensamento e costumes
Cada sociedade humana conhecida é umCada sociedade humana conhecida é um
espelho onde nossa própria existência seespelho onde nossa própria existência se
reflete.reflete.
A postura relativista pode ser sintetizadaA postura relativista pode ser sintetizada
nas palavras de uma das mais notáveisnas palavras de uma das mais notáveis
antropóloga americana Margaret Mead,antropóloga americana Margaret Mead,
que no prefácio de “Sexo eque no prefácio de “Sexo e
Temperamento” afirmou: “toda diferença éTemperamento” afirmou: “toda diferença é
preciosa e precisa ser tratada com muitopreciosa e precisa ser tratada com muito
carinho.carinho.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Historia fontes historicas
Historia fontes historicasHistoria fontes historicas
Historia fontes historicasLoredana Ruffo
 
Antropologia e educação2223
Antropologia e educação2223Antropologia e educação2223
Antropologia e educação2223Ricardo Castro
 
Antropologia (Slide)[1][1][1]
Antropologia (Slide)[1][1][1]Antropologia (Slide)[1][1][1]
Antropologia (Slide)[1][1][1]Dell Sales
 
Introdução à Filosofia - O Homem e a Cultura
Introdução à Filosofia - O Homem e a CulturaIntrodução à Filosofia - O Homem e a Cultura
Introdução à Filosofia - O Homem e a CulturaDiego Sampaio
 
3. produção do conhecimento em sociologia
3. produção do conhecimento em sociologia3. produção do conhecimento em sociologia
3. produção do conhecimento em sociologiaArnaldo Parente
 
Breve trajetória da antropologia &
Breve trajetória  da antropologia                 &Breve trajetória  da antropologia                 &
Breve trajetória da antropologia &Marcello Lemanski
 
Relações sociais e identidade
Relações sociais e identidadeRelações sociais e identidade
Relações sociais e identidadeWilton Moretto
 
Aula antropologia da educação
Aula antropologia da educaçãoAula antropologia da educação
Aula antropologia da educaçãounieubra
 
Filosofia - Senso comum, ciência e estética.
Filosofia - Senso comum, ciência e estética.Filosofia - Senso comum, ciência e estética.
Filosofia - Senso comum, ciência e estética.Julia Maldonado Garcia
 
Prova n1 preparatória psicologia antropologia
Prova n1 preparatória psicologia antropologiaProva n1 preparatória psicologia antropologia
Prova n1 preparatória psicologia antropologiaPsicologia_2015
 

Mais procurados (19)

Historia fontes historicas
Historia fontes historicasHistoria fontes historicas
Historia fontes historicas
 
Antropologia e educação2223
Antropologia e educação2223Antropologia e educação2223
Antropologia e educação2223
 
Antropologia (Slide)[1][1][1]
Antropologia (Slide)[1][1][1]Antropologia (Slide)[1][1][1]
Antropologia (Slide)[1][1][1]
 
Introdução à Filosofia - O Homem e a Cultura
Introdução à Filosofia - O Homem e a CulturaIntrodução à Filosofia - O Homem e a Cultura
Introdução à Filosofia - O Homem e a Cultura
 
3. produção do conhecimento em sociologia
3. produção do conhecimento em sociologia3. produção do conhecimento em sociologia
3. produção do conhecimento em sociologia
 
Breve trajetória da antropologia &
Breve trajetória  da antropologia                 &Breve trajetória  da antropologia                 &
Breve trajetória da antropologia &
 
Aula 1 o que é antropologia
Aula 1   o que é antropologiaAula 1   o que é antropologia
Aula 1 o que é antropologia
 
Cultura
CulturaCultura
Cultura
 
Relações sociais e identidade
Relações sociais e identidadeRelações sociais e identidade
Relações sociais e identidade
 
O que é cultura
O que é culturaO que é cultura
O que é cultura
 
A educação através da biologia do amor e
A educação através da biologia do amor eA educação através da biologia do amor e
A educação através da biologia do amor e
 
Aula antropologia da educação
Aula antropologia da educaçãoAula antropologia da educação
Aula antropologia da educação
 
Damatta
DamattaDamatta
Damatta
 
Método Psicologia
Método PsicologiaMétodo Psicologia
Método Psicologia
 
Aula dia 29 01
Aula dia 29 01Aula dia 29 01
Aula dia 29 01
 
Filosofia - Senso comum, ciência e estética.
Filosofia - Senso comum, ciência e estética.Filosofia - Senso comum, ciência e estética.
Filosofia - Senso comum, ciência e estética.
 
Humberto Maturana
Humberto MaturanaHumberto Maturana
Humberto Maturana
 
Antropologia (2)
Antropologia (2)Antropologia (2)
Antropologia (2)
 
Prova n1 preparatória psicologia antropologia
Prova n1 preparatória psicologia antropologiaProva n1 preparatória psicologia antropologia
Prova n1 preparatória psicologia antropologia
 

Destaque

TMAN 680 class project
TMAN 680 class projectTMAN 680 class project
TMAN 680 class projectChan8903
 
2. 2014 05-17 05-55-39-_h-framework_notes_handout-print_no_solutions
2. 2014 05-17 05-55-39-_h-framework_notes_handout-print_no_solutions2. 2014 05-17 05-55-39-_h-framework_notes_handout-print_no_solutions
2. 2014 05-17 05-55-39-_h-framework_notes_handout-print_no_solutionsAbdullahi Oladimeji Hassan
 
Aiesec qld-ric2016-delegate booklet
Aiesec qld-ric2016-delegate bookletAiesec qld-ric2016-delegate booklet
Aiesec qld-ric2016-delegate booklettvue1992
 
SEO: Getting Personal
SEO: Getting PersonalSEO: Getting Personal
SEO: Getting PersonalKirsty Hulse
 
Lightning Talk #9: How UX and Data Storytelling Can Shape Policy by Mika Aldaba
Lightning Talk #9: How UX and Data Storytelling Can Shape Policy by Mika AldabaLightning Talk #9: How UX and Data Storytelling Can Shape Policy by Mika Aldaba
Lightning Talk #9: How UX and Data Storytelling Can Shape Policy by Mika Aldabaux singapore
 

Destaque (8)

TMAN 680 class project
TMAN 680 class projectTMAN 680 class project
TMAN 680 class project
 
Augusto comte
Augusto comteAugusto comte
Augusto comte
 
2. 2014 05-17 05-55-39-_h-framework_notes_handout-print_no_solutions
2. 2014 05-17 05-55-39-_h-framework_notes_handout-print_no_solutions2. 2014 05-17 05-55-39-_h-framework_notes_handout-print_no_solutions
2. 2014 05-17 05-55-39-_h-framework_notes_handout-print_no_solutions
 
Aiesec qld-ric2016-delegate booklet
Aiesec qld-ric2016-delegate bookletAiesec qld-ric2016-delegate booklet
Aiesec qld-ric2016-delegate booklet
 
Ml presentation
Ml presentationMl presentation
Ml presentation
 
SEO: Getting Personal
SEO: Getting PersonalSEO: Getting Personal
SEO: Getting Personal
 
Lightning Talk #9: How UX and Data Storytelling Can Shape Policy by Mika Aldaba
Lightning Talk #9: How UX and Data Storytelling Can Shape Policy by Mika AldabaLightning Talk #9: How UX and Data Storytelling Can Shape Policy by Mika Aldaba
Lightning Talk #9: How UX and Data Storytelling Can Shape Policy by Mika Aldaba
 
Succession “Losers”: What Happens to Executives Passed Over for the CEO Job?
Succession “Losers”: What Happens to Executives Passed Over for the CEO Job? Succession “Losers”: What Happens to Executives Passed Over for the CEO Job?
Succession “Losers”: What Happens to Executives Passed Over for the CEO Job?
 

Semelhante a Objeto e método das ciências sociais

Apostila de sociologia 3° ano
Apostila de sociologia 3° anoApostila de sociologia 3° ano
Apostila de sociologia 3° anoAlexandre Quadrado
 
Introduzindo a sociologia.ppt
Introduzindo a sociologia.pptIntroduzindo a sociologia.ppt
Introduzindo a sociologia.pptHellenOliveira68
 
O ser humano é Natural ou Cultural?
O ser humano é Natural ou Cultural?O ser humano é Natural ou Cultural?
O ser humano é Natural ou Cultural?Bruno Carrasco
 
Aula de revisão de conteúdo – 7º ano
Aula de revisão de conteúdo – 7º anoAula de revisão de conteúdo – 7º ano
Aula de revisão de conteúdo – 7º anoroberto mosca junior
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Antropologia da Comunicação
Antropologia da ComunicaçãoAntropologia da Comunicação
Antropologia da ComunicaçãoDaniel Buchmann
 
Aula 01 - Cultura e suas definições, no senso comum, na sociologia e na antro...
Aula 01 - Cultura e suas definições, no senso comum, na sociologia e na antro...Aula 01 - Cultura e suas definições, no senso comum, na sociologia e na antro...
Aula 01 - Cultura e suas definições, no senso comum, na sociologia e na antro...ssuser2af87a
 
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdfFabioAbagabir1
 
Apostila de sociologia para o 2º ano
Apostila de sociologia para o 2º anoApostila de sociologia para o 2º ano
Apostila de sociologia para o 2º anoarlene_vic
 
2. TER FAMILIAR SIST-Introdução ao Sistêmico.pdf
2. TER FAMILIAR SIST-Introdução ao Sistêmico.pdf2. TER FAMILIAR SIST-Introdução ao Sistêmico.pdf
2. TER FAMILIAR SIST-Introdução ao Sistêmico.pdfDavidFerreiradosSant1
 
ANTROPOLOGIA-2.pdf
ANTROPOLOGIA-2.pdfANTROPOLOGIA-2.pdf
ANTROPOLOGIA-2.pdfJailmaLima8
 
Apostila de sociologia - Volume 2 (2° ano do EM)
Apostila de sociologia - Volume 2 (2° ano do EM)Apostila de sociologia - Volume 2 (2° ano do EM)
Apostila de sociologia - Volume 2 (2° ano do EM)Matheus Alves
 
Como o ser humano se tornou ser humano
Como o ser humano se tornou ser humanoComo o ser humano se tornou ser humano
Como o ser humano se tornou ser humanoAndressa Joao Bidoia
 
silo.tips_introduao-as-ciencias-sociais-e-humanas.pdf
silo.tips_introduao-as-ciencias-sociais-e-humanas.pdfsilo.tips_introduao-as-ciencias-sociais-e-humanas.pdf
silo.tips_introduao-as-ciencias-sociais-e-humanas.pdfLliaPinto2
 

Semelhante a Objeto e método das ciências sociais (20)

Apostila de sociologia 3° ano
Apostila de sociologia 3° anoApostila de sociologia 3° ano
Apostila de sociologia 3° ano
 
Introduzindo a sociologia.ppt
Introduzindo a sociologia.pptIntroduzindo a sociologia.ppt
Introduzindo a sociologia.ppt
 
O ser humano é Natural ou Cultural?
O ser humano é Natural ou Cultural?O ser humano é Natural ou Cultural?
O ser humano é Natural ou Cultural?
 
Aula de revisão de conteúdo – 7º ano
Aula de revisão de conteúdo – 7º anoAula de revisão de conteúdo – 7º ano
Aula de revisão de conteúdo – 7º ano
 
Antropologia
Antropologia Antropologia
Antropologia
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Antropologia da Comunicação
Antropologia da ComunicaçãoAntropologia da Comunicação
Antropologia da Comunicação
 
Antropologia: conceitos basicos
 Antropologia: conceitos basicos Antropologia: conceitos basicos
Antropologia: conceitos basicos
 
Aula 01 - Cultura e suas definições, no senso comum, na sociologia e na antro...
Aula 01 - Cultura e suas definições, no senso comum, na sociologia e na antro...Aula 01 - Cultura e suas definições, no senso comum, na sociologia e na antro...
Aula 01 - Cultura e suas definições, no senso comum, na sociologia e na antro...
 
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
85827999-Homem-e-Sociedade-Unidade-I-Slides.pdf
 
Apostila de sociologia para o 2º ano
Apostila de sociologia para o 2º anoApostila de sociologia para o 2º ano
Apostila de sociologia para o 2º ano
 
2. TER FAMILIAR SIST-Introdução ao Sistêmico.pdf
2. TER FAMILIAR SIST-Introdução ao Sistêmico.pdf2. TER FAMILIAR SIST-Introdução ao Sistêmico.pdf
2. TER FAMILIAR SIST-Introdução ao Sistêmico.pdf
 
O que é antropologia
O que é antropologiaO que é antropologia
O que é antropologia
 
ANTROPOLOGIA-2.pdf
ANTROPOLOGIA-2.pdfANTROPOLOGIA-2.pdf
ANTROPOLOGIA-2.pdf
 
Cp aula 4
Cp aula 4Cp aula 4
Cp aula 4
 
Apostila de sociologia - Volume 2 (2° ano do EM)
Apostila de sociologia - Volume 2 (2° ano do EM)Apostila de sociologia - Volume 2 (2° ano do EM)
Apostila de sociologia - Volume 2 (2° ano do EM)
 
Metodo etnografico ok
Metodo etnografico okMetodo etnografico ok
Metodo etnografico ok
 
Como o ser humano se tornou ser humano
Como o ser humano se tornou ser humanoComo o ser humano se tornou ser humano
Como o ser humano se tornou ser humano
 
silo.tips_introduao-as-ciencias-sociais-e-humanas.pdf
silo.tips_introduao-as-ciencias-sociais-e-humanas.pdfsilo.tips_introduao-as-ciencias-sociais-e-humanas.pdf
silo.tips_introduao-as-ciencias-sociais-e-humanas.pdf
 
Cultura
CulturaCultura
Cultura
 

Último

Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 

Último (20)

Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 

Objeto e método das ciências sociais

  • 1. CULTURA E SOCIEDADECULTURA E SOCIEDADE Objeto e método das ciênciasObjeto e método das ciências sociaissociais
  • 2. CIÊNCIAS NATURAIS ECIÊNCIAS NATURAIS E CIÊNCIAS SOCIAIS: Objeto eCIÊNCIAS SOCIAIS: Objeto e métodométodo As Ciências Naturais estudam fatosAs Ciências Naturais estudam fatos simples, eventos que, presumivelmente,simples, eventos que, presumivelmente, têm causas simples e são facilmentetêm causas simples e são facilmente isoláveis, recorrentes e sincrônicos.isoláveis, recorrentes e sincrônicos.
  • 3. FATOS QUE ...FATOS QUE ... Podem ser vistosPodem ser vistos IsoladosIsolados Reproduzidos dentroReproduzidos dentro de condições dede condições de controle razoáveis,controle razoáveis, num laboratórionum laboratório
  • 4. Assim, nas ciências naturais há uma distânciaAssim, nas ciências naturais há uma distância irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa,irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa, o que torna a objetividade científica mais evidente nao que torna a objetividade científica mais evidente na análise de fenômenos desse tipo.análise de fenômenos desse tipo. As ciências sociais estudam fenômenos complexos.As ciências sociais estudam fenômenos complexos. Seu objeto de investigação são os fenômenos sociais,Seu objeto de investigação são os fenômenos sociais, ou seja, eventos com determinações complexas e queou seja, eventos com determinações complexas e que podem ocorrer em ambientes diferenciados.podem ocorrer em ambientes diferenciados. Desta forma, apesar de também levar em conta aDesta forma, apesar de também levar em conta a objetividade científica na análise desses fenômenos, aobjetividade científica na análise desses fenômenos, a interação entre sujeito e objeto leva a interpretaçõesinteração entre sujeito e objeto leva a interpretações contextualizadas da realidade socialcontextualizadas da realidade social
  • 5. COMO ESTUDAR FENÔMENOSCOMO ESTUDAR FENÔMENOS COMPLEXOSCOMPLEXOS Ao observar os fenômenos sociais somosAo observar os fenômenos sociais somos levados a enfrentar nossa próprialevados a enfrentar nossa própria posição, nossos valores, nossa visão deposição, nossos valores, nossa visão de mundo que interfere na nossa pesquisa.mundo que interfere na nossa pesquisa. Nossa fala, nossos gestos, nosso modoNossa fala, nossos gestos, nosso modo de ser e de agir revelam o tipo dede ser e de agir revelam o tipo de socialização que tivemos e influencia emsocialização que tivemos e influencia em nossa visão de mundonossa visão de mundo
  • 6. Dessa forma, trabalhamos comDessa forma, trabalhamos com fenômenos que estão bem perto de nós,fenômenos que estão bem perto de nós, temos a interação complexa entre otemos a interação complexa entre o investigador e o investigado, pois ambosinvestigador e o investigado, pois ambos compartilham de um mesmo universo decompartilham de um mesmo universo de experiências humanas.experiências humanas. ““Nasce, daí, um debate inovador, numaNasce, daí, um debate inovador, numa relação dialética entre investigador erelação dialética entre investigador e investigado.”(DA MATA, Roberto in:investigado.”(DA MATA, Roberto in: Relativizando: uma introdução àRelativizando: uma introdução à antropologiaantropologia
  • 7. A antropologia é a área por excelência deA antropologia é a área por excelência de debates sobre essa questão.debates sobre essa questão. O primeiro antropólogo a sistematizar oO primeiro antropólogo a sistematizar o conceito de cultura foi EDWARD TYLOR.conceito de cultura foi EDWARD TYLOR. ““cultura é todo complexo que incluicultura é todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei,conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidadescostume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem nae hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade.”condição de membro da sociedade.” CONCEITO DE CULTURACONCEITO DE CULTURA
  • 8. Desde sempre os homens se preocuparam emDesde sempre os homens se preocuparam em entender por que outros homens possuíamentender por que outros homens possuíam hábitos alimentares, formas de se vestir, dehábitos alimentares, formas de se vestir, de formarem famílias, de acessarem o sagrado deformarem famílias, de acessarem o sagrado de maneiras diferentes das suas.maneiras diferentes das suas. A essa multiplicidade de formas de vida dá-se oA essa multiplicidade de formas de vida dá-se o nome de “diversidade cultural”.nome de “diversidade cultural”. Contudo, foi a partir da descoberta do “NOVOContudo, foi a partir da descoberta do “NOVO MUNDO”, nos séculos XV e XVI, que osMUNDO”, nos séculos XV e XVI, que os europeus se depararam com modos de vidaeuropeus se depararam com modos de vida completamente distintos dos seus e passaram acompletamente distintos dos seus e passaram a elaborar interpretações sobre esses povos eelaborar interpretações sobre esses povos e seus costumesseus costumes
  • 9. O impacto e a estranheza se deram dosO impacto e a estranheza se deram dos dois ladosdois lados Os grupos não europeus se espantavamOs grupos não europeus se espantavam com o ser diferente que chegava até elescom o ser diferente que chegava até eles desembarcando em suas praias edesembarcando em suas praias e tomando posse do seu território.tomando posse do seu território. Hoje reconhecemos que não é fácilHoje reconhecemos que não é fácil vivenciar uma outra cultura diferente davivenciar uma outra cultura diferente da nossa. Por que?nossa. Por que? Pensamos que os nossos hábitos ePensamos que os nossos hábitos e costumes devem ser os mesmos paracostumes devem ser os mesmos para todostodos
  • 10.
  • 11. Naturalizamos nossos costumes eNaturalizamos nossos costumes e achamos o do outro diferente.achamos o do outro diferente. Mas, qual é o padrão “normal” segundo oMas, qual é o padrão “normal” segundo o qual analisamos o diferente? Geralmentequal analisamos o diferente? Geralmente estabelecemos nossa cultura comoestabelecemos nossa cultura como padrão, a norma. Assim, tudo o que épadrão, a norma. Assim, tudo o que é diferente é concebido como estranho, ediferente é concebido como estranho, e mesmo errado.mesmo errado. Tal postura é o que denominamos deTal postura é o que denominamos de ““ÉTNOCENTRISTMOÉTNOCENTRISTMO
  • 12. ETNOCENTRISMOETNOCENTRISMO Everardo RochaEverardo Rocha Visão do mundo onde o nosso próprioVisão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo egrupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidostodos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossosatravés dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é amodelos, nossas definições do que é a existênciaexistência
  • 13. No plano intelectual, pode ser visto comoNo plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença;a dificuldade de pensarmos a diferença; No plano afetivo, como sentimentos deNo plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc...estranheza, medo, hostilidade, etc... Antes de cogitar se “aceitamos” ou nãoAntes de cogitar se “aceitamos” ou não esta outra forma de ver o mundo, aesta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-antropologia nos convida a compreendê- la, e verificar que ao seu jeito uma outrala, e verificar que ao seu jeito uma outra vida é vivida, segundo outros modelos devida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumespensamento e de costumes
  • 14. O fato de que o homem vê o mundoO fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem consequênciaatravés de sua cultura tem consequência a propensão em considerar o seu modoa propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o maisde vida como o mais correto e o mais natural.natural. O conceito de cultura permite umaO conceito de cultura permite uma perspectiva mais consciente de nósperspectiva mais consciente de nós mesmos.mesmos. Diz que não há homem sem culturaDiz que não há homem sem cultura Devem-se analisar as práticas culturais noDevem-se analisar as práticas culturais no contextos em que elascontextos em que elas são praticadassão praticadas
  • 15. RELATIVISMO CULTURALRELATIVISMO CULTURAL É a postura privilegiada pela AntropologiaÉ a postura privilegiada pela Antropologia contemporânea, de buscar compreendercontemporânea, de buscar compreender a lógica da vida do outro.a lógica da vida do outro. Antes de cogitar se “aceitamos” ou nãoAntes de cogitar se “aceitamos” ou não esta outra forma de ver o mundo, aesta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-antropologia nos convida a compreendê- la, e verificar que ao seu jeito outra vida éla, e verificar que ao seu jeito outra vida é vivida, segundo outros modelos devivida, segundo outros modelos de pensamento e costumespensamento e costumes
  • 16. Cada sociedade humana conhecida é umCada sociedade humana conhecida é um espelho onde nossa própria existência seespelho onde nossa própria existência se reflete.reflete. A postura relativista pode ser sintetizadaA postura relativista pode ser sintetizada nas palavras de uma das mais notáveisnas palavras de uma das mais notáveis antropóloga americana Margaret Mead,antropóloga americana Margaret Mead, que no prefácio de “Sexo eque no prefácio de “Sexo e Temperamento” afirmou: “toda diferença éTemperamento” afirmou: “toda diferença é preciosa e precisa ser tratada com muitopreciosa e precisa ser tratada com muito carinho.carinho.