1. Introdução
A função da Dúvida na Filosofia de Descartes
Descartes em sua filosofia se indaga a respeito
de uma ciência universalmente válida,
percorrendo dentro de seu sistema o ceticismo (a
dúvida), que se configura como uma dúvida
hiperbólica, isto é, que abrange tudo. Desse
modo, Descartes partirá do sujeito cognoscível,
isto é, aquele que conhece; é a chamada res
cogitans (substância pensante), é uma dúvida
provisória, porém com diferenças da dúvida dos
céticos como Pirro ou Sexto Empírico, é uma
dúvida que tende a duvidar de tudo para se
chegar à uma certeza. É, pois, necessário partir
da dúvida para se confirmar a substância
pensante, ratificar o cogito ergo sum. Vale
lembrar que a substância pensante é a certeza
primeira que o filósofo francês deduz, e
fundamenta-se nela para sustentar o
conhecimento; já que duvidamos de tudo nós
adquirimos a certeza de que nós existimos, isto
é, cogito ergo sum. Descartes afirma a origem
das ideias na alma humana alegando que elas
são inatas, desse modo ele pode provar a
existência de Deus, Conforme Descartes: “[...]
Deus existe; pois, ainda que a ideia [sic] da
substância esteja em mim [...] eu não teria,
contudo, a ideia [sic] de uma substância infinita,
eu que sou um ser finito, se ela não tivesse sido
posta em mim por alguma substância que fosse
verdadeiramente infinita.” (DESCARTES, 2005,
p. 72). Concluímos, portanto que o racionalismo
de Descartes afirma que o conhecimento só se
dará na relação entre sujeito cognoscível e
objeto que seria tudo aquilo que é extenso,
conhecido.
O PAPEL DA DÚVIDA NA FILOSOFIA DE DESCARTES
ELIVELTON CÉSAR SANITÁ
CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO
DESCARTES, René. Meditações metafísicas. Tradução de Maria
Ermantina Galvão. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. (Clássicos).
René Descartes. Disponível em: Google imagens.