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Fénix Digital
                                       Número 3 | Periodicidade Trimestral | Julho 2011


Editorial



Elementos, Dinâmicas, Sucessos


O terceiro e último número deste ano do Jornal Fénix Digital         guesa e Matemática) e numa formação pedagógica mais trans-
vem confirmar o que já sabíamos: as escolas e os agrupamentos        versal realizada em diversos seminários regionais, para além do
da rede Fénix afirmaram-se à escala nacional como um conjunto        encontro nacional dirigido pelo prof. António Nóvoa.
com uma identidade própria, com dinâmicas de intervenção ter-        Não há dúvida que o conhecimento, a escuta e a proximidade
ritorial, com práticas pedagógicas e organizacionais geradores       foram os elementos que geraram uma dinâmica que conduziu a
de sucessos de natureza plural.                                      excelentes resultados escolares no final do ano. A nível de cada
Neste número, continuamos a dar voz às escolas e aos pro-            agrupamento e da equipa AMA-Fénix. Por isso, neste número,
fessores, praticando deste modo os direitos de autoria. Conti-       não podemos deixar de enunciar uma palavra de satisfação e
nuamos a convidar personalidades de referência no campo da           congratulação: satisfação pelo sentido de elevada responsabili-
educação para enriquecerem o nosso conhecimento e o nosso            dade e compromisso; congratulação pelas qualidades dos pro-
olhar. Continuamos a ser o palco das palavras que acedem os          cessos pedagógicos e dos resultados alcançados.Todas as pesso-
horizontes de possibilidade de aprendizagens exigentes e rele-       as que trabalharam nestes territórios onde se teceu um sucesso
vantes.                                                              mais consistente merecem o reconhecimento e os parabéns.
O Projecto Fénix assume-se cada vez mais como a promessa             E que nos alentam para um novo ano que não pode deixar de
cumprida de mais e melhores aprendizagens para todos os alu-         continuar a ser de grande exigência nos modos de fazer apren-
nos. Para isso investiu numa formação disciplinar realizada ao       der os alunos e de comprometer todos os actores educativos
longo do ano e centrada na acção (nos casos da Língua Portu-


José Matias Alves




                                                                 1
Índice


Pág. 3 - Crónica - Luísa Araújo

Pág. 4 - Algumas Notas Sobre o Projecto Fénix -
Cristina Loureiro

Pág. 5-6 - O Presente do Futuro - Júlio Castro

Pág. 7 - Diário de Viagem - Maria Conceição Jorge

Pág. 8 - Blogar no 1ºCiclo - João Chanoca

Pág. 9-10 - Testemunhos - Cristina Almeida, Júlio Sousa,
Marisa Carvalho e Gabriela Velasquez


Pág. 11-12 - À Conversa com... Helena Damião

Pág. 13-14 - Notícias

Pág. 15 - Arte e Motivação - Criação de Fantoches na Es-
cola de Mões Agrupamento de Escolas de Castro de Aires


Pág. 16 - O Projecto Fénix em Rede:Visitas e Encon-
tros Regionais

Pág. 17 - Formação Fénix 2010/2011

Pág. 18 - Seminário Nacional Mais Sucesso – Projecto
Fénix Sessão de Encerramento – 15 de Julho de 2011


Pág. 19-20 - Leituras

Pág. 21 - A Escola com a Família - Madalena Cavaco

Pág. 22 - A palavra a Manuel António Pina

Pág. 23 - Recursos Digitais

Pág. 24 - Imprensa na Escola


                               2
Crónica
A Educação Pré-escolar e o Bem Estar

Em Portugal, o investimento público na educação pré-escolar mais que      gramas durante a primeira infância também afecta o bem estar futuro e
duplicou desde 1996. Balanços recentes sobre o impacto da frequência      as aprendizagens na etapa de ensino subsequente. A utilização, para fins
pré-escolar no bem estar dos adultos de amanhã, a nível educacional e     de monitorização, de indicadores de qualidade como sejam a formação
sócio-afectivo, não parecem deixar dúvidas: o investimento neste pri-     universitária dos educadores, o rácio-educador-criança e a adequação
meiro nível de educação deixa marcas positivas e indeléveis (Reynolds,    dos espaços físicos à actividade pedagógica estão já bem cimentados
Temple, Ou, Arteaga & White, 2011). Adultos na terceira década de vida    tanto em Portugal como na Europa em geral.
que frequentaram o pré-escolar enquanto crianças, quando comparados       Mais recentemente, têm-se feito vários estudos que procuram compre-
com as que não participaram, tem mais sucesso na escola, melhor saúde     ender como a qualidade dos programas curriculares para a educação
e melhores empregos e salários. E o impacto não se limita ao bem estar    pré-escolar podem servir de alavanca para as aprendizagens no 1.º Ciclo
pessoal mas também ao bem estar social, já que as crianças que frequen-   e resultados mostram que programas mais sequenciais asseguram uma
tam este nível de ensino se revelam socialmente bem adaptadas.Têm ín-     melhor transição. Por exemplo, sabe-se hoje que as crianças que iniciam
dices de comportamentos delinquentes e de abuso de subtâncias ilícitas    o 1º. Ciclo com pouco ou nenhum conhecimento das letras do alfabeto
bem mais reduzidos do que aquelas que não frequentam o pré-escolar.       têm maior probabilidade de ter problemas na aprendizagem da leitura.
Na União Europeia, o conceito de acesso universal a este nível educa-     Sabe-se ainda a enorme importância que a leitura em voz alta feita re-
cional pressupõe a cobertura de crianças entre os três e os cinco anos    gularmente pelo educador tem no acumular de novos conceitos e de
de idade. No entanto, nem todos os países, Portugal incluído, consegui-   vocabulário por parte das crianças. Iniciativas como o Plano Nacional de
ram até agora chegar ao patamar de inclusão de 90% das crianças entre     Leitura de certo contribuem para que boas práticas como estas ganhem
estas idades na educação pré-escolar. Em Portugal, só entre os quatro e   terreno. No entanto, talvez fosse tempo para rever as pioneiras orienta-
os cinco anos de idade se regista uma taxa ligeiramente superior a 90%.   ções curriculares para a educação pré-escolar pois parece que melhores
Quer isto dizer que ainda há um caminho a percorrer, mas não podemos      orientações podem levar a melhores resultados.
deixar de considerar apenas metas quantitativas. A qualidade dos pro-



Luísa Araújo
Joint Research Center, European Commission




                                                                                                                                                     	
  




                                                                                 3
Algumas
notas
  o sobre
    Projecto
 Fénix
Na EB Comendador Ângelo Azevedo, o Projecto Fénix envolve duas              Esta possibilidade de trabalhar com grupos com características bem di-
turmas do sexto ano de escolaridade e duas turmas do oitavo ano, em-        ferentes é sem dúvida fundamental e implica um respeito pela individu-
bora apenas o oitavo ano tenha sido objecto de contratualização oficial     alidade dos nossos alunos, que devem ser encarados de acordo com as
nas áreas curriculares disciplinares de Língua Portuguesa e Matemática.     suas especificidades.
Como pontos fortes do Projecto, é de realçar uma intensa cooperação         Na nossa escola, a constituição dos ninhos teve por base as compe-
entre os docentes que trabalham de uma forma muito produtiva na             tências que os alunos apresentavam, não só ao nível das aprendizagens
definição de competências e na selecção de metodologias e estratégias       escolares, mas também pessoais e sociais. A integração em grupos mais
mais adequadas aos grupos com os quais lidam diariamente.                   reduzidos foi muito benéfica para alguns alunos que, embora não apre-
O trabalho de cooperação permitiu a concretização de actividades que        sentassem grandes dificuldades ao nível das aprendizagens escolares, re-
nunca se realizaram na escola. Um dos exemplos é o Atelier de Escrita       velavam uma fraca auto-estima que estava a condicionar o seu sucesso
Criativa que envolveu os alunos do 8º ano em várias actividades de es-      pleno.
crita com o intuito de desenvolver nos alunos o gosto pela escrita.         A satisfação dos docentes envolvidos no Projecto manifesta-se quando
Os resultados obtidos pelos alunos permitem-nos concluir que o Pro-         os alunos conseguem atingir os objectivos definidos e se apercebem
jecto está a dar os seus frutos. Efectivamente, o número de alunos com      que os progressos feitos pelos alunos estão a ter reflexos positivos nas
nível inferior a três é mais reduzido quando comparado com os da-           outras áreas curriculares disciplinares.
dos de anos anteriores. Para além disso, é de sublinhar que a criação       Para valorizar o grupo de alunos envolvidos no Projecto foi comemora-
de turmas de homogeneidade relativa permitiu-nos reunir um número           do o Dia do Projecto Fénix na BE/CRE, no dia 7 de Junho. Decorreram
significativo de alunos que consegue atingir de forma rápida e eficaz as    exposições com trabalhos realizados pelos alunos nas diferentes áreas
competências, o que contribuiu para a existência de um elevado núme-        curriculares disciplinares e não disciplinares e uma projecção com várias
ro de alunos com níveis quatro e cinco, comparativamente com o que          fotografias dos alunos Fénix que participaram em diferentes actividades.
existia em anos anteriores. Este conjunto de alunos é um verdadeiro
desafio, pois consegue-se ir mais além do que aquilo que foi inicialmente
definido.



Cristina Loureiro
EB Comendador Ângelo Azevedo




                                                                                   4
O
                                                              presente
                                                               do
                                                                futuro
“Nenhum vento é favorável para um barco que anda à deriva. E anda à          3.Explicação da distribuição dos horários
deriva se não existe um projecto concreto de viagem, se não há forma de      Numa perspectiva organizacional, constituímos os apoios nas turmas
controlar o barco ou se não estamos a navegar na direcção correcta” Santos   do Agrupamento de Escolas de Vagos, seguindo a filosofia dos Ninhos.
Guerra, 2002.                                                                Assim:
                                                                                      3.1. No primeiro ciclo, constituímos Ninhos nas turmas que te-
1.Breve nota sobre o contexto do Projecto                                    rão apoio. A gestão dos Apoios foi feita de acordo com princípios de
No ano lectivo 2009-2010, um novo desafio foi colocado ao nosso Agru-        ordem pedagógica, de apoiar um grupo reduzido de alunos, num outro
pamento ao sermos seleccionados para o Projecto Mais Sucesso Escolar         espaço e trabalhando os mesmos conteúdos/competências que o pro-
– Tipologia Fénix. A filosofia, metodologia de trabalho do Projecto Fé-      fessor titular, reajustando a gestão dos tempos lectivos de cada área cur-
nix, veio exactamente ao encontro das nossas preocupações ligadas ao         ricular intervencionada, de modo a fazer coincidir o horário das Turmas
princípio nuclear da diferenciação pedagógica, no sentido de responder       com o dos Ninhos.
com qualidade à diversidade e heterogeneidade dos alunos. Permitiu                    3.2. Nos 2º e 3º Ciclos, foram constituídos Ninhos em várias
desde logo aos professores integrados nas turmas com o Projecto Fé-          turmas utilizando as horas supervenientes dos professores e horas e
nix, “descalçarem-se”. Foi preciso deixarem “os sapatos na soleira da        lectivas dos professores do quadro com insuficiência de horário. Assim
porta dos tempos novos” (Mia Couto). Sapatos aqui, naturalmente em           à mesma hora que está a ser leccionada uma aula, por exemplo de LP ou
sentido figurado, no sentido de uma atitude nova, activa, marcada por        Matemática, existirão Ninhos que recebem alunos dessas turmas. Esta
uma inquietação solidária e de rebeldia construtiva. Trabalho colaborati-    perspectiva organizacional implica um trabalho de articulação entre o
vo, partilha, troca de experiências, conversa/reflexão/discussão sobre o     professor da disciplina e o professor dos Ninhos. Os professores dos
essencial, permitiram criar um clima de trabalho sereno, tranquilo mas       Ninhos têm uma hora na sua componente não lectiva para articular
ao mesmo tempo de conquista, de experiência, de inovação.                    com o professor titular.
                                                                                      3.3. Esta organização dos apoios ocorreu nas turmas que não
2.As mudanças já realizadas e os factores/variáveis que                      estão abrangidas pelo Projecto. Deste modo, durante este ano lectivo
as possibilitaram                                                            65% das nossas turmas 74 turmas, foram abrangidas por este modelo
A entrada no Projecto Fénix permitiu criar na escola dinâmicas interes-      organizacional ao nível dos Apoios.
santes, quer ao nível organizacional, quer ao nível do debate/reflexão       Porque queremos uma Escola que se organiza, que se reorganiza, que
enquanto organização aprendente. Esta prática teve resultados muito          pensa, que tem massa crítica, que atinge resultados e comprometida
positivos quer ao nível do desempenho das aprendizagens dos alunos,          com os seus resultados e desempenhos, entendemos que esta apropria-
quer ao nível do papel do professor na construção da sua profissiona-        ção do projecto e o seu alargamento se traduz naquilo que é o objectivo
lidade, nomeadamente nos professores dos apoios ao nível do 1º ciclo,        supremos de qualquer organização: Criar Valor.
pois passaram a articular de uma forma mais consistente com o profes-        Cada um de nós deve dar o seu contributo para os processos de mu-
sor titular.                                                                 dança e implementar os processos de melhoria, partir desta visão, sentir
A grande alteração decorrente da implementação do Projecto situa-se          uma inquietação no sentido de procurar cada vez fazer melhor, neste
ao nível da mudança do paradigma dos apoios. E esta transformação cria       processo de construção de uma escola que se quer de qualidade. E a es-
em todos, alunos e professores, uma situação de grande conforto.             cola enquanto organização, deve partir do princípio que qualquer insti-




                                                                                    5
tuição deve ser uma organização aprendente. Este aspecto biológico de     organização (o desenvolvimento profissional do professor assenta na
qualquer organização é muito importante, pois uma organização, cresce,    capacidade de reflectir sobre a sua experiência e no envolvimento coo-
desenvolve-se, adapta-se e sobrevive ou simplesmente entra em crise.      perado com os outros colegas, ao nível da intervenção e reflexão).
Assim, exige-se uma escola dinâmica, mais humana e criativa, que vise     Como diz o Pedro Abrunhosa numa das suas canções: “O caminho faz-
a promoção de aprendizagens significativas (académicas e não acadé-       -se entre o alvo e a seta / e que nunca caiam as pontes entre nós”. O
micas) e a formação integral dos estudantes (crianças, adolescentes e     caminho, a liderança, a nossa capacidade de sentir, melhorar, imaginar a
jovens).                                                                  organização é fundamental. Numa época de desafios, três aspectos assu-
As pessoas são o principal capital das organizações. Sem a contribuição   mem-se como importantes para a excelência educativa, como afirmou o
de todos e de cada um, as organizações não funcionam. As organiza-        Professor Roberto Carneiro “a responsabilidade social, a aprendizagem
ções devem incentivar os actores à mudança, quer nas atitudes, quer nas   de cada elemento da comunidade educativa, a importância da organiza-
competências.                                                             ção”. Segundo o Professor Roberto Carneiro, o bom professor é o que
Daí a importância de uma liderança transformadora e crítica que faça da   “… me leva a lugares onde nunca estive …” o professor excelente é o
Escola, uma instituição simultaneamente mais humana e mais prestigiada,   que “transforma o lugar onde estou.” Esta capacidade de acreditar, de
que procure encontrar nas dificuldades, desafios. A grande questão que    transformar o nosso mundo leva-me a dizer que tal só é possível quan-
se coloca nos tempos que correm é o da qualidade na educação – no         do descobrimos o nosso “Elemento” segundo Ken Robinson “o termo
contexto sala de aula (assente no princípio nuclear da diferenciação      para descrever o lugar onde as coisas que adoramos fazer e as coisas
pedagógica, no sentido de responder com qualidade à diversidade e he-     em que somos bons se reúnem. Julgo ser essencial que cada um de
terogeneidade dos alunos – e aqui temos o exemplo do Projecto Fénix,      nós encontre o seu Elemento, não só porque nos tornará pessoas mais
como forma de intervenção neste campo, quer do ponto de vista orga-       realizadas, mas sobretudo porque o futuro das nossas comunidades e
nizacional, quer do ponto de vista pedagógico, com a construção de um     instituições dependerá disso à medida que o mundo evoluir.”
novo paradigma) e na organização e funcionamento da escola enquanto



Júlio Castro
Director do Agrupamento de Escolas de Vagos




                                                                                 6
«Diário
                                   de
                                      Viagem»
Da Capital à «Cidade dos Estudantes»


Reflexão sobre a 4ª Sessão de Formação Fénix

Esta sessão de Formação Fénix em Língua Portuguesa distingue-se de          os mais irrequietos sossegam e revelam um nível de atenção superior
todas as outras e não apenas por ser a última de quatro jornadas (in-       ao habitual, sentindo o tempo da aula fluir sem enfado enquanto se lêem
tercaladas pela operacionalização junto dos alunos), marca-a a viagem       as aventuras do aviador-criança e do pequeno príncipe com maturidade
individual de Expresso sem a agradável companhia de colegas, mas, por       de crescido. Trata-se de uma obra intemporal que aproxima e, de cer-
outro lado, com a tranquilidade, a liberdade de pensamento e a medi-        to modo, reconcilia o adulto e a criança, esta que questiona o mundo
tação proporcionadas pela observação da paisagem verde a «subir» a          das «pessoas grandes», que sobrevalorizam os números, as aparências, e
Estremadura até à cidade carismática de Coimbra.                            foca-nos no “essencial” de todos nós, além de facilitar ao jovem leitor a
Na mala, O Principezinho, um dos livros da minha vida, uma edição de        compreensão da linguagem conotativa e simbólica.
há, pelo menos, trinta e cinco anos, recomendada pela professora de         Terminada a sessão, regresso a casa com a «mochila» mais apetrechada
Língua Portuguesa e oferecida pelos meus pais, lida e relida desde então    de propostas e materiais úteis para trabalhar as competências da leitura
com renovado entendimento e satisfação, como uma lufada de ar fresco.       e da escrita no contexto do Novo Programa de Português do Ensino
Esta obra, eleita para o «Fórum de Leitores» dinamizado pelo formador       Básico (NPPEB) e da realidade exigente de diferenciar para ensinar de
Vilas-Boas, continua a «cativar» os alunos, dos quais se diz que não gos-   forma significativa.
tam de ler, mas rendem-se, para o próprio espanto, à sua leitura; mesmo


Maria da Conceição Jorge
E.B. 2,3 António Bento Franco - Ericeira




                                                                                   7
Blogar
                                                                    no
                                                                       lº Ciclo
                                   (Comunidades
                                          virtuais)



O Blogue (a postagem”, a edição de imagens estáticas e em movimento,      audiência para as suas ideias, opiniões e produções, o que acarreta, por
os sons e o podcasting) proporciona-nos a produção de novos espaços       sua vez, um aumento considerável nos níveis de exigência, de interesse
de discussão sobre as aprendizagens mais significativas do desenvolvi-    e de motivação para a aprendizagem.
mento curricular, do estudo do meio ao desenvolvimento das compe-         A edição de um blogue, visto como um novo espaço cooperativo
tências linguísticas, do pensamento crítico à capacidade de diálogo, à    de escrita e de leitura colaborativa (aprendizagem), é, ao
argumentação e à persuasão. Paralelamente, promove oportunidades          mesmo tempo, a ligação directa com a informação. Parece-nos, pois, o
únicas, quando os alunos passam a ser geradores das suas aprendizagens,   espaço perfeito para introduzir os alunos no mundo potencial de co-
mais do que simples consumidores, um pouco passivos e acríticos. O        municação, num mundo de aprendizagem em rede e, finalmente intro-
Blogue e todas as suas ferramentas de auxílio e, muito concretamente,     duzi- los nas aprendizagens de um nova competência textual: a leitura e
o podcasting, dão aos alunos instrumentos e ferramentas para uma nova     a escrita com novos e inéditos objectivos.



João Chanoca
EB1 da Vagueira - Agrupamento de Vagos




               “A Nossa Turma”
               Blog da EB1 da Vagueira
               http://estatudopertodenos.blogspot.com
               Um blog a consultar




                                                                                 8
Testemunhos
Testemunho de uma mãe                                                         Projecto Fénix
                                                                              Um Projecto gratificante
Da Escola de Santa Iria da Azoia chega-nos o testemunho de Ana
Cristina Lopes:                                                               “A integração dos alunos neste projecto tem sido uma mais-valia para
“Este projecto, além de ter sido uma atitude positiva da escola para com      a aquisição de competências básicas fundamentais e, por conseguinte,
os alunos, ajudou-os num melhor desempenho e sucesso escolar, trouxe          para a sua progressão ao nível das aprendizagens, dado que integram
um melhor equilíbrio no percurso da sua aprendizagem, assim como              um grupo com menos elementos, conseguindo-se uma melhor diferen-
maior motivação e interesse pela escola.                                      ciação pedagógica, participação constante de todos os alunos, respeito
                                                                              pelos ritmos de trabalho de cada um e um excelente clima de aula favo-
Para a escola, penso que foi um processo de mudança e evolução para           rável às aprendizagens.
melhor, no sentido de ter melhorado a qualidade do ensino que passa,          Todos os alunos mostraram-se empenhados, trabalhadores e motivados,
não só, pela condição física e material da escola, mas também pelo apoio      nos Ninhos. Cumpriram todas as actividades apresentadas e os seus
aos seus alunos tornando-se assim uma referência muito positiva e a ser       resultados foram uma clara evidência do seu esforço e empenho.
continuada.”                                                                  Têm sido para mim muito gratificante participar neste Projecto, bem
                                                                              como nos Encontros e Formações quer no ano transacto quer no pre-
                                                                              sente ano lectivo.”

Aprender na verdadeira acepção da palavra                                     Marisa Carvalho
                                                                              Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira, Lagoa


“É com enorme agrado que deixo aqui registado o quão útil foi para
todos nós, docentes de Língua Portuguesa, a oportunidade de participar        Articulação curricular no Projecto Fénix
e partilhar das propostas de trabalho que nos chegaram via Dr. António
Vilas-Boas. Sem teorizações em excesso, com uma componente muito
prática e com critérios muito objectivos, foi possível trabalhar o NPPEB,     A aplicação do Projecto Mais Sucesso Escolar (PMSE), tipologia Fénix,
para os 2º e 3º ciclos, sobretudo, nos domínios da leitura e da escrita,      permitiu o desenvolvimento de uma outra forma de articulação curri-
pondo em prática oficinas reais de escrita e fóruns de leitores, onde é       cular envolvendo os docentes do 1º, 2º e 3º ciclos.
possível atender à diferença e conduzir ao desenvolvimento efectivo           Na realidade, a aplicação deste Projecto no Agrupamento de Escolas de
de competências. Conseguiu-se, naquelas sessões – que terminavam tão          Salir abrange turmas do 1º ciclo e do 3º ciclo. São feitas, regularmente,
rapidamente! - provar que, mesmo os alunos menos motivados, em situ-          reuniões com todos os docentes envolvidos nomeadamente os profes-
ações ali retratadas, querem ler e querem escrever (se souberem como          sores titulares de turma no caso do 1º ciclo e os Directores de turma
fazê-lo e se essa tarefa lhes for útil) e ficam felizes por demonstrá-lo.     no caso do 3º ciclo, para permitir articular todo o trabalho desenvolvi-
Não me recordo de ter participado, ao longo de toda a minha vida pro-         do e a desenvolver, situação que, depois,“transita” para os Conselhos de
fissional, numa formação, onde tivesse sido possível aprender tanto e         Turma e de Departamentos Curriculares.
partilhar na plena acepção da palavra; posso finalmente congratular-me
pela mudança nalguns aspectos da minha prática pedagógica e também,           Julio Sousa
                                                                              Agrupamento de Escolas de Salir
por ver que, estamos todos em estado de alerta às diferentes neces-
sidades dos nossos alunos, abertos à mudança e que, por vezes, basta
um pequeno clic , para despertar neles e em nós algo que fará toda a
diferença, nas nossas, mas sobretudo nas suas vidas. Enquanto alunos e
enquanto pessoas, o seu trabalho será valorizado por todos: professo-
res, pais e entre pares; a sua auto-estima subirá em flecha e será possível
ver nos seus rostos uma intensa e duradoura alegria pelo sucesso que
vão gradualmente alcançando.


Cristina Almeida
Escola Básica de Mário Beirão



                                                                                     9
“Um dos anos mais gratificantes da minha
vida professional”


“Sou docente do 1º ciclo há muitos anos. Investi muito na formação              investimento no ensino explicito e sistemático das competências de lei-
académica ao longo da minha vida profissional, sempre com o objectivo           tura e de escrita para assegurar confiança e competência, valorização da
de ensinar melhor. Sou viciada no trabalho: costumo dizer que quando            participação dos pais na vida da escola.
não tenho que fazer, invento. Mas nunca tinha tido uma experiência com          A instrução foi desenhada para ser diferenciada, desafiadora, colabora-
as características daquela que tive neste ano lectivo.                          tiva e também divertida, criativa, relevante e significativa. As estratégias
A escola onde leccionei este ano é uma escola urbana situada num con-           para ensinar habilidades específicas de leitura e escrita partiam sempre
texto típico de bairro social. Esta característica, por si só, já a distingue   da utilização de literatura autêntica e/ou de projectos em que a lin-
de todas as outras em que leccionei nos anos anteriores.                        guagem escrita surgia como uma ferramenta indispensável, cumprindo
De facto, quase todos os anos da minha vida profissional foram de-              diversas funções (comunicação interpessoal, auxiliar de memória, orga-
dicados a ensinar crianças de escolas privadas ou de escolas públicas           nizadora do pensamento e da acção, etc).
consideradas de “elite”.                                                        Descobri que, como argumentam vários autores, a motivação para a
Foi-me atribuído um grupo de oito alunos de 3º ano, considerados como           leitura é realmente contagiosa: sempre gostei de ler histórias aos meus
tendo dificuldades de aprendizagem, um “ninho” , ao qual me compete             alunos e, depois de algumas semanas de aulas, eram as crianças que
ensinar Língua Portuguesa. A perspectiva de ensinar um pequeno grupo            discutiam espontaneamente as histórias que mais tinham gostado ou as
de alunos que partilham dificuldades de aprendizagem da Língua Portu-           partes divertidas desta ou daquela história que tinham ouvido. Ninguém
guesa era também nova.                                                          dispensava na sala a hora do conto!
Iniciei o ano escolar com uma forte expectativa de sucesso, convicta de         O trabalho escolar ganhou uma nova dimensão: qualquer visita que en-
que o meu trabalho e empenho teriam necessariamente que resultar em             trasse na sala, se o assunto fosse ventilado, teria de ouvir os comentá-
mais aprendizagem para os alunos. Uma excelente oportunidade para               rios entusiasmados sobre os “versos para rir” que o grupo tinha escrito,
verificar “o que dizem os livros”! E assim começou o carrossel de mais          o teatro que ensaiava ou qual seria o próximo trabalho que íamos fazer
um ano lectivo…                                                                 e a quem o iríamos apresentar.
O diagnóstico inicial do grupo mostrou-me que estas crianças liam com           A exploração do vocabulário foi uma das áreas definida como prioritá-
extrema dificuldade. Algumas ainda reconheciam letras de forma inse-            ria. O incentivo ao uso na escrita de “palavras fortes”, a escolha de pala-
gura. Escreviam apenas frases curtas, repetitivas e sem correcção orto-         vras “favoritas” dos textos, a criação de “nuvens” de palavras temáticas, a
gráfica. Não se empenhavam no trabalho escolar nem demonstravam                 utilização de organizadores gráficos criativos ou o recurso à tecnologia
qualquer interesse em aprender.                                                 informática para a organização de dicionários visuais e sonoros, criou
A caracterização sociocultural das suas famílias apontava para a perten-        uma nova dinâmica em que todos se sentiam “especialistas em palavras”.
ça a um grupo muito desfavorecido, com baixo nível de escolarização             No final do ano, todos quiseram participar na “maratona da leitura”
e elevada incidência de desemprego. Vários autores têm identificado o           organizada pela professora bibliotecária, preparando exaustivamente a
estatuto socioeconómico como um factor de risco individual e de gru-            leitura do conto que tinham seleccionado, na escola e em casa, surpre-
po para a aprendizagem da literacia (Snow, Burns & Griffin, 1998).          endendo os colegas que os ouviram com a sua fluência de leitura oral.
De facto, estas crianças partilhavam algumas características que se in-         Ao longo do ano, os pais foram várias vezes chamados a ajudar os filhos,
terpunham à instrução da literacia tais como um conhecimento muito              ora servindo de “ouvintes” das suas leituras ora a assistir a pequenas
limitado do mundo, vivências restritas ao relacionamento no seu bairro          sessões de teatro ou declamação. Nem todos vieram, mas começaram a
e aos vizinhos, quase sempre conflituoso, e atraso no desenvolvimento           vir… a ser recebidos com simpatia, sem recriminações nem queixas…
da linguagem. Os pais não apareciam na escola, nem acompanhavam os              e começaram também eles a sorrir mais, a manifestar o seu agrado pelo
filhos nos trabalhos de casa pois, na maior parte dos casos, nem reco-          trabalho dos filhos, a reconhecer o trabalho da escola!
nheciam o seu próprio potencial ou responsabilidade como educadores.            Sei que uma estratégia funciona quando os alunos estão satisfeitos com
É fácil etiquetar estas crianças como preguiçosas ou desmotivadas já            o produto do trabalho que realizam. Esta é a principal avaliação, situada
que parecia pensarem que o trabalho escolar era inútil e inacessível,           no dia a dia das actividades das crianças, que me permite tomar decisões
limitando-se a cumprir o mínimo possível. A intervenção teria portanto          sobre o passo seguinte. E que me permite concluir que, apesar de haver
de incluir um forte apoio emotivo e a criação de um contexto educativo          ainda um longo caminho a percorrer até que estas crianças atinjam o
mais positivo.                                                                  sucesso escolar que desejamos, estamos no bom caminho!
As linhas gerais de acção foram traçadas: promoção de experiências de           E assim se construiu um dos anos mais gratificantes da minha já longa
aprendizagem que possam criar uma atitude mais positiva face à escola,          vida profissional!


Gabriela Velasquez



                                                                                       10
À
                                                                              conversa
                                                                                 com
                                                                                                      Helena
                                                                                                       Damião*

1. Na sua opinião, qual o investimento que temos ain-                        2. Reforçar as aprendizagens das duas disciplinas estru-
da de fazer, e em que áreas, para conseguir que todas as                     turantes “Português” e “Matemática” passará por um
crianças possam ter “sucesso escolar”?                                       maior investimento no l.º Ciclo do Ensino Básico?

Garantir o sucesso escolar a todos os alunos constitui um propósito          As aprendizagens que se fazem no 1.º ciclo de escolaridade são fun-
que, nas décadas mais recentes, as sociedades ocidentais têm persegui-       damentais. A tendência da investigação pedagógica leva-nos ainda mais
do. Em simultâneo, passaram a questionar abertamente a concepção de          longe, leva-nos a afirmar que são determinantes. Daí que os países com
sucesso que havia guiado a escola iluminista: aquisição daqueles conhe-      melhores resultados em estudos de avaliação internacional sejam aque-
cimentos que, por princípio, não se poderiam adquirir fora da escola ou      les que mais investem nesse patamar. Os programas são pensados com
que não se poderiam adquirir com a extensão e a profundidade que esta        critério, os manuais escolares, no caso de os haver, também, e os pro-
instituição proporciona. Esse questionamento fez emergir uma multipli-       fessores são de excelência. E existe a preocupação de garantir que os
cidade de concepções de sucesso, que passou a constar nos discursos e,       alunos não saltam etapas, avançam para a seguinte depois da anterior ou
também, nas práticas pedagógicas.                                            das anteriores estarem consolidadas.
Assim, quando lemos nos documentos normativo-legais, curriculares,           Indo ao cerne da pergunta que me foi posta, a Língua Portuguesa e a
programáticos e outros que o “sucesso” constitui um direito de todas         Matemática são, de facto, estruturantes, mas também o são as Ciências,
as crianças e jovens, não podemos deixar de nos questionar acerca do         a História, a Música e a Expressão Corporal, entre outras. A todas estas
significado concreto desta expressão e de como podermos agir para            áreas é preciso atribuir igual dignidade porque, cada uma à sua manei-
fazer valer o sucesso como direito. Ao tentar responder percebemos           ra, contribuem para o desenvolvimento cognitivo, afectivo e motor das
a confusão – que entendo que se tem feito e se faz – entre qualidade         crianças e jovens, possibilitando-lhes, em conjunto, uma educação for-
e quantidade do sucesso. De facto, atribuir classificações positivas aos     mal abrangente, afigurando-se como garantia da aquisição de um leque
alunos ou decidir a sua transição de ano não significa necessariamente       basilar de conhecimentos que facultarão uma compreensão sofisticada
que eles dominem as aprendizagens que estão estabelecidas para um            do mundo e a expressão consciente nele. Mas esta ideia já era a dos
certo nível de escolaridade. Aqui devo notar que também nem sempre é         Gregos, nada tem, portanto, de inovador. Há ideias tradicionais sobre
claro nos documentos oficiais que aprendizagens devem os alunos fazer        educação que estão certas e que devemos perseguir.
em cada nível de escolaridade.                                               Por último: se “reforçar as aprendizagens de Língua Portuguesa e de Ma-
Voltando à pergunta, procurarei responder-lhe de modo mais concreto.         temática” significar que lhes devem ser destinadas mais horas lectivas,
Em primeiro lugar, penso que deveríamos parar para pensar e, natural-        como é a tendência das orientações mais recentes da tutela, mas ainda
mente, para explicitar qual a responsabilidade da escola na educação das     da anterior legislatura, eu diria que não se deve fazer ou manter essa op-
crianças e dos jovens. Isso facilitaria muito a definição de sucesso esco-   ção, que se deve fazer uma outra, que é escolher criteriosamente o que
lar, o que me parece ser da máxima urgência. Em segundo lugar, entendo       as crianças e os jovens devem aprender em cada área curricular e deter-
que essa definição, por mais operacional que fosse, não permitiria con-      minar com precisão o percurso metodológico mais eficaz para ensinar.
cretizar totalmente o propósito em causa, pois, a verdade é que, apesar      Se, por exemplo, na Língua Portuguesa a opção incidisse sobretudo em
de termos uma ideia mais ou menos precisa acerca de como se deve             textos de reconhecida qualidade literária (em vez de incidir em textos
ensinar para que os alunos aprendam, não sabemos, com toda a certeza,        pobres ou empobrecidos, com supressões e adaptações), se o método
como isso se faz em relação a todos os sujeitos que estão na escola. Em      de exploração assentasse em modelos seguros de desenvolvimento da
terceiro lugar, entendo que a definição a que chegássemos teria de ser       compreensão se a natureza, o número de rubricas e o seu grau de apro-
plural, pois, apesar das óbvias semelhanças entre as crianças e os jovens,   fundamento fossem seriamente dimensionados, o tempo lectivo poderia
temos de contar com aquilo que os distingue e a que é preciso dar            manter-se, mas certamente o nível de aprendizagem subiria. De nada
alguma resposta sólida. Em quarto lugar, para que a grande maioria das       adianta aumentar este tempo se o objecto de aprendizagem for incon-
crianças e jovens possa ter sucesso, ainda que com alguma diferenciação,     sistente ou inadequado e o método erróneo.
teremos – políticos, professores e outros técnicos de educação – de nos
concentrar mais nos processos de aprendizagem e teremos de ensinar
de acordo com o que sabemos acerca desses processos.




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3. Considerando “competência como uma noção funda-                          4 . Que mensagem deixaria aos leitores do Jornal “Fénix
mental nas actividades de ensino e de aprendizagem “ de                     Digital”?
que falamos quando falamos de competência?
                                                                            Que todos, sem excepção, temos de encarar a aprendizagem como uma
Não lhe sei responder de modo inequívoco. A noção de competência            tarefa séria, talvez a mais séria de todas, pois é ela que nos permite afir-
tem assumido muitos significados. Destaco muito sumariamente apenas         marmo-nos como pessoas. E ser pessoa é ser capaz de pensar e de de-
dois, talvez os mais abrangentes.                                           cidir em liberdade. Talvez, por isso, a aprendizagem seja também a tarefa
Um sentido está ligado às teorias pedagógicas predominantes nos anos        mais difícil com que a sociedade se confronta. E é uma tarefa sem fim…
de quarenta, cinquenta aos anos de setenta, oitenta, e reporta-se a des-
trezas adquiridas pelos alunos, fruto de um ensino estruturado, pois,
sem este tipo de ensino, tais destrezas não seriam possíveis de adquirir    * FPCE-UC - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da
ou, pelo menos, não seriam possíveis de adquirir num tempo de vida          Universidade de Coimbra
razoável. Por princípio, como humanos todos temos determinadas ca-
pacidades, que, quando devidamente estimuladas através de um proces-
so instrutivo esclarecido, se manifestam com alguma rapidez na forma
de competência. Exemplificando, reconhece-se a nossa capacidade para
reter dados na memória, mas, se a nossa memória for sujeita a treino
específico, pode “guardar” dados e procedimentos de uma determinada
área de saber que serão úteis no imediato ou no futuro mais próximo
ou mais distante. Isso é uma competência que não tínhamos antes do
ensino e da aprendizagem escolar e que passámos a ter.
Mais recentemente, sobretudo depois dos anos oitenta, a noção de
competência ganhou um sentido diferente, sendo encarada sobretudo
como um saber ou um conjunto de saberes instrumentais que se afi-
guram relevantes para a resolução de problemas do quotidiano. Numa
certa interpretação, sobrepõem-se aos conhecimentos, sobretudo aos
de carácter mais erudito, que não parecem ter aplicação no imediato
vivencial dos alunos. Mais do que saber, é importante saber fazer, sobre-
tudo saber fazer o que está implicado em tarefas pessoais e sociais para
as quais somos convocados.
Devo dizer que o confronto entre estes dois entendimentos de com-
petência tem levantado polémica bastante entre académicos e decisões
de políticas e medidas educativas ao ponto de ter criado cisões muito
marcadas entre os que são a favor de uma ou de outra. Não me parece,
porém, que esse seja um terreno de discussão que beneficie o desen-
volvimento dos alunos, nem a transmissão e ampliação da herança da
humanidade, que a escola, de algum modo, está mandatada pela socie-
dade para assumir. Na verdade, para que este duplo desígnio da escola
possa ser concretizado é preciso convocar conhecimentos relevantes,
dignos de serem ensinados, e, em simultâneo, estimular as capacidades
que temos em potência.




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Notícias


Secundária de Resende venceu concurso nacional

No dia 30 de Maio, três alunos da turma do 12.º ano do Curso Profis-       pelos alunos assentou na definição de um “percurso” pelos contextos
sional de Informática de Gestão e o seu professor de Português deslo-      e lugares históricos, geográficos, literários, afectivos, alusivos ao tema.
caram-se à Quinta das Lágrimas, em Coimbra, para receber o prémio de       A pesquisa foi feita a partir de leituras sobre o romance de D. Pedro e
vencedores, no nível de Ensino Secundário, do “Concurso Inês de Cas-       D. Inês de Castro. A elaboração do jogo Caça ao Tesouro – Percursos
tro”, uma iniciativa conjunta do Plano Nacional de Leitura e da Fundação   de Pedro e Inês – obedeceu aos seguintes requisitos: elaboração de um
Inês de Castro, com o patrocínio da YDreams.                               mapa que permitisse uma fácil visualização da área de jogo; explicação
A cerimónia iniciou-se com uma Sessão de Abertura, tendo como ora-         da Caça ao Tesouro (objectivos, estratégias, modo de jogar, tarefas a re-
dor o Comissário do Plano Nacional de Leitura. Seguiu-se a entrega de      alizar, propostas de execução, número de jogadores...); enigmas alusivos
prémios: foram entregues aos alunos vales de uma noite num hotel de        ao tema, com pistas a permitirem, em cada etapa, o acesso ao enigma
cinco estrelas, com direito a acompanhante e jantar. A Escola Secundá-     seguinte; definição de um “tesouro” para representar o fecho e o clímax
ria Dom Egas Moniz irá receber também um cheque livro no valor de          do percurso definido; fontes bibliográficas da pesquisa.
50 euros. De seguida, foi oferecido a todas as delegações das escolas      O evento terminou com com um lanche, pois a visita guiada aos jardins
presentes um almoço na tenda do Jardim e foi feita a apresentação dos      e fontes da Quinta das Lágrimas, prevista para a tarde, não pôde ocorrer
trabalhos vencedores.                                                      devido ao mau tempo.
Subordinado à temática dos “Percursos de Pedro e Inês”, na modalidade      Todos os trabalhos premiados serão divulgados nos sítios do Plano Na-
de Caça ao Tesouro, o conteúdo do trabalho elaborado e apresentado         cional de Leitura e da Fundação Inês de Castro.




Seminário Final de encerramento

Projecto Fénix 2011
Mais Autoria, Mais Pedagogia, Mais Sucesso


No dia 15 de Julho, pelas 14h30 teve lugar na Universidade Católica                         Universidade Católica Portuguesa
Portuguesa, Campus da Foz, numa organização conjunta com o Agru-                            Agrupamento de Escolas de Beiriz
pamento de Escolas de Beiriz a sessão de encerramento do Projecto                           Sessão de Encerramento do PROJECTO FÉNIX 2011
                                                                                            Mais Autoria, Mais Pedagogia, Mais Sucesso
Fénix 2011. Pretende-se com este encontro fazer o balanço de mais um                        Universidade Católica Portuguesa | Campus da Foz, Auditório Ilídio Pinho, Porto
                                                                                            15 de Julho de 2011
ano de projecto e reforçar a rede de escolas e agrupamentos envolvi-
                                                                                            Objectivos
dos no projecto. Será lançado o livro “Relatos que Contam o Sucesso”                        Fazer o balanço de um ano do projecto Fénix
                                                                                            Prestar contas do trabalho realizado
                                                                                            Reforçar a rede de colaboração das escolas e agrupamentos

e atribuido o prémio da Fundação Ilídio Pinho “Pedagogia”.                                  Horário
                                                                                            14.30 | Recepção

                                                                                            15.00 | Início – Sob o signo da criação – Intervenção musical pela ARTAVE

                                                                                            15.15 | Sessão de abertura
                                                                                                    Luísa Tavares Moreira
                                                                                                    Joaquim Azevedo

                                                                                            15:45 | As escolas e os agrupamentos da rede Fénix – palavras e imagens

                                                                                            16.00 | Lançamento do livro sobre o Projecto Fénix 2010_2011
                                                                                                    Luísa Tavares Moreira
                                                                                                    José Matias Alves

                                                                                            16.30 | Atribuição do Prémio Fundação Ilídio Pinho Pedagogia
                                                                                                    Ilídio Pinho
                                                                                                    Joaquim Azevedo
                                                                                                    Luísa Tavares Moreira

                                                                                            17.00 | Sessão de encerramento
                                                                                                    Professor Doutor Nuno Crato - Ministro da Educação




                                                                                           www.porto.ucp.pt/fep/+sucessofenix/2011




                                                                                            Patrocínios e Apoios:




                                                                                  13
Empreendedorismo na Escola Secundária Dom Egas Moniz
Uma realidade cada vez mais presente


Decorreu no passado dia 20 de Maio, no Auditório Municipal de Resen-           projecto “Ler é Ver” (12.º B), escrita em Braille e lida por um colabora-
de, entre as 10 e as 16 horas, a apresentação pública dos projectos de         dor invisual, Sr. José Borges; “Licorcer” (8.º D), que produziu um delicio-
empreendedorismo, realizados na Escola Secundária Dom Egas Moniz,              so licor de cereja; “Biscoitos de Cereja” (7.º A), que nos criaram, desde
no presente ano lectivo.                                                       logo, água na boca; “Cherry Doll” (10.º B), apresentou-nos uma engraça-
Tudo começou no ano passado, quando foi implementado o PNEE (Pro-              da boneca com enchimento de caroços de cereja; “Psicodominó” (10.º
jecto Nacional de Educação para o Empreendedorismo), uma iniciativa            B), um dominó em madeira com desenhos de cerejas. Pelo meio, ainda
do Ministério da Educação e da DGIDC (Direcção-Geral de Inovação e             tivemos tempo de provar o licor e os biscoitos deliciosos, que serviram
Desenvolvimento Curricular) abraçada pela Escola Secundária.Teve, des-         de aperitivo para o almoço.
de logo, a colaboração da Net Porto e Bic Minho e também os parceiros          À tarde fomos brindados com mais uma animação proporcionada pelo
ACER, APROCER, Embalagens Namora e Câmara Municipal de Resende.                grupo “Ceranima” (11.º D), desta vez uma amostra de um baile tradi-
Da comissão fazem ainda parte a Direcção da Escola, os serviços espe-          cional. Foi uma maneira descontraída de reiniciar os trabalhos. Seguiu-se
cializados de Apoio Educativo/Serviços de Psicologia e Orientação, um          “Bancas e Uniformes” (11.º C), deu-nos a conhecer uma maqueta de
representante de cada ano escolar do 3.º ciclo e do ensino secundário,         banca para venda de cereja e um avental para ser utilizado como unifor-
um representante dos pais e Encarregados de Educação, um Assistente            me no processo de venda; “Cercaixares” (9.º A), pela voz do Fernando,
Operacional e, a partir deste ano, um representante da UTAD.                   do Jorge e do Sr. Namora, mais um testemunho da sua bem sucedida
Dessa primeira fase, surgiram diver-                                                                                criação; outra caixa diferente, con-
sos projectos, em que um em especial,                                                                               cebida para um determinado cliente,
o CERCAIXARES, desenvolvido pelo                                                                                    foi apresentada pelo Sr. Namora, en-
aluno Fernando Vieira (9.º A), em par-                                                                              quanto parceiro do PNEE e entusias-
ceria com o seu primo Jorge e o pro-                                                                                ta desta ideia do empreendedorismo.
dutor de caixas Sr. Namora, teve um                                                                                 “Guloseimas de Resende” (9.º C) foi
êxito quase inesperado. Conceberam                                                                                  outra das grandes novidades. Trata-
uma caixa para cerejas de tal maneira                                                                               -se de uma loja de venda de produtos
inovadora que está já em vários mer-                                                                                de referência de Resende, nos diver-
cados nacionais, com um volume de                                                                                   sos campos: artesanato, gastronomia,
vendas considerável. O registo da pa-                                                                               frutos, vinhos, recordações, livros.
tente foi feito na UTAD (Universidade                                                                               “Cerdoce” (7.º D), um delicioso doce
de Trás-os-Montes e Alto Douro), no                                                                                 de cereja; “Cerise” (8.º D), que teve
dia 24 de Fevereiro, com o número                                                                                   como entidade parceira a pastelaria
2252, e a apresentação aos produto-                                                                                 “O Sonho”, não ficou atrás de ne-
res de cereja realizou-se no dia 12 de                                                                              nhum outro, já que nos apresentou
Abril.                                                                                                              um excelente bolo de cereja. “Cherry
Foi este o exemplo divulgado por toda a comunidade escolar e acre-             Ice Cream” (7.º D), foi mais uma tentação, porquanto quando provámos
ditamos que pode ter servido de incentivo para que no presente ano             aquele saboroso gelado soube-nos a pouco. “Acessórios de Moda” (7.º
fossem realizados projectos absolutamente fantásticos. Desenvolveram-          B), uma ideia bonita, concebida para criar bijutarias: anéis, pulseiras e
-se na Área de Projecto e envolveram alunos de diversas turmas. Presi-         brincos, com materiais leves, acondicionados numa caixa com um dese-
diram à sessão de abertura o Director da Escola Dom Egas Moniz, Dr.            nho de cereja. A terminar, nada melhor que “Cereja Fashion” (7.º D). O
António Carvalho; o Sr.Vereador da Câmara Municipal, Albano Santos; o          grupo ornamentou t-shirts com motivos de cereja pintados à mão.
Coordenador da Equipa de Apoio às Escolas, Dr. César Carvalho e, em            Mais palavras para quê? São jovens com dinamismo, ideias promisso-
representação da UTAD, a Dr.ª. Carla Gonçalves. Antes das apresenta-           ras e marcam a sua posição, de forma determinada, na defesa dos seus
ções, fomos brindados com uma extraordinária coreografia, com caixas           princípios. São ingredientes fundamentais para se ter sucesso na vida. O
de cereja, executada pelo grupo “Ceranima” (11.º D).                           essencial já possuem, oxalá não se deixem vencer ao primeiro obstáculo.
Sob a orientação do Professor Adérito Lopes tomámos conhecimento               Está concluída a segunda fase do PNEE, para o ano os trabalhos pros-
dos diferentes projectos.A iniciar, uma extraordinária história infantil, do   seguirão.


Orísia Olhero Macedo
Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira, Lagoa




                                                                                      14
e Arte
                                                                     Motivação
Um fantoche expressivo que ajuda a
descobrir o prazer de aprender

Fruto de um trabalho intenso com alguns alunos este fantoche foi criado
para mediar as relações de aprendizagem.
Descobrem-se muitas coisas com os fantoches...




                                                                          Criação de Fantoches na Escola de Mões
                                                                          Agrupamento de Escolas de Castro de Aires




                                                                                15
O Projecto Fénix
                                                          em Rede:
                                                       Visitas e Encontros Regionais



Neste segundo ano de implementação a Equipa Ama-Fénix continuou a           fessores. Senti que as linhas de comunicação entre todos os envolvidos
seguir uma lógica de proximidade junto das escolas. O cronograma das        eram mais estreitas, tal como me apercebi do envolvimento e preocu-
actividades delineadas dividiu-se entre as visitas de acompanhamento        pação docente na conquista das metas educativas propostas, este ano
às escolas, a organização de seminários e encontros de divulgação e         mais exigentes.
discussão das boas práticas profissionais, a investigação e divulgação de   Em cada escola, o espaço de debate aberto entre professores, coorde-
evidências da prática docente educativa de sucesso e o estabelecimento      nadores e directores desenvolveu-se em torno das histórias das turmas
de algumas parcerias, que foram importantes para o reconhecimento do        e dos ninhos, dos testemunhos pessoais e de tomadas de decisão sobre
trabalho dos docentes no Projecto, concretizado através da 1ª edição do     situações e soluções particulares. Embora nem sempre pelos mesmos
Prémio Fundação Ilídio Pinho “Pedagogia”.                                   motivos, em cada escola transparecia a vontade de fazer mais e melhor
No primeiro período, a equipa percorreu o país de norte a sul, inci-        pelos alunos, uma grande ambição em fazer corresponder as expecta-
dindo o roteiro em Évora, Lisboa, Porto e Faro e, em parceria com a         tivas e confiança depositada pelos pais e demais no Projecto, tal como
Universidade Católica do Porto, foi possível incentivar coordenadores       superar os resultados alcançados no ano anterior.
Fénix e professores a discutir e aprofundar boas práticas pedagógicas,      Perto do final do ano, foi possível fazer um novo percurso a nível nacio-
orientações metodológicas em contexto de sala de aula e outras ques-        nal – Faro, Évora, Viseu, Lisboa, Porto – desta vez com todas as delega-
tões relacionadas com a motivação e partilha de estratégias utilizadas      ções representantes de todas as escolas por região. Nestas, os profes-
em cada contexto. Sob o tema “Dinâmicas de partilha e construção do         sores e directores fizeram um balanço positivo dos dois últimos anos,
sucesso educativo” José Matias Alves conduziu estes grupos de trabalho,     e percebi a manutenção de um elevado grau de compromisso com o
a partir de materiais e suportes didácticos preparados especificamente      Projecto. Em cada contexto os desafios foram muitos e diversos, mas
para estas sessões, o que cativou e envolveu os presentes.                  a confiança e elevada cooperação profissional de cada escola foram es-
Constituíram-se, paralelamente, grupos de discussão com os directores       senciais para a sua superação, o que permitiu, inclusivamente, mais auto-
das escolas, onde tive a oportunidade de reflectir e debater com os co-     nomia na concepção de outros micro-projectos no seio de cada escola,
legas das direcções a operacionalização do projecto e o seu alargamen-      tal como se abriram novas oportunidades de interacção com escolas
to a outros anos de escolaridade, para além daqueles em que o Projecto      vizinhas. O desafio comum a todas foi o investimento na aprendizagem
se encontra implementado.                                                   dos alunos que se encontravam em situação de absentismo e abandono
Esta dinâmica de trabalho permitiu, no arranque do ano lectivo, um ca-      escolar, situação esta que neste segundo ano vimos diminuir. Igualmente
minho de reflexão e espírito auto-crítico, partindo da experiência acu-     satisfatórios foram os resultados das escolas, uma vez que concretiza-
mulada ao longo do primeiro ano de existência do Projecto. Por outro        ram as metas propostas.
lado, criou-se uma oportunidade de partilha profissional que, de um
modo geral, ajudou a potenciar o trabalho que já estava a ser desenvol-     Foi extremamente gratificante ter a oportunidade de reflectir, descons-
vido no terreno junto dos alunos.                                           truir e construir, possibilidades de resposta às diversas realidades que
No segundo e terceiro períodos a equipa focou-se na resposta às so-         pude conhecer, no terreno, ao longo destes últimos dois anos.
licitações das escolas. Para além do seu acompanhamento presencial,         Pelos caminhos percorridos, conheci inúmeros colegas que diariamente
procurou responder às necessidades identificadas de norte a sul do país,    lutam pela melhoria da educação dos nossos jovens.
investindo na organização de seminários e na formação contínua de pro-




Luísa Tavares Moreira




                                                                                   16
Formação
                                                           Fénix
                                                        2010/
                                                                                               2011


                   “No que diz respeito ao desenvolvimento profissional dos professores também
                   não basta que nos exercitemos fora de água. É preciso dar passos concretos,
                   apoiar iniciativas, construir redes, partilhar experiências, avaliar o que se fez e o
                   que ficou por fazer. É preciso começar.”

                                                                                                                António Nóvoa




A Formação Fénix prevista para o ano lectivo 2010/2011 partiu do Agru-      cativo”, a cargo de José Luís Gonçalves, da Escola Superior de Educação
pamento de Campo Aberto – Beiriz, que partilhou a formação de profes-       Paula Frassineti, bem como “O Dever de Ensinar”, formação que contou
sores do 2º e 3º ciclo, na área da Língua Portuguesa e Matemática. Mas      com uma convidada especial, a Professora Helena Damião, da Universi-
não esquecendo directores, coordenadores Fénix e outros professores,        dade de Coimbra. A primeira centrou-se na definição do “coaching edu-
foram concebidas outras formações, para corresponder a outras neces-        cativo”, e na forma como este pode ser mobilizado para a melhoria das
sidades.                                                                    relações professor-aluno. Por seu turno, a Professora Helena Damião
O formador António Vilas-Boas desenvolveu a formação de Língua Por-         conduziu os professores numa retrospectiva do que tem sido a missão
tuguesa “Novo Programa de Português do Ensino Básico (NPPEB): Estra-        educativa ao longo do tempo, propondo-se a reflexão sobre os desafios
tégias de escrita e de leitura para a sala de aula”, que contou com cerca   actuais e seus caminhos de superação/realização pedagógica.
de três dezenas de formandos. A formação “Experiência Matemática -          Estas formações tiveram impactos diferentes consoante o alvo de inter-
Novo Programa de Matemática do Ensino Básico” foi dinamizada pela           venção, sendo que, em comum, a satisfação dos formandos foi elevada.
formadora Berta Alves, e estiveram igualmente presentes três dezenas        Procurou-se essencialmente corresponder às necessidades de formação
de formandos.                                                               dos nossos professores, e os ganhos não foram somente técnicos, mas
Os formadores deixaram a sua marca, que ficou registada na avaliação        também humanos, uma vez que permitiram fomentar o contacto e o
positiva que os professores fizeram das acções de formação ocorridas        relacionamento entre os colegas das várias escolas e regiões. Esperamos
ao longo do ano, em diferentes pontos do país (Porto, Lisboa e Coimbra).    que o conhecimento adquirido se possa disseminar no interior de cada
Adicionalmente, foram desenvolvidas as formações de “Coaching Edu-          escola, beneficiando-a como um todo.




Equipa AMA-Fénix




                                                                                   17
Seminário Nacional
                                          Mais Sucesso
                                           Projecto Fénix


Sessão de Encerramento
15 de Julho de 2011



No passado dia 15 de Julho decorreu a sessão de encerramento do ano        Através das palavras dos vários oradores foi reforçada a necessidade
lectivo, através do III Seminário Nacional Mais Sucesso – Projecto Fénix   de autonomia pedagógica das escolas e a continuação do investimen-
sob o tema “Mais autoria, Mais Pedagogia, Mais sucesso”, tendo sido uma    to na formação de professores. Foram demarcados como factores es-
oportunidade de balanço dos dois anos de vida do Projecto.                 truturantes do Projecto a autonomia, o trabalho em lógica de ciclo, o
Este encontro de professores, técnicos e profissionais da educação re-     compromisso e contrato social, a cooperação e visão estratégica dos
gistou forte participação, provenientes do norte e do sul do país e que,   professores (e demais colaboradores) que todos os dias se dedicam ao
de forma directa ou indirecta, estão ligados a este Projecto. Mais de      ensino e à conquista da melhoria das aprendizagens. Aliás, foi da essência
quatrocentas pessoas tiveram a oportunidade de rever o que foi o tra-      do trabalho docente, do acompanhamento das escolas, e da experiência
balho, a dedicação e as conquistas das escolas, dos professores e dos      partilhada entre os vários agentes de acompanhamento deste Projecto
alunos, ao longo deste tempo. Através das palavras dos oradores e do       que surgiu a necessidade de sintetizar e dar a conhecer toda a dinâmica
material que cada escola nos enviou para ser apresentado através de um     desenvolvida.
pequeno filme.                                                             Súmula de dois anos de crescimento, o livro “Projecto Fénix – Relatos
A Fundação Ilídio Pinho fez-se representar pelo Eng.º Couto dos Santos,    que contam o sucesso”, organizado por José Matias Alves e Luísa Morei-
que abriu este Seminário aludindo à aposta desta instituição nas escolas   ra, foi apresentado neste seminário. Escrito a várias mãos, e num registo
e nos jovens, num ensino de qualidade que possa garantir melhores          mais pessoal, conta ainda com vários testemunhos e a visão de quem
condições de futuro às gerações vindouras. Um aposta clara e ganha         fez parte da edificação do Projecto. O livro traduz o que Matias Alves
por esta instituição que está ao serviço da ciência, da tecnologia e do    identificou como a “linha da exigência”, do “acreditar”, da “avaliação di-
desenvolvimento. Pequenos passos, como a entrega dos Prémios Fun-          ferenciada”, da “definição de objectivos”, dos “desafios”, do “voar”, entre
dação Ilídio Pinho Pedagogia, marcaram este Seminário, bem como o          outros.
público, numa cerimónia revestida de emoção. As seis escolas premiadas,    No final deste encontro, o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato,
distinguidas pelos seus Projectos Educativos e resultados escolares, be-   demarcou o Projecto Fénix como um dos caminhos de acção com mé-
neficiaram de uma verba que totalizou os 25000€, podendo mobilizá-la       rito, e reconheceu o trabalho de quem se entrega a este projecto, pela
em torno de novos projectos educativos. As escolas premiadas foram         “iniciativa”, pelo “tentar fazer melhor” pelo ensino e pela aprendizagem.
as seguintes:                                                              Incentivou os presentes a continuar a investir na melhoria da educação.
                                                                           Terminou com a seguinte mensagem: “Os momentos de maiores dificul-
1º prémio - Agrupamento de Escolas das Taipas – Guimarães, com o           dades são também os das maiores oportunidades”.
projecto “MetaFÉNIX: aprender MAIS, aprender MELHOR”;
2º prémio - Agrupamento de Escolas Francisco Torrinha – Porto, com
o projecto “Promoção da Literacia em Contextos Diversificados”;
3º prémio - Agrupamento de Escolas Lousada Centro – Lousada, como
projecto “MAPA - Melhor Acompanhamento Potencia a Aprendizagem”

Menções Honrosas:
Projecto “Percorrendo caminhos” apresentado pelo Agrupamento de Es-
colas de Campo – Valongo;
Projecto “Alfabeto (com)sentido” apresentado pelo Agrupamento de Es-
colas de Vagos;
Projecto “Iniciar com Sucesso” apresentado pelo Agrupamento Vertical
de Escolas Professora Paula Nogueira – Olhão;



Equipa AMA-Fénix




                                                                                  18
Leituras
Este livro inclui um conjunto de textos que dão conta das experiências
e sentimentos partilhados em torno do Porjecto Fénix, um projecto
que nasceu no Agrupamento de Escolas de Campo Aberto em Beiriz,
no concelho da Póvoa de Varzim, e que foi referenciado pelo Ministério
da Educação para ilustrar uma das possibilidades do programa Mais Su-
cesso Escolar.




Novo Livro Fénix
Lançamento dia 15 de Julho

Mais um volume se publica, num louvável esforço de reflexão, sobre
um desses referentes de “mais sucesso”, as escolas Fénix. Este volume
é particularmente importante pois situa-se no quadro das práticas de
acompanhamento e monitorização, e da construção, em cada escola en-
volvida no projecto, de mais sucesso escolar.

Joaquim Azevedo (in Prefácio)




                                                                         19
Com os olhos postos no presente e convocando-nos a uma reflexão
sobre o futuro da educação em Portugal, Joaquim Azevedo partilha com
os leitores mais de 30 anos de dedicação à causa educativa, que consi-
dera apaixonante. Uma análise profunda e sensível “que propõe os fios
condutores do que pode vir a ser um novo paradigma de geração do
bem público educacional, no quadro de uma nova politica pública de
educação.” Mas não é só uma análise é também um desafio ao investi-
mento na relação com o outro e com o conhecimento, à implicação e
ao respeito pela dignidade humana. Ao longo do texto vamos sentindo a
consistência da sua experiência e do seu empenho em continuar a con-
tribuir para a possibilidade de termos uma educação que responda aos
apelos das crianças e dos jovens que contam com todos nós. Um livro
que tem uma mensagem de esperança, a não perder!




                                                                         Azevedo, Joaquim (2011) Liberdade e Politica Publica de Educação
                                                                         Ensaio sobre um novo compromisso social pela educação.
                                                                         Porto: Fundação Manuel Leão




                                                                                20
A
                                                  Escola
                                                      com a
                                                                Família
O projecto “ A Escola com a Família” revelou-se uma
mais valia para os alunos da turma 3º D que, semanal-
mente, em colaboração com um encarregado de educa-
ção, desenvolveram imensas e diversificadas actividades
no âmbito das Tecnologias de Informação e Comunica-
ção (TIC) utilizando o computador Magalhães.

A utilização de um sistema em rede, através do router,
possibilitou a realização de pesquisas utilizando a NET
sem fios, a criação de emails e a troca de mensagens.
Continuámos a dinamização do blogue que criámos no
ano anterior, através do qual enviámos mensagens de
Bom Ano a todo o Agrupamento e aos correspondentes
do Projecto “Enlaces II” em Cabo Verde.

Os computadores “Magalhães” são frágeis e
avariam.

Fizemos uma sessão com projecção de diapositivos so-
bre os cuidados a ter e, ”… o meu pai fez a manutenção
dos Magalhães” diz a Sofia. Foram resolvidos essencial-
mente problemas de espaço e de optimização de disco.

Este trabalho de parceria revelou-se muito motivador
para estas crianças e a utilização do computador “ Maga-
lhães”, afirma-se como uma ferramenta capaz de auxiliar
o aluno no desempenho de um conjunto diversificado
de tarefas e no desenvolvimento de capacidades e ati-
tudes e na aquisição de conhecimentos nas diferentes
áreas curriculares.


Madalena Cavaco
1º Ciclo Agrupamento D-2 Afonso III




                                                           21
A
    Palavra
       a                                           Manuel António Pina




 Porquê
   ler
livros?
      Ler um livro não é mais importante que ver, por exemplo, um filme, é
      apenas diferente. Só que é nessa “diferença” que está tudo, ou quase
      tudo. Não só a liberdade de leres o livro como quiseres, de trás para
      diante ou de diante para trás, de voltares ao princípio ou de o fechares e
      recomeçares a lê-lo no dia seguinte, mas também a liberdade de te leres
      a ti mesmo nele, de imaginares tu (por mais pormenorizadamente que o
      autor os descreva) cada personagem, cada lugar, cada acontecimento. E
      de, nele, viajares, na companhia das palavras do escritor, por mundos re-
      ais e imaginários, dentro e fora de ti, que só a ti pertencem, indo e vindo
      como e quando quiseres entre esses mundos e o teu mundo de todos
      os dias. Porque, num livro, só aparentemente é o escritor quem conduz
      a história, na realidade tu é que vais ao volante, a história ou poema que
      lês é mais teu e dos teus sentimentos e tuas emoções que dos do es-
      critor. De tal modo que, se voltares a ler o mesmo livro passado muito
      tempo, o livro já se transformou, já é outro, só porque tu também já te
      transformaste e já és também outro. É por isso que se diz que todos
      os livros são sempre muitos diferentes livros, tantos quantos as pessoas
      que os lerem ou tantos quantas as vezes que uma mesma pessoa os ler. E
      isso é uma coisa maravilhosa, descobrir que nós, com a nossa imaginação
      e o nosso coração, é que estamos a escrever os livros que lemos.




                                 22
Recursos
                                                                     Digitais
Espaço destinado à divulgação e apresentação de endereços com estudos de interesse para os
professores/as:


Progress in International Reading Literacy Study                                 Novas oportunidades para melhorar o ensino e aprendizagem em
Quadro de Avaliação 2011                                                         Matemática e Ciência

http://timss.bc.edu/pirls2011/framework.html                                     Trends in International Mathematics and Science Study

                                                                                 http://timss.bc.edu/timss2011/frameworks.htm




Relatório da OCDE confirma abordagem subjacente aos objectivos Eu-
ropa 2020 para o ensino e a formação

Objectivos para melhorar a educação
http://ec.europa.eu/news/culture/110419_pt.htm


                                                                                 De pequenino se começa ….

                                                                                 “A educação e as estruturas de acolhimento para crianças em idade
                                                                                 pré-escolar variam muito em quantidade e qualidade nos vários países
                                                                                 da UE”. A Comissão Europeia propôs algumas medidas comuns para o
                                                                                 acolhimento e a educação das crianças em idade pré-escolar.

                                                                                 Mais informações: http://ec.europa.eu/news/culture/110222_pt.htm




Conferências

Philippe Meirieu conferência dada no Congresso da AGEEM (Associa-
tion générale des enseignantes et enseignants de l’école maternelle de
l’enseignement public),

http://www.meirieu.com/


Conferencia Internacional do Projecto EU Kids
22 de Setembro 2011

Conhecer melhor os usos, riscos e segurança online
das crianças europeias

Portugal participa no estudo do projecto EU Kids Online II, que inquiriu,
na Primavera de 2010, 1000 crianças e jovens entre os 9 e 16 anos e um
dos seus pais em cada um dos 25 países europeus sobre riscos online
riscos e segurança online (25000 crianças e 25000 adultos).

Mais informações
http://www.fcsh.unl.pt/eukidsonline/

                                                                            23
Imprensa
                                                                          naEscola

ECO das Palavras                                                                          Gente em Acção:

Jornal do Agrupamento de Mogadouro                                                        Jornal do Agrupamento de Vila Velha de Ródão

O Projecto Fénix em destaque no “Folhetim de
Verão”
                                                                                          Este jornal é uma iniciativa deste agrupamento integrada na rede de es-
                                                                                          colas fénix. Dando voz aos pais, alunos e professores, o nº56 de Abril de
                                                                                          2011 passa a mensagem do desejo de continuidade do projecto para o
Marco Vieira num artigo sobre o Projecto Feníx refere que “(...) este                     próximo ano.
projecto tem sido uma experiência muito agradável onde a partilha de
saberes tem sido uma constante. Os docentes envolvidos demonstram                         Palavras chave: Continuar e Cooperar.
uma entrega ímpar, partilhando todos os momentos possíveis e imagi-
nários para encontrarem mais uma gota, de forma, a regar as sementes                      http://voxnostra.blogspot.com/
que têm dado fruto. Continuaremos a postar e nunca menosprezando o
próximo. O ensino e a aprendizagem são de todos nós”

Palavras chave: Persistência e Paciência

Texto completo em: http://voxnostra.blogspot.com/




Agradecimentos

Agradecemos a todos os colaboradores, aos directores e professores das escolas que integram o Projecto Fénix que nos têm enviado material para o Jornal Digital.
Continuamos a contar com o vosso apoio!

Equipa AMA-Fénix/UCP




Director: José Matias Alves | Edição: UCP-FEP em colaboração com a equipa AMA-Fénix do Agrupamento Beiriz | Design: M. José Araújo e Francisco Soeiro | Revisão editorial: UCP/Ama-Fénix |
Colaboraram neste número: Ana Cristina Lopes | Cristina Almeida | Cristina Loureiro | Gabriela Velasquez | Helena Damião | João Chanoca | Júlio Castro | Júlio Sousa | Luísa Araújo | Madalena Cavaco |
Maria Conceção Jorge | Marisa Carvalho | M. José Araújo | Manuel António Pina | Orísia Olhero Macedo
Periodicidade: Trimestral | Subscrever: Enviar e-mail para: fenix@porto.ucp.pt | Contactos: fenix@porto.ucp.pt | fenixbeiriz@gmail.com |
Propriedade : Universidade Católica Portuguesa

                                                                                                  24

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FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
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Elementos, Dinâmicas e Sucessos do Projeto Fénix

  • 1. Fénix Digital Número 3 | Periodicidade Trimestral | Julho 2011 Editorial Elementos, Dinâmicas, Sucessos O terceiro e último número deste ano do Jornal Fénix Digital guesa e Matemática) e numa formação pedagógica mais trans- vem confirmar o que já sabíamos: as escolas e os agrupamentos versal realizada em diversos seminários regionais, para além do da rede Fénix afirmaram-se à escala nacional como um conjunto encontro nacional dirigido pelo prof. António Nóvoa. com uma identidade própria, com dinâmicas de intervenção ter- Não há dúvida que o conhecimento, a escuta e a proximidade ritorial, com práticas pedagógicas e organizacionais geradores foram os elementos que geraram uma dinâmica que conduziu a de sucessos de natureza plural. excelentes resultados escolares no final do ano. A nível de cada Neste número, continuamos a dar voz às escolas e aos pro- agrupamento e da equipa AMA-Fénix. Por isso, neste número, fessores, praticando deste modo os direitos de autoria. Conti- não podemos deixar de enunciar uma palavra de satisfação e nuamos a convidar personalidades de referência no campo da congratulação: satisfação pelo sentido de elevada responsabili- educação para enriquecerem o nosso conhecimento e o nosso dade e compromisso; congratulação pelas qualidades dos pro- olhar. Continuamos a ser o palco das palavras que acedem os cessos pedagógicos e dos resultados alcançados.Todas as pesso- horizontes de possibilidade de aprendizagens exigentes e rele- as que trabalharam nestes territórios onde se teceu um sucesso vantes. mais consistente merecem o reconhecimento e os parabéns. O Projecto Fénix assume-se cada vez mais como a promessa E que nos alentam para um novo ano que não pode deixar de cumprida de mais e melhores aprendizagens para todos os alu- continuar a ser de grande exigência nos modos de fazer apren- nos. Para isso investiu numa formação disciplinar realizada ao der os alunos e de comprometer todos os actores educativos longo do ano e centrada na acção (nos casos da Língua Portu- José Matias Alves 1
  • 2. Índice Pág. 3 - Crónica - Luísa Araújo Pág. 4 - Algumas Notas Sobre o Projecto Fénix - Cristina Loureiro Pág. 5-6 - O Presente do Futuro - Júlio Castro Pág. 7 - Diário de Viagem - Maria Conceição Jorge Pág. 8 - Blogar no 1ºCiclo - João Chanoca Pág. 9-10 - Testemunhos - Cristina Almeida, Júlio Sousa, Marisa Carvalho e Gabriela Velasquez Pág. 11-12 - À Conversa com... Helena Damião Pág. 13-14 - Notícias Pág. 15 - Arte e Motivação - Criação de Fantoches na Es- cola de Mões Agrupamento de Escolas de Castro de Aires Pág. 16 - O Projecto Fénix em Rede:Visitas e Encon- tros Regionais Pág. 17 - Formação Fénix 2010/2011 Pág. 18 - Seminário Nacional Mais Sucesso – Projecto Fénix Sessão de Encerramento – 15 de Julho de 2011 Pág. 19-20 - Leituras Pág. 21 - A Escola com a Família - Madalena Cavaco Pág. 22 - A palavra a Manuel António Pina Pág. 23 - Recursos Digitais Pág. 24 - Imprensa na Escola 2
  • 3. Crónica A Educação Pré-escolar e o Bem Estar Em Portugal, o investimento público na educação pré-escolar mais que gramas durante a primeira infância também afecta o bem estar futuro e duplicou desde 1996. Balanços recentes sobre o impacto da frequência as aprendizagens na etapa de ensino subsequente. A utilização, para fins pré-escolar no bem estar dos adultos de amanhã, a nível educacional e de monitorização, de indicadores de qualidade como sejam a formação sócio-afectivo, não parecem deixar dúvidas: o investimento neste pri- universitária dos educadores, o rácio-educador-criança e a adequação meiro nível de educação deixa marcas positivas e indeléveis (Reynolds, dos espaços físicos à actividade pedagógica estão já bem cimentados Temple, Ou, Arteaga & White, 2011). Adultos na terceira década de vida tanto em Portugal como na Europa em geral. que frequentaram o pré-escolar enquanto crianças, quando comparados Mais recentemente, têm-se feito vários estudos que procuram compre- com as que não participaram, tem mais sucesso na escola, melhor saúde ender como a qualidade dos programas curriculares para a educação e melhores empregos e salários. E o impacto não se limita ao bem estar pré-escolar podem servir de alavanca para as aprendizagens no 1.º Ciclo pessoal mas também ao bem estar social, já que as crianças que frequen- e resultados mostram que programas mais sequenciais asseguram uma tam este nível de ensino se revelam socialmente bem adaptadas.Têm ín- melhor transição. Por exemplo, sabe-se hoje que as crianças que iniciam dices de comportamentos delinquentes e de abuso de subtâncias ilícitas o 1º. Ciclo com pouco ou nenhum conhecimento das letras do alfabeto bem mais reduzidos do que aquelas que não frequentam o pré-escolar. têm maior probabilidade de ter problemas na aprendizagem da leitura. Na União Europeia, o conceito de acesso universal a este nível educa- Sabe-se ainda a enorme importância que a leitura em voz alta feita re- cional pressupõe a cobertura de crianças entre os três e os cinco anos gularmente pelo educador tem no acumular de novos conceitos e de de idade. No entanto, nem todos os países, Portugal incluído, consegui- vocabulário por parte das crianças. Iniciativas como o Plano Nacional de ram até agora chegar ao patamar de inclusão de 90% das crianças entre Leitura de certo contribuem para que boas práticas como estas ganhem estas idades na educação pré-escolar. Em Portugal, só entre os quatro e terreno. No entanto, talvez fosse tempo para rever as pioneiras orienta- os cinco anos de idade se regista uma taxa ligeiramente superior a 90%. ções curriculares para a educação pré-escolar pois parece que melhores Quer isto dizer que ainda há um caminho a percorrer, mas não podemos orientações podem levar a melhores resultados. deixar de considerar apenas metas quantitativas. A qualidade dos pro- Luísa Araújo Joint Research Center, European Commission   3
  • 4. Algumas notas o sobre Projecto Fénix Na EB Comendador Ângelo Azevedo, o Projecto Fénix envolve duas Esta possibilidade de trabalhar com grupos com características bem di- turmas do sexto ano de escolaridade e duas turmas do oitavo ano, em- ferentes é sem dúvida fundamental e implica um respeito pela individu- bora apenas o oitavo ano tenha sido objecto de contratualização oficial alidade dos nossos alunos, que devem ser encarados de acordo com as nas áreas curriculares disciplinares de Língua Portuguesa e Matemática. suas especificidades. Como pontos fortes do Projecto, é de realçar uma intensa cooperação Na nossa escola, a constituição dos ninhos teve por base as compe- entre os docentes que trabalham de uma forma muito produtiva na tências que os alunos apresentavam, não só ao nível das aprendizagens definição de competências e na selecção de metodologias e estratégias escolares, mas também pessoais e sociais. A integração em grupos mais mais adequadas aos grupos com os quais lidam diariamente. reduzidos foi muito benéfica para alguns alunos que, embora não apre- O trabalho de cooperação permitiu a concretização de actividades que sentassem grandes dificuldades ao nível das aprendizagens escolares, re- nunca se realizaram na escola. Um dos exemplos é o Atelier de Escrita velavam uma fraca auto-estima que estava a condicionar o seu sucesso Criativa que envolveu os alunos do 8º ano em várias actividades de es- pleno. crita com o intuito de desenvolver nos alunos o gosto pela escrita. A satisfação dos docentes envolvidos no Projecto manifesta-se quando Os resultados obtidos pelos alunos permitem-nos concluir que o Pro- os alunos conseguem atingir os objectivos definidos e se apercebem jecto está a dar os seus frutos. Efectivamente, o número de alunos com que os progressos feitos pelos alunos estão a ter reflexos positivos nas nível inferior a três é mais reduzido quando comparado com os da- outras áreas curriculares disciplinares. dos de anos anteriores. Para além disso, é de sublinhar que a criação Para valorizar o grupo de alunos envolvidos no Projecto foi comemora- de turmas de homogeneidade relativa permitiu-nos reunir um número do o Dia do Projecto Fénix na BE/CRE, no dia 7 de Junho. Decorreram significativo de alunos que consegue atingir de forma rápida e eficaz as exposições com trabalhos realizados pelos alunos nas diferentes áreas competências, o que contribuiu para a existência de um elevado núme- curriculares disciplinares e não disciplinares e uma projecção com várias ro de alunos com níveis quatro e cinco, comparativamente com o que fotografias dos alunos Fénix que participaram em diferentes actividades. existia em anos anteriores. Este conjunto de alunos é um verdadeiro desafio, pois consegue-se ir mais além do que aquilo que foi inicialmente definido. Cristina Loureiro EB Comendador Ângelo Azevedo 4
  • 5. O presente do futuro “Nenhum vento é favorável para um barco que anda à deriva. E anda à 3.Explicação da distribuição dos horários deriva se não existe um projecto concreto de viagem, se não há forma de Numa perspectiva organizacional, constituímos os apoios nas turmas controlar o barco ou se não estamos a navegar na direcção correcta” Santos do Agrupamento de Escolas de Vagos, seguindo a filosofia dos Ninhos. Guerra, 2002. Assim: 3.1. No primeiro ciclo, constituímos Ninhos nas turmas que te- 1.Breve nota sobre o contexto do Projecto rão apoio. A gestão dos Apoios foi feita de acordo com princípios de No ano lectivo 2009-2010, um novo desafio foi colocado ao nosso Agru- ordem pedagógica, de apoiar um grupo reduzido de alunos, num outro pamento ao sermos seleccionados para o Projecto Mais Sucesso Escolar espaço e trabalhando os mesmos conteúdos/competências que o pro- – Tipologia Fénix. A filosofia, metodologia de trabalho do Projecto Fé- fessor titular, reajustando a gestão dos tempos lectivos de cada área cur- nix, veio exactamente ao encontro das nossas preocupações ligadas ao ricular intervencionada, de modo a fazer coincidir o horário das Turmas princípio nuclear da diferenciação pedagógica, no sentido de responder com o dos Ninhos. com qualidade à diversidade e heterogeneidade dos alunos. Permitiu 3.2. Nos 2º e 3º Ciclos, foram constituídos Ninhos em várias desde logo aos professores integrados nas turmas com o Projecto Fé- turmas utilizando as horas supervenientes dos professores e horas e nix, “descalçarem-se”. Foi preciso deixarem “os sapatos na soleira da lectivas dos professores do quadro com insuficiência de horário. Assim porta dos tempos novos” (Mia Couto). Sapatos aqui, naturalmente em à mesma hora que está a ser leccionada uma aula, por exemplo de LP ou sentido figurado, no sentido de uma atitude nova, activa, marcada por Matemática, existirão Ninhos que recebem alunos dessas turmas. Esta uma inquietação solidária e de rebeldia construtiva. Trabalho colaborati- perspectiva organizacional implica um trabalho de articulação entre o vo, partilha, troca de experiências, conversa/reflexão/discussão sobre o professor da disciplina e o professor dos Ninhos. Os professores dos essencial, permitiram criar um clima de trabalho sereno, tranquilo mas Ninhos têm uma hora na sua componente não lectiva para articular ao mesmo tempo de conquista, de experiência, de inovação. com o professor titular. 3.3. Esta organização dos apoios ocorreu nas turmas que não 2.As mudanças já realizadas e os factores/variáveis que estão abrangidas pelo Projecto. Deste modo, durante este ano lectivo as possibilitaram 65% das nossas turmas 74 turmas, foram abrangidas por este modelo A entrada no Projecto Fénix permitiu criar na escola dinâmicas interes- organizacional ao nível dos Apoios. santes, quer ao nível organizacional, quer ao nível do debate/reflexão Porque queremos uma Escola que se organiza, que se reorganiza, que enquanto organização aprendente. Esta prática teve resultados muito pensa, que tem massa crítica, que atinge resultados e comprometida positivos quer ao nível do desempenho das aprendizagens dos alunos, com os seus resultados e desempenhos, entendemos que esta apropria- quer ao nível do papel do professor na construção da sua profissiona- ção do projecto e o seu alargamento se traduz naquilo que é o objectivo lidade, nomeadamente nos professores dos apoios ao nível do 1º ciclo, supremos de qualquer organização: Criar Valor. pois passaram a articular de uma forma mais consistente com o profes- Cada um de nós deve dar o seu contributo para os processos de mu- sor titular. dança e implementar os processos de melhoria, partir desta visão, sentir A grande alteração decorrente da implementação do Projecto situa-se uma inquietação no sentido de procurar cada vez fazer melhor, neste ao nível da mudança do paradigma dos apoios. E esta transformação cria processo de construção de uma escola que se quer de qualidade. E a es- em todos, alunos e professores, uma situação de grande conforto. cola enquanto organização, deve partir do princípio que qualquer insti- 5
  • 6. tuição deve ser uma organização aprendente. Este aspecto biológico de organização (o desenvolvimento profissional do professor assenta na qualquer organização é muito importante, pois uma organização, cresce, capacidade de reflectir sobre a sua experiência e no envolvimento coo- desenvolve-se, adapta-se e sobrevive ou simplesmente entra em crise. perado com os outros colegas, ao nível da intervenção e reflexão). Assim, exige-se uma escola dinâmica, mais humana e criativa, que vise Como diz o Pedro Abrunhosa numa das suas canções: “O caminho faz- a promoção de aprendizagens significativas (académicas e não acadé- -se entre o alvo e a seta / e que nunca caiam as pontes entre nós”. O micas) e a formação integral dos estudantes (crianças, adolescentes e caminho, a liderança, a nossa capacidade de sentir, melhorar, imaginar a jovens). organização é fundamental. Numa época de desafios, três aspectos assu- As pessoas são o principal capital das organizações. Sem a contribuição mem-se como importantes para a excelência educativa, como afirmou o de todos e de cada um, as organizações não funcionam. As organiza- Professor Roberto Carneiro “a responsabilidade social, a aprendizagem ções devem incentivar os actores à mudança, quer nas atitudes, quer nas de cada elemento da comunidade educativa, a importância da organiza- competências. ção”. Segundo o Professor Roberto Carneiro, o bom professor é o que Daí a importância de uma liderança transformadora e crítica que faça da “… me leva a lugares onde nunca estive …” o professor excelente é o Escola, uma instituição simultaneamente mais humana e mais prestigiada, que “transforma o lugar onde estou.” Esta capacidade de acreditar, de que procure encontrar nas dificuldades, desafios. A grande questão que transformar o nosso mundo leva-me a dizer que tal só é possível quan- se coloca nos tempos que correm é o da qualidade na educação – no do descobrimos o nosso “Elemento” segundo Ken Robinson “o termo contexto sala de aula (assente no princípio nuclear da diferenciação para descrever o lugar onde as coisas que adoramos fazer e as coisas pedagógica, no sentido de responder com qualidade à diversidade e he- em que somos bons se reúnem. Julgo ser essencial que cada um de terogeneidade dos alunos – e aqui temos o exemplo do Projecto Fénix, nós encontre o seu Elemento, não só porque nos tornará pessoas mais como forma de intervenção neste campo, quer do ponto de vista orga- realizadas, mas sobretudo porque o futuro das nossas comunidades e nizacional, quer do ponto de vista pedagógico, com a construção de um instituições dependerá disso à medida que o mundo evoluir.” novo paradigma) e na organização e funcionamento da escola enquanto Júlio Castro Director do Agrupamento de Escolas de Vagos 6
  • 7. «Diário de Viagem» Da Capital à «Cidade dos Estudantes» Reflexão sobre a 4ª Sessão de Formação Fénix Esta sessão de Formação Fénix em Língua Portuguesa distingue-se de os mais irrequietos sossegam e revelam um nível de atenção superior todas as outras e não apenas por ser a última de quatro jornadas (in- ao habitual, sentindo o tempo da aula fluir sem enfado enquanto se lêem tercaladas pela operacionalização junto dos alunos), marca-a a viagem as aventuras do aviador-criança e do pequeno príncipe com maturidade individual de Expresso sem a agradável companhia de colegas, mas, por de crescido. Trata-se de uma obra intemporal que aproxima e, de cer- outro lado, com a tranquilidade, a liberdade de pensamento e a medi- to modo, reconcilia o adulto e a criança, esta que questiona o mundo tação proporcionadas pela observação da paisagem verde a «subir» a das «pessoas grandes», que sobrevalorizam os números, as aparências, e Estremadura até à cidade carismática de Coimbra. foca-nos no “essencial” de todos nós, além de facilitar ao jovem leitor a Na mala, O Principezinho, um dos livros da minha vida, uma edição de compreensão da linguagem conotativa e simbólica. há, pelo menos, trinta e cinco anos, recomendada pela professora de Terminada a sessão, regresso a casa com a «mochila» mais apetrechada Língua Portuguesa e oferecida pelos meus pais, lida e relida desde então de propostas e materiais úteis para trabalhar as competências da leitura com renovado entendimento e satisfação, como uma lufada de ar fresco. e da escrita no contexto do Novo Programa de Português do Ensino Esta obra, eleita para o «Fórum de Leitores» dinamizado pelo formador Básico (NPPEB) e da realidade exigente de diferenciar para ensinar de Vilas-Boas, continua a «cativar» os alunos, dos quais se diz que não gos- forma significativa. tam de ler, mas rendem-se, para o próprio espanto, à sua leitura; mesmo Maria da Conceição Jorge E.B. 2,3 António Bento Franco - Ericeira 7
  • 8. Blogar no lº Ciclo (Comunidades virtuais) O Blogue (a postagem”, a edição de imagens estáticas e em movimento, audiência para as suas ideias, opiniões e produções, o que acarreta, por os sons e o podcasting) proporciona-nos a produção de novos espaços sua vez, um aumento considerável nos níveis de exigência, de interesse de discussão sobre as aprendizagens mais significativas do desenvolvi- e de motivação para a aprendizagem. mento curricular, do estudo do meio ao desenvolvimento das compe- A edição de um blogue, visto como um novo espaço cooperativo tências linguísticas, do pensamento crítico à capacidade de diálogo, à de escrita e de leitura colaborativa (aprendizagem), é, ao argumentação e à persuasão. Paralelamente, promove oportunidades mesmo tempo, a ligação directa com a informação. Parece-nos, pois, o únicas, quando os alunos passam a ser geradores das suas aprendizagens, espaço perfeito para introduzir os alunos no mundo potencial de co- mais do que simples consumidores, um pouco passivos e acríticos. O municação, num mundo de aprendizagem em rede e, finalmente intro- Blogue e todas as suas ferramentas de auxílio e, muito concretamente, duzi- los nas aprendizagens de um nova competência textual: a leitura e o podcasting, dão aos alunos instrumentos e ferramentas para uma nova a escrita com novos e inéditos objectivos. João Chanoca EB1 da Vagueira - Agrupamento de Vagos “A Nossa Turma” Blog da EB1 da Vagueira http://estatudopertodenos.blogspot.com Um blog a consultar 8
  • 9. Testemunhos Testemunho de uma mãe Projecto Fénix Um Projecto gratificante Da Escola de Santa Iria da Azoia chega-nos o testemunho de Ana Cristina Lopes: “A integração dos alunos neste projecto tem sido uma mais-valia para “Este projecto, além de ter sido uma atitude positiva da escola para com a aquisição de competências básicas fundamentais e, por conseguinte, os alunos, ajudou-os num melhor desempenho e sucesso escolar, trouxe para a sua progressão ao nível das aprendizagens, dado que integram um melhor equilíbrio no percurso da sua aprendizagem, assim como um grupo com menos elementos, conseguindo-se uma melhor diferen- maior motivação e interesse pela escola. ciação pedagógica, participação constante de todos os alunos, respeito pelos ritmos de trabalho de cada um e um excelente clima de aula favo- Para a escola, penso que foi um processo de mudança e evolução para rável às aprendizagens. melhor, no sentido de ter melhorado a qualidade do ensino que passa, Todos os alunos mostraram-se empenhados, trabalhadores e motivados, não só, pela condição física e material da escola, mas também pelo apoio nos Ninhos. Cumpriram todas as actividades apresentadas e os seus aos seus alunos tornando-se assim uma referência muito positiva e a ser resultados foram uma clara evidência do seu esforço e empenho. continuada.” Têm sido para mim muito gratificante participar neste Projecto, bem como nos Encontros e Formações quer no ano transacto quer no pre- sente ano lectivo.” Aprender na verdadeira acepção da palavra Marisa Carvalho Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira, Lagoa “É com enorme agrado que deixo aqui registado o quão útil foi para todos nós, docentes de Língua Portuguesa, a oportunidade de participar Articulação curricular no Projecto Fénix e partilhar das propostas de trabalho que nos chegaram via Dr. António Vilas-Boas. Sem teorizações em excesso, com uma componente muito prática e com critérios muito objectivos, foi possível trabalhar o NPPEB, A aplicação do Projecto Mais Sucesso Escolar (PMSE), tipologia Fénix, para os 2º e 3º ciclos, sobretudo, nos domínios da leitura e da escrita, permitiu o desenvolvimento de uma outra forma de articulação curri- pondo em prática oficinas reais de escrita e fóruns de leitores, onde é cular envolvendo os docentes do 1º, 2º e 3º ciclos. possível atender à diferença e conduzir ao desenvolvimento efectivo Na realidade, a aplicação deste Projecto no Agrupamento de Escolas de de competências. Conseguiu-se, naquelas sessões – que terminavam tão Salir abrange turmas do 1º ciclo e do 3º ciclo. São feitas, regularmente, rapidamente! - provar que, mesmo os alunos menos motivados, em situ- reuniões com todos os docentes envolvidos nomeadamente os profes- ações ali retratadas, querem ler e querem escrever (se souberem como sores titulares de turma no caso do 1º ciclo e os Directores de turma fazê-lo e se essa tarefa lhes for útil) e ficam felizes por demonstrá-lo. no caso do 3º ciclo, para permitir articular todo o trabalho desenvolvi- Não me recordo de ter participado, ao longo de toda a minha vida pro- do e a desenvolver, situação que, depois,“transita” para os Conselhos de fissional, numa formação, onde tivesse sido possível aprender tanto e Turma e de Departamentos Curriculares. partilhar na plena acepção da palavra; posso finalmente congratular-me pela mudança nalguns aspectos da minha prática pedagógica e também, Julio Sousa Agrupamento de Escolas de Salir por ver que, estamos todos em estado de alerta às diferentes neces- sidades dos nossos alunos, abertos à mudança e que, por vezes, basta um pequeno clic , para despertar neles e em nós algo que fará toda a diferença, nas nossas, mas sobretudo nas suas vidas. Enquanto alunos e enquanto pessoas, o seu trabalho será valorizado por todos: professo- res, pais e entre pares; a sua auto-estima subirá em flecha e será possível ver nos seus rostos uma intensa e duradoura alegria pelo sucesso que vão gradualmente alcançando. Cristina Almeida Escola Básica de Mário Beirão 9
  • 10. “Um dos anos mais gratificantes da minha vida professional” “Sou docente do 1º ciclo há muitos anos. Investi muito na formação investimento no ensino explicito e sistemático das competências de lei- académica ao longo da minha vida profissional, sempre com o objectivo tura e de escrita para assegurar confiança e competência, valorização da de ensinar melhor. Sou viciada no trabalho: costumo dizer que quando participação dos pais na vida da escola. não tenho que fazer, invento. Mas nunca tinha tido uma experiência com A instrução foi desenhada para ser diferenciada, desafiadora, colabora- as características daquela que tive neste ano lectivo. tiva e também divertida, criativa, relevante e significativa. As estratégias A escola onde leccionei este ano é uma escola urbana situada num con- para ensinar habilidades específicas de leitura e escrita partiam sempre texto típico de bairro social. Esta característica, por si só, já a distingue da utilização de literatura autêntica e/ou de projectos em que a lin- de todas as outras em que leccionei nos anos anteriores. guagem escrita surgia como uma ferramenta indispensável, cumprindo De facto, quase todos os anos da minha vida profissional foram de- diversas funções (comunicação interpessoal, auxiliar de memória, orga- dicados a ensinar crianças de escolas privadas ou de escolas públicas nizadora do pensamento e da acção, etc). consideradas de “elite”. Descobri que, como argumentam vários autores, a motivação para a Foi-me atribuído um grupo de oito alunos de 3º ano, considerados como leitura é realmente contagiosa: sempre gostei de ler histórias aos meus tendo dificuldades de aprendizagem, um “ninho” , ao qual me compete alunos e, depois de algumas semanas de aulas, eram as crianças que ensinar Língua Portuguesa. A perspectiva de ensinar um pequeno grupo discutiam espontaneamente as histórias que mais tinham gostado ou as de alunos que partilham dificuldades de aprendizagem da Língua Portu- partes divertidas desta ou daquela história que tinham ouvido. Ninguém guesa era também nova. dispensava na sala a hora do conto! Iniciei o ano escolar com uma forte expectativa de sucesso, convicta de O trabalho escolar ganhou uma nova dimensão: qualquer visita que en- que o meu trabalho e empenho teriam necessariamente que resultar em trasse na sala, se o assunto fosse ventilado, teria de ouvir os comentá- mais aprendizagem para os alunos. Uma excelente oportunidade para rios entusiasmados sobre os “versos para rir” que o grupo tinha escrito, verificar “o que dizem os livros”! E assim começou o carrossel de mais o teatro que ensaiava ou qual seria o próximo trabalho que íamos fazer um ano lectivo… e a quem o iríamos apresentar. O diagnóstico inicial do grupo mostrou-me que estas crianças liam com A exploração do vocabulário foi uma das áreas definida como prioritá- extrema dificuldade. Algumas ainda reconheciam letras de forma inse- ria. O incentivo ao uso na escrita de “palavras fortes”, a escolha de pala- gura. Escreviam apenas frases curtas, repetitivas e sem correcção orto- vras “favoritas” dos textos, a criação de “nuvens” de palavras temáticas, a gráfica. Não se empenhavam no trabalho escolar nem demonstravam utilização de organizadores gráficos criativos ou o recurso à tecnologia qualquer interesse em aprender. informática para a organização de dicionários visuais e sonoros, criou A caracterização sociocultural das suas famílias apontava para a perten- uma nova dinâmica em que todos se sentiam “especialistas em palavras”. ça a um grupo muito desfavorecido, com baixo nível de escolarização No final do ano, todos quiseram participar na “maratona da leitura” e elevada incidência de desemprego. Vários autores têm identificado o organizada pela professora bibliotecária, preparando exaustivamente a estatuto socioeconómico como um factor de risco individual e de gru- leitura do conto que tinham seleccionado, na escola e em casa, surpre- po para a aprendizagem da literacia (Snow, Burns & Griffin, 1998). endendo os colegas que os ouviram com a sua fluência de leitura oral. De facto, estas crianças partilhavam algumas características que se in- Ao longo do ano, os pais foram várias vezes chamados a ajudar os filhos, terpunham à instrução da literacia tais como um conhecimento muito ora servindo de “ouvintes” das suas leituras ora a assistir a pequenas limitado do mundo, vivências restritas ao relacionamento no seu bairro sessões de teatro ou declamação. Nem todos vieram, mas começaram a e aos vizinhos, quase sempre conflituoso, e atraso no desenvolvimento vir… a ser recebidos com simpatia, sem recriminações nem queixas… da linguagem. Os pais não apareciam na escola, nem acompanhavam os e começaram também eles a sorrir mais, a manifestar o seu agrado pelo filhos nos trabalhos de casa pois, na maior parte dos casos, nem reco- trabalho dos filhos, a reconhecer o trabalho da escola! nheciam o seu próprio potencial ou responsabilidade como educadores. Sei que uma estratégia funciona quando os alunos estão satisfeitos com É fácil etiquetar estas crianças como preguiçosas ou desmotivadas já o produto do trabalho que realizam. Esta é a principal avaliação, situada que parecia pensarem que o trabalho escolar era inútil e inacessível, no dia a dia das actividades das crianças, que me permite tomar decisões limitando-se a cumprir o mínimo possível. A intervenção teria portanto sobre o passo seguinte. E que me permite concluir que, apesar de haver de incluir um forte apoio emotivo e a criação de um contexto educativo ainda um longo caminho a percorrer até que estas crianças atinjam o mais positivo. sucesso escolar que desejamos, estamos no bom caminho! As linhas gerais de acção foram traçadas: promoção de experiências de E assim se construiu um dos anos mais gratificantes da minha já longa aprendizagem que possam criar uma atitude mais positiva face à escola, vida profissional! Gabriela Velasquez 10
  • 11. À conversa com Helena Damião* 1. Na sua opinião, qual o investimento que temos ain- 2. Reforçar as aprendizagens das duas disciplinas estru- da de fazer, e em que áreas, para conseguir que todas as turantes “Português” e “Matemática” passará por um crianças possam ter “sucesso escolar”? maior investimento no l.º Ciclo do Ensino Básico? Garantir o sucesso escolar a todos os alunos constitui um propósito As aprendizagens que se fazem no 1.º ciclo de escolaridade são fun- que, nas décadas mais recentes, as sociedades ocidentais têm persegui- damentais. A tendência da investigação pedagógica leva-nos ainda mais do. Em simultâneo, passaram a questionar abertamente a concepção de longe, leva-nos a afirmar que são determinantes. Daí que os países com sucesso que havia guiado a escola iluminista: aquisição daqueles conhe- melhores resultados em estudos de avaliação internacional sejam aque- cimentos que, por princípio, não se poderiam adquirir fora da escola ou les que mais investem nesse patamar. Os programas são pensados com que não se poderiam adquirir com a extensão e a profundidade que esta critério, os manuais escolares, no caso de os haver, também, e os pro- instituição proporciona. Esse questionamento fez emergir uma multipli- fessores são de excelência. E existe a preocupação de garantir que os cidade de concepções de sucesso, que passou a constar nos discursos e, alunos não saltam etapas, avançam para a seguinte depois da anterior ou também, nas práticas pedagógicas. das anteriores estarem consolidadas. Assim, quando lemos nos documentos normativo-legais, curriculares, Indo ao cerne da pergunta que me foi posta, a Língua Portuguesa e a programáticos e outros que o “sucesso” constitui um direito de todas Matemática são, de facto, estruturantes, mas também o são as Ciências, as crianças e jovens, não podemos deixar de nos questionar acerca do a História, a Música e a Expressão Corporal, entre outras. A todas estas significado concreto desta expressão e de como podermos agir para áreas é preciso atribuir igual dignidade porque, cada uma à sua manei- fazer valer o sucesso como direito. Ao tentar responder percebemos ra, contribuem para o desenvolvimento cognitivo, afectivo e motor das a confusão – que entendo que se tem feito e se faz – entre qualidade crianças e jovens, possibilitando-lhes, em conjunto, uma educação for- e quantidade do sucesso. De facto, atribuir classificações positivas aos mal abrangente, afigurando-se como garantia da aquisição de um leque alunos ou decidir a sua transição de ano não significa necessariamente basilar de conhecimentos que facultarão uma compreensão sofisticada que eles dominem as aprendizagens que estão estabelecidas para um do mundo e a expressão consciente nele. Mas esta ideia já era a dos certo nível de escolaridade. Aqui devo notar que também nem sempre é Gregos, nada tem, portanto, de inovador. Há ideias tradicionais sobre claro nos documentos oficiais que aprendizagens devem os alunos fazer educação que estão certas e que devemos perseguir. em cada nível de escolaridade. Por último: se “reforçar as aprendizagens de Língua Portuguesa e de Ma- Voltando à pergunta, procurarei responder-lhe de modo mais concreto. temática” significar que lhes devem ser destinadas mais horas lectivas, Em primeiro lugar, penso que deveríamos parar para pensar e, natural- como é a tendência das orientações mais recentes da tutela, mas ainda mente, para explicitar qual a responsabilidade da escola na educação das da anterior legislatura, eu diria que não se deve fazer ou manter essa op- crianças e dos jovens. Isso facilitaria muito a definição de sucesso esco- ção, que se deve fazer uma outra, que é escolher criteriosamente o que lar, o que me parece ser da máxima urgência. Em segundo lugar, entendo as crianças e os jovens devem aprender em cada área curricular e deter- que essa definição, por mais operacional que fosse, não permitiria con- minar com precisão o percurso metodológico mais eficaz para ensinar. cretizar totalmente o propósito em causa, pois, a verdade é que, apesar Se, por exemplo, na Língua Portuguesa a opção incidisse sobretudo em de termos uma ideia mais ou menos precisa acerca de como se deve textos de reconhecida qualidade literária (em vez de incidir em textos ensinar para que os alunos aprendam, não sabemos, com toda a certeza, pobres ou empobrecidos, com supressões e adaptações), se o método como isso se faz em relação a todos os sujeitos que estão na escola. Em de exploração assentasse em modelos seguros de desenvolvimento da terceiro lugar, entendo que a definição a que chegássemos teria de ser compreensão se a natureza, o número de rubricas e o seu grau de apro- plural, pois, apesar das óbvias semelhanças entre as crianças e os jovens, fundamento fossem seriamente dimensionados, o tempo lectivo poderia temos de contar com aquilo que os distingue e a que é preciso dar manter-se, mas certamente o nível de aprendizagem subiria. De nada alguma resposta sólida. Em quarto lugar, para que a grande maioria das adianta aumentar este tempo se o objecto de aprendizagem for incon- crianças e jovens possa ter sucesso, ainda que com alguma diferenciação, sistente ou inadequado e o método erróneo. teremos – políticos, professores e outros técnicos de educação – de nos concentrar mais nos processos de aprendizagem e teremos de ensinar de acordo com o que sabemos acerca desses processos. 11
  • 12. 3. Considerando “competência como uma noção funda- 4 . Que mensagem deixaria aos leitores do Jornal “Fénix mental nas actividades de ensino e de aprendizagem “ de Digital”? que falamos quando falamos de competência? Que todos, sem excepção, temos de encarar a aprendizagem como uma Não lhe sei responder de modo inequívoco. A noção de competência tarefa séria, talvez a mais séria de todas, pois é ela que nos permite afir- tem assumido muitos significados. Destaco muito sumariamente apenas marmo-nos como pessoas. E ser pessoa é ser capaz de pensar e de de- dois, talvez os mais abrangentes. cidir em liberdade. Talvez, por isso, a aprendizagem seja também a tarefa Um sentido está ligado às teorias pedagógicas predominantes nos anos mais difícil com que a sociedade se confronta. E é uma tarefa sem fim… de quarenta, cinquenta aos anos de setenta, oitenta, e reporta-se a des- trezas adquiridas pelos alunos, fruto de um ensino estruturado, pois, sem este tipo de ensino, tais destrezas não seriam possíveis de adquirir * FPCE-UC - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da ou, pelo menos, não seriam possíveis de adquirir num tempo de vida Universidade de Coimbra razoável. Por princípio, como humanos todos temos determinadas ca- pacidades, que, quando devidamente estimuladas através de um proces- so instrutivo esclarecido, se manifestam com alguma rapidez na forma de competência. Exemplificando, reconhece-se a nossa capacidade para reter dados na memória, mas, se a nossa memória for sujeita a treino específico, pode “guardar” dados e procedimentos de uma determinada área de saber que serão úteis no imediato ou no futuro mais próximo ou mais distante. Isso é uma competência que não tínhamos antes do ensino e da aprendizagem escolar e que passámos a ter. Mais recentemente, sobretudo depois dos anos oitenta, a noção de competência ganhou um sentido diferente, sendo encarada sobretudo como um saber ou um conjunto de saberes instrumentais que se afi- guram relevantes para a resolução de problemas do quotidiano. Numa certa interpretação, sobrepõem-se aos conhecimentos, sobretudo aos de carácter mais erudito, que não parecem ter aplicação no imediato vivencial dos alunos. Mais do que saber, é importante saber fazer, sobre- tudo saber fazer o que está implicado em tarefas pessoais e sociais para as quais somos convocados. Devo dizer que o confronto entre estes dois entendimentos de com- petência tem levantado polémica bastante entre académicos e decisões de políticas e medidas educativas ao ponto de ter criado cisões muito marcadas entre os que são a favor de uma ou de outra. Não me parece, porém, que esse seja um terreno de discussão que beneficie o desen- volvimento dos alunos, nem a transmissão e ampliação da herança da humanidade, que a escola, de algum modo, está mandatada pela socie- dade para assumir. Na verdade, para que este duplo desígnio da escola possa ser concretizado é preciso convocar conhecimentos relevantes, dignos de serem ensinados, e, em simultâneo, estimular as capacidades que temos em potência. 12
  • 13. Notícias Secundária de Resende venceu concurso nacional No dia 30 de Maio, três alunos da turma do 12.º ano do Curso Profis- pelos alunos assentou na definição de um “percurso” pelos contextos sional de Informática de Gestão e o seu professor de Português deslo- e lugares históricos, geográficos, literários, afectivos, alusivos ao tema. caram-se à Quinta das Lágrimas, em Coimbra, para receber o prémio de A pesquisa foi feita a partir de leituras sobre o romance de D. Pedro e vencedores, no nível de Ensino Secundário, do “Concurso Inês de Cas- D. Inês de Castro. A elaboração do jogo Caça ao Tesouro – Percursos tro”, uma iniciativa conjunta do Plano Nacional de Leitura e da Fundação de Pedro e Inês – obedeceu aos seguintes requisitos: elaboração de um Inês de Castro, com o patrocínio da YDreams. mapa que permitisse uma fácil visualização da área de jogo; explicação A cerimónia iniciou-se com uma Sessão de Abertura, tendo como ora- da Caça ao Tesouro (objectivos, estratégias, modo de jogar, tarefas a re- dor o Comissário do Plano Nacional de Leitura. Seguiu-se a entrega de alizar, propostas de execução, número de jogadores...); enigmas alusivos prémios: foram entregues aos alunos vales de uma noite num hotel de ao tema, com pistas a permitirem, em cada etapa, o acesso ao enigma cinco estrelas, com direito a acompanhante e jantar. A Escola Secundá- seguinte; definição de um “tesouro” para representar o fecho e o clímax ria Dom Egas Moniz irá receber também um cheque livro no valor de do percurso definido; fontes bibliográficas da pesquisa. 50 euros. De seguida, foi oferecido a todas as delegações das escolas O evento terminou com com um lanche, pois a visita guiada aos jardins presentes um almoço na tenda do Jardim e foi feita a apresentação dos e fontes da Quinta das Lágrimas, prevista para a tarde, não pôde ocorrer trabalhos vencedores. devido ao mau tempo. Subordinado à temática dos “Percursos de Pedro e Inês”, na modalidade Todos os trabalhos premiados serão divulgados nos sítios do Plano Na- de Caça ao Tesouro, o conteúdo do trabalho elaborado e apresentado cional de Leitura e da Fundação Inês de Castro. Seminário Final de encerramento Projecto Fénix 2011 Mais Autoria, Mais Pedagogia, Mais Sucesso No dia 15 de Julho, pelas 14h30 teve lugar na Universidade Católica Universidade Católica Portuguesa Portuguesa, Campus da Foz, numa organização conjunta com o Agru- Agrupamento de Escolas de Beiriz pamento de Escolas de Beiriz a sessão de encerramento do Projecto Sessão de Encerramento do PROJECTO FÉNIX 2011 Mais Autoria, Mais Pedagogia, Mais Sucesso Fénix 2011. Pretende-se com este encontro fazer o balanço de mais um Universidade Católica Portuguesa | Campus da Foz, Auditório Ilídio Pinho, Porto 15 de Julho de 2011 ano de projecto e reforçar a rede de escolas e agrupamentos envolvi- Objectivos dos no projecto. Será lançado o livro “Relatos que Contam o Sucesso” Fazer o balanço de um ano do projecto Fénix Prestar contas do trabalho realizado Reforçar a rede de colaboração das escolas e agrupamentos e atribuido o prémio da Fundação Ilídio Pinho “Pedagogia”. Horário 14.30 | Recepção 15.00 | Início – Sob o signo da criação – Intervenção musical pela ARTAVE 15.15 | Sessão de abertura Luísa Tavares Moreira Joaquim Azevedo 15:45 | As escolas e os agrupamentos da rede Fénix – palavras e imagens 16.00 | Lançamento do livro sobre o Projecto Fénix 2010_2011 Luísa Tavares Moreira José Matias Alves 16.30 | Atribuição do Prémio Fundação Ilídio Pinho Pedagogia Ilídio Pinho Joaquim Azevedo Luísa Tavares Moreira 17.00 | Sessão de encerramento Professor Doutor Nuno Crato - Ministro da Educação www.porto.ucp.pt/fep/+sucessofenix/2011 Patrocínios e Apoios: 13
  • 14. Empreendedorismo na Escola Secundária Dom Egas Moniz Uma realidade cada vez mais presente Decorreu no passado dia 20 de Maio, no Auditório Municipal de Resen- projecto “Ler é Ver” (12.º B), escrita em Braille e lida por um colabora- de, entre as 10 e as 16 horas, a apresentação pública dos projectos de dor invisual, Sr. José Borges; “Licorcer” (8.º D), que produziu um delicio- empreendedorismo, realizados na Escola Secundária Dom Egas Moniz, so licor de cereja; “Biscoitos de Cereja” (7.º A), que nos criaram, desde no presente ano lectivo. logo, água na boca; “Cherry Doll” (10.º B), apresentou-nos uma engraça- Tudo começou no ano passado, quando foi implementado o PNEE (Pro- da boneca com enchimento de caroços de cereja; “Psicodominó” (10.º jecto Nacional de Educação para o Empreendedorismo), uma iniciativa B), um dominó em madeira com desenhos de cerejas. Pelo meio, ainda do Ministério da Educação e da DGIDC (Direcção-Geral de Inovação e tivemos tempo de provar o licor e os biscoitos deliciosos, que serviram Desenvolvimento Curricular) abraçada pela Escola Secundária.Teve, des- de aperitivo para o almoço. de logo, a colaboração da Net Porto e Bic Minho e também os parceiros À tarde fomos brindados com mais uma animação proporcionada pelo ACER, APROCER, Embalagens Namora e Câmara Municipal de Resende. grupo “Ceranima” (11.º D), desta vez uma amostra de um baile tradi- Da comissão fazem ainda parte a Direcção da Escola, os serviços espe- cional. Foi uma maneira descontraída de reiniciar os trabalhos. Seguiu-se cializados de Apoio Educativo/Serviços de Psicologia e Orientação, um “Bancas e Uniformes” (11.º C), deu-nos a conhecer uma maqueta de representante de cada ano escolar do 3.º ciclo e do ensino secundário, banca para venda de cereja e um avental para ser utilizado como unifor- um representante dos pais e Encarregados de Educação, um Assistente me no processo de venda; “Cercaixares” (9.º A), pela voz do Fernando, Operacional e, a partir deste ano, um representante da UTAD. do Jorge e do Sr. Namora, mais um testemunho da sua bem sucedida Dessa primeira fase, surgiram diver- criação; outra caixa diferente, con- sos projectos, em que um em especial, cebida para um determinado cliente, o CERCAIXARES, desenvolvido pelo foi apresentada pelo Sr. Namora, en- aluno Fernando Vieira (9.º A), em par- quanto parceiro do PNEE e entusias- ceria com o seu primo Jorge e o pro- ta desta ideia do empreendedorismo. dutor de caixas Sr. Namora, teve um “Guloseimas de Resende” (9.º C) foi êxito quase inesperado. Conceberam outra das grandes novidades. Trata- uma caixa para cerejas de tal maneira -se de uma loja de venda de produtos inovadora que está já em vários mer- de referência de Resende, nos diver- cados nacionais, com um volume de sos campos: artesanato, gastronomia, vendas considerável. O registo da pa- frutos, vinhos, recordações, livros. tente foi feito na UTAD (Universidade “Cerdoce” (7.º D), um delicioso doce de Trás-os-Montes e Alto Douro), no de cereja; “Cerise” (8.º D), que teve dia 24 de Fevereiro, com o número como entidade parceira a pastelaria 2252, e a apresentação aos produto- “O Sonho”, não ficou atrás de ne- res de cereja realizou-se no dia 12 de nhum outro, já que nos apresentou Abril. um excelente bolo de cereja. “Cherry Foi este o exemplo divulgado por toda a comunidade escolar e acre- Ice Cream” (7.º D), foi mais uma tentação, porquanto quando provámos ditamos que pode ter servido de incentivo para que no presente ano aquele saboroso gelado soube-nos a pouco. “Acessórios de Moda” (7.º fossem realizados projectos absolutamente fantásticos. Desenvolveram- B), uma ideia bonita, concebida para criar bijutarias: anéis, pulseiras e -se na Área de Projecto e envolveram alunos de diversas turmas. Presi- brincos, com materiais leves, acondicionados numa caixa com um dese- diram à sessão de abertura o Director da Escola Dom Egas Moniz, Dr. nho de cereja. A terminar, nada melhor que “Cereja Fashion” (7.º D). O António Carvalho; o Sr.Vereador da Câmara Municipal, Albano Santos; o grupo ornamentou t-shirts com motivos de cereja pintados à mão. Coordenador da Equipa de Apoio às Escolas, Dr. César Carvalho e, em Mais palavras para quê? São jovens com dinamismo, ideias promisso- representação da UTAD, a Dr.ª. Carla Gonçalves. Antes das apresenta- ras e marcam a sua posição, de forma determinada, na defesa dos seus ções, fomos brindados com uma extraordinária coreografia, com caixas princípios. São ingredientes fundamentais para se ter sucesso na vida. O de cereja, executada pelo grupo “Ceranima” (11.º D). essencial já possuem, oxalá não se deixem vencer ao primeiro obstáculo. Sob a orientação do Professor Adérito Lopes tomámos conhecimento Está concluída a segunda fase do PNEE, para o ano os trabalhos pros- dos diferentes projectos.A iniciar, uma extraordinária história infantil, do seguirão. Orísia Olhero Macedo Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira, Lagoa 14
  • 15. e Arte Motivação Um fantoche expressivo que ajuda a descobrir o prazer de aprender Fruto de um trabalho intenso com alguns alunos este fantoche foi criado para mediar as relações de aprendizagem. Descobrem-se muitas coisas com os fantoches... Criação de Fantoches na Escola de Mões Agrupamento de Escolas de Castro de Aires 15
  • 16. O Projecto Fénix em Rede: Visitas e Encontros Regionais Neste segundo ano de implementação a Equipa Ama-Fénix continuou a fessores. Senti que as linhas de comunicação entre todos os envolvidos seguir uma lógica de proximidade junto das escolas. O cronograma das eram mais estreitas, tal como me apercebi do envolvimento e preocu- actividades delineadas dividiu-se entre as visitas de acompanhamento pação docente na conquista das metas educativas propostas, este ano às escolas, a organização de seminários e encontros de divulgação e mais exigentes. discussão das boas práticas profissionais, a investigação e divulgação de Em cada escola, o espaço de debate aberto entre professores, coorde- evidências da prática docente educativa de sucesso e o estabelecimento nadores e directores desenvolveu-se em torno das histórias das turmas de algumas parcerias, que foram importantes para o reconhecimento do e dos ninhos, dos testemunhos pessoais e de tomadas de decisão sobre trabalho dos docentes no Projecto, concretizado através da 1ª edição do situações e soluções particulares. Embora nem sempre pelos mesmos Prémio Fundação Ilídio Pinho “Pedagogia”. motivos, em cada escola transparecia a vontade de fazer mais e melhor No primeiro período, a equipa percorreu o país de norte a sul, inci- pelos alunos, uma grande ambição em fazer corresponder as expecta- dindo o roteiro em Évora, Lisboa, Porto e Faro e, em parceria com a tivas e confiança depositada pelos pais e demais no Projecto, tal como Universidade Católica do Porto, foi possível incentivar coordenadores superar os resultados alcançados no ano anterior. Fénix e professores a discutir e aprofundar boas práticas pedagógicas, Perto do final do ano, foi possível fazer um novo percurso a nível nacio- orientações metodológicas em contexto de sala de aula e outras ques- nal – Faro, Évora, Viseu, Lisboa, Porto – desta vez com todas as delega- tões relacionadas com a motivação e partilha de estratégias utilizadas ções representantes de todas as escolas por região. Nestas, os profes- em cada contexto. Sob o tema “Dinâmicas de partilha e construção do sores e directores fizeram um balanço positivo dos dois últimos anos, sucesso educativo” José Matias Alves conduziu estes grupos de trabalho, e percebi a manutenção de um elevado grau de compromisso com o a partir de materiais e suportes didácticos preparados especificamente Projecto. Em cada contexto os desafios foram muitos e diversos, mas para estas sessões, o que cativou e envolveu os presentes. a confiança e elevada cooperação profissional de cada escola foram es- Constituíram-se, paralelamente, grupos de discussão com os directores senciais para a sua superação, o que permitiu, inclusivamente, mais auto- das escolas, onde tive a oportunidade de reflectir e debater com os co- nomia na concepção de outros micro-projectos no seio de cada escola, legas das direcções a operacionalização do projecto e o seu alargamen- tal como se abriram novas oportunidades de interacção com escolas to a outros anos de escolaridade, para além daqueles em que o Projecto vizinhas. O desafio comum a todas foi o investimento na aprendizagem se encontra implementado. dos alunos que se encontravam em situação de absentismo e abandono Esta dinâmica de trabalho permitiu, no arranque do ano lectivo, um ca- escolar, situação esta que neste segundo ano vimos diminuir. Igualmente minho de reflexão e espírito auto-crítico, partindo da experiência acu- satisfatórios foram os resultados das escolas, uma vez que concretiza- mulada ao longo do primeiro ano de existência do Projecto. Por outro ram as metas propostas. lado, criou-se uma oportunidade de partilha profissional que, de um modo geral, ajudou a potenciar o trabalho que já estava a ser desenvol- Foi extremamente gratificante ter a oportunidade de reflectir, descons- vido no terreno junto dos alunos. truir e construir, possibilidades de resposta às diversas realidades que No segundo e terceiro períodos a equipa focou-se na resposta às so- pude conhecer, no terreno, ao longo destes últimos dois anos. licitações das escolas. Para além do seu acompanhamento presencial, Pelos caminhos percorridos, conheci inúmeros colegas que diariamente procurou responder às necessidades identificadas de norte a sul do país, lutam pela melhoria da educação dos nossos jovens. investindo na organização de seminários e na formação contínua de pro- Luísa Tavares Moreira 16
  • 17. Formação Fénix 2010/ 2011 “No que diz respeito ao desenvolvimento profissional dos professores também não basta que nos exercitemos fora de água. É preciso dar passos concretos, apoiar iniciativas, construir redes, partilhar experiências, avaliar o que se fez e o que ficou por fazer. É preciso começar.” António Nóvoa A Formação Fénix prevista para o ano lectivo 2010/2011 partiu do Agru- cativo”, a cargo de José Luís Gonçalves, da Escola Superior de Educação pamento de Campo Aberto – Beiriz, que partilhou a formação de profes- Paula Frassineti, bem como “O Dever de Ensinar”, formação que contou sores do 2º e 3º ciclo, na área da Língua Portuguesa e Matemática. Mas com uma convidada especial, a Professora Helena Damião, da Universi- não esquecendo directores, coordenadores Fénix e outros professores, dade de Coimbra. A primeira centrou-se na definição do “coaching edu- foram concebidas outras formações, para corresponder a outras neces- cativo”, e na forma como este pode ser mobilizado para a melhoria das sidades. relações professor-aluno. Por seu turno, a Professora Helena Damião O formador António Vilas-Boas desenvolveu a formação de Língua Por- conduziu os professores numa retrospectiva do que tem sido a missão tuguesa “Novo Programa de Português do Ensino Básico (NPPEB): Estra- educativa ao longo do tempo, propondo-se a reflexão sobre os desafios tégias de escrita e de leitura para a sala de aula”, que contou com cerca actuais e seus caminhos de superação/realização pedagógica. de três dezenas de formandos. A formação “Experiência Matemática - Estas formações tiveram impactos diferentes consoante o alvo de inter- Novo Programa de Matemática do Ensino Básico” foi dinamizada pela venção, sendo que, em comum, a satisfação dos formandos foi elevada. formadora Berta Alves, e estiveram igualmente presentes três dezenas Procurou-se essencialmente corresponder às necessidades de formação de formandos. dos nossos professores, e os ganhos não foram somente técnicos, mas Os formadores deixaram a sua marca, que ficou registada na avaliação também humanos, uma vez que permitiram fomentar o contacto e o positiva que os professores fizeram das acções de formação ocorridas relacionamento entre os colegas das várias escolas e regiões. Esperamos ao longo do ano, em diferentes pontos do país (Porto, Lisboa e Coimbra). que o conhecimento adquirido se possa disseminar no interior de cada Adicionalmente, foram desenvolvidas as formações de “Coaching Edu- escola, beneficiando-a como um todo. Equipa AMA-Fénix 17
  • 18. Seminário Nacional Mais Sucesso Projecto Fénix Sessão de Encerramento 15 de Julho de 2011 No passado dia 15 de Julho decorreu a sessão de encerramento do ano Através das palavras dos vários oradores foi reforçada a necessidade lectivo, através do III Seminário Nacional Mais Sucesso – Projecto Fénix de autonomia pedagógica das escolas e a continuação do investimen- sob o tema “Mais autoria, Mais Pedagogia, Mais sucesso”, tendo sido uma to na formação de professores. Foram demarcados como factores es- oportunidade de balanço dos dois anos de vida do Projecto. truturantes do Projecto a autonomia, o trabalho em lógica de ciclo, o Este encontro de professores, técnicos e profissionais da educação re- compromisso e contrato social, a cooperação e visão estratégica dos gistou forte participação, provenientes do norte e do sul do país e que, professores (e demais colaboradores) que todos os dias se dedicam ao de forma directa ou indirecta, estão ligados a este Projecto. Mais de ensino e à conquista da melhoria das aprendizagens. Aliás, foi da essência quatrocentas pessoas tiveram a oportunidade de rever o que foi o tra- do trabalho docente, do acompanhamento das escolas, e da experiência balho, a dedicação e as conquistas das escolas, dos professores e dos partilhada entre os vários agentes de acompanhamento deste Projecto alunos, ao longo deste tempo. Através das palavras dos oradores e do que surgiu a necessidade de sintetizar e dar a conhecer toda a dinâmica material que cada escola nos enviou para ser apresentado através de um desenvolvida. pequeno filme. Súmula de dois anos de crescimento, o livro “Projecto Fénix – Relatos A Fundação Ilídio Pinho fez-se representar pelo Eng.º Couto dos Santos, que contam o sucesso”, organizado por José Matias Alves e Luísa Morei- que abriu este Seminário aludindo à aposta desta instituição nas escolas ra, foi apresentado neste seminário. Escrito a várias mãos, e num registo e nos jovens, num ensino de qualidade que possa garantir melhores mais pessoal, conta ainda com vários testemunhos e a visão de quem condições de futuro às gerações vindouras. Um aposta clara e ganha fez parte da edificação do Projecto. O livro traduz o que Matias Alves por esta instituição que está ao serviço da ciência, da tecnologia e do identificou como a “linha da exigência”, do “acreditar”, da “avaliação di- desenvolvimento. Pequenos passos, como a entrega dos Prémios Fun- ferenciada”, da “definição de objectivos”, dos “desafios”, do “voar”, entre dação Ilídio Pinho Pedagogia, marcaram este Seminário, bem como o outros. público, numa cerimónia revestida de emoção. As seis escolas premiadas, No final deste encontro, o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, distinguidas pelos seus Projectos Educativos e resultados escolares, be- demarcou o Projecto Fénix como um dos caminhos de acção com mé- neficiaram de uma verba que totalizou os 25000€, podendo mobilizá-la rito, e reconheceu o trabalho de quem se entrega a este projecto, pela em torno de novos projectos educativos. As escolas premiadas foram “iniciativa”, pelo “tentar fazer melhor” pelo ensino e pela aprendizagem. as seguintes: Incentivou os presentes a continuar a investir na melhoria da educação. Terminou com a seguinte mensagem: “Os momentos de maiores dificul- 1º prémio - Agrupamento de Escolas das Taipas – Guimarães, com o dades são também os das maiores oportunidades”. projecto “MetaFÉNIX: aprender MAIS, aprender MELHOR”; 2º prémio - Agrupamento de Escolas Francisco Torrinha – Porto, com o projecto “Promoção da Literacia em Contextos Diversificados”; 3º prémio - Agrupamento de Escolas Lousada Centro – Lousada, como projecto “MAPA - Melhor Acompanhamento Potencia a Aprendizagem” Menções Honrosas: Projecto “Percorrendo caminhos” apresentado pelo Agrupamento de Es- colas de Campo – Valongo; Projecto “Alfabeto (com)sentido” apresentado pelo Agrupamento de Es- colas de Vagos; Projecto “Iniciar com Sucesso” apresentado pelo Agrupamento Vertical de Escolas Professora Paula Nogueira – Olhão; Equipa AMA-Fénix 18
  • 19. Leituras Este livro inclui um conjunto de textos que dão conta das experiências e sentimentos partilhados em torno do Porjecto Fénix, um projecto que nasceu no Agrupamento de Escolas de Campo Aberto em Beiriz, no concelho da Póvoa de Varzim, e que foi referenciado pelo Ministério da Educação para ilustrar uma das possibilidades do programa Mais Su- cesso Escolar. Novo Livro Fénix Lançamento dia 15 de Julho Mais um volume se publica, num louvável esforço de reflexão, sobre um desses referentes de “mais sucesso”, as escolas Fénix. Este volume é particularmente importante pois situa-se no quadro das práticas de acompanhamento e monitorização, e da construção, em cada escola en- volvida no projecto, de mais sucesso escolar. Joaquim Azevedo (in Prefácio) 19
  • 20. Com os olhos postos no presente e convocando-nos a uma reflexão sobre o futuro da educação em Portugal, Joaquim Azevedo partilha com os leitores mais de 30 anos de dedicação à causa educativa, que consi- dera apaixonante. Uma análise profunda e sensível “que propõe os fios condutores do que pode vir a ser um novo paradigma de geração do bem público educacional, no quadro de uma nova politica pública de educação.” Mas não é só uma análise é também um desafio ao investi- mento na relação com o outro e com o conhecimento, à implicação e ao respeito pela dignidade humana. Ao longo do texto vamos sentindo a consistência da sua experiência e do seu empenho em continuar a con- tribuir para a possibilidade de termos uma educação que responda aos apelos das crianças e dos jovens que contam com todos nós. Um livro que tem uma mensagem de esperança, a não perder! Azevedo, Joaquim (2011) Liberdade e Politica Publica de Educação Ensaio sobre um novo compromisso social pela educação. Porto: Fundação Manuel Leão 20
  • 21. A Escola com a Família O projecto “ A Escola com a Família” revelou-se uma mais valia para os alunos da turma 3º D que, semanal- mente, em colaboração com um encarregado de educa- ção, desenvolveram imensas e diversificadas actividades no âmbito das Tecnologias de Informação e Comunica- ção (TIC) utilizando o computador Magalhães. A utilização de um sistema em rede, através do router, possibilitou a realização de pesquisas utilizando a NET sem fios, a criação de emails e a troca de mensagens. Continuámos a dinamização do blogue que criámos no ano anterior, através do qual enviámos mensagens de Bom Ano a todo o Agrupamento e aos correspondentes do Projecto “Enlaces II” em Cabo Verde. Os computadores “Magalhães” são frágeis e avariam. Fizemos uma sessão com projecção de diapositivos so- bre os cuidados a ter e, ”… o meu pai fez a manutenção dos Magalhães” diz a Sofia. Foram resolvidos essencial- mente problemas de espaço e de optimização de disco. Este trabalho de parceria revelou-se muito motivador para estas crianças e a utilização do computador “ Maga- lhães”, afirma-se como uma ferramenta capaz de auxiliar o aluno no desempenho de um conjunto diversificado de tarefas e no desenvolvimento de capacidades e ati- tudes e na aquisição de conhecimentos nas diferentes áreas curriculares. Madalena Cavaco 1º Ciclo Agrupamento D-2 Afonso III 21
  • 22. A Palavra a Manuel António Pina Porquê ler livros? Ler um livro não é mais importante que ver, por exemplo, um filme, é apenas diferente. Só que é nessa “diferença” que está tudo, ou quase tudo. Não só a liberdade de leres o livro como quiseres, de trás para diante ou de diante para trás, de voltares ao princípio ou de o fechares e recomeçares a lê-lo no dia seguinte, mas também a liberdade de te leres a ti mesmo nele, de imaginares tu (por mais pormenorizadamente que o autor os descreva) cada personagem, cada lugar, cada acontecimento. E de, nele, viajares, na companhia das palavras do escritor, por mundos re- ais e imaginários, dentro e fora de ti, que só a ti pertencem, indo e vindo como e quando quiseres entre esses mundos e o teu mundo de todos os dias. Porque, num livro, só aparentemente é o escritor quem conduz a história, na realidade tu é que vais ao volante, a história ou poema que lês é mais teu e dos teus sentimentos e tuas emoções que dos do es- critor. De tal modo que, se voltares a ler o mesmo livro passado muito tempo, o livro já se transformou, já é outro, só porque tu também já te transformaste e já és também outro. É por isso que se diz que todos os livros são sempre muitos diferentes livros, tantos quantos as pessoas que os lerem ou tantos quantas as vezes que uma mesma pessoa os ler. E isso é uma coisa maravilhosa, descobrir que nós, com a nossa imaginação e o nosso coração, é que estamos a escrever os livros que lemos. 22
  • 23. Recursos Digitais Espaço destinado à divulgação e apresentação de endereços com estudos de interesse para os professores/as: Progress in International Reading Literacy Study Novas oportunidades para melhorar o ensino e aprendizagem em Quadro de Avaliação 2011 Matemática e Ciência http://timss.bc.edu/pirls2011/framework.html Trends in International Mathematics and Science Study http://timss.bc.edu/timss2011/frameworks.htm Relatório da OCDE confirma abordagem subjacente aos objectivos Eu- ropa 2020 para o ensino e a formação Objectivos para melhorar a educação http://ec.europa.eu/news/culture/110419_pt.htm De pequenino se começa …. “A educação e as estruturas de acolhimento para crianças em idade pré-escolar variam muito em quantidade e qualidade nos vários países da UE”. A Comissão Europeia propôs algumas medidas comuns para o acolhimento e a educação das crianças em idade pré-escolar. Mais informações: http://ec.europa.eu/news/culture/110222_pt.htm Conferências Philippe Meirieu conferência dada no Congresso da AGEEM (Associa- tion générale des enseignantes et enseignants de l’école maternelle de l’enseignement public), http://www.meirieu.com/ Conferencia Internacional do Projecto EU Kids 22 de Setembro 2011 Conhecer melhor os usos, riscos e segurança online das crianças europeias Portugal participa no estudo do projecto EU Kids Online II, que inquiriu, na Primavera de 2010, 1000 crianças e jovens entre os 9 e 16 anos e um dos seus pais em cada um dos 25 países europeus sobre riscos online riscos e segurança online (25000 crianças e 25000 adultos). Mais informações http://www.fcsh.unl.pt/eukidsonline/ 23
  • 24. Imprensa naEscola ECO das Palavras Gente em Acção: Jornal do Agrupamento de Mogadouro Jornal do Agrupamento de Vila Velha de Ródão O Projecto Fénix em destaque no “Folhetim de Verão” Este jornal é uma iniciativa deste agrupamento integrada na rede de es- colas fénix. Dando voz aos pais, alunos e professores, o nº56 de Abril de 2011 passa a mensagem do desejo de continuidade do projecto para o Marco Vieira num artigo sobre o Projecto Feníx refere que “(...) este próximo ano. projecto tem sido uma experiência muito agradável onde a partilha de saberes tem sido uma constante. Os docentes envolvidos demonstram Palavras chave: Continuar e Cooperar. uma entrega ímpar, partilhando todos os momentos possíveis e imagi- nários para encontrarem mais uma gota, de forma, a regar as sementes http://voxnostra.blogspot.com/ que têm dado fruto. Continuaremos a postar e nunca menosprezando o próximo. O ensino e a aprendizagem são de todos nós” Palavras chave: Persistência e Paciência Texto completo em: http://voxnostra.blogspot.com/ Agradecimentos Agradecemos a todos os colaboradores, aos directores e professores das escolas que integram o Projecto Fénix que nos têm enviado material para o Jornal Digital. Continuamos a contar com o vosso apoio! Equipa AMA-Fénix/UCP Director: José Matias Alves | Edição: UCP-FEP em colaboração com a equipa AMA-Fénix do Agrupamento Beiriz | Design: M. José Araújo e Francisco Soeiro | Revisão editorial: UCP/Ama-Fénix | Colaboraram neste número: Ana Cristina Lopes | Cristina Almeida | Cristina Loureiro | Gabriela Velasquez | Helena Damião | João Chanoca | Júlio Castro | Júlio Sousa | Luísa Araújo | Madalena Cavaco | Maria Conceção Jorge | Marisa Carvalho | M. José Araújo | Manuel António Pina | Orísia Olhero Macedo Periodicidade: Trimestral | Subscrever: Enviar e-mail para: fenix@porto.ucp.pt | Contactos: fenix@porto.ucp.pt | fenixbeiriz@gmail.com | Propriedade : Universidade Católica Portuguesa 24