2. Este trabalho tem a finalidade de mostrar as
reformas realizada nos PCNs, que foram desenvolvida
para suprir as transformações que se fizeram
necessária para o Ensino Médio, através do Ministério
da Educação que buscou priorizar como forma
fundamental todas as ações na área da educação.
O Brasil juntamente com os países da América
Latina tem por objetivo promover a reforma na área da
educação, assim poder corrigir as desvantagens com
relação aos índices de escolaridade e também do
conhecimento, que já são consolidados nos países
desenvolvidos.
3. Nas décadas de 60 e 70 o desenvolvimento industrial na América Latina, sua
política priorizou o Ensino Médio, como uma forma de preparar o jovem para
dominar e utilizar as maquinas ou a sua produção. Esta tendência levou o
Brasil na década de 70, a realizar uma profissionalização compulsória, uma
estratégia para diminuir a demanda sobre o ensino superior.
"O real significado do termo "Ensino Superior" vai muito além do de ensino de
terceiro grau, como ficou popularizado principalmente após as reformas das
décadas de 60 e 70. O saber superior deve ser adquirido mediante o uso de
codificações, sistemas, modelos e símbolos da semântica científica e, por isso,
foge à praticidade do dia-a-dia e se reserva aos que disponham de condições
especiais para abordá-lo. Por isso, como muitos querem, não pode ser
democraticamente acessível a todos. É um ensino, por natureza, elitista, para
uma minoria capacitada intelectual e culturalmente e não no sentido trivial de
pessoas socioeconomicamente bem postas na comunidade. “(Estrutura e Funcionamento
do Ensino Superior Brasileiro - Paulo Nathanael P. Souza) " http://universidades.universia.com.br/
4. Em 1810 o Príncipe regente cria a Academia Real Militar da Corte, mais
tarde se transformaria na Escola Politécnica, dessa forma fica claro que
o Brasil desde a sua formação sempre priorizou o ensino técnico. Em
1912 é criada a Universidade do Paraná a primeira no país, permaneceu
somente por três anos. Em 1920 é criada a primeira universidade, hoje
conhecida como Universidade Federal do Rio de janeiro.
Essa realidade de acesso a educação era bem diferente nos países
Europeus, que já incentivava seus jovens a chegar ao ensino superior
para poder assim, concorrer de forma justa ao mercado de trabalho.
A década de 90 trouxe vários mudanças e desafios na área da
informação e das novas tecnologias, essas inovações tecnológicas
aumentaram a produtividade e também maiores oportunidades de
empregos, tanto no setor industrial como nos demais setores da
economia. O trabalhador brasileiro demorou a se adaptar a essa nova
realidade, exatamente pela falta de incentivo do Governo na área do
ensino superior, que sempre priorizou o técnico que já se encontrava
defasado na sua qualidade técnica de ensino.
5. Diante dessa realidade, o Governo passou a incentivar a permanência
dos jovens dentro das escolas, para isso foi necessário uma mudança no
currículo incentivando a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés
de simplesmente memorizar. Essa nova forma de ensino foi
desenvolvida visando ampliar os debates, no nível acadêmico no âmbito
de cada Estado, envolvendo os professores e técnicos, realizando uma
analise critica do material. Os documentos foram submetidos a
apreciação dos Secretários de Estado em reunião do CONSED, e outras
organizadas pela Secretaria de Educação media e Tecnológica com esse
objetivo especifico.
O projeto também foi discutido com a população, organizada pela Folha
de S. Paulo no inicio de 1997, participaram, os sindicatos, professores e
a associação dos estudantes secundaristas das escolas particulares e
outros segmentos da sociedade civil. O documento produzido foi
apresentado aos Secretários de Educação das Unidades Federadas e
encaminhado ao Conselho Nacional de Educação em 7 de julho de 1997.
6. Ensino Médio é Educação Básica
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96)
vem conferir uma nova identidade ao Ensino Médio, determinando que
Ensino Médio é Educação Básica (…). A LDB confere caráter de norma
legal à condição do Ensino Médio como parte da Educação Básica,
quando, por meio do Art. 21, estabelece: "Art. 21. A educação escolar
compõe-se de: I – Educação básica, formada pela educação infantil,
ensino fundamental e ensino médio; II – Educação superior."
7. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explicita que o Ensino Médio
é a "etapa final da educação básica" (Art.36), o que concorre para a construção
de sua identidade. O Ensino Médio passa a ter a característica da
terminalidade, o que significa assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de
consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental;
aprimorar o educando como pessoa humana; possibilitar o prosseguimento de
estudos; garantir a preparação básica para o trabalho e a cidadania; dotar o
educando dos instrumentos que o permitam "continuar aprendendo", tendo em
vista o desenvolvimento da compreensão dos "fundamentos científicos e
tecnológicos dos processos produtivos" (Art.35, incisos I a IV). Na perspectiva
da nova Lei, o Ensino Médio, como parte da educação escolar, “deverá
vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social” (Art.1º § 2º da Lei nº
9.394/96).
8. A nova sociedade, decorrente da revolução tecnológica e seus
desdobramentos na produção e na área da informação, apresenta
características possíveis de assegurar à educação uma autonomia ainda
não alcançada. Isto ocorre na medida em que o desenvolvimento das
competências cognitivas e culturais exigidas para o pleno desenvolvimento
humano passa a coincidir com o que se espera na esfera da produção (…).
Um outro dado a considerar diz respeito à necessidade do desenvolvimento
das competências básicas tanto para o exercício da cidadania quanto para o
desempenho de atividades profissionais.
9. De que competências se está falando?
Da capacidade de abstração, do desenvolvimento do pensamento
sistêmico, ao contrário da compreensão parcial e fragmentada dos
fenômenos, da criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar
múltiplas alternativas para a solução de um problema, ou seja, do
desenvolvimento do pensamento divergente, da capacidade de trabalhar
em equipe, da disposição para procurar e aceitar críticas, da disposição
para o risco, do desenvolvimento do pensamento crítico, do saber
comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimento. Estas são
competências que devem estar presentes na esfera social, cultural, nas
atividades políticas e sociais como um todo, e que são condições para o
exercício da cidadania num contexto democrático (…).
10. O currículo tem como objetivo capacitar o ser humano para a vida em
sociedade, nas atividades produtivas e na experiência subjetiva.
Nessa perspectiva incorporam-se como diretrizes gerias e orientadoras
da proposta curricular quatro premissas:
11. Aprender a conhecer : Uma forma ampla da educação onde são
estimulados os conhecimentos e o intelectual, também onde será a base
para todo o aprendizado.
Aprender a fazer : Onde será desenvolvida as habilidades no surgimento
de novas aptidões que serão essenciais para a vida.
Aprender a conhecer : Uma forma ampla da educação onde são
estimulados os conhecimentos e o intelectual, também onde será a base
para todo o aprendizado.
Aprender a fazer : Onde será desenvolvida as habilidades no surgimento
de novas aptidões que serão essenciais para a vida.
12. A Base Nacional Comum destina-se á formação geral do educando e
deve assegurar que as finalidades propostas nas leis.
Para o ensino médio a LDB propõem o desenvolvimento do currículo
forma orgânica, extinguindo a organização por disciplinas formando uma
articulação entre elas .
O processo de interdisciplinaridade tem que estar presente no ensino
médio para que ao final o aluno demonstre o domínio dos princípios
científicos e tecnológicos, o conhecimento das formas contemporâneas
de linguagem, domínio dos conhecimentos de filosofia e da sociologia .
13. A flexibilidade deverá ser assegurada, tanto na organização dos
conteúdos, quanto na metodologia a ser desenvolvida no processo de
ensino e na avaliação.
Essa nova forma de concepção curricular não elimina o ensino d
conteúdos específicos, mas sim tenta uni-los .
Esta forma vai fazer uma nova divisão do conhecimento escolar em três
áreas: Linguagens, códigos e suas tecnologias, Ciências da natureza,
Matemática e suas tecnologias e Ciências Humanas e suas tecnologias.
Tudo isto foi elaborado para facilitar a comunicação entre as áreas de
forma interdisciplinar.
14. Possuímos um sistema escolar, mas não educacional.
Pois para um sistema educacional é necessário articular diversas instituições e
práticas sociais.
Trabalhar a educação para diminuir o quadro de desigualdades sociais,
formando modelos que sejam capazes de enfrentar as dificuldades,
tornando a cultura como eixo central dos processos educacionais.
Trazer a realidade para dentro das escolas de maneira que os estudantes
de identifiquem com o que está sendo trabalhado.
Fazer planos de motivação e valorização dos educadores, para que com
isto seja produzido novas formas de ensino.
15. A escola brasileira sofreu o influxo do processo de
transposição da cultura europeia. Sendo assim nosso sistema
de ensino buscou reforçar os privilégios de classe.
Este modelo escolar só visa formar trabalhadores comuns, e
não cidadãos para desempenhar a função de intelectuais.
O que realmente nos faz refletir é conseguiremos criar no
Brasil escolas que tenham como objetivo não somente
alfabetizar o povo brasileiro ?
16. “(Estrutura e Funcionamento do Ensino Superior Brasileiro - Paulo Nathanael P. Souza) "
http://universidades.universia.com.br/
PCN 2000
Yago Euzébio Bueno de Paiva Junho ( Sociólogo e mestre em teoria da Literatura pela Universidade Federal
de Juiz de Fora)
Vida e Saúde. Tradução Anísio Teixeira. São Paulo: Companhia Editora Nacional,1959.