18. •A megafauna, composta por grandes animais, como o gliptodonte
(tatu gigante) e a preguiça-gigante, era abundante.
19.
20. Cultura dos sambaquis
• Habitavam a faixa costeira do
litoral brasileiro que vai de Santa
Catarina ao Rio de Janeiro e Rio
Grande do Norte.
• Seus vestígios datam de 8 mil até
o início da era cristã.
• Viviam da pesca, coleta de
moluscos e crustáceos bem como
da caça de pequenas aves.
• Construíam grande montes de
areia, terra e conchas, os
sambaquis, alguns chegando a 35
m de altura.
• Esses montes artificiais serviam
para rituais de sepultamento. Imagem; Thigruner / Fotografia de um modelo de extratificação das
camadas de um sambaqui do litoral sul catarinense. / Public Domain.
(15)
21. As culturas pré-ceramistas
• Com o fim do auge da Era glacial, vários grupos de caçadores-
coletores se desenvolveram nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do
Brasil.
• As culturas pré-ceramistas, apesar de pouco conhecidas, deixaram
alguns vestígios em sítios a céu aberto e em abrigos sobre rochas.
• Das culturas pré-ceramistas as seguintes se destacam:
Itaparica Umbu Humaitá
22. Imagem: Thigruner / Foto aérea dos sambaquis Figueirinha II (1º plano) e Figueirinha I (2º plano). / Public Domain.
23. HISTÓRIA, 6º ANO
A “pré-história” do Brasil e do Nordeste
Culturas ceramistas
(A partir de 5.000 anos atrás)
A arqueologia brasileira assim classificou as principais
culturas ceramistas:
a) culturas meridionais: tradições Taquara e Itararé. Os
grupos pré-históricos procuraram o planalto meridional,
distantes dos rios mais importantes;
b) culturas do Brasil central e Nordeste: duas tradições
se destacam nessas regiões brasileiras: a Una e a Aratu.
As culturas ceramistas da tradição Una situaram-se
nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas, e
Goiás.
A tradição Aratu ocupou um vasto território: de São
Paulo a Mato Grosso e Goiás, e do litoral da Bahia ao Rio
Grande do Norte.
24. tradição Tupi-guarani
Os guaranis chegaram aos pampas
gaúchos por volta de 5 mil anos. Eram
bons ceramistas e não conheciam o metal.
Foram os primeiros povos agricultores no
Brasil e, aqui, plantaram o feijão, o milho,
o fumo, a erva-mate. Vieram para cá em
grande número e foram conquistando
outros índios, como os tapes, que foram
“guaranizados”.
tradição Vieira
Eram ceramistas e coletores de
alimentos. Habitavam os pampas, na
região centro-oeste e oeste, e surgiram há
dois mil anos.
(18)
25. • Os Guajajara são um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil.
Habitam mais de 10 Terras Indígenas na margem oriental da
Amazônia, todas situadas no Maranhão. Sua história de mais de 380
anos de contato foi marcada tanto por aproximações com os brancos
como por recusas totais, submissões, revoltas e grandes tragédias. A
revolta de 1901 contra os missionários capuchinhos teve como
resposta a última "guerra contra os índios" na história do Brasil.
26. • A língua guajajara pertence à família tupi-guarani, sendo as línguas
mais próximas o Asurini (do Tocantins), o Avá (Canoeiro), o Parakanã,
o Suruí (do Pará), o Tapirapé e o Tembé, que lhe é muito semelhante.
Todas as Terras Indígenas habitadas
pelos guajajara estão situadas no
centro do Maranhão, nas regiões dos
rios Pindaré, Grajaú, Mearim e
Zutiua. São cobertas pelas florestas
altas da Amazônia e por matas de
cerradão, mais baixas, sendo estas
matas de transição entre as florestas
amazônicas e os cerrados.
27. • Habitantes seculares das margens do rio Araguaia nos estados de Goiás,
Tocantins e Mato Grosso, os Karajá têm uma longa convivência com a
Sociedade Nacional, o que, no entanto, não os impediu de manter
costumes tradicionais do grupo como: a língua nativa, as bonecas de
cerâmica, as pescarias familiares, os rituais como a Festa de Aruanã e da
Casa Grande (Hetohoky), os enfeites plumários, a cestaria e artesanato em
madeira e as pinturas corporais, como os característicos dois círculos na
face. Ao mesmo tempo, buscam a convivência temporária nas cidades para
adquirir meios de reivindicar seus direitos territoriais, o acesso à saúde,
educação bilingüe, entre outros.
28. • Segundo o lingüista Aryon dall’Igna Rodrigues, a família Karajá,
pertencente ao tronco lingüístico Macro-Jê, se divide em três línguas:
Karajá, Javaé e Xambioá. Cada uma delas tem formas diferenciadas de
falar de acordo com o sexo do falante. Apesar destas diferenças,
todos se entendem. Em algumas aldeias, como em Xambioá (TO) e
em Aruanã (GO), devido ao processo do contato com a sociedade
nacional, o Português tem sido dominante.
Os Karajá têm o rio Araguaia como um eixo de referência mitológica e social.
O território do grupo é definido por uma extensa faixa do vale do rio
Araguaia, a ilha do Bananal, que é a maior ilha fluvial do mundo, medindo
cerca de dois milhões de hectares. Suas aldeias estão preferencialmente
próximas aos lagos e afluentes do rio Araguaia e do rio Javaés, assim como no
interior da ilha do Bananal. Cada aldeia estabelece um território
específico de pesca, caça e práticas rituais demarcando internamente
espaços culturais conhecidos por todo o grupo.