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1
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E
INSTITUCIONAL
NIVEL DE ESPECIALIZAÇÃO – “LATO SENSU”
PATRICIA CABRAL DUARTE
UM ESTUDO SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE
PELOTAS/RS
2015
2
PATRICIA CABRAL DUARTE
UM ESTUDO SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE
Monografia do curso de Pós-Graduação
apresentado à Faculdade Dom Bosco como
parte dos requisitos para a obtenção do título
de especialista em Psicopedagogia Clínica e
Institucional.
Orientadora: Profª. Msc. Maria Mirta Calhava
de Oliveira
PELOTAS/RS
2015
3
PATRICIA CABRAL DUARTE
UM ESTUDO SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE
Esta monografia apresentada à Faculdade
Dom Bosco foi julgada adequada e aprovada
como parte dos requisitos para obtenção do
título de especialista em Psicopedagogia
Clínica e Institucional.
Orientadora: Profª. Msc. Maria Mirta Calhava de
Oliveira
Pelotas, RS___/___/2015 ____________________________
Orientadora
___________________________
Siegmund Beppler
Coordenador de Pós-Graduação
PELOTAS/RS
2015
4
DEDICATÓRIA
As meus filhos, razão e motivação para que
minha formação se renove, pois minha busca
por constante aprendizado e melhores
condições perpassam pelo desejo que sigam
este exemplo e busquem para suas vidas
formações acadêmicas que os deem conforto e
segurança. Amo vocês!
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais por serem meus grandes
incentivadores, e sempre acreditarem em mim e no
meu potencial. A minha família que sente minhas
ausências, mas que me apoia, pois sem ela não
seria possível realizar este trabalho. A minha amiga
Mayra por ser mais colega, mas realmente minha
parceira na construção desta monografia. Obrigada!
6
Ninguém é sujeito da autonomia de
ninguém. Por outro lado, ninguém amadurece de
repente, aos vinte e cinco anos. A gente vai
amadurecendo todo dia, ou não. A autonomia,
enquanto amadurecimento do ser para si é
processo, é vir a ser.
Paulo Freire
7
UM ESTUDO SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE
Patricia Cabral Duarte1
RESUMO
O transtorno de déficit de atenção com ou sem hiperatividade é uma síndrome
caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade por vezes com
situações de agressividade, causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo
menos dois contextos diferentes, no contexto familiar e principalmente no contexto
social. O presente trabalho trata sobre essa patologia e tem como objetivo fornecer
subsídios para uma melhor compreensão do/dos transtornos, uma vez que o
transtorno de déficit de atenção pode vir ou não acompanhado de hiperatividade
inclusive, dando destaque a identificação destes. Através da leitura do texto torna-se
possível identificar características presentes nos sujeitos que podem indicar o déficit.
Como forma de contribuir significativamente com o processo de ensino
aprendizagem das pessoas com transtornos de déficit de atenção/hiperatividade
buscaremos compreender melhor como este transtorno atinge a vida social e
acadêmica buscando superar os impedimentos impostos pelas características de
quem tem TDA/H. Para além do descrito a cima, o texto traz indicações das
características, possibilidades de organização, formas de mediação de como
trabalhar com educandos com estes transtornos.
Palavras-chave: Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade; Ensino;
Aprendizagem;
1
Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de Pelotas.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 09
1. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE (TDAH)......... 12
1.1. Como identificar o TDAH?................................................................................ 13
1.2. Como saber se o educando tem o TDA e/ou TDAH? ....................................... 20
2. IMPLICAÇÕES DOS TDAH NA APRENDIZAGEM ............................................ 23
3. UMA VEZ DIAGNOSTICADO COMO DEVERÁ SER O TRATAMENTO VISANDO
UMA MELHORA NO RENDIMENTO ESCOLAR?................................................... 26
3.1. Terapia Cognitiva Comportamental .................................................................. 27
3.1.1 Tempo.............................................................................................................. 28
3.1.2 Procrastinação/ Desistência .......................................................................... 29
3.1.3 Estratégia para evitar o esquecimento........................................................... 29
3.1.4 Impulso............................................................................................................. 30
3.1.5 Concentração.................................................................................................. 31
3.1.6 Treinando os passos para prestar mais atenção............................................. 31
4. AMBIENTE ALFABETIZADOR PARA OS EDUCANDOS COM TDAH.............. 33
4.1. Atividades e metodologias mais corretas para serem aplicadas em pessoas
com estes transtornos?........................................................................................... 39
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 45
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................. 48
9
INTRODUÇÃO
Tendo em vista que os Transtornos de déficit de atenção/hiperatividade
(TDAH) são os mais comuns entre os educandos, visto que estudos revelam que 5%
dos alunos em idade escolar possuem um ou os dois transtornos; o presente estudo
se justifica, pois se torna necessário conhecer, reconhecer, identificar e
consequentemente trabalhar de maneira adequada com estes educandos,
auxiliando assim, os profissionais que atuam diretamente com estes, bem como com
a família, tornando o trabalho completo e eficiente no sentido de buscar soluções
para mediar uma aprendizagem de resultado satisfatório.
O TDAH é um dos transtornos mais comuns que permeiam os diálogos entre
professores e psicopedagogos em espaços sociais estando presente também no
ambiente familiar, pois muitas crianças apresentam sintomas de desatenção,
inquietação, passando por dificuldades para realizar tarefas, desempenhar
atividades em casa e algumas com problemas de impulsividade chegando a
agressividade e a hiperatividade. Percebendo estas descrições, temos o típico
TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, este se aplica a um grupo
heterogêneo de pessoas, pois nem sempre os sintomas são iguais, mas estes são
encontrados em praticamente todos os contextos educacionais. Desta forma, a
hiperatividade é tema frequente de discussões acerca do comportamento das
crianças nos diversos locais nos quais elas interagem.
O transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade é uma síndrome
caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a
si mesmo e aos outros em pelo menos dois contextos diferentes.
Vale ressaltar que a denominação transtorno do déficit de atenção não
define com precisão o que ocorre com o lugar da atenção no TDA, já que ao mesmo
tempo que o adulto e a criança TDAs têm grande dificuldade em se concentrar em
determinado assunto ou enfrentar situações obrigatórias também podem se
apresentar superconcentrados em diferentes temas e atividades de seu interesse
espontâneo.
10
Esse transtorno pode ser subdividido em três formas distintas, a saber: Com
predomínio de desatenção, com predomínio de hiperatividade e impulsividade ou no
tipo combinado- desatento e hiperativo ou impulsivo.
O TDAH com predomínio de desatenção tem como característica principal a
dificuldade em prestar atenção nas atividades que realiza ou em alguém que o fala.
Nesse tipo é comum a permanência sentada e quieta por um período extenso. Já no
TDAH com predomínio de hiperatividade ou impulsividade a evidência gira em torno
do comportamento que esta criança demonstra diante das variadas situações que
ocorrem diariamente. Por último, no terceiro tipo, ou seja, no combinado, ambas as
características estão presentes, ou seja, a criança demonstra desatenção aliada à
hiperatividade e impulsividade. Por esse motivo, considera-se este tipo o mais
complexo dos transtornos, pois afeta o comportamento e a aprendizagem.
Dentre as causas do transtorno a mais importante é a herança genética, a
incidência em famílias com o caso pode ser de até 10 vezes maior do que em
famílias que ninguém apresente o transtorno.
Em relação ao diagnóstico, o mesmo é de cunho clínico e feito de forma
avaliativa, portanto, somente um estudo clínico, por meio de avaliação detalhada dos
pais, criança e da escola podem diagnosticar os déficits.
Tabelas avaliativas padronizadas pode ser ferramenta de investigação com
pais e professores. Em se tratando dos pais, a investigação deve abranger desde a
gestação, até os dias atuais com o maior detalhamento possível.
As pessoas com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade tem um claro
prejuízo em seus desempenhos.
Segundo Teixeira (2013, p. 65): “[...] deve haver claro prejuízo no
funcionamento social, acadêmico ou ocupacional da criança ou do adolescente. Sem
prejuízo não há o diagnostico do transtorno.”
Por esta razão, a dos prejuízos, que é tão urgente seu diagnóstico,
tratamento e a criação de estratégias para otimizar suas aprendizagens. A falta do
diagnostico pode acarretar prejuízos ainda mais significativos na vida destes
11
educando. Sendo que o objetivo de nosso trabalho é buscar práticas que possam
promover o aprendizado com uma melhor qualidade, é essencial.
São inúmeros os indícios que nos levam a identificar as pessoas atingidas
pelo transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, e em se tratando do ambiente
escolar que será nosso não único, mas principal foco de estudo, são evidentes.
Devemos ter clareza ao dar este diagnóstico para não confundir e
diagnosticar de maneira errada o aluno, pois para além dos transtornos, os rótulos
devem ser levados em consideração. Como nos afirma Leal e Makeliny (2011, p.
114 )
Contudo, muitas vezes a visão equivocada desse
transtorno causa sérios constrangimentos para quem o
possui, pois este não é uma questão de querer ou não
se portar de forma ou de outra, como já diz o título deste
capítulo, ele é um transtorno do comportamento que
deve ser trabalhado com intervenções específicas e,
muitas vezes medicamentosas.
Portanto, como forma de contribuir significativamente com o processo de
ensino aprendizagem das pessoas com transtornos de déficit de
atenção/hiperatividade buscaremos compreender melhor como este transtorno
atinge a vida social e acadêmica buscando superar os impedimentos impostos pelas
características de quem tem TDAH.
12
CAPÍTULO I
1. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE (TDAH)
O TDAH é um funcionamento de origem biológico, caracterizado pela
herança genética, que se revela na criança ainda bem jovem, antes dos sete anos,
independentemente de ela ser originária de um ambiente agressivo ou de estar
passando por problemas.
O comportamento TDA/H nasce do que se chama trio de base alterada. É
com base nesse trio de sintomas formado por alterações da atenção, da
impulsividade e da velocidade da atividade física e mental que se desvendará todo o
universo TDA, o qual muitas vezes, oscila entre a plenitude criativa e a exaustão de
um cérebro que não para nunca.
O TDA/H deriva de um funcionamento alterado do sistema neurobiológico
cerebral, ou seja, os neurotransmissores se apresentam alterados quantitativa, e/ou
qualitativamente no interior dos sistemas cerebrais responsáveis pela atenção,
impulsividade e pelas atividades físicas e mentais do comportamento humano. Trata-
se, portanto de uma disfunção.
O cérebro de um TDA e um não TDA não apresenta nenhuma diferença
aparente, sua diferença encontra-se, no intimo dos circuitos cerebrais organizados e
movidos pelos neurotransmissores, estes, responsáveis por fazer funcionar as
funções cerebrais. Desta forma os neurotransmissores seriam o combustível que
fazem funcionar o cérebro.
Esta nova visão do Transtorno de Déficit de Atenção foi o pilar gerador da
eficiência nos tratamentos com medicamentos na busca melhoria da qualidade
devida dos TDAs.
13
O TDA/H é uma alteração na capacidade de controle voluntário da atenção.
Tanto alguém com déficit de atenção quanto uma pessoa comum podem sim prestar
atenção. O que diferencia um caso do outro é que um sujeito sem o transtorno pode
espontaneamente, controlar o foco da atenção. Dessa forma não sofre perturbações
decorrentes de suas distrações já que caso perca o foco, tem o poder de voltar e
consegue sustentar o esforço mesmo em circunstâncias pouco estimulantes. No
entanto, no caso do TDA/H, a manutenção do foco está absolutamente relacionada
a características externas ou do próprio estímulo. Isto explica porque é tão fácil para
um TDA/H manter o foco no videogame ou em alguma outra atividade que seja de
seu interesse.
Os estudos mostram que ainda há um longo caminho a se percorrer, pois os
mecanismos que regem o TDA ainda não são e provavelmente nunca serão
totalmente compreendidos devido a complexidade do mesmo.
As descobertas em relação ao transtorno tiraram da marginalidade social,
milhões de pessoas que hoje possuem um diagnóstico, um laudo, podem entender e
compreender o que acontece consigo e tratar-se, procurando melhores maneiras de
se organizar e assim podendo desempenhar suas potencialidades, contribuindo não
só com a sua vida em sociedade, mas principalmente consigo mesmo. Tais
descobertas tiraram o TDA da espera punitiva, moralista e o elevou a esfera
científica, passível ao tratamento.
1.1 Como identificar o TDAH?
É fato que a criança que possui o déficit, nasce com ele, tanto que para fazer
o diagnóstico principalmente se for em outras fases da vida, é preciso investigar
como foi sua evolução na infância, por esta razão, a maneira mais segura para o
diagnóstico do TDAH é através da anamnese, ou seja, da própria história pessoal do
indivíduo vista por ângulos distintos, nos diversos contextos em que se insere como:
escolar, profissional, familiar, social e afetiva.
14
É evidente que o contexto onde primeiramente surgem indícios de um
possível TDA/H é no ambiente escolar. É neste local que desde sua inserção o
educando está exposto a situações coletivas de aprendizagem, sendo assim, a
maneira com a qual o educando reage diante desse processo dará indícios ou não
da presença do transtorno. Quando o comportamento e as reações deste educando
destoam dos demais, é natural que a professora solicite uma conversa com os
familiares, neste caso, surge diversas inquietações por parte da família, que passa a
observar o comportamento da criança em casa.
É nesse momento, que poderão surgir dúvidas em relação a possibilidade da
criança ter ou não o transtorno, porém, antes de procurar auxílio de um especialista,
uma forma de contribuir para a análise das características predominantes do TDA/H
é utilizar a tabela elaborada por Silva (2014). Segundo a autora, é preciso considerar
a frequência e a intensidade com as quais as situações ocorrem e pensar na
possibilidade de caracterizar um funcionamento TDA/H se, pelo menos 23 das
opções forem positivas.
A lista foi subdividida em quatro grandes grupos para enfatizar situações
decorrentes dos sintomas primários do TDA/H.
Grupo 1: Instabilidade da atenção
1. Desvia facilmente sua atenção do que está fazendo quando recebe um
pequeno estímulo. Um assobio do colega é suficiente para interromper uma
atividade.
2. Tem dificuldade em prestar atenção na fala dos outros. Numa conversa com
o colega, tende a captar apenas pedaços soltos do assunto.
3. Desorganização cotidiana. Tende a perder objetos (materiais escolares e
brinquedos), esquecer datas importantes (provas, trabalhos).
4. Frequentemente apresenta “brancos” durante uma conversa.
5. Tendência a interromper a fala do outro.
15
6. Costuma cometer erros de fala, leitura ou escrita. Esquece uma palavra no
meio de uma frase, pronuncia errado ou come sílabas de palavras mais
longas.
7. Presença de hiperfoco: concentração intensa em uma única atividade num
determinado período. Um TDA pode ficar horas a fio na frente da Tv olhando
desenhos sem se dar conta do que acontece ao seu redor.
8. Dificuldade em permanecer em atividades obrigatórias de longa duração-
participar como ouvinte de uma peça de teatro ou assistir um filme que não
seja motivo de grande interesse e não o faça entrar em hiperfoco, por
exemplo.
9. Interrompe tarefas no meio. Um TDA muitas vezes não assiste um desenho
até o fim ou ouve um CD inteiro.
Grupo 2: Hiperatividade física e/ou mental
10.Tem dificuldade em permanecer sentado por muito tempo. Durante a aula ou
sessão de cinema, costuma se mexer o tempo todo na tentativa de
permanecer em seu lugar ou até mesmo sai da cadeira e caminha pela sala.
11.Está sempre mexendo com os pés ou as mãos. São as típicas crianças as
quais questionam se estão com o “bicho carpinteiro”.
12.Apresenta inquietação ou ansiedade. Um TDA demonstra ter sempre algo a
fazer.
13.Costuma brincar com várias coisas ao mesmo tempo. É a criança que brinca
e vê desenho simultaneamente sem focar em nenhuma delas.
14. As vezes se envolve em situações de grande risco em busca de estímulos
fortes, como em parque de diversões.
16
15. Frequentemente fala sem parar, monopolizando as conversas em grupo. É a
criança que tem dificuldades em esperar a sua vez de falar.
Grupo 3: Impulsividade
16. Baixa tolerância a frustração. Quando quer algo não consegue esperar.
17. Costuma responder antes que a pergunta seja completada. Não consegue
conter o impulso de responder ao primeiro estímulo criado pelo início de uma
pergunta.
18. Costuma provocar situações constrangedoras, por falar o que vem à mente
sem filtrar o que vai ser dito. Durante uma discussão, um TDA pode deixar
escapar ofensas impulsivas.
19. Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar algo, (a sua vez de
jogar, de utilizar um brinquedo ou de receber ajuda da professora, por
exemplo).
20. Reage irrefletidamente a provocações, críticas ou rejeição. É o tipo de
pessoa que explode de raiva ao sentir-se ignorada.
21. Tendência a não seguir regras ou normas preestabelecidas.
22. Compulsividade pela repetição constante dos impulsos. Por exemplo
compulsão alimentar.
23. Ações contraditórias. Um TDA é capaz de ter uma explosão de raiva por
causa de um pequeno detalhe numa hora e, poucos momentos mais tarde,
oferecer uma grande demonstração de afeto.
24.Hipersensibilidade. Uma simples repreensão pode ser o suficiente para que
se magoe profundamente.
25. Hiper-reatividade. Esta é uma característica que faz com que o TDA se
contagie facilmente com os sentimentos dos outro. Pode ficar triste ao ver
alguém chorar, mesmo sem saber o motivo, ao mesmo tempo que pode ficar
17
muito agitado ou irritado em ambientes barulhentos ou em presença de
multidão.
26. Tendência a culpar os outros. Um TDA muitas vezes poderá culpar outra
pessoa por seus fracassos e erros, como o aluno que culpa o colega de turma
por não ter acertado uma questão da prova, alegando que ele estava
cantarolando baixinho na hora.
27. Mudanças bruscas e repentinas de humor (instabilidade de humor). O TDA
costuma mudar de humor rapidamente e várias vezes no mesmo dia. Isso
depende dos acontecimentos externos ou ainda de seu estado cerebral, uma
vez que o cérebro do TDA pode entrar em exaustão, prejudicando a
modulação do seu estado de humor.
28. Tendência a ser muito criativo e intuitivo. O impulso criativo do TDA é talvez
a maior de suas virtudes. Pode se manifestar nas mais diversas áreas do
conhecimento humano.
29. Tendência ao desespero. Quando um TDA se vê diante de uma dificuldade-
seja ela de qualquer ordem-, tende a vê-la como algo impossível de ser
transposto e, com isso, sente-se tomado por uma grande sensação de
incapacidade.
Grupo 4: Sintomas secundários
34. Tendência a ter um desempenho abaixo do esperado para sua real
capacidade.
35. Baixa autoestima. Em geral, o TDA sofre, desde muito cedo, uma grande
carga de repreensões e críticas negativas. Com o passar do tempo ele tende a
se perceber menos capaz que os demais.
36. Demora excessiva para iniciar ou executar algum trabalho.
18
37. Tendência a tropeçar, cair ou derrubar objetos. Isso ocorre em função da
dificuldade em se concentrar naquilo que se propõe a fazer e em controlar ou
coordenar a intensidade de seus movimentos.
Caso seja percebido que o sujeito se enquadra em 23 ou mais questões,
para além dos indícios dados pela professora e pelas observações dos familiares,
alguns encaminhamentos serão necessários.
De acordo Silva (2014) existem algumas etapas fundamentais no processo
de diagnóstico do transtorno de déficit de atenção, são elas:
1ª etapa: Procurar um médico especializado no assunto para expor suas ideias
sobre a possibilidade do indivíduo possuir esse tipo de funcionamento
comportamental.
2ª etapa: Relacionar para ele as dificuldades e desconfortos apresentados nas
áreas acadêmica, profissional, afetivo- familiar e social.
3ª etapa: Verificar o período em que os problemas acompanham o indivíduo.
4ª etapa: Certificar-se de que as alterações apresentam intensidade
significativamente maior quando comparadas às de outras pessoas de seu convívio
que tenham a mesma faixa etária e condição sociocultural semelhante.
5ª etapa: Eliminar a presença de qualquer outra situação que seja capaz de explicar
as alterações apresentadas no comportamento do indivíduo, bem como os
problemas causados por estas em seu cotidiano.
Segundo a American Psychiatric Association, 2000 o TDAH é caracterizado
pela exibição de frequências inadequadas, em termos de comportamento, de
desatenção e/ou hiperatividade impulsividade. Estas levam ao prejuízo no
funcionamento demonstrando assim, as dificuldades. Desta forma Barkley, 1998
descreve o uso de critérios de diagnóstico para a avaliação do TDHA nas escolas
que serão descritos na tabela a seguir. Nesta, a criança deve exibir de acordo com
os relatos descritos seis dos nove sintomas de desatenção e/ou seis dos nove de
hiperatividade e impulsividade apontadas em cada tabela.
19
Porém, tem-se indicado que esse índice possa ser diminuído para cinco ou
menos sintomas em adolescentes e adultos, visto que estes podem seguir com um
grau importante de prejuízo no seu funcionamento global, mesmo com menos de
seis sintomas de desatenção e/ou de hiperatividade/impulsividade. Entretanto é
importante não se restringir somente ao número de sintomas no diagnóstico de
adolescentes, mas sim ao grau de prejuízo. O nível de prejuízo deve ser sempre
avaliado a partir das potencialidades do adolescente e do grau de esforço
necessário para a manutenção do ajustamento.
Tabela 1. Sintomas de desatenção para transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade
Seis ou mais dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos seis
meses, em grau mal-adaptativo e incoerente com o nível de desenvolvimento:
A Frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes e comete erros por
descuido em atividades escolares, de trabalhos e outras.
B Com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas o
atividades lúdicas.
C Com frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra.
D Com frequência não segue instruções e não termina seus deveres
escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido ao
comportamento de oposição, ou incapacidade de compreender instruções).
E Com frequência tem dificuldade em organizar tarefas e atividades.
F Com frequência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que
exijam esforço mental constante (com tarefas escolares ou deveres de
casa).
G Com frequência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades ( por
exemplo, brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais).
H É facilmente distraído por estímulos alheios a tarefa.
I Com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias.
20
Tabela 2. Sintomas de hiperatividade – impulsividade
Seis ou mais dos seguintes sintomas de hiperatividade-impulsividade persistirem por
seis meses ou mais, em grau mal adaptativo e incoerente ao nível de desenvolvimento.
A Frequentemente se agita as mãos e ou os pés ou se remexe na cadeira.
B Frequentemente abandona sua cadeira sua cadeira em sala de aula ou
outras situações nas quais se espera que permaneça sentado.
C Frequentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso
é inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a
sensações subjetivas de inquietação).
D Com frequência tem dificuldades para brincar, ou para se envolver
silenciosamente em atividades de lazer.
E Está frequentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo
vapor”
F Frequentemente fala em demasia.
G Frequentemente das respostas precipitadas antes de as perguntas terem
sido completadas.
H Com frequência tem dificuldade de aguardar a vez.
I Frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros. (Por
exemplo, intromete-se em conversas ou brincadeiras)
Ressaltamos que a realização destes testes não substitui a avaliação
especializada para que o laudo possa se efetivar, mas com as respostas encontradas
pela família e escola o aluno possa ser encaminhado com base consistente aos
profissionais da área e a partir do diagnóstico este possa passar a ter seu transtorno
tratado e as atividades escolares pensadas com seu ritmo de aprendizagem.
1.2 Como saber se o educando tem TDA e/ou TDAH?
O TDAH não só é conhecido por ser um dos distúrbios neuropsiquiátricos
mais comuns na infância e na adolescência (MATTOS, 2008), mas também porque
engloba sintomas que são comuns em portadores e não portadores tais como:
21
dificuldade de concentração, falha na finalização de tarefas ou inconsistência na
realização de um objetivo definido (BARKLEY, 2008).
O transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade apresenta o que podemos
chamar de tríade sintomatológica. Um dos atributos predominante da síndrome
caracteriza-se por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Essas características
podem ser percebidas, independentemente do sistema classificatório utilizado para o
diagnóstico, porém este deve ser feito cautelosamente, através de uma análise
minuciosa dos sintomas, buscando perceber quais características de sintomas
predominam no sujeito.
No intuito de contribuir para a análise no processo diagnóstico,
mencionamos a seguir as principais características que levam a percepção se há
predominância ou não da hiperatividade.
As crianças portadoras de TDA do Tipo Desatento são vistas
simplesmente como lentas no aprendizado, a despeito do fato
de a maioria ter inteligência média ou acima da média. Seus
esquecimentos e sua desorganização, no entanto são vistos
como sinais de capacidade intelectual limitada e não como
sinais de TDA. (PHELAN, 2005,p. 38)
O TDA do tipo desatento caracteriza-se pela dificuldade de prestar atenção a
detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e de trabalho; dificuldade
para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; parecer não escutar quando
lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar tarefas escolares,
domésticas ou deveres profissionais; dificuldade em organizar tarefas e atividades;
evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante;
perder coisas necessárias para tarefas ou atividades; e ser facilmente distraído por
estímulos alheios à tarefa e apresentar esquecimentos em atividades diárias.
Apresentam dificuldades em completar tarefas sequenciais,
maior tempo de reação, maior número de repetência escolar,
agitação motora, dificuldade de controlar os impulsos,
inquietação, atividade excessiva. (BARKLEY, 2008, p.88).
No entanto, quando há predominância de hiperatividade, ou seja, no tipo
combinado, o sujeito realiza frequentemente ações como agitar as mãos ou os pés
ou se remexer na cadeira; abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras
situações nas quais se espera que permaneça sentado; correr ou escalar em
22
demasia, em situações nas quais isto é inapropriado; pela dificuldade em brincar ou
envolver-se silenciosamente em atividades de lazer; estar frequentemente "a mil" ou
muitas vezes agir como se estivesse "a todo o vapor"; e falar em demasia.
O TDA do tipo impulsivo frequentemente dá respostas precipitadas antes de
as perguntas terem sido completadas; com frequência tem dificuldade para aguardar
sua vez; frequentemente interrompe ou intromete-se em assuntos de outros (por
exemplo, intromete-se em conversas ou brincadeiras). Alguma dificuldade causada
pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por exemplo, na escola e
em casa).
23
CAPÍTULO II
2 QUAIS AS IMPLICAÇÕES DOS TRANSTORNOS NA APRENDIZAGEM?
As principais características do TDAH desatenção, impulsividade e
hiperatividade levam as crianças a diversas dificuldades nos contextos escolares e
desta forma em seu processo de aprendizagem.
Uma vez que possuem problemas para manter a atenção, o primeiro fator é
o da finalização de trabalhos independentes ou dirigidos, educandos com TDA ou
TDAH principalmente no inicio da escolarização, não conseguem finalizar suas
tarefas ou como em depoimentos, estes colhidos através de conversa com mães de
filhos com laudo para que melhor pudéssemos entender nosso objeto de estudo,
estes educandos ficam depois do período de aula na sala para finalizar a cópia do
quadro, ou quando os colegas estão respondendo as questões propostas, ainda não
copiaram a proposta ou ainda levam os lanches intocados para casa, pois não
tiveram tempo de lanchar em decorrência do atraso nas atividades.
Forster e Fernández (2001) propõem uma definição que integra várias
perspectivas teóricas, para entender e descrever o transtorno: neurológico,
psicopedagógico e escolar. Definem o TDAH como um transtorno de conduta
crônico com um substrato biológico muito importante, mas não devido a uma única
causa, com uma forte base genética, e formada por um grupo heterogêneo de
crianças. Inclui crianças com inteligência normal ou bem próxima do normal, que
apresentam dificuldades significativas para adequar seu comportamento e/ou
aprendizagem à norma esperada para sua idade.
Administrar estas questões não é tarefa fácil, principalmente em se tratando
de crianças, outro fator recorrente em relação às atividades é a falta de atenção na
explicação das mesmas, fazendo com que possa fazer interpretação errada e por
consequência dando as questões respostas inadequadas ou desconexas.
24
Além de ter problemas na aprendizagem, educandos com o déficit
atrapalham a aprendizagem dos colegas, sendo por perturbar à ordem na sala de
aula, ou por sua impulsividade, interrompem, falando sem autorização, ou ainda
chamando os colegas a focar em outros assuntos que não os de interesse da turma,
distrair-se torna-se sinônimo de envolver a turma em outros assuntos.
O educador pode criar um espaço „suficientemente bom‟
para que se propiciem aprendizagens. Um espaço que atenda
às necessidades dos aprendentes. Os alunos, os aprendentes,
podem desenvolver sua capacidade atencional, mas dizer que
os professores não podem ensinar sobre isso não os exclui da
tarefa. Aos professores cabe organizar de tal forma o espaço,
que este favoreça a produção de um querer aprender, de
aprender a aprender, uma necessidade que se traduza em
desejo de aprender. (FREITAS, 2011, p.60)
A inquietação, característica marcante nos TDAH é outro fator que atrapalha
nos processos de aprendizagem, especialmente em sala de aula, pois os mesmos
com frequência perturbam imensamente a instrução em sala de aula seja por suas
condutas inadequadas de batucar com os dedos, bater com pés, remexer-se na
cadeira dentre outras, estas condutas mesmo parecendo inofensivas, atrapalham e
muito por sua intensidade e frequência.
A combinação de características, além das dificuldades já descritas, age
como um “imã” para outras dificuldades, e estas não trabalhadas, podem
desencadear em fraco desempenho escolar, altas taxas de desobediência,
problemas de relacionamento e quem sabe até agressão.
O baixo desempenho escolar, fator que nos preocupa para a construção
deste trabalho, decorre de todos os fatores descritos a cima e estes, desencadeiam
comportamentos e sentimentos de incapacidade e frustração gerando um
sentimento de incapacidade, muitas vezes reforçado não só pela escola, como pela
família, fazendo com que este educando incorpore esta condição de fracasso e
desta forma a reproduza de maneira negativa, bloqueando a possibilidade de
construir seu processo de aprendizagem.
Por esta razão é imprescindível o diagnóstico, conhecer suas causas,
sintomas e as dificuldades a serem superadas, fazem do TDA ou do TDAH mais
25
confiante no seu processo de aprendizagem, pois principalmente lhe devolve a
confiança e o sentimento de que é possível ir além.
26
CAPÍTULO III
3. UMA VEZ DIAGNOSTICADO COMO DEVERÁ SER O TRATAMENTO
VISANDO UMA MELHORA NO RENDIMENTO ESCOLAR?
Os educandos passam quatro horas por dia, cinco dias por semana, na sala
de aula e em outros ambientes da instituição durante cada ano letivo. Estes locais
exigem que os alunos sigam regras e interajam de forma apropriada com os colegas
e demais membros da comunidade escolar, participando de atividades de instrução
dirigidas por adultos, aprendendo o que é ensinado e não perturbando a
aprendizagem e as atividades dos demais colegas.
Para os professores, mediar os conhecimentos e as habilidades que
compõem o currículo e ensinar as crianças a se comportar de modo que
correspondam às expectativas organizacionais, sociais e culturais que a instituição
impõe não é tarefa fácil.
Este trabalho torna-se mais desafiador quando envolve educandos com
diagnóstico de TDA/TDAH uma vez que as características comportamentais destes
educandos frequentemente não correspondem as expectativas descritas acima,
interferindo na aprendizagem em sala de aula, nos demais ambientes da escola e
impedindo por muitas vezes interações sociais positivas.
Baseado em Rohde, Barbosa, Tramontina e Polanczyk (2000), o tratamento
do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções psicossociais
e psicofarmacológicas.
Na esfera das influências psicossociais, a primeira medida deve ser
educacional, através de informações claras e concisas à família a respeito do
transtorno. Comumente, faz-se necessário um programa que informe e embase os
pais, possibilitando que aprendam a manejar os sintomas dos filhos.
27
É importante que reconheçam as estratégias mais adequadas para oferecer
assistência à seus filhos na organização e no planejamento das atividades, como
proporcionar um ambiente silencioso e sem grandes estímulos visuais para que a
concentração não seja comprometida. Para, além disso, é imprescindível que haja
também intervenções na esfera escolar. As intervenções escolares devem ter como
foco a função escolar. Considerando essa premissa, é preciso que as professoras
sejam orientadas para a necessidade de uma sala de aula bem estruturada e com
um pequeno número de alunos. Ainda, rotinas diárias sólidas e um ambiente escolar
previsível ajudam essas crianças a conservarem o controle emocional. Táticas de
ensino funcionais que incorporem a atividade física com o processo de
aprendizagem são fundamentais.
As tarefas propostas não devem ser excessivamente longas e necessitam
ser explicadas passo a passo. É importante que o aluno com TDA/H receba o
máximo possível de atendimento individualizado. Faz-se necessário coloca-lo na
primeira fila da sala de aula, próximo à professora e longe da janela, ou seja, em
local onde ele tenha menor possibilidade de distrair-se.
Muitas vezes, as crianças com TDA/H precisam de reforço de conteúdo em
determinadas disciplinas, isso ocorre porque elas já apresentam vácuos no
aprendizado no momento do diagnóstico, em função do TDA/H. Em alguns casos é
necessário um acompanhamento psicopedagógico centrado na forma do
aprendizado, como, por exemplo, nos aspectos ligados à organização e ao
planejamento do tempo e de atividades. O tratamento reeducativo psicomotor pode
estar indicado para melhorar o controle do movimento do sujeito.
3.1Terapia Cognitiva Comportamental
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma linha de psicoterapia
proposta e desenvolvida pelo psicólogo Aaron Beck. Envolve um conjunto de
técnicas e estratégias terapêuticas com a finalidade de mudança de padrões de
pensamento. Seu modelo cientificamente fundamentado apresenta eficácia
28
comprovada através de estudos empíricos. O tempo curto e limitado lhe confere a
posição de abordagem de escolha em vários países. O processo pode levar de três
a seis meses onde se trabalha a criação de estratégias para lidar com o problema.
Vale ressaltar que a técnica (TCC) descrita abaixo é a prática
psicopedagógica da mesma.
No tratamento para TDAH Transtorno do Déficit e Hiperatividade pela
Terapia Cognitiva Comportamental, um dos fatores importantes seria o treinamento
na manutenção do foco nas tarefas diárias de forma a não mais se perder em
atividades desnecessárias. Outros fatores também são trabalhados, mas a definição
de quais pontos serão abordados dependerá da necessidade de cada pessoa.
O psicólogo trabalhará técnicas específicas para o TDAH, mas algumas
dicas podem ser dadas para serem aplicadas no dia a dia (obs. estas dicas não são
as mesmas técnicas aplicadas por um profissional em tratamento para o TDAH)
3.1.1Tempo
 Recomenda-se que para evitar a sensação de que o tempo não está sendo
aproveitado da forma como poderia, procure determinar o tempo em que
deseja realizar determinada tarefa. Primeiramente pode-se ter alguma
dificuldade para realizar a atividade no tempo planejado, porém, de forma
gradativa conseguirás ajustar esse tempo.
 Aprenda a terminar conversas com outras pessoas que o fazem perder
tempo. Fique atento para não desperdiçar seu tempo com conversas que não
são produtivas, quando tiver algo importante a fazer.
 A falta de praticidade faz com que se perca tempo, desse modo seja prático
nas suas atividades; avalie o que realmente é importante e atenha-se a isso.
 Diga diretamente o que deseja, quanto, por que, e para quê. Seja objetivo nas
suas propostas.
29
 Crie o hábito de listar as tarefas para não se perder.
3.1.2 Procrastinação/ Desistência
 Evite deixar para depois; faça o que tiver que fazer no exato momento em que
lembrar, ou anote para fazer depois. Você perde apenas um instante e se
livra da preocupação e da ansiedade que gera quando algo está pendente
(seu inconsciente fica cobrando algo que você já não lembra).
 Resista à tentação de sair da programação, desviar a atenção. Procure se
auto instruir dizendo-se: "Isso é muito interessante, mas no momento meu
objetivo é outro e vou ater-me a ele".
 Persista no seu objetivo seja ele qual for. Não desista; procure identificar sua
tendência a desistir e se obrigue a persistir no que começou a fazer. Isso irá
ajudá-lo a lidar com a frustração e trará a satisfação interna de saber que
você é capaz de prosseguir embora a atividade não seja tão gratificante.
 Resista à tentação de pular etapas. Lembre-se que pular etapa para acelerar
o processo pode, na maioria das vezes, fazer você perder muito mais tempo
depois. É melhor ir devagar e sempre.
 Não pense quando o despertador tocar. Pule imediatamente da cama e vá
tomar um banho. Se você pensar um segundo que seja, não levantará.
3.1.3 Estratégia para evitar o esquecimento
 Desenvolva estratégias para lembrar as tarefas: programe o celular para
lembrá-lo de tudo o que tiver que fazer.
30
 Coloque lembretes em lugares visíveis para lembrá-lo do que tem a fazer. Se
os lembretes começarem a "fazer parte" do local onde foi colocar, busque
outra estratégia; algo que seja impossível de não ser notado.
 Desenvolva o hábito de, ao abrir ou fechar qualquer porta, perguntar-se: "para
onde vou e o que tenho que levar?".
 Armazene pequenas quantidades de informações por vez: nunca se dê mais
de três ordens de uma vez.
 Tente se reforçar (elogiar-se) a cada vez que você conseguir lembrar de algo
que costuma esquecer-se com frequência.
 Um acessório obrigatório para evitar o esquecimento é o uso da agenda
diariamente, principalmente para quem tem TDA/H.
 Procure ter um lugar específico para o seu estudo ou trabalho. Neste local
procure ter tudo o que precisa. O TDAH demora a se concentrar e se dispersa
com facilidade. Quando está começando a se concentrar, e precisa buscar
algo, acaba se desconcentrando e leva um enorme tempo para entrar em
hiperfoco novamente.
 Procure estudar escrevendo; anote, sublinhe, escreva palavras ou mini
resumos da página lida; esquematize; faça associações.
 Evite olhar para o tamanho do livro a ser lido. Pense em capítulos e não no
livro todo. Planeje antes de iniciar o trabalho quando será o intervalo e de
quanto tempo.
 Tenha uma gaveta ou uma caixa para colocar todos os documentos, cartas
recebidas e contas pagas. Reserve um determinado dia da semana ou o mês
para arquivar tudo.
31
3.1.4 Impulso
 Tente controlar a impaciência, converse consigo mesmo orientando-se para
ser mais calmo.
 Faça um esforço para prestar atenção à fala do outro, sem interrompê-lo.
 Quando se sentir provocado, não reaja agressivamente. Conte mentalmente
até 10 e esclareça com o outro que ele quis dizer realmente. Você pode ter
interpretado mal o que o outro quis dizer.
 Quando alguém lhe agredir verbalmente, mantenha a calma, conte até 10 e
pense numa maneira de responder de forma habilidosa, mas sem
agressividade. Lembre-se: não importa que o outro dite o seu
comportamento.
3.1.5 Concentração
 Lembre-se de que precisa de mais tempo do que as outras pessoas para
entrar na leitura ou estudo. Dê-se o tempo que for necessário; persista nesse
objetivo.
 Dirija sua atenção intencionalmente para qualquer coisa que quiser;
3.1.6 Treinando os passos para prestar mais atenção
 Identificar o problema - “O que eu devo fazer?”
 Focar a atenção;
32
 Escolher uma resposta – “Qual o melhor modo de fazer isso?”
 Verificar a resposta – “Escolhi corretamente?”
 Em caso positivo, elogiar-se – “Bom trabalho” ou em caso negativo – “Tenho
que pensar melhor da próxima vez”
33
CAPÍTULO IV
4 COMO DEVE SER O AMBIENTE ALFABETIZADOR PARA ESTES
EDUCANDOS?
A dificuldade escolar é uma queixa recorrente de pais e professores de
crianças com TDA/H. É por essa causa que os pais normalmente recorrem com
frequência a neuropediatras, psicólogos e psicopedagogos. De acordo com dados
estatísticos, a dificuldade escolar está entre as sete queixas mais comuns.
Para o SAEB, (Sistema Nacional da Educação Básica), o desempenho
escolar depende de diferentes fatores: características da escola (físicas,
pedagógicas, qualificação do professor), da família (nível de escolaridade dos pais,
presença dos pais, interação dos pais com escola e deveres) e do próprio indivíduo
(saúde mental, visual, auditiva, nutricional, etc.). Adicionado a esses e outros
fatores, tem-se discutido muito o problema das crianças com TDAH, considerando
que sua atividade motora e mental são inadequadas, exagerada e por vezes
equivocadamente chamada, de agitação ou inquietação por vontade própria.
Ao construir este estudo, durante nossas conversas com as mães,
questionamos suas estratégias para que seus filhos tivessem um melhor
desempenho em seus processos de aprendizagem, estas citaram evitar estímulos
externos como, televisão, brinquedos, jogos, celulares dentre outros. Uma das mães
destacou a quantidade de estímulos visuais que a sala de aula do filho oferece. A
grande quantidade de material destinado a alfabetização faz com que o mesmo
perca o foco de atenção, a mesma citou que em casa para tentar sanar esta
dificuldade estuda com seu filho em uma saleta com apenas a mesa, cadeiras e os
materiais que o filho necessitar ao desempenho da tarefa, e mesmo assim
constantemente precisa “chamar o filho de volta” a atividade em questão.
Em sala de aula, não temos como privar a turma dos estímulos e estratégias
das quais os profissionais da educação necessitam para bem desempenhar seu
propósito que é mediar da maneira mais consistente possível o processo de ensino
34
aprendizagem de seus educandos, portanto nas leituras que realizamos não
encontramos indícios de como deve ser este ambiente alfabetizador visto que as
necessidades da escola devem contemplar o todo, sendo assim, a questão é como o
professor irá desenvolver seu trabalho com os educandos com o ou os transtornos,
sob maneira que os possibilite ir além, pois é fato que segundo estimativas, cada
sala de aula de aula tenha 25 alunos, toda professora terá minimamente um aluno
com o transtorno, visto que este é alta sua incidência.
Dessa forma, dada a natureza crônica e difícil do TDA/H, recomenda-se que
os profissionais que atuam com estes educandos assumam um enfoque contínuo e
sistemático para a criação, efetivação e consequente avaliação de ajustes para uso
em sala de aula que reúna abordagens tanto preventivas quanto remediadoras que
propiciem lidar com os problemas que surgirão e que estes envolvam múltiplos
agentes de intervenção.
O TDA/H deve ser visto com preocupação, pois persistirá este
comportamento e será de difícil manejo em sala de aula. Educandos com o
diagnóstico são propensos a experienciar dificuldades de aprendizagem social e
acadêmica. Otimizar as conquistas acadêmicas e o desempenho dos educandos
diagnosticados é o desafio dos profissionais da psicopedagogia.
Os problemas sociais e acadêmicos podem ser vistos como
interrelacionados. Desta forma, educadores e psicólogos exercem um papel crítico
na formulação e condução da instrução de forma que promova o desenvolvimento
de habilidades sociais e acadêmicas de modo a superá-las.
Os profissionais envolvidos com crianças com TDA/H devem assumir um
enfoque educativo para as questões comportamentais. Nessa perspectiva as
intervenções tem objetivo explícito, o ensino das habilidades e conhecimentos
necessários para substituir os comportamentos indesejados e/ou problemáticos por
comportamentos aceitáveis e/ou desejáveis.
Lidar de modo eficiente e educativo com os problemas de comportamento
exige o desenvolvimento e a implementação de um comportamento programático e
de planos de apoio ao professor.
35
O profissional da educação deve incluir na sua prática a preparação
conceitual no que se refere a criação, a oferta e a avaliação dos resultados da sua
intervenção. Os professores devem pesquisar sobre intervenções eficientes para
alunos com o transtorno, desta forma otimizando o seu trabalho.
A seguir, algumas dicas para auxiliar os professores na organização do
ambiente alfabetizador:
1- Estabelecimento de rotinas com os educandos: Mantenha a sala de aula
organizada e estruturada. Estabelecer uma rotina diária em sala de aula facilitará o
entendimento e a aprendizagem de todas as crianças. Incentive o educando a limpar
sua mochila semanalmente e a mantê-la organizada também.
2- Crie regras claras e objetivas para a sala de aula, pois elas ajudam na
manutenção da disciplina na mesma. Essas regras podem ser fixadas em um painel
localizado em local de fácil visualização pelos alunos. Uma boa estratégia também é
combinar consequências negativas por quebra das regras e fixá-las no painel, assim
como determinar consequências positivas por comportamentos assertivos.
3- Agenda escola-casa/ casa-escola: É uma estratégia usada pelos
professores. Através dela, informações importantes poderão ser trocadas sobre o
comportamento do aluno em sala de aula, no recreio escolar, ou sobre a execução
de deveres de casa e atividades. Enfim, pais e professores poderão manter um
canal de comunicação para saber como está a criança ou adolescente.
4- Sentar na frente na sala de aula: Será mais fácil monitorar e ajudar o
educando com dificuldade nos estudos e com um comportamento desatento ou
hiperativo sentando-o na frente na sala de aula, próximo ao quadro e ao professor.
Isso irá facilitar o controle e manejo de comportamentos inadequados em sala de
aula, além de permitir que o professor faça intervenções ou elogie boas atitudes
desse aluno.
5- Matérias mais difíceis no início da aula: Não apenas os que tem TDAH, mas
todos os estudantes estão mais aptos à aprendizagem no início do horário letivo.
36
Portanto, as disciplinas mais difíceis podem ser “privilegiadas” nesse momento, com
maiores chances de serem assimiladas, enquanto no final do dia todos estão mais
cansados, e os conteúdos mais difíceis podem ser ensinados nesse momento.
6- Pausas regulares: Todos nós possuímos uma determinada capacidade para
permanecermos atentos. Isso significa que após um determinado tempo, nossa
capacidade de manter a atenção diminui muito, assim como nosso desempenho.
Portanto, permitir pausas regulares entre as atividades é uma conduta importante
para que os alunos possam relaxar por alguns minutos.
7- Ensine técnicas de organização e estudo: Normalmente, crianças e
adolescentes apresentam dificuldade para se organizar e planejar os estudos. Se
esses estudantes tivessem TDAH será ainda maior. Portanto, o professor pode
exercer um papel importantíssimo no estabelecimento de técnicas de organização
para favorecer o estudo em casa.
8- “Tempo extra” para responder às perguntas: Por que não? Estamos lidando
com um aluno que apresenta dificuldade no controle da atenção, desorganizado,
mas que se conseguir um tempo extra, pode atingir os objetivos propostos pelo
professor. Logo, permitir um tempo extra para responder às perguntas propostas
durante a aula ou durante a prova pode e deve ser realizado.
9- Questione sobre dúvidas em sala de aula: O professor deve questionar o
educando com TDAH, assim como outros estudantes, sobre dúvidas em sala de
aula. Isto ajudará na assimilação de conceitos e favorecerá a atenção do aluno.
10- Estimule e elogie: Educandos com TDAH comumente apresentam baixa
autoestima, pois estão constantemente recebendo críticas, podendo se tornar
desestimulados com a escola. Elogiando e estimulando seu esforço, o aluno se
sentirá valorizado, sua autoestima será protegida e teremos grandes chances de
observar um crescimento acadêmico. Estimule o aluno com palavras de incentivo.
Faça cartazes para serem colocados no mural de recados com as regras do bom
comportamento, recompensas por bom comportamento e consequências pelo
desrespeito às regras.
37
11- Premie o bom comportamento em sala de aula: Também chamado de
reforço positivo. Essa estratégia visa a estimular que comportamentos assertivos
sejam potencializados e o interesse pelos estudos aumente, promovendo a melhoria
do desempenho escolar de todos. Implemente um programa com pontuação e
recompensas por bom comportamento, também chamado de economia de fichas.
Você pode escrever um contrato entre você e o aluno em que ele concorde em
realizar seus trabalhos de sala e associar-se a uma premiação em caso de sucesso.
12- Traga a aula para o dia a dia do aluno: Temos mais um fator para a
melhoria escolar de qualquer estudante: a motivação. Muitas crianças e
adolescentes encontram dificuldade em entender a necessidade de algumas
disciplinas. Portanto, a contextualização da matéria ensinada pode ser uma boa
alternativa para atrair o interesse do aluno. A matemática será muito mais
interessante caso o aluno aprenda a utilizá-la concretamente em sua rotina diária. O
português pode envolver a utilização de recortes de jornais e revistas, assim como
geografia e história. Enfim, existem inúmeras formas de tornar as disciplinas
interessantes para os alunos.
13- Seja simpático. Os professores dinâmicos, extrovertidos, que se
movimentam em sala de aula, motivadores, engraçados e que chamam os alunos
pelos nomes promovem um maior interesse nos educandos. Oscile a entonação e o
volume de voz para atrair a atenção. O professor pode ser um excelente modelo de
comportamento para seus alunos. Portanto, seja empático!
14- Dividir trabalhos por partes: Uma vez que crianças e adolescentes com
TDAH apresentam dificuldade na organização para a execução de trabalhos
escolares, ensiná-los a dividir em várias etapas pode ser uma grande estratégia para
facilitar a resolução e a conclusão, tornando o trabalho menos exaustivo.
15- Agenda e lista de atividades diárias: Atualmente nossas crianças e
adolescentes têm muitas atividades. São aulas particulares, aulas de inglês, futebol,
judô etc. Bem, ensiná-los a utilizar uma agenda ou uma lista de atividades diárias
pode auxiliar muito na organização e no planejamento de seu tempo.
38
16- Leitura sobre os transtornos comportamentais: Professores devem ter
algum conhecimento técnico sobre os problemas comportamentais escolares.
Portanto, leia bastante sobre o TDAH e outras condições comportamentais que
acometem crianças e adolescentes.
17- Seja assertivo: O professor é figura central e modelo de aprendizagem para
seus alunos, portanto seja assertivo em suas colocações. Evite críticas, pois o aluno
com TDAH normalmente apresenta um prejuízo muito grande em sua autoestima.
Prefira elogios, mas caso a crítica seja necessária, converse separadamente com o
aluno para evitar expor suas dificuldades escolares e comportamentais aos outros
estudantes.
18- Esteja alerta e antecipe problemas: Muitas vezes as mudanças
comportamentais dos alunos seguem um padrão. Identificando precocemente esse
padrão de comportamento, professores podem antecipar situações problemáticas,
como por exemplo: sempre que um aluno começa a levantar da carteira, outros o
seguem e em segundos todos estão conversando e dispersos. O professor pode se
antecipar e combinar que será permitido que o aluno se levante da carteira após os
exercícios terem sido concluídos e com sua autorização. Lembre os alunos sobre o
comportamento esperado para essa ou aquela atividade em sala de aula.
19- Faça contato visual: Olhe nos olhos de cada aluno e chame-os pelo nome
para atrair e captar a atenção. Dessa forma os estudantes estarão mais alertas e
atentos às suas orientações e ensinamentos.
20- Utilize a internet: Alunos que apresentam dificuldade na cópia em sala de
aula podem se beneficiar da colocação de textos e de deveres de casa na internet
ou na distribuição de materiais impressos pelo professor.
21- Estimule a prática de esportes: A prática de atividade física deve ser
estimulada sempre. Aí entra com maior ênfase o papel do profissional de educação
física. Crianças e adolescentes com TDAH comumente apresentam dificuldades de
relacionamento social e são estabanadas nas atividades físicas. Esportes coletivos
39
são excelentes ferramentas para estimular a socialização, melhorar a autoestima,
além de ensinar sobre a importância do trabalho em equipe, do respeito às regras,
de seguir uma hierarquia de comando e de respeitar a autoridade do professor.
4.1 Atividades e metodologias mais corretas para serem aplicadas em pessoas
com estes transtornos?
Em consulta a Associação Brasileira do Déficit de Atenção podemos
transcrever metodologias que correspondem as expectativas que tivemos quando lá
no ante projeto pensamos em escrever sobre TDA e TDAH. Nosso objetivo foi
buscar justamente métodos que ajudassem aos leitores, interessados nos déficits a
como desenvolver suas atividades, otimizando o resultado de seu trabalho com uma
maior eficiência. As pessoas com transtorno necessitam de atenção diferenciada,
estratégias pensadas a suprir suas necessidades, e estas, serão descritas a seguir.
 Postura do professor em sala de aula como reforço positivo e
estimulador do educando com TDA e ou TDAH
 Sempre que o professor der uma instrução ao educando, solicitar que repita
a instrução e ou compartilhe com um colega antes de começa-la.
 Quando realizar a tarefa, ofereça sempre um reforço positivo (feedback)
através de pequenos elogios e prêmios que podem ser: palavras de apoio,
carinhas e figurinhas no caderno, um aceno positivo... Os feedbacks e
elogios devem acontecer sempre e imediatamente após o aluno conseguir
um bom desempenho com o seu tempo e processo de aprendizagem.
 Nunca criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos como falha
no desempenho. Sujeitos com TDA ou TDAH precisam de suporte,
40
encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos devem ser
respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva da professora é decisiva
para a melhora do aprendizado.
 Na medida do possível, oferecer para o educando e toda a turma tarefas
diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do aluno escolher as
atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o
interesse e a motivação. É preciso ter em vista que cada aluno aprende no
seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a individualidade e
especificidade de cada um.
 Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais,
computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas,
jornais, livros, etc. A diversidade de materiais pedagógicos aumenta
consideravelmente o interesse do aluno nas aulas e, portanto, melhora a
atenção sustentada.
 Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies):
trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do aluno gravar as aulas
e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD ou computador para a escola.
 Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para
evitar distrações. Não é indicado que alunos com TDAH sentem junto a
portas, janelas e nas últimas fileiras da sala de aula. É indicado que esses
alunos sentem nas primeiras fileiras, de preferência ao lado do professor
para que os elementos distratores do ambiente não prejudiquem a atenção
sustentada.
 Usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar previamente com o
aluno pequenos sinais cujo significado só o aluno e o professor
compreendem. Exemplo: o professor combina com o aluno que todas as
vezes que percebê-lo desatento durante as atividades, colocará levemente a
mão sobre seu ombro para que ele possa retomar o foco das atividades.
 Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as dificuldades
memoriais: tabelas com datas sobre prazo de entrega dos trabalhos
41
solicitados, usar post-it para fazer lembretes e anotações para que o aluno
não esqueça o conteúdo.
 Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma
tarefa, texto ou prova.
 Tempo e processamento das informações
 Usar organizadores gráficos para planejar e estruturar o trabalho escrito e
facilitar a compreensão da tarefa.
 Permitir como respostas de aprendizado apresentações orais, trabalhos
manuais e outras tarefas que desenvolvam a criatividade do aluno.
 Encorajar o uso de computadores, gravadores, vídeos, assim como outras
tecnologias que possam ajudar no aprendizado, no foco e motivação.
 Reduzir ao máximo o número de cópias escritas de textos. Permitir a
digitação e impressão, caso seja mais produtivo para ao aluno.
 Respeitar um tempo mínimo de intervalo entre as tarefas. Exemplo: propor
um trabalho em dupla antes de uma discussão sobre o tema com a turma
inteira.
 Permitir ao aluno dar uma resposta oral ou gravar, caso ele tenha alguma
dificuldade para escrever.
 Respeitar o tempo que cada aluno precisa para concluir uma atividade. Dar
tempo extra nas tarefas e nas provas para que ele possa terminar no seu
próprio tempo.
42
 Organização e técnicas do estudo
 Dar as instruções de maneira clara e oferecer ferramentas para organização
do aluno desenvolver hábitos de estudo. Incentivar o uso de agendas,
calendários, post-it, blocos de anotações, lembretes sonoros do celular e
uso de outras ferramentas tecnológicas que o aluno considere adequado
para a sua organização.
 Na medida do possível, supervisionar e ajudar o aluno a organizar os seus
cadernos, mesa, armário ou arquivar papéis importantes.
 Orientar os pais e/ou o aluno para que os cadernos e os livros sejam
“encapados” com papéis de cores diferentes. Exemplo: material de
matemática – vermelho, material de português – azul, e assim
sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e memorização
dos materiais.
 Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis e apostilas para
casa e retorno para a escola. Desta forma, todo o material impresso fica
condensado no mesmo lugar minimizando a eventual perda do material.
 Utilizar diariamente a agenda como canal de comunicação entre o professor
e os pais. É extremamente importante que os pais façam observações
diárias sobre o que observam no comportamento e no desempenho do filho
em casa, assim como o professor poderá fazer o mesmo em relação às
questões relacionadas à escola.
 Estruturar e apoiar a gestão do tempo nas tarefas que exigem desempenho
em longo prazo. Exemplo: ao propor a realização de um trabalho de
pesquisa que deverá ser entregue no prazo de 30 dias, dividir o trabalho em
partes, estabelecer quais serão as etapas e monitorar se cada uma delas
está sendo cumprida. Alunos com TDAH apresentam dificuldades em
desempenhar tarefas em longo prazo.
43
 Ensine e dê exemplos frequentemente. Use folhas para tarefas diárias ou
agendas. Ajude os pais, oriente-os como proceder e facilitar os problemas
com deveres de casa. Alunos com TDAH não podem levar “toneladas” de
trabalhos para fazer em casa num prazo de 24 horas.
 Técnicas de aprendizado e habilidades metacognitivas
 Explicar de maneira clara e devagar quais são as técnicas de aprendizado
que estão sendo utilizadas. Exemplo: explicar e demonstrar na prática como
usar as fontes, materiais de referência, anotações, notícias de jornal, trechos
de livro, etc.
 Definir metas claras e possíveis para que o aluno faça sua auto avaliação
nas tarefas e nos projetos. Este procedimento permite que o aluno faça uma
reflexão sobre o seu aprendizado e desenvolva estratégias para lidar com o
seu próprio modo de aprender.
 Usar organizador gráfico para ajudar no planejamento, organização e
compreensão da leitura ou escrita.
 Inibição e autocontrole
 Buscar sempre ter uma postura proativa. Antecipar as possíveis dificuldades
de aprendizado que possam surgir e estruturar as soluções. Identificar no
ambiente de sala de aula quais são os elementos distratores na tentativa de
manter o educando o mais distante possível deles e assim focado o maior
tempo possível na tarefa.
44
 Falar em voz alta e fazer sinais com as mãos para lembrar a mudança de
uma atividade para outra, ou do término da mesma, são técnica válidas para
chamar atenção deste educando.
 Dar frequentemente reforço positivo (feedback). Assinale os pontos positivos
e negativos de forma clara, construtiva, respeitosa. Este monitoramento é
importante para o aluno com TDAH, pois permite que ele desenvolva uma
percepção do seu próprio desempenho, potencial e capacidade e possa
avançar motivado em busca da sua própria superação.
 Os combinados são extremamente importantes na mediação do processo de
ensino aprendizagem entre o professor e o aluno, permitir que o educando
se levante em alguns momentos, por exemplo, pois alunos com
hiperatividade necessitam de atividade motora em determinados intervalos
de tempo. Outras sugestões são: pedir que vá ao quadro para apaga-lo,
solicitar que vá buscar algum material na coordenação, atuar como ajudante
do dia, permitir que vá ao banheiro ou beber água. Estas ações são
extremamente úteis para diminuir a atividade motora e são recomendadas
para crianças muito agitadas.
45
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração todos os estudos realizados acerca da temática
em questão, foi possível intuir que as crianças com TDA/H apresentam maior
dificuldade em relação a aprendizagem, problemas de performance em testes e
funcionamento cognitivo em relação aos seus colegas, sobretudo por dificuldades
nas suas habilidades organizacionais, capacidades de linguagem expressiva e
motricidade fina e ampla.
Vale ressaltar que o funcionamento intelectual dos sujeitos não difere das
outras, o transtorno parece não afetar as capacidades cognitivas gerais, assim, o
TDA/H não está relacionado à falta de capacidade, mas a um déficit de
desempenho. A maioria dos sujeitos com esse transtorno tem desempenho escolar
abaixo do esperado devido à realização atrapalhada de tarefas, desatenção e
problemas de adequação em sala de aula, fazendo com que seguidamente percam
mérito por participação e comportamento.
Cabe aqui advertir que o Transtorno de Déficit de Atenção e/ou
Hiperatividade (TDAH) parece ter sofrido um aumento nos últimos anos. Esse fato
atribui-se em parte pela clarificação dos critérios diagnósticos e também pela
divulgação a respeito do transtorno pela internet e redes sociais, o que aumentou o
reconhecimento do problema. Mas, além da ampliação da detecção, parece estar
havendo um legítimo aumento na incidência da patologia, seja pela exposição das
crianças a um grande número de estímulos sensoriais cotidianamente quanto pela
falta da atuação dos pais no estabelecimento de limites para os cérebros em
desenvolvimento.
Entender o problema pela ótica de quem tem o transtorno pode nos auxiliar
a ajudar quem necessita de apoio. O excesso de críticas destrutivas acaba com a
autoestima da criança com TDAH e causam frustração. Mesmo tendo um desejo de
se enquadrar e ser bem recebido, a hiperatividade os impede de agir da maneira
convencionada. Isso gera uma frustração, já que por maior que seja o esforço, este
não consegue alcançar as expectativas que se impõem.
46
Uma vez que os professores se cansem de tentar "moldar" aquela criança
“dita” agitada, passam a utilizar de punições que se traduzem, de modo geral, com
atos de exclusão. Exemplificando, são os castigos no intervalo, as tarefas na
biblioteca longe do resto da classe ou as horas passadas sentado na sala da
diretora. Essa situação pode gerar no educando um sentimento de exclusão.
O enfoque da equipe escolar pode ser melhorado quando garante que todos
os profissionais envolvidos no processo de ensino aprendizagem do educando com
TDA/H sabem como identificá-lo e como podem tratar os problemas relacionados a
este transtorno.
Os educadores precisam entender, que os comportamentos relacionados ao
TDA/H são crônicos, e raramente podem ser totalmente eliminados, em especial em
um único contexto de trabalho em um ano escolar, o trabalho sempre é interrompido;
os profissionais trabalham de maneiras diferentes, estabelecendo rotinas diferentes,
modos de aplicação e lidar com estes educandos não promovendo desta forma
significativos resultados se este trabalho não for sistemático.
O foco dos esforços dos profissionais que atuam com educandos com
TDA/H deve estar na modificação da sala de aula, do ambiente escolar, no pronto
atendimento as necessidades especiais destes estudantes em busca da promoção
de conquistas dos objetivos a médio e curto prazo. Desta forma, com as conquistas
que vierem a curto e médio prazo, com o controle dos impulsos e no nível de
atividade, promovem o progresso gradual para melhora destes problemas em longo
prazo consequentemente.
Vale ressaltar, que para manter a motivação dos educandos e dos
profissionais envolvidos no processo de tratamento é necessário manter sempre a
concentração sobre os pequenos ganhos, pois como já descrevemos a cura para o
transtorno ou os transtornos não existe e o tratamento, com seus controle e
conquistas merece sim, ser comemorada e mantida. Rotina, disciplina, organização,
esquematização,... detalhes simples da vida cotidiana para quem tem os Transtorno
de Déficit de Atenção e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade são
impensáveis sem o trabalho atento da família, e dos profissionais que atravessarão
sua vida.
47
Finalizando, constatamos que muitos profissionais da educação não estão
devidamente preparados, para trabalhar de forma efetiva e de resultado promovendo
efetivamente o trabalho com seus educandos, mesmo após frequentar e ler a
literatura sobre a questão. Investigações empíricas são urgentemente necessárias
para promover formas mais eficientes, não só em relação ao tempo, para planejar e
manejar com as dificuldades encontradas, mas também no controle de
comportamentos associados ao TDA/H, melhorando assim as competências sociais
das pessoas com estes transtornos. Precisamos compartilhar nossos ganhos, as
rotinas e as estratégias criadas através das investigações, pois através de todo este
conjunto, é que poderemos de forma mais consistente e eficiente promover
conhecimentos que nos ajudarão a ajudar efetivamente os educandos em seus
processos de ensino aprendizagem.
48
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO. 2012. Disponível em:
http://www.tdah.org.br/ Acesso em: 10 de junho de 2015.
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diagnóstico e Tratamento. Porto Alegre. Artmed. 2008.
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Março 2010 (Inglês). Tradução: julho 2013.
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http://www.doutorcerebro.com.br/ Acesso em: 19 de agosto de 2015.
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nas Escolas. São Paulo: M.Books do Brasil,2007.
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com famílias, escolas e meios de comunicação. Porto Alegre: Artmed. 2001.
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olhar psicopedagógico. Curitiba: Idprx, 2011.
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Cópias Santa Cruz, 2010.
MATTOS, P. No Mundo da Lua. Perguntas e Respostas sobre o Transtorno do
Déficit de Atenção com Hiperatividade em Crianças, Adolescentes e Adultos. São
Paulo: Lemos Editorial. 2008.
MORAIS, Marisa Graciela Garcia. Disponível em:
http://www.marisapsicologa.com.br/terapia-cognitiva-comportamental Acesso em: 15 de
setembro de 2015.
49
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Sintomas, Diagnósticos e Tratamentos. Crianças e Adultos. São Paulo: M. Books do
Brasil Editora, 2005.
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Paulo, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-
44462000000600003&script=sci_arttext. Acesso em: 13 de julho de 2015.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Inquietas: TDAH: Desatenção, Hiperatividade e
Impulsividade. São Paulo: Globo, 2014.
TEIXEIRA, Gustavo. Manual dos transtornos escolares: entendendo os problemas
de crianças e adolescentes na escola. 4ªedição. Rio de Janeiro: Best Seller, 2013.

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Ensino para alunos com TDAH

  • 1. 1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL NIVEL DE ESPECIALIZAÇÃO – “LATO SENSU” PATRICIA CABRAL DUARTE UM ESTUDO SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE PELOTAS/RS 2015
  • 2. 2 PATRICIA CABRAL DUARTE UM ESTUDO SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE Monografia do curso de Pós-Graduação apresentado à Faculdade Dom Bosco como parte dos requisitos para a obtenção do título de especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Orientadora: Profª. Msc. Maria Mirta Calhava de Oliveira PELOTAS/RS 2015
  • 3. 3 PATRICIA CABRAL DUARTE UM ESTUDO SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE Esta monografia apresentada à Faculdade Dom Bosco foi julgada adequada e aprovada como parte dos requisitos para obtenção do título de especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Orientadora: Profª. Msc. Maria Mirta Calhava de Oliveira Pelotas, RS___/___/2015 ____________________________ Orientadora ___________________________ Siegmund Beppler Coordenador de Pós-Graduação PELOTAS/RS 2015
  • 4. 4 DEDICATÓRIA As meus filhos, razão e motivação para que minha formação se renove, pois minha busca por constante aprendizado e melhores condições perpassam pelo desejo que sigam este exemplo e busquem para suas vidas formações acadêmicas que os deem conforto e segurança. Amo vocês!
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais por serem meus grandes incentivadores, e sempre acreditarem em mim e no meu potencial. A minha família que sente minhas ausências, mas que me apoia, pois sem ela não seria possível realizar este trabalho. A minha amiga Mayra por ser mais colega, mas realmente minha parceira na construção desta monografia. Obrigada!
  • 6. 6 Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém. Por outro lado, ninguém amadurece de repente, aos vinte e cinco anos. A gente vai amadurecendo todo dia, ou não. A autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si é processo, é vir a ser. Paulo Freire
  • 7. 7 UM ESTUDO SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE Patricia Cabral Duarte1 RESUMO O transtorno de déficit de atenção com ou sem hiperatividade é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade por vezes com situações de agressividade, causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos dois contextos diferentes, no contexto familiar e principalmente no contexto social. O presente trabalho trata sobre essa patologia e tem como objetivo fornecer subsídios para uma melhor compreensão do/dos transtornos, uma vez que o transtorno de déficit de atenção pode vir ou não acompanhado de hiperatividade inclusive, dando destaque a identificação destes. Através da leitura do texto torna-se possível identificar características presentes nos sujeitos que podem indicar o déficit. Como forma de contribuir significativamente com o processo de ensino aprendizagem das pessoas com transtornos de déficit de atenção/hiperatividade buscaremos compreender melhor como este transtorno atinge a vida social e acadêmica buscando superar os impedimentos impostos pelas características de quem tem TDA/H. Para além do descrito a cima, o texto traz indicações das características, possibilidades de organização, formas de mediação de como trabalhar com educandos com estes transtornos. Palavras-chave: Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade; Ensino; Aprendizagem; 1 Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de Pelotas.
  • 8. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 09 1. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE (TDAH)......... 12 1.1. Como identificar o TDAH?................................................................................ 13 1.2. Como saber se o educando tem o TDA e/ou TDAH? ....................................... 20 2. IMPLICAÇÕES DOS TDAH NA APRENDIZAGEM ............................................ 23 3. UMA VEZ DIAGNOSTICADO COMO DEVERÁ SER O TRATAMENTO VISANDO UMA MELHORA NO RENDIMENTO ESCOLAR?................................................... 26 3.1. Terapia Cognitiva Comportamental .................................................................. 27 3.1.1 Tempo.............................................................................................................. 28 3.1.2 Procrastinação/ Desistência .......................................................................... 29 3.1.3 Estratégia para evitar o esquecimento........................................................... 29 3.1.4 Impulso............................................................................................................. 30 3.1.5 Concentração.................................................................................................. 31 3.1.6 Treinando os passos para prestar mais atenção............................................. 31 4. AMBIENTE ALFABETIZADOR PARA OS EDUCANDOS COM TDAH.............. 33 4.1. Atividades e metodologias mais corretas para serem aplicadas em pessoas com estes transtornos?........................................................................................... 39 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 45 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................. 48
  • 9. 9 INTRODUÇÃO Tendo em vista que os Transtornos de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) são os mais comuns entre os educandos, visto que estudos revelam que 5% dos alunos em idade escolar possuem um ou os dois transtornos; o presente estudo se justifica, pois se torna necessário conhecer, reconhecer, identificar e consequentemente trabalhar de maneira adequada com estes educandos, auxiliando assim, os profissionais que atuam diretamente com estes, bem como com a família, tornando o trabalho completo e eficiente no sentido de buscar soluções para mediar uma aprendizagem de resultado satisfatório. O TDAH é um dos transtornos mais comuns que permeiam os diálogos entre professores e psicopedagogos em espaços sociais estando presente também no ambiente familiar, pois muitas crianças apresentam sintomas de desatenção, inquietação, passando por dificuldades para realizar tarefas, desempenhar atividades em casa e algumas com problemas de impulsividade chegando a agressividade e a hiperatividade. Percebendo estas descrições, temos o típico TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, este se aplica a um grupo heterogêneo de pessoas, pois nem sempre os sintomas são iguais, mas estes são encontrados em praticamente todos os contextos educacionais. Desta forma, a hiperatividade é tema frequente de discussões acerca do comportamento das crianças nos diversos locais nos quais elas interagem. O transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos dois contextos diferentes. Vale ressaltar que a denominação transtorno do déficit de atenção não define com precisão o que ocorre com o lugar da atenção no TDA, já que ao mesmo tempo que o adulto e a criança TDAs têm grande dificuldade em se concentrar em determinado assunto ou enfrentar situações obrigatórias também podem se apresentar superconcentrados em diferentes temas e atividades de seu interesse espontâneo.
  • 10. 10 Esse transtorno pode ser subdividido em três formas distintas, a saber: Com predomínio de desatenção, com predomínio de hiperatividade e impulsividade ou no tipo combinado- desatento e hiperativo ou impulsivo. O TDAH com predomínio de desatenção tem como característica principal a dificuldade em prestar atenção nas atividades que realiza ou em alguém que o fala. Nesse tipo é comum a permanência sentada e quieta por um período extenso. Já no TDAH com predomínio de hiperatividade ou impulsividade a evidência gira em torno do comportamento que esta criança demonstra diante das variadas situações que ocorrem diariamente. Por último, no terceiro tipo, ou seja, no combinado, ambas as características estão presentes, ou seja, a criança demonstra desatenção aliada à hiperatividade e impulsividade. Por esse motivo, considera-se este tipo o mais complexo dos transtornos, pois afeta o comportamento e a aprendizagem. Dentre as causas do transtorno a mais importante é a herança genética, a incidência em famílias com o caso pode ser de até 10 vezes maior do que em famílias que ninguém apresente o transtorno. Em relação ao diagnóstico, o mesmo é de cunho clínico e feito de forma avaliativa, portanto, somente um estudo clínico, por meio de avaliação detalhada dos pais, criança e da escola podem diagnosticar os déficits. Tabelas avaliativas padronizadas pode ser ferramenta de investigação com pais e professores. Em se tratando dos pais, a investigação deve abranger desde a gestação, até os dias atuais com o maior detalhamento possível. As pessoas com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade tem um claro prejuízo em seus desempenhos. Segundo Teixeira (2013, p. 65): “[...] deve haver claro prejuízo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional da criança ou do adolescente. Sem prejuízo não há o diagnostico do transtorno.” Por esta razão, a dos prejuízos, que é tão urgente seu diagnóstico, tratamento e a criação de estratégias para otimizar suas aprendizagens. A falta do diagnostico pode acarretar prejuízos ainda mais significativos na vida destes
  • 11. 11 educando. Sendo que o objetivo de nosso trabalho é buscar práticas que possam promover o aprendizado com uma melhor qualidade, é essencial. São inúmeros os indícios que nos levam a identificar as pessoas atingidas pelo transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, e em se tratando do ambiente escolar que será nosso não único, mas principal foco de estudo, são evidentes. Devemos ter clareza ao dar este diagnóstico para não confundir e diagnosticar de maneira errada o aluno, pois para além dos transtornos, os rótulos devem ser levados em consideração. Como nos afirma Leal e Makeliny (2011, p. 114 ) Contudo, muitas vezes a visão equivocada desse transtorno causa sérios constrangimentos para quem o possui, pois este não é uma questão de querer ou não se portar de forma ou de outra, como já diz o título deste capítulo, ele é um transtorno do comportamento que deve ser trabalhado com intervenções específicas e, muitas vezes medicamentosas. Portanto, como forma de contribuir significativamente com o processo de ensino aprendizagem das pessoas com transtornos de déficit de atenção/hiperatividade buscaremos compreender melhor como este transtorno atinge a vida social e acadêmica buscando superar os impedimentos impostos pelas características de quem tem TDAH.
  • 12. 12 CAPÍTULO I 1. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE (TDAH) O TDAH é um funcionamento de origem biológico, caracterizado pela herança genética, que se revela na criança ainda bem jovem, antes dos sete anos, independentemente de ela ser originária de um ambiente agressivo ou de estar passando por problemas. O comportamento TDA/H nasce do que se chama trio de base alterada. É com base nesse trio de sintomas formado por alterações da atenção, da impulsividade e da velocidade da atividade física e mental que se desvendará todo o universo TDA, o qual muitas vezes, oscila entre a plenitude criativa e a exaustão de um cérebro que não para nunca. O TDA/H deriva de um funcionamento alterado do sistema neurobiológico cerebral, ou seja, os neurotransmissores se apresentam alterados quantitativa, e/ou qualitativamente no interior dos sistemas cerebrais responsáveis pela atenção, impulsividade e pelas atividades físicas e mentais do comportamento humano. Trata- se, portanto de uma disfunção. O cérebro de um TDA e um não TDA não apresenta nenhuma diferença aparente, sua diferença encontra-se, no intimo dos circuitos cerebrais organizados e movidos pelos neurotransmissores, estes, responsáveis por fazer funcionar as funções cerebrais. Desta forma os neurotransmissores seriam o combustível que fazem funcionar o cérebro. Esta nova visão do Transtorno de Déficit de Atenção foi o pilar gerador da eficiência nos tratamentos com medicamentos na busca melhoria da qualidade devida dos TDAs.
  • 13. 13 O TDA/H é uma alteração na capacidade de controle voluntário da atenção. Tanto alguém com déficit de atenção quanto uma pessoa comum podem sim prestar atenção. O que diferencia um caso do outro é que um sujeito sem o transtorno pode espontaneamente, controlar o foco da atenção. Dessa forma não sofre perturbações decorrentes de suas distrações já que caso perca o foco, tem o poder de voltar e consegue sustentar o esforço mesmo em circunstâncias pouco estimulantes. No entanto, no caso do TDA/H, a manutenção do foco está absolutamente relacionada a características externas ou do próprio estímulo. Isto explica porque é tão fácil para um TDA/H manter o foco no videogame ou em alguma outra atividade que seja de seu interesse. Os estudos mostram que ainda há um longo caminho a se percorrer, pois os mecanismos que regem o TDA ainda não são e provavelmente nunca serão totalmente compreendidos devido a complexidade do mesmo. As descobertas em relação ao transtorno tiraram da marginalidade social, milhões de pessoas que hoje possuem um diagnóstico, um laudo, podem entender e compreender o que acontece consigo e tratar-se, procurando melhores maneiras de se organizar e assim podendo desempenhar suas potencialidades, contribuindo não só com a sua vida em sociedade, mas principalmente consigo mesmo. Tais descobertas tiraram o TDA da espera punitiva, moralista e o elevou a esfera científica, passível ao tratamento. 1.1 Como identificar o TDAH? É fato que a criança que possui o déficit, nasce com ele, tanto que para fazer o diagnóstico principalmente se for em outras fases da vida, é preciso investigar como foi sua evolução na infância, por esta razão, a maneira mais segura para o diagnóstico do TDAH é através da anamnese, ou seja, da própria história pessoal do indivíduo vista por ângulos distintos, nos diversos contextos em que se insere como: escolar, profissional, familiar, social e afetiva.
  • 14. 14 É evidente que o contexto onde primeiramente surgem indícios de um possível TDA/H é no ambiente escolar. É neste local que desde sua inserção o educando está exposto a situações coletivas de aprendizagem, sendo assim, a maneira com a qual o educando reage diante desse processo dará indícios ou não da presença do transtorno. Quando o comportamento e as reações deste educando destoam dos demais, é natural que a professora solicite uma conversa com os familiares, neste caso, surge diversas inquietações por parte da família, que passa a observar o comportamento da criança em casa. É nesse momento, que poderão surgir dúvidas em relação a possibilidade da criança ter ou não o transtorno, porém, antes de procurar auxílio de um especialista, uma forma de contribuir para a análise das características predominantes do TDA/H é utilizar a tabela elaborada por Silva (2014). Segundo a autora, é preciso considerar a frequência e a intensidade com as quais as situações ocorrem e pensar na possibilidade de caracterizar um funcionamento TDA/H se, pelo menos 23 das opções forem positivas. A lista foi subdividida em quatro grandes grupos para enfatizar situações decorrentes dos sintomas primários do TDA/H. Grupo 1: Instabilidade da atenção 1. Desvia facilmente sua atenção do que está fazendo quando recebe um pequeno estímulo. Um assobio do colega é suficiente para interromper uma atividade. 2. Tem dificuldade em prestar atenção na fala dos outros. Numa conversa com o colega, tende a captar apenas pedaços soltos do assunto. 3. Desorganização cotidiana. Tende a perder objetos (materiais escolares e brinquedos), esquecer datas importantes (provas, trabalhos). 4. Frequentemente apresenta “brancos” durante uma conversa. 5. Tendência a interromper a fala do outro.
  • 15. 15 6. Costuma cometer erros de fala, leitura ou escrita. Esquece uma palavra no meio de uma frase, pronuncia errado ou come sílabas de palavras mais longas. 7. Presença de hiperfoco: concentração intensa em uma única atividade num determinado período. Um TDA pode ficar horas a fio na frente da Tv olhando desenhos sem se dar conta do que acontece ao seu redor. 8. Dificuldade em permanecer em atividades obrigatórias de longa duração- participar como ouvinte de uma peça de teatro ou assistir um filme que não seja motivo de grande interesse e não o faça entrar em hiperfoco, por exemplo. 9. Interrompe tarefas no meio. Um TDA muitas vezes não assiste um desenho até o fim ou ouve um CD inteiro. Grupo 2: Hiperatividade física e/ou mental 10.Tem dificuldade em permanecer sentado por muito tempo. Durante a aula ou sessão de cinema, costuma se mexer o tempo todo na tentativa de permanecer em seu lugar ou até mesmo sai da cadeira e caminha pela sala. 11.Está sempre mexendo com os pés ou as mãos. São as típicas crianças as quais questionam se estão com o “bicho carpinteiro”. 12.Apresenta inquietação ou ansiedade. Um TDA demonstra ter sempre algo a fazer. 13.Costuma brincar com várias coisas ao mesmo tempo. É a criança que brinca e vê desenho simultaneamente sem focar em nenhuma delas. 14. As vezes se envolve em situações de grande risco em busca de estímulos fortes, como em parque de diversões.
  • 16. 16 15. Frequentemente fala sem parar, monopolizando as conversas em grupo. É a criança que tem dificuldades em esperar a sua vez de falar. Grupo 3: Impulsividade 16. Baixa tolerância a frustração. Quando quer algo não consegue esperar. 17. Costuma responder antes que a pergunta seja completada. Não consegue conter o impulso de responder ao primeiro estímulo criado pelo início de uma pergunta. 18. Costuma provocar situações constrangedoras, por falar o que vem à mente sem filtrar o que vai ser dito. Durante uma discussão, um TDA pode deixar escapar ofensas impulsivas. 19. Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar algo, (a sua vez de jogar, de utilizar um brinquedo ou de receber ajuda da professora, por exemplo). 20. Reage irrefletidamente a provocações, críticas ou rejeição. É o tipo de pessoa que explode de raiva ao sentir-se ignorada. 21. Tendência a não seguir regras ou normas preestabelecidas. 22. Compulsividade pela repetição constante dos impulsos. Por exemplo compulsão alimentar. 23. Ações contraditórias. Um TDA é capaz de ter uma explosão de raiva por causa de um pequeno detalhe numa hora e, poucos momentos mais tarde, oferecer uma grande demonstração de afeto. 24.Hipersensibilidade. Uma simples repreensão pode ser o suficiente para que se magoe profundamente. 25. Hiper-reatividade. Esta é uma característica que faz com que o TDA se contagie facilmente com os sentimentos dos outro. Pode ficar triste ao ver alguém chorar, mesmo sem saber o motivo, ao mesmo tempo que pode ficar
  • 17. 17 muito agitado ou irritado em ambientes barulhentos ou em presença de multidão. 26. Tendência a culpar os outros. Um TDA muitas vezes poderá culpar outra pessoa por seus fracassos e erros, como o aluno que culpa o colega de turma por não ter acertado uma questão da prova, alegando que ele estava cantarolando baixinho na hora. 27. Mudanças bruscas e repentinas de humor (instabilidade de humor). O TDA costuma mudar de humor rapidamente e várias vezes no mesmo dia. Isso depende dos acontecimentos externos ou ainda de seu estado cerebral, uma vez que o cérebro do TDA pode entrar em exaustão, prejudicando a modulação do seu estado de humor. 28. Tendência a ser muito criativo e intuitivo. O impulso criativo do TDA é talvez a maior de suas virtudes. Pode se manifestar nas mais diversas áreas do conhecimento humano. 29. Tendência ao desespero. Quando um TDA se vê diante de uma dificuldade- seja ela de qualquer ordem-, tende a vê-la como algo impossível de ser transposto e, com isso, sente-se tomado por uma grande sensação de incapacidade. Grupo 4: Sintomas secundários 34. Tendência a ter um desempenho abaixo do esperado para sua real capacidade. 35. Baixa autoestima. Em geral, o TDA sofre, desde muito cedo, uma grande carga de repreensões e críticas negativas. Com o passar do tempo ele tende a se perceber menos capaz que os demais. 36. Demora excessiva para iniciar ou executar algum trabalho.
  • 18. 18 37. Tendência a tropeçar, cair ou derrubar objetos. Isso ocorre em função da dificuldade em se concentrar naquilo que se propõe a fazer e em controlar ou coordenar a intensidade de seus movimentos. Caso seja percebido que o sujeito se enquadra em 23 ou mais questões, para além dos indícios dados pela professora e pelas observações dos familiares, alguns encaminhamentos serão necessários. De acordo Silva (2014) existem algumas etapas fundamentais no processo de diagnóstico do transtorno de déficit de atenção, são elas: 1ª etapa: Procurar um médico especializado no assunto para expor suas ideias sobre a possibilidade do indivíduo possuir esse tipo de funcionamento comportamental. 2ª etapa: Relacionar para ele as dificuldades e desconfortos apresentados nas áreas acadêmica, profissional, afetivo- familiar e social. 3ª etapa: Verificar o período em que os problemas acompanham o indivíduo. 4ª etapa: Certificar-se de que as alterações apresentam intensidade significativamente maior quando comparadas às de outras pessoas de seu convívio que tenham a mesma faixa etária e condição sociocultural semelhante. 5ª etapa: Eliminar a presença de qualquer outra situação que seja capaz de explicar as alterações apresentadas no comportamento do indivíduo, bem como os problemas causados por estas em seu cotidiano. Segundo a American Psychiatric Association, 2000 o TDAH é caracterizado pela exibição de frequências inadequadas, em termos de comportamento, de desatenção e/ou hiperatividade impulsividade. Estas levam ao prejuízo no funcionamento demonstrando assim, as dificuldades. Desta forma Barkley, 1998 descreve o uso de critérios de diagnóstico para a avaliação do TDHA nas escolas que serão descritos na tabela a seguir. Nesta, a criança deve exibir de acordo com os relatos descritos seis dos nove sintomas de desatenção e/ou seis dos nove de hiperatividade e impulsividade apontadas em cada tabela.
  • 19. 19 Porém, tem-se indicado que esse índice possa ser diminuído para cinco ou menos sintomas em adolescentes e adultos, visto que estes podem seguir com um grau importante de prejuízo no seu funcionamento global, mesmo com menos de seis sintomas de desatenção e/ou de hiperatividade/impulsividade. Entretanto é importante não se restringir somente ao número de sintomas no diagnóstico de adolescentes, mas sim ao grau de prejuízo. O nível de prejuízo deve ser sempre avaliado a partir das potencialidades do adolescente e do grau de esforço necessário para a manutenção do ajustamento. Tabela 1. Sintomas de desatenção para transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade Seis ou mais dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos seis meses, em grau mal-adaptativo e incoerente com o nível de desenvolvimento: A Frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes e comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalhos e outras. B Com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas o atividades lúdicas. C Com frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra. D Com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido ao comportamento de oposição, ou incapacidade de compreender instruções). E Com frequência tem dificuldade em organizar tarefas e atividades. F Com frequência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (com tarefas escolares ou deveres de casa). G Com frequência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades ( por exemplo, brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais). H É facilmente distraído por estímulos alheios a tarefa. I Com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias.
  • 20. 20 Tabela 2. Sintomas de hiperatividade – impulsividade Seis ou mais dos seguintes sintomas de hiperatividade-impulsividade persistirem por seis meses ou mais, em grau mal adaptativo e incoerente ao nível de desenvolvimento. A Frequentemente se agita as mãos e ou os pés ou se remexe na cadeira. B Frequentemente abandona sua cadeira sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado. C Frequentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação). D Com frequência tem dificuldades para brincar, ou para se envolver silenciosamente em atividades de lazer. E Está frequentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor” F Frequentemente fala em demasia. G Frequentemente das respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas. H Com frequência tem dificuldade de aguardar a vez. I Frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros. (Por exemplo, intromete-se em conversas ou brincadeiras) Ressaltamos que a realização destes testes não substitui a avaliação especializada para que o laudo possa se efetivar, mas com as respostas encontradas pela família e escola o aluno possa ser encaminhado com base consistente aos profissionais da área e a partir do diagnóstico este possa passar a ter seu transtorno tratado e as atividades escolares pensadas com seu ritmo de aprendizagem. 1.2 Como saber se o educando tem TDA e/ou TDAH? O TDAH não só é conhecido por ser um dos distúrbios neuropsiquiátricos mais comuns na infância e na adolescência (MATTOS, 2008), mas também porque engloba sintomas que são comuns em portadores e não portadores tais como:
  • 21. 21 dificuldade de concentração, falha na finalização de tarefas ou inconsistência na realização de um objetivo definido (BARKLEY, 2008). O transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade apresenta o que podemos chamar de tríade sintomatológica. Um dos atributos predominante da síndrome caracteriza-se por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Essas características podem ser percebidas, independentemente do sistema classificatório utilizado para o diagnóstico, porém este deve ser feito cautelosamente, através de uma análise minuciosa dos sintomas, buscando perceber quais características de sintomas predominam no sujeito. No intuito de contribuir para a análise no processo diagnóstico, mencionamos a seguir as principais características que levam a percepção se há predominância ou não da hiperatividade. As crianças portadoras de TDA do Tipo Desatento são vistas simplesmente como lentas no aprendizado, a despeito do fato de a maioria ter inteligência média ou acima da média. Seus esquecimentos e sua desorganização, no entanto são vistos como sinais de capacidade intelectual limitada e não como sinais de TDA. (PHELAN, 2005,p. 38) O TDA do tipo desatento caracteriza-se pela dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e de trabalho; dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais; dificuldade em organizar tarefas e atividades; evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante; perder coisas necessárias para tarefas ou atividades; e ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e apresentar esquecimentos em atividades diárias. Apresentam dificuldades em completar tarefas sequenciais, maior tempo de reação, maior número de repetência escolar, agitação motora, dificuldade de controlar os impulsos, inquietação, atividade excessiva. (BARKLEY, 2008, p.88). No entanto, quando há predominância de hiperatividade, ou seja, no tipo combinado, o sujeito realiza frequentemente ações como agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira; abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; correr ou escalar em
  • 22. 22 demasia, em situações nas quais isto é inapropriado; pela dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer; estar frequentemente "a mil" ou muitas vezes agir como se estivesse "a todo o vapor"; e falar em demasia. O TDA do tipo impulsivo frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas; com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez; frequentemente interrompe ou intromete-se em assuntos de outros (por exemplo, intromete-se em conversas ou brincadeiras). Alguma dificuldade causada pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por exemplo, na escola e em casa).
  • 23. 23 CAPÍTULO II 2 QUAIS AS IMPLICAÇÕES DOS TRANSTORNOS NA APRENDIZAGEM? As principais características do TDAH desatenção, impulsividade e hiperatividade levam as crianças a diversas dificuldades nos contextos escolares e desta forma em seu processo de aprendizagem. Uma vez que possuem problemas para manter a atenção, o primeiro fator é o da finalização de trabalhos independentes ou dirigidos, educandos com TDA ou TDAH principalmente no inicio da escolarização, não conseguem finalizar suas tarefas ou como em depoimentos, estes colhidos através de conversa com mães de filhos com laudo para que melhor pudéssemos entender nosso objeto de estudo, estes educandos ficam depois do período de aula na sala para finalizar a cópia do quadro, ou quando os colegas estão respondendo as questões propostas, ainda não copiaram a proposta ou ainda levam os lanches intocados para casa, pois não tiveram tempo de lanchar em decorrência do atraso nas atividades. Forster e Fernández (2001) propõem uma definição que integra várias perspectivas teóricas, para entender e descrever o transtorno: neurológico, psicopedagógico e escolar. Definem o TDAH como um transtorno de conduta crônico com um substrato biológico muito importante, mas não devido a uma única causa, com uma forte base genética, e formada por um grupo heterogêneo de crianças. Inclui crianças com inteligência normal ou bem próxima do normal, que apresentam dificuldades significativas para adequar seu comportamento e/ou aprendizagem à norma esperada para sua idade. Administrar estas questões não é tarefa fácil, principalmente em se tratando de crianças, outro fator recorrente em relação às atividades é a falta de atenção na explicação das mesmas, fazendo com que possa fazer interpretação errada e por consequência dando as questões respostas inadequadas ou desconexas.
  • 24. 24 Além de ter problemas na aprendizagem, educandos com o déficit atrapalham a aprendizagem dos colegas, sendo por perturbar à ordem na sala de aula, ou por sua impulsividade, interrompem, falando sem autorização, ou ainda chamando os colegas a focar em outros assuntos que não os de interesse da turma, distrair-se torna-se sinônimo de envolver a turma em outros assuntos. O educador pode criar um espaço „suficientemente bom‟ para que se propiciem aprendizagens. Um espaço que atenda às necessidades dos aprendentes. Os alunos, os aprendentes, podem desenvolver sua capacidade atencional, mas dizer que os professores não podem ensinar sobre isso não os exclui da tarefa. Aos professores cabe organizar de tal forma o espaço, que este favoreça a produção de um querer aprender, de aprender a aprender, uma necessidade que se traduza em desejo de aprender. (FREITAS, 2011, p.60) A inquietação, característica marcante nos TDAH é outro fator que atrapalha nos processos de aprendizagem, especialmente em sala de aula, pois os mesmos com frequência perturbam imensamente a instrução em sala de aula seja por suas condutas inadequadas de batucar com os dedos, bater com pés, remexer-se na cadeira dentre outras, estas condutas mesmo parecendo inofensivas, atrapalham e muito por sua intensidade e frequência. A combinação de características, além das dificuldades já descritas, age como um “imã” para outras dificuldades, e estas não trabalhadas, podem desencadear em fraco desempenho escolar, altas taxas de desobediência, problemas de relacionamento e quem sabe até agressão. O baixo desempenho escolar, fator que nos preocupa para a construção deste trabalho, decorre de todos os fatores descritos a cima e estes, desencadeiam comportamentos e sentimentos de incapacidade e frustração gerando um sentimento de incapacidade, muitas vezes reforçado não só pela escola, como pela família, fazendo com que este educando incorpore esta condição de fracasso e desta forma a reproduza de maneira negativa, bloqueando a possibilidade de construir seu processo de aprendizagem. Por esta razão é imprescindível o diagnóstico, conhecer suas causas, sintomas e as dificuldades a serem superadas, fazem do TDA ou do TDAH mais
  • 25. 25 confiante no seu processo de aprendizagem, pois principalmente lhe devolve a confiança e o sentimento de que é possível ir além.
  • 26. 26 CAPÍTULO III 3. UMA VEZ DIAGNOSTICADO COMO DEVERÁ SER O TRATAMENTO VISANDO UMA MELHORA NO RENDIMENTO ESCOLAR? Os educandos passam quatro horas por dia, cinco dias por semana, na sala de aula e em outros ambientes da instituição durante cada ano letivo. Estes locais exigem que os alunos sigam regras e interajam de forma apropriada com os colegas e demais membros da comunidade escolar, participando de atividades de instrução dirigidas por adultos, aprendendo o que é ensinado e não perturbando a aprendizagem e as atividades dos demais colegas. Para os professores, mediar os conhecimentos e as habilidades que compõem o currículo e ensinar as crianças a se comportar de modo que correspondam às expectativas organizacionais, sociais e culturais que a instituição impõe não é tarefa fácil. Este trabalho torna-se mais desafiador quando envolve educandos com diagnóstico de TDA/TDAH uma vez que as características comportamentais destes educandos frequentemente não correspondem as expectativas descritas acima, interferindo na aprendizagem em sala de aula, nos demais ambientes da escola e impedindo por muitas vezes interações sociais positivas. Baseado em Rohde, Barbosa, Tramontina e Polanczyk (2000), o tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções psicossociais e psicofarmacológicas. Na esfera das influências psicossociais, a primeira medida deve ser educacional, através de informações claras e concisas à família a respeito do transtorno. Comumente, faz-se necessário um programa que informe e embase os pais, possibilitando que aprendam a manejar os sintomas dos filhos.
  • 27. 27 É importante que reconheçam as estratégias mais adequadas para oferecer assistência à seus filhos na organização e no planejamento das atividades, como proporcionar um ambiente silencioso e sem grandes estímulos visuais para que a concentração não seja comprometida. Para, além disso, é imprescindível que haja também intervenções na esfera escolar. As intervenções escolares devem ter como foco a função escolar. Considerando essa premissa, é preciso que as professoras sejam orientadas para a necessidade de uma sala de aula bem estruturada e com um pequeno número de alunos. Ainda, rotinas diárias sólidas e um ambiente escolar previsível ajudam essas crianças a conservarem o controle emocional. Táticas de ensino funcionais que incorporem a atividade física com o processo de aprendizagem são fundamentais. As tarefas propostas não devem ser excessivamente longas e necessitam ser explicadas passo a passo. É importante que o aluno com TDA/H receba o máximo possível de atendimento individualizado. Faz-se necessário coloca-lo na primeira fila da sala de aula, próximo à professora e longe da janela, ou seja, em local onde ele tenha menor possibilidade de distrair-se. Muitas vezes, as crianças com TDA/H precisam de reforço de conteúdo em determinadas disciplinas, isso ocorre porque elas já apresentam vácuos no aprendizado no momento do diagnóstico, em função do TDA/H. Em alguns casos é necessário um acompanhamento psicopedagógico centrado na forma do aprendizado, como, por exemplo, nos aspectos ligados à organização e ao planejamento do tempo e de atividades. O tratamento reeducativo psicomotor pode estar indicado para melhorar o controle do movimento do sujeito. 3.1Terapia Cognitiva Comportamental A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma linha de psicoterapia proposta e desenvolvida pelo psicólogo Aaron Beck. Envolve um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas com a finalidade de mudança de padrões de pensamento. Seu modelo cientificamente fundamentado apresenta eficácia
  • 28. 28 comprovada através de estudos empíricos. O tempo curto e limitado lhe confere a posição de abordagem de escolha em vários países. O processo pode levar de três a seis meses onde se trabalha a criação de estratégias para lidar com o problema. Vale ressaltar que a técnica (TCC) descrita abaixo é a prática psicopedagógica da mesma. No tratamento para TDAH Transtorno do Déficit e Hiperatividade pela Terapia Cognitiva Comportamental, um dos fatores importantes seria o treinamento na manutenção do foco nas tarefas diárias de forma a não mais se perder em atividades desnecessárias. Outros fatores também são trabalhados, mas a definição de quais pontos serão abordados dependerá da necessidade de cada pessoa. O psicólogo trabalhará técnicas específicas para o TDAH, mas algumas dicas podem ser dadas para serem aplicadas no dia a dia (obs. estas dicas não são as mesmas técnicas aplicadas por um profissional em tratamento para o TDAH) 3.1.1Tempo  Recomenda-se que para evitar a sensação de que o tempo não está sendo aproveitado da forma como poderia, procure determinar o tempo em que deseja realizar determinada tarefa. Primeiramente pode-se ter alguma dificuldade para realizar a atividade no tempo planejado, porém, de forma gradativa conseguirás ajustar esse tempo.  Aprenda a terminar conversas com outras pessoas que o fazem perder tempo. Fique atento para não desperdiçar seu tempo com conversas que não são produtivas, quando tiver algo importante a fazer.  A falta de praticidade faz com que se perca tempo, desse modo seja prático nas suas atividades; avalie o que realmente é importante e atenha-se a isso.  Diga diretamente o que deseja, quanto, por que, e para quê. Seja objetivo nas suas propostas.
  • 29. 29  Crie o hábito de listar as tarefas para não se perder. 3.1.2 Procrastinação/ Desistência  Evite deixar para depois; faça o que tiver que fazer no exato momento em que lembrar, ou anote para fazer depois. Você perde apenas um instante e se livra da preocupação e da ansiedade que gera quando algo está pendente (seu inconsciente fica cobrando algo que você já não lembra).  Resista à tentação de sair da programação, desviar a atenção. Procure se auto instruir dizendo-se: "Isso é muito interessante, mas no momento meu objetivo é outro e vou ater-me a ele".  Persista no seu objetivo seja ele qual for. Não desista; procure identificar sua tendência a desistir e se obrigue a persistir no que começou a fazer. Isso irá ajudá-lo a lidar com a frustração e trará a satisfação interna de saber que você é capaz de prosseguir embora a atividade não seja tão gratificante.  Resista à tentação de pular etapas. Lembre-se que pular etapa para acelerar o processo pode, na maioria das vezes, fazer você perder muito mais tempo depois. É melhor ir devagar e sempre.  Não pense quando o despertador tocar. Pule imediatamente da cama e vá tomar um banho. Se você pensar um segundo que seja, não levantará. 3.1.3 Estratégia para evitar o esquecimento  Desenvolva estratégias para lembrar as tarefas: programe o celular para lembrá-lo de tudo o que tiver que fazer.
  • 30. 30  Coloque lembretes em lugares visíveis para lembrá-lo do que tem a fazer. Se os lembretes começarem a "fazer parte" do local onde foi colocar, busque outra estratégia; algo que seja impossível de não ser notado.  Desenvolva o hábito de, ao abrir ou fechar qualquer porta, perguntar-se: "para onde vou e o que tenho que levar?".  Armazene pequenas quantidades de informações por vez: nunca se dê mais de três ordens de uma vez.  Tente se reforçar (elogiar-se) a cada vez que você conseguir lembrar de algo que costuma esquecer-se com frequência.  Um acessório obrigatório para evitar o esquecimento é o uso da agenda diariamente, principalmente para quem tem TDA/H.  Procure ter um lugar específico para o seu estudo ou trabalho. Neste local procure ter tudo o que precisa. O TDAH demora a se concentrar e se dispersa com facilidade. Quando está começando a se concentrar, e precisa buscar algo, acaba se desconcentrando e leva um enorme tempo para entrar em hiperfoco novamente.  Procure estudar escrevendo; anote, sublinhe, escreva palavras ou mini resumos da página lida; esquematize; faça associações.  Evite olhar para o tamanho do livro a ser lido. Pense em capítulos e não no livro todo. Planeje antes de iniciar o trabalho quando será o intervalo e de quanto tempo.  Tenha uma gaveta ou uma caixa para colocar todos os documentos, cartas recebidas e contas pagas. Reserve um determinado dia da semana ou o mês para arquivar tudo.
  • 31. 31 3.1.4 Impulso  Tente controlar a impaciência, converse consigo mesmo orientando-se para ser mais calmo.  Faça um esforço para prestar atenção à fala do outro, sem interrompê-lo.  Quando se sentir provocado, não reaja agressivamente. Conte mentalmente até 10 e esclareça com o outro que ele quis dizer realmente. Você pode ter interpretado mal o que o outro quis dizer.  Quando alguém lhe agredir verbalmente, mantenha a calma, conte até 10 e pense numa maneira de responder de forma habilidosa, mas sem agressividade. Lembre-se: não importa que o outro dite o seu comportamento. 3.1.5 Concentração  Lembre-se de que precisa de mais tempo do que as outras pessoas para entrar na leitura ou estudo. Dê-se o tempo que for necessário; persista nesse objetivo.  Dirija sua atenção intencionalmente para qualquer coisa que quiser; 3.1.6 Treinando os passos para prestar mais atenção  Identificar o problema - “O que eu devo fazer?”  Focar a atenção;
  • 32. 32  Escolher uma resposta – “Qual o melhor modo de fazer isso?”  Verificar a resposta – “Escolhi corretamente?”  Em caso positivo, elogiar-se – “Bom trabalho” ou em caso negativo – “Tenho que pensar melhor da próxima vez”
  • 33. 33 CAPÍTULO IV 4 COMO DEVE SER O AMBIENTE ALFABETIZADOR PARA ESTES EDUCANDOS? A dificuldade escolar é uma queixa recorrente de pais e professores de crianças com TDA/H. É por essa causa que os pais normalmente recorrem com frequência a neuropediatras, psicólogos e psicopedagogos. De acordo com dados estatísticos, a dificuldade escolar está entre as sete queixas mais comuns. Para o SAEB, (Sistema Nacional da Educação Básica), o desempenho escolar depende de diferentes fatores: características da escola (físicas, pedagógicas, qualificação do professor), da família (nível de escolaridade dos pais, presença dos pais, interação dos pais com escola e deveres) e do próprio indivíduo (saúde mental, visual, auditiva, nutricional, etc.). Adicionado a esses e outros fatores, tem-se discutido muito o problema das crianças com TDAH, considerando que sua atividade motora e mental são inadequadas, exagerada e por vezes equivocadamente chamada, de agitação ou inquietação por vontade própria. Ao construir este estudo, durante nossas conversas com as mães, questionamos suas estratégias para que seus filhos tivessem um melhor desempenho em seus processos de aprendizagem, estas citaram evitar estímulos externos como, televisão, brinquedos, jogos, celulares dentre outros. Uma das mães destacou a quantidade de estímulos visuais que a sala de aula do filho oferece. A grande quantidade de material destinado a alfabetização faz com que o mesmo perca o foco de atenção, a mesma citou que em casa para tentar sanar esta dificuldade estuda com seu filho em uma saleta com apenas a mesa, cadeiras e os materiais que o filho necessitar ao desempenho da tarefa, e mesmo assim constantemente precisa “chamar o filho de volta” a atividade em questão. Em sala de aula, não temos como privar a turma dos estímulos e estratégias das quais os profissionais da educação necessitam para bem desempenhar seu propósito que é mediar da maneira mais consistente possível o processo de ensino
  • 34. 34 aprendizagem de seus educandos, portanto nas leituras que realizamos não encontramos indícios de como deve ser este ambiente alfabetizador visto que as necessidades da escola devem contemplar o todo, sendo assim, a questão é como o professor irá desenvolver seu trabalho com os educandos com o ou os transtornos, sob maneira que os possibilite ir além, pois é fato que segundo estimativas, cada sala de aula de aula tenha 25 alunos, toda professora terá minimamente um aluno com o transtorno, visto que este é alta sua incidência. Dessa forma, dada a natureza crônica e difícil do TDA/H, recomenda-se que os profissionais que atuam com estes educandos assumam um enfoque contínuo e sistemático para a criação, efetivação e consequente avaliação de ajustes para uso em sala de aula que reúna abordagens tanto preventivas quanto remediadoras que propiciem lidar com os problemas que surgirão e que estes envolvam múltiplos agentes de intervenção. O TDA/H deve ser visto com preocupação, pois persistirá este comportamento e será de difícil manejo em sala de aula. Educandos com o diagnóstico são propensos a experienciar dificuldades de aprendizagem social e acadêmica. Otimizar as conquistas acadêmicas e o desempenho dos educandos diagnosticados é o desafio dos profissionais da psicopedagogia. Os problemas sociais e acadêmicos podem ser vistos como interrelacionados. Desta forma, educadores e psicólogos exercem um papel crítico na formulação e condução da instrução de forma que promova o desenvolvimento de habilidades sociais e acadêmicas de modo a superá-las. Os profissionais envolvidos com crianças com TDA/H devem assumir um enfoque educativo para as questões comportamentais. Nessa perspectiva as intervenções tem objetivo explícito, o ensino das habilidades e conhecimentos necessários para substituir os comportamentos indesejados e/ou problemáticos por comportamentos aceitáveis e/ou desejáveis. Lidar de modo eficiente e educativo com os problemas de comportamento exige o desenvolvimento e a implementação de um comportamento programático e de planos de apoio ao professor.
  • 35. 35 O profissional da educação deve incluir na sua prática a preparação conceitual no que se refere a criação, a oferta e a avaliação dos resultados da sua intervenção. Os professores devem pesquisar sobre intervenções eficientes para alunos com o transtorno, desta forma otimizando o seu trabalho. A seguir, algumas dicas para auxiliar os professores na organização do ambiente alfabetizador: 1- Estabelecimento de rotinas com os educandos: Mantenha a sala de aula organizada e estruturada. Estabelecer uma rotina diária em sala de aula facilitará o entendimento e a aprendizagem de todas as crianças. Incentive o educando a limpar sua mochila semanalmente e a mantê-la organizada também. 2- Crie regras claras e objetivas para a sala de aula, pois elas ajudam na manutenção da disciplina na mesma. Essas regras podem ser fixadas em um painel localizado em local de fácil visualização pelos alunos. Uma boa estratégia também é combinar consequências negativas por quebra das regras e fixá-las no painel, assim como determinar consequências positivas por comportamentos assertivos. 3- Agenda escola-casa/ casa-escola: É uma estratégia usada pelos professores. Através dela, informações importantes poderão ser trocadas sobre o comportamento do aluno em sala de aula, no recreio escolar, ou sobre a execução de deveres de casa e atividades. Enfim, pais e professores poderão manter um canal de comunicação para saber como está a criança ou adolescente. 4- Sentar na frente na sala de aula: Será mais fácil monitorar e ajudar o educando com dificuldade nos estudos e com um comportamento desatento ou hiperativo sentando-o na frente na sala de aula, próximo ao quadro e ao professor. Isso irá facilitar o controle e manejo de comportamentos inadequados em sala de aula, além de permitir que o professor faça intervenções ou elogie boas atitudes desse aluno. 5- Matérias mais difíceis no início da aula: Não apenas os que tem TDAH, mas todos os estudantes estão mais aptos à aprendizagem no início do horário letivo.
  • 36. 36 Portanto, as disciplinas mais difíceis podem ser “privilegiadas” nesse momento, com maiores chances de serem assimiladas, enquanto no final do dia todos estão mais cansados, e os conteúdos mais difíceis podem ser ensinados nesse momento. 6- Pausas regulares: Todos nós possuímos uma determinada capacidade para permanecermos atentos. Isso significa que após um determinado tempo, nossa capacidade de manter a atenção diminui muito, assim como nosso desempenho. Portanto, permitir pausas regulares entre as atividades é uma conduta importante para que os alunos possam relaxar por alguns minutos. 7- Ensine técnicas de organização e estudo: Normalmente, crianças e adolescentes apresentam dificuldade para se organizar e planejar os estudos. Se esses estudantes tivessem TDAH será ainda maior. Portanto, o professor pode exercer um papel importantíssimo no estabelecimento de técnicas de organização para favorecer o estudo em casa. 8- “Tempo extra” para responder às perguntas: Por que não? Estamos lidando com um aluno que apresenta dificuldade no controle da atenção, desorganizado, mas que se conseguir um tempo extra, pode atingir os objetivos propostos pelo professor. Logo, permitir um tempo extra para responder às perguntas propostas durante a aula ou durante a prova pode e deve ser realizado. 9- Questione sobre dúvidas em sala de aula: O professor deve questionar o educando com TDAH, assim como outros estudantes, sobre dúvidas em sala de aula. Isto ajudará na assimilação de conceitos e favorecerá a atenção do aluno. 10- Estimule e elogie: Educandos com TDAH comumente apresentam baixa autoestima, pois estão constantemente recebendo críticas, podendo se tornar desestimulados com a escola. Elogiando e estimulando seu esforço, o aluno se sentirá valorizado, sua autoestima será protegida e teremos grandes chances de observar um crescimento acadêmico. Estimule o aluno com palavras de incentivo. Faça cartazes para serem colocados no mural de recados com as regras do bom comportamento, recompensas por bom comportamento e consequências pelo desrespeito às regras.
  • 37. 37 11- Premie o bom comportamento em sala de aula: Também chamado de reforço positivo. Essa estratégia visa a estimular que comportamentos assertivos sejam potencializados e o interesse pelos estudos aumente, promovendo a melhoria do desempenho escolar de todos. Implemente um programa com pontuação e recompensas por bom comportamento, também chamado de economia de fichas. Você pode escrever um contrato entre você e o aluno em que ele concorde em realizar seus trabalhos de sala e associar-se a uma premiação em caso de sucesso. 12- Traga a aula para o dia a dia do aluno: Temos mais um fator para a melhoria escolar de qualquer estudante: a motivação. Muitas crianças e adolescentes encontram dificuldade em entender a necessidade de algumas disciplinas. Portanto, a contextualização da matéria ensinada pode ser uma boa alternativa para atrair o interesse do aluno. A matemática será muito mais interessante caso o aluno aprenda a utilizá-la concretamente em sua rotina diária. O português pode envolver a utilização de recortes de jornais e revistas, assim como geografia e história. Enfim, existem inúmeras formas de tornar as disciplinas interessantes para os alunos. 13- Seja simpático. Os professores dinâmicos, extrovertidos, que se movimentam em sala de aula, motivadores, engraçados e que chamam os alunos pelos nomes promovem um maior interesse nos educandos. Oscile a entonação e o volume de voz para atrair a atenção. O professor pode ser um excelente modelo de comportamento para seus alunos. Portanto, seja empático! 14- Dividir trabalhos por partes: Uma vez que crianças e adolescentes com TDAH apresentam dificuldade na organização para a execução de trabalhos escolares, ensiná-los a dividir em várias etapas pode ser uma grande estratégia para facilitar a resolução e a conclusão, tornando o trabalho menos exaustivo. 15- Agenda e lista de atividades diárias: Atualmente nossas crianças e adolescentes têm muitas atividades. São aulas particulares, aulas de inglês, futebol, judô etc. Bem, ensiná-los a utilizar uma agenda ou uma lista de atividades diárias pode auxiliar muito na organização e no planejamento de seu tempo.
  • 38. 38 16- Leitura sobre os transtornos comportamentais: Professores devem ter algum conhecimento técnico sobre os problemas comportamentais escolares. Portanto, leia bastante sobre o TDAH e outras condições comportamentais que acometem crianças e adolescentes. 17- Seja assertivo: O professor é figura central e modelo de aprendizagem para seus alunos, portanto seja assertivo em suas colocações. Evite críticas, pois o aluno com TDAH normalmente apresenta um prejuízo muito grande em sua autoestima. Prefira elogios, mas caso a crítica seja necessária, converse separadamente com o aluno para evitar expor suas dificuldades escolares e comportamentais aos outros estudantes. 18- Esteja alerta e antecipe problemas: Muitas vezes as mudanças comportamentais dos alunos seguem um padrão. Identificando precocemente esse padrão de comportamento, professores podem antecipar situações problemáticas, como por exemplo: sempre que um aluno começa a levantar da carteira, outros o seguem e em segundos todos estão conversando e dispersos. O professor pode se antecipar e combinar que será permitido que o aluno se levante da carteira após os exercícios terem sido concluídos e com sua autorização. Lembre os alunos sobre o comportamento esperado para essa ou aquela atividade em sala de aula. 19- Faça contato visual: Olhe nos olhos de cada aluno e chame-os pelo nome para atrair e captar a atenção. Dessa forma os estudantes estarão mais alertas e atentos às suas orientações e ensinamentos. 20- Utilize a internet: Alunos que apresentam dificuldade na cópia em sala de aula podem se beneficiar da colocação de textos e de deveres de casa na internet ou na distribuição de materiais impressos pelo professor. 21- Estimule a prática de esportes: A prática de atividade física deve ser estimulada sempre. Aí entra com maior ênfase o papel do profissional de educação física. Crianças e adolescentes com TDAH comumente apresentam dificuldades de relacionamento social e são estabanadas nas atividades físicas. Esportes coletivos
  • 39. 39 são excelentes ferramentas para estimular a socialização, melhorar a autoestima, além de ensinar sobre a importância do trabalho em equipe, do respeito às regras, de seguir uma hierarquia de comando e de respeitar a autoridade do professor. 4.1 Atividades e metodologias mais corretas para serem aplicadas em pessoas com estes transtornos? Em consulta a Associação Brasileira do Déficit de Atenção podemos transcrever metodologias que correspondem as expectativas que tivemos quando lá no ante projeto pensamos em escrever sobre TDA e TDAH. Nosso objetivo foi buscar justamente métodos que ajudassem aos leitores, interessados nos déficits a como desenvolver suas atividades, otimizando o resultado de seu trabalho com uma maior eficiência. As pessoas com transtorno necessitam de atenção diferenciada, estratégias pensadas a suprir suas necessidades, e estas, serão descritas a seguir.  Postura do professor em sala de aula como reforço positivo e estimulador do educando com TDA e ou TDAH  Sempre que o professor der uma instrução ao educando, solicitar que repita a instrução e ou compartilhe com um colega antes de começa-la.  Quando realizar a tarefa, ofereça sempre um reforço positivo (feedback) através de pequenos elogios e prêmios que podem ser: palavras de apoio, carinhas e figurinhas no caderno, um aceno positivo... Os feedbacks e elogios devem acontecer sempre e imediatamente após o aluno conseguir um bom desempenho com o seu tempo e processo de aprendizagem.  Nunca criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos como falha no desempenho. Sujeitos com TDA ou TDAH precisam de suporte,
  • 40. 40 encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos devem ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva da professora é decisiva para a melhora do aprendizado.  Na medida do possível, oferecer para o educando e toda a turma tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do aluno escolher as atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter em vista que cada aluno aprende no seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de cada um.  Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do aluno nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.  Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD ou computador para a escola.  Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que alunos com TDAH sentem junto a portas, janelas e nas últimas fileiras da sala de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras, de preferência ao lado do professor para que os elementos distratores do ambiente não prejudiquem a atenção sustentada.  Usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar previamente com o aluno pequenos sinais cujo significado só o aluno e o professor compreendem. Exemplo: o professor combina com o aluno que todas as vezes que percebê-lo desatento durante as atividades, colocará levemente a mão sobre seu ombro para que ele possa retomar o foco das atividades.  Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as dificuldades memoriais: tabelas com datas sobre prazo de entrega dos trabalhos
  • 41. 41 solicitados, usar post-it para fazer lembretes e anotações para que o aluno não esqueça o conteúdo.  Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto ou prova.  Tempo e processamento das informações  Usar organizadores gráficos para planejar e estruturar o trabalho escrito e facilitar a compreensão da tarefa.  Permitir como respostas de aprendizado apresentações orais, trabalhos manuais e outras tarefas que desenvolvam a criatividade do aluno.  Encorajar o uso de computadores, gravadores, vídeos, assim como outras tecnologias que possam ajudar no aprendizado, no foco e motivação.  Reduzir ao máximo o número de cópias escritas de textos. Permitir a digitação e impressão, caso seja mais produtivo para ao aluno.  Respeitar um tempo mínimo de intervalo entre as tarefas. Exemplo: propor um trabalho em dupla antes de uma discussão sobre o tema com a turma inteira.  Permitir ao aluno dar uma resposta oral ou gravar, caso ele tenha alguma dificuldade para escrever.  Respeitar o tempo que cada aluno precisa para concluir uma atividade. Dar tempo extra nas tarefas e nas provas para que ele possa terminar no seu próprio tempo.
  • 42. 42  Organização e técnicas do estudo  Dar as instruções de maneira clara e oferecer ferramentas para organização do aluno desenvolver hábitos de estudo. Incentivar o uso de agendas, calendários, post-it, blocos de anotações, lembretes sonoros do celular e uso de outras ferramentas tecnológicas que o aluno considere adequado para a sua organização.  Na medida do possível, supervisionar e ajudar o aluno a organizar os seus cadernos, mesa, armário ou arquivar papéis importantes.  Orientar os pais e/ou o aluno para que os cadernos e os livros sejam “encapados” com papéis de cores diferentes. Exemplo: material de matemática – vermelho, material de português – azul, e assim sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e memorização dos materiais.  Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis e apostilas para casa e retorno para a escola. Desta forma, todo o material impresso fica condensado no mesmo lugar minimizando a eventual perda do material.  Utilizar diariamente a agenda como canal de comunicação entre o professor e os pais. É extremamente importante que os pais façam observações diárias sobre o que observam no comportamento e no desempenho do filho em casa, assim como o professor poderá fazer o mesmo em relação às questões relacionadas à escola.  Estruturar e apoiar a gestão do tempo nas tarefas que exigem desempenho em longo prazo. Exemplo: ao propor a realização de um trabalho de pesquisa que deverá ser entregue no prazo de 30 dias, dividir o trabalho em partes, estabelecer quais serão as etapas e monitorar se cada uma delas está sendo cumprida. Alunos com TDAH apresentam dificuldades em desempenhar tarefas em longo prazo.
  • 43. 43  Ensine e dê exemplos frequentemente. Use folhas para tarefas diárias ou agendas. Ajude os pais, oriente-os como proceder e facilitar os problemas com deveres de casa. Alunos com TDAH não podem levar “toneladas” de trabalhos para fazer em casa num prazo de 24 horas.  Técnicas de aprendizado e habilidades metacognitivas  Explicar de maneira clara e devagar quais são as técnicas de aprendizado que estão sendo utilizadas. Exemplo: explicar e demonstrar na prática como usar as fontes, materiais de referência, anotações, notícias de jornal, trechos de livro, etc.  Definir metas claras e possíveis para que o aluno faça sua auto avaliação nas tarefas e nos projetos. Este procedimento permite que o aluno faça uma reflexão sobre o seu aprendizado e desenvolva estratégias para lidar com o seu próprio modo de aprender.  Usar organizador gráfico para ajudar no planejamento, organização e compreensão da leitura ou escrita.  Inibição e autocontrole  Buscar sempre ter uma postura proativa. Antecipar as possíveis dificuldades de aprendizado que possam surgir e estruturar as soluções. Identificar no ambiente de sala de aula quais são os elementos distratores na tentativa de manter o educando o mais distante possível deles e assim focado o maior tempo possível na tarefa.
  • 44. 44  Falar em voz alta e fazer sinais com as mãos para lembrar a mudança de uma atividade para outra, ou do término da mesma, são técnica válidas para chamar atenção deste educando.  Dar frequentemente reforço positivo (feedback). Assinale os pontos positivos e negativos de forma clara, construtiva, respeitosa. Este monitoramento é importante para o aluno com TDAH, pois permite que ele desenvolva uma percepção do seu próprio desempenho, potencial e capacidade e possa avançar motivado em busca da sua própria superação.  Os combinados são extremamente importantes na mediação do processo de ensino aprendizagem entre o professor e o aluno, permitir que o educando se levante em alguns momentos, por exemplo, pois alunos com hiperatividade necessitam de atividade motora em determinados intervalos de tempo. Outras sugestões são: pedir que vá ao quadro para apaga-lo, solicitar que vá buscar algum material na coordenação, atuar como ajudante do dia, permitir que vá ao banheiro ou beber água. Estas ações são extremamente úteis para diminuir a atividade motora e são recomendadas para crianças muito agitadas.
  • 45. 45 CONSIDERAÇÕES FINAIS Levando em consideração todos os estudos realizados acerca da temática em questão, foi possível intuir que as crianças com TDA/H apresentam maior dificuldade em relação a aprendizagem, problemas de performance em testes e funcionamento cognitivo em relação aos seus colegas, sobretudo por dificuldades nas suas habilidades organizacionais, capacidades de linguagem expressiva e motricidade fina e ampla. Vale ressaltar que o funcionamento intelectual dos sujeitos não difere das outras, o transtorno parece não afetar as capacidades cognitivas gerais, assim, o TDA/H não está relacionado à falta de capacidade, mas a um déficit de desempenho. A maioria dos sujeitos com esse transtorno tem desempenho escolar abaixo do esperado devido à realização atrapalhada de tarefas, desatenção e problemas de adequação em sala de aula, fazendo com que seguidamente percam mérito por participação e comportamento. Cabe aqui advertir que o Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH) parece ter sofrido um aumento nos últimos anos. Esse fato atribui-se em parte pela clarificação dos critérios diagnósticos e também pela divulgação a respeito do transtorno pela internet e redes sociais, o que aumentou o reconhecimento do problema. Mas, além da ampliação da detecção, parece estar havendo um legítimo aumento na incidência da patologia, seja pela exposição das crianças a um grande número de estímulos sensoriais cotidianamente quanto pela falta da atuação dos pais no estabelecimento de limites para os cérebros em desenvolvimento. Entender o problema pela ótica de quem tem o transtorno pode nos auxiliar a ajudar quem necessita de apoio. O excesso de críticas destrutivas acaba com a autoestima da criança com TDAH e causam frustração. Mesmo tendo um desejo de se enquadrar e ser bem recebido, a hiperatividade os impede de agir da maneira convencionada. Isso gera uma frustração, já que por maior que seja o esforço, este não consegue alcançar as expectativas que se impõem.
  • 46. 46 Uma vez que os professores se cansem de tentar "moldar" aquela criança “dita” agitada, passam a utilizar de punições que se traduzem, de modo geral, com atos de exclusão. Exemplificando, são os castigos no intervalo, as tarefas na biblioteca longe do resto da classe ou as horas passadas sentado na sala da diretora. Essa situação pode gerar no educando um sentimento de exclusão. O enfoque da equipe escolar pode ser melhorado quando garante que todos os profissionais envolvidos no processo de ensino aprendizagem do educando com TDA/H sabem como identificá-lo e como podem tratar os problemas relacionados a este transtorno. Os educadores precisam entender, que os comportamentos relacionados ao TDA/H são crônicos, e raramente podem ser totalmente eliminados, em especial em um único contexto de trabalho em um ano escolar, o trabalho sempre é interrompido; os profissionais trabalham de maneiras diferentes, estabelecendo rotinas diferentes, modos de aplicação e lidar com estes educandos não promovendo desta forma significativos resultados se este trabalho não for sistemático. O foco dos esforços dos profissionais que atuam com educandos com TDA/H deve estar na modificação da sala de aula, do ambiente escolar, no pronto atendimento as necessidades especiais destes estudantes em busca da promoção de conquistas dos objetivos a médio e curto prazo. Desta forma, com as conquistas que vierem a curto e médio prazo, com o controle dos impulsos e no nível de atividade, promovem o progresso gradual para melhora destes problemas em longo prazo consequentemente. Vale ressaltar, que para manter a motivação dos educandos e dos profissionais envolvidos no processo de tratamento é necessário manter sempre a concentração sobre os pequenos ganhos, pois como já descrevemos a cura para o transtorno ou os transtornos não existe e o tratamento, com seus controle e conquistas merece sim, ser comemorada e mantida. Rotina, disciplina, organização, esquematização,... detalhes simples da vida cotidiana para quem tem os Transtorno de Déficit de Atenção e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade são impensáveis sem o trabalho atento da família, e dos profissionais que atravessarão sua vida.
  • 47. 47 Finalizando, constatamos que muitos profissionais da educação não estão devidamente preparados, para trabalhar de forma efetiva e de resultado promovendo efetivamente o trabalho com seus educandos, mesmo após frequentar e ler a literatura sobre a questão. Investigações empíricas são urgentemente necessárias para promover formas mais eficientes, não só em relação ao tempo, para planejar e manejar com as dificuldades encontradas, mas também no controle de comportamentos associados ao TDA/H, melhorando assim as competências sociais das pessoas com estes transtornos. Precisamos compartilhar nossos ganhos, as rotinas e as estratégias criadas através das investigações, pois através de todo este conjunto, é que poderemos de forma mais consistente e eficiente promover conhecimentos que nos ajudarão a ajudar efetivamente os educandos em seus processos de ensino aprendizagem.
  • 48. 48 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO. 2012. Disponível em: http://www.tdah.org.br/ Acesso em: 10 de junho de 2015. BARKLEY, Russell A. Transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade. Manual para diagnóstico e Tratamento. Porto Alegre. Artmed. 2008. CHARACH, Alice. Crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Epidemiologia, Comorbidade e Avaliação. Hospital for Sick Children, Canadá. Março 2010 (Inglês). Tradução: julho 2013. DR. CÉREBRO. Saúde Física, Mental e Espiritual. Disponível em: http://www.doutorcerebro.com.br/ Acesso em: 19 de agosto de 2015. DUPAUL, George J; STONER, Gary. TDAH nas Escolas: Estratégias de Avaliação nas Escolas. São Paulo: M.Books do Brasil,2007. FERNÁNDES, A. Os idiomas do Aprendente. Análise das modalidades ensinantes com famílias, escolas e meios de comunicação. Porto Alegre: Artmed. 2001. LEAL, Daniela. NOGUEIRA, Makeliny, O. G. Dificuldades de aprendizagem: um olhar psicopedagógico. Curitiba: Idprx, 2011. HUSKEN, Rosane Bom. Psicopedagogia clínica: diagnóstico e intervenção. Pelotas: Cópias Santa Cruz, 2010. MATTOS, P. No Mundo da Lua. Perguntas e Respostas sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade em Crianças, Adolescentes e Adultos. São Paulo: Lemos Editorial. 2008. MORAIS, Marisa Graciela Garcia. Disponível em: http://www.marisapsicologa.com.br/terapia-cognitiva-comportamental Acesso em: 15 de setembro de 2015.
  • 49. 49 PHELAN, T. W. TDA/TDAH. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Sintomas, Diagnósticos e Tratamentos. Crianças e Adultos. São Paulo: M. Books do Brasil Editora, 2005. ROHDE, Luiz Augusto et all. Revista Brasileira de Psiquiatria. Volume 22. São Paulo, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516- 44462000000600003&script=sci_arttext. Acesso em: 13 de julho de 2015. SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Inquietas: TDAH: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade. São Paulo: Globo, 2014. TEIXEIRA, Gustavo. Manual dos transtornos escolares: entendendo os problemas de crianças e adolescentes na escola. 4ªedição. Rio de Janeiro: Best Seller, 2013.