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Universidade Federal de Pelotas
Instituto de Filosofia, Sociologia e Política.
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
Aluno bolsista Maria Angélica Xavier Dias
FICHAMENTO DE CITAÇÃO
Referência bibliográfica: Revista Espaço Acadêmico – nº 180 -
Mai/2016 – Artigo A Educaçãodo Campo no Brasil: uma
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Fabiane Vanessa Breitenbach
“No presente artigo faço um breve resgate da história da educação do campo no
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campo na luta por uma educação de qualidade do e no campo. Nesse sentido, dou
enfoque especial para a assinatura, pelo Ministério Público gaúcho e Secretaria
Estadual de Educação em dezembro de 2008, do Termo de Ajustamento de Conduta
que determina o fechamento das escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST). Ainda, defendo a importância das lutas dos movimentos
sociais do campo para a construção de políticas públicas educacionais condizentes
com seus anseios. Palavras-chave: educação do campo, políticas públicas,
movimentos sociais.” (pág.1)
“No Brasil a história da educação do campo perpassou e ainda perpassa momentos
difíceis. No ano de 2008, no estado do Rio Grande do Sul, deparou-se inclusive com
decisões arbitrárias. O Ministério Público gaúcho e a Secretaria Estadual de Educação
assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta, em dezembro de 2008,
determinando o fechamento das escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST). Com o intuito de que o leitor entenda as implicações de tal
decisão, tanto para os sem-terrinha, quanto para educação do país, este artigo traz um
breve resgate de como se deu na história do Brasil as proposições educacionais para
os povos do campo. Nesse sentido, será abordado neste texto que o histórico descaso
com a educação dessas pessoas não somente justifica a existência das escolas
itinerantes, como também mostra a importância destas para a construção de políticas
públicas educacionais condizentes com os anseios dos povos do campo.”(pág.2)
“Segundo Ghiraldelli (2006), somente a partir de 1930, a educação, de modo geral,
começou a chamar mais atenção, principalmente em função do manifesto
escolanovista (1932) e também porque com a urbanização e industrialização do país
boa parte do povo brasileiro começou a idealizar que seus filhos poderiam, uma vez
fora da zona rural, escapar do serviço braçal desgastante. Destarte, o acesso à
educação gerado pela urbanização e pela industrialização passou a ser visto pelos
camponeses como um fator que poderia gerar uma mudança social, contribuindo
massivamente para o êxodo rural. Mais uma vez continuou a educação para os povos
do campo, que permaneceram no campo, deixada de lado. Se antes, com a economia
totalmente dependente da agricultura, era considerada desnecessária, tampouco seria
importante agora, quando a agricultura não era mais a única fonte de renda do país.
Silva (2004) salienta que, após a década de 30 do século passado, a escola
institucionalizou-se no campo, entretanto, esse processo se deu sem considerar “a
população a quem se destinava, o contexto onde estava situada, as relações sociais,
produtivas e culturais e a necessidade de formação sócio-profissional desse povo”
(SILVA, 2004). Essa autora afirma ainda que o discurso urbanizador foi muito forte a
partir de 1950 e o mesmo indicava ser necessária a fusão do campo com a cidade,
pois o desenvolvimento industrial faria o rural desaparecer em pouco tempo.”(pág.2)
“Contudo, o índice de analfabetos e analfabetos funcionais continua muito elevado no
campo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008) apurou que, em
2007, 23,3% da população rural era formada por analfabetos contra 7,6% da
população urbana, ou seja, existiam três vezes mais analfabetos no campo que na
cidade. Ainda, se faz importante salientar que esses dados excluem as populações
rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, sem sombra de dúvida
se fossem computados esses estados aumentaria muito o disparato campo – cidade.
Com relação à taxa de analfabetismo funcional – taxa criada pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que considera o
percentual da população de 15 anos ou mais de idade com menos de 4 anos
completos de estudo na condição de analfabetos funcionais – a realidade apresenta-
se ainda mais apavorante, sendo que 42,9% da população do campo encontravam-se
nessa condição em 2007 contra 17,8% da população urbana.”(pág3)
“Com relação à educação dos povos do campo, a LDBEN 9394/96 foi promissora.
Constitui-se um avanço significativo, embora tardio, o artigo 28 119 que se refere
especificamente à oferta da educação para a população rural, prevendo currículos e
metodologias apropriadas aos interesses dos alunos da zona rural; organização
escolar própria, com adequação do calendário escolar as condições climáticas e fases
do ciclo agrícola e adequação à natureza do trabalho da zona rural. Também se torna
possível visualizar alguma flexibilidade e autonomia em outros artigos dessa lei, que
podem e devem ser utilizados pelos gestores educacionais e escolares para a
proposição de políticas educacionais para os povos do campo. O inciso XI do artigo 3º
determina que a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais
deve ser um dos princípios do ensino. O artigo 12, ao trazer as incumbências dos
sistemas de ensino, afirma que os mesmos devem-se articular-se com as famílias e a
comunidade para criar processos de integração entre sociedade e escola. No que se
refere aos docentes, nossa atual LDBEN 9394/96 define que estes, entre outros
encargos, devem colaborar com atividades que articulem escola, família e
sociedade.”(pág.2 e 3)
“Essa luta por uma educação do e no campo e não apenas para o campo nascida dos
e nos movimentos sociais do campo tomou contorno nacional e gerou o que Munarim
(2008) nomeou de Movimento Nacional de Educação do Campo. O autor salienta que
a experiência acumulada pelo Movimento Sem Terra (MST) com as escolas de
assentamentos e acampamentos, bem como a própria existência do MST como
movimento pela terra e por direitos correlatos, pode ser entendida como um processo
histórico mais amplo de onde deriva o nascente Movimento de Educação do Campo
(MUNARIM, 2008, p. 59).”(pág.5)
“Em 2002, a aprovação, pelo Conselho Nacional de Educação, da Resolução nº1 de 3
de abril, que instituiu as Diretrizes Operacionais da Educação Básica nas Escolas do
Campo, representou uma conquista política importante para Movimento Nacional de
Educação do Campo. Mais que isso, mostrou que não se pode mais ficar indiferente
diante desse “movimento de renovação pedagógica” existente no campo (ARROYO,
2008). No texto dessas Diretrizes, o Parágrafo Único do artigo 2º, demarcou com
clareza a concepção de escola do campo defendida pelos sujeitos sociais que se
atrelam a mesma A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às
questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes
próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e
tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos
que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida
coletiva no país.”(pág.5)
“A Resolução nº 2, de 28 de abril de 2008, estabeleceu as “diretrizes complementares,
normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas para a Educação
Básica do Campo”, e também define com clareza o que é e a quem se destina a
educação do campo no artigo 1º A Educação do Campo compreende a Educação
Básica em suas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e
Educação Profissional Técnica de nível médio integrada com o Ensino Médio e
destina-se ao atendimento às populações rurais em suas mais variadas formas de
produção da vida - agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais,
ribeirinhos, assentados e acampados da Reforma Agrária, quilombolas, caiçaras,
indígenas e outros.”(pág.6)
“Portanto, esse documento está de acordo com os objetivos das lutas dos movimentos
sociais do campo que desejam que seus filhos estudem em escolas do e no campo,
que não sejam transportados para as escolas das cidades, sob pena de serem
excluídos dentro do próprio sistema escolar ao estarem sujeitos a deboche, ou então,
sejam influenciados por aspectos não condizentes com a sua cultura. Porém, a atitude
autoritária do estado do Rio Grande do Sul em 2008, parece negar toda a historicidade
dos movimentos sociais do campo em prol da educação. Contrariamente ao que
poderia ser esperado do estado pioneiro na legitimação das escolas itinerantes, fomos
surpreendidos com a proibição da continuidade das mesmas. Sob a alegação de que
essas escolas são politizadas – como se as demais não o fossem – e que estariam
formando pessoas para a luta armada, num ato anti-democrático o Ministério Público
do Rio Grande do Sul deliberou que, em contra partida ao fechamento dessas escolas,
os sem-terrinhas seriam transportados para a escolas mais próxima de seus
acampamentos.”pág.6)
“Ora, o breve resgate histórico acerca do Movimento Nacional de Educação do 122
Campo (Munarim, 2008) relatado anteriormente aponta que os movimentos sociais do
campo, e por excelência o MST, pretendem romper com a educação bancária (Freire),
com a educação da cidade para o campo, com a educação no campo, justamente por
elas não considerarem as especificidades do povo que vive no e do campo. Por outro
lado, também não é difícil compreender os reais motivos que levaram a tal proibição.
As escolas itinerantes ao embasarem suas propostas pedagógicas nos escritos de
Paulo Freire assumem a condição de oprimidos, e com isso os sujeitos que constituem
essas escolas tem condições de atuar politicamente e conscientemente na sociedade
e por sua vez balançar as bases que sustentam a lógica neoliberal. Nesse sentido, as
escolas itinerantes constituem-se sim uma ameaça a “ordem social”, pois não veem
como natural o fato de uns poucos terem muito e outros muitos não terem nem o
necessário para a sobrevivência, pois sabem que não é legal (do ponto de vista
constitucional) nossos “representantes” inflarem suas contas no exterior enquanto
temos pessoas morrendo por falta de alimento e de assistência à saúde. Por essas
escolas “formarem” sujeitos conscientes de seus direitos, ou melhor, politizados, é que
elas são uma “ameaça”.”(págs.6 e 7)

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Fichamento sobre educação no campo pibid

  • 1. Universidade Federal de Pelotas Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência Aluno bolsista Maria Angélica Xavier Dias FICHAMENTO DE CITAÇÃO Referência bibliográfica: Revista Espaço Acadêmico – nº 180 - Mai/2016 – Artigo A Educaçãodo Campo no Brasil: uma história que se escreve entre avanços e retrocessos Fabiane Vanessa Breitenbach “No presente artigo faço um breve resgate da história da educação do campo no Brasil, pontuando as dificuldades que foram e ainda são encontradas pelos povos do campo na luta por uma educação de qualidade do e no campo. Nesse sentido, dou enfoque especial para a assinatura, pelo Ministério Público gaúcho e Secretaria Estadual de Educação em dezembro de 2008, do Termo de Ajustamento de Conduta que determina o fechamento das escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ainda, defendo a importância das lutas dos movimentos sociais do campo para a construção de políticas públicas educacionais condizentes com seus anseios. Palavras-chave: educação do campo, políticas públicas, movimentos sociais.” (pág.1) “No Brasil a história da educação do campo perpassou e ainda perpassa momentos difíceis. No ano de 2008, no estado do Rio Grande do Sul, deparou-se inclusive com decisões arbitrárias. O Ministério Público gaúcho e a Secretaria Estadual de Educação assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta, em dezembro de 2008, determinando o fechamento das escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Com o intuito de que o leitor entenda as implicações de tal decisão, tanto para os sem-terrinha, quanto para educação do país, este artigo traz um breve resgate de como se deu na história do Brasil as proposições educacionais para os povos do campo. Nesse sentido, será abordado neste texto que o histórico descaso com a educação dessas pessoas não somente justifica a existência das escolas itinerantes, como também mostra a importância destas para a construção de políticas públicas educacionais condizentes com os anseios dos povos do campo.”(pág.2) “Segundo Ghiraldelli (2006), somente a partir de 1930, a educação, de modo geral, começou a chamar mais atenção, principalmente em função do manifesto escolanovista (1932) e também porque com a urbanização e industrialização do país boa parte do povo brasileiro começou a idealizar que seus filhos poderiam, uma vez fora da zona rural, escapar do serviço braçal desgastante. Destarte, o acesso à educação gerado pela urbanização e pela industrialização passou a ser visto pelos camponeses como um fator que poderia gerar uma mudança social, contribuindo
  • 2. massivamente para o êxodo rural. Mais uma vez continuou a educação para os povos do campo, que permaneceram no campo, deixada de lado. Se antes, com a economia totalmente dependente da agricultura, era considerada desnecessária, tampouco seria importante agora, quando a agricultura não era mais a única fonte de renda do país. Silva (2004) salienta que, após a década de 30 do século passado, a escola institucionalizou-se no campo, entretanto, esse processo se deu sem considerar “a população a quem se destinava, o contexto onde estava situada, as relações sociais, produtivas e culturais e a necessidade de formação sócio-profissional desse povo” (SILVA, 2004). Essa autora afirma ainda que o discurso urbanizador foi muito forte a partir de 1950 e o mesmo indicava ser necessária a fusão do campo com a cidade, pois o desenvolvimento industrial faria o rural desaparecer em pouco tempo.”(pág.2) “Contudo, o índice de analfabetos e analfabetos funcionais continua muito elevado no campo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008) apurou que, em 2007, 23,3% da população rural era formada por analfabetos contra 7,6% da população urbana, ou seja, existiam três vezes mais analfabetos no campo que na cidade. Ainda, se faz importante salientar que esses dados excluem as populações rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, sem sombra de dúvida se fossem computados esses estados aumentaria muito o disparato campo – cidade. Com relação à taxa de analfabetismo funcional – taxa criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que considera o percentual da população de 15 anos ou mais de idade com menos de 4 anos completos de estudo na condição de analfabetos funcionais – a realidade apresenta- se ainda mais apavorante, sendo que 42,9% da população do campo encontravam-se nessa condição em 2007 contra 17,8% da população urbana.”(pág3) “Com relação à educação dos povos do campo, a LDBEN 9394/96 foi promissora. Constitui-se um avanço significativo, embora tardio, o artigo 28 119 que se refere especificamente à oferta da educação para a população rural, prevendo currículos e metodologias apropriadas aos interesses dos alunos da zona rural; organização escolar própria, com adequação do calendário escolar as condições climáticas e fases do ciclo agrícola e adequação à natureza do trabalho da zona rural. Também se torna possível visualizar alguma flexibilidade e autonomia em outros artigos dessa lei, que podem e devem ser utilizados pelos gestores educacionais e escolares para a proposição de políticas educacionais para os povos do campo. O inciso XI do artigo 3º determina que a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais deve ser um dos princípios do ensino. O artigo 12, ao trazer as incumbências dos sistemas de ensino, afirma que os mesmos devem-se articular-se com as famílias e a comunidade para criar processos de integração entre sociedade e escola. No que se refere aos docentes, nossa atual LDBEN 9394/96 define que estes, entre outros encargos, devem colaborar com atividades que articulem escola, família e sociedade.”(pág.2 e 3) “Essa luta por uma educação do e no campo e não apenas para o campo nascida dos e nos movimentos sociais do campo tomou contorno nacional e gerou o que Munarim (2008) nomeou de Movimento Nacional de Educação do Campo. O autor salienta que a experiência acumulada pelo Movimento Sem Terra (MST) com as escolas de assentamentos e acampamentos, bem como a própria existência do MST como movimento pela terra e por direitos correlatos, pode ser entendida como um processo
  • 3. histórico mais amplo de onde deriva o nascente Movimento de Educação do Campo (MUNARIM, 2008, p. 59).”(pág.5) “Em 2002, a aprovação, pelo Conselho Nacional de Educação, da Resolução nº1 de 3 de abril, que instituiu as Diretrizes Operacionais da Educação Básica nas Escolas do Campo, representou uma conquista política importante para Movimento Nacional de Educação do Campo. Mais que isso, mostrou que não se pode mais ficar indiferente diante desse “movimento de renovação pedagógica” existente no campo (ARROYO, 2008). No texto dessas Diretrizes, o Parágrafo Único do artigo 2º, demarcou com clareza a concepção de escola do campo defendida pelos sujeitos sociais que se atrelam a mesma A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida coletiva no país.”(pág.5) “A Resolução nº 2, de 28 de abril de 2008, estabeleceu as “diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas para a Educação Básica do Campo”, e também define com clareza o que é e a quem se destina a educação do campo no artigo 1º A Educação do Campo compreende a Educação Básica em suas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de nível médio integrada com o Ensino Médio e destina-se ao atendimento às populações rurais em suas mais variadas formas de produção da vida - agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da Reforma Agrária, quilombolas, caiçaras, indígenas e outros.”(pág.6) “Portanto, esse documento está de acordo com os objetivos das lutas dos movimentos sociais do campo que desejam que seus filhos estudem em escolas do e no campo, que não sejam transportados para as escolas das cidades, sob pena de serem excluídos dentro do próprio sistema escolar ao estarem sujeitos a deboche, ou então, sejam influenciados por aspectos não condizentes com a sua cultura. Porém, a atitude autoritária do estado do Rio Grande do Sul em 2008, parece negar toda a historicidade dos movimentos sociais do campo em prol da educação. Contrariamente ao que poderia ser esperado do estado pioneiro na legitimação das escolas itinerantes, fomos surpreendidos com a proibição da continuidade das mesmas. Sob a alegação de que essas escolas são politizadas – como se as demais não o fossem – e que estariam formando pessoas para a luta armada, num ato anti-democrático o Ministério Público do Rio Grande do Sul deliberou que, em contra partida ao fechamento dessas escolas, os sem-terrinhas seriam transportados para a escolas mais próxima de seus acampamentos.”pág.6) “Ora, o breve resgate histórico acerca do Movimento Nacional de Educação do 122 Campo (Munarim, 2008) relatado anteriormente aponta que os movimentos sociais do campo, e por excelência o MST, pretendem romper com a educação bancária (Freire), com a educação da cidade para o campo, com a educação no campo, justamente por elas não considerarem as especificidades do povo que vive no e do campo. Por outro lado, também não é difícil compreender os reais motivos que levaram a tal proibição.
  • 4. As escolas itinerantes ao embasarem suas propostas pedagógicas nos escritos de Paulo Freire assumem a condição de oprimidos, e com isso os sujeitos que constituem essas escolas tem condições de atuar politicamente e conscientemente na sociedade e por sua vez balançar as bases que sustentam a lógica neoliberal. Nesse sentido, as escolas itinerantes constituem-se sim uma ameaça a “ordem social”, pois não veem como natural o fato de uns poucos terem muito e outros muitos não terem nem o necessário para a sobrevivência, pois sabem que não é legal (do ponto de vista constitucional) nossos “representantes” inflarem suas contas no exterior enquanto temos pessoas morrendo por falta de alimento e de assistência à saúde. Por essas escolas “formarem” sujeitos conscientes de seus direitos, ou melhor, politizados, é que elas são uma “ameaça”.”(págs.6 e 7)