2. Caracterização geral da
personagem
Uma mulher nobre e culta, de uma categoria social elevada.
Apaixonada, pessimista, melancólica, desesperada e
aterrorizada pelo passado, sempre muito angustiada e num
conflito interior.
Crente em superstições, agoiros e dias fatais.
3. D. Madalena começa a obra a ler um excerto dos
Lusíadas.
- Excerto esse que incluí parte do episódio de D. Inês
de Castro.
A partir deste início de obra podemos concluir que
D. Madalena era uma senhora nobre e com um
determinado estatuto social.
E conseguimos fazer uma relação de D. Madalena
com D. Inês de Castro, através da sua relação
amorosa, trágica.
A-1
C-1
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
4. D. Inês de Castro D. Madalena de Vilhena
D. Inês de Castro conhece D.
Pedro e apaixona-se
perdidamente por ele;
D. Madalena conhece Manuel e
apaixona-se perdidamente por
ele;
D. Pedro casa com Constança;
D. Madalena estava casada
com D. João;
Possibilidade de D. Pedro e D.
Inês casarem;
Casamento de D. Madalena e
Manuel após a “morte” de D.
João;
Tragédia: aproveitando a
ausência de D. Pedro, D. Inês é
morta.
Tragédia: D. Madalena morre
como esposa e mãe.
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D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
5. Após esta leitura D. Madalena “acorda” de uma
reflexão estando calma até ao momento em que
reflete sobre o que se passa ou poderá vir a passar....
Após a reflexão D. Madalena entra num conflito
interior, estando bastante confusa e angústiada.
Tudo nas falas de D. Madalena remetem para um
estado de espirito triste, confuso, perturbado pelo
passado.
- As interjeições (“oh!”)
- As frases exclamativas (“mas eu!”)
- As antíteses (“que amor,que felicidade...que
desgraça a minha!”)
- As reticências que deixam a frase por acabar
(“Com paz e alegria d’alma...”)
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C-1
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
6. Existe uma superstição por parte de D. Madalena de
que D.Sebastião ainda possa estar vivo.
- Mas de acordo com esta superstição a tese é
igualmente plausível para D. João que pertencia ao
mesmo grupo de guerreiros que partiu para a batalha de
Alcácer Quibir, o que fazia D. Madalena ficar com medo.
- Um pecado como o que ela cometeu acabaria
com a família que criou com D. Manuel. O seu casamento
ficaria completamente de “rastos” pois, D. Madalena sabia
que ao ter aquela relação estava a trair Manuel e D.João
ao mesmo tempo.
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C-2
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
7. D. Madalena mostra-se muito uma pessoa preocupada,
mais propriamente com os outros do que consigo mesma.
- Para D. Madalena a família era tudo, principalmente
Maria que era uma menina fora do normal devido à sua
doença, e que precisa de toda a atenção possível.
- (“Minha querida Maria, (...) Isso é o que nos aflige, a
teu pai e a mim; queria-te ver mais alegre, folgar mais, e com
coisas menos...”)
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C-
3/4
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
8. D. Madalena recebe a informação de que vai ter de mudar
de casa pois está a haver uma invasão por parte dos
governadores
- D. Madalena fica admirada com tanta coragem por
parte de D. Manuel ao tomar esta decisão, até que recebe a
informação que a casa para onde vai é a sua antiga casa e
de D. João.
(“Para a única parte para onde podemos ir: a casa
não é minha...mas é tua, Madalena”)
- Viver com algo que a atormentava já não era bom,
ainda mais agora que vai ter de conviver diariamente com
um ambiente onde existem recordações, que lhe fazem
relembrar o possível adultério que estaria a cometer caso D.
João estivesse vivo.
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C-7
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
9. A-1
C-12
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
No momento em que a casa de D. Manuel é queimada o
retrato do mesmo também é queimado.
- D.Madalena fica aterrorizada com tal acontecimento.
O retrato ao ser queimado remete para um indicío trágico
que é a morte de D. Manuel, algo que D. Madalena não
queria que acontecesse, como “aconteceu” com D. João.
- Os gritos, a reação de desgosto de D. Madalena
mostram o quanto está afetada pelo passado, o quanto se
sente insegura, com medo. Conseguimos ver a mulher
desequilibrada em que se tornou.
10. A-2
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D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
D. Madalena mais uma vez encontra-se confusa, está
com um sentimento contraditório. Ao mesmo tempo está
feliz pelo facto de Maria estar bem, e por poder estar
outra vez com D. Manuel sem a presença dos
governadores, mas esta sente-se triste pelo facto de eles
se irem embora e a deixarem sozinha, ainda mais na
sexta-feira dia que D. João partiu para a batalha e nunca
mais voltou.
Sente medo de ficar sozinha. Podemos ver este medo
através de este pequeno excerto (“Logo hoje! Este dia de
hoje é o pior. Se fosse amanhã, se fosse passado hoje! E
quando estarás de volta?”)(Oh Maria, Maria também tu
me queres deixar! Também tu me desamparas e hoje!!”)
11. A-2
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D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
(“Porque nunca assim estive. Vão, vão, adeus! Adeus
esposo do meu coração! Maria, minha filha, toma sentido
no ar, não te resfries. E o sol. Não saias do toldo no
bergantim”)
- Podemos ver através desta fala a preocupação que
ela tem para com a sua filha, um amor incondicional por ela.
Apesar deste amor podemos ver que este que tem pela sua
filha não supera o seu amor por Manuel. Nesta passagem
podemos ver que a despedida de D. Manuel é feita em
primeiro lugar e só seguidamente se despede da filha.
12. A-2
C-10
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
(“Hoje...Hoje!, (...) é um dia fatal para mim, faz anos que...
casei a 1ª vez, faz anos que se perdeu D. Sebastião e faz
anos também que vi pela primeira vez D.
Manuel.”)(“Conto. Este amor que hoje está santificado e
bendito no céu, porque Manuel de Sousa é meu marido,
começou com um crime, porque eu amei-o assim que o
vi, e quando o vi, hoje, hoje, foi em tal dia como hoje, D.
João ainda era vivo.”)(“Permitiu Deus...quem sabe para
me tentar? Que naquela funesta batalha de alcacer quibir,
ficasse também D.João.”)
13. A-2
C-14
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
D. Madalena deixa-se dominar por agouros e crenças que
só aumentam a sua infelicidade.
-A vinda do Romeiro trouxe consigo a desgraça de
D. Madalena e da sua família. Quando D. Madalena
descobre que D.João está vivo esta fica apavorada e o seu
pior pesadelo tornara-se realidade, não havia mais nada que
pudesse fazer. Era o fim.
-D. Madalena com a confusão que estava dentro dela
nem conseguiu reconhecer D. João quando esteve a falar
com o Romeiro. Só quando as coisas já não podiam ser
mudadas é que esta percebeu o sentido das palavras do
Romeiro.
14. A-3
C-
[6,10]
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
Esta paixão cometida em pecado arrasta D. Madalena e
D. Manuel para uma situação de adultério ainda que pela
parte de D. Manuel tenha sido involuntário.
D. Madalena ainda tenta remover a ideia da cabeça de D.
Manuel, dizendo que o Romeiro poderia ser um impostor,
mas D. Manuel só vê uma solução que é continuar a sua
vida para o sacerdócio
Por fim Maria morre de desgosto (tuberculose), vendo
assim apenas a solução de D. Madalena e D. Manuel
deixarem de ser casados e cada um ingressarno
convento (refúgio na religião).
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C-
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
Caracterização Final de
Madalena de Vilhena :
D. Madalena é uma mulher romântica com um estado de
de espirito conflituoso e complicado.
Revela-se ao longo da obra uma mulher desequilibrada a
nivel emocional, irracional, os sentimentos de culpa
torturam-na não a deixando viver o presente. Vivendo
assim um paralelismo com D. Inês de Castro.
Os sentimentos de tristeza, angústia, terror, culpa e medo
dominam a razão
A linguagem onde predomina a função emotiva de D.
Madalena é cheia de interrogações, frases exclamativas,
e o seu discurso espontâneo.
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C-
D. Madalena de
Vilhena
Frei Luís de
Sousa
Bibliografia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Madalena_de_Vilhena
http://pt.slideshare.net/AnaGomes40/frei-lus-de-sousa-
58675188?qid=314daccf-0465-43a8-b057-
bcc3a842744f&v=&b=&from_search=6
Português Onze – 11º ano –Trindade, Brigida; Duarte,
Cristina; Rodrigues, Fátima; Lemos, Lúcia; Dine,
Madalena.