TCC- NEUROPSICOPEDAGOGIA CLÍNICA -
Este trabalho escrevi com embasamentos teóricos e principalmente empíricos, pois já trabalhei com muitas crianças e adolescentes com este tipo de distúrbios, e percebi na prática o quanto a ludicidade é capaz de trazer contextos positivos na sua formação cognitiva em todos os sentidos. E elaborações mentais psicossociais realmente salutares para a sua vida, como melhorias palpáveis no seu convívio diário com todos a sua volta.
A LUDICIDADE COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS COM TDAH/TDA. de fato tem seu resultados concretos.
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
A ludicidade como processo de aprendizagem para crianças com TDAH
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FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
NEUROPSICOPEDAGOGIA CLÍNICA 760 HORAS
SIRLENE APARECIDA NOGUEIRA
“A LUDICIDADE COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS
COM TDAH/TDA.”
SÃO JOÃO DA BOA VISTA-SP
2021
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A LUDICIDADE COMO PROCESSO DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS
COM TDAH/TDA.
Declaro que sou autor (a) ¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos
autorais.
RESUMO- O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ainda é um dos grandes
desafios na atual conjuntura da Educação, visto que atrai a atenção e os olhares de todos os que
fazem parte do processo de escolarização e interação social, que muitas vezes rotulam a criança
como indisciplinada e, em muitos casos, pouco inteligente. Explorar esse tema é uma necessidade,
pois certamente será muito comum encontrarmos alunos com esse transtorno, e família e escolas
devem estar preparadas para lidar com tais peculiaridades. Pensando nisso, evidenciar a importância
do papel do professor na aprendizagem da criança com TDAH, tanto no seu desenvolvimento afetivo
como no cognitivo e motor, através de um olhar holístico e de práticas capazes de atrair a atenção e
estimular o desenvolvimento de habilidades, é primordial para promover uma aprendizagem
significativa. Para alcançar os objetivos, ou seja, as formações desses alunos são necessários o
conhecimento e a capacitação do professor em relação ao transtorno. Nesse sentido, o
aprofundamento quanto ao tema é o primeiro passo para entender o mundo da criança com TDAH.
Evidenciaremos a definição do conceito de hiperatividade apresentando um breve histórico do TDAH
no intuito de buscar práticas pedagógicas capazes de proporcionar o desenvolvimento global da
criança. Nesse contexto, concluímos que o lúdico se apresenta como ferramenta eficaz, pois é
inerente ao cotidiano infantil, devendo se fazer presente em diversos ambientes e situações de
aprendizagem, proporcionando, concomitantemente, aquisição e desenvolvimento de habilidades
necessárias ao processo de ensino-aprendizagem. Destacando-se que abordagem deste artigo foi
realizada através do “Método Qualitativo”.
PALAVRAS-CHAVE: TDAH. LUDICIDADE. APRENDIZAGEM.
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1. INTRODUÇÃO
Hiperatividade é um transtorno neurológico de alta prevalência em crianças,
diretamente relacionado ao descontrole de funções cerebrais pertinentes à atenção,
ao controle da impulsividade e às atividades físicas ou mentais.
Os primeiros estudos sobre esse transtorno surgiram no século XIX, e desde
então o TDAH vem sofrendo diversas alterações em sua nomenclatura; outrora, já
foi conhecido como lesão cerebral mínima; posteriormente, estudos apontaram que
não se tratava de uma lesão, sendo nomeada como disfunção cerebral mínima.
Atualmente, os sistemas classificatórios mais modernos utilizados em
psiquiatria, CID 10 (Código Internacional de Doenças) e o DSM IV (Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), apresentam mais semelhanças
que diferenças no estudo de suas características, embora utilizem nomenclaturas
atuais diferentes para a hiperatividade (Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade, no DSM IV, e Transtornos Hipercinéticos, no CID 10), também sendo
considerada como uma Perturbação Disruptiva do Comportamento e de Déficit de
Atenção, que incide na primeira e na segunda infância ou na adolescência. Segundo
o DSM IV-TR (2002, p. 87), existem três subtipos de TDAH, denominados como:
Perturbação de Hiperatividade com Déficit de Atenção tipo desatento; Perturbação
de Hiperatividade com Déficit de Atenção tipo misto; e Perturbação de
Hiperatividade com Déficit de Atenção tipo hiperativo/impulsivo.
Possuem sintomas comuns, entretanto diferenciam-se em virtude da
manifestação e intensidade de alguns sintomas, que podem até ocorrer
simultaneamente, sendo nomeados de acordo com as observações feitas em
pacientes em um período de, no mínimo, seis meses.
Ressaltamos que o TDAH tipo misto causa maior prejuízo no funcionamento
global e na vida da criança, visto que ele engloba sintomas combinados dos demais
subtipos, e o seu grau de intensidade e freqüência ficam evidentes nas oscilações
de comportamentos da criança ao longo de sua vida e em diversos ambientes do
seu cotidiano.
Os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção são permanentes e
involuntários na definição do comportamento de seu portador, não havendo, até o
presente momento, cura para o mesmo, mas um tratamento capaz de amenizar a
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manifestação dos sintomas que ocorre logo na infância e se prolonga nas demais
fases da vida.
Sendo que os bebês já demonstram alguns sintomas como: sono agitado,
agitação das mãos e dos pés, choro repentino, etc. Se partirmos do princípio de que
as crianças normalmente são agitadas e inquietas, seria muito difícil diagnosticar o
transtorno nessa fase, porém, quando se trata de criança com TDAH, a idéia de
agitação se multiplica, e o comportamento dessa criança também se torna excessivo
em relação ao das outras crianças.
Tanto crianças como adultos que sofrem com o TDAH têm dificuldades para
aprender regras de jogos e são extremamente impacientes quanto às atividades de
revezamento.
Portanto, o lúdico se apresenta como uma forma atrativa e prazerosa, capaz
de auxiliar crianças para que aprendam a lidar com regras, revezamentos, com o
grupo, etc. Profissionais da Medicina, Psicologia e da Educação que, direta e
indiretamente, estão envolvidos com o processo de ensino-aprendizagem usam uma
pesquisa científica bem concentrada em uma multiplicidade de aspectos, incluindo
causa, evolução, métodos de diagnose e processo de tratamento da TDAH.
Portanto, existe uma impossibilidade de se obter um diagnóstico preciso
sobre TDAH. É necessária uma série de observações e informações para que se
possa ter esse diagnóstico, com investigações familiares, na escola e em outros
convívios sociais. Tudo isso com o embasamento em questionários e entrevistas.
2. A HIPERATIVIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR
A hiperatividade na maioria das vezes se torna evidente no período escolar,
segundo o psiquiatra Ênio Roberto de Andrade (2000, p. 30), “quando é necessário
aumentar o nível de concentração para aprender”, em geral onde se observam os
primeiros sintomas é de onde geralmente surgem as primeiras queixas, visto que a
criança com a doença apresenta um comportamento discrepante do que se espera,
sendo, portanto, a observação no âmbito escolar quase sempre determinante para
se chegar ao diagnóstico de tal transtorno. No menino, o TDAH se manifesta de
forma mais agitada, deixando-o inquieto, já em meninas, de forma mais distraída,
levando-as a ficarem quietas e tímidas, mas, no aprendizado escolar, a dificuldade
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de ambos é a mesma, por isso envolver essas crianças em brincadeiras e jogos
educativos estimula a atenção e a concentração, o que as ajudará de forma
significativa.
A inclusão de crianças com TDAH na escola é importante,
independentemente de suas limitações e dificuldades de aprendizagem e de seu
comportamento hiperativo, mas antes é necessário sensibilizar os demais membros
que envolvem essa comunidade, explicando a importância das diferenças entre as
pessoas de maneira geral.
É importante também o professor ter um conhecimento sobre o transtorno, de
modo que possibilite e facilite a melhor integração desse aluno no convívio escolar.
Sendo importantíssimo um trabalho multidisciplinar envolvendo pais, médicos,
terapeutas e professores, com base em um planejamento flexível e baseado em
estratégia que possibilite uma aprendizagem significativa ao aluno com TDAH, o
princípio fundamental da educação inclusiva é o de que toda criança deve aprender
convivendo com as diferenças, pois não existe homogeneidade na educação.
Sendo assim, todos, independentemente de dificuldades, têm direitos iguais,
entretanto cabe ressalvar que, diante dessa perspectiva, é necessária uma
flexibilidade no currículo escolar e nas práticas pedagógicas, para que se assegure
uma educação de qualidade a todas as crianças. Evidencia-se a necessidade que o
professor conheça o que é hiperatividade e seus sintomas, para observar o
comportamento de seu aluno em várias atividades e situações e, em seguida,
comunicar à família e orientá-la a procurar um profissional especialista no caso para
um possível diagnóstico.
Quando diagnosticado o TDAH na criança, tanto a escola quanto os pais
devem se adaptar à nova realidade, mudando sua postura, estratégia de trabalho e
metodologia em benefício desse aluno, já que este nunca vai deixar de ser
desatento inquieto e impulsivo. Para isso, é necessário um trabalho multidisciplinar
envolvendo pais, médicos, terapeutas e professores, com base em um planejamento
flexível e baseado em estratégia que possibilite uma aprendizagem significativa ao
aluno com TDAH. A hiperatividade no contexto escolar é considerada um problema
que interfere no funcionamento global de uma sala de aula.
O que as demais crianças resolvem com uma simples advertência, o aluno
hiperativo não conseguirá realizar com o mesmo esmero e dedicação em virtude da
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falta de autorregulação, organização e da impulsividade, empecilhos que intervêm
constantemente, visto que oralmente se expressa não respeitando a vez dos demais
alunos; tendo as dificuldades em acatar regras de convivência, fatores que afetam
diretamente a aprendizagem.
Os alunos com TDAH podem manifestar apenas hiperatividade ou
desatenção e agitação extremas, podendo, em alguns casos, manifestar os dois.
Existem grandes mudanças a serem feitas na vida dessa criança para que possa ter
um desenvolvimento melhor, reestruturação do seu ambiente, adequação alimentar,
uma rotina diária capaz de atender às necessidades e trabalho de diversos aspectos
comportamentais. Faz-se extremamente necessário o planejamento de estratégias
que facilitem e adéqüe à conduta da criança de tal modo que a desatenção e a
impulsividade/hiperatividade possam intervir com menor freqüência e intensidade.
Estratégias inadequadas podem acarretar o agravamento dos sintomas desse
transtorno, já que essas crianças geralmente apresentam baixa autoestima,
sentimento de solidão e isolamento e, muitas vezes, não compreendem o que
acontece nem por que não conseguem controlar seus impulsos. Nesse sentido,
inserir essas crianças em situações de aprendizagem nas quais a ludicidade se faz
presente é um diferencial
2.1. A LUCICIDADE E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM TDAH
A criança com TDAH possui mais dificuldades de aprender por ser desatenta
inquieta e impulsiva. Isso acontece porque a criança hiperativa apresenta alterações
na região frontal cerebral, e essa região é responsável pela inibição do
comportamento do ser humano, fazendo com que a criança tenha grandes
dificuldades em se planejar e organizar. Analisando os problemas, buscamos
entender e discutir algumas situações que possam facilitar o desenvolvimento das
habilidades e da aprendizagem da criança hiperativa.
Ressaltando que não existe uma receita pronta para mudar o comportamento
de uma criança hiperativa na sala de aula. Na verdade, quem deve mudar a postura
é o professor e a escola, buscando condições que possibilitem o desenvolvimento e
a socialização desses alunos.
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As atividades lúdicas são muito utilizadas por educadores em sala de aula,
pois oportunizam, brincando, o desenvolvimento da criança, aguçando e
estimulando a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporcionando o
desenvolvimento da oralidade, do pensamento lógico, da concentração e da atenção
e trabalhando os aspectos relacionados à desatenção, inquietude e impulsividade.
Assim, a criança descobre, inventa e aprimora suas habilidades.
A ludicidade se apresenta como proposta pedagógica no processo de ensino
e aprendizagem, ajudando no desenvolvimento físico e psicológico, além de
proporcionar motivação para o aluno com TDAH, já que ele apresenta um grau de
baixa autoestima muito elevado.
Pensando nas dificuldades e nas limitações de uma criança hiperativa,
buscamos encontrar nas brincadeiras e nos jogos uma maneira de estimular e
ensinar essas crianças de forma satisfatória e prazerosa. O que uma criança com
TDAH não consegue aprender através de metodologias tradicionais conseguirá
facilmente através de atividades lúdicas diferenciadas, capazes de propiciar a ela a
construção do processo de ensino e aprendizagem.
Brincar é uma necessidade e um direito de todos. Quando uma criança está
brincando, desde que seja uma brincadeira direcionada e planejada, vai desenvolver
o intelecto, o equilíbrio emocional, a criatividade, a independência, a comunicação,
socialização e a coordenação motora.
Segundo Piaget (1998, p. 47), “O lúdico atua nas atividades intelectuais da
criança, o que se torna indispensável para a prática de um contexto educativo”.
Brincando, a criança adquire aprendizado e explora o mundo que a rodeia, e o
brincar voltado para a prática pedagógica com crianças com TDAH ultrapassa as
fronteiras da aprendizagem, uma vez que também contribui significativamente para o
tratamento de alguns sintomas que se manifestam no ambiente escolar, como a
desatenção e a impulsividade, e, quando está atrelado à atividade física, auxilia no
controle de energia, que essas crianças têm de modo demasiado.
Na perspectiva de Vygotsky (1984, p. 114), o brinquedo é um recurso que
promove experiências agradáveis à criança, desempenhando um papel de grande
importância para o seu desenvolvimento psicológico e cognitivo. Através de
atividades lúdicas, a criança se integra com o meio e com os membros que dele
fazem parte.
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Essa integração é necessária e satisfatória para o desenvolvimento
psicológico e cognitivo, visto que, geralmente, as crianças com TDAH sofrem
rejeição, em virtude da manifestação de alguns sintomas na sala de aula. Brincando,
a criança adquire aprendizado e explora o mundo que a rodeia possuem regras que
devem ser cumpridas para alcançar os objetivos almejados, no contexto que a
criança precisa ser desafiada para se sentir estimulada a querer buscar soluções
para o desafio proposto, cabe ressaltar que essa conjuntura é propícia para se
trabalhar possíveis dificuldades enfrentadas por crianças hiperativas que necessitam
de um estímulo diferenciado, capaz de atrair a atenção e atenuar a inquietude, que
interferem diretamente na sua aprendizagem além de desenvolver o elo e a
aceitação das regras de maneira natural, visto que o brincar proporciona mais que
diversão.
A ludicidade envolve diferentes tipos de comunicação, proporcionando o
desenvolvimento da oralidade e ao mesmo tempo o melhor entendimento e a
aceitação das regras, pois, como afirma Piaget, é necessário que o indivíduo
internalize conhecimentos para depois colocá-los em prática. O aluno com TDAH
necessita de um olhar que lhe permita o entendimento do que está à sua volta para
que possa se relacionar com os conteúdos que fazem parte da educação
sistematizada.
Cabe salientar que alguns fatores interferem na realização de atividades que
comumente crianças sem o transtorno poderiam resolver sem dificuldades,
validando, assim, a necessidade da busca de práticas que facilitem tal
aprendizagem e interação. A ludicidade se apresenta como possibilidade, uma vez
que, independentemente de dificuldades ou transtorno, qualquer criança traz
consigo a necessidade do brincar.
Frisando mais uma vez, que a partir dessa necessidade e da busca de
condições que facilitem a aprendizagem com a criança hiperativa, vale ressaltar que
a intervenção feita a partir de atividades lúdicas, fará com que ela aprenda
naturalmente, de maneira prazerosa, permitindo a estruturação e o desenvolvimento
de sua personalidade.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando-se que o “Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH)”, vem sendo estudado desde o início do século XX, na perspectiva de
compreender como se processa a conduta das pessoas que têm essa doença em
diferentes situações, lugares e idades, visto que tal perturbação tem seu ápice na
primeira infância, quando a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade se
manifestam com maior freqüência e, dependendo do subtipo, poderão apresentar
oscilações cognitivas, de humor e comportamento, podendo trazer grandes
frustrações na adolescência e na fase adulta em virtude da dificuldade de integração
e socialização.
Salientando-seque, a hiperatividade não é uma característica exclusiva do
TDAH, pois toda criança apresenta, em algum momento da vida, uma fase de
agitação extrema, que dependerá de sua rotina e vivência, ou seja, os fatores
psicossociais.
Faz-se ainda necessário salientar que a hiperatividade geralmente é
observada na idade escolar, quando se exige da criança um nível mais elevado de
concentração e atenção na realização das atividades propostas.
Em virtude das dificuldades apresentadas, ressaltamos que a ludicidade se
apresenta não apenas como uma prática pedagógica, mas como uma possibilidade
de “florescimento”, ou seja, favorecer as crianças que sofrem com esse transtorno, a
oportunidade de melhores condições de desenvolvimento, de maneira natural e
prazerosa, por fazer parte do universo infantil e possibilitar melhor integração
coletiva.
A ludicidade é uma vivência de plenitude, prazer e sentimento alcançada.
Essas, por sua vez, não se restringem unicamente aos jogos e brincadeiras, mas
qualquer atividade que proporcione momentos de prazer, integração, entre
outros. Sendo uma experiência impar na qual o indivíduo passa por uma ação de
conhecimento de si e do outro.
Ela implica em momentos de percepção, ressignificação, expressividade,
fantasia, imaginação, realidade. O importante para a atividade lúdica é o momento
vivido e a ação em si.
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Para utilizar a ludicidade, além do embasamento teórico, são fundamentais a
sensibilidade e uma postura interna afetiva, grandes aliadas no trabalho com
crianças hiperativas; todavia, devem ser planejados de acordo com a idade e o
ambiente, e os objetivos a serem alcançados deverão estar bem definidos.
O papel do educador é de extrema importância na aprendizagem de crianças
hiperativas, que devem ser estimuladas de maneira empírica a construir,
desconstruir, inventar e reinventar conceitos e conhecimentos que contribuirão para
a aprendizagem significativa.
Apesar de vivenciarmos uma prática inclusiva, ainda percebemos que falta
muito para que crianças com hiperatividade sejam integradas ao convívio social,
visto que, mesmo no meio escolar, ainda são rotuladas como indisciplinadas ou mal-
educadas e que o conhecimento dos seus sintomas e de como desenvolver
atividades que tenham maior eficácia diante das dificuldades ainda está aquém do
esperado.
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