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DÉFICIT DE
ATENÇÃO
OU TDAH
1º Módulo
Maria do Socorro Bernardes Pereira
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DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO
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Índice
Dedicatória .............................................................................................................4
Agradecimentos.....................................................................................................5
Sobre a autora........................................................................................................6
Introdução ..............................................................................................................7
Histórico .................................................................................................................9
Etiologia................................................................................................................12
O que é Déficit de atenção ou TDAH...................................................................15
Detectando a Hiperatividade...............................................................................16
Tipos de Transtorno de Déficit de Atenção ou Hiperatividade - TDAH..............17
Sintomas ..............................................................................................................21
Lista de sintomas do TDAH de acordo com o DSM-IV.......................................23
Diagnóstico ..........................................................................................................26
Multidisciplinaridade ...........................................................................................28
Atuação do Psicopedagogo(a) na escola...........................................................29
Dezoito formas para lidar com crianças ou adolescentes que tem TDAH .......31
Dicas para os pais lidarem com crianças que tem Transtorno do Déficit de
Atenção /Hiperatividade......................................................................................35
Rotina de estudos para criança com Déficit de Atenção...................................38
Sistema de Pontos...............................................................................................39
Estratégias em sala de aula ................................................................................43
Exercícios lúdicos ................................................................................................45
Exercícios visuais ................................................................................................46
Atividades cinestésicas.......................................................................................48
Processamento da informação em crianças com Déficit de atenção ou TDAH
..............................................................................................................................55
O papel do professor............................................................................................58
Exercícios .............................................................................................................63
Considerações finais ...........................................................................................68
Referências ..........................................................................................................69
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Dedicatória
A Deus, pela inspiração. A meus familiares pelo apoio, aos meus alunos,
clientes, amigos, profissionais, pais, enfim, todos aqueles que se dedicam a
arte de cuidar e ensinar com dedicação e amor.
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Agradecimentos
Em primeiro lugar agradecemos a Deus que nos concedeu sabedoria e
inspiração, a todos que direta e indiretamente contribuíram acreditando,
apoiando este trabalho, a meus familiares pelas inúmeras vezes que estive
ausente sempre pesquisando, escrevendo, trabalhando incessantemente em
prol de servir, contribuir levando a esperança através deste estudo.
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Sobre a autora
Doutora em Psicanálise Clinica,
Psicopedagoga Clínica e Institucional,
Especialista em Atendimento
Educacional Especializado, Bacharel em
Administração de Empresas, com
certificação em Distúrbios de
Aprendizagem, Dislexia, TDAH, Inclusão, Saúde Emocional do Educador.
Escritora com livros publicados na Editora Baraúna e TereArt, Poetisa com
poesias publicadas na CBJE (Clube Brasileiro de Jovens Escritores),
Palestrante, Funcionária Pública, administradora do Blog
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Introdução
Cada pessoa é única, as formas na qual os problemas de aprendizagem se
manifestam está relacionada com a individualidade de quem aprende;
portanto, não existe a criança, por exemplo, hiperativa, existe a criança com
hiperatividade. A reação de cada pessoa diante dos diversos fatores que
intervêm na sua aprendizagem será diferente, por sua estrutura biológica, sua
questão emocional, seu meio sócio-cultural. Por isso é importante conhecer a
criança na sua totalidade, entender sua problemática específica, ajudá-la a
conhecer seus pontos fortes e fraquezas e buscar estratégias de suporte que
lhe permita ter sucesso na sua aprendizagem.
Os problemas de aprendizagem não desaparecem; no entanto, a criança pode
aprender a compensar suas dificuldades. Quanto mais cedo for realizada a
intervenção de suporte, a criança poderá aprender a conduzir melhor sua
dificuldade em aprender.
Existe uma multiplicidade de fatores que intervêm para o surgimento de um
baixo rendimento escolar como resultado do processo de aprendizagem.
Neste trabalho, mencionamos a existência de condições internas e externas
nesse processo. Entre as condições internas podemos mencionar os fatores
relacionados com os aspectos neurobiológicos ou orgânicos, ou seja, referem
ao Sistema Nervoso Central (SNC) e especificadamente ao cérebro, relaciona-
se com o que se aprende. Devem ser levados em consideração também os
aspectos psíquicos, que em muitos casos apresentam-se como causa
subjacente do baixo rendimento escolar. Aqui estaríamos citando “quem
aprende” Por último, entre as condições externas, devem ser considerados os
aspectos sociais que se referem ao “como se aprende” e ao “ambiente” no
qual se aprende. É importante entender que esses fatores interagem entre si.
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As alterações da aprendizagem podem ser devidas a uma diversidade de
fatores que intervêm na mesma, ou seja, a fatores neurobióticos, a afecções
emocionais ou a organizações pedagógicas afastadas da realidade
psicossocial daqueles que transitam por tal processo, portanto, a etiologia do
baixo rendimento escolar deve ser analisada a partir de diferentes vertentes.
Neste estudo, abordaremos o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) que é uma doença psíquica e têm como principais
manifestações a hiperatividade, desatenção, dificuldade de concentração por
longos períodos e dificuldade de manter a vigília. De acordo com o Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorder - DSM-IV, o transtorno é categorizado
em três grupos distintos: TDAH tipo combinado, TDAH tipo
predominantemente desatento e TDAH tipo predominantemente hiperativo. O
diagnóstico é de difícil identificação e só é possível quando o indivíduo inicia o
período escolar e apresenta os sintomas em pelo menos dois ambientes
distintos. (COUTINHO, G. et al, 2007). Direcionamos estas abordagens a pais,
professores, pessoas que apresentam os sintomas do TDAH, enfim, a todos os
profissionais da área de saúde mental ou afins que se interessam em auxiliar
estas pessoas que apresentam estes sintomas e que com paciência e
estratégias e tratamento adequado, com certeza, conseguem aprender.
Teremos pela frente uma luta árdua, muitas dúvidas ainda virão, porém as
esperanças precisam ser renovadas e todos devemos nos unir para mostrar
que com muito trabalho, dedicação, fé e principalmente amor, tudo é possível,
inclusive a boa convivência e aprendizagem de nossas crianças e
adolescentes, enfim, de todos que apresentam o Déficit de atenção ou TDAH.
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Histórico
As primeiras pesquisas sobre a hiperatividade e desatenção apareceram em
meados do século XIX, porém não provinham da literatura médica. A descrição
médica foi surgir pela primeira vez em 1902, feita por um pediatra. As
nomenclaturas atribuídas ao transtorno estão em constantes mudanças. O
termo “lesão cerebral mínima” surgiu em 1940 e em 1962 tornou-se “disfunção
cerebral mínima”, com a justificativa de que o transtorno era caracterizado por
uma disfunção relacionada ao sistema nervoso do que uma lesão. (ROHDE;
HALPERN, 2004).
Existem dois sistemas classificatórios das doenças usados na psiquiatria,
sendo eles, o CID - Classificação Internacional de Doenças e problemas
relacionados à saúde; e DSM- Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais. O CID-10 e DSM-IV são os mais recentes e possuem mais
semelhanças do que divergências em relação ao TDAH - Transtorno de Déficit
de Atenção/Hiperatividade. (ROHDE; HALPER, 2004).
O DSM-I não menciona especificamente o TDAH. Já na publicação do DSM-II
(1958), surgiram as primeiras características do transtorno descritas na época
e o uso de termos como: “hiperatividade, inquietação, distrabilidade e
diminuição da capacidade de manter atenção” (NETO, 2010, p.17). Em 1980,
nas publicações do DSM-III, devido a melhores definições dos critérios de
diagnóstico, há uma melhor caracterização do transtorno que passa a ser
chamado somente de “transtorno de déficit de atenção”, podendo ter dois
subtipos, sendo eles denominados “com hiperatividade” e “sem
hiperatividade”. Nessa publicação já aparecem lista de sintomas e idade para
início, que foi constatada como sendo antes dos sete anos. A publicação
seguinte foi em 1987, o DSM-III-R usa o termo “transtorno de déficit de
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10
atenção e hiperatividade” sem uma classificação por subtipos e sim por
gravidade. (NETO, 2010).
Com base no DSM, as últimas mudanças ocorreram posteriormente no DSM-
IV(1994) e DSM-IV-TR (2000), onde surge a expressão “transtorno de déficit de
atenção/ hiperatividade”, que é o TDAH atual, com o diagnóstico dado a partir
de uma lista de 18 sintomas, dentre os quais a desatenção preenche nove
destes sintomas, hiperatividade seis e impulsividade três. É necessário que
haja pelo menos seis sintomas em relação à desatenção ou seis sintomas em
relação à hiperatividade/ impulsividade para a sua confirmação. (ERBS, 2010).
Já a CID no seu contexto atual, se estruturou quando foi criada a Organização
Mundial da Saúde no ano 1948 e nessa época lançou sua 6ª edição.
Posteriormente em sua 7ª e 8ª edições, não há especificamente uma
referência ao TDAH, cita-se apenas de forma vaga os “distúrbios de
comportamento na infância”. Na 9ª edição em 1975, o que é conhecido com
Síndrome hipercinética da infância, recebe termos que a caracterizam como
tendo sintomas de pouca concentração, distraibilidade e uma presente
hiperatividade na infância, que se torna hipoatividade na adolescência.
Também são comuns comportamentos de impulsividade, alterações de humor
e agressividade. (NETO, 2010).
Em 1992, com a CID-10 vigora: Os transtornos hipercinéticos no âmbito dos
"transtornos comportamentais e emocionais com início na infância e na
adolescência são caracterizados por “falta de persistência nas atividades que
requerem envolvimento cognitivo, tendência para passar de uma atividade à
outra sem completar a primeira, associada à atividade excessiva,
desorganizada e desregulada” (NETO; 2010 p.18).
Segundo Neto (2010) é importante salientar que até a metade do século XX, o
TDAH era visto como um transtorno que se iniciava na infância tendendo a
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desaparecer na adolescência e sumir por completo na vida adulta. Porém,
desse período em diante, aparecem relatos de adultos que teriam
comportamentos semelhantes ao mesmo. Posteriormente, na década de 1970,
a literatura já indicava uma possível continuidade do TDAH na vida adulta.
Estudos com crianças surgiram indicando que o transtorno permanecia em
um número expressivo. Com a publicação do DSM-III, em 1980, fica clara a
possibilidade do TDAH permanecer no adulto e a partir daí as classificações
seguintes do DSM passaram a considerar essa probabilidade.
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Etiologia
A etiologia do TDAH é vista como um conjunto de interações de diversos
fatores ambientais e genéticos. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010).
Rohde e Halpern (2004) afirmam que mesmo se conhecendo as
características de desatenção, hiperatividade e impulsividade presentes no
TDAH, este por sua vez se manifesta de forma heterogênea.
Sobre os fatores ambientais, afirma-se que crianças vivendo em ambientes
que atuam de forma negativa em sua saúde emocional, seja porque são
tumultuados e existem conflitos entre a família ou porque os pais possuem
algum sofrimento mental, podem vir a desenvolver o transtorno. Existe uma
possível associação de certos fatores que geram problemas psicossociais,
tais como, baixa renda, família com muitos membros, pais criminosos e
mesmo a inserção em uma família adotiva, com o TDAH. (ROHDE; HALPERN,
2004).
A literatura também aponta que algumas complicações na gravidez ou no
parto podem vir a acarretar o transtorno. (ROHDE; HALPERN, 2004). Durante a
gravidez e logo após o nascimento, o bebê que apresenta características
como baixo peso ou tenha sido exposto a cigarro e/ou álcool ainda no período
gestacional, têm possibilidades de desenvolver o transtorno. Porém, esses
problemas não afetam igualmente todos os recém-nascidos nessas
condições, sendo então insuficientes para que se explique o aparecimento do
TDAH igualmente em todos os portadores. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES,
2010). Rohde e Halpern (2004) frisam que os estudos feitos nessa área, em
sua grande maioria, só comprovam que há uma associação desses fatores
com a causa, mas que não são suficientes para afirmar que eles próprios são
a causa.
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13
Sob um ponto de vista genético, há uma confirmação tida através de estudos
de que, entre irmãos e pais, há uma possibilidade cinco vezes maior de que o
transtorno se repita em relação ao restante da população. Mesmo com a
confirmação de que há uma contribuição genética para o desenvolvimento do
TDAH não existem evidencias de um gene responsável pelo transtorno. Isso se
explica devido a sua complexidade. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010).
Rohde e Halpern (2004), falam sobre um possível motivo: A contribuição
genética é substancial; assim como ocorre na maioria dos transtornos
psiquiátricos, acredita-se que vários genes de pequeno efeito sejam
responsáveis por uma vulnerabilidade (ou suscetibilidade) genética ao
transtorno, à qual somam-se diferentes agentes ambientais. (ROHDE;
HALPERN, 2004, p. 62).
Estudos realizados comprovaram que 57% das crianças com transtorno têm
pais que também o possuem, quando se trata de irmãos, o número é de 15%.
As pesquisas também levantaram que entre irmãos gêmeos monozigotos
(idênticos) há uma concordância de 51%, sendo que, para gêmeos dizigotos
(não idênticos) o número cai para 33%, tendo uma incidência maior do
transtorno com parentes de primeiro grau. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES,
2010).
Couto, Melo-Junior e Gomes (2010) pontuam que existem evidências de que o
TDAH é um distúrbio neurobiológico. Pesquisas consideram duas causas
possíveis: uma tem relação com um déficit funcional localizado no lobo frontal
(figura 1), sendo de forma mais precisa no córtex cerebral; outra está
relacionada a um déficit funcional de neurotransmissores específicos.
(COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010).
Os dados que relacionam o TDAH como tendo uma característica
neurobiológica são obtidos através de estudos da neuropsicologia e por
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recursos de neuroimagem. Pesquisas relacionam o TDAH com ações dos
neurotransmissores, sendo que os principais envolvidos são: dopamina e
noradrenalina. (ROHDE; HALPER, 2004).
Ilustração 1 - Lobo frontal
Este distúrbio pode apresentar tanto uma causa com um único sintoma,
quanto a soma de diversos fatores ao mesmo tempo. Desse modo, é
importante que haja um diagnóstico minucioso e compartilhado por um
conjunto de profissionais de diferentes áreas / especialidades. Mesmo com a
ação de vários fatores envolvidos, o TDAH é visto como fruto de uma etiologia
“neuro-genético-ambiental”. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010).
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15
O que é Déficit de atenção ou TDAH
Caracteriza-se principalmente, pela desatenção, pela agitação e pela
impulsividade. Crianças hiperativas também são capazes de aprender, porém,
encontram dificuldades no desempenho escolar devido ao impacto que os
sintomas deste transtorno causam.
Para elas, concentrar-se é algo difícil. Distraem-se com facilidade, não
lembram de suas obrigações, perdem e esquecem objetos com frequência,
têm dificuldades em seguir instruções e se organizarem, falam de maneira
excessiva a ponto de não serem capazes de esperar a sua vez, o que as leva a
responderem perguntas antes mesmo delas serem concluídas.
A hiperatividade caracteriza-se também por um descontrole motor bastante
acentuado, que faz com que as crianças tenham movimentos bruscos e
inadequados, mudanças de humor e instabilidade afetiva.
Cientificamente, este transtorno está ligado à produção de
neurotransmissores (substâncias produzidas no sistema nervoso central
responsáveis pela regulação do mesmo). Todos os seres humanos possuem
uma área no cérebro que desenvolve o equilíbrio entre a percepção, a
estimulação ambiental e a capacidade de resposta do cérebro a tudo isso. O
TDAH origina-se, quando ocorre uma deficiência nesse processo como, por
exemplo, na produção de substâncias como a dopamina, é gerada uma falta
de equilíbrio nesse sistema. Os sintomas da hiperatividade costumam
melhorar ou até mesmo desaparecer em grande parte das crianças quando
elas atingem a puberdade, embora, em alguns casos, possa continuar na
adolescência e na vida adulta. Existem algumas crianças que possuem maior
propensão a ter estes problemas conforme a carga hereditária, ou seja, filhos
de pais hiperativos, irmãos de pessoas hiperativas e os irmãos gêmeos.
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Segundo estudos, além da deficiência na produção de neurotransmissores, a
hiperatividade também pode ser causada por outros motivos como a
ansiedade, frustrações, depressões, e outros fatores.
Desta forma o Déficit de Atenção ou Hiperatividade (TDAH), afeta a criança no
seu meio social, escolar e familiar, prejudicando seu relacionamento com
colegas, professores, familiares devido à desatenção, hiperatividade e
impulsividade.
Detectando a Hiperatividade
 A criança tem dificuldade para manter-se parada ou sentada muito
tempo;
 Muito agitada, corre bastante ou sobe excessivamente nas coisas;
 Bastante Inquieta, mexendo com as mãos e/ou pés, ou se remexendo
na cadeira;
 Extremamente elétrica;
 Conversa excessivamente;
 Não consegue fazer atividades silenciosas;
 Responde imediatamente as perguntas antes mesmo de serem feitas
totalmente;
 Interrompe com frequência as conversas e atividades alheias;
 Bastante dificuldade em esperar sua vez em filas e brincadeiras;
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Para atestar que a criança tem TDAH deve-se fazer o diagnóstico, neste caso
os sintomas devem interferir de forma significativa na vida da criança através
de comportamento repetitivo em diferentes ambientes, por exemplo.
Tipos de Transtorno de Déficit de Atenção ou
Hiperatividade - TDAH
Tipo Combinado:
Apresenta simultaneamente as características dos tipos de TDAH desatento e
hiperativo-impulsivo.
Tipo predominantemente hiperativo:
 Apresenta inquietação – mexer as mãos e/ou pés quando sentado,
musculatura tensa, com dificuldade em ficar parado num lugar por
muito tempo. Costuma ser o "dono" do controle remoto.
 Faz várias coisas ao mesmo tempo, está sempre a mil por hora, em
busca de novidades, de estímulos fortes. Detesta o tédio.
 Consegue ler, assistir televisão e ouvir música ao mesmo tempo.
Muitas vezes é visto como imaturo insaciável.
 Pode falar comer, comprar,... Compulsivamente e/ou sobrecarregar-se
no trabalho. Muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes: são
os workaholics.
 Tendência ao vício: álcool, drogas, jogos, Internet e salas de bate papo.
 Interrompe a fala do(s) outro(s); sua impaciência faz com que responda
perguntas antes mesmo de serem concluídas.
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 Costuma ser prolixo ao falar, perde sua objetividade em mil detalhes,
sem perceber como se comunica. No entanto, não tem a menor
paciência em ouvir alguém como ele, sem dar-se conta que é igual.
 Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros
(nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes sente raiva e se recolhe.
 Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas,
telefonemas, atendimento em lojas, restaurantes..., quer tudo para
"ontem".
 Instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que
precise de motivo sério para isso. Os fatores podem ser externos ou
internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito.
 Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não
acompanham a velocidade da sua mente. Muitos quando estão em
grupo, falam sem parar sem se dar conta que outras pessoas gostariam
de emitir opiniões, fazer colocações e o que deveria ser um diálogo,
transforma-se num monólogo que só interessa a quem está falando.
 A comunicação costuma ser compulsiva, sem filtro para inibir
respostas inadequadas, o que pode provocar situações
constrangedoras e/ou ofensivas: fala ou faz e depois pensa.
 Tem um temperamento explosivo: não suporta críticas, provocações
e/ou rejeição. Rompe com certa facilidade relacionamentos de trabalho,
sociais e/ou afetivos.
 Pode mudar inesperadamente de planos, metas...
 Sexualidade instável: pode alternar períodos de grande impulsividade
sexual com outros de baixo desejo.
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 Hipersensibilidade: pode melindrar-se facilmente, tendo uma tendência
ao desespero, como se seu mundo fosse desmoronar-se a qualquer
instante, incapacitando-o muitas vezes de ver a realidade como ela
realmente é, e buscar soluções.
Tipo predominantemente desatento:
Esse último, o Tipo Desatento, só obteve reconhecimento científico em 1994,
com a publicação do DSM-IV, pois até então era exigida a presença de
sintomas de hiperatividade-impulsividade para se fazer o diagnóstico de
TDA/H.
As pessoas com essa forma clínica exibem seis ou mais dos sinais de
dificuldades de atenção, mencionados nos Critérios Diagnósticos do DSM-IV.
São marcas registradas dessas pessoas a constante falta de atenção e a
aparente falta de esforço. Mostram dificuldade de dar a partida, são lentas,
morosas, hipoativas, e tendem a adiar todas suas atividades.
Com frequência parecem estar sonhando acordadas, “no mundo da lua”, e não
é raro que ao serem chamadas pelo professor não têm ideia do que estava
sendo discutido.
Todavia, a maior parte dessas pessoas tem algumas atividades nas quais
conseguem sustentar a atenção e o esforço adequadamente, e em geral são
atividades novas ou aquelas pelas quais sentem grande interesse
(informática, esportes, pintura, desenho, música, etc.).
Se crianças, seu comportamento não é perturbador para pais e professores,
como o são as crianças com o tipo Combinado ou o tipo Hiperativo-impulsivo.
Mas nem por isso deixam de ter problemas de socialização, pois suas
características a predispõem para serem ignoradas pelos colegas, e ficarem
algo marginalizadas.
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20
Estudos mais recentes feitos na população geral demonstram que esse tipo
clínico é muito mais frequente do que se pensava inicialmente, e segundo
alguns autores seria até o tipo mais frequente de todos.
Ao contrário dos outros tipos, que desde os primeiro anos de vida já exibem
sinais evidentes do transtorno, no tipo Desatento os sinais podem só se tornar
salientes por volta dos 9 anos, e não é raro que só se notem prejuízos a partir
dos 11 anos de idade.
Os problemas costumam se acentuar na puberdade e à medida que as
exigências sobre a atenção se tornam mais complexas. Há casos em que as
dificuldades ficam evidentes apenas depois do ingresso na universidade.
Com o passar dos anos essas pessoas desenvolvem:
 O retraimento social, timidez, fobia social;
 Traços obsessivos de personalidade;
 Os sentimentos crônicos de incapacidade;
 A angústia, depressão;
 A auto-medicação (com tranquilizantes);
 O tabagismo e uso de álcool.
Exatamente por ser uma forma menos ruidosa e perturbadora do ambiente,
esse tipo Desatento com mais facilidade deixa de ser identificado e
encaminhado para tratamento.
Com facilidade os sintomas são erroneamente interpretados como:
 Apenas timidez;
 Dificuldade emocional;
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 Baixo nível intelectual;
 Simples falta de interesse ou motivação;
 Comportamento de oposição, teimosia.
Impõe-se uma avaliação cuidadosa nos casos suspeitos de TDA/H Tipo
Desatento, face à necessidade de se diferenciar esses casos de quadros
silenciosos de ansiedade e depressão, uma vez que essas condições também
são capazes de comprometer a atenção e o esforço.
A investigação criteriosa pretenderá ademais identificar a presença ou não de
transtornos de aprendizado.
Sintomas
O impacto do TDAH na sociedade é enorme, considerando seu alto custo
financeiro, o estresse nas famílias, o prejuízo nas atividades acadêmicas e
vocacionais, bem como efeitos negativos na autoestima das crianças e
adolescentes. Estudos têm demonstrado que crianças com essa síndrome
apresentam um risco aumentado de desenvolverem outras doenças
psiquiátricas na infância (pré-escola), adolescência e idade adulta.
(BARBOSA,1995).
Segundo Rohde (1998), a crítica dos elementos essenciais referentes aos
sintomas e às abordagens terapêuticas do TDAH é errônea e muitas vezes seu
estudo fundamenta-se em dados epidemiológicos e etiológicos relacionados
ao substrato neurobiológico e de evolução do transtorno e que podem ser
encontrados em diversas literaturas. Não obstante, o TDAH acomete cerca de
5% da população mundial, sendo 2,5 milhões de brasileiros. No Brasil existem
milhares de casos diagnosticados e muitas vezes os profissionais não
possuem habilidades e competências para diagnosticarem o transtorno,

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  • 2. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH 1º Módulo Maria do Socorro Bernardes Pereira www.ganhesempremais.com.br
  • 3. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 3 Índice Dedicatória .............................................................................................................4 Agradecimentos.....................................................................................................5 Sobre a autora........................................................................................................6 Introdução ..............................................................................................................7 Histórico .................................................................................................................9 Etiologia................................................................................................................12 O que é Déficit de atenção ou TDAH...................................................................15 Detectando a Hiperatividade...............................................................................16 Tipos de Transtorno de Déficit de Atenção ou Hiperatividade - TDAH..............17 Sintomas ..............................................................................................................21 Lista de sintomas do TDAH de acordo com o DSM-IV.......................................23 Diagnóstico ..........................................................................................................26 Multidisciplinaridade ...........................................................................................28 Atuação do Psicopedagogo(a) na escola...........................................................29 Dezoito formas para lidar com crianças ou adolescentes que tem TDAH .......31 Dicas para os pais lidarem com crianças que tem Transtorno do Déficit de Atenção /Hiperatividade......................................................................................35 Rotina de estudos para criança com Déficit de Atenção...................................38 Sistema de Pontos...............................................................................................39 Estratégias em sala de aula ................................................................................43 Exercícios lúdicos ................................................................................................45 Exercícios visuais ................................................................................................46 Atividades cinestésicas.......................................................................................48 Processamento da informação em crianças com Déficit de atenção ou TDAH ..............................................................................................................................55 O papel do professor............................................................................................58 Exercícios .............................................................................................................63 Considerações finais ...........................................................................................68 Referências ..........................................................................................................69
  • 4. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 4 Dedicatória A Deus, pela inspiração. A meus familiares pelo apoio, aos meus alunos, clientes, amigos, profissionais, pais, enfim, todos aqueles que se dedicam a arte de cuidar e ensinar com dedicação e amor.
  • 5. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 5 Agradecimentos Em primeiro lugar agradecemos a Deus que nos concedeu sabedoria e inspiração, a todos que direta e indiretamente contribuíram acreditando, apoiando este trabalho, a meus familiares pelas inúmeras vezes que estive ausente sempre pesquisando, escrevendo, trabalhando incessantemente em prol de servir, contribuir levando a esperança através deste estudo.
  • 6. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 6 Sobre a autora Doutora em Psicanálise Clinica, Psicopedagoga Clínica e Institucional, Especialista em Atendimento Educacional Especializado, Bacharel em Administração de Empresas, com certificação em Distúrbios de Aprendizagem, Dislexia, TDAH, Inclusão, Saúde Emocional do Educador. Escritora com livros publicados na Editora Baraúna e TereArt, Poetisa com poesias publicadas na CBJE (Clube Brasileiro de Jovens Escritores), Palestrante, Funcionária Pública, administradora do Blog www.ganhesempremais.com.br.
  • 7. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 7 Introdução Cada pessoa é única, as formas na qual os problemas de aprendizagem se manifestam está relacionada com a individualidade de quem aprende; portanto, não existe a criança, por exemplo, hiperativa, existe a criança com hiperatividade. A reação de cada pessoa diante dos diversos fatores que intervêm na sua aprendizagem será diferente, por sua estrutura biológica, sua questão emocional, seu meio sócio-cultural. Por isso é importante conhecer a criança na sua totalidade, entender sua problemática específica, ajudá-la a conhecer seus pontos fortes e fraquezas e buscar estratégias de suporte que lhe permita ter sucesso na sua aprendizagem. Os problemas de aprendizagem não desaparecem; no entanto, a criança pode aprender a compensar suas dificuldades. Quanto mais cedo for realizada a intervenção de suporte, a criança poderá aprender a conduzir melhor sua dificuldade em aprender. Existe uma multiplicidade de fatores que intervêm para o surgimento de um baixo rendimento escolar como resultado do processo de aprendizagem. Neste trabalho, mencionamos a existência de condições internas e externas nesse processo. Entre as condições internas podemos mencionar os fatores relacionados com os aspectos neurobiológicos ou orgânicos, ou seja, referem ao Sistema Nervoso Central (SNC) e especificadamente ao cérebro, relaciona- se com o que se aprende. Devem ser levados em consideração também os aspectos psíquicos, que em muitos casos apresentam-se como causa subjacente do baixo rendimento escolar. Aqui estaríamos citando “quem aprende” Por último, entre as condições externas, devem ser considerados os aspectos sociais que se referem ao “como se aprende” e ao “ambiente” no qual se aprende. É importante entender que esses fatores interagem entre si.
  • 8. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 8 As alterações da aprendizagem podem ser devidas a uma diversidade de fatores que intervêm na mesma, ou seja, a fatores neurobióticos, a afecções emocionais ou a organizações pedagógicas afastadas da realidade psicossocial daqueles que transitam por tal processo, portanto, a etiologia do baixo rendimento escolar deve ser analisada a partir de diferentes vertentes. Neste estudo, abordaremos o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) que é uma doença psíquica e têm como principais manifestações a hiperatividade, desatenção, dificuldade de concentração por longos períodos e dificuldade de manter a vigília. De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorder - DSM-IV, o transtorno é categorizado em três grupos distintos: TDAH tipo combinado, TDAH tipo predominantemente desatento e TDAH tipo predominantemente hiperativo. O diagnóstico é de difícil identificação e só é possível quando o indivíduo inicia o período escolar e apresenta os sintomas em pelo menos dois ambientes distintos. (COUTINHO, G. et al, 2007). Direcionamos estas abordagens a pais, professores, pessoas que apresentam os sintomas do TDAH, enfim, a todos os profissionais da área de saúde mental ou afins que se interessam em auxiliar estas pessoas que apresentam estes sintomas e que com paciência e estratégias e tratamento adequado, com certeza, conseguem aprender. Teremos pela frente uma luta árdua, muitas dúvidas ainda virão, porém as esperanças precisam ser renovadas e todos devemos nos unir para mostrar que com muito trabalho, dedicação, fé e principalmente amor, tudo é possível, inclusive a boa convivência e aprendizagem de nossas crianças e adolescentes, enfim, de todos que apresentam o Déficit de atenção ou TDAH.
  • 9. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 9 Histórico As primeiras pesquisas sobre a hiperatividade e desatenção apareceram em meados do século XIX, porém não provinham da literatura médica. A descrição médica foi surgir pela primeira vez em 1902, feita por um pediatra. As nomenclaturas atribuídas ao transtorno estão em constantes mudanças. O termo “lesão cerebral mínima” surgiu em 1940 e em 1962 tornou-se “disfunção cerebral mínima”, com a justificativa de que o transtorno era caracterizado por uma disfunção relacionada ao sistema nervoso do que uma lesão. (ROHDE; HALPERN, 2004). Existem dois sistemas classificatórios das doenças usados na psiquiatria, sendo eles, o CID - Classificação Internacional de Doenças e problemas relacionados à saúde; e DSM- Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. O CID-10 e DSM-IV são os mais recentes e possuem mais semelhanças do que divergências em relação ao TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. (ROHDE; HALPER, 2004). O DSM-I não menciona especificamente o TDAH. Já na publicação do DSM-II (1958), surgiram as primeiras características do transtorno descritas na época e o uso de termos como: “hiperatividade, inquietação, distrabilidade e diminuição da capacidade de manter atenção” (NETO, 2010, p.17). Em 1980, nas publicações do DSM-III, devido a melhores definições dos critérios de diagnóstico, há uma melhor caracterização do transtorno que passa a ser chamado somente de “transtorno de déficit de atenção”, podendo ter dois subtipos, sendo eles denominados “com hiperatividade” e “sem hiperatividade”. Nessa publicação já aparecem lista de sintomas e idade para início, que foi constatada como sendo antes dos sete anos. A publicação seguinte foi em 1987, o DSM-III-R usa o termo “transtorno de déficit de
  • 10. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 10 atenção e hiperatividade” sem uma classificação por subtipos e sim por gravidade. (NETO, 2010). Com base no DSM, as últimas mudanças ocorreram posteriormente no DSM- IV(1994) e DSM-IV-TR (2000), onde surge a expressão “transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade”, que é o TDAH atual, com o diagnóstico dado a partir de uma lista de 18 sintomas, dentre os quais a desatenção preenche nove destes sintomas, hiperatividade seis e impulsividade três. É necessário que haja pelo menos seis sintomas em relação à desatenção ou seis sintomas em relação à hiperatividade/ impulsividade para a sua confirmação. (ERBS, 2010). Já a CID no seu contexto atual, se estruturou quando foi criada a Organização Mundial da Saúde no ano 1948 e nessa época lançou sua 6ª edição. Posteriormente em sua 7ª e 8ª edições, não há especificamente uma referência ao TDAH, cita-se apenas de forma vaga os “distúrbios de comportamento na infância”. Na 9ª edição em 1975, o que é conhecido com Síndrome hipercinética da infância, recebe termos que a caracterizam como tendo sintomas de pouca concentração, distraibilidade e uma presente hiperatividade na infância, que se torna hipoatividade na adolescência. Também são comuns comportamentos de impulsividade, alterações de humor e agressividade. (NETO, 2010). Em 1992, com a CID-10 vigora: Os transtornos hipercinéticos no âmbito dos "transtornos comportamentais e emocionais com início na infância e na adolescência são caracterizados por “falta de persistência nas atividades que requerem envolvimento cognitivo, tendência para passar de uma atividade à outra sem completar a primeira, associada à atividade excessiva, desorganizada e desregulada” (NETO; 2010 p.18). Segundo Neto (2010) é importante salientar que até a metade do século XX, o TDAH era visto como um transtorno que se iniciava na infância tendendo a
  • 11. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 11 desaparecer na adolescência e sumir por completo na vida adulta. Porém, desse período em diante, aparecem relatos de adultos que teriam comportamentos semelhantes ao mesmo. Posteriormente, na década de 1970, a literatura já indicava uma possível continuidade do TDAH na vida adulta. Estudos com crianças surgiram indicando que o transtorno permanecia em um número expressivo. Com a publicação do DSM-III, em 1980, fica clara a possibilidade do TDAH permanecer no adulto e a partir daí as classificações seguintes do DSM passaram a considerar essa probabilidade.
  • 12. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 12 Etiologia A etiologia do TDAH é vista como um conjunto de interações de diversos fatores ambientais e genéticos. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010). Rohde e Halpern (2004) afirmam que mesmo se conhecendo as características de desatenção, hiperatividade e impulsividade presentes no TDAH, este por sua vez se manifesta de forma heterogênea. Sobre os fatores ambientais, afirma-se que crianças vivendo em ambientes que atuam de forma negativa em sua saúde emocional, seja porque são tumultuados e existem conflitos entre a família ou porque os pais possuem algum sofrimento mental, podem vir a desenvolver o transtorno. Existe uma possível associação de certos fatores que geram problemas psicossociais, tais como, baixa renda, família com muitos membros, pais criminosos e mesmo a inserção em uma família adotiva, com o TDAH. (ROHDE; HALPERN, 2004). A literatura também aponta que algumas complicações na gravidez ou no parto podem vir a acarretar o transtorno. (ROHDE; HALPERN, 2004). Durante a gravidez e logo após o nascimento, o bebê que apresenta características como baixo peso ou tenha sido exposto a cigarro e/ou álcool ainda no período gestacional, têm possibilidades de desenvolver o transtorno. Porém, esses problemas não afetam igualmente todos os recém-nascidos nessas condições, sendo então insuficientes para que se explique o aparecimento do TDAH igualmente em todos os portadores. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010). Rohde e Halpern (2004) frisam que os estudos feitos nessa área, em sua grande maioria, só comprovam que há uma associação desses fatores com a causa, mas que não são suficientes para afirmar que eles próprios são a causa.
  • 13. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 13 Sob um ponto de vista genético, há uma confirmação tida através de estudos de que, entre irmãos e pais, há uma possibilidade cinco vezes maior de que o transtorno se repita em relação ao restante da população. Mesmo com a confirmação de que há uma contribuição genética para o desenvolvimento do TDAH não existem evidencias de um gene responsável pelo transtorno. Isso se explica devido a sua complexidade. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010). Rohde e Halpern (2004), falam sobre um possível motivo: A contribuição genética é substancial; assim como ocorre na maioria dos transtornos psiquiátricos, acredita-se que vários genes de pequeno efeito sejam responsáveis por uma vulnerabilidade (ou suscetibilidade) genética ao transtorno, à qual somam-se diferentes agentes ambientais. (ROHDE; HALPERN, 2004, p. 62). Estudos realizados comprovaram que 57% das crianças com transtorno têm pais que também o possuem, quando se trata de irmãos, o número é de 15%. As pesquisas também levantaram que entre irmãos gêmeos monozigotos (idênticos) há uma concordância de 51%, sendo que, para gêmeos dizigotos (não idênticos) o número cai para 33%, tendo uma incidência maior do transtorno com parentes de primeiro grau. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010). Couto, Melo-Junior e Gomes (2010) pontuam que existem evidências de que o TDAH é um distúrbio neurobiológico. Pesquisas consideram duas causas possíveis: uma tem relação com um déficit funcional localizado no lobo frontal (figura 1), sendo de forma mais precisa no córtex cerebral; outra está relacionada a um déficit funcional de neurotransmissores específicos. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010). Os dados que relacionam o TDAH como tendo uma característica neurobiológica são obtidos através de estudos da neuropsicologia e por
  • 14. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 14 recursos de neuroimagem. Pesquisas relacionam o TDAH com ações dos neurotransmissores, sendo que os principais envolvidos são: dopamina e noradrenalina. (ROHDE; HALPER, 2004). Ilustração 1 - Lobo frontal Este distúrbio pode apresentar tanto uma causa com um único sintoma, quanto a soma de diversos fatores ao mesmo tempo. Desse modo, é importante que haja um diagnóstico minucioso e compartilhado por um conjunto de profissionais de diferentes áreas / especialidades. Mesmo com a ação de vários fatores envolvidos, o TDAH é visto como fruto de uma etiologia “neuro-genético-ambiental”. (COUTO; MELO-JUNIOR; GOMES, 2010).
  • 15. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 15 O que é Déficit de atenção ou TDAH Caracteriza-se principalmente, pela desatenção, pela agitação e pela impulsividade. Crianças hiperativas também são capazes de aprender, porém, encontram dificuldades no desempenho escolar devido ao impacto que os sintomas deste transtorno causam. Para elas, concentrar-se é algo difícil. Distraem-se com facilidade, não lembram de suas obrigações, perdem e esquecem objetos com frequência, têm dificuldades em seguir instruções e se organizarem, falam de maneira excessiva a ponto de não serem capazes de esperar a sua vez, o que as leva a responderem perguntas antes mesmo delas serem concluídas. A hiperatividade caracteriza-se também por um descontrole motor bastante acentuado, que faz com que as crianças tenham movimentos bruscos e inadequados, mudanças de humor e instabilidade afetiva. Cientificamente, este transtorno está ligado à produção de neurotransmissores (substâncias produzidas no sistema nervoso central responsáveis pela regulação do mesmo). Todos os seres humanos possuem uma área no cérebro que desenvolve o equilíbrio entre a percepção, a estimulação ambiental e a capacidade de resposta do cérebro a tudo isso. O TDAH origina-se, quando ocorre uma deficiência nesse processo como, por exemplo, na produção de substâncias como a dopamina, é gerada uma falta de equilíbrio nesse sistema. Os sintomas da hiperatividade costumam melhorar ou até mesmo desaparecer em grande parte das crianças quando elas atingem a puberdade, embora, em alguns casos, possa continuar na adolescência e na vida adulta. Existem algumas crianças que possuem maior propensão a ter estes problemas conforme a carga hereditária, ou seja, filhos de pais hiperativos, irmãos de pessoas hiperativas e os irmãos gêmeos.
  • 16. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 16 Segundo estudos, além da deficiência na produção de neurotransmissores, a hiperatividade também pode ser causada por outros motivos como a ansiedade, frustrações, depressões, e outros fatores. Desta forma o Déficit de Atenção ou Hiperatividade (TDAH), afeta a criança no seu meio social, escolar e familiar, prejudicando seu relacionamento com colegas, professores, familiares devido à desatenção, hiperatividade e impulsividade. Detectando a Hiperatividade  A criança tem dificuldade para manter-se parada ou sentada muito tempo;  Muito agitada, corre bastante ou sobe excessivamente nas coisas;  Bastante Inquieta, mexendo com as mãos e/ou pés, ou se remexendo na cadeira;  Extremamente elétrica;  Conversa excessivamente;  Não consegue fazer atividades silenciosas;  Responde imediatamente as perguntas antes mesmo de serem feitas totalmente;  Interrompe com frequência as conversas e atividades alheias;  Bastante dificuldade em esperar sua vez em filas e brincadeiras;
  • 17. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 17 Para atestar que a criança tem TDAH deve-se fazer o diagnóstico, neste caso os sintomas devem interferir de forma significativa na vida da criança através de comportamento repetitivo em diferentes ambientes, por exemplo. Tipos de Transtorno de Déficit de Atenção ou Hiperatividade - TDAH Tipo Combinado: Apresenta simultaneamente as características dos tipos de TDAH desatento e hiperativo-impulsivo. Tipo predominantemente hiperativo:  Apresenta inquietação – mexer as mãos e/ou pés quando sentado, musculatura tensa, com dificuldade em ficar parado num lugar por muito tempo. Costuma ser o "dono" do controle remoto.  Faz várias coisas ao mesmo tempo, está sempre a mil por hora, em busca de novidades, de estímulos fortes. Detesta o tédio.  Consegue ler, assistir televisão e ouvir música ao mesmo tempo. Muitas vezes é visto como imaturo insaciável.  Pode falar comer, comprar,... Compulsivamente e/ou sobrecarregar-se no trabalho. Muitos acabam estressados, ansiosos e impacientes: são os workaholics.  Tendência ao vício: álcool, drogas, jogos, Internet e salas de bate papo.  Interrompe a fala do(s) outro(s); sua impaciência faz com que responda perguntas antes mesmo de serem concluídas.
  • 18. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 18  Costuma ser prolixo ao falar, perde sua objetividade em mil detalhes, sem perceber como se comunica. No entanto, não tem a menor paciência em ouvir alguém como ele, sem dar-se conta que é igual.  Baixo nível de tolerância: não sabe lidar com frustrações, com erros (nem os seus, nem dos outros). Muitas vezes sente raiva e se recolhe.  Impaciência: não suporta esperar ou aguardar por algo: filas, telefonemas, atendimento em lojas, restaurantes..., quer tudo para "ontem".  Instabilidade de humor: ora está ótimo, ora está péssimo, sem que precise de motivo sério para isso. Os fatores podem ser externos ou internos, uma vez que costuma estar em eterno conflito.  Dificuldade em expressar-se: muitas vezes as palavras e a fala não acompanham a velocidade da sua mente. Muitos quando estão em grupo, falam sem parar sem se dar conta que outras pessoas gostariam de emitir opiniões, fazer colocações e o que deveria ser um diálogo, transforma-se num monólogo que só interessa a quem está falando.  A comunicação costuma ser compulsiva, sem filtro para inibir respostas inadequadas, o que pode provocar situações constrangedoras e/ou ofensivas: fala ou faz e depois pensa.  Tem um temperamento explosivo: não suporta críticas, provocações e/ou rejeição. Rompe com certa facilidade relacionamentos de trabalho, sociais e/ou afetivos.  Pode mudar inesperadamente de planos, metas...  Sexualidade instável: pode alternar períodos de grande impulsividade sexual com outros de baixo desejo.
  • 19. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 19  Hipersensibilidade: pode melindrar-se facilmente, tendo uma tendência ao desespero, como se seu mundo fosse desmoronar-se a qualquer instante, incapacitando-o muitas vezes de ver a realidade como ela realmente é, e buscar soluções. Tipo predominantemente desatento: Esse último, o Tipo Desatento, só obteve reconhecimento científico em 1994, com a publicação do DSM-IV, pois até então era exigida a presença de sintomas de hiperatividade-impulsividade para se fazer o diagnóstico de TDA/H. As pessoas com essa forma clínica exibem seis ou mais dos sinais de dificuldades de atenção, mencionados nos Critérios Diagnósticos do DSM-IV. São marcas registradas dessas pessoas a constante falta de atenção e a aparente falta de esforço. Mostram dificuldade de dar a partida, são lentas, morosas, hipoativas, e tendem a adiar todas suas atividades. Com frequência parecem estar sonhando acordadas, “no mundo da lua”, e não é raro que ao serem chamadas pelo professor não têm ideia do que estava sendo discutido. Todavia, a maior parte dessas pessoas tem algumas atividades nas quais conseguem sustentar a atenção e o esforço adequadamente, e em geral são atividades novas ou aquelas pelas quais sentem grande interesse (informática, esportes, pintura, desenho, música, etc.). Se crianças, seu comportamento não é perturbador para pais e professores, como o são as crianças com o tipo Combinado ou o tipo Hiperativo-impulsivo. Mas nem por isso deixam de ter problemas de socialização, pois suas características a predispõem para serem ignoradas pelos colegas, e ficarem algo marginalizadas.
  • 20. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 20 Estudos mais recentes feitos na população geral demonstram que esse tipo clínico é muito mais frequente do que se pensava inicialmente, e segundo alguns autores seria até o tipo mais frequente de todos. Ao contrário dos outros tipos, que desde os primeiro anos de vida já exibem sinais evidentes do transtorno, no tipo Desatento os sinais podem só se tornar salientes por volta dos 9 anos, e não é raro que só se notem prejuízos a partir dos 11 anos de idade. Os problemas costumam se acentuar na puberdade e à medida que as exigências sobre a atenção se tornam mais complexas. Há casos em que as dificuldades ficam evidentes apenas depois do ingresso na universidade. Com o passar dos anos essas pessoas desenvolvem:  O retraimento social, timidez, fobia social;  Traços obsessivos de personalidade;  Os sentimentos crônicos de incapacidade;  A angústia, depressão;  A auto-medicação (com tranquilizantes);  O tabagismo e uso de álcool. Exatamente por ser uma forma menos ruidosa e perturbadora do ambiente, esse tipo Desatento com mais facilidade deixa de ser identificado e encaminhado para tratamento. Com facilidade os sintomas são erroneamente interpretados como:  Apenas timidez;  Dificuldade emocional;
  • 21. DÉFICIT DE ATENÇÃO OU TDAH – 1º MÓDULO www.ganhesempremais.com.br 21  Baixo nível intelectual;  Simples falta de interesse ou motivação;  Comportamento de oposição, teimosia. Impõe-se uma avaliação cuidadosa nos casos suspeitos de TDA/H Tipo Desatento, face à necessidade de se diferenciar esses casos de quadros silenciosos de ansiedade e depressão, uma vez que essas condições também são capazes de comprometer a atenção e o esforço. A investigação criteriosa pretenderá ademais identificar a presença ou não de transtornos de aprendizado. Sintomas O impacto do TDAH na sociedade é enorme, considerando seu alto custo financeiro, o estresse nas famílias, o prejuízo nas atividades acadêmicas e vocacionais, bem como efeitos negativos na autoestima das crianças e adolescentes. Estudos têm demonstrado que crianças com essa síndrome apresentam um risco aumentado de desenvolverem outras doenças psiquiátricas na infância (pré-escola), adolescência e idade adulta. (BARBOSA,1995). Segundo Rohde (1998), a crítica dos elementos essenciais referentes aos sintomas e às abordagens terapêuticas do TDAH é errônea e muitas vezes seu estudo fundamenta-se em dados epidemiológicos e etiológicos relacionados ao substrato neurobiológico e de evolução do transtorno e que podem ser encontrados em diversas literaturas. Não obstante, o TDAH acomete cerca de 5% da população mundial, sendo 2,5 milhões de brasileiros. No Brasil existem milhares de casos diagnosticados e muitas vezes os profissionais não possuem habilidades e competências para diagnosticarem o transtorno,