SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO 
CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL 
INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA 
Gráficos em escalas logarítmicas 
 Professor: Josué Gomes da Silva 
 Acadêmicos: 
 Denison Naino Moreira Gandra 
 Ednelson Oliveira Santos 
 Joaquim Araújo Costa Neto 
 Nelson Poerschke 
 Vitor Thawa Arruda Mateus 
 Wellington Kennedy Gomes da Silva
Introdução 
A apresentação de dados em uma escala 
logarítmica é útil quando os dados cobrem uma grande 
gama de valores – o logaritmo reduz a representação a 
uma escala mais fácil de ser visualizada e manejada. 
Na escala linear, duas graduações cuja diferença 
vale 10 estão a uma distância constante. 
Na escala logarítmica, duas graduações cuja 
razão vale 10 estão a distância constante.
Gráficos em escalas logarítmicas 
 Monologarítmicas 
- apresentam uma escala logarítmica e uma escala linear. 
 Dilogarítmicas. 
- apresentam duas escalas logarítmicas.
Se o gráfico dos valores tabelados em uma 
experiência for uma curva, a sua função pode não ser de fácil 
determinação. Algumas vezes, funções deste tipo podem ser 
determinadas pelo uso adequado dos papéis logarítmicos: 
papel mono-logarítmico (mono-log); e 
papel dilogarítmico (log-log). 
O papel monolog possui escala linear no eixo das 
abscissas e escala logarítmica no eixo das ordenadas. 
Já o papel log-log possui escala logarítmica nos dois 
eixos. 
O melhor papel a ser utilizado dependerá dos dados 
obtidos experimentalmente.
Numa escala linear (papel milimetrado), a distância entre 
os traços consecutivos representa sempre o mesmo intervalo da 
grandeza a ser representada. 
Numa escala logarítmica, isto não acontece. As distâncias 
entre os traços não são lineares, ou seja, o passo é variável. A 
escala logarítmica é constituída de DÉCADAS. 
Uma década é uma escala contida em um comprimento L, 
iniciando pelo número 10N e terminando no número 10N+1, sendo 
N um número inteiro negativo, nulo ou positivo. 
Entre estes números são colocados os algarismos inteiros 
de 2 a 9, representando os múltiplos de 10N.
No papel logaritmo, os pontos estarão 
representando os logaritmos dos números, 
portanto, para se construir o gráfico basta marcar 
diretamente os pontos correspondentes aos 
valores de x e y nos eixos logarítmicos. 
Então, com o uso do papel logarítmico 
não é necessário extrair os logaritmos dos 
valores de x e y.
Escalas Monologarítmicas 
 São usadas para evidenciar as comparações relativas 
entre dois ou mais fatos. 
 São denominadas monologarítmicas por apresentarem 
uma escala logarítmica e uma linear. 
 São também úteis para o estudo de funções 
exponenciais que se linearizam por uma transformação 
logarítmica.
Exemplo 1 
 Y = ABX (exponencial) 
 - aplicando logaritmo temos: 
Y = log A + X log B 
 - chamando: 
log Y de Y’ 
log A de A’ 
log B de B’ 
* - teremos: 
Y’=A’+B’X (reta)
Exemplo 2 
Deseja-se verificar a evolução relativa da 
produção de café entre o País X e o Estado Y que 
apresentaram os seguintes números:
Se utilizarmos uma escala linear ou aritmética, teremos o 
seguinte gráfico: 
Gráfico 1
Se utilizarmos uma escala logarítmica, teremos o 
seguinte gráfico: 
Gráfico 2
 A observação do Gráfico 1 dá a impressão que o 
crescimento da produção do País X foi muito maior que 
a do Estado Y quando na realidade a produção cresceu 
exatamente na mesma porcentagem. 
 Desta forma verifica-se que a escala linear não se presta 
para acompanhar a evolução de séries, sendo mais 
apropriada a escala monologarítmica. 
 Ao convertermos os dados para a escala 
monologarítmica, no gráfico 2, verifica-se que a 
fidelidade do gráfico com os dados da tabela.
Papel monologarítmico
 Conforme se pode observar no papel monologaritmo, o eixo 
das ordenadas está dividido em camadas logarítmicas. Elas 
são denominadas deck ou década. 
 Como a escala é logarítmica, os valores crescem de uma 
década para a outra em potências da base utilizada, 
normalmente a base 10. 
 Exemplo: 
1ª década – valores de 1 a 10 100 
2ª década – valores de 10 a 100 101 
3ª década – valores de 100 a 1000 102 
4ª década – valores de 1000 a 10000 103 
 O valor inicial da escala pode ser adequado às necessidades 
impostas pelos dados que se quer representar.
 Observe que no gráfico monologarítmico a escala do 
eixo das abscissas permanece linear. 
 Voltando ao exemplo da comparação relativa entre as 
produções do País X e do Estado Y, vimos que os dados 
foram representados em uma escala linear, no eixo das 
abscissas, e em uma escala logarítmica, no eixo das 
ordenadas. 
 Verificando aquele gráfico, nota-se que os segmentos de 
reta que unem os pontos são paralelos, confirmando o 
fato de crescerem a uma mesma razão.
Escalas Dilogarítmicas 
 Essas escalas têm uma aplicação mais restrita que 
as monologarítmicas, uma das quais é o teste 
gráfico, que é feito para saber se uma variável de 
nosso interesse obedece a uma função potência. 
 Isso pode ser feito, pois a escala dilogarítmica 
transforma as parábolas e hipérboles em retas.
Exemplo 1 
 Y = AXB (parábola) 
 - aplicando logaritmo temos: 
log Y = log A + B log X 
 - chamando: 
log Y de Y’ 
log A de A’ 
log X de X’ 
* - teremos: 
Y’=A’+BX’ (reta)
Exemplo 2 
 (hipérbole) 
 - aplicando logaritmo temos: 
log Y = log A - B log X 
 - chamando: 
log Y de Y’ 
log A de A’ 
log X de X’ 
* - teremos: 
Y’=A’-BX’ (reta)
Exemplo 3 
 Representando em uma escala dilogarítmica a seguinte 
função: X=f(Y) expressa por X=5Y2, para valores de Y 
compreendidos entre 0,1 e 1,3. 
 Realizando os cálculos chegamos à seguinte tabela: 
 A variável Y ocupará 2 décadas: 
1ª - de 0,1 a 1,0 
2ª - de 1,0 a 10 
 A variável X ocupará 3 décadas: 
1ª - de 0,01 a 0,1 
2ª - de 0,1 a 1,0 
3ª - de 1,0 a 10
Estatística, Gráficos em escalas logarítmicas
Estatística, Gráficos em escalas logarítmicas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gravimetria dos precipitados, Química analitica
Gravimetria dos precipitados, Química analiticaGravimetria dos precipitados, Química analitica
Gravimetria dos precipitados, Química analiticaEmanuel Fraca
 
Relatório 5 adsorção
Relatório 5   adsorçãoRelatório 5   adsorção
Relatório 5 adsorçãoAline Fonseca
 
Determinação de oxigênio dissolvido em água
Determinação de oxigênio dissolvido em águaDeterminação de oxigênio dissolvido em água
Determinação de oxigênio dissolvido em águaRahisa Scussel
 
Relatorio sobre calorimetria (3)
Relatorio sobre calorimetria (3)Relatorio sobre calorimetria (3)
Relatorio sobre calorimetria (3)Tuane Paixão
 
Concentração de soluções
Concentração de soluçõesConcentração de soluções
Concentração de soluçõeseufisica
 
Aula 07 diagramas de bode e nyquist
Aula 07   diagramas de bode e nyquistAula 07   diagramas de bode e nyquist
Aula 07 diagramas de bode e nyquistLuciano Freitas
 
Volume molar e densidade de um gás
Volume molar e densidade de um gásVolume molar e densidade de um gás
Volume molar e densidade de um gásPauloMaiaCampos
 
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetricaaifa230600
 
Relatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de PrecipitaçãoRelatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de PrecipitaçãoDhion Meyg Fernandes
 
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometriaRelatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometriaFernanda Borges de Souza
 

Mais procurados (20)

Hidrólise Ácida do Amido
Hidrólise Ácida do AmidoHidrólise Ácida do Amido
Hidrólise Ácida do Amido
 
PH e pOH
  PH  e pOH  PH  e pOH
PH e pOH
 
Gravimetria dos precipitados, Química analitica
Gravimetria dos precipitados, Química analiticaGravimetria dos precipitados, Química analitica
Gravimetria dos precipitados, Química analitica
 
Reação de esterificação
Reação de esterificaçãoReação de esterificação
Reação de esterificação
 
Teste de Chama
Teste de ChamaTeste de Chama
Teste de Chama
 
Relatório 5 adsorção
Relatório 5   adsorçãoRelatório 5   adsorção
Relatório 5 adsorção
 
Relatório 7
Relatório 7Relatório 7
Relatório 7
 
Determinação de oxigênio dissolvido em água
Determinação de oxigênio dissolvido em águaDeterminação de oxigênio dissolvido em água
Determinação de oxigênio dissolvido em água
 
Relatorio sobre calorimetria (3)
Relatorio sobre calorimetria (3)Relatorio sobre calorimetria (3)
Relatorio sobre calorimetria (3)
 
Velocidade das Reações Químicas
Velocidade das Reações QuímicasVelocidade das Reações Químicas
Velocidade das Reações Químicas
 
Concentração de soluções
Concentração de soluçõesConcentração de soluções
Concentração de soluções
 
Relatorio de adsorção1 (1)
Relatorio de adsorção1 (1)Relatorio de adsorção1 (1)
Relatorio de adsorção1 (1)
 
Aula 07 diagramas de bode e nyquist
Aula 07   diagramas de bode e nyquistAula 07   diagramas de bode e nyquist
Aula 07 diagramas de bode e nyquist
 
Volume molar e densidade de um gás
Volume molar e densidade de um gásVolume molar e densidade de um gás
Volume molar e densidade de um gás
 
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
 
Relatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de PrecipitaçãoRelatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de Precipitação
 
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometriaRelatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
 
Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Potenciometria
PotenciometriaPotenciometria
Potenciometria
 
fotometria de chama
fotometria de chamafotometria de chama
fotometria de chama
 

Destaque

Aula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Aula 6 - Funções Exponenciais e LogarítmicasAula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Aula 6 - Funções Exponenciais e LogarítmicasTurma1NC
 
O que é logaritmo matematica
O que é logaritmo matematicaO que é logaritmo matematica
O que é logaritmo matematicagustavo-516
 
Estatística, Medidas descritivas para as distribuições de frequência
Estatística, Medidas descritivas para as distribuições de frequênciaEstatística, Medidas descritivas para as distribuições de frequência
Estatística, Medidas descritivas para as distribuições de frequêncianelsonpoer
 
Estatística
EstatísticaEstatística
EstatísticaDayane RT
 
Análise granulométrica - Peneiramento
Análise granulométrica - PeneiramentoAnálise granulométrica - Peneiramento
Análise granulométrica - PeneiramentoGuilherme Rodrigues
 
Ensaio de limite de liquidez e plasticidade
Ensaio de limite de liquidez e plasticidadeEnsaio de limite de liquidez e plasticidade
Ensaio de limite de liquidez e plasticidadeEzequiel Borges
 
5 indicadores demográficos
5  indicadores demográficos5  indicadores demográficos
5 indicadores demográficosMayjö .
 

Destaque (10)

Apostila fisica graficos
Apostila fisica graficosApostila fisica graficos
Apostila fisica graficos
 
Aula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Aula 6 - Funções Exponenciais e LogarítmicasAula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
Aula 6 - Funções Exponenciais e Logarítmicas
 
O que é logaritmo matematica
O que é logaritmo matematicaO que é logaritmo matematica
O que é logaritmo matematica
 
Estatística, Medidas descritivas para as distribuições de frequência
Estatística, Medidas descritivas para as distribuições de frequênciaEstatística, Medidas descritivas para as distribuições de frequência
Estatística, Medidas descritivas para as distribuições de frequência
 
Estatística
EstatísticaEstatística
Estatística
 
Análise granulométrica - Peneiramento
Análise granulométrica - PeneiramentoAnálise granulométrica - Peneiramento
Análise granulométrica - Peneiramento
 
Ensaio de limite de liquidez e plasticidade
Ensaio de limite de liquidez e plasticidadeEnsaio de limite de liquidez e plasticidade
Ensaio de limite de liquidez e plasticidade
 
Ensaio de granulometria
Ensaio de granulometriaEnsaio de granulometria
Ensaio de granulometria
 
Gráficos
GráficosGráficos
Gráficos
 
5 indicadores demográficos
5  indicadores demográficos5  indicadores demográficos
5 indicadores demográficos
 

Semelhante a Estatística, Gráficos em escalas logarítmicas

Semelhante a Estatística, Gráficos em escalas logarítmicas (20)

Texto complementar nº 1 - Gráficos
Texto complementar nº 1 - GráficosTexto complementar nº 1 - Gráficos
Texto complementar nº 1 - Gráficos
 
AMD - Aula n.º 8 - regressão linear simples.pptx
AMD - Aula n.º 8 - regressão linear simples.pptxAMD - Aula n.º 8 - regressão linear simples.pptx
AMD - Aula n.º 8 - regressão linear simples.pptx
 
Distribuições bidimensionais animador sociocultural 1
Distribuições bidimensionais animador sociocultural 1Distribuições bidimensionais animador sociocultural 1
Distribuições bidimensionais animador sociocultural 1
 
Aula13-15.pdf
Aula13-15.pdfAula13-15.pdf
Aula13-15.pdf
 
AULA 3 - SLIDES - Escalas.pptx
AULA 3 - SLIDES - Escalas.pptxAULA 3 - SLIDES - Escalas.pptx
AULA 3 - SLIDES - Escalas.pptx
 
AULA 3 - Escalas.pptx
AULA 3 - Escalas.pptxAULA 3 - Escalas.pptx
AULA 3 - Escalas.pptx
 
Lab de fisica 3
Lab de fisica 3Lab de fisica 3
Lab de fisica 3
 
EstatíStica Aula 000
EstatíStica Aula 000EstatíStica Aula 000
EstatíStica Aula 000
 
002---ESTATISTICA--Pesquisa-estatistica-e-representacao-grafica_d55734eadaa84...
002---ESTATISTICA--Pesquisa-estatistica-e-representacao-grafica_d55734eadaa84...002---ESTATISTICA--Pesquisa-estatistica-e-representacao-grafica_d55734eadaa84...
002---ESTATISTICA--Pesquisa-estatistica-e-representacao-grafica_d55734eadaa84...
 
Unidade 5 - estastitica
Unidade 5 - estastiticaUnidade 5 - estastitica
Unidade 5 - estastitica
 
Mat78a
Mat78aMat78a
Mat78a
 
Trabalho2
Trabalho2Trabalho2
Trabalho2
 
Serie aula03 estatistica
Serie aula03 estatisticaSerie aula03 estatistica
Serie aula03 estatistica
 
Matemática Básica - Aula 7 - Escala.pptx
Matemática Básica - Aula 7 - Escala.pptxMatemática Básica - Aula 7 - Escala.pptx
Matemática Básica - Aula 7 - Escala.pptx
 
ESCALA CARTOGRÁFICA.pptx
ESCALA CARTOGRÁFICA.pptxESCALA CARTOGRÁFICA.pptx
ESCALA CARTOGRÁFICA.pptx
 
estatis
estatisestatis
estatis
 
Escalas cartográficas
Escalas cartográficasEscalas cartográficas
Escalas cartográficas
 
Aula19e20
Aula19e20Aula19e20
Aula19e20
 
Complexidade algoritmos
Complexidade algoritmosComplexidade algoritmos
Complexidade algoritmos
 
Aula 8
Aula   8Aula   8
Aula 8
 

Estatística, Gráficos em escalas logarítmicas

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA Gráficos em escalas logarítmicas  Professor: Josué Gomes da Silva  Acadêmicos:  Denison Naino Moreira Gandra  Ednelson Oliveira Santos  Joaquim Araújo Costa Neto  Nelson Poerschke  Vitor Thawa Arruda Mateus  Wellington Kennedy Gomes da Silva
  • 2. Introdução A apresentação de dados em uma escala logarítmica é útil quando os dados cobrem uma grande gama de valores – o logaritmo reduz a representação a uma escala mais fácil de ser visualizada e manejada. Na escala linear, duas graduações cuja diferença vale 10 estão a uma distância constante. Na escala logarítmica, duas graduações cuja razão vale 10 estão a distância constante.
  • 3. Gráficos em escalas logarítmicas  Monologarítmicas - apresentam uma escala logarítmica e uma escala linear.  Dilogarítmicas. - apresentam duas escalas logarítmicas.
  • 4. Se o gráfico dos valores tabelados em uma experiência for uma curva, a sua função pode não ser de fácil determinação. Algumas vezes, funções deste tipo podem ser determinadas pelo uso adequado dos papéis logarítmicos: papel mono-logarítmico (mono-log); e papel dilogarítmico (log-log). O papel monolog possui escala linear no eixo das abscissas e escala logarítmica no eixo das ordenadas. Já o papel log-log possui escala logarítmica nos dois eixos. O melhor papel a ser utilizado dependerá dos dados obtidos experimentalmente.
  • 5. Numa escala linear (papel milimetrado), a distância entre os traços consecutivos representa sempre o mesmo intervalo da grandeza a ser representada. Numa escala logarítmica, isto não acontece. As distâncias entre os traços não são lineares, ou seja, o passo é variável. A escala logarítmica é constituída de DÉCADAS. Uma década é uma escala contida em um comprimento L, iniciando pelo número 10N e terminando no número 10N+1, sendo N um número inteiro negativo, nulo ou positivo. Entre estes números são colocados os algarismos inteiros de 2 a 9, representando os múltiplos de 10N.
  • 6. No papel logaritmo, os pontos estarão representando os logaritmos dos números, portanto, para se construir o gráfico basta marcar diretamente os pontos correspondentes aos valores de x e y nos eixos logarítmicos. Então, com o uso do papel logarítmico não é necessário extrair os logaritmos dos valores de x e y.
  • 7. Escalas Monologarítmicas  São usadas para evidenciar as comparações relativas entre dois ou mais fatos.  São denominadas monologarítmicas por apresentarem uma escala logarítmica e uma linear.  São também úteis para o estudo de funções exponenciais que se linearizam por uma transformação logarítmica.
  • 8. Exemplo 1  Y = ABX (exponencial)  - aplicando logaritmo temos: Y = log A + X log B  - chamando: log Y de Y’ log A de A’ log B de B’ * - teremos: Y’=A’+B’X (reta)
  • 9. Exemplo 2 Deseja-se verificar a evolução relativa da produção de café entre o País X e o Estado Y que apresentaram os seguintes números:
  • 10. Se utilizarmos uma escala linear ou aritmética, teremos o seguinte gráfico: Gráfico 1
  • 11. Se utilizarmos uma escala logarítmica, teremos o seguinte gráfico: Gráfico 2
  • 12.  A observação do Gráfico 1 dá a impressão que o crescimento da produção do País X foi muito maior que a do Estado Y quando na realidade a produção cresceu exatamente na mesma porcentagem.  Desta forma verifica-se que a escala linear não se presta para acompanhar a evolução de séries, sendo mais apropriada a escala monologarítmica.  Ao convertermos os dados para a escala monologarítmica, no gráfico 2, verifica-se que a fidelidade do gráfico com os dados da tabela.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.  Conforme se pode observar no papel monologaritmo, o eixo das ordenadas está dividido em camadas logarítmicas. Elas são denominadas deck ou década.  Como a escala é logarítmica, os valores crescem de uma década para a outra em potências da base utilizada, normalmente a base 10.  Exemplo: 1ª década – valores de 1 a 10 100 2ª década – valores de 10 a 100 101 3ª década – valores de 100 a 1000 102 4ª década – valores de 1000 a 10000 103  O valor inicial da escala pode ser adequado às necessidades impostas pelos dados que se quer representar.
  • 18.  Observe que no gráfico monologarítmico a escala do eixo das abscissas permanece linear.  Voltando ao exemplo da comparação relativa entre as produções do País X e do Estado Y, vimos que os dados foram representados em uma escala linear, no eixo das abscissas, e em uma escala logarítmica, no eixo das ordenadas.  Verificando aquele gráfico, nota-se que os segmentos de reta que unem os pontos são paralelos, confirmando o fato de crescerem a uma mesma razão.
  • 19. Escalas Dilogarítmicas  Essas escalas têm uma aplicação mais restrita que as monologarítmicas, uma das quais é o teste gráfico, que é feito para saber se uma variável de nosso interesse obedece a uma função potência.  Isso pode ser feito, pois a escala dilogarítmica transforma as parábolas e hipérboles em retas.
  • 20. Exemplo 1  Y = AXB (parábola)  - aplicando logaritmo temos: log Y = log A + B log X  - chamando: log Y de Y’ log A de A’ log X de X’ * - teremos: Y’=A’+BX’ (reta)
  • 21. Exemplo 2  (hipérbole)  - aplicando logaritmo temos: log Y = log A - B log X  - chamando: log Y de Y’ log A de A’ log X de X’ * - teremos: Y’=A’-BX’ (reta)
  • 22. Exemplo 3  Representando em uma escala dilogarítmica a seguinte função: X=f(Y) expressa por X=5Y2, para valores de Y compreendidos entre 0,1 e 1,3.  Realizando os cálculos chegamos à seguinte tabela:  A variável Y ocupará 2 décadas: 1ª - de 0,1 a 1,0 2ª - de 1,0 a 10  A variável X ocupará 3 décadas: 1ª - de 0,01 a 0,1 2ª - de 0,1 a 1,0 3ª - de 1,0 a 10