O documento discute medidas de transporte e armazenagem de cargas em portos, incluindo Tonelada Quilômetro Útil, densidade de carga, fator de estiva e capacidade estática de armazenagem. Também descreve instalações como armazéns, silos e tanques, além de volumes típicos de embarque/descarga e o Agile Port System para regular fluxos entre modais.
2. Medidas de Transporte e
Armazenagem de Cargas
Tonelada
Quilômetro
Útil (TKU)
Densidade de
Carga
Fator de Estiva
Capacidade
Estática de
Armazenagem
3. Tonelada Quilômetro Útil (TKU)
Medida adotada para se medir o desempenho operacional
do transporte
Pode ser entendida como toneladas transportadas por
quilômetro útil
Peso da Carga
(Toneladas)
Distância Transportada
(Quilômetros)
X
4. Densidade de Carga
Outra medida muito importante relacionada ao transporte
de cargas.
É calculada dividindo-se o peso da carga pelo seu volume
Peso da Carga
(Toneladas)
Volume
(metros cúbicos)
/
5. Densidade de Carga
Mercadorias de baixa densidade comprometem a
capacidade volumétrica dos veículos, sem
aproveitar toda a sua capacidade de transporte
em termos de peso;
Cargas deste tipo, devem ter o peso corrigido para
efeito de cobrança de frete;
O cálculo desta correção do peso deve considerar
a Densidade Ideal de carga.
6. Densidade Ideal de Carga
DI = Cpmáx/Cvmáx, onde
Cpmáx: Capacidade máxima do veículo em peso (carga líquida);
Cvmáx: Capacidade máxima do veículo em volume.
Aplica-se então a seguinte fórmula para correção de peso para
volume (cubagem):
K = H x L x C x DI, onde
K: peso cubado;
H: Altura do volume de carga (unitizada, se for o caso);
L: Largura do volume de carga (unitizado, se for o caso);
C: Cumprimento do volume de carga (unitizado, se for o caso).
Se o peso real do volume em análise for superior a K,
não há correção a ser feita. Se for inferior, o valor de K deverá
ser utilizado, para efeito de cálculo de frete, em substituição ao
peso real.
7. Fator de Estiva
O Fator de Estiva é muito utilizado no transporte
marítimo de cargas;
É o espaço ocupado por uma tonelada de uma
determinada mercadoria (m3 por tonelada).
Volume Peso Fator de Estiva
Alto Baixo Alto
Baixo Alto Baixo
8. Fator de Estiva
É necessário conhecer o fator de estiva médio ponderado
para determinar a capacidade estática de um armazém.
Mercadoria Fator de Estiva % do Armazém Fator de Estiva
ponderado
Fardos 2,5 20 50
Sacaria 2,2 25 55
Caixaria 3,0 30 90
Cartões 3,8 10 38
Tambores 2,0 15 30
Total 100 263
Fator de Estiva Médio = 2,63 m3/ton
9. Capacidade Estática de Armazenagem
Capacidade estática é o limite nominal de carga que uma
área pode receber simultaneamente (toneladas), e é
calculada pela fórmula:
Praça Útil x Altura do Empilhamento
Fator de Estiva Médio
Capacidade Estática =
Praça útil: Conjunto de espaços efetivamente destinados à armazenagem, que
não coincide necessariamente com a área total do piso.
(Calculo: Área útil = área total – área não utilizável).
Altura de empilhamento: É a altura máxima que se pode atingir na
armazenagem de determinada mercadoria
, onde
10. Instalações de Armazenagem de Carga nos Portos
Armazéns
Construção de madeira, metal, alvenaria ou concreto armado, coberta com telhas
de fibrocimento ou de zinco, fechada de todos os lados, dispondo de portas para
permitir o acesso de pessoas, equipamentos de transportes e/ou movimentação
de mercadorias.
Silos
Construção de metal, aço ou concreto armado, disposta horizontal ou
verticalmente, destinada a armazenar cereais, fertilizantes ou rações animais,
dotada de esteiras transportadoras, moegas, balanças por fluxo de batelada,
sistemas de peneiramento ou despoeiramento, balanças rodoferroviárias, capaz de
armazenar simultânea e separadamente granéis com diferentes granulometrias,
graus de umidade, pesos específicos e teores de gordura.
Tanques
Construção de metal ou aço , dotada de sistema de segurança máxima para
aquecimento e resfriamento, bombeamento e sucção, dutos, balanças de fluxo
contínuo, laboratório de análises, destinada a armazenar granéis líquidos com diferentes
características físico-químicas, pesos específicos, viscosidades e pontos de fulgor, como
por exemplo, derivados de petróleo e produtos químicos.
Pátios
Área pavimentada descoberta, com zonas de empilhamento demarcadas, dispondo
de vias de acesso definidas para equipamentos de movimentação horizontal e de
transporte.
11. Volumes típicos de embarque / descarga
Carga Geral (contêineres)
Granel Líquido
Granel Sólido (minério)
Consignação média: 1500 TEU
Taxa Efetiva: 100 MPH
(Porto de Santos - 2011)
Maior parte da
logística terrestre é
feita em caminhões
Tamanho máximo: 30.000 t
Capacidade de recepção: 600m3/h
Valemax: 400.000 t
Taxa efetiva média: 8.000 tph
(Porto de Tubarão – 2012)
Capacidade de vazão: 150 m3/h
4 vezes menos que a
capacidade de recepção
Lote médio: 6.500t
61 lotes correspondem
a um navio
12. O terminal portuário exerce o papel de regulador do fluxo de cargas
dentro da cadeia logística, que envolve desde a chegada de carga por
navio até a entrega para o cliente
Variação de
estoque
Navio médio:
80.000t
Lote médio de
expedição:
6.500t
•O custo do transporte marítimo é
alto, o que justifica o transporte de
carga em grande escala.
•A função da instalação de
armazenagem é regular o fluxo de
cargas que chegam em lotes grandes e
são expedidas em lotes pequenos
(pulmão).
13. Agile Port System (Terminal de Contêiner)
Solução de (Franke, 2001) para resolver o problema das diferenças
de tempo e quantidade entre os modais aquaviário e terrestre.
14. Conclusão
• Nesta aula vimos:
Tonelada Quilômetro Útil (TKU) ;
Densidade de Carga ;
Fator de Estiva ;
Capacidade Estática de Armazenagem ;
Instalações de Armazenagem de Carga nos Portos ;
Volumes típicos de embarque / descarga ;
Agile Port System (Terminal de Contêiner).