3. Aquisição de língua estrangeira: é possível dissociada de sua cultura?
Ingrid Fontanini,
4. FONÉTICA - estudo encarregado de
identificar os sons de uma língua
FONOLOGIA - encarrega-se de
explicar, a partir dos sons básicos da
língua, a identidade de suas partículas
sonoras.
MORFOLOGIA - estudo que analisa
a formação das palavras.
GRAMÁTICA - Estuda as regras e
suas aplicações na formação e composição
das frases ou enunciados.
SEMÂNTICA - a união de
determinadas unidades menores que tem
por fim a construção de unidades de
enunciação maiores.
LEXICOLOGIA - É responsável por
descrever o vocabulário de uma língua.
ESTILÍSTICA – Descreve as características
peculiares de uma língua às quais pode-se dar o
nome de “poder de expressão”.
PRAGMÁTICA - Estuda a linguagem em
sua situação real de comunicação, ou seja, no
momento de formação do enunciado.
FILOLOGIA - estuda textos antigos ou do
passado. Busca explicá-los de forma que ocorra a
interligação entre os aspectos diacrônicos,
sincrônicos, linguísticos e situacionais de
comunicação.
OS NÍVEIS DO FENÔMENO LINGUÍSTICO
5. Exemplos de problemas linguísticos:
CIÚMES DOS EFRAIMITAS (Jz 12.1-7)
1. O protesto dos efraimitas (12.1-4)
2. São repelidos por Jefté (12.5)
3. A verdadeira identidade (12.6)
a) Na fuga os rebeldes não podiam ser distinguidos por sua aparência;
- os efraimitas ao chegarem a terra prometida se estabeleceram na parte central da Palestina, porém se
mantiveram longe dos demais;
- não procuraram agregar as demais tribos, se opuseram a alguns personagens bíblicos, criaram seu
próprio dialeto, perderam a antiga identidade;
- o perigo do nada a ver, tudo é lícito, ...;
b) O sotaque revela a origem;
- sabiamente todos aqueles que negavam origem efraimita eram submetidos a um teste de pronuncia;
- no Brasil temos vários sotaques que revelam a região de nascimento;
- os efraimitas não conseguiam pronunciar o som “x”, sendo assim facilmente detectados;
c) A senha para a vida era a palavra “chibolete”;
- chibolete significa grão de ceral;
- os efraimitas não pronunciavam “Chi” (xi) e sim “si”, isto é, sibolete;
- morrem ao todo, 42.000 efraimitas nos vaus do Jordão;
- este fato proporcionou o fim da guerra civil, conferindo a Jefté paz e descanso, por seis anos, quando
morreu (12.7).
6. CAMPOS SEMÂNTICOS
A teoria dos campos semânticos fornece um método valioso para
abordar um problema difícil mas de crucial importância:
a influência da linguagem no pensamento (e vice-versa)
Stephen Ullman
EXEMPLOS DE CAMPOS SEMÂNTICOS
Campo semântico de cabeça: crânio, coco, memória, imaginação, líder etc.;
Campo semântico de brincadeira: distração, divertimento, piada etc.;
Campo semântico de levar: transportar, carregar, retirar, guiar, transmitir, passar etc.
Campo semântico de nota: anotação, dinheiro, grana, bilhete, aviso, explicação, som musical,
tom, atenção etc.;
Campo semântico de guarda: vigilante, sentinela, tutela, proteção, salvaguarda, preservação
etc.
7. GRAUS DE EQUIVALÊNCIA
Álvaro Kasuaki Fujihara. Universidade Federal do Paraná (UFPR)
“A possibilidade ou impossibilidade de haver equivalência entre duas
palavras ou expressões de línguas distintas vai estar relacionada com
a concepção de significação adotada.
Obviamente não há qualquer espaço para a noção de equivalência na
concepção das principais vertentes de pensamento com respeito à
significação.
Mais do que isso, não há mesmo espaço para se explicar como é
possível que haja um mínimo de entendimento entre falantes, mesmo
nos limites de uma língua em comum.”
8.
9. Em todas as línguas humanas, há formas para se indicar a origem da informação,
o que pode ser manifesto gramatical ou lexicalmente. Todas as línguas humanas,
nesse sentido, apresentam formas para apontar ou ocultar a fonte da informação
em uma determinada cadeia de elocução, o que é uma estratégia comunicativa
fundamental para os falantes.
Segundo a terminologia de Chafe (1986), em seu sentido amplo, essa noção
estaria relacionada à fonte da informação quanto à questão de se o falante
realmente viu aquilo sobre o que ele está falando, ou se ele apenas tece
conjecturas sobre a ocorrência de um dado evento baseado em alguma
evidência, ou ainda se alguém lhe contou um determinado fato, ou se ele
apenas ouviu falar sobre tal fato.
Aikhenvald e Dixon (2001) afirmam que todas as línguas têm algum mecanismo
para expressar a fonte de informação.
A Evidencialidade
12. Abrir o jogo
Abrir os olhos a alguém
Andar feito barata tonta
Arrancar cabelos
Bater as botas
Baixar a bola
Dar com a língua nos dentes
Engolir sapos
Estar de gesso
Denunciar; revelar detalhes
Convencer, alertar.
Estar distraído
Desesperar-se
Morrer, falecer
Acalmar-se, ser mais comedido
dizer algo que não podia ter sido dito
Fazer algo contrariado; ser alvo de
insultos/injustiças/contrariedades sem reagir/revidar,
acumulando ressentimento
Não dar resposta, não interagir
13. Estar com a pulga atrás da orelha
Estar com os pés para a cova/o pé na cova
Estar com uma pedra no sapato
Estar de mãos a abanar/abanando
Fazer tempestade em copo d'água
Ficar à sombra da bananeira
Ir pentear macacos
Lavar roupa suja
Estar com a cabeça nas nuvens
Estar desconfiado
Estar para morrer
Ter um problema por resolver
Não conseguir o que pretendia
Transformar banalidade em tragédia
Ficar despreocupado
Ir chatear outra pessoa
Discutir assunto difícil que pode provocar
desentendimento
Estar distraído