1. O documento discute as limitações do Método do Caminho Crítico (CPM) ao não levar em conta o nivelamento de recursos.
2. Exemplos comparam o CPM com o Caminho Crítico de Recursos em duas ferramentas, mostrando resultados diferentes.
3. O Caminho Crítico de Recursos fornece uma visão mais realista do projeto ao considerar a disponibilidade real dos recursos.
2. PROPOSTA
Este documento tem como objetivo alertar usuários de
ferramentas baseadas exclusivamente no Método do
Caminho Crítico (CPM) em relação ao registro e
acompanhamento de projetos em função de FOLGAS.
CPM foi desenvolvido em 1959 por J.Kelly e associados
e representou uma importante evolução para os
métodos de desenvolvimento de cronogramas e planos
de projeto na ocasião. Em 2009 completa 50 anos e
embora tenha grande importância para o
Gerenciamento de Projetos ela traz limitações que
podem ser vistas como dependências da capacidade de
processamento de dados encontradas na época e não
leva em consideração o caminho crítico por
nivelamento de recursos.
3. PROPOSTA
Durante a elaboração dos exercícios foi utilizado o
MSProject (cujo modelo de análise de folgas está
baseado no CPM) e o Spider Project (uma das diversas
ferramentas hoje capazes de desenvolver cronogramas
baseados no Caminho Crítico de Recursos).
Na evolução dos exemplos, visto que foi encontrada
uma dificuldade no nivelamento adequado de recursos
com o MSProject, o exercício foi refeito com uma
simplificação do modelo para garantir consistência na
distribuição de horas dos recursos.
4. PROPOSTA
Sugere-se que o leitor realize seus próprios testes com
qualquer ferramenta disponível, tendo como referência:
Exercício 1 Exercício 2
Código Nome Duração Precedência Recurso Código Nome Duração Precedência Recurso
1 Início 0 dias 1 Início 0 dias
2 A 5 dias 1 r1 2 A 5 dias 1 r1
3 B 5 dias 2 r2 3 B 5 dias 2 r2
4 C 3 dias 1 r1 4 C 3 dias 1 r1
5 D 5 dias 4 r2 5 D 5 dias 4 r2
6 E 5 dias 1 r2;r1;r4 6 E 5 dias 1;3;5 EQUIPE A
7 F 3 dias 6 r1;r2;r3 7 F 5 dias 6 EQUIPE B
8 G 3 dias 1 r1;r2;r3 8 G 3 dias 1;3;5 EQUIPE A
9 H 3 dias 8 r1;r2;r4 9 H 5 dias 8 EQUIPE B
10 Fim 0 dias 3;5;7;9 10 Fim 0 dias 3;5;7
Data de Início: 23/03/2009. Calendário Padrão (5x8=40h)
5. Exercício 1
CENÁRIO MSPROJECT
As atividades não estão niveladas
6. Exercício 1
CENÁRIO SPIDER
Os recursos
estão sendo
exibidos
individualmente
para conferência
com o
MSProject
As atividades não estão niveladas
7. Exercício 1
CENÁRIO SPIDER
Recursos omitidos
para aproximar
a configuração
visual entre
as ferramentas.
As atividades não estão niveladas
8. Exercício 1
COMPARATIVO
INICIAL
FOLGAS,
Datas INICIAIS,
Datas de Término,
Recursos,
Dependências
IGUAIS
As atividades não estão niveladas
9. Exercício 1
NIVELAMENTO
MSPROJECT
Resultado parcial 26 dias
10. Exercício 1
NIVELAMENTO
SPIDER
Resultado parcial 27 dias
11. Exercício 1
COMPARATIVO
PARTE II
Aparentemente o MSProject gerou um cronograma MENOR
12. Exercício 1
PROVA REAL
Os 26 dias foram alcançados com redução na carga
de trabalho de alguns recursos e quebra de dias entre
os envolvidos.
13. Exercício 1
PROVA REAL
Nenhuma opção para ajuste de atribuições individuais ou
interrupção no trabalho estão ativados.
14. Exercício 1
PROVA REAL
480 HORAS 440 HORAS
Cortando 40 horas fica fácil reduzir um dia !!!
15. NOVO EXERCÍCIO
Exercício 2
Para evitar que múltiplos recursos necessários em uma
única atividade sejam tratados de forma diferente entre
ambas as ferramentas, os recursos foram substituídos
por EQUIPES.
Equipe A = r1; r2; r3 // EquipeB = r1;r2;r4
Dependências entre B e D para as demais atividades
foram criadas em ambas as ferramentas visto que ao
trocar “r1; r2; r3” por EquipeA os softwares não tem
como identificar que de fato “r1;r2” já estão sendo
consumidos em outras atividades anteriores.
16. NOVO EXERCÍCIO:
RECRIAÇÃO
Exercício 2
DAS ATIVIDADES, RECURSOS E
DEPENDÊNCIAS.
20. SIMULAÇÃO (MSP) SPIDER
Exercício 2
30
dias
30
dias
O Spider também pode simular um nivelamento “próximo” ao MSProject.
Mesmo sem redução da duração total do projeto, o caminho crítico é DIFERENTE.
21. SIMULAÇÃO (MSP) SPIDER
Exercício 2
Caminho Crítico de TAREFAS
ou “Caminho Crítico CPMquot;
Caminho Crítico de RECURSOS
ou CORRENTE CRÍTICA
22. PROBLEMAS
Exercício 2
CAMINHO CRÍTICO CPM
DO
Atividade “A” não pode
atrasar sem impacto no
Projeto.
23. PROBLEMAS
Exercício 2
CAMINHO CRÍTICO CPM
DO
Mas “aparenta”
não estar no caminho crítico
do projeto.
24. PROBLEMAS
Exercício 2
CAMINHO CRÍTICO CPM
DO
Atividade “C” parece
estar no caminho crítico do projeto.
25. PROBLEMAS
Exercício 2
CAMINHO CRÍTICO CPM
DO
Mas de fato ela
pode atrasar 2 dias
sem impacto à data fim do projeto.
26. VANTAGENS DO
Exercício 2
CAMINHO CRÍTICO DOS RECURSOS*
1) Cronogramas
realistas.
PMBOK 2008: “resource-critical-path”, ou
“caminho crítico alterado por recursos” = “corrente crítica”
27. VANTAGENS DO
Exercício 2
CAMINHO CRÍTICO DOS RECURSOS*
2) Visão
consistente de
que tarefas e
recursos são
necessários.
PMBOK 2008: “resource-critical-path”, ou
“caminho crítico alterado por recursos” = “corrente crítica”
28. VANTAGENS DO
Exercício 2
CAMINHO CRÍTICO DOS RECURSOS*
26
dias
3) Folgas
totais são REAIS
em relação
a duração do
projeto.
PMBOK 2008: “resource-critical-path”, ou
“caminho crítico alterado por recursos” = “corrente crítica”
29. VANTAGENS DO
Exercício 2
CAMINHO CRÍTICO DOS RECURSOS*
30
dias
4) Outros
cenários
possíveis.
PMBOK 2008: “resource-critical-path”, ou
“caminho crítico alterado por recursos” = “corrente crítica”
30. ANÁLISE DE OPÇÕES
Exercício 2
26
dias
30
dias
A segunda opção (30 dias) tem mais atividades
com folga e portanto menor risco.
31. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Diferenciar “Caminho Crítico” aplicado ao CPM (Critical Path
Method) e “Caminho Crítico de Projeto” não é apenas uma
questão acadêmica.
O Caminho Crítico de Projeto é a seqüência de atividades de
um projeto que determina a menor duração possível de um
projeto. Esta seqüência não é formada apenas por aquelas
atividades que estão ligadas entre si em uma rede (CPM) e
as vezes pode estar mascarada no projeto com atividades
que pertencem a este caminho, mas que possui FOLGA.
A seqüência criada a partir de um diagrama de redes e
também levando em consideração os recursos é chamada de
“caminho crítico do recurso” e, segundo o PMBOK 2008 é o
“caminho crítico alterado por recursos” ou “corrente crítica”.
32. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Os exercícios foram feitos com MSProject 2007 (desktop) e
Spider Project 9.19.0.81 , em 21/03/2009;
Peter Mello, PMP, PMI-SP, SpS é especialista e certificado na
ferramenta Spider Project Professional e somente um
usuário avançado do MSProject. A intenção do autor não é o
de comparar ferramentas e sim “Método de Análise de
Caminho Crítico” e um alerta quanto a aplicação do CPM
(Critical Path Method) sem um nivelamento de recursos.
As declarações deste texto são de responsabilidade do
pesquisador Peter Mello e não representam a opinião ou
análise da X25 Treinamento e Consultoria ou Spider
Management Technologies. É de responsabilidade do usário
deste documento realizar sua própria avaliação de recursos,
métodos e ferramentas e não há garantias de aplicabilidade
deste conteúdo em nenhum cenário.