1. FÉ E RAZÃO – MUNDO MEDIEVAL
Santo Agostinho – séc. IV
São Tomás de Aquino – séc. XIII
2. PATRÍSTICA e ESCOLÁSTICA
A RELAÇÃO ENTRE FÉ E RAZÃO
Questões fundamentais para a compreensão da Filosofia
Medieval
“A ciência sem a religião é manca, a religião sem a ciência é cega.”
3. •RAZÃO e FÉ → São verdades. Uma é racional
[humana] e a outra é revelação divina
[sobrenatural/espiritual] –
•são sinônimas; → Não se contradizem, apesar
de serem formas de conhecimentos diferentes;
→ Cada uma delas tem autonomia em seus
objetivos e áreas do saber
4. •A GRANDE QUESTÃO PARA OS PENSADORES
MEDIEVAIS: Problema principal → Conciliar FÉ
(pensamento cristão) e RAZÃO (pensamento grego)
•COMO ISTO SERIA POSSÍVEL? QUAIS MECANISMOS
UTILIZAR PARA TAL INTENTO? QUAIS SERIAM AS
FONTES FILOSÓFICAS QUE CONCORDARIAM COM A
FÉ CRISTÃ?
5. •Embora o cristianismo não seja uma filosofia, ele
afeta de forma profunda o pensamento
filosófico da época, uma vez que o filósofo
cristão se depara com o problema da sua
realidade diante da realidade de Deus.
6. •O que é necessário?
•Assim, é necessário a filosofia (razão) para
entender a realidade de Deus e do mundo, bem
como a fé (cristã) é necessária para
compreender a razão humana e seus atos.
7. •RAZAÕ E FÉ NÃO SÃO OPOSTAS
•Cristianismo → Homem e Universo foram
criados por Deus.
•Razão → sozinha não consegue resolver os
questionamentos sobre Deus, Universo e
homem.
•Fé → com ela, a razão é iluminada e
compreende os fenômenos da existência.
8.
9. Século I- VI
•Patrística → fornecer argumentos racionais para
a fé e as ideias cristãs e defender o cristianismo
contra o paganismo e as heresias.
Santo Agostinho – séc. IV
10. •Santo Agostinho Influenciado
•→ pelo maniqueísmo-é a ideia baseada numa doutrina
religiosa que afirma existir o dualismo entre dois princípios opostos,
normalmente o bem e o mal.
•→ pelo neoplatonismo- corrente de pensamento
filosófico com várias doutrinas e pensamentos diferentes, mas com
a centralidade de inspiração na filosofia platônica.
11. •Santo Agostinho → foi o primeiro pensador
cristão a estabelecer um diálogo entre fé e
razão. Tal relação estabelecida vai impulsionar
todo o pensamento medieval.
12. •Para Santo Agostinho → A razão não elimina a fé,
pelo contrário, ela a fortalece, ajudando a
compreender a verdade revelada. Disso resulta a
máxima agostiniana:
•“Credo ut intteligan, intteligo ut credam”
•“Crer para compreender, compreender para crer”
13. A RAZÃO
● Relaciona-se profundamente com a fé.
● A Filosofia é apenas um instrumento voltado
para a compreensão das verdades da fé
14. LIBERDADE
→ capacidade consciente que tem o espírito de
determinar por si a querer e preferir, acima de tudo, o
Bem absoluto.
→ alguns são iluminados pela graça de Deus. O Livre-
arbítrio
→ causa do pecado:
15. O LIVRE-ARBÍTRIO
→ pela perversão da vontade, o homem escolhe a privação do ser.
Escolhe o mal ao invés do bem.
→ esse quando só encontra redenção em Jesus Cristo, o mediador ente
Deus e os homens.
→ o homem precisa se livrar das paixões (pathos)
→ tudo aquilo que (co)move a alma.
Por fim, vale lembrar que, diferentemente do que veremos a seguir com São Tomás de Aquino, Santo Agostinho
opta muito mais pela fé do que pela rãzão. Por que ele pensa assim? Porque (A fé precede a razão) “Se não
credes não entendereis”. FÉ + RAZÃO FÉ > RAZÃO
16. Escolástica- século VIII/XI- XIV
• “O termo ´escolástica` significou inicialmente o
conjunto o saber, tal como era transmitido nas escolas
do tipo clerical. O escolástico era o mestre das ´Sete
Artes Liberais` ou chefe das escolas monásticas ou
catedrais. (...) Mais tarde se deu o mesmo nome aos
que escolarmente se dedicavam à Filosofia e à
Teologia.”
17. Principal expoente da Filosofia Escolástica
Referência da Idade Média
São Tomás de Aquino – séc. XIII
18. •→ Foi um profundo estudioso dos fundamentos da
filosofia de Aristóteles.
•→ Cristianizou Aristóteles
•→ Com o auxilio da filosofia aristotélica, Tomás de
Aquino buscava argumentos racionais capazes de
alicerçar as ideias do cristianismo
•Suma Teológica- Concilio de Trento
•Entender para crer- oposto a Sto Agostinho
19. O empenho de São Tomás de Aquino
● Promover a síntese do cristianismo com a visão aristotélica de
mundo.
● A Igreja passa a ter uma teologia [fundada na revelação] e uma
filosofia [baseada no exercício da razão humana] que se fundem numa
versão definitiva: Fé e Razão → com orientação comum rumo a Deus
• Ambas, com efeito, podem tratar do mesmo objeto: Deus, por
exemplo. Contudo, a filosofia utiliza as luzes da razão natural, ao
passo que a teologia se vale das luzes da razão divina manifestada na
revelação
20. As provas racionais da existência de Deus
PARA PROVAR:
• → utiliza-se de argumentos lógicos e ontológicos(investiga a natureza
da realidade e da existência) da filosofia de Aristóteles.
• → recorre ao conceito de “quatro causas” (c. eficiente, c. formal, c.
material e c. final) de Aristóteles.
• → a partir das “Cinco Vias” da existência de Deus.
21. CINCO PROVAS [CINCO VIAS] EXISTÊNCIA DE DEUS
• 1ª Via → argumento do movimento- Motor Imóvel- um move o outro- universo
sempre em movimento, não chega-se ao ad infinitum.
• 2ª Via → causa eficiente- todo efeito é uma causa, não existe efeito sem causa,
uma coisa, nunca alguma coisa é causa de si mesma( ligado à 1ª via) nunca
chegaremos a uma 1ª causa para todos os efeitos.
• 3ª Via → Necessário e contingente- tudo o que é um dia não foi, mas não surge
do nada, pois do nada, nada surge, deve, portanto, existir um primeiro ser.
• 4ª Via → argumento dos graus de existência (perfeição)- deve existir um grau
máximo de perfeição- Deus, mas e os outros seres? Mantem uma hierarquia: +
-, não existe perfeição absoluta.
• 5ª Via → argumento teológico-Finalidade: tudo segue seu padrão, desde o
menor ser até o mais complexo, temos um motivo para existir- Alguém
organizou tudo- DEUS.