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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
ALMOXARIFADO
ALMOXARIFADO
Versão 1
Ano 2012
Cleber Gomes Caldana
Docente IFPR – Campus Londrina (Coordenação de Informática)
Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores
© Copyright by 2012 - Editora IFPR
IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ
Reitor
Prof. Irineu Mario Colombo
Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação
Silvestre Labiak Junior
Organização
Marcos José Barros
Cristiane Ribeiro da Silva
Projeto Gráfico e Diagramação
Leonardo Bettinelli
Introdução
Este material didático tem como finalidade abordar conceitos teóricos e disponibilizar
atividades práticas para o curso de Almoxarife. O referido curso, segundo o Guia Pronatec
(2011), visa formar um profissional que: “Programa e controla o recebimento de materiais
mediante documentação fiscal do inventário físico. Armazena materiais, mantendo atualizados
os registros de localização no almoxarifado, de acordo com as normas e procedimentos
técnicos de qualidade, segurança, higiene e saúde”.
Anotações
Sumário
MUNDO DO TRABALHO....................................................................................................7
EMPREENDEDORISMO ..................................................................................................10
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO .......................................................................................14
O QUE É UM ALMOXARIFADO?......................................................................................18
MATERIAIS E SISTEMAS.................................................................................................25
MÉTODOS DE CONTROLE .............................................................................................32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS ....................................................................................40
Anotações
MUNDO DOTRABALHO
Ética
A Ética pode ser considerada uma área do conhecimento que trata do bom ou mau /
certo ou errado. Em relação a origem da palavra, a ética vem do grego "ethos", e tem seu
correlato no latim "morale", com o mesmo significado. "A ética é daquelas coisas que todo
mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. (VALLS,
1993, p7)
Rosas (2011) destaca que alguns autores diferenciam ética e moral de vários modos:
 Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas.
 Ética é permanente, moral é temporal.
 Ética é universal, moral é cultural.
 Ética é regra, moral é conduta da regra.
 Ética é teoria, moral é prática.
Atodo o momento nos deparamos com questões éticas como por exemplo:
 Direitos desiguais em função de religião, raça, sexo e 'direitos especiais e minorias.
 O aborto.
 Aexploração do próximo, (enriquecimento ilícito por meio de mal uso da política, prostituição,
guerras e embargos...).
 Aviolência (individual, social, institucional).
 Perpetuação da ignorância como instrumento de poder e manipulação.
 Amiséria.
E se faz necessário ter clareza que, conforme o conjunto de valores e crenças de cada
individuo, o mesmo assumira determinadas posturas frente aos exemplos apresentados
anteriormente.
Tais aspectos éticos também são apresentados no cotidiano das organizações, ou seja,
tem-se o conceito de Ética Empresarial, que de acordo com Moreira (2001)
É em essência, a determinação das pessoas que fazem parte de uma sociedade, empresa,
fundação ou associação de primarem pelas ações enraizadas nos valores de honestidade,
verdade e justiça, em quaisquer atividade nas quais representam essas sociedades: (compra,
venda, concorrência, relações trabalhistas, relações sociais diretas com a comunidade local,
7
relações sociais com a macro sociedade, relações com o governo, relações com os órgãos
financeiros,transparência, qualidade do produto oferecido, eficiência do serviço prestado,
respeito ao consumidor, etc. (MOREIRA, 2001, p. 5)
Assim, tem-se que a ética, busca compreender o núcleo da conduta humana, ela não é
relativa, no sentido de ser uma aqui e outra ali, ela é Objetiva e Universal, Transcede Às
Pessoas. VASQUEZ (1998)
Atividade 1 – Ética na vida pessoal
Discuta e reflita com os alunos a seguinte situação:
 Seu irmão sofre de diabetes.
 Em uma de suas crises, a insulina estava em falta nas farmácias, e ele corria risco de vida.
 Alegislação proíbe que se compre insulina de atravessadores.
O que você faria?
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Marketing Pessoal
As organizações estão cada vez mais na busca dos melhores colaboradores. Para
tanto só experiência profissional não basta, e necessário ser um profissional ético, que possua
boa capacidade de comunicação, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a
sua volta. Tais características fazem parte do perfil buscado pelas organizações para ser seus
futuros colaboradores.
Aspectos que merecem atenção especial:
 Acreditar na própria capacidade de realização e de superação de dificuldades.
 Estar pronto para as mudanças, pois elas sempre acontecerão.
 Possuir atitude positiva na resolução de problemas.
8
 Ter clareza dos objetivos que se quer atingir.
 Manter-se motivado.
 Ser gentil e atencioso com as pessoas, fazendo com que esta característica o diferencie dos
demais.
 Aapresentação pessoal e muito importante para o desenvolvimento profissional;
 Utilize-se de linguagem formal no ambiente das organizações.
Atividade 2 – Marketing Pessoal
Etapa 1: Cada aluno deverá Elaborar seu Currículo Vitae (ver modelo abaixo). Leve-os ao
laboratório de informática para que o mesmo possa elaborá-lo. Imprima.
Etapa 2: Faça uma simulação de entrevista de emprego com alguns alunos sorteados.Após as
entrevistas discuta os pontos positivos e negativos em sala.
Curriculum Vitae - Modelo
NOME
1 DADOS PESSOAIS
Nome:
Data de Nascimento:
Estado civil:
Endereço residencial:
Londrina/PR -Brasil - CEP:
Fone: (43) /
E-mail:
2 FORMAÇÃOACADÊMICA
1990 – Segundo Grau Completo.
Colégio Estadual XXXXX, Londrina, Paraná, Brasil.
3 FORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Microinformática - HTML. (Carga horária: 6h).
Microway, Brasil.
Matemática Financeira Com Uso da Hp 12c. (Carga horária: 15h).
SESC Londrina, Brasil.
9
4ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Empresa:
Período:
Enquadramento funcional:
Atividades Desenvolvidas:
5 IDIOMAS
Compreende: Espanhol (Razoavelmente), Inglês (Razoavelmente), Português (Bem).
Fala: Espanhol (Pouco), Inglês (Pouco), Português (Bem).
Lê: Espanhol (Razoavelmente), Inglês (Bem), Português (Bem).
Escreve: Espanhol (Pouco), Inglês (Pouco), Português (Bem).
7 DADOS COMPLEMENTARES
7.1 PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
II CongressoAnual deTecnologia da Informação (CATI – FGV/São Paulo). 2005.
EMPREENDEDORISMO
A definição de empreendedor evoluiu com o decorrer do tempo, á medida que a
estrutura econômica mundial mudava e tornava-se mais complexa. De acordo com Hisrich e
Peters (2004, p.26), o termo empreendedor vem do francês entrepreneur e seu sentido literal
inicial é “aquele que está entre” ou “intermediário”. De acordo com o autor, um dos primeiros
“intermediários” foi Marco Pólo que tentou estabelecer rota comercial com o oriente. Ele como
comerciante buscava financiamento com a pessoa que possuía bens e pagava uma quantia
pelo empréstimo e após a viagem dividia os lucros com o financiador.
Dornelas (2005) descreve que na idade média, o empreendedor era o individuo que
gerenciava grandes projetos, mas não corria muitos riscos, geralmente eram membros dos
governos. Um típico empreendedor desta fase é o clérigo que era encarregado de obras como
castelos e fortificações. O Autor afirma que no século XVII o empreendedor era a pessoas que
fazia algum acordo com o governo para desempenhar um serviço ou fornecer um produto, como
o valor do contrato era fixo, os lucros e prejuízos eram totalmente do empreendedor.
Cantillon apud Hisrich e Peters (2004,p.29) desenvolveu umas das primeiras teorias do
empreender pois observando que os comerciantes e outros proprietários “ compram a um preço
certo e vendem a um preço incerto, portanto operam com risco”, ou seja para ele o empreende-
dor é aquele que trabalha com e assume os riscos.
Já o termo empreendedorismo pode ser considerado algo relativamente novo, que tem
10
sido muito explorado neste século. Não há, porém, um consenso entre os autores sobre a
definição deste, uma vez que, segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2004, p. 30), “existem
empreendedores em todas as áreas” e, desta forma, cada um vê empreendedorismo sob seu
prisma.
Para Hisrich, Peters e Shepherd (2004),
empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço
necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e
recebendo as consequentes recompensas da satisfação e da independência financeira e
pessoal. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2004, p. 30)
Outro conceito complementar de empreendedorismo é apresentado por Dornelas
(2003, p.35), o qual afirma que o mesmo “significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação
atual e buscar, de forma incessante, novas oportunidades de negócio, tendo como foco a
inovação e a criação de valor.” Essa criação de valor ocorre pelos empreendedores, geralmen-
te, criarem algo novo, onde não havia nada antes; valor esse que é criado dentro das empresas
e do mercado. (MORRIS E KURATKO (2002) apud DORNELAS, 2004)
O Empreendedor: Conceito e Características
Dolabela (1999) afirma que duas correntes principais tendem a conter elementos
comuns a maioria das definições existentes. São as dos economistas que associaram o
empreendedor a inovação e a tolerância a riscos e os comportamentalistas que enfatizam
aspectos atitudinais como a criatividade e a intuição.
Dolabela (1999) define que o empreendedor é uma pessoa que compra uma empresa e
introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir
seja na forma de fazer propaganda dos seus produtos e/ou serviços, agregando novos valores.
Para Filion (1999) um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões,
além de ser uma pessoa criativa é marcada pela capacidade de planejar e alcançar metas,
mantendo a mente sempre atenta, dessa forma continua sempre a aprender a respeito de
novas oportunidades de negócio. Degen (1989) ressalta ser raro os traços de personalidade e
comportamento que impulsionam a concretização de novas idéias, no entanto afirma que as
pessoas que tem vontade de criar, realizar, se destacam independente da área de atuação
fazendo com que as coisas realmente aconteçam.
As características empreendedoras podem ser adquiridas e desenvolvidas. O empre-
endedor deve identificar as características que exigirá seu trabalho e se adequar a elas.
Dolabela (1999) ressalta que o empreendedor não é fruto de herança genética e por isso é
11
possível que as pessoas aprendam a ser empreendedora, não em um sistema tradicional, mas
sim em um sistema de aprendizagem específico e singular.
Características dos empreendedores
As mudanças pessoais no desenvolvimento do empreendedor devem ocorrer em
quatro esferas: Comportamental; Gerencial; Técnica; Cultural. Os empreendedores normal-
mente apresentam as seguintes características: Energia; Autoconfiança; Objetivos de longo
prazo; Tenacidade; Fixação de metas; Assumir riscos moderados; Atitude positiva diante do
fracasso; Utilização do feedback sobre o seu comportamento; Iniciativa; Saber buscar e utilizar
recursos; Não aceitar padrões impostos;Tolerância à ambiguidade e à incerteza.
De acordo com Dornelas (2001) o empreendedores possuem ainda habilidades:
Técnicas: saber escrever, capaz de ouvir as pessoas e captar informações, bom orador, saber
liderar e trabalhar em equipe. Ter experiência na área de atuação; Gerenciais:Administração de
marketing, finanças, produção, estratégia, tomada de decisão, negociação; Pessoais: discipli-
na, persistência, assumir riscos, inovador, orientado para mudanças,visionário.
Atividade 3 – Perfil Empreendedor
12
Atividade 4 – Capacidade de Pensar Diferente
Desenhe não mais que 4 linhas retas (sem tirar o lápis do papel) de modo que todos os
pontos sejam cruzados por pelo menos uma linha.
13
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Aempresa
É um agrupamento humano hierarquizado, que mobiliza meios humanos, materiais e
financeiros para extrair, transformar, transportar e distribuir produtos ou prestar serviços e que
atende a objetivos definidos por uma direção.
Figura 1 - Principais componentes das organizações
Fonte: Maximiano (1995).
Empresas Públicas, Privadas E Mistas
As empresas podem ser classificadas em:
Pública: é derivada de órgãos governamentais, podendo ser de ordem municipal, estadual ou
federal, seu capital é 100% público, sem a participação de capital privado.
Privada: Originada de uma Firma Individual ou de Sociedade, onde o capital social é particular.
Aempresa privada pode ser individual, denominada como empresários, ou sociedade, formada
por duas ou mais pessoas.
Mista: É a junção das Empresas Públicas e Empresas Privadas, neste caso, a Empresa Pública
detém a maior parte das Ações, assumindo os controles Administrativos, cabendo à Empresa
14
Privada os serviços de utilidade pública.
Organograma
Permite-nos conhecer a estrutura funcional da empresa. É uma representação gráfica
do setor e/ou departamento da empresa, com ele é possível identificar a relação de mando e
subordinação. (MAXIMIANO, 1995)
Figura 2 - Dois tipos de estrutura organizacional
Fonte: Maximiano (1995).
Fluxograma
É a representação gráfica que apresenta a sequência de um trabalho de forma
analítica, caracterizando as operações, os responsáveis e/ou unidades organizacionais
envolvidas no processo.(OLIVEIRA, 2002)
OAutor descreve que o Fluxograma objetiva:
 Padronizar a representação de métodos e procedimentos administrativos.
 Maior rapidez na descrição dos métodos.
 Facilitar a leitura e entendimento.
 Facilitar a identificação e localização dos aspectos mais importantes.
 Melhor grau de análise.
15
Figura 3 - Símbolos do Fluxograma
Fonte: Oliveira (2002).
Aseguir um exemplo de fluxograma do processo de requisição de material:
Figura 4 - Fluxograma
Fonte: Oliveira (2002).
16
Cronograma
O cronograma é uma ferramenta que serve para documentar e controlar o tempo que será
gasto na realização de um conjunto de atividades. Serve para monitorar o andamento das
atividades em relação ao tempo, para garantir que o projeto finalize numa data planejada.
(RODRIGUES, 2011)
Figura 5: Cronograma
Fonte: <http://www.silasmendess.blogspot.com>.
Atividade 5 –Aempresa
1. O que é uma empresa? Explique.
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2. Quais são os tipos de empresas existentes? Explique cada uma delas.
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3. Elabore um Organograma da unidade de ensino em que você estuda.
4. O que é Fluxograma e para que serve?
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1. Elabore o fluxograma da atividade de compras de uma empresa.
Obs: esta atividade pode ser desenvolvida no Laboratório de Informática de sua instituição.
2. Elabore o cronograma do churrasco de encerramento do curso deAlmoxarife.
Obs: esta atividade pode ser desenvolvida no Laboratório de Informática de sua instituição.
O QUE É UMALMOXARIFADO?
Para Pereira (2009) o almoxarifado e uma área destinada para guarda segura e
ordenada de materiais, com o objetivo de suprir todo e qualquer processo produtivo ou
operacional de uma organização. Podem ser: Matéria prima; Produto em Processo;
Suprimentos em geral. O autor destaca que na visão passada do controle de estoque,
acreditava-se que um bom gerenciamento era aquele em que o nível de material estocado era
maior do que a real necessidade, já em uma nova perspectiva tem-se que “Gerenciar estoques
significa ter um conhecimento amplo das necessidades da empresa, de modo a eliminar as
perdas por obsolescência, manuseio inadequado, por falta de estoques”. (PEREIRA, 2009)
18
Outro elemento importante é a definição de Estoque. O mesmo pode ser definido aqui
como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. O
Estoque deve suprir adequadamente a cadeia produtiva.
Tem-se que normalmente as operações das organizações mantém algum tipo de
estoque. Se você andar por qualquer operação produtiva, verá diversos tipos de materiais
armazenados.ATabela 1 da alguns exemplos para diversas operações.
Tabela 1 - Exemplo de estoques
Aprincipal diferença da Tabela 1 é o valor dos estoques que elas mantém. Em algumas,
o valor dos estoques e relativamente pequeno, comparado com os custos dos insumos totais da
operação. Os estoques existem pois há uma diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e
demanda. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demanda-
do, o item nunca seria estocado. Quando a taxa de fornecimento excede a taxa de demanda, o
estoque aumenta; quando a taxa de demanda excede a taxa de fornecimento o estoque diminui.
(RODRIGUES, 2011)
Figura 6: Da entrada à saída
19
Tipos de estoques
Os estoques podem ser classificados como de:
 Matéria-prima: Em fase de produção, ainda não foi industrializado.
 Produto semi-acabado: Durante a produção pode haver etapas que necessite de estoca-
gem.
 Produto acabado: Está à disposição do departamento de vendas à espera da comercializa-
ção.
 Materiais e Equipamentos: Artigos operacionais, como por exemplo, materiais de limpeza,
materiais de escritório, ferramentas, etc.
Atividade 6 –Almoxarifado
1. O que é almoxarifado?
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2. Qual a principal diferença entre almoxarifado e estoque?
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3. O que pode ocasionar um mal gerenciamento do estoque?
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4. Qual a diferença entre a “Visão do Passado” e a “Nova Visão” da gestão de materiais?
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5. Por que se formam os estoques?
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6. Cite 5 materiais que podem serem armazenados.
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7. Quais são os tipos de estoques existentes?
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OALMOXARIFE
De acordo com a JobDescritor (2011) pode ser assim descrito a missão do Almoxarife:
“Recepcionar os materiais entregues pelos fornecedores, conferindo as notas fiscais com os
pedidos, verificando quantidades, qualidade e especificações.”
Podem ser listadas as seguintes responsabilidades do mesmo:
 Organizar a estocagem dos materiais, de forma a preservar a sua integridade física e
21
condições de uso, de acordo com as características de cada material, bem como para
facilitar a sua localização e manuseio.
 Manter controles dos estoques, através de registros apropriados, anotando todas as
entradas e saídas, visando a facilitar a reposição e elaboração dos inventários.
 Solicitar reposição dos materiais, conforme necessário, de acordo com as normas de
manutenção de níveis mínimos de estoque.
 Elaborar inventário mensal, visando a comparação com os dados dos registros.
 Separar materiais para devolução, encaminhando a documentação para os procedimentos
necessários.
 Atender as solicitações dos usuários, fornecendo em tempo hábil os materiais e peças
solicitadas.
 Controlar os níveis de estoques, solicitando a compra dos materiais necessários para
reposição, conforme política ou procedimentos estabelecidos para cada item.
 Supervisionar a elaboração do inventário mensal, visando o ajuste de divergências com os
registros contábeis. JOBDESCRITOR (2011)
Os colaboradores que trabalham no Almoxarifado devem ser organizados e disciplina-
dos, já que o almoxarifado exigem muito mais do que o simples manuseio dos materiais.
Rotinas de trabalho
Pereira (2009) assim descreve as rotinas críticas de trabalho doAlmoxarifado:
Recebimento: sempre que o Almoxarife receber mercadorias deve-se atentar para algumas
inspeções.
Conferência do Pedido: de posse da Ordem de Compra o Almoxarife deve verificar se as
informações constantes da nota fiscal estão de acordo com o que foi pedido.Tais como:
 Preço.
 Quantidade.
 Condições pagamento.
Inspeção Visual: deve-se fazer uma inspeção observando quanto ao estado do material,
verificando se está em perfeito estado físico, se não sofreu nenhum dano no transporte,se a
embalagem não foi violada ou qualquer outro detalhe que venha danificar ou comprometer o
material recebido.
22
Conferência Quantitativa: é a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornece-
dor na Nota Fiscal corresponde efetivamente à recebida. A conferência por acusação também
conhecida como " contagem cega " é aquela no qual o conferente aponta a quantidade
recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor. A confrontação do recebido
versus faturado é efetuada a posteriori por meio do Regularizador que analisa as distorções e
providencia a recontagem.
Conferência Qualitativa: visa garantir a adequação do material ao fim a que se destina. A
análise de qualidade é efetuada pela inspeção técnica, por meio da confrontação das condições
contratadas na Autorização de Fornecimento com as consignadas na Nota Fiscal pelo
Fornecedor, visa garantir o recebimento adequado do material contratado pelo exame dos
seguintes itens:
 Características dimensionais.
 Características específicas.
 Restrições de especificação.
Guarda de materiais: Dependendo das características do material, a armazenagem pode dar-
se em função dos seguintes parâmetros:
 Fragilidade.
 Combustibilidade.
 Volatilização.
 Oxidação.
 Explosividade.
 Intoxicação.
 Radiação.
 Corrosão.
 Inflamabilidade.
 Volume.
 Peso.
Guarda de materiais: Armazenagem por tamanho - Esse critério permite bom aproveitamento
do espaço; Armazenamento por frequência: esse critério implica armazenar próximo da saída
do almoxarifado os materiais que tenham maior frequência de movimento; Armazenagem
especial, onde destacam-se:
23
 Os ambientes climatizados.
 Os produtos inflamáveis, que são armazenados sob rígidas normas de segurança.
 Os produtos perecíveis (método FIFO). (PEREIRA, 2009).
Atividade 7 – RotinasAlmoxarifado
1. Quais as características que uma pessoa necessita para ser um bom “Almoxarife”?
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2. O que é necessário verificar na nota fiscal ao recebe - lá?
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3. Em que consiste a “Inspeção Visual”?
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4. Explique o que é uma conferência quantitativa e qualitativa.
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5. Cite alguns parâmetros que são necessários analisar antes de armazenar?
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6. Faça um breve comentário sobre os tipos de armazenagens especiais.
MATERIAIS E SISTEMAS
Aseguir são apresentados alguns materiais e sistemas utilizados em almoxarifados.
Carga unitária
É constituída para facilitar o manuseamento, o armazenamento e o transporte,
consequentemente diminui assim o seu custo.
Figura 7 - Carga unitária
Fonte: <http://www.laercio.com.br>.
Palete
São estrados horizontais, com dimensões compatíveis com o meio mecânico utilizado
quando da sua movimentação, bem como seu uso para o transporte e armazenagem.
Observado que os paletes servem para materiais em caixas, latas e outras embalagens que
constituem a carga unitária.
Figura 8 - Paletes
25
Aprincipal vantagem do uso dos paletes é a unitização de cargas.
Paletização
A paletização é a forma de unitização mais conhecida e difundida nos dias de hoje.
Basicamente, consiste de uma plataforma, geralmente de madeira (mas que também pode ser
de metal, plástico, fibra ou outro material), disposta horizontalmente, no qual a carga pode ser
empilhada e estabilizada. Na maioria dos casos é projetado para ser movimentado mecanica-
mente, através de guindastes, empilhadeiras ou veículos de garfo.
Figura 9 - Paletização
Fonte: <http://www.sacoplast.ind.br>.
Container
Container é um equipamento normalmente feito de metal utilizado para armazenamen-
to e transporte de cargas,muito usado para transporte de cargas em navios e trens e até
caminhões. Como vantagens pode-se citar a flexibilidade, a segurança, grande quantidade de
armazenamento de materiais.
26
Figura 10 - Containers
Empilhadeira
É um equipamento que é utilizado para a movimentação de materiais, é composto por
um elevador e pode ser elétrico, a gás, entre outros.
Figura 11 - Empilhadeira
Fonte: http://www.empilhadeiraguia.com>.
Paleteira
É um carrinho manual hidráulico utilizado para a movimentação de paletes.
Figura 12 - Paleteira
Fonte: <http://www.galvoata.com.br>.
27
Pré-Lingada ou Pre-Sling
É uma rede especial resistente nomalmente feito com polièster ou material similar,
normalmente utilizada para a unitização de mercadorias ensacadas.
Figura 13 - Pré-lingada
Fonte: <http://www.portalmaritimo.com>.
Código de barras
É uma representação gráfica constituída em sua base por um código,através dele é
possível identificar o país de origem, a empresa responsável e o produto ali armazenado, como
podemos observar no exemplo abaixo.
Figura 14 - Código de barras
Fonte: <http://www.flashcard.inf.br>.
28
Scanner
O Scanner é um equipamento ótico que faz a leitura do código de barras através de um
feixe de laser.
Figura 15 - Scanner
Fonte: <http://www.ishopinfo.com.br>.
Identificação por rádio frequência ou RFID
RFID (Radio-Frequen-
cy Identification) é um sistema
em que consiste em uma
colococação de etiqueta
magnética, a qual permite tanto
o gestor da empresa tanto o
cliente rastrear o produto
através de sinais de rádio
durante todo o processo de
logística do mesmo. A seguir é
apresentado o esquema básico
do funcionamento do sistema.
Figura 16 - Sistema RFID
Fonte:
<http://www.araujonetworks.com.br>.
29
Atividade 8 – Materiais e Sistemas
1. Explique o que é carga unitária e quais suas vantagens?
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2. Para que serve um “palete”?
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3. Quais as vantagens da “Paletização”?
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4. O que é um container e quais as vantagens em utilizá-lo?
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5. Explique para que serve:
Empilhadeira:
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Paleteira:
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Pré-Lingada ou Pré-Sling:
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6. O que pode ser identificado através do código de barras?
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7. Para que serve o Scanner?
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8. Em que consiste o sistema de “RFID”? Explique.
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MÉTODOS DE CONTROLE
A seguir são apresentados alguns métodos de controle utilizados no Almoxarifado. O
controle pode ser considerado o cérebro do almoxarifado, ou seja trata-se da função mais
importante deste setor. Dentre as principais decisões do setor estão:
 Quanto pedir?
 Quando pedir?
 Quando manter em estoque de segurança?
 Onde armazenar?
O inadequado gerenciamento dos estoques da empresa pode acarretar:
 Altos custos de manutenção.
 Dificuldades na produção.
 Perda de vendas.
 Obsolecencia dos estoques.
 Alto custos de financeiro.
Para que isto não ocorra é necessário ter um controle de estoque, seja ele mecânico ou
informatizado. Pode-se citar como exemplo “Ficha de Controle de Estoque” abaixo que pode
auxiliar o controle do mesmo.
Tabela 2 - Ficha de Controle de Estoques
32
Slack et al. (1999) destaca que devem ser observados os seguintes parâmetros de
ressuprimentos:
 Consumo médio mensal.
 Estoque mínimo.
 Ponto de pedido.
 Tempo de reposição.
 Estoque máximo.
Consumo Médio Mensal: é a quantidade referente à média aritmética das retiradas mensais
de estoque.Afim de que haja um grau de confiabilidade razoável, esta média deverá ser obtida
pelo consumo dos últimos seis meses.
C1 + C2 + C3 + ... + Cn
n
Estoque Mínimo: é a quantidade mínima que uma mercadoria deverá ter em estoque para
determinar a hora do ressuprimento, de acordo com o seu giro e tempo de reposição.
Consumo médio(CMM) x Tempo Reposição(TR)
Ponto de Pedido: é o momento em que o pedido deve ser colocado junto ao fornecedor. E
representado pelo saldo do item em estoque, quantidade de reposição até a entrada de um
novo ressuprimento no almoxarifado; pode ser determinado pela seguinte fórmula:
PP = C x TR + E.Mn
Onde:
 PP= ponto de pedido.
 C = consumo médio mensal.
 TR =Tempo de Reposição.
 E.Mn = Estoque Mínimo.
Tempo de Reposição: Uma das informações básicas de que se necessita para calcular o
estoque mínimo é o tempo de reposição, isto é, o tempo gasto desde a verificação de que o
33
estoque precisa ser reposto até a chegada efetiva do material no almoxarifado da empresa.
Pode ser dividido em: Emissão do Pedido; Preparação do Pedido;Transporte.
Estoque máximo: é igual à soma do estoque mínimo mais o lote de compra.
E.Mx = E.Mn + Lote de Compra
Outras Rotinas
Entrega: alem de realizar a distribuição física dos materiais, a mesma deve controlar tal
procedimento através da Requisição de Materiais. Tal procedimento permite ao gestor levantar
os custos de cada departamento da organização.
Inventário: é uma forma de identificar as quantidades de produtos ou materiais disponíveis nas
dependências da empresa. Pode-se avaliar perdas em mercadorias que se tornam obsoletas, o
excesso de estoque, as prováveis faltas que ocasionarão parada de produção. Outra finalidade
'e a avaliação financeira e contábil.
Atividade 9 – Controle de Estoque
1. O que é necessário analisar para manter um bom controle do almoxarifado?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
2. Elabore uma ficha de controle de estoque de acordo com os dados passados pelo professor.
34
Explique:
a) Consumo médio mensal:
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________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
b) Estoque mínimo:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
c) Ponto de pedido:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
d)Tempo de reposição:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
e) Estoque máximo:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
35
4. Fique atento à tabela a seguir que relata o consumo de materiais da empresa QRT Ltda e
calcule o Consumo médio mensal de cada material:
5. Qual o estoque mínimo necessário para que não falte as peças à partir do momento do
pedido, considerando que o consumo médio mensal é de 750 peças e o tempo de reposição é
de 2 meses?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
6. Explique o que é o ponto de pedido?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________
7. O que é tempo de reposição?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
8. Calcule o Estoque Máximo considerando que o estoque mínimo é de 1.000 unidades e o lote
36
de compra é de 30.000 unidades.
9. Explique o que é Inventário.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
SistemaABC ou CurvaABC
Slack et al. (1999) destaca que qualquer estoque que contenha mais de um item, alguns
itens serão mais importantes para a organização do que outros. Em geral uma pequena
proporção dos itens totais contidos em estoque, vão representar uma grande proporção do
valor total em estoque. Este fenômeno e conhecido como lei de Pareto, algumas vezes
referenciada como a regra 80/20. É chamada assim porque tipicamente 80% do valor do
estoque de uma operação e responsável por somente 20% de todos os tipos de itens estoca-
dos.
A partir de tal regra o gestor pode focar seus esforços no controle de dos itens conside-
rados mais significativos. O gráfico a seguir exemplifica a CurvaABC.
37
Figura 17 - Gráfico ABC
Itens classe A: são aqueles 20% de itens de alto valor que representam cerca de 80% do valor
total do estoque.
Itens classe B: são aqueles de valor médio, usualmente os seguintes 30% dos itens que
representam cerca de 10% do valor total.
Itens classe C: são aqueles itens de baixo valor que, apesar de compreender cerca de 50% do
total de tipos de itens estocados, provavelmente somente representam cerca de 10% do valor
total de itens estocados.
Atividade 10 – CurvaABC
1. Explique em que consiste os gruposA, B e C da CurvaABC.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
2. Preencha o quadro a seguir com os dados que o professor passar e identifique quais deste
pertence aos gruposA, B e C no SistemaABC.
38
Auto avaliação
Ao término do treinamento faça uma reflexão e análise sobre seu aproveitamento deste
conteúdo e responda o questionário abaixo. A sua avaliação franca e honesta é muito
importante para que possíveis melhorias sejam feitas. Marque um “X” nas perguntas e ao
término destaque esta folha e entregue ao instrutor.
Aluno(a):_________________________________________________Data: ___/____/_____
39
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<http://www.sobreadministracao.com>.
42
Anotações
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
EMPREENDEDORISMO
EMPREENDEDORISMO
Érica Dias de Paula Santana e Ximena Novais de Morais
Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores
© Copyright by 2012 - Editora IFPR
IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ
Reitor
Prof. Irineu Mario Colombo
Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação
Silvestre Labiak Junior
Organização
Marcos José Barros
Cristiane Ribeiro da Silva
Projeto Gráfico e Diagramação
Leonardo Bettinelli
Introdução
Certamente você já ouviu falar sobre empreendedorismo, mas será que você sabe
exatamente o que significa essa palavra, será que você possui as características necessárias
para tornar-se um empreendedor? Esse material busca responder essas e outras perguntas a
respeito desse tema que pode fazer a diferença na sua vida!
No dia 29 de dezembro de 2008 foi promulgada a Lei nº 11.892 que cria a Rede Federal de
Ciência e Tecnologia. Uma das instituições que compõe essa rede é o Instituto Federal do
Paraná, criado a partir da escola técnica da Universidade Federal do Paraná. Você deve estar
se perguntando “O que isso tem a ver com o empreendedorismo?”, não é mesmo? Pois tem
uma relação intrínseca: uma das finalidades desses instituições federais de ensino é estimular o
empreendedorismo e o cooperativismo.
E como o IFPR vai estimular o empreendedorismo e o cooperativismo? Entendemos que a
promoção e o incentivo ao empreendedorismo deve ser tratado com dinamismo e versatilidade,
ou seja, esse é um trabalho que não pode estagnar nunca. Uma das nossas ações, por
exemplo, é a inserção da disciplina de empreendedorismo no currículo dos cursos técnicos
integrados e subsequentes, onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos básicos
sobre empreendedorismo e os primeiros passos necessários para dar início a um
empreendimento na área pessoal, social ou no mercado privado.
Neste material, que servirá como apoio para a disciplina de empreendedorismo e para
cursos ministrados pelo IFPR por programas federais foi desenvolvida de forma didática e
divertida. Aqui vamos acompanhar a vida da família Bonfim, uma família como qualquer outra
que já conhecemos! Apesar de ser composta por pessoas com características muito diversas
entre si, os membros dessa família possuem algo em comum: todos estão prestes a iniciar um
empreendimento diferente em suas vidas. Vamos acompanhar suas dúvidas, dificuldades e
anseios na estruturação de seus projetos e através deles buscaremos salientar questões
bastante comuns relacionadas ao tema de empreendedorismo.
As dúvidas desta família podem ser suas dúvidas também, temos certeza que você vai se
Anotações
identificar com algum integrante! Embarque nessa conosco, vamos conhecer um pouco mais
sobre a família Bonfim e sobre empreendedorismo, tema esse cada vez mais presente na vida
dos brasileiros!
Sumário
HISTÓRIADO EMPREENDEDORISMO..........................................................................................................7
TRAÇANDO O PERFILEMPREENDEDOR.....................................................................................................8
PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ...............................................................................12
ANÁLISE DE MERCADO ...............................................................................................................................14
PLANO DE MARKETING ...............................................................................................................................15
PLANO OPERACIONAL ................................................................................................................................17
PLANO FINANCEIRO....................................................................................................................................18
EMPREENDEDORISMO SOCIALOU COMUNITÁRIO .................................................................................21
INTRAEMPREENDEDORISMO ....................................................................................................................23
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................25
Anotações
HISTÓRIADO EMPREENDEDORISMO
Antes de apresentá-los a família Bonfim, vamos conhecer um pouco da história do
empreendedorismo?
Você deve conhecer uma pessoa extremamente determinada, que depois de enfrentar
muitas dificuldades conseguiu alcançar um objetivo. Quando estudamos a história do Brasil e
do mundo frequentemente nos deparamos com histórias de superação humana e tecnológica.
Pessoas empreendedoras sempre existiram, mas não eram definidas com esse termo.
Os primeiros registros da utilização da palavra empreendedor datam dos séculos XVII e
XVIII. O termo era utilizado para definir pessoas que tinham como característica a ousadia e a
capacidade de realizar movimentos financeiros com o propósito de estimular o crescimento
econômico por intermédio de atitudes criativas.
Joseph Schumpeter, um dos economistas mais importantes do século XX, define o
empreendedor como uma pessoas versátil, que possui as habilidades técnicas para produzir e
a capacidade de capitalizar ao reunir recursos financeiros, organizar operações internas e
realizar vendas.
É notável que o desenvolvimento econômico e social de uma país se dá através de
empreendedores. São os empreendedores os indivíduos capazes de identificar e criar oportuni-
dades e transformar ideias criativas em negócios lucrativos e soluções e projetos inovadores
para questões sociais e comunitárias.
O movimento empreendedor começou a ganhar força no Brasil durante a abertura de
mercado que transcorreu na década de 90. A importação de uma variedade cada vez maior de
produtos provocou uma significativa mudança na economia e as empresas brasileiras precisa-
ram se reestruturar para manterem-se competitivas. Com uma série de reformas do Estado, a
expansão das empresas brasileiras se acelerou, acarretando o surgimento de novos empreen-
dimentos e trazendo luz à questão da formação do empreendedor.íngua e linguagem e sua
importância na leitura e produção de textos do nosso cotidiano.
Perfil dos integrantes da família Bonfim
Felisberto Bonfim: O pai da família, tem 40 anos de idade. Trabalha há 20 anos na mesma
empresa, mas sempre teve vontade de investir em algo próprio.
Pedro Bonfim: O filho mais novo tem 15 anos e faz o curso de técnico em informática no IFPR.
Altamente integrado às novas tecnologias, não consegue imaginar uma vida desconectada.
Clara Bonfim: A primogênita da família tem 18 anos e desde os 14 trabalha em uma ONG de
7
Unidade 1
seu bairro que trabalha com crianças em risco social. Determinada, não acredita em projetos
impossíveis.
Serena Bonfim: Casada desde os 19 anos, dedicou seus últimos anos aos cuidados da casa e
da família. Hoje com 38 anos e com os filhos já crescidos, ela quer resgatar antigos sonhos que
ficaram adormecidos, como fazer uma faculdade.
Benvinda Bonfim:Avovó da família tem 60 anos de idade e é famosa por cozinhar muito bem e
por sua hospitalidade.
Todos moram juntos em uma cidade na região metropolitana de Curitiba.
TRAÇANDO O PERFILEMPREENDEDOR
Muitas pessoas acreditam que é
preciso nascer com características
específicas para ser um empreen-
dedor, mas isso não é verdade,
essas características podem ser
estimuladas e desenvolvidas.
O sr. Felisberto Bonfim é uma
pessoa dedicada ao trabalho e a
família e que embora esteja satis-
feito com a vida que leva nunca
deixou para trás o sonho de abrir o próprio negócio. Há 20 anos atuando em uma única empre-
sa, há quem considere não haver mais tempo para dar um novo rumo à vida. Ele não pensa
assim, ele acredita que é possível sim começar algo novo, ainda que tenha receio de não possu-
ir as características necessárias para empreender. Você concorda com ele, você acha que
ainda há tempo para ele começar?
Responda as questões abaixo. Elas servirão como um instrumento de autoanálise e a
partir das questões procure notar se você tem refletido sobre seus projetos de vida. Se sim, eles
estão bem delineados? O que você considera que está faltando para alcançar seus objetivos?
Preste atenção nas suas respostas e procure também identificar quais características pessoais
você possui que podem ser utilizadas para seu projeto empreendedor e quais delas podem ser
aprimoradas:
a) Como você se imagina daqui há 10 anos?
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8
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b) Em que condições você gostaria de estar daqui há 10 anos?
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c) Quais pontos fortes você acredita que tem?
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d) Quais pontos fortes seus amigos e familiares afirmam que você tem? Você concorda com
eles?
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e) Para você, quais seus pontos precisam ser melhor trabalhados
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f) Na sua opinião, você poderia fazer algo para melhorar ainda mais seus pontos fortes? Como?
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_______________________________________________________________________
9
g) Você acha que está tomando as atitudes necessárias para atingir seus objetivos?
_______________________________________________________________________
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h) O que você acha imprescindível para ter sucesso nos seus objetivos?
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_______________________________________________________________________
A ousadia é uma característica extremamente importante para quem pretende iniciar
um projeto empreendedor - é necessário estar disposto a correr riscos e buscar novas alternati-
vas, mesmo se outras pessoas disserem que não vai dar certo (o que provavelmente sempre
ocorrerá em algum momento da trajetória). Isso nos leva a uma outra característica muito
importante para um empreendedor, ele precisa ser positivo e confiante, ou seja, precisa acredi-
tar em si e não se deixar abalar pelos comentários negativos. Um empreendedor precisa ser
criativo e inovador, precisa estar antenado ao que está acontecendo no mundo e estar atento às
necessidades do mercado e da comunidade, precisa ser organizado e manter o foco dos seus
objetivos.
Você já ouviu falar do pipoqueiro Valdir? Valdir Novaki tem 41 e nasceu em São Mateus
do Sul-PR, é casado e tem 1 filho. Durante a adolescência trabalhou como boia fria. Mora em
Curitiba desde 98 e durante muito tempo trabalhou com atendimento ao público em lanchonete
e bancas de jornal. Parece uma história corriqueira, mas o que Valdir tem de tão especial? Valdir
conquistou a oportunidade de vender pipoca em carrinho no centro da cidade de Curitiba, mas
decidiu que não seria um pipoqueiro qualquer, queria ser o melhor. Em seu carrinho ele mantem
uma série de atitudes que o diferenciam dos demais. Além de ser é extremamente cuidadoso
com a higiene do carrinho, Valdir preocupa-se com a higiene do cliente também, oferecendo
álcool gel 70% para que o cliente higienize suas mão antes de comer a pipoca e junto com a
pipoca entrega um kit higiene contendo um palito de dentes, uma bala e um guardanapo. Ele
também possui um cartão fidelidade, onde o cliente depois de comprar cinco pipocas no carri-
nho ganha outro de graça. Pequenas atitudes destacaram esse pipoqueiro e hoje, além de
possuir uma clientela fiel, faz uma série de palestras por todo o país, sendo reconhecido como
um empreendedor de sucesso. A simpatia com que atende a seus clientes faz toda a diferença,
as pessoas gostam de receber um tratamento especial.
10
Conheça mais sobre o pipoqueiro Valdir em:
<http://www.youtube.com/watch?v=vsAJHv11GLc>.
Há quem julgue que o papel que ocupam profissionalmente é muito insignificante, mas
não é verdade, basta criatividade e vontade de fazer o melhor. Toda atividade tem sua importân-
cia! Falando em criatividade, vamos estimulá-la um pouco?
1)Já pensou em procurar novas utilidades para os objetos do dia a dia? Como assim? Pense
em algum material que você utiliza em seu trabalho ou em casa e em como você poderia
utilizá-lo para outra finalidade diferente da sua original. Lembre-se que nem sempre dispo-
mos de todos os instrumentos necessários para realizar uma determinada atividade. Nesses
momentos precisamos fazer da criatividade nossa maior aliada para realizar as adaptações
necessárias para alcançar o êxito em nossas ações!
2)Agora vamos fazer ao contrário, pense em uma atividade do seu dia que você não gosta ou
tem dificuldade de fazer. Pensou? Então imagine uma alternativa para torná-la fácil e rápida,
pode ser mesmo uma nova invenção!
E aí? Viu como a imaginação pode ser estimulada? Habitue-se a fazer as mesmas
coisas de formas diferentes: fazer novos caminhos para chegar ao mesmo lugar, conversar com
pessoas diferentes e dar um novo tom a sua rotina são formas de estimular o cérebro a encon-
trar soluções criativas. Como vimos, a inovação e a criatividade é extremamente importante
para um empreendedor, por isso nunca deixe de estimular seu cérebro! Leia bastante, faça
pesquisas na área que você pretende investir e procure enxergar o mundo ao redor com um
olhar diferenciado!
Refletindo muito sobre a possibilidade de abrir seu próprio negócio, o pai da família
procurou em primeiro lugar realizar uma autoanálise. Consciente de seus pontos fortes e fracos,
ele agora se sente mais seguro para dar o próximo passo: planeja. Antes de tomar alguma
decisão importante em sua vida, siga o exemplo do sr. Felisberto!
11
PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES
Planejar é palavra de ordem em
todos os aspectos de nossa vida,
você concorda? Quando quere-
mos fazer uma viagem, comprar
uma casa ou um carro, se não
realizarmos um planejamento
adequado certamente corremos o
risco de perder tempo e dinheiro
ou, ainda pior, sequer poderemos
alcançar nosso objetivo.
Para começar um empreendimento não é diferente, é necessário definir claramente
nossos objetivos e traçar os passos necessários para alcançá-los. Para operacionalizar a etapa
de planejamento, o Plano de Negócios é uma ferramenta obrigatória.
O plano de negócios caracteriza-se como uma ferramenta empresarial que objetiva
averiguar a viabilidade de implantação de uma nova empresa. Depois de pronto, o empreende-
dor será capaz de dimensionar a viabilidade ou não do investimento. O plano de negócios é
instrumento fundamental para quem tem intenção de começar um novo empreendimento, é ele
que vai conter todas as informações importantes relativas a todos os aspectos do empreendi-
mento.
Vamos acompanhar mais detalhadamente os fatores que compõem um Plano de
Negócios.
Elaboração de um Plano de Negócio
1. Sumário executivo
É um resumo contendo os pontos mais importantes do Plano de Negócio, não deve ser
extenso e muito embora apareça como primeiro item do Plano ele deve ser escrito por último.
Nele você deve colocar informações como:
Definição do negócio
O que é o negócio, seus principais produtos e serviços, público-alvo, previsão de
faturamento, localização da empresa e outros aspectos que achar importante para garantir a
12
viabilidade do negócio.
Dados do empreendedor e do empreendimento
Aqui você deve colocar seus dados pessoais e de sua empresa tal como nome, endere-
ço, contatos. Também deverá constar sua experiência profissional e suas características
pessoais, permitindo que quem leia seu Plano de Negócios, como um gerente de banco para o
qual você pediu empréstimo, por exemplo, possa avaliar se você terá condições de encaminhar
seu negócio de maneira eficiente.
Missão da empresa
A missão deve ser definida em uma ou no máximo duas frases e deve definir o papel
desempenhado pela sua empresa.
Setor em que a empresa atuará
Você deverá definir em qual setor de produção sua empresa atuará: indústria, comér-
cio, prestação de serviços, agroindústria etc..
Forma Jurídica
Você deve explicitar a forma como sua empresa irá se constituir formalmente. Uma
microempresa, por exemplo, é uma forma jurídica diversa de uma empresa de pequeno porte.
Enquadramento tributário
É necessário realizar um estudo para descobrir qual a melhor opção para o recolhimen-
to dos impostos nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal.
Capital Social
O capital social é constituído pelos recursos (financeiros, materiais e imateriais) dispo-
nibilizados pelos sócios para constituição da empresa. É importante também descrever qual a
fonte de recursos
13
DICA: Tenha muito cuidado na hora de escolher seus sócios, é essencial que eles tenham os
mesmos objetivos e a mesma disponibilidade que você para se dedicar ao negócio, se vocês
não estiverem bastante afinados há um risco muito grande de enfrentarem sérios problemas
na consecução do empreendimento.
Diferencial: saliente o diferencial do seu produto ou serviço, ou seja, por qual razão os
consumidores irão escolher você ao invés de outro produto ou serviço.
ANÁLISE DE MERCADO
Clientes
Esse aspecto do seu Plano de Negócio é extremamente importantes, afinal é nele que
será definindo quais são os seus clientes e como eles serão atraídos. Comece identificando-os:
 Quem são?
 Idade?
 Homens, mulheres, famílias, crianças?
 Nível de instrução?
Ou ainda, se forem pessoas jurídicas:
 Em que ramo atuam?
 Porte?
 Há quanto tempo atuam no mercado?
É importante que você identifique os hábitos, preferências e necessidades de seus
clientes a fim de estar pronto para atendê-los plenamente e para que eles possam tê-lo como
primeira opção na hora de procurar o produto/serviço que você oferece. Faça um levantamento
sobre quais aspectos seus possíveis clientes valorizam na hora de escolher um produ-
to/serviço, isso vai ser importante para você fazer as escolhas corretas no âmbito do seu empre-
endimento. Saber onde eles estão também é importante, estar próximo a seus clientes vai
facilitar muitos aspectos.
14
Concorrentes
Conhecer seus concorrentes, isto é, as empresas que atuam no mesmo ramo que a
sua, é muito importante porque vai te oferecer uma perspectiva mais ampla e realista de como
encaminhar seu negócio. Analisar o atendimento, a qualidade dos materiais utilizados, as
facilidades de pagamento e garantias oferecidas, irão ajudá-lo a responder algumas perguntas
importantes: Você tem condições de competir com tudo o que é oferecido pelos seus concorren-
tes? Qual vai ser o seu diferencial? As pessoas deixariam de ir comprar em outros lugares para
comprar no seu estabelecimento? Por quê? Em caso negativo, por que não?
Mas não esqueça de um aspecto muito importante: seus concorrentes devem ser visto
como fator favorável, afinal eles servirão como parâmetro para sua atividade e podem até
mesmo tornar-se parceiros na busca da melhoria da qualidade dos serviços e produtos oferta-
dos.
Fornecedores
Liste todos os insumos que você utilizará em seu negócio e busque fornecedores. Para
cada tipo de produto, pesquise pelo menos três empresas diferentes. Faça pesquisas na inter-
net, telefonemas e, se possível, visite pessoalmente seus fornecedores. Certifique-se de que
cada fornecedor será capaz de fornecer o material na quantidade e no prazo que você precisa,
analise as formas de pagamento e veja se elas serão interessantes para você. Mesmo após a
escolha um fornecedor é importante ter uma segunda opção, um fornecedor com o qual você
manterá contato e comprará ocasionalmente, pois no caso de acontecer algum problema com
seu principal fornecedor, você poderá contar com uma segunda alternativa. Lembre-se, seus
fornecedores também são seus parceiros, manter uma relação de confiança e respeito com
eles é muito importante. Evite intermediários sempre que possível, o ideal é comprar direto do
produtor ou da indústria, isso facilita, acelera e barateia o processo.
PLANO DE MARKETING
Descrição
Aqui você deve descrever seus produto/serviço. Especifique tamanhos, cores, sabo-
res, embalagens, marcas entre outros pontos relevantes. Faça uma apresentação de seu
produto/serviço de maneira que possa se tornar atraente ao seu cliente. Verifique se há exigên-
cias oficiais a serem atendidas para fornecimento do seu produto/serviço e certifique-se que
15
segue todas as orientações corretamente.
Preço
Para determinar o preço do seu produto/serviço você precisa considerar o custo TOTAL
para produzi-lo e ainda o seu lucro. É preciso saber quanto o cliente está disposto a pagar pelo
seu produto/serviço verificando quanto ele está pagando em outros lugares e se ele estaria
disposto a pagar a mais pelo seu diferencial.
Divulgação
É essencial que você seja conhecido, que seus clientes em potencial saibam onde você
está e o que está fazendo, por isso invista em mídias de divulgação. Considere catálogos,
panfletos, feiras, revistas especializadas, internet (muito importante) e propagandas em rádio e
TV, analise e veja qual veículo melhor se encaixa na sua necessidade e nos seus recursos
financeiros.
Estrutura de comercialização
Como seus produtos chegarão até seus clientes? Qual a forma de envio? Não se
esqueça de indicar os canais de distribuição e alcance dos seus produtos/serviços. Você pode
considerar representantes, vendedores internos ou externos, por exemplo. Independente de
sua escolha esteja bastante consciente dos aspectos trabalhistas envolvidos. Utilizar instru-
mentos como o telemarketing e vendas pela internet também devem ser considerados e podem
se mostrar bastante eficientes.
Localização
A localização do seu negócio está diretamente ligada ao ramo de atividades escolhido
para atuar. O local deve ser de fácil acesso aos seus clientes caso a visita deles no local seja
necessária. É importante saber se o local permite o seu ramo de atividade. Considere todos os
aspectos das instalações, se é de fácil acesso e se trará algum tipo de impeditivo para o desen-
volvimento da sua atividade.
Caso já possua um local disponível, verifique se a atividade escolhida é adequada para
ele, não corra o risco de iniciar um negócio em um local inapropriado apenas porque ele está
disponível. Se for alugar o espaço, certifique-se de é possível desenvolver sua atividade nesse
16
local e fique atento a todas as cláusulas do contrato de aluguel.
PLANO OPERACIONAL
Layout
A distribuição dos setores da sua empresa de formas organizada e inteligente vai
permitir que você tenha maior rentabilidade e menor desperdício. A disposição dos elementos
vai depender do tamanho de seu empreendimento e do ramo de atividade exercido. Caso seja
necessário você pode contratar um especialista para ajudá-lo nessa tarefa, mas se não for
possível, por conta própria procure esquematizar a melhor maneira de dispor os elementos
dentro de sua empresa. Pesquise se o seu ramo e atividade exige regulamentações oficiais
sobre layout, preocupe-se com segurança e com a acessibilidade a portadores de deficiência.
Capacidade Produtiva
É importante estimar qual é sua capacidade de produção para não correr o risco de
assumir compromissos que não possa cumprir - lembre-se que é necessário estabelecer uma
relação de confiança entre você e seu cliente. Quando decidir aumentar a capacidade de produ-
ção tenha certeza que isso não afetará a qualidade do seu produto/serviço.
Processos Operacionais
Registre detalhadamente todas as etapas de produção desde a chegada do pedido do
cliente até a entrega do produto/serviço. É importante saber o que é necessário em cada uma
delas, quem será o responsável e qual a etapa seguinte.
Necessidade de Pessoal
Faça uma projeção do pessoal necessário para execução do seu trabalho, quais serão
as formas de contratação e os aspectos trabalhistas envolvidos. É importante estar atento à
qualificação dos profissionais, por isso verifique se será necessário investir em cursos de
capacitação.
17
PLANO FINANCEIRO
Investimento total
Aqui você determinará o valor total de recurso a ser investido. O investimento total será
formado pelos investimentos fixos, Capital de giro e Investimentos pré-operacionais.
Agora que você tem uma noção básica de como compor um plano de negócios acesse
a página <http://www.planodenegocios.com.br/www/index.php/plano-de-negocios/outros-
exemplos> e encontre mais informações sobre como elaborar o planejamento financeiro de seu
Plano de Negócio, além de outras informações importantes. Lá você encontrará exemplos de
todas as etapas de um Plano de Negócio.
Faça pesquisas em outros endereços eletrônicos e se preciso, busque o apoio de
consultorias especializadas. O sucesso do seu projeto irá depender do seu empenho em buscar
novos conhecimentos e das parcerias conquistadas para desenvolvê-lo.
Pesquise também por fontes de financiamento em instituições financeiras, buscando
sempre a alternativa que melhor se adequará as suas necessidades. Não tenha pressa, estude
bastante antes de concluir seu plano de negócio. É importante conhecer todos os aspectos do
ramo de atividade que você escolher, valorize sua experiência e suas características pessoais
positivas. Lembre-se que o retorno pode demorar algum tempo, certifique-se que você terá
condições de manter o negócio até que ele dê o retorno planejado. Separe despesas pessoais
de despesas da empresa. Busque sempre estar atualizado, participe de grupos e feiras correla-
tas à sua área de atuação.
Planejar para clarear!
Após buscar auxílio especializada e estudar sobre o assunto, o pai concluiu seu plano
de negócios. A partir dele pôde visualizar com clareza que tem em mãos um projeto viável e até
conseguiu uma fonte de financiamento adequada a sua realidade. Com o valor do financiamen-
to investirá na estrutura de seu empreendimento que será lançado em breve.
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL
Que bolo maravilhoso! Você é uma ótima
anfitriã. Eu quero a receita desse quindim! A
senhora já pensou em vender seus quitutes?
Eu? Não, imagine, eu não
tenho capacidade para isso!
18
Será mesmo que a dona Benvinda não tem capacidade para empreender?
Vamos analisar a situação: a vovó é muito conhecida no seu bairro e é admirada pela sua
simpatia. Seus quitutes são conhecidos por todos e não é a primeira vez que alguém sugere que
ela comece a vendê-los. À primeira vista, o cenário parece ser favorável para que ela inicie seu
empreendimento: ela tem uma provável clientela interessada e que confia e anseia por seus
serviços.
Ao conversar com a família, é incentivada por todos. Com a ajuda dos seus netos, a
vovó vai atrás de informações e descobre que se enquadra nos requisitos para ser registrada
como microempreendedora individual.
Você conhece os requisitos para se tornar um microempreendedor individual?
A Lei Complementar 128/2008 criou a figura do Microempreendedor Individual – MEI,
com vigência a partir de 01.07.2009. É uma possibilidade de profissionais que atuam por conta
própria terem seu trabalho legalizado e passem a atuar como pequenos empresários.
Para se enquadrar como microempreendedor individual, o valor de faturamento anual
do empreendimento deve ser de até 60 mil reais. Não é permitida a inscrição como MEI de
pessoa que possua participação como sócio ou titular de alguma empresa.
O MEI possui algumas condições específicas que favorecem a sua legalização. A
formalização pode ser feita de forma gratuita no próprio Portal do Empreendedor. O cadastro
como MEI possibilita a obtenção imediata do CNPJ e do número de inscrição na Junta
Comercial, sem a necessidade de encaminhar quaisquer documentos previamente. Algumas
empresas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional estão habilitadas a realizar também
a formalização.
Custos
Há alguns custos após a formalização. O pagamento dos custos especificados abaixo é
feito através do Documento deArrecadação do Simples Nacional, que pode ser gerado online :
 5% de salário mínimo vigente para a Previdência.
 Se a atividade for comércio ou indústria, R$ 1,00 fixo por mês para o Estado.
 Se a atividade for prestação de serviços, R$ 5,00 fixos por mês para o Município.
19
Exemplo de atividades reconhecidas para o registro como MEI:
A dona Benvinda se registrou como doceira. São diversas as atividades profissionais
aceitas para o registro como microempreendedor individual. Algumas delas são: Artesão,
azulejista, cabeleireiro, jardineiro, motoboy. Para conhecer todas as atividades, acesse o site
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br>.
Todos podem empreender!
Hoje a vovó está registrada como microempreendedora individual e aos poucos sua
clientela está crescendo. Recentemente ela fez um curso para novos empreendedores e já está
com planos de expandir seus serviços nos próximos meses, talvez ela precise até mesmo
contratar um ajudante para poder dar conta das encomendas que não param de aumentar.
O microempreendedor individual tem direito a ter um funcionário que receba exclusivamente
um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional a qual pertença.
Atividade Formativa
 Acesse o conteúdo sobre microempreendedor individual no Portal do Empreendedor e
discuta com seus colegas sobre o tema.
 Pense em alguém que exerça uma atividade profissional informalmente. Quais vantagens
você apontaria para convencer essa pessoa a realizar seu cadastro como
Microempreendedor Individual?
 Pesquise sobre linhas de crédito e incentivo específicas para microempreendedores
individuais no Brasil.
Muitas pessoas acreditam que características empreendedoras já vem de berço: ou se
nasce com elas ou não há nada a ser feito. Pois saiba que é possível através de uma educação
voltada para o empreendedorismo desenvolver características necessárias para o início de um
empreendimento. Esse empreendimento não precisa ser necessariamente um negócio com
Empreender
20
fins lucrativos, pode ser um um objetivo pessoal, um sonho em qualquer área da sua vida.
A pedagogia empreendedora de Fernando Dolabela afirma que a educação tradicional
a qual somos submetidos nos reprime e faz com que percamos características importantes no
decorrer de nossa trajetória, levando muitas pessoas a crer que não são capazes de empreen-
der. Sua proposta de educação busca romper com esse pensamento e inserir no sistema
educacional aspectos que priorizem a criatividade e a autoconfiança para que quando estas
crianças atingirem a idade adulta possam enxergar a possibilidade de abrir um negócio como
uma alternativa viável.
Não podemos esquecer que é empreendedor, em qualquer área, alguém que tenha
sonhos e busque de alguma forma transformar seu sonho em realidade. O sonho pode ser abrir
um negócio, fazer um curso, aprender uma língua ou mudar a realidade social em que vive. É
inegável que para realizar qualquer um desse itens é essencial estar comprometido com o
trabalho, ser ousado e estar disposto a enfrentar desafios.
O empreendedorismo pode ser aprendido e está relacionado mais a fatores culturais do
que pessoais e consiste em ser capaz de cultivar e manter uma postura e atitudes empreende-
doras.
O Pedro está tendo seu primeiro contato com o empreendedorismo na sala de aula e
eles e seus amigos já estão cheio de ideias. Eles planejam usar os conhecimentos adquiridos
na disciplina e escrever um projeto para dar início a uma empresa júnior na área de informática.
Inspire-se
Certamente você já deve ter ouvido falar da Cacau Show, mas você conhece a história
dessa marca? Você sabia que ela nasceu do sonho de um rapaz que vendia chocolates de porta
em porta em um fusca? Não? Então leia mais em:
<http://www.endeavor.org.br/endeavor_tv/start-up/day1/aprendendo-a-ser-
empreendedor/empreendedorismo-em-todos-os-sentidos> e inspire-se!
EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO
Educação empreendedora
O empreendedor é
aquele que tem como objetivo
maior o lucro financeiro a partir
Que belo trabalho! Moro em outra cidade e gostaria de levar um projeto parecido para lá!
21
de um empreendimento, correto? Não necessariamente! O objetivo maior do empreendedor
social ou comunitário pode ser desde o desenvolvimento social de uma comunidade inteira à
luta pela preservação de uma reserva ambiental.
Vejamos o exemplo da Clara. Desde a sua adolescência ela atua em uma organização
não-governamental que lida com crianças carentes, dando ênfase na emancipação social
dessas crianças através da arte, de esportes e da educação. O projeto, que começou com uma
pequena dimensão, hoje atende não apenas seu bairro, como três outros próximos. É impor-
tante lembrar que o sucesso do projeto dependeu de sujeitos empreendedores, que se compro-
meteram com a causa e, com criatividade e competência foram capazes de expandir o projeto.
Agora com o apoio da Clara e com o espírito empreendedor de mais um grupo, uma nova cidade
será atendida pelo projeto e novas crianças serão beneficiadas!
Vamos conhecer mais sobre empreendimentos sociais e comunitários?
Empreendedorismo Social
O empreendedorismo social ultrapassa a noção de mera filantropia - há espaço aqui
para metas, inovação e planejamento. Muitas organizações não governamentais tem uma
estrutura semelhante a qualquer empresa com fins lucrativos.
A Pastoral da Criança é um exemplo de um empreendimento social de sucesso. Sua
fundadora, a Drª ZildaArns, aliou sua experiência profissional como médica pediatra e sanitaris-
ta e sua própria sensibilidade para identificar um método simples e eficaz para combater a
mortalidade infantil. Qual foi o ponto inovador do trabalho assumido pela Pastoral da Criança?
Foi confiar às comunidades afetadas pelo problema de mortalidade infantil o papel de multipli-
cadores do saber e de disseminadores da solidariedade.
Empreendedorismo Comunitário
O empreendedorismo comunitário consiste no movimento de organização de grupos e
pessoas com o propósito de alcançar um objetivo comum, fortalecendo uma atividade que, se
realizada individualmente, não seria capaz de alcançar a projeção adequada no mercado. No
Brasil, a economia solidária ascendeu no final do século XX, em reação à exclusão social
sofrida pelos pequenos produtores e prestadores de serviço que não tinham condições de
concorrer com grandes organizações.
Imagine um pequeno produtor de leite em uma região onde atua um grande produtor de
leite. Sozinho, ele não tem condições de concorrer com o grande produtor no mercado ou
22
receber financiamentos para expandir sua produção, por exemplo. Ao se aliar com outros
pequenos produtores, o negócio adquire uma nova dimensão, onde são favorecidos não ape-
nas os produtores, que agora tem condições de levar seu produto ao mercado com segurança e
em nível de igualdade com o outro produtor, mas também todo o arranjo produtivo daquela
região.
Em 2003 foi criada pelo Governo Federal a Secretaria Nacional de Economia Solidária,
que tem a finalidade de fortalecer e divulgar as ações de economia solidária no país, favorecen-
do a geração de trabalho, renda e inclusão social.
Atividade Formativa
 Dê um exemplo de uma organização não-governamental. Que trabalho essa organização
realiza? Você acredita que os gestores dessa ONG são empreendedores? Por quê?
 Identifique em seu bairro ou cidade uma carência que não foi suprida pelo setor público ou
um trabalho exercido informalmente por algumas pessoas que possa ser fortalecido através
da formação de uma estrutura de cooperativismo. Proponha uma ação que você acredita que
possa transformar a realidade desse grupo.
 Você já ouviu falar em sustentabilidade? Dê um exemplo de uma ação sustentável que você
já adota ou que possa ser adotada no seu dia a dia e como essa ação pode afetar positiva-
mente o meio em que você vive.
INTRAEMPREENDEDORISMO
A srª Serena Bonfim há muito tempo mantém o sonho de fazer uma faculdade. Depois
de tantos anos dedicados à família, ela está certa que está na hora de investir mais em si mes-
ma. Além disso, com seu marido prestes a abrir uma empresa, ela está disposta a usar os
conhecimentos adquiridos na graduação para trabalhar diretamente no novo empreendimento
e contribuir com seu desenvolvimento.
Você pode estar pensando: “ E se eu não quiser abrir um negócio, e se eu não quiser ser
23
um empresário?”. Abrir uma empresa é apenas uma alternativa, caso você não tenha intenção
de ter seu próprio negócio você ainda pode ser um empreendedor.
O intraempreendedorismo é quando o empreendedorismo acontece no interior de uma
organização, é quando alguém mesmo não sendo dono ou sócio do negócio mantém uma
postura empreendedora dando sugestões e tendo atitudes que ajudam a empresa a encontrar
soluções inteligentes. Intra empreendedores são profissionais que possuem uma capacidade
diferenciada de analisar cenários, criar ideias, inovar e buscar novas oportunidades para as
empresas e assim ajudam a movimentar a criação de ideias dentro das organizações, mesmo
que de maneira indireta. São profissionais dispostos a se desenvolver em prol da qualidade do
seu trabalho.
A cada dia as empresa preocupam-se mais em contratar colaboradores dispostos a
oferecer um diferencial, pessoas dedicadas que realmente estejam comprometidas com o bom
andamento da empresa. Esse comportamento não traz vantagens somente para a empresa,
mas os funcionários também se beneficiam, na participação dos lucros, por exemplo, vanta-
gens adicionais que as empresas oferecem a fim de manter o funcionário e, principalmente, na
perspectiva de construção de uma carreira sólida e produtiva.
Acapacitação contínua, o desenvolvimento da criatividade e da ousadia são caracterís-
ticas presentes na vida de um intraempreendedor.
 Vamos analisar se você tem características de um intraempreendedor?
 Você gosta do seu trabalho e do ambiente em que trabalha?
 Você está sempre atento às novas ideias?
 Você gosta de correr riscos e ousar novas ideias?
 Você procura soluções em locais incomuns?
 Você é persistente e dedicado?
 Você mantém ações proativas?
 Você busca fazer novas capacitações regularmente?
Caso você não tenha ficado suficientemente satisfeito com as respostas a estas per-
guntas, utilize o espaço abaixo para listar atitudes que podem ajudá-lo a ser um funcionário
intraempreendedor.
O que fazer? Como fazer? Quando fazer?
24
Conclusão
Muitos acreditam que para ser empreendedor é necessário possuir um tipo de vocação
que se manifesta somente para alguns predestinados, mas ao acompanhar a trajetória da
família Bonfim, podemos notar que o sonho de empreender está ao alcance de todos nós. Como
qualquer sonho, esse também exige planejamento e dedicação para que seja concretizado com
sucesso.
Agora que você aprendeu os princípios básicos do empreendedorismo, que tal fazer
como os membros da família Bonfim e investir nos seus sonhos?
REFERÊNCIAS
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br>.
<http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/sies.asp>.
<http://www.pastoraldacrianca.org.br>.
<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/cog/v14n1/v14n1a05.pdf>.
<http://www.sobreadministracao.com/intraempreendedorismo-guia-completo>.
<http://www.hsm.com.br/editorias/inovacao/intraempreendedorismo-voce-ja-fez-algo-diferente-hoje>.
<http://www.captaprojetos.com.br/artigos/ResenhaFDsite.pdf>.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro:
Elselvier, 2008. 3ª edição revista e atualizada.
ROSA, C.A. Como elaborar um plano de negócio. Rio de Janeiro: Sebrae, 2007.
DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
25
Anotações
Anotações
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
PLANO DE AÇÃO PROFISSIONAL
Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores
© Copyright by 2012 - Editora IFPR
IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ
Reitor
Irineu Mario Colombo
Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação
Silvestre Labiak Junior
Organização
Jeyza da Piedade de Campos Pinheiro
Marcos José Barros
Revisão Ortográfica
Rodrigo Sobrinho
Projeto Gráfico e Diagramação
Leonardo Bettinelli
3
Caro (a) estudante,
O Plano de Ação Individual – PAI será elaborado por você durante sua qualificação profissional nos cursos FIC (Formação Inicial e
Continuada) do PRONATEC – IFPR. O destino desta viagem é apresentado por meio de um roteiro que o ajudará a lembrar e a organizar
informações sobre suas experiências de trabalho e de seus familiares e a planejar a continuidade de seus estudos, incluindo sua formação
escolar e seus planos profissionais.
O PAI é um instrumento que integra os conteúdos dos cursos FIC, devendo ser alimentado com suas ideias, pesquisas,
experiências de trabalho e escolhas pessoais, com o objetivo de orientar e organizar sua trajetória acadêmica.
No decorrer do curso você desenvolverá atividades coletivas e individuais com a orientação do professor em sala de aula, e fará o
registro destas informações, resultados de pesquisas e reflexões do seu cotidiano de forma sistematizada nas fichas que compõem o Plano.
Toda a equipe pedagógica e administrativa contribuirá com você, orientando-o e ajudando-o a sistematizar estes dados. O preenchimento
deste instrumento por você, será um referencial na sua formação e na construção do seu conhecimento, no processo de ensino-
aprendizagem.
Bom estudo!
Anotações
5
Anotações
7
Sumário
Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formação Inicial e continuada – FIC (IFPR/PRONATEC) .........................................10
Ficha 2: Quem sou? ..............................................................................................................................................................................11
Ficha 3: O que eu já sei? .......................................................................................................................................................................12
Ficha 4: Minha trajetória profissional......................................................................................................................................................13
Ficha 5: O que ficou desta etapa do curso?...........................................................................................................................................14
Ficha 6: Resgate histórico da vida profissional da minha família...........................................................................................................15
Ficha 7: Comparando as gerações. .......................................................................................................................................................16
Ficha 8: Refletindo sobre minhas escolhas profissionais.......................................................................................................................17
Ficha 9: Pesquisando sobre outras ocupações do Eixo Tecnológico do curso que estou matriculado no IFPR/PRONATEC. .............18
Ficha 10: Pesquisando as oportunidades de trabalho no cenário profissional. .....................................................................................19
Ficha 11: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................20
Ficha 12: Vamos aprender mais sobre associação de classe. ..............................................................................................................21
Ficha 13: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................22
Ficha 14: O que eu quero? ( hoje eu penso que...)................................................................................................................................23
Ficha 15: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................24
Ficha 16: Planejando minha qualificação profissional............................................................................................................................25
Ficha 17: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................26
Ficha 18: Momento de avaliar como foi o curso ofertado pelo IFPR/PRONATEC.................................................................................27
Referências bibliográficas ...................................................................................................................................................................28
9
Anotações
Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formação Inicial e Continuada – FIC (IFPR/PRONATEC).
No quadro abaixo liste o curso de Formação Inicial e Continuada – FIC, em que você está matriculado no IFPR e as possíveis áreas de
atuação. Solicite ajuda ao seu (ua) professor (a) para o preenchimento:
O que você espera deste curso FIC? Utilize o espaço abaixo para descrever suas expectativas através de um texto breve.
_____________________________________________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________________________________________
Curso Programa que oferta Eixo tecnológico Demandante Áreas de atuação
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Almoxarifado

  • 1. FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA ALMOXARIFADO
  • 2.
  • 3. ALMOXARIFADO Versão 1 Ano 2012 Cleber Gomes Caldana Docente IFPR – Campus Londrina (Coordenação de Informática)
  • 4. Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores © Copyright by 2012 - Editora IFPR IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ Reitor Prof. Irineu Mario Colombo Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação Silvestre Labiak Junior Organização Marcos José Barros Cristiane Ribeiro da Silva Projeto Gráfico e Diagramação Leonardo Bettinelli
  • 5. Introdução Este material didático tem como finalidade abordar conceitos teóricos e disponibilizar atividades práticas para o curso de Almoxarife. O referido curso, segundo o Guia Pronatec (2011), visa formar um profissional que: “Programa e controla o recebimento de materiais mediante documentação fiscal do inventário físico. Armazena materiais, mantendo atualizados os registros de localização no almoxarifado, de acordo com as normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene e saúde”.
  • 7. Sumário MUNDO DO TRABALHO....................................................................................................7 EMPREENDEDORISMO ..................................................................................................10 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO .......................................................................................14 O QUE É UM ALMOXARIFADO?......................................................................................18 MATERIAIS E SISTEMAS.................................................................................................25 MÉTODOS DE CONTROLE .............................................................................................32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS ....................................................................................40
  • 9. MUNDO DOTRABALHO Ética A Ética pode ser considerada uma área do conhecimento que trata do bom ou mau / certo ou errado. Em relação a origem da palavra, a ética vem do grego "ethos", e tem seu correlato no latim "morale", com o mesmo significado. "A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. (VALLS, 1993, p7) Rosas (2011) destaca que alguns autores diferenciam ética e moral de vários modos:  Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas.  Ética é permanente, moral é temporal.  Ética é universal, moral é cultural.  Ética é regra, moral é conduta da regra.  Ética é teoria, moral é prática. Atodo o momento nos deparamos com questões éticas como por exemplo:  Direitos desiguais em função de religião, raça, sexo e 'direitos especiais e minorias.  O aborto.  Aexploração do próximo, (enriquecimento ilícito por meio de mal uso da política, prostituição, guerras e embargos...).  Aviolência (individual, social, institucional).  Perpetuação da ignorância como instrumento de poder e manipulação.  Amiséria. E se faz necessário ter clareza que, conforme o conjunto de valores e crenças de cada individuo, o mesmo assumira determinadas posturas frente aos exemplos apresentados anteriormente. Tais aspectos éticos também são apresentados no cotidiano das organizações, ou seja, tem-se o conceito de Ética Empresarial, que de acordo com Moreira (2001) É em essência, a determinação das pessoas que fazem parte de uma sociedade, empresa, fundação ou associação de primarem pelas ações enraizadas nos valores de honestidade, verdade e justiça, em quaisquer atividade nas quais representam essas sociedades: (compra, venda, concorrência, relações trabalhistas, relações sociais diretas com a comunidade local, 7
  • 10. relações sociais com a macro sociedade, relações com o governo, relações com os órgãos financeiros,transparência, qualidade do produto oferecido, eficiência do serviço prestado, respeito ao consumidor, etc. (MOREIRA, 2001, p. 5) Assim, tem-se que a ética, busca compreender o núcleo da conduta humana, ela não é relativa, no sentido de ser uma aqui e outra ali, ela é Objetiva e Universal, Transcede Às Pessoas. VASQUEZ (1998) Atividade 1 – Ética na vida pessoal Discuta e reflita com os alunos a seguinte situação:  Seu irmão sofre de diabetes.  Em uma de suas crises, a insulina estava em falta nas farmácias, e ele corria risco de vida.  Alegislação proíbe que se compre insulina de atravessadores. O que você faria? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Marketing Pessoal As organizações estão cada vez mais na busca dos melhores colaboradores. Para tanto só experiência profissional não basta, e necessário ser um profissional ético, que possua boa capacidade de comunicação, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a sua volta. Tais características fazem parte do perfil buscado pelas organizações para ser seus futuros colaboradores. Aspectos que merecem atenção especial:  Acreditar na própria capacidade de realização e de superação de dificuldades.  Estar pronto para as mudanças, pois elas sempre acontecerão.  Possuir atitude positiva na resolução de problemas. 8
  • 11.  Ter clareza dos objetivos que se quer atingir.  Manter-se motivado.  Ser gentil e atencioso com as pessoas, fazendo com que esta característica o diferencie dos demais.  Aapresentação pessoal e muito importante para o desenvolvimento profissional;  Utilize-se de linguagem formal no ambiente das organizações. Atividade 2 – Marketing Pessoal Etapa 1: Cada aluno deverá Elaborar seu Currículo Vitae (ver modelo abaixo). Leve-os ao laboratório de informática para que o mesmo possa elaborá-lo. Imprima. Etapa 2: Faça uma simulação de entrevista de emprego com alguns alunos sorteados.Após as entrevistas discuta os pontos positivos e negativos em sala. Curriculum Vitae - Modelo NOME 1 DADOS PESSOAIS Nome: Data de Nascimento: Estado civil: Endereço residencial: Londrina/PR -Brasil - CEP: Fone: (43) / E-mail: 2 FORMAÇÃOACADÊMICA 1990 – Segundo Grau Completo. Colégio Estadual XXXXX, Londrina, Paraná, Brasil. 3 FORMAÇÃO COMPLEMENTAR Microinformática - HTML. (Carga horária: 6h). Microway, Brasil. Matemática Financeira Com Uso da Hp 12c. (Carga horária: 15h). SESC Londrina, Brasil. 9
  • 12. 4ATUAÇÃO PROFISSIONAL Empresa: Período: Enquadramento funcional: Atividades Desenvolvidas: 5 IDIOMAS Compreende: Espanhol (Razoavelmente), Inglês (Razoavelmente), Português (Bem). Fala: Espanhol (Pouco), Inglês (Pouco), Português (Bem). Lê: Espanhol (Razoavelmente), Inglês (Bem), Português (Bem). Escreve: Espanhol (Pouco), Inglês (Pouco), Português (Bem). 7 DADOS COMPLEMENTARES 7.1 PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS II CongressoAnual deTecnologia da Informação (CATI – FGV/São Paulo). 2005. EMPREENDEDORISMO A definição de empreendedor evoluiu com o decorrer do tempo, á medida que a estrutura econômica mundial mudava e tornava-se mais complexa. De acordo com Hisrich e Peters (2004, p.26), o termo empreendedor vem do francês entrepreneur e seu sentido literal inicial é “aquele que está entre” ou “intermediário”. De acordo com o autor, um dos primeiros “intermediários” foi Marco Pólo que tentou estabelecer rota comercial com o oriente. Ele como comerciante buscava financiamento com a pessoa que possuía bens e pagava uma quantia pelo empréstimo e após a viagem dividia os lucros com o financiador. Dornelas (2005) descreve que na idade média, o empreendedor era o individuo que gerenciava grandes projetos, mas não corria muitos riscos, geralmente eram membros dos governos. Um típico empreendedor desta fase é o clérigo que era encarregado de obras como castelos e fortificações. O Autor afirma que no século XVII o empreendedor era a pessoas que fazia algum acordo com o governo para desempenhar um serviço ou fornecer um produto, como o valor do contrato era fixo, os lucros e prejuízos eram totalmente do empreendedor. Cantillon apud Hisrich e Peters (2004,p.29) desenvolveu umas das primeiras teorias do empreender pois observando que os comerciantes e outros proprietários “ compram a um preço certo e vendem a um preço incerto, portanto operam com risco”, ou seja para ele o empreende- dor é aquele que trabalha com e assume os riscos. Já o termo empreendedorismo pode ser considerado algo relativamente novo, que tem 10
  • 13. sido muito explorado neste século. Não há, porém, um consenso entre os autores sobre a definição deste, uma vez que, segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2004, p. 30), “existem empreendedores em todas as áreas” e, desta forma, cada um vê empreendedorismo sob seu prisma. Para Hisrich, Peters e Shepherd (2004), empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e da independência financeira e pessoal. (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2004, p. 30) Outro conceito complementar de empreendedorismo é apresentado por Dornelas (2003, p.35), o qual afirma que o mesmo “significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar, de forma incessante, novas oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor.” Essa criação de valor ocorre pelos empreendedores, geralmen- te, criarem algo novo, onde não havia nada antes; valor esse que é criado dentro das empresas e do mercado. (MORRIS E KURATKO (2002) apud DORNELAS, 2004) O Empreendedor: Conceito e Características Dolabela (1999) afirma que duas correntes principais tendem a conter elementos comuns a maioria das definições existentes. São as dos economistas que associaram o empreendedor a inovação e a tolerância a riscos e os comportamentalistas que enfatizam aspectos atitudinais como a criatividade e a intuição. Dolabela (1999) define que o empreendedor é uma pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir seja na forma de fazer propaganda dos seus produtos e/ou serviços, agregando novos valores. Para Filion (1999) um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões, além de ser uma pessoa criativa é marcada pela capacidade de planejar e alcançar metas, mantendo a mente sempre atenta, dessa forma continua sempre a aprender a respeito de novas oportunidades de negócio. Degen (1989) ressalta ser raro os traços de personalidade e comportamento que impulsionam a concretização de novas idéias, no entanto afirma que as pessoas que tem vontade de criar, realizar, se destacam independente da área de atuação fazendo com que as coisas realmente aconteçam. As características empreendedoras podem ser adquiridas e desenvolvidas. O empre- endedor deve identificar as características que exigirá seu trabalho e se adequar a elas. Dolabela (1999) ressalta que o empreendedor não é fruto de herança genética e por isso é 11
  • 14. possível que as pessoas aprendam a ser empreendedora, não em um sistema tradicional, mas sim em um sistema de aprendizagem específico e singular. Características dos empreendedores As mudanças pessoais no desenvolvimento do empreendedor devem ocorrer em quatro esferas: Comportamental; Gerencial; Técnica; Cultural. Os empreendedores normal- mente apresentam as seguintes características: Energia; Autoconfiança; Objetivos de longo prazo; Tenacidade; Fixação de metas; Assumir riscos moderados; Atitude positiva diante do fracasso; Utilização do feedback sobre o seu comportamento; Iniciativa; Saber buscar e utilizar recursos; Não aceitar padrões impostos;Tolerância à ambiguidade e à incerteza. De acordo com Dornelas (2001) o empreendedores possuem ainda habilidades: Técnicas: saber escrever, capaz de ouvir as pessoas e captar informações, bom orador, saber liderar e trabalhar em equipe. Ter experiência na área de atuação; Gerenciais:Administração de marketing, finanças, produção, estratégia, tomada de decisão, negociação; Pessoais: discipli- na, persistência, assumir riscos, inovador, orientado para mudanças,visionário. Atividade 3 – Perfil Empreendedor 12
  • 15. Atividade 4 – Capacidade de Pensar Diferente Desenhe não mais que 4 linhas retas (sem tirar o lápis do papel) de modo que todos os pontos sejam cruzados por pelo menos uma linha. 13
  • 16. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Aempresa É um agrupamento humano hierarquizado, que mobiliza meios humanos, materiais e financeiros para extrair, transformar, transportar e distribuir produtos ou prestar serviços e que atende a objetivos definidos por uma direção. Figura 1 - Principais componentes das organizações Fonte: Maximiano (1995). Empresas Públicas, Privadas E Mistas As empresas podem ser classificadas em: Pública: é derivada de órgãos governamentais, podendo ser de ordem municipal, estadual ou federal, seu capital é 100% público, sem a participação de capital privado. Privada: Originada de uma Firma Individual ou de Sociedade, onde o capital social é particular. Aempresa privada pode ser individual, denominada como empresários, ou sociedade, formada por duas ou mais pessoas. Mista: É a junção das Empresas Públicas e Empresas Privadas, neste caso, a Empresa Pública detém a maior parte das Ações, assumindo os controles Administrativos, cabendo à Empresa 14
  • 17. Privada os serviços de utilidade pública. Organograma Permite-nos conhecer a estrutura funcional da empresa. É uma representação gráfica do setor e/ou departamento da empresa, com ele é possível identificar a relação de mando e subordinação. (MAXIMIANO, 1995) Figura 2 - Dois tipos de estrutura organizacional Fonte: Maximiano (1995). Fluxograma É a representação gráfica que apresenta a sequência de um trabalho de forma analítica, caracterizando as operações, os responsáveis e/ou unidades organizacionais envolvidas no processo.(OLIVEIRA, 2002) OAutor descreve que o Fluxograma objetiva:  Padronizar a representação de métodos e procedimentos administrativos.  Maior rapidez na descrição dos métodos.  Facilitar a leitura e entendimento.  Facilitar a identificação e localização dos aspectos mais importantes.  Melhor grau de análise. 15
  • 18. Figura 3 - Símbolos do Fluxograma Fonte: Oliveira (2002). Aseguir um exemplo de fluxograma do processo de requisição de material: Figura 4 - Fluxograma Fonte: Oliveira (2002). 16
  • 19. Cronograma O cronograma é uma ferramenta que serve para documentar e controlar o tempo que será gasto na realização de um conjunto de atividades. Serve para monitorar o andamento das atividades em relação ao tempo, para garantir que o projeto finalize numa data planejada. (RODRIGUES, 2011) Figura 5: Cronograma Fonte: <http://www.silasmendess.blogspot.com>. Atividade 5 –Aempresa 1. O que é uma empresa? Explique. ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 2. Quais são os tipos de empresas existentes? Explique cada uma delas. ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 17
  • 20. 3. Elabore um Organograma da unidade de ensino em que você estuda. 4. O que é Fluxograma e para que serve? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 1. Elabore o fluxograma da atividade de compras de uma empresa. Obs: esta atividade pode ser desenvolvida no Laboratório de Informática de sua instituição. 2. Elabore o cronograma do churrasco de encerramento do curso deAlmoxarife. Obs: esta atividade pode ser desenvolvida no Laboratório de Informática de sua instituição. O QUE É UMALMOXARIFADO? Para Pereira (2009) o almoxarifado e uma área destinada para guarda segura e ordenada de materiais, com o objetivo de suprir todo e qualquer processo produtivo ou operacional de uma organização. Podem ser: Matéria prima; Produto em Processo; Suprimentos em geral. O autor destaca que na visão passada do controle de estoque, acreditava-se que um bom gerenciamento era aquele em que o nível de material estocado era maior do que a real necessidade, já em uma nova perspectiva tem-se que “Gerenciar estoques significa ter um conhecimento amplo das necessidades da empresa, de modo a eliminar as perdas por obsolescência, manuseio inadequado, por falta de estoques”. (PEREIRA, 2009) 18
  • 21. Outro elemento importante é a definição de Estoque. O mesmo pode ser definido aqui como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. O Estoque deve suprir adequadamente a cadeia produtiva. Tem-se que normalmente as operações das organizações mantém algum tipo de estoque. Se você andar por qualquer operação produtiva, verá diversos tipos de materiais armazenados.ATabela 1 da alguns exemplos para diversas operações. Tabela 1 - Exemplo de estoques Aprincipal diferença da Tabela 1 é o valor dos estoques que elas mantém. Em algumas, o valor dos estoques e relativamente pequeno, comparado com os custos dos insumos totais da operação. Os estoques existem pois há uma diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e demanda. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demanda- do, o item nunca seria estocado. Quando a taxa de fornecimento excede a taxa de demanda, o estoque aumenta; quando a taxa de demanda excede a taxa de fornecimento o estoque diminui. (RODRIGUES, 2011) Figura 6: Da entrada à saída 19
  • 22. Tipos de estoques Os estoques podem ser classificados como de:  Matéria-prima: Em fase de produção, ainda não foi industrializado.  Produto semi-acabado: Durante a produção pode haver etapas que necessite de estoca- gem.  Produto acabado: Está à disposição do departamento de vendas à espera da comercializa- ção.  Materiais e Equipamentos: Artigos operacionais, como por exemplo, materiais de limpeza, materiais de escritório, ferramentas, etc. Atividade 6 –Almoxarifado 1. O que é almoxarifado? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 2. Qual a principal diferença entre almoxarifado e estoque? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 3. O que pode ocasionar um mal gerenciamento do estoque? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 20
  • 23. 4. Qual a diferença entre a “Visão do Passado” e a “Nova Visão” da gestão de materiais? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 5. Por que se formam os estoques? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 6. Cite 5 materiais que podem serem armazenados. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 7. Quais são os tipos de estoques existentes? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ OALMOXARIFE De acordo com a JobDescritor (2011) pode ser assim descrito a missão do Almoxarife: “Recepcionar os materiais entregues pelos fornecedores, conferindo as notas fiscais com os pedidos, verificando quantidades, qualidade e especificações.” Podem ser listadas as seguintes responsabilidades do mesmo:  Organizar a estocagem dos materiais, de forma a preservar a sua integridade física e 21
  • 24. condições de uso, de acordo com as características de cada material, bem como para facilitar a sua localização e manuseio.  Manter controles dos estoques, através de registros apropriados, anotando todas as entradas e saídas, visando a facilitar a reposição e elaboração dos inventários.  Solicitar reposição dos materiais, conforme necessário, de acordo com as normas de manutenção de níveis mínimos de estoque.  Elaborar inventário mensal, visando a comparação com os dados dos registros.  Separar materiais para devolução, encaminhando a documentação para os procedimentos necessários.  Atender as solicitações dos usuários, fornecendo em tempo hábil os materiais e peças solicitadas.  Controlar os níveis de estoques, solicitando a compra dos materiais necessários para reposição, conforme política ou procedimentos estabelecidos para cada item.  Supervisionar a elaboração do inventário mensal, visando o ajuste de divergências com os registros contábeis. JOBDESCRITOR (2011) Os colaboradores que trabalham no Almoxarifado devem ser organizados e disciplina- dos, já que o almoxarifado exigem muito mais do que o simples manuseio dos materiais. Rotinas de trabalho Pereira (2009) assim descreve as rotinas críticas de trabalho doAlmoxarifado: Recebimento: sempre que o Almoxarife receber mercadorias deve-se atentar para algumas inspeções. Conferência do Pedido: de posse da Ordem de Compra o Almoxarife deve verificar se as informações constantes da nota fiscal estão de acordo com o que foi pedido.Tais como:  Preço.  Quantidade.  Condições pagamento. Inspeção Visual: deve-se fazer uma inspeção observando quanto ao estado do material, verificando se está em perfeito estado físico, se não sofreu nenhum dano no transporte,se a embalagem não foi violada ou qualquer outro detalhe que venha danificar ou comprometer o material recebido. 22
  • 25. Conferência Quantitativa: é a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornece- dor na Nota Fiscal corresponde efetivamente à recebida. A conferência por acusação também conhecida como " contagem cega " é aquela no qual o conferente aponta a quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor. A confrontação do recebido versus faturado é efetuada a posteriori por meio do Regularizador que analisa as distorções e providencia a recontagem. Conferência Qualitativa: visa garantir a adequação do material ao fim a que se destina. A análise de qualidade é efetuada pela inspeção técnica, por meio da confrontação das condições contratadas na Autorização de Fornecimento com as consignadas na Nota Fiscal pelo Fornecedor, visa garantir o recebimento adequado do material contratado pelo exame dos seguintes itens:  Características dimensionais.  Características específicas.  Restrições de especificação. Guarda de materiais: Dependendo das características do material, a armazenagem pode dar- se em função dos seguintes parâmetros:  Fragilidade.  Combustibilidade.  Volatilização.  Oxidação.  Explosividade.  Intoxicação.  Radiação.  Corrosão.  Inflamabilidade.  Volume.  Peso. Guarda de materiais: Armazenagem por tamanho - Esse critério permite bom aproveitamento do espaço; Armazenamento por frequência: esse critério implica armazenar próximo da saída do almoxarifado os materiais que tenham maior frequência de movimento; Armazenagem especial, onde destacam-se: 23
  • 26.  Os ambientes climatizados.  Os produtos inflamáveis, que são armazenados sob rígidas normas de segurança.  Os produtos perecíveis (método FIFO). (PEREIRA, 2009). Atividade 7 – RotinasAlmoxarifado 1. Quais as características que uma pessoa necessita para ser um bom “Almoxarife”? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 2. O que é necessário verificar na nota fiscal ao recebe - lá? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 3. Em que consiste a “Inspeção Visual”? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 4. Explique o que é uma conferência quantitativa e qualitativa. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 5. Cite alguns parâmetros que são necessários analisar antes de armazenar? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 24
  • 27. 6. Faça um breve comentário sobre os tipos de armazenagens especiais. MATERIAIS E SISTEMAS Aseguir são apresentados alguns materiais e sistemas utilizados em almoxarifados. Carga unitária É constituída para facilitar o manuseamento, o armazenamento e o transporte, consequentemente diminui assim o seu custo. Figura 7 - Carga unitária Fonte: <http://www.laercio.com.br>. Palete São estrados horizontais, com dimensões compatíveis com o meio mecânico utilizado quando da sua movimentação, bem como seu uso para o transporte e armazenagem. Observado que os paletes servem para materiais em caixas, latas e outras embalagens que constituem a carga unitária. Figura 8 - Paletes 25
  • 28. Aprincipal vantagem do uso dos paletes é a unitização de cargas. Paletização A paletização é a forma de unitização mais conhecida e difundida nos dias de hoje. Basicamente, consiste de uma plataforma, geralmente de madeira (mas que também pode ser de metal, plástico, fibra ou outro material), disposta horizontalmente, no qual a carga pode ser empilhada e estabilizada. Na maioria dos casos é projetado para ser movimentado mecanica- mente, através de guindastes, empilhadeiras ou veículos de garfo. Figura 9 - Paletização Fonte: <http://www.sacoplast.ind.br>. Container Container é um equipamento normalmente feito de metal utilizado para armazenamen- to e transporte de cargas,muito usado para transporte de cargas em navios e trens e até caminhões. Como vantagens pode-se citar a flexibilidade, a segurança, grande quantidade de armazenamento de materiais. 26
  • 29. Figura 10 - Containers Empilhadeira É um equipamento que é utilizado para a movimentação de materiais, é composto por um elevador e pode ser elétrico, a gás, entre outros. Figura 11 - Empilhadeira Fonte: http://www.empilhadeiraguia.com>. Paleteira É um carrinho manual hidráulico utilizado para a movimentação de paletes. Figura 12 - Paleteira Fonte: <http://www.galvoata.com.br>. 27
  • 30. Pré-Lingada ou Pre-Sling É uma rede especial resistente nomalmente feito com polièster ou material similar, normalmente utilizada para a unitização de mercadorias ensacadas. Figura 13 - Pré-lingada Fonte: <http://www.portalmaritimo.com>. Código de barras É uma representação gráfica constituída em sua base por um código,através dele é possível identificar o país de origem, a empresa responsável e o produto ali armazenado, como podemos observar no exemplo abaixo. Figura 14 - Código de barras Fonte: <http://www.flashcard.inf.br>. 28
  • 31. Scanner O Scanner é um equipamento ótico que faz a leitura do código de barras através de um feixe de laser. Figura 15 - Scanner Fonte: <http://www.ishopinfo.com.br>. Identificação por rádio frequência ou RFID RFID (Radio-Frequen- cy Identification) é um sistema em que consiste em uma colococação de etiqueta magnética, a qual permite tanto o gestor da empresa tanto o cliente rastrear o produto através de sinais de rádio durante todo o processo de logística do mesmo. A seguir é apresentado o esquema básico do funcionamento do sistema. Figura 16 - Sistema RFID Fonte: <http://www.araujonetworks.com.br>. 29
  • 32. Atividade 8 – Materiais e Sistemas 1. Explique o que é carga unitária e quais suas vantagens? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 2. Para que serve um “palete”? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 3. Quais as vantagens da “Paletização”? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 4. O que é um container e quais as vantagens em utilizá-lo? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 5. Explique para que serve: Empilhadeira: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 30
  • 33. Paleteira: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Pré-Lingada ou Pré-Sling: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 6. O que pode ser identificado através do código de barras? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 7. Para que serve o Scanner? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 8. Em que consiste o sistema de “RFID”? Explique. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 31
  • 34. MÉTODOS DE CONTROLE A seguir são apresentados alguns métodos de controle utilizados no Almoxarifado. O controle pode ser considerado o cérebro do almoxarifado, ou seja trata-se da função mais importante deste setor. Dentre as principais decisões do setor estão:  Quanto pedir?  Quando pedir?  Quando manter em estoque de segurança?  Onde armazenar? O inadequado gerenciamento dos estoques da empresa pode acarretar:  Altos custos de manutenção.  Dificuldades na produção.  Perda de vendas.  Obsolecencia dos estoques.  Alto custos de financeiro. Para que isto não ocorra é necessário ter um controle de estoque, seja ele mecânico ou informatizado. Pode-se citar como exemplo “Ficha de Controle de Estoque” abaixo que pode auxiliar o controle do mesmo. Tabela 2 - Ficha de Controle de Estoques 32
  • 35. Slack et al. (1999) destaca que devem ser observados os seguintes parâmetros de ressuprimentos:  Consumo médio mensal.  Estoque mínimo.  Ponto de pedido.  Tempo de reposição.  Estoque máximo. Consumo Médio Mensal: é a quantidade referente à média aritmética das retiradas mensais de estoque.Afim de que haja um grau de confiabilidade razoável, esta média deverá ser obtida pelo consumo dos últimos seis meses. C1 + C2 + C3 + ... + Cn n Estoque Mínimo: é a quantidade mínima que uma mercadoria deverá ter em estoque para determinar a hora do ressuprimento, de acordo com o seu giro e tempo de reposição. Consumo médio(CMM) x Tempo Reposição(TR) Ponto de Pedido: é o momento em que o pedido deve ser colocado junto ao fornecedor. E representado pelo saldo do item em estoque, quantidade de reposição até a entrada de um novo ressuprimento no almoxarifado; pode ser determinado pela seguinte fórmula: PP = C x TR + E.Mn Onde:  PP= ponto de pedido.  C = consumo médio mensal.  TR =Tempo de Reposição.  E.Mn = Estoque Mínimo. Tempo de Reposição: Uma das informações básicas de que se necessita para calcular o estoque mínimo é o tempo de reposição, isto é, o tempo gasto desde a verificação de que o 33
  • 36. estoque precisa ser reposto até a chegada efetiva do material no almoxarifado da empresa. Pode ser dividido em: Emissão do Pedido; Preparação do Pedido;Transporte. Estoque máximo: é igual à soma do estoque mínimo mais o lote de compra. E.Mx = E.Mn + Lote de Compra Outras Rotinas Entrega: alem de realizar a distribuição física dos materiais, a mesma deve controlar tal procedimento através da Requisição de Materiais. Tal procedimento permite ao gestor levantar os custos de cada departamento da organização. Inventário: é uma forma de identificar as quantidades de produtos ou materiais disponíveis nas dependências da empresa. Pode-se avaliar perdas em mercadorias que se tornam obsoletas, o excesso de estoque, as prováveis faltas que ocasionarão parada de produção. Outra finalidade 'e a avaliação financeira e contábil. Atividade 9 – Controle de Estoque 1. O que é necessário analisar para manter um bom controle do almoxarifado? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 2. Elabore uma ficha de controle de estoque de acordo com os dados passados pelo professor. 34
  • 37. Explique: a) Consumo médio mensal: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ b) Estoque mínimo: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ c) Ponto de pedido: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ d)Tempo de reposição: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ e) Estoque máximo: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 35
  • 38. 4. Fique atento à tabela a seguir que relata o consumo de materiais da empresa QRT Ltda e calcule o Consumo médio mensal de cada material: 5. Qual o estoque mínimo necessário para que não falte as peças à partir do momento do pedido, considerando que o consumo médio mensal é de 750 peças e o tempo de reposição é de 2 meses? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 6. Explique o que é o ponto de pedido? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 7. O que é tempo de reposição? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 8. Calcule o Estoque Máximo considerando que o estoque mínimo é de 1.000 unidades e o lote 36
  • 39. de compra é de 30.000 unidades. 9. Explique o que é Inventário. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ SistemaABC ou CurvaABC Slack et al. (1999) destaca que qualquer estoque que contenha mais de um item, alguns itens serão mais importantes para a organização do que outros. Em geral uma pequena proporção dos itens totais contidos em estoque, vão representar uma grande proporção do valor total em estoque. Este fenômeno e conhecido como lei de Pareto, algumas vezes referenciada como a regra 80/20. É chamada assim porque tipicamente 80% do valor do estoque de uma operação e responsável por somente 20% de todos os tipos de itens estoca- dos. A partir de tal regra o gestor pode focar seus esforços no controle de dos itens conside- rados mais significativos. O gráfico a seguir exemplifica a CurvaABC. 37
  • 40. Figura 17 - Gráfico ABC Itens classe A: são aqueles 20% de itens de alto valor que representam cerca de 80% do valor total do estoque. Itens classe B: são aqueles de valor médio, usualmente os seguintes 30% dos itens que representam cerca de 10% do valor total. Itens classe C: são aqueles itens de baixo valor que, apesar de compreender cerca de 50% do total de tipos de itens estocados, provavelmente somente representam cerca de 10% do valor total de itens estocados. Atividade 10 – CurvaABC 1. Explique em que consiste os gruposA, B e C da CurvaABC. ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 2. Preencha o quadro a seguir com os dados que o professor passar e identifique quais deste pertence aos gruposA, B e C no SistemaABC. 38
  • 41. Auto avaliação Ao término do treinamento faça uma reflexão e análise sobre seu aproveitamento deste conteúdo e responda o questionário abaixo. A sua avaliação franca e honesta é muito importante para que possíveis melhorias sejam feitas. Marque um “X” nas perguntas e ao término destaque esta folha e entregue ao instrutor. Aluno(a):_________________________________________________Data: ___/____/_____ 39
  • 42. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS CHIAVENATO, I. Administração: Teoria, Processo e prática. São Paulo. Ed. Makron Books, 1994. DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. 6 ed. São Paulo: Cultura, 1999. _____. O Segredo de Luísa. 2 ed. São Paulo: Editora de Cultura, 2006. DORNELAS, J. C.A. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. _____. Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. _____. Empreendedorismo Corporativo: conceitos e aplicações. Revista de negócios. Blumenau, v.9. n.2. p.81-90,Abril/Junho, 2004. Disponível em: <proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/download/289/276>. Acesso em 18 de Abril de 2011. DRUCKER, P. O Melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo.Ed. Nobel, 2001. GITMAN, L. J. Princípios daAdministração Financeira – 7 ed. Editora Harbra. Guia Pronatec de Cursos FIC 2011. Governo Federal. Brasília – DF. 2011 FILION, L. J.; DOLABELA, F. Boa idéia! E agora? Plano de Negócio, o caminho seguro para criar e gerenciar sua empresa. São Paulo: Cultura EditoresAssociados, 2000. HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. 7 ed. Porto Alegre: 40
  • 43. Bookman, 2004. KLIEMANN,A. H. LOVERA, D. E. R. D. Utilização de Cargas: Conceitos Gerais. Dispinível em: <http://www.eps.ufsc.br/labs/grad/disciplinas/GerenciaDeMateriais/99.1/unitizacao.doc>. Acessado em 28 de dezembro de 2011. KOTLER, P. & ARMSTRONG, G. Administração de Marketing: Análises, Planejamento, Implantação e Controle. São Paulo. Ed.Atlas, 1993. MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da Produção. São Paulo, 2002. MAXIMIANO,A. C.A. Introdução àAdministração. São Paulo,Atlas, 1995. MOREIRA, J. M. Ética Empresarial no Brasil. São Paulo, Ed. Pioneira. MOURA, C. E. Gestão de Estoques. Rio de Janeiro: Ed. Ciencia Moderna, 2004. OLIVEIRA, D. de P. R. de. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial, 13º ed. São Paulo:Atlas, 2002. PEREIRA, H. Treinamento Básico de Almoxarife. 2009. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/treinamento-basico-para- almoxarife/29226>.Acessado em: 28 de dezembro de 2011. RODRIGUES, E. Liderança e Gestão de Projetos: Uma perspectiva prática da gestão de projetos. Disponível em: <http://elirodrigues.com/2011/01/31/como-fazer-um-cronograma>. Acessado em: 30de dezembro de 2011. ROSAS, V. B. Afinal, o que é Ética? Disponível em: <http://eticaeeducacaofisica.blogspot.com/2011/04/afinal-o-que-e-etica.html>. Acesso: 28 de dezembro de 2011. SLACK, N. et al. Administração da Produção. São Paulo:Atlas, 1999. SUAPESQUISA. Conceito de Ética. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/o_que_e/etica_conceito.htm>. Acessado em 20de dezembro de 2011. VAZQUEZ,A. S. Ética. Rio de janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 1998. VALLS, Á. L. M. O que é ética? 7a edição Ed.Brasiliense, 1993. WANKE, P. Gestão de Est. Cadeia de Suprimento. 2º ed. São Paulo:Atlas,2008. JobDescritor. Disponível em: <http://www.promerito.com.br/jobdescriptor/cargos/distrib/almoxarife.htm>. Acessado em : 26 de dezembro de 2011 . Sites Pesquisados –Acervo de Figuras: <http://www.silasmendess.blogspot.com>. <http://www.laercio.com.br>. 41
  • 46.
  • 47. FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA EMPREENDEDORISMO
  • 48.
  • 49. EMPREENDEDORISMO Érica Dias de Paula Santana e Ximena Novais de Morais
  • 50. Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores © Copyright by 2012 - Editora IFPR IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ Reitor Prof. Irineu Mario Colombo Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação Silvestre Labiak Junior Organização Marcos José Barros Cristiane Ribeiro da Silva Projeto Gráfico e Diagramação Leonardo Bettinelli
  • 51. Introdução Certamente você já ouviu falar sobre empreendedorismo, mas será que você sabe exatamente o que significa essa palavra, será que você possui as características necessárias para tornar-se um empreendedor? Esse material busca responder essas e outras perguntas a respeito desse tema que pode fazer a diferença na sua vida! No dia 29 de dezembro de 2008 foi promulgada a Lei nº 11.892 que cria a Rede Federal de Ciência e Tecnologia. Uma das instituições que compõe essa rede é o Instituto Federal do Paraná, criado a partir da escola técnica da Universidade Federal do Paraná. Você deve estar se perguntando “O que isso tem a ver com o empreendedorismo?”, não é mesmo? Pois tem uma relação intrínseca: uma das finalidades desses instituições federais de ensino é estimular o empreendedorismo e o cooperativismo. E como o IFPR vai estimular o empreendedorismo e o cooperativismo? Entendemos que a promoção e o incentivo ao empreendedorismo deve ser tratado com dinamismo e versatilidade, ou seja, esse é um trabalho que não pode estagnar nunca. Uma das nossas ações, por exemplo, é a inserção da disciplina de empreendedorismo no currículo dos cursos técnicos integrados e subsequentes, onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos básicos sobre empreendedorismo e os primeiros passos necessários para dar início a um empreendimento na área pessoal, social ou no mercado privado. Neste material, que servirá como apoio para a disciplina de empreendedorismo e para cursos ministrados pelo IFPR por programas federais foi desenvolvida de forma didática e divertida. Aqui vamos acompanhar a vida da família Bonfim, uma família como qualquer outra que já conhecemos! Apesar de ser composta por pessoas com características muito diversas entre si, os membros dessa família possuem algo em comum: todos estão prestes a iniciar um empreendimento diferente em suas vidas. Vamos acompanhar suas dúvidas, dificuldades e anseios na estruturação de seus projetos e através deles buscaremos salientar questões bastante comuns relacionadas ao tema de empreendedorismo. As dúvidas desta família podem ser suas dúvidas também, temos certeza que você vai se
  • 52. Anotações identificar com algum integrante! Embarque nessa conosco, vamos conhecer um pouco mais sobre a família Bonfim e sobre empreendedorismo, tema esse cada vez mais presente na vida dos brasileiros!
  • 53. Sumário HISTÓRIADO EMPREENDEDORISMO..........................................................................................................7 TRAÇANDO O PERFILEMPREENDEDOR.....................................................................................................8 PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ...............................................................................12 ANÁLISE DE MERCADO ...............................................................................................................................14 PLANO DE MARKETING ...............................................................................................................................15 PLANO OPERACIONAL ................................................................................................................................17 PLANO FINANCEIRO....................................................................................................................................18 EMPREENDEDORISMO SOCIALOU COMUNITÁRIO .................................................................................21 INTRAEMPREENDEDORISMO ....................................................................................................................23 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................25
  • 55. HISTÓRIADO EMPREENDEDORISMO Antes de apresentá-los a família Bonfim, vamos conhecer um pouco da história do empreendedorismo? Você deve conhecer uma pessoa extremamente determinada, que depois de enfrentar muitas dificuldades conseguiu alcançar um objetivo. Quando estudamos a história do Brasil e do mundo frequentemente nos deparamos com histórias de superação humana e tecnológica. Pessoas empreendedoras sempre existiram, mas não eram definidas com esse termo. Os primeiros registros da utilização da palavra empreendedor datam dos séculos XVII e XVIII. O termo era utilizado para definir pessoas que tinham como característica a ousadia e a capacidade de realizar movimentos financeiros com o propósito de estimular o crescimento econômico por intermédio de atitudes criativas. Joseph Schumpeter, um dos economistas mais importantes do século XX, define o empreendedor como uma pessoas versátil, que possui as habilidades técnicas para produzir e a capacidade de capitalizar ao reunir recursos financeiros, organizar operações internas e realizar vendas. É notável que o desenvolvimento econômico e social de uma país se dá através de empreendedores. São os empreendedores os indivíduos capazes de identificar e criar oportuni- dades e transformar ideias criativas em negócios lucrativos e soluções e projetos inovadores para questões sociais e comunitárias. O movimento empreendedor começou a ganhar força no Brasil durante a abertura de mercado que transcorreu na década de 90. A importação de uma variedade cada vez maior de produtos provocou uma significativa mudança na economia e as empresas brasileiras precisa- ram se reestruturar para manterem-se competitivas. Com uma série de reformas do Estado, a expansão das empresas brasileiras se acelerou, acarretando o surgimento de novos empreen- dimentos e trazendo luz à questão da formação do empreendedor.íngua e linguagem e sua importância na leitura e produção de textos do nosso cotidiano. Perfil dos integrantes da família Bonfim Felisberto Bonfim: O pai da família, tem 40 anos de idade. Trabalha há 20 anos na mesma empresa, mas sempre teve vontade de investir em algo próprio. Pedro Bonfim: O filho mais novo tem 15 anos e faz o curso de técnico em informática no IFPR. Altamente integrado às novas tecnologias, não consegue imaginar uma vida desconectada. Clara Bonfim: A primogênita da família tem 18 anos e desde os 14 trabalha em uma ONG de 7
  • 56. Unidade 1 seu bairro que trabalha com crianças em risco social. Determinada, não acredita em projetos impossíveis. Serena Bonfim: Casada desde os 19 anos, dedicou seus últimos anos aos cuidados da casa e da família. Hoje com 38 anos e com os filhos já crescidos, ela quer resgatar antigos sonhos que ficaram adormecidos, como fazer uma faculdade. Benvinda Bonfim:Avovó da família tem 60 anos de idade e é famosa por cozinhar muito bem e por sua hospitalidade. Todos moram juntos em uma cidade na região metropolitana de Curitiba. TRAÇANDO O PERFILEMPREENDEDOR Muitas pessoas acreditam que é preciso nascer com características específicas para ser um empreen- dedor, mas isso não é verdade, essas características podem ser estimuladas e desenvolvidas. O sr. Felisberto Bonfim é uma pessoa dedicada ao trabalho e a família e que embora esteja satis- feito com a vida que leva nunca deixou para trás o sonho de abrir o próprio negócio. Há 20 anos atuando em uma única empre- sa, há quem considere não haver mais tempo para dar um novo rumo à vida. Ele não pensa assim, ele acredita que é possível sim começar algo novo, ainda que tenha receio de não possu- ir as características necessárias para empreender. Você concorda com ele, você acha que ainda há tempo para ele começar? Responda as questões abaixo. Elas servirão como um instrumento de autoanálise e a partir das questões procure notar se você tem refletido sobre seus projetos de vida. Se sim, eles estão bem delineados? O que você considera que está faltando para alcançar seus objetivos? Preste atenção nas suas respostas e procure também identificar quais características pessoais você possui que podem ser utilizadas para seu projeto empreendedor e quais delas podem ser aprimoradas: a) Como você se imagina daqui há 10 anos? _______________________________________________________________________ 8
  • 57. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ b) Em que condições você gostaria de estar daqui há 10 anos? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ c) Quais pontos fortes você acredita que tem? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ d) Quais pontos fortes seus amigos e familiares afirmam que você tem? Você concorda com eles? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ e) Para você, quais seus pontos precisam ser melhor trabalhados _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ f) Na sua opinião, você poderia fazer algo para melhorar ainda mais seus pontos fortes? Como? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 9
  • 58. g) Você acha que está tomando as atitudes necessárias para atingir seus objetivos? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ h) O que você acha imprescindível para ter sucesso nos seus objetivos? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ A ousadia é uma característica extremamente importante para quem pretende iniciar um projeto empreendedor - é necessário estar disposto a correr riscos e buscar novas alternati- vas, mesmo se outras pessoas disserem que não vai dar certo (o que provavelmente sempre ocorrerá em algum momento da trajetória). Isso nos leva a uma outra característica muito importante para um empreendedor, ele precisa ser positivo e confiante, ou seja, precisa acredi- tar em si e não se deixar abalar pelos comentários negativos. Um empreendedor precisa ser criativo e inovador, precisa estar antenado ao que está acontecendo no mundo e estar atento às necessidades do mercado e da comunidade, precisa ser organizado e manter o foco dos seus objetivos. Você já ouviu falar do pipoqueiro Valdir? Valdir Novaki tem 41 e nasceu em São Mateus do Sul-PR, é casado e tem 1 filho. Durante a adolescência trabalhou como boia fria. Mora em Curitiba desde 98 e durante muito tempo trabalhou com atendimento ao público em lanchonete e bancas de jornal. Parece uma história corriqueira, mas o que Valdir tem de tão especial? Valdir conquistou a oportunidade de vender pipoca em carrinho no centro da cidade de Curitiba, mas decidiu que não seria um pipoqueiro qualquer, queria ser o melhor. Em seu carrinho ele mantem uma série de atitudes que o diferenciam dos demais. Além de ser é extremamente cuidadoso com a higiene do carrinho, Valdir preocupa-se com a higiene do cliente também, oferecendo álcool gel 70% para que o cliente higienize suas mão antes de comer a pipoca e junto com a pipoca entrega um kit higiene contendo um palito de dentes, uma bala e um guardanapo. Ele também possui um cartão fidelidade, onde o cliente depois de comprar cinco pipocas no carri- nho ganha outro de graça. Pequenas atitudes destacaram esse pipoqueiro e hoje, além de possuir uma clientela fiel, faz uma série de palestras por todo o país, sendo reconhecido como um empreendedor de sucesso. A simpatia com que atende a seus clientes faz toda a diferença, as pessoas gostam de receber um tratamento especial. 10
  • 59. Conheça mais sobre o pipoqueiro Valdir em: <http://www.youtube.com/watch?v=vsAJHv11GLc>. Há quem julgue que o papel que ocupam profissionalmente é muito insignificante, mas não é verdade, basta criatividade e vontade de fazer o melhor. Toda atividade tem sua importân- cia! Falando em criatividade, vamos estimulá-la um pouco? 1)Já pensou em procurar novas utilidades para os objetos do dia a dia? Como assim? Pense em algum material que você utiliza em seu trabalho ou em casa e em como você poderia utilizá-lo para outra finalidade diferente da sua original. Lembre-se que nem sempre dispo- mos de todos os instrumentos necessários para realizar uma determinada atividade. Nesses momentos precisamos fazer da criatividade nossa maior aliada para realizar as adaptações necessárias para alcançar o êxito em nossas ações! 2)Agora vamos fazer ao contrário, pense em uma atividade do seu dia que você não gosta ou tem dificuldade de fazer. Pensou? Então imagine uma alternativa para torná-la fácil e rápida, pode ser mesmo uma nova invenção! E aí? Viu como a imaginação pode ser estimulada? Habitue-se a fazer as mesmas coisas de formas diferentes: fazer novos caminhos para chegar ao mesmo lugar, conversar com pessoas diferentes e dar um novo tom a sua rotina são formas de estimular o cérebro a encon- trar soluções criativas. Como vimos, a inovação e a criatividade é extremamente importante para um empreendedor, por isso nunca deixe de estimular seu cérebro! Leia bastante, faça pesquisas na área que você pretende investir e procure enxergar o mundo ao redor com um olhar diferenciado! Refletindo muito sobre a possibilidade de abrir seu próprio negócio, o pai da família procurou em primeiro lugar realizar uma autoanálise. Consciente de seus pontos fortes e fracos, ele agora se sente mais seguro para dar o próximo passo: planeja. Antes de tomar alguma decisão importante em sua vida, siga o exemplo do sr. Felisberto! 11
  • 60. PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES Planejar é palavra de ordem em todos os aspectos de nossa vida, você concorda? Quando quere- mos fazer uma viagem, comprar uma casa ou um carro, se não realizarmos um planejamento adequado certamente corremos o risco de perder tempo e dinheiro ou, ainda pior, sequer poderemos alcançar nosso objetivo. Para começar um empreendimento não é diferente, é necessário definir claramente nossos objetivos e traçar os passos necessários para alcançá-los. Para operacionalizar a etapa de planejamento, o Plano de Negócios é uma ferramenta obrigatória. O plano de negócios caracteriza-se como uma ferramenta empresarial que objetiva averiguar a viabilidade de implantação de uma nova empresa. Depois de pronto, o empreende- dor será capaz de dimensionar a viabilidade ou não do investimento. O plano de negócios é instrumento fundamental para quem tem intenção de começar um novo empreendimento, é ele que vai conter todas as informações importantes relativas a todos os aspectos do empreendi- mento. Vamos acompanhar mais detalhadamente os fatores que compõem um Plano de Negócios. Elaboração de um Plano de Negócio 1. Sumário executivo É um resumo contendo os pontos mais importantes do Plano de Negócio, não deve ser extenso e muito embora apareça como primeiro item do Plano ele deve ser escrito por último. Nele você deve colocar informações como: Definição do negócio O que é o negócio, seus principais produtos e serviços, público-alvo, previsão de faturamento, localização da empresa e outros aspectos que achar importante para garantir a 12
  • 61. viabilidade do negócio. Dados do empreendedor e do empreendimento Aqui você deve colocar seus dados pessoais e de sua empresa tal como nome, endere- ço, contatos. Também deverá constar sua experiência profissional e suas características pessoais, permitindo que quem leia seu Plano de Negócios, como um gerente de banco para o qual você pediu empréstimo, por exemplo, possa avaliar se você terá condições de encaminhar seu negócio de maneira eficiente. Missão da empresa A missão deve ser definida em uma ou no máximo duas frases e deve definir o papel desempenhado pela sua empresa. Setor em que a empresa atuará Você deverá definir em qual setor de produção sua empresa atuará: indústria, comér- cio, prestação de serviços, agroindústria etc.. Forma Jurídica Você deve explicitar a forma como sua empresa irá se constituir formalmente. Uma microempresa, por exemplo, é uma forma jurídica diversa de uma empresa de pequeno porte. Enquadramento tributário É necessário realizar um estudo para descobrir qual a melhor opção para o recolhimen- to dos impostos nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal. Capital Social O capital social é constituído pelos recursos (financeiros, materiais e imateriais) dispo- nibilizados pelos sócios para constituição da empresa. É importante também descrever qual a fonte de recursos 13
  • 62. DICA: Tenha muito cuidado na hora de escolher seus sócios, é essencial que eles tenham os mesmos objetivos e a mesma disponibilidade que você para se dedicar ao negócio, se vocês não estiverem bastante afinados há um risco muito grande de enfrentarem sérios problemas na consecução do empreendimento. Diferencial: saliente o diferencial do seu produto ou serviço, ou seja, por qual razão os consumidores irão escolher você ao invés de outro produto ou serviço. ANÁLISE DE MERCADO Clientes Esse aspecto do seu Plano de Negócio é extremamente importantes, afinal é nele que será definindo quais são os seus clientes e como eles serão atraídos. Comece identificando-os:  Quem são?  Idade?  Homens, mulheres, famílias, crianças?  Nível de instrução? Ou ainda, se forem pessoas jurídicas:  Em que ramo atuam?  Porte?  Há quanto tempo atuam no mercado? É importante que você identifique os hábitos, preferências e necessidades de seus clientes a fim de estar pronto para atendê-los plenamente e para que eles possam tê-lo como primeira opção na hora de procurar o produto/serviço que você oferece. Faça um levantamento sobre quais aspectos seus possíveis clientes valorizam na hora de escolher um produ- to/serviço, isso vai ser importante para você fazer as escolhas corretas no âmbito do seu empre- endimento. Saber onde eles estão também é importante, estar próximo a seus clientes vai facilitar muitos aspectos. 14
  • 63. Concorrentes Conhecer seus concorrentes, isto é, as empresas que atuam no mesmo ramo que a sua, é muito importante porque vai te oferecer uma perspectiva mais ampla e realista de como encaminhar seu negócio. Analisar o atendimento, a qualidade dos materiais utilizados, as facilidades de pagamento e garantias oferecidas, irão ajudá-lo a responder algumas perguntas importantes: Você tem condições de competir com tudo o que é oferecido pelos seus concorren- tes? Qual vai ser o seu diferencial? As pessoas deixariam de ir comprar em outros lugares para comprar no seu estabelecimento? Por quê? Em caso negativo, por que não? Mas não esqueça de um aspecto muito importante: seus concorrentes devem ser visto como fator favorável, afinal eles servirão como parâmetro para sua atividade e podem até mesmo tornar-se parceiros na busca da melhoria da qualidade dos serviços e produtos oferta- dos. Fornecedores Liste todos os insumos que você utilizará em seu negócio e busque fornecedores. Para cada tipo de produto, pesquise pelo menos três empresas diferentes. Faça pesquisas na inter- net, telefonemas e, se possível, visite pessoalmente seus fornecedores. Certifique-se de que cada fornecedor será capaz de fornecer o material na quantidade e no prazo que você precisa, analise as formas de pagamento e veja se elas serão interessantes para você. Mesmo após a escolha um fornecedor é importante ter uma segunda opção, um fornecedor com o qual você manterá contato e comprará ocasionalmente, pois no caso de acontecer algum problema com seu principal fornecedor, você poderá contar com uma segunda alternativa. Lembre-se, seus fornecedores também são seus parceiros, manter uma relação de confiança e respeito com eles é muito importante. Evite intermediários sempre que possível, o ideal é comprar direto do produtor ou da indústria, isso facilita, acelera e barateia o processo. PLANO DE MARKETING Descrição Aqui você deve descrever seus produto/serviço. Especifique tamanhos, cores, sabo- res, embalagens, marcas entre outros pontos relevantes. Faça uma apresentação de seu produto/serviço de maneira que possa se tornar atraente ao seu cliente. Verifique se há exigên- cias oficiais a serem atendidas para fornecimento do seu produto/serviço e certifique-se que 15
  • 64. segue todas as orientações corretamente. Preço Para determinar o preço do seu produto/serviço você precisa considerar o custo TOTAL para produzi-lo e ainda o seu lucro. É preciso saber quanto o cliente está disposto a pagar pelo seu produto/serviço verificando quanto ele está pagando em outros lugares e se ele estaria disposto a pagar a mais pelo seu diferencial. Divulgação É essencial que você seja conhecido, que seus clientes em potencial saibam onde você está e o que está fazendo, por isso invista em mídias de divulgação. Considere catálogos, panfletos, feiras, revistas especializadas, internet (muito importante) e propagandas em rádio e TV, analise e veja qual veículo melhor se encaixa na sua necessidade e nos seus recursos financeiros. Estrutura de comercialização Como seus produtos chegarão até seus clientes? Qual a forma de envio? Não se esqueça de indicar os canais de distribuição e alcance dos seus produtos/serviços. Você pode considerar representantes, vendedores internos ou externos, por exemplo. Independente de sua escolha esteja bastante consciente dos aspectos trabalhistas envolvidos. Utilizar instru- mentos como o telemarketing e vendas pela internet também devem ser considerados e podem se mostrar bastante eficientes. Localização A localização do seu negócio está diretamente ligada ao ramo de atividades escolhido para atuar. O local deve ser de fácil acesso aos seus clientes caso a visita deles no local seja necessária. É importante saber se o local permite o seu ramo de atividade. Considere todos os aspectos das instalações, se é de fácil acesso e se trará algum tipo de impeditivo para o desen- volvimento da sua atividade. Caso já possua um local disponível, verifique se a atividade escolhida é adequada para ele, não corra o risco de iniciar um negócio em um local inapropriado apenas porque ele está disponível. Se for alugar o espaço, certifique-se de é possível desenvolver sua atividade nesse 16
  • 65. local e fique atento a todas as cláusulas do contrato de aluguel. PLANO OPERACIONAL Layout A distribuição dos setores da sua empresa de formas organizada e inteligente vai permitir que você tenha maior rentabilidade e menor desperdício. A disposição dos elementos vai depender do tamanho de seu empreendimento e do ramo de atividade exercido. Caso seja necessário você pode contratar um especialista para ajudá-lo nessa tarefa, mas se não for possível, por conta própria procure esquematizar a melhor maneira de dispor os elementos dentro de sua empresa. Pesquise se o seu ramo e atividade exige regulamentações oficiais sobre layout, preocupe-se com segurança e com a acessibilidade a portadores de deficiência. Capacidade Produtiva É importante estimar qual é sua capacidade de produção para não correr o risco de assumir compromissos que não possa cumprir - lembre-se que é necessário estabelecer uma relação de confiança entre você e seu cliente. Quando decidir aumentar a capacidade de produ- ção tenha certeza que isso não afetará a qualidade do seu produto/serviço. Processos Operacionais Registre detalhadamente todas as etapas de produção desde a chegada do pedido do cliente até a entrega do produto/serviço. É importante saber o que é necessário em cada uma delas, quem será o responsável e qual a etapa seguinte. Necessidade de Pessoal Faça uma projeção do pessoal necessário para execução do seu trabalho, quais serão as formas de contratação e os aspectos trabalhistas envolvidos. É importante estar atento à qualificação dos profissionais, por isso verifique se será necessário investir em cursos de capacitação. 17
  • 66. PLANO FINANCEIRO Investimento total Aqui você determinará o valor total de recurso a ser investido. O investimento total será formado pelos investimentos fixos, Capital de giro e Investimentos pré-operacionais. Agora que você tem uma noção básica de como compor um plano de negócios acesse a página <http://www.planodenegocios.com.br/www/index.php/plano-de-negocios/outros- exemplos> e encontre mais informações sobre como elaborar o planejamento financeiro de seu Plano de Negócio, além de outras informações importantes. Lá você encontrará exemplos de todas as etapas de um Plano de Negócio. Faça pesquisas em outros endereços eletrônicos e se preciso, busque o apoio de consultorias especializadas. O sucesso do seu projeto irá depender do seu empenho em buscar novos conhecimentos e das parcerias conquistadas para desenvolvê-lo. Pesquise também por fontes de financiamento em instituições financeiras, buscando sempre a alternativa que melhor se adequará as suas necessidades. Não tenha pressa, estude bastante antes de concluir seu plano de negócio. É importante conhecer todos os aspectos do ramo de atividade que você escolher, valorize sua experiência e suas características pessoais positivas. Lembre-se que o retorno pode demorar algum tempo, certifique-se que você terá condições de manter o negócio até que ele dê o retorno planejado. Separe despesas pessoais de despesas da empresa. Busque sempre estar atualizado, participe de grupos e feiras correla- tas à sua área de atuação. Planejar para clarear! Após buscar auxílio especializada e estudar sobre o assunto, o pai concluiu seu plano de negócios. A partir dele pôde visualizar com clareza que tem em mãos um projeto viável e até conseguiu uma fonte de financiamento adequada a sua realidade. Com o valor do financiamen- to investirá na estrutura de seu empreendimento que será lançado em breve. MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL Que bolo maravilhoso! Você é uma ótima anfitriã. Eu quero a receita desse quindim! A senhora já pensou em vender seus quitutes? Eu? Não, imagine, eu não tenho capacidade para isso! 18
  • 67. Será mesmo que a dona Benvinda não tem capacidade para empreender? Vamos analisar a situação: a vovó é muito conhecida no seu bairro e é admirada pela sua simpatia. Seus quitutes são conhecidos por todos e não é a primeira vez que alguém sugere que ela comece a vendê-los. À primeira vista, o cenário parece ser favorável para que ela inicie seu empreendimento: ela tem uma provável clientela interessada e que confia e anseia por seus serviços. Ao conversar com a família, é incentivada por todos. Com a ajuda dos seus netos, a vovó vai atrás de informações e descobre que se enquadra nos requisitos para ser registrada como microempreendedora individual. Você conhece os requisitos para se tornar um microempreendedor individual? A Lei Complementar 128/2008 criou a figura do Microempreendedor Individual – MEI, com vigência a partir de 01.07.2009. É uma possibilidade de profissionais que atuam por conta própria terem seu trabalho legalizado e passem a atuar como pequenos empresários. Para se enquadrar como microempreendedor individual, o valor de faturamento anual do empreendimento deve ser de até 60 mil reais. Não é permitida a inscrição como MEI de pessoa que possua participação como sócio ou titular de alguma empresa. O MEI possui algumas condições específicas que favorecem a sua legalização. A formalização pode ser feita de forma gratuita no próprio Portal do Empreendedor. O cadastro como MEI possibilita a obtenção imediata do CNPJ e do número de inscrição na Junta Comercial, sem a necessidade de encaminhar quaisquer documentos previamente. Algumas empresas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional estão habilitadas a realizar também a formalização. Custos Há alguns custos após a formalização. O pagamento dos custos especificados abaixo é feito através do Documento deArrecadação do Simples Nacional, que pode ser gerado online :  5% de salário mínimo vigente para a Previdência.  Se a atividade for comércio ou indústria, R$ 1,00 fixo por mês para o Estado.  Se a atividade for prestação de serviços, R$ 5,00 fixos por mês para o Município. 19
  • 68. Exemplo de atividades reconhecidas para o registro como MEI: A dona Benvinda se registrou como doceira. São diversas as atividades profissionais aceitas para o registro como microempreendedor individual. Algumas delas são: Artesão, azulejista, cabeleireiro, jardineiro, motoboy. Para conhecer todas as atividades, acesse o site <http://www.portaldoempreendedor.gov.br>. Todos podem empreender! Hoje a vovó está registrada como microempreendedora individual e aos poucos sua clientela está crescendo. Recentemente ela fez um curso para novos empreendedores e já está com planos de expandir seus serviços nos próximos meses, talvez ela precise até mesmo contratar um ajudante para poder dar conta das encomendas que não param de aumentar. O microempreendedor individual tem direito a ter um funcionário que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional a qual pertença. Atividade Formativa  Acesse o conteúdo sobre microempreendedor individual no Portal do Empreendedor e discuta com seus colegas sobre o tema.  Pense em alguém que exerça uma atividade profissional informalmente. Quais vantagens você apontaria para convencer essa pessoa a realizar seu cadastro como Microempreendedor Individual?  Pesquise sobre linhas de crédito e incentivo específicas para microempreendedores individuais no Brasil. Muitas pessoas acreditam que características empreendedoras já vem de berço: ou se nasce com elas ou não há nada a ser feito. Pois saiba que é possível através de uma educação voltada para o empreendedorismo desenvolver características necessárias para o início de um empreendimento. Esse empreendimento não precisa ser necessariamente um negócio com Empreender 20
  • 69. fins lucrativos, pode ser um um objetivo pessoal, um sonho em qualquer área da sua vida. A pedagogia empreendedora de Fernando Dolabela afirma que a educação tradicional a qual somos submetidos nos reprime e faz com que percamos características importantes no decorrer de nossa trajetória, levando muitas pessoas a crer que não são capazes de empreen- der. Sua proposta de educação busca romper com esse pensamento e inserir no sistema educacional aspectos que priorizem a criatividade e a autoconfiança para que quando estas crianças atingirem a idade adulta possam enxergar a possibilidade de abrir um negócio como uma alternativa viável. Não podemos esquecer que é empreendedor, em qualquer área, alguém que tenha sonhos e busque de alguma forma transformar seu sonho em realidade. O sonho pode ser abrir um negócio, fazer um curso, aprender uma língua ou mudar a realidade social em que vive. É inegável que para realizar qualquer um desse itens é essencial estar comprometido com o trabalho, ser ousado e estar disposto a enfrentar desafios. O empreendedorismo pode ser aprendido e está relacionado mais a fatores culturais do que pessoais e consiste em ser capaz de cultivar e manter uma postura e atitudes empreende- doras. O Pedro está tendo seu primeiro contato com o empreendedorismo na sala de aula e eles e seus amigos já estão cheio de ideias. Eles planejam usar os conhecimentos adquiridos na disciplina e escrever um projeto para dar início a uma empresa júnior na área de informática. Inspire-se Certamente você já deve ter ouvido falar da Cacau Show, mas você conhece a história dessa marca? Você sabia que ela nasceu do sonho de um rapaz que vendia chocolates de porta em porta em um fusca? Não? Então leia mais em: <http://www.endeavor.org.br/endeavor_tv/start-up/day1/aprendendo-a-ser- empreendedor/empreendedorismo-em-todos-os-sentidos> e inspire-se! EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO Educação empreendedora O empreendedor é aquele que tem como objetivo maior o lucro financeiro a partir Que belo trabalho! Moro em outra cidade e gostaria de levar um projeto parecido para lá! 21
  • 70. de um empreendimento, correto? Não necessariamente! O objetivo maior do empreendedor social ou comunitário pode ser desde o desenvolvimento social de uma comunidade inteira à luta pela preservação de uma reserva ambiental. Vejamos o exemplo da Clara. Desde a sua adolescência ela atua em uma organização não-governamental que lida com crianças carentes, dando ênfase na emancipação social dessas crianças através da arte, de esportes e da educação. O projeto, que começou com uma pequena dimensão, hoje atende não apenas seu bairro, como três outros próximos. É impor- tante lembrar que o sucesso do projeto dependeu de sujeitos empreendedores, que se compro- meteram com a causa e, com criatividade e competência foram capazes de expandir o projeto. Agora com o apoio da Clara e com o espírito empreendedor de mais um grupo, uma nova cidade será atendida pelo projeto e novas crianças serão beneficiadas! Vamos conhecer mais sobre empreendimentos sociais e comunitários? Empreendedorismo Social O empreendedorismo social ultrapassa a noção de mera filantropia - há espaço aqui para metas, inovação e planejamento. Muitas organizações não governamentais tem uma estrutura semelhante a qualquer empresa com fins lucrativos. A Pastoral da Criança é um exemplo de um empreendimento social de sucesso. Sua fundadora, a Drª ZildaArns, aliou sua experiência profissional como médica pediatra e sanitaris- ta e sua própria sensibilidade para identificar um método simples e eficaz para combater a mortalidade infantil. Qual foi o ponto inovador do trabalho assumido pela Pastoral da Criança? Foi confiar às comunidades afetadas pelo problema de mortalidade infantil o papel de multipli- cadores do saber e de disseminadores da solidariedade. Empreendedorismo Comunitário O empreendedorismo comunitário consiste no movimento de organização de grupos e pessoas com o propósito de alcançar um objetivo comum, fortalecendo uma atividade que, se realizada individualmente, não seria capaz de alcançar a projeção adequada no mercado. No Brasil, a economia solidária ascendeu no final do século XX, em reação à exclusão social sofrida pelos pequenos produtores e prestadores de serviço que não tinham condições de concorrer com grandes organizações. Imagine um pequeno produtor de leite em uma região onde atua um grande produtor de leite. Sozinho, ele não tem condições de concorrer com o grande produtor no mercado ou 22
  • 71. receber financiamentos para expandir sua produção, por exemplo. Ao se aliar com outros pequenos produtores, o negócio adquire uma nova dimensão, onde são favorecidos não ape- nas os produtores, que agora tem condições de levar seu produto ao mercado com segurança e em nível de igualdade com o outro produtor, mas também todo o arranjo produtivo daquela região. Em 2003 foi criada pelo Governo Federal a Secretaria Nacional de Economia Solidária, que tem a finalidade de fortalecer e divulgar as ações de economia solidária no país, favorecen- do a geração de trabalho, renda e inclusão social. Atividade Formativa  Dê um exemplo de uma organização não-governamental. Que trabalho essa organização realiza? Você acredita que os gestores dessa ONG são empreendedores? Por quê?  Identifique em seu bairro ou cidade uma carência que não foi suprida pelo setor público ou um trabalho exercido informalmente por algumas pessoas que possa ser fortalecido através da formação de uma estrutura de cooperativismo. Proponha uma ação que você acredita que possa transformar a realidade desse grupo.  Você já ouviu falar em sustentabilidade? Dê um exemplo de uma ação sustentável que você já adota ou que possa ser adotada no seu dia a dia e como essa ação pode afetar positiva- mente o meio em que você vive. INTRAEMPREENDEDORISMO A srª Serena Bonfim há muito tempo mantém o sonho de fazer uma faculdade. Depois de tantos anos dedicados à família, ela está certa que está na hora de investir mais em si mes- ma. Além disso, com seu marido prestes a abrir uma empresa, ela está disposta a usar os conhecimentos adquiridos na graduação para trabalhar diretamente no novo empreendimento e contribuir com seu desenvolvimento. Você pode estar pensando: “ E se eu não quiser abrir um negócio, e se eu não quiser ser 23
  • 72. um empresário?”. Abrir uma empresa é apenas uma alternativa, caso você não tenha intenção de ter seu próprio negócio você ainda pode ser um empreendedor. O intraempreendedorismo é quando o empreendedorismo acontece no interior de uma organização, é quando alguém mesmo não sendo dono ou sócio do negócio mantém uma postura empreendedora dando sugestões e tendo atitudes que ajudam a empresa a encontrar soluções inteligentes. Intra empreendedores são profissionais que possuem uma capacidade diferenciada de analisar cenários, criar ideias, inovar e buscar novas oportunidades para as empresas e assim ajudam a movimentar a criação de ideias dentro das organizações, mesmo que de maneira indireta. São profissionais dispostos a se desenvolver em prol da qualidade do seu trabalho. A cada dia as empresa preocupam-se mais em contratar colaboradores dispostos a oferecer um diferencial, pessoas dedicadas que realmente estejam comprometidas com o bom andamento da empresa. Esse comportamento não traz vantagens somente para a empresa, mas os funcionários também se beneficiam, na participação dos lucros, por exemplo, vanta- gens adicionais que as empresas oferecem a fim de manter o funcionário e, principalmente, na perspectiva de construção de uma carreira sólida e produtiva. Acapacitação contínua, o desenvolvimento da criatividade e da ousadia são caracterís- ticas presentes na vida de um intraempreendedor.  Vamos analisar se você tem características de um intraempreendedor?  Você gosta do seu trabalho e do ambiente em que trabalha?  Você está sempre atento às novas ideias?  Você gosta de correr riscos e ousar novas ideias?  Você procura soluções em locais incomuns?  Você é persistente e dedicado?  Você mantém ações proativas?  Você busca fazer novas capacitações regularmente? Caso você não tenha ficado suficientemente satisfeito com as respostas a estas per- guntas, utilize o espaço abaixo para listar atitudes que podem ajudá-lo a ser um funcionário intraempreendedor. O que fazer? Como fazer? Quando fazer? 24
  • 73. Conclusão Muitos acreditam que para ser empreendedor é necessário possuir um tipo de vocação que se manifesta somente para alguns predestinados, mas ao acompanhar a trajetória da família Bonfim, podemos notar que o sonho de empreender está ao alcance de todos nós. Como qualquer sonho, esse também exige planejamento e dedicação para que seja concretizado com sucesso. Agora que você aprendeu os princípios básicos do empreendedorismo, que tal fazer como os membros da família Bonfim e investir nos seus sonhos? REFERÊNCIAS <http://www.portaldoempreendedor.gov.br>. <http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/sies.asp>. <http://www.pastoraldacrianca.org.br>. <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/cog/v14n1/v14n1a05.pdf>. <http://www.sobreadministracao.com/intraempreendedorismo-guia-completo>. <http://www.hsm.com.br/editorias/inovacao/intraempreendedorismo-voce-ja-fez-algo-diferente-hoje>. <http://www.captaprojetos.com.br/artigos/ResenhaFDsite.pdf>. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elselvier, 2008. 3ª edição revista e atualizada. ROSA, C.A. Como elaborar um plano de negócio. Rio de Janeiro: Sebrae, 2007. DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. 25
  • 75.
  • 77. FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA PLANO DE AÇÃO PROFISSIONAL
  • 78. Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores © Copyright by 2012 - Editora IFPR IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ Reitor Irineu Mario Colombo Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação Silvestre Labiak Junior Organização Jeyza da Piedade de Campos Pinheiro Marcos José Barros Revisão Ortográfica Rodrigo Sobrinho Projeto Gráfico e Diagramação Leonardo Bettinelli
  • 79. 3
  • 80. Caro (a) estudante, O Plano de Ação Individual – PAI será elaborado por você durante sua qualificação profissional nos cursos FIC (Formação Inicial e Continuada) do PRONATEC – IFPR. O destino desta viagem é apresentado por meio de um roteiro que o ajudará a lembrar e a organizar informações sobre suas experiências de trabalho e de seus familiares e a planejar a continuidade de seus estudos, incluindo sua formação escolar e seus planos profissionais. O PAI é um instrumento que integra os conteúdos dos cursos FIC, devendo ser alimentado com suas ideias, pesquisas, experiências de trabalho e escolhas pessoais, com o objetivo de orientar e organizar sua trajetória acadêmica. No decorrer do curso você desenvolverá atividades coletivas e individuais com a orientação do professor em sala de aula, e fará o registro destas informações, resultados de pesquisas e reflexões do seu cotidiano de forma sistematizada nas fichas que compõem o Plano. Toda a equipe pedagógica e administrativa contribuirá com você, orientando-o e ajudando-o a sistematizar estes dados. O preenchimento deste instrumento por você, será um referencial na sua formação e na construção do seu conhecimento, no processo de ensino- aprendizagem. Bom estudo!
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  • 84. Sumário Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formação Inicial e continuada – FIC (IFPR/PRONATEC) .........................................10 Ficha 2: Quem sou? ..............................................................................................................................................................................11 Ficha 3: O que eu já sei? .......................................................................................................................................................................12 Ficha 4: Minha trajetória profissional......................................................................................................................................................13 Ficha 5: O que ficou desta etapa do curso?...........................................................................................................................................14 Ficha 6: Resgate histórico da vida profissional da minha família...........................................................................................................15 Ficha 7: Comparando as gerações. .......................................................................................................................................................16 Ficha 8: Refletindo sobre minhas escolhas profissionais.......................................................................................................................17 Ficha 9: Pesquisando sobre outras ocupações do Eixo Tecnológico do curso que estou matriculado no IFPR/PRONATEC. .............18 Ficha 10: Pesquisando as oportunidades de trabalho no cenário profissional. .....................................................................................19 Ficha 11: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................20 Ficha 12: Vamos aprender mais sobre associação de classe. ..............................................................................................................21 Ficha 13: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................22 Ficha 14: O que eu quero? ( hoje eu penso que...)................................................................................................................................23 Ficha 15: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................24 Ficha 16: Planejando minha qualificação profissional............................................................................................................................25 Ficha 17: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................26 Ficha 18: Momento de avaliar como foi o curso ofertado pelo IFPR/PRONATEC.................................................................................27 Referências bibliográficas ...................................................................................................................................................................28
  • 86. Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formação Inicial e Continuada – FIC (IFPR/PRONATEC). No quadro abaixo liste o curso de Formação Inicial e Continuada – FIC, em que você está matriculado no IFPR e as possíveis áreas de atuação. Solicite ajuda ao seu (ua) professor (a) para o preenchimento: O que você espera deste curso FIC? Utilize o espaço abaixo para descrever suas expectativas através de um texto breve. _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ Curso Programa que oferta Eixo tecnológico Demandante Áreas de atuação