SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 142
Tratamento de Efluentes na
Indústria de Laticínios
Legislação Ambiental para o Estado de
Minas Gerais
EFLUENTE
Segundo Machado et al. (2006) as atividades de laticínio caracterizam-se
pelo alto consumo de água nas operações de processamento e limpeza,
tendo elevada geração de efluentes (1,1 – 6,8 m3
efluente/m3
leite
processado), sendo necessário a implementação de sistemas de
tratamentos de efluentes e a identificação dos pontos críticos de geração
dos despejos líquidos no processo produtivo.
– A destinação adequada de efluentes e resíduos inicialmente foi marcada pela
suplementação do solo com nutrientes;
Ex: aumento matéria seca capim-tanzânia (Gheri et al 2003);
– Na suplementação animal (Instrução Técnica Embrapa 44);
– Vaca louca o Governo Brasileiro proibiu o uso da cama de aviário ou
qualquer outra fonte de proteína de origem animal na alimentação de
ruminantes colocando um fim ao procedimento (IN Nº 8/04).
O que fazer?
- Grandes volumes de efluente líquido;
- Elevada carga orgânica.
Oxigênio varia:
– Microrganismos degradando matéria orgânica;
– Re-aeração natural, repõem O2 na biodegradação de
poluente.
Em termos qualitativos os efluentes de laticínios variam de acordo com
as condições operacionais das indústrias;
Maior carga orgânica em empreendimentos (pequeno porte) em função
da:
- ineficiência da segregação do soro;
Em plantas maiores (médio porte)
- melhor segregação de soro,
- efluentes com menor carga orgânica.
- Os empreendimentos que produzem 300 mil litros de soro diários
podem poluir com carga orgânica tanto quanto uma população de 150
mil pessoas.
- Aliado a estes problemas existe um grande consumo de água pelos
laticínios o que gera uma necessidade de uma produção mais limpa
para melhorar o balanço hídrico das plantas de maneira a
recuperar/reutilizar os efluentes em todo o seu processo industrial.
Em relação ao meio ambiente os cuidados com a correta
destinação de efluentes e resíduos constituem uma
preocupação cada vez maior, pois têm em sua constituição
grandes quantidades de leite diluído a seus subprodutos,
detergentes, lubrificantes, areia, águas de lavagem de
equipamentos e esgotos domésticos.
O que deve-se considerar:
– Tamanho do empreendimento;
– Área disponível;
– Disponibilidade hídrica;
http://www.zee.mg.gov.br
As condições de lançamento de efluentes da indústria de alimentos a
nível nacional devem atender as exigências da Resolução do
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA N° 357/2005,
alterada pela Resolução CONAMA N° 430/2011, onde complementa
357/05, que dispões sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluente, e dá
outras providencias.
LEGISLAÇÃO NACIONAL
No entanto cada estado pode legislar sobre o tema, devendo
empreendedores e consultores fazer uma pesquisa sobre sua
realidade e adotar o parâmetro mais restritivo quanto ao
lançamento de efluente, para que não haja prejuízo para as
empresas e ao meio ambiente.
Os empreendimentos que exercem a atividade de laticínios
devem inicialmente buscar a sua regularização ambiental por meio dos
atos autorizativos descritos pela legislação mineira, especialmente
pelas espécies descritas pelo Decreto Estadual 44.844/2008, em seus
artigos 4º e 5º, onde:
LEGISLAÇÃO VIGENTE EM MINAS GERAIS
Art. 4º - A localização, construção, instalação, ampliação,
modificação e operação de empreendimentos ou atividades
utilizadoras de recursos ambientais considerados efetiva ou
potencialmente poluidores, bem como dos que possam causar
degradação ambiental, na forma estabelecida pelo Conselho
Estadual de Política Ambiental (COPAM), nos termos do caput do
Art. 3º, dependerão de prévio Licenciamento Ambiental ou da
Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF).
44.844/08
AAF
Procedimento administrativo
simplificado;
Ocorre em uma única etapa;
Sem análise técnica ambiental;
Termo de Responsabilidade assinado
pelo empreendedor + Responsável
Técnico – ART + Declaração da
prefeitura + Anuência de Unidade de
Conservação ;
Ato do próprio Superintendente das
Supram’s;
SEM condicionantes;
Validade: 4 anos.
Licença Ambiental
Procedimento administrativo vinculado
à apresentação de vários documentos –
EIA/RIMA, RCA, PCA;
Ocorre em 3 etapas: LP + LI + LO
Análise técnica do processo;
Pareceres das SUPRAM’s subsidiam o
COPAM na concessão ou indeferimento
da licença;
COM condicionantes e prazos
estabelecidos;
Monitoramento ambiental;
Validade: até 8 anos.
x
Art. 5º - Os empreendimentos ou atividades considerados de impacto
ambiental não significativo ficam dispensados do processo de
licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos à AAF, pelo
órgão ambiental estadual competente, na forma e de acordo com os
requisitos dispostos pelo COPAM, em Deliberação Normativa
específica, sem prejuízo da obtenção de outras licenças ou
autorizações cabíveis.
44.844/08
Tal obrigação do empreendedor é reforçada pela legislação, quando a
mesma impõe a aplicação de Autuação Administrativa pelo exercício
irregular de atividade que exija a concessão de Licença Ambiental ou
AAF, conforme o Anexo I do Decreto nº 44.844, de 25 de junho de
2008, em seus códigos 106 e 108, que determinam assim:
44.844/08
44.844/08
Após uma avaliação dos impactos ambientais da atividade ocorre a
classificação;
Licença Ambiental;
Autorização Ambiental de Funcionamento;
Impacto irrelevante;
Certidão de Dispensa de Licenciamento.
3 classes iniciais (I, II e III) foram desdobradas em 6
classes, segundo o porte do empreendimento e potencial
poluidor/degradador:
1 2 63 4 5
Deliberação Normativa COPAM nº 74/04
 
Listagem A → Atividades Minerárias
Listagem B → Atividades Industriais / Indústria Metalúrgica e Outras
Listagem C → Atividades Industriais / Indústria Química
Listagem D → Atividades Industriais / Indústria Alimentícia
Listagem E → Atividades de Infraestrutura
Listagem F → Serviços e Comércio Atacadista
Listagem G → Atividades Agrossilvipastoris
DN 74/2004 CLASSIFICA
Listagem de atividades
 
Listagem A → Atividades Minerárias
Listagem B → Atividades Industriais / Indústria Metalúrgica e Outras
Listagem C → Atividades Industriais / Indústria Química
Listagem D → Atividades Industriais / Indústria Alimentícia
Listagem E → Atividades de Infraestrutura
Listagem F → Serviços e Comércio Atacadista
Listagem G → Atividades Agrossilvipastoris
DN 74/2004 CLASSIFICA
Listagem de atividades
Em que pese a não verificação destes procedimentos em nível
Estadual;
- nada obsta que o município realize esta verificação, conforme o
artigo 4º da referida norma.
DN 74/04
É importante destacar o termo capacidade instalada, porque este
termo gera duvidas quanto ao preenchimento dos formulários de
caracterização dos empreendimentos. Os consultores e
empreendedores tendem a classificar seu laticínio com a
quantidade de leite que se esta recebendo em determinado
momento e esta pode variar com a época do ano e gerar
penalidades aos mesmos.
D-01-06-6
– Preparação do leite e fabricação de produtos de laticínios.
Pot. Poluidor/Degradador:
– Ar: M Água: M Solo: M Geral: M
Porte:
500 < Capacidade Instalada < 15.000 ℓ de leite/dia: pequeno
15.000 ≤ Capacidade Instalada ≤ 80.000 ℓ de leite/dia: médio
Capacidade Instalada > 80.000 ℓ de leite/dia: grande
D-01 Indústria de Produtos Alimentares
DN 74/04
P M G
P 1 1 3
M 2 3 5
G 4 5 6
Porte do
empreendimento
Potencial poluidor / Degradador
geral da atividade
Enquadramento dos empreendimentosEnquadramento dos empreendimentos
DN 74/04
A legislação indica uma sequência lógica que deverá ser
obedecida, para que o empreendedor cumpra as
disposições legais e não seja autuado, que é a obtenção:
– Licença Prévia – LP;
– Licença de Instalação – LI;
– Licença de Operação – LO;
artigo 9º do citado Decreto.
44.844/08
Art. 14 - O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em
operação, sem a licença ambiental pertinente deverá regulariza-se
obtendo LI ou LO, em caráter corretivo, mediante a comprovação de
viabilidade ambiental do empreendimento.
§1º - O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em
operação, sem a devida AAF deverá regularizar-se obtendo a
respectiva AAF, em caráter corretivo.
44.844/08
Mesmo requerendo a LIC ou LOC, estão passiveis de autuação,
porém, será excluída a aplicação da penalidade decorrente da
instalação ou operação irregulares, anteriores a publicação deste
Decreto, pela denúncia espontânea, se o infrator, formalizar pedido
de LI ou LO ou AAF, em caráter corretivo, antes do início de
qualquer procedimento administrativo junto à Secretaria de Estado
de Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais –
SEMAD, às entidades vinculadas, fiscalização ou atividade,
conforme o artigo 15 e parágrafo primeiro do Decreto 44844/2008
Os empreendedores deverão procurar uma das unidades da
SEMAD para inicio dos procedimentos de regularização
ambiental, após a classificação das atividades do
empreendimento.
Regularização
Ambiental
Supram’sSupram’s
RegionaisRegionais
Regionalização
Desta forma, inicia-se o processo de adequação ambiental, sendo
certo que todos os empreendimentos independente da classe que
se encontre, deverão respeitar o padrões de qualidade de
lançamento de efluentes descritos na legislação, evitando a
degradação ambiental, especialmente a poluição dos recursos
hídricos.
No estado de Minas Gerais a Deliberação Normativa Conjunta
COPAM/CERH-MG Nº 1, de 05/05/08, dispõe sobre a classificação
dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, assim, os empreendimentos de laticínios
devem estar atentos às exigências desta norma, em especial ao que
determina seu artigo 29 e parágrafo primeiro, segundo e terceiro.
Legislação Efluente Mineira
§1º - O efluente não deverá causar ou possuir potencial para causar
efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de
acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos pelo órgão
ambiental competente.
§2º - Os critérios de toxicidade previstos no §1º devem se basear em
resultados de ensaios ecotoxicológicos padronizados, utilizando
organismos aquáticos, e realizados no efluente
Legislação Efluente Mineira
§3º - Nos corpos de água em que as condições e padrões de
qualidade previstos nesta Deliberação Normativa não incluam
restrições de toxicidade a organismos aquáticos, não se aplicam
os parágrafos anteriores.
Legislação Efluente Mineira
Ainda ressalta-se que a Legislação Nacional e Estadual prevêem a
outorga de lançamento de efluentes em corpos de água
superficiais desde o ano de 1997, com a Lei Nº 9.433, de janeiro
de 1997, seguida pela Resolução CNRH Nº 16, de 08 de maio de
2001, e em Minas Gerais pela Lei Estadual Nº 13.199, de 29 de
janeiro de 1999 e o Decreto Estadual Nº 41.578, de março de
2001.
Legislação Efluente Mineira
• Deverão requerer outorga para o lançamento de efluentes de
laticínios os empreendimentos localizados nos municípios
localizados no interior da área de drenagem da subbacia do
Ribeirão da Mata:
Capim Branco, Confins, Esmeraldas, Lagoa Santa, Matozinhos,
Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, São José da Lapa e
Vespasiano.
Municípios
O ponto de maior importância no procedimento é a verificação das
referências contidas no Artigo 2º, incisos de um a sete da mesma:
I - o parâmetro Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO);
II - a disponibilidade hídrica para diluição, função da vazão de referência;
III - a vazão de diluição, assim considerada como a quantidade de água
necessária para a diluição da concentração de DBO;
Legislação Efluente Mineira
IV - a concentração de DBO no efluente;
V - a concentração permitida de DBO no corpo de água onde é realizado o
lançamento;
VI - a concentração de DBO no corpo de água imediatamente a montante
do lançamento e;
VII - as metas progressivas de melhoria de qualidade, de acordo com o
programa para efetivação do enquadramento.
Em função da complexidade e exigência da legislação ambiental é
necessário que se conheçam os padrões de lançamento de efluentes,
uma vez que os estados possuem parâmetros diferentes.
Grande parte dos empreendimentos apenas reagem aos problemas
ambientais quando são fiscalizados,
– Não se sentindo pressionados pelo mercado interno ou
consumidores;
– desconsiderando que as questões ambientais;
são barreiras não tarifarias que podem impedir a realização de
negócios.
Considerações sobre legislação
O fato de um empreendimento obter sua licença ambiental
– Não significa que este esta isento do cumprimento;
– Diversas exigências legais;
– Gestores responsáveis pela manutenção das exigências;
Legais e normativas.
Os empreendimentos que adotam métodos de produção de acordo
com a legislação ambiental tendem a otimizar melhor os recursos,
insumos e tornam-se inovadores e consequentemente mais
competitivos evitando ainda a penalização pela legislação vigente.
A cadeia produtiva de leite e derivados passa por um processo de
profissionalização e deve evitar que a legislação ambiental, uma
variável indispensável na estruturação dos projetos seja tratada
como empecilho ao sucesso, buscando meios para alcançar os
objetivos e metas de crescimento e sustentabilidade.
Efluentes de laticínios:
definições, pontos geradores
Presente em todos os processo industrial,
independente de sua natureza: Geração Resíduos
- Gerenciamento/Descarte adequado (Tratamento,
inativação/inertização, reaproveitamento).
- Caracterização e Classificação (ABNT-NBRs);
Mercado de trabalho
Processo Industrial
A inserção do conceito de "usuário pagador" na captação de água e
descarte de efluentes (Brasil, 1997/Política Nacional de recursos hídricos)
levou técnicos e administradores de atividades produtivas a repensar o
planejamento estratégico de alguns setores. As indústrias de alimentos
são exemplos de atividades que sofrerão consequências econômicas com
o conceito do usuário pagador, pois há um grande consumo de água para
o processamento de seus produtos e limpeza de seus equipamentos.
No contexto da industria de laticínios
As usinas de laticínios encontram-se nesse grupo de indústrias, pois as
operações de lavagens de silos, tubulações, tanques, pasteurizadores e
equipamentos demandam grandes volumes de água, descartando
consequentemente grandes volumes de efluentes. Em alguns casos, cada
litro de leite processado pode gerar até onze litros de efluente enviados ao
tratamento de final de tubo.
Setor de leite e derivados é uma importante parte da
indústria de alimentos Difundida por todo o
país.
Identificação da demanda: Que problema ambiental
surge com os efluentes da indústria de laticínios?
Efluentes têm altos teores de gorduras e matéria orgânica
(açúcares, proteínas) além de sais/minerais.
O setor de laticínios tem convivido com o consumo de água de
limpeza, que representa mais de 80% da demanda de água
nestas agroindústrias, sendo posteriormente tratada em sistema
de tratamento de resíduos.
Os sólidos solúveis e suspensos, tratados nestes sistemas,
representam parte da matéria prima ou resíduos de
sanitizantes. Considerando os diferentes estágios de geração
de efluentes na indústria de laticínios, as etapas de limpeza
também acrescentam às águas compostos tanto derivados do
leite, quanto estranhos à sua composição
Nas indústrias de laticínios, qualquer etapa do
processamento gera grandes volumes de efluentes (“águas
brancas”), devido ao processo de higienização. Esta água de
processo, a qual contém frações diluídas de produtos
lácteos, contribuem significativamente para as perdas não
acidentais de leite ou de produtos lácteos e para a produção
total do efluente
Tabela: Caracterização alimentação, rejeito e permeado obtido no ensaio para
concentração para FC=34.
Fonte: BRIAO, Vandré Barbosa; TAVARES, Célia Regina Granhen. Ultrafiltração
como processo de tratamento para o reúso de efluentes de laticínios. Eng. Sanit.
Ambient.,  Rio de Janeiro,  v. 12,  n. 2, June  2007 .   Available from
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522007000200004
Access on  22  Abr.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522007000200004.
Características Típicas dos Resíduos de Laticínios
Etapa de processo Kg DBO/m3 de leite processado
Recepção do leite, lavagem de recipientes e limpeza das
instalações
0,26
Resfriamento, armazenagem, lavagem de tanques e
tubulações
0,19
Desnatamento, armaz. do leite desnatado e do creme,
pasteurização do creme
0,66
Batedeira e lavagem da manteiga 0,46
Evaporação do leite desnatado, secagem em spray dryer 0,74
Secagem em secador rotativo 0,53
Pasteurização do leite, estocagem, engarrafamento e lavagem
de garrafas
0,85
Queijaria 0,89
Condensação do soro envelhecido
0,75 (Condensado) 0,60
(Lavagem da fábrica)
Condensado doce separado do leite condensado 1,4
Creme de leite evaporado +  enlatemento  0,75
Características de despejos Brutos de Subcategorias de laticínios
Subcatergoria
Kg DBO/Ton Leite
Processado
M3
de Despejos/Ton Leite
Processado Referência
Variação Média Varianção Média
Posto de recepção e
refrigeração de leite
0,3-0,7 0,46 0,31 - 1,86 0,82 1
0,02-4,8 1 4,6 - 12,5 6,1 3
- 1,1 - 1,06 4
Leite pasteurizado e
Manteiga
- 1,09 - 0,83 4
- 0,43 - 1,47 4
- 0,87 - 0,8 2
Leite condensado
1-1,9 1,45 1,2 - 2,3 1,75 3
0,18-13,3 6,7 0,99 - 3,32 2,1 2
- 2,8 - 3,2 4
Leite em pó
0,6 - 12,3 8,9 3,32 2,8 3
0,02 - 4,6 2,2 1,5 - 5,9 3,7 2
- 4,1 - 5,4 4
Leite esterilizado e iogurte - 0,84 - 2,9 4
Leite pasteurizado e iogurte - 14,24 - 4,1 4
1 – Relat. EPA 440/1 – 74 – 021 – a- pg. 40
2 – Relat. EPA 12060 EGU 03/71- pg. 49
3 – Relat. EPA 12060 EGU 03/71- pg. 48
4 – Relat. p/ estabelecimento de fatores de emissão – Ind. De laticínios e deriv. – CETESB – Ago/79
Características qualitativas médias de efluentes brutos e dados de matérias-primas para
as subcategorias baseada em dados de campo, com pH variando de 2 a 12.
Características qualiatativas médias dos efluentes brutos e dados de
matéria prima da industria de laticínios, para subacatergorias – valores
de campo
Parâmetros
(mg/L)
Processos e Subcatergorias
Posto de
Recep. e
refrig.
Leite past. e
manteiga
Leite past. e
iogurte
Leite ester.
e
iogurte
Leite
condens
.
Leite pó
DBO 1033 487 1319 3420 290 875 761
DQO 1397 873 1740 4430 2010 1365 1370
Resid. Não
filtrável
total
520 329 494 420 915 776 471
Resíduo Total - - 993 3300 - 1870 1406
Resíduo
sedimentáv
el
- - 14 1 1,5 0,1 1,7
Nitrogênio Total - 26,5 43,2 86,2 56,7 25,5 11,3
Fósforo total 5,75 4,5 5,9 14,2 18,8 6,8 8,8
Óleos e Graxas 562 - 253 575 - 100 -
Temperatura
(ºC)
- - 29 31 29 38 28
Vazão
(m3/Tonela
da leite
produzido)
1,06 1,47 0,83 4,1 5,5 3,2 5,4
Leite
processad
o 18,5 29,4 48,4 226,2 59,7 80 63,4
Os efluentes das indústrias de alimentos são caracterizados
por altas concentrações de óleos e graxas, sulfatos, nitratos
e fosfatos e consequentemente, apresentam elevada
demanda química de oxigênio (DQO), apresentando baixa
biodegradabilidade.
Caracterização
O efluente gerado na higienização compõe um licor rico em
gorduras, carboidratos (lactose, principalmente) e proteínas
(caseínas, principalmente) que passam a ser contaminantes
se lançado diretamente em corpos receptores.
Em indústrias de laticínios, são gerados três subprodutos: o
soro, o leitelho e o leite ácido. O primeiro é o de maior
importância, pelo volume produzido (cerca de 9 litros por kg de
queijo produzido). É um subproduto de processamento de
queijo, contém caseína e outros produtos de leite acidificado.
Aproximadamente 75 a 85% do volume do leite destinado à
fabricação de queijos são constituídos pelo soro. O potencial
de poluição do soro de queijo é aproximadamente cem vezes
maior do que o de um esgoto doméstico.
Entende-se como poluente qualquer forma de matéria
(substância/composto) emitida ao ambiente com intensidade e
em quantidade (concentração) em desacordo com os níveis
pré-estabelecidos, que tornem o ambiente:
I) Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
II) Inconveniente ao bem estar público;
III) Danosos aos materiais, à fauna e a flora;
IV) Prejudicial à segurança, ao uso e gozo da
propriedade e das atividades normais da
comunidade (valor recreativo).
Poluição
Poluente (Características):
Vinculado ao processo empregado
• Beneficiamento/produção → Matéria-prima
• Geração de energia
•Gasoso
•Líquido
•Sólido
•Ar
•Água
•Solo
Estado Físico Ambiente
Tratamentoadequado
Escolhametodologia
Poluição Água
As principais formas de poluição que afetam as nossas reservas
de água (superficiais e subterrâneas) são:
Reservas de água
Poluição
BiológicaSedimentar Térmica Despejo de substâncias
Poluição por despejo de substâncias
Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de
identificar nem de remover
Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para
serem sentidos
Os poluentes mais comuns das águas são:
 Fertilizantes agrícolas
 Esgotos doméstico e industrial
 Compostos orgânicos sintéticos (COS) (corantes)
 Plásticos
 Petróleo
 Metais pesados
Os poluentes inorgânicos, em especial nitrogênio e fósforo,
são gerados em grande quantidade em processadoras de
laticínios, uma vez que o leite possui cerca de 3% de
proteínas e 1.000 mg.L-1
de fósforo. Embora essenciais como
nutrientes para tratamentos biológicos, quando em excesso,
ocasionam extrapolações do efluente gerado, o que pode vir a
causar a eutrofização dos rios. O valor característico da DQO
para efluente industrial de laticínio encontrado por é de
aproximadamente de 2 g.L-1
.
Poluentes dos laticínios
Opções de tratamento
1 - Fossas Sépticas
Unidades estanques de tratamento primário de esgotos, onde a
velocidade e a permanência do líquido na fossa permitem a
separação da fração sólida do líquido, proporcionando digestão
limitada da matéria orgânica e acúmulo dos sólidos.
2 – Sumidouros
Unidades que recebem a fração líquida proveniente das fossas
sépticas e têm a função de permitir sua infiltração no solo e,
para tanto, devem ser construídos em tijolo em crivo ou
concreto perfurado.
3 - Tanques Imhoff
São unidades compactas, possuindo em um mesmo tanque, as
unidades de decantação e digestão do lodo, dispostas de tal
maneira que um processo não interfira no outro.
4 - Filtros Biológicos
O tratamento em filtros caracteriza-se pela alimentação e
percolação contínua de esgotos através de um meio suporte
comumente constituído de pedras ou pedregulhos. A passagem
constante de esgotos nos interstícios promove o crescimento e
a aderência de massa biológica na superfície do meio suporte,
realizando desta forma a clarificação dos esgotos.
5 - Lagoas de Estabilização
As lagoas de estabilização são grandes tanques escavados no solo, nos quais
os esgotos fluem continuamente e são tratados por processos naturais.
Bactérias e algas são os seres
vivos que habitam as lagoas, coexistindo em um processo de simbiose e,
desta forma, tratando os esgotos através da decomposição da matéria
orgânica pelas bactérias. Conforme o
processo biológico que nelas ocorre, as lagoas são classificadas em:
a) Lagoas Anaeróbias
Nelas ocorrem simultaneamente os processos de sedimentação e digestão
anaeróbia, não havendo oxigênio dissolvido. No fundo permanece um depósito
de lodo e na superfície formam-se bolhas de gás resultantes da fermentação
do mesmo. Estas lagoas admitem cargas elevadas, reduzindo-as em cerca de
50%, sendo, portanto comumente utilizadas como lagoa primária de uma série
de lagoas.
b) Lagoas Aeróbias
Projetadas de maneira a existir oxigênio dissolvido em toda
massa líquida, ocorrendo apenas o processo aeróbio. Ocupam
áreas maiores que outros tipos de lagoas, sendo por isso,
pouco utilizadas.
c) Lagoas Facultativas
Operam em condições intermediárias entre as aeróbias e
anaeróbias, coexistindo os processos encontrados em ambas.
O princípio de funcionamento já foi descrito anteriormente.
d) Lagoas de Maturação
Sua finalidade principal é a remoção de organismos patogênicos,
sólidos em suspensão e nutrientes. São utilizadas após o
tratamento secundário dos esgotos, realizados em lagoas
ou não, com o propósito de melhorar a qualidade do efluente.
e) Lagoas Aeradas
O oxigênio a ser utilizado no processo biológico é introduzido
mecanicamente através de aeradores, com a finalidade de
manter a concentração de oxigênio dissolvido em toda ou parte
da massa líquida, garantindo as reações bioquímicas que
caracterizam o processo.
6 - Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo
São tanques de concreto ou outro material, aos quais os esgotos
brutos têm acesso pelo fundo, distribuídos uniformemente de
forma a atravessarem uma manta de lodo rica em bactérias
anaeróbias, onde se processa a digestão, obtendo-se remoções
de matéria orgânica de 50 a 70%. Os modernos reatores são
dotados de separadores de fases, que possibilitam a
permanência dos sólidos no reator e a coleta de gases na parte
superior onde são geralmente queimados.
7 - Tratamento por Lodos Ativados:
Processos de tratamento mais empregado ⇒ Processo aeróbio:
microrganismos ⇒ degradação de substâncias orgânicas complexas ⇒ crescimento em
suspensão na massa líquida com retenção de biomassa ⇒ efluente com elevada qualidade.
Constituição da estação de tratamento de esgotos por lodos
ativados :
a) Decantador primário: sedimentação de sólidos orgânicos e
inorgânicos.
b) Tanque de aeração: introdução de oxigênio e mistura esgoto e
lodo.
c) Decantador secundário: sedimentação e retirada do lodo para
recirculação ou digestão.
d) Elevatória de recirculação de lodo: recalque do lodo para o
tanque de aeração.
e) Digestor de lodo: digestão do lodo excedente retirado do
decantador secundário.
f) Dispositivo para desidratação do lodo: mecanizada ou em
leitos de secagem.
Desvantagem p/ laticínios:
↑% de gorduras prejudicam sua eficiência, havendo a necessidade de um
pré-tratamento p/ ↓ a carga lipídica.
Perspectivas
Estudos atuais apontam para o uso de enzimas (lipases)
Vantagens do processo com lipases ⇒ Facilidade de assimilação das
gorduras após hidrólise enzimática.
Desvantagens: ↑ ↑ $ ⇒ necessidade de novos métodos de produção,
como a fermentação em estado sólido a partir de rejeitos da agroindústria.
Desempenho de sistemas de tratamento em laticínios:
Redução da DBO na faixa de 97,5 a 99% para sistemas:
Lodos ativados apenas;
Lodos ativados e lagoas aeradas;
Lagoas apenas;
Filtros biológicos e Tanques sépticos.
Problema de tratamento em laticínios:
Soro de leite
DBO varia entre 25.000 a 120.000 mg/L aprox. ½ dos sólidos do leite
integral.
Aproveitamento no processo ⇒ Transformação em produtos de valor
agregado em vez de seu descarte.
Composição com valor nutritivo:
Proteínas solúveis, aminoácidos, lactose, vitaminas, sólidos de leite.
Sua baixa carga de N2 dificulta o tratamento biológico;
Portanto: Segregação, tratamento e disposição a parte.
Efluentes de laticínios: vazão e
análises laboratoriais
Os efluentes líquidos ao serem despejados com os seus poluentes
característicos causam a alteração de qualidade nos corpos receptores e
consequentemente a sua poluição (degradação).
A poluição hídrica pode ser definida como qualquer alteração física,
química ou biológica da qualidade de um corpo hídrico, capaz de
ultrapassar os padrões estabelecidos para a classe, conforme o seu uso
preponderante. Considera-se a ação dos agentes: físicos materiais (sólidos
em suspensão) ou formas de energia (calorífica e radiações); químicos
(substâncias dissolvidas ou com potencial solubilização); biológicos (micro-
organismos).
A poluição origina-se devido a perdas de energia, produtos e matérias
primas, ou seja, devido à ineficiência dos processos industriais. O ponto
fundamental é compatibilizar a produção industrial com a conservação do
meio ambiente que nos cerca. Somente a utilização de técnica de controle
não é suficiente, mas é importante a busca incessante da eficiência
industrial, sem a qual a indústria torna-se obsoleta e é fechada pelo
próprio mercado. A eficiência industrial é o primeiro passo para a eficiência
ambiental.
Os sistemas de tratamento de efluentes são baseados na transformação
dos poluentes dissolvidos e em suspensão em gases inertes e ou sólidos
sedimentáveis para a posterior separação das fases sólida/líquida. Sendo
assim se não houver a formação de gases inertes ou lodo estável, não
podemos considerar que houve tratamento. A Lei de Lavoisier, sobre a
conservação da matéria é perfeitamente aplicável, observando-se apenas
que ao remover as substâncias ou materiais dissolvidos e em suspensão
na água estes sejam transformados em materiais estáveis
ambientalmente. A poluição não deve ser transferida de forma e lugar. É
necessário conhecer o princípio de funcionamento de cada operação
unitária utilizada bem como a ordem de associação dessas operações que
definem os processos de tratamento.
As características dos efluentes industriais são inerentes a composição
das matérias primas, das águas de abastecimento e do processo
industrial. A concentração dos poluentes nos efluentes é função das
perdas no processo ou pelo consumo de água.
CARACTERISTICA DOS POLUENTES
A poluição térmica, devido às perdas de energia calorífica nos
processos de resfriamento ou devido às reações exotérmicas no processo
industrial, também é importante fonte de poluição dos corpos hídricos.
Neste caso o parâmetro de controle é a temperatura do efluente.
As características sensoriais dos efluentes notadamente o odor e a cor
aparente são muito importantes, pois despertam as atenções inclusive dos
leigos podendo ser objeto de atenção das autoridades.
As características físico-químicas são definidas por parâmetros sanitários
que quantificam os sólidos, a matéria orgânica e alguns de seus
componentes orgânicos ou inorgânicos. Os compostos com pontos de
ebulição superiores ao da água serão sempre caracterizados como
componentes dos sólidos.
Os sólidos são compostos por substâncias dissolvidas e em suspensão, de
composição orgânica e ou inorgânica. Analiticamente são considerados
como sólidos dissolvidos àquelas substâncias ou partículas com diâmetros
inferiores a 1,2 μm e como sólidos em suspensão as que possuírem
diâmetros superiores.
SÓLIDOS
Os sólidos em suspensão são subdivididos em sólidos coloidais e
sedimentáveis/ flutuantes. Os sólidos coloidais são aqueles mantidos em
suspensão devido ao pequeno diâmetro e pela ação da camada de solvatação
que impede o crescimento dessas partículas. É importante ressaltar que
partículas com diâmetro entre 0,001 e 1,2 μm são coloidais (suspensão), mas
pela metodologia analítica padronizada são quantificadas como sólidos
dissolvidos. Os sólidos sedimentáveis e os flutuantes são aqueles que se
separam da fase líquida por diferença de densidade.
A matéria orgânica
A matéria orgânica está contida na fração de sólidos voláteis, mas
normalmente é medida de forma indireta pelas demanda bioquímica de
oxigênio (DBO) e demanda química de oxigênio (DQO). A DBO
mede a quantidade de oxigênio necessária para que os micro-organismos
biodegradem a matéria orgânica. A DQO é a medida da quantidade de
oxigênio necessária para oxidar quimicamente a matéria orgânica. A
matéria orgânica ao ser biodegradada nos corpos receptores causa um
decréscimo da concentração de oxigênio dissolvido (OD) no meio
hídrico, deteriorando a qualidade ou inviabilizando a vida aquática.
Outros componentes orgânicos tais como os detergentes, os fenóis e os
óleos e graxas podem ser analisados diretamente.
Os detergentes são industrialmente utilizados em limpezas de
equipamentos, pisos, tubulações e no uso sanitário. Podem ser utilizados
também como lubrificantes. Existem os detergentes catiônicos e os
aniônicos, mas somente os últimos são controlados pela legislação.
Os fenóis podem originar-se em composições desinfetantes, em resinas
fenólicas e outras matérias primas.
Os óleos e graxas estão comumente presentes nos efluentes tendo as
mais diversas origens. É muito comum a origem nos restaurantes
industriais. As oficinas mecânicas, casa de caldeiras, equipamentos que
utilizem óleo hidráulico além de matérias primas com composição oleosa
(gordura de origem vegetal, animal e óleos minerais).
A matéria inorgânica
O nitrogênio e o fósforo são elementos presentes nos esgotos
sanitários e nos efluentes industriais e são essenciais às diversas formas
de vida, causando problemas devido à proliferação de plantas aquáticas
nos corpos receptores. Nos esgotos sanitários são provenientes dos
próprios excrementos humanos, mas atualmente têm fontes importantes
nos produtos de limpeza domésticos e ou industriais tais como
detergentes e amaciantes de roupas (VON SPERLING, 1996, p. 31). Nos
efluentes industriais podem ser originados em proteínas, aminoácidos,
ácidos fosfóricos e seus derivados.
Os metais são analisados de forma elementar. Os que apresentam
toxicidade são os seguintes: alumínio; cobre; cromo; chumbo; estanho;
níquel; mercúrio; vanádio; zinco. A toxicidade dos metais é função também
de seus números de oxidação (cromo trivalente e hexavalente, etc). Outros
metais tais como o sódio, cálcio, magnésio, e potássio são analisados
principalmente em casos de reuso de águas ou em casos nos quais a
salinidade do efluente influencie significativamente em processos de
corrosão, incrustação e osmose.
Agentes biológicos
Os contaminantes biológicos são diversos agentes patogênicos ou
não. As características bacteriológicas dos esgotos referem-se à
presença de diversos micro-organismos tais como bactérias inclusive do
grupo coliforme, vírus e vermes (VON SPERLING, 1996, p. 19).
No caso das indústrias, as que operam com o abate de animais também
são grandes emissoras de micro-organismos, bem como muitas
produtoras de alimentos.
Os micro-organismos presentes contaminam o solo, inclusive os lençóis
subterrâneos e as águas superficiais, sendo responsáveis pelas doenças
de veiculação hídrica.
ParâmetrosfísicosParâmetrosfísicos
ParâmetrosquímicosinorgânicosParâmetrosquímicosinorgânicos
ParâmetrosquímicosorgânicosParâmetrosquímicosorgânicos
Parâmetros biológicosParâmetros biológicos
LEVANTAMENTO DE DADOS NAS INDÚSTRIAS
Sendo os efluentes industriais as perdas de água e matérias primas
ou produtos oriundos do processo deve-se em primeiro lugar verificar se
estas perdas não podem ser evitadas ou reduzidas antes de se realizar o
monitoramento.
Para caracterizar a carga poluidora dos efluentes industriais é necessário o
conhecimento prévio do processo industrial para a definição do programa de
Amostragem. As informações importantes a serem obtidas são: Lista de
matérias-primas, principalmente aquelas que de alguma forma possam ser
transferidas para os efluentes; fluxograma do processo industrial indicando
os pontos nos quais são gerados efluentes contínuos ou intermitentes;
identificar os pontos de lançamento de efluentes; definir o sistema de
medição de efluentes e instalá-lo.
Os parâmetros escolhidos para a caracterização dos efluentes devem ser:
representativos da carga poluidora; servirem para a definição do processo
de tratamento; servirem para o dimensionamento da estação de
tratamento; atenderem ao programa de monitoramento estabelecido para o
atendimento à legislação ambiental.
Amostragem de efluentes industriais
Tipo de coleta
Outra definição importante é sobre o tipo de amostra, ou seja, se a amostra é
simples ou composta.
A Amostra Simples representa o que está ocorrendo naquele momento. Se o
manancial não varia muito, ela pode ser representativa.
A Amostra Composta é formada por várias e pequenas alíquotas coletadas ao
longo do tempo. À cada turno (8 horas, 24 horas), coletam-se alíquotas que formam
as amostras compostas.
A amostra composta pode ser obtida por:
• alíquotas pré-estabelecidas ou volume pré-estabelecido.
• alíquotas variáveis, que são aquelas nas quais o volume varia de acordo com, a
vazão (neste caso são amostras de alíquotas proporcionais à vazão), é por isto que
em medições de água e esgoto, tem que se ter um vertedor perto do ponto de coleta
da amostra.
Dispositivos de Medição de Vazão
Existem dispositivos simples: para pequenas vazões, como por exemplo, cubagem. Anota-se
o tempo que a água leva para encher um recipiente de volume conhecido. Como a vazão é o
volume em função do tempo, é só dividir o volume do recipiente pelo tempo que se levou para
enchê-lo. Se não se conhece o volume do recipiente, faz-se uma marca no recipiente, anota-
se o tempo e depois vai-se aferir o volume em outro local.
Existem locais de difícil acesso sendo praticamente impossível instalar um dispositivo para se
medir a vazão, ou nos casos que os custos forem elevados para se instalar um vertedor só
para se coletar uma amostra, pode-se adotar o seguinte procedimento:
Em indústrias modernas há hidrômetros em cada seção para se controlar o consumo de cada
seção da indústria ou etapa do processo. Aproveitam-se as medições parciais obtidas por
estes hidrômetros em cada ramal ou seção para se chegar à vazão total.
Vertedores:
Para cada faixa de vazão deve-se adotar um tipo de vertedor, com o seu formato e
equação específica.
Fluxômetros - Para calhas de rios, utilizam-se fluxômetros para se obter
a vazão.
Traçadores Radioativos e Fluorimétricos - são utilizados nos casos
de impossibilidade de instalação de medidores de vazão ou até mesmo
para a elaboração do “as built” da rede coletora de efluentes. Os
traçadores são utilizados também para se conhecer as zonas de dispersão
de efluentes lançados em rios ou em emissários submarinos.
Laticínios
Os efluentes industriais dos laticínios são oriundos das diversas etapas de lavagens
de pisos e equipamentos que arrastam resíduos de leite e seus derivados incluindo
também produtos de limpeza.
A qualidade dos efluentes varia em função dos produtos industrializados
(resfriamento e ensacamento, fabricação de queijos, iogurtes, manteiga, requeijão,
leite em pó, etc.), capacidade de produção, “layout” industrial, tecnologia utilizada
para a higienização das instalações e qualidade do leite utilizado.
A minimização da geração de efluentes pode ser conseguida desde que sejam
utilizadas membranas filtrantes com reuso de água e incorporação do rejeito na
produção industrial.
O tratamento dos efluentes gerados pode ser conseguido através de diversos tipos
de processos tais como; Preliminar (separação de gorduras, utilizando-se caixas de
gordura);
Primário: flotação com o auxílio da coagulação química para a remoção de
gorduras.
Secundário (lodos ativados, biodigestor, ou lagoas). É fundamental o
aproveitamento do soro do leite, que não deve ser descartado para o efluente. Os
efluentes brutos apresentam uma rápida alteração do pH devido à fermentação
láctica, o que deve ser considerado em relação aos materiais empregados na
execução do sistema de tratamento.
Os efluentes tratados apresentam concentrações inferiores a 10 mg O2/ L em
relação a DQO.
Isto demonstra a excelente biodegradabilidade dos efluentes pois na indústria de
laticínios pode-se obter DQO superiores a 7.000 mg O2/ L no efluente bruto.
MINIMIZAÇÃO DA GERAÇÃO
DE EFLUENTE: REUSO
Pressões decorrentes dos governos, da sociedade civil
organizada e do próprio mercado, vem impulsionando as
empresas a adotarem uma postura ambientalmente correta.
A questão ambiental é, geralmente, tratada por pequenas e
médias empresas, como um compromisso secundário e de custo
elevado, motivado, muitas vezes, pela pressão dos órgãos de
controle.
A implantação de programas ambientais pode auxiliar as
empresas a diminuírem seus custos.
Tanto as grandes empresas como as pequenas e médias
estão se adequando a esse novo cenário, marcado por uma
rígida legislação ambiental.
FINALIDADES DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
ÁGUA PARA CALDEIRAS ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO
FINALIDADES DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO
FINALIDADES DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO
FINALIDADES DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO
CONSUMO DE ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIO
A indústria de laticínios caracteriza-se por consumir grande quantidade de água
para operações de processamento e limpeza, tendo por outro lado, a geração
de vazões elevadas de efluentes (1,1 a 6,8 m3
. m-3
leite processado) contendo
nutrientes, poluentes orgânicos e agentes infectantes.
Zona da Mata – laticínio de pequeno porte
Consumo de água: 3,2 litros de água para cada litro de leite processado;
A indústria de laticínios estaudada: capacidade de recepção de 8000 L.dia-1,
atualmente, recebe, em média, 4000 L.dia-1,
Produtos: queijo mussarela, requeijão em barra, requeijão em pote, iogurte,
manteiga e ricota.
PROGRAMA DE
CONSERVAÇÃO E REUSO DA
ÁGUA
PLANO DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA)
*** importante ferramenta na promoção do uso racional
da água na indústria.
Um PCRA é composto por um conjunto de ações
específicas de racionalização do uso da água na unidade
industrial, que devem ser detalhadas a partir da realização
de uma análise de demanda e oferta de água, em função
dos usuários e atividades consumidoras, com base na
viabilidade técnica e econômica de implantação das
mesmas.
PLANO DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA)
Implantar um PCRA significa avaliar de forma sistêmica o
uso da água, ou seja, otimizar o consumo de água, com a
consequente redução do volume de efluentes gerados, e utilizar
as fontes alternativas de água disponíveis, considerando os
diferentes níveis de qualidade necessários, de acordo com um
sistema de gestão apropriado.
Contribui para a preservação dos recursos hídricos,
favorecendo o "Desenvolvimento Sustentável"
Contribui para a preservação dos recursos hídricos,
favorecendo o "Desenvolvimento Sustentável"
PLANO DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA)
Benefícios Esperados
Economia gerada pela redução do consumo de água;
Economia gerada pela redução dos efluentes gerados;
Consequente economia de outros insumos como: energia e produtos
químicos;
Aumento da disponibilidade de água (proporcionando aumento da
produção sem incremento de custos de captação e tratamento);
PLANO DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA)
Benefícios Esperados
• Agregação de valor aos produtos;
• Minimização dos impactos da cobrança pelo uso da água;
• Complementação às ações de responsabilidade social da empresa.
• Redução de custos operacionais e de manutenção dos sistemas
hidráulicos e de equipamentos;
1- Avaliação
Técnica
Preliminar
Etapa 1 Principais Atividades
• Análise documental
• Levantamento de
Campo
Produtos
• Plano de
Setorização do
Consumo de
Avaliação Técnica
Preliminar Água
Levantamento de todos os dados e informações que
envolvam o uso da água na indústria
Plano de Setorização do Consumo consiste em um sistema de
medição e monitoração setorizada do consumo de água, objetivando o
controle de consumo.
Plano de Setorização do Consumo consiste em um sistema de
medição e monitoração setorizada do consumo de água, objetivando o
controle de consumo.
Etapas de Implantação de um Programa de
Conservação e Reuso de Água
Etapas de Implantação de um Programa de
Conservação e Reuso de Água
Etapa 2 Principais Atividades Produtos
Avaliação da
Demanda
de água
• Análise de Perdas Físicas
• Análise de Desperdício
• Identificação dos
diferentes
níveis de qualidade de
água
• Macro e micro fluxos de água
• Plano de adequação de
equipamentos hidráulicos
• Plano de adequação de
processos
• Plano de otimização dos
sistemas hidráulicos *
Nesta etapa é feita a identificação das diversas demandas para avaliação do
consumo de água atual e das intervenções necessárias para eliminação e/ou
redução de perdas, racionalização do consumo e minimização de efluentes.
Macro-fluxo da água em uma indústria de laticínios:
Fonte: Manual de Conservação e Reuso de Água Para a Indústria
Distribuição do consumo de água (m3/dia) em uma indústria
de laticínios
Fonte: Manual de Conservação e Reuso de Água Para a Indústria
Com base na análise dos processos que utilizam a água,
são então relacionadas as adequações necessárias, com
seus respectivos custos operacionais e investimentos
Esta fase do Programa tem por objetivo a avaliação dos
componentes hidráulicos existentes de acordo com os usos
específicos de cada ponto de consumo.
Indústria de laticínios: a automatização da operação,
adequação do sistema de dosagem de produtos químicos e
isolamento apropriado das tubulações das torres de
resfriamento, reduziram o consumo de água deste setor em
15%.
Adequação de Equipamentos e Componentes
Etapas de Implantação de um Programa de
Conservação e Reuso de Água
Etapa 3 Principais Atividades Produtos
Avaliação da
Oferta
de Água
• Concessionárias
• Captação Direta
• Águas pluviais
• Reuso de efluentes
• Águas subterrâneas
• Plano de aplicação de
fontes
alternativas de água *
Para o abastecimento de água, um dos requisitos importantes na
escolha de alternativas, devem ser considerados os seguintes custos: de
captação, adução e distribuição, de operação e manutenção, da garantia da
qualidade e da eventuais descontinuidades do abastecimento.
Para o abastecimento de água, um dos requisitos importantes na
escolha de alternativas, devem ser considerados os seguintes custos: de
captação, adução e distribuição, de operação e manutenção, da garantia da
qualidade e da eventuais descontinuidades do abastecimento.
O resultado é a análise quantitativa e qualitativa das possibilidades de
oferta de água
Etapas de Implantação de um Programa de
Conservação e Reuso de Água
Etapa 4 Principais Atividades Produtos
Estudo de
Viabilidade
Técnica e
Econômica
• Montagem da
matriz de soluções
• Análise técnica e
econômica
• Cenário ótimo
Deverá fornecer os subsídios necessários para a consolidação
do PCRA e o planejamento das ações de implantação do
mesmo, com ênfase nos maiores consumidores, bem como para a
imediata geração de economias, com baixos investimentos e
períodos de atrativos de retorno.
Deverá fornecer os subsídios necessários para a consolidação
do PCRA e o planejamento das ações de implantação do
mesmo, com ênfase nos maiores consumidores, bem como para a
imediata geração de economias, com baixos investimentos e
períodos de atrativos de retorno.
Etapas de Implantação de um Programa de
Conservação e Reuso de Água
Etapa 5 Principais Atividades Produtos
Detalhamento Técnico
• Especificações
técnicas;
• Detalhes técnicos
• Projeto executivo
Esta etapa consiste no Detalhamento e Implantação de PCRA
Em função das metas de redução estabelecidas e da disponibilidade
de investimento, são detalhadas as ações tecnológicas a serem
implementadas.
Muitas vezes a implementação das ações é realizada gradativamente
de forma que as economias geradas por cada ação previamente
planejada e consolidada, gere economias que viabilizem a ação seguinte
prevista no programa
Em função das metas de redução estabelecidas e da disponibilidade
de investimento, são detalhadas as ações tecnológicas a serem
implementadas.
Muitas vezes a implementação das ações é realizada gradativamente
de forma que as economias geradas por cada ação previamente
planejada e consolidada, gere economias que viabilizem a ação seguinte
prevista no programa
Após o detalhamento das ações, é dado início à implantação
do PCRA onde devem ser considerados os seguintes
aspectos:
-Implantar as ações imediatas: correção de perdas físicas detectadas e
implantação do Plano de Setorização do Consumo. Estas ações já
trarão impactos ao consumo de água da indústria;
-Realizar permanentemente ações de conscientização do uso da água
que poderão ser realizadas imediatamente ao estabelecimento de uma
PGA;
-Realizar de forma gradativa as ações detalhadas e constantes do
PCRA, de acordo com a disponibilidade de investimentos e as
prioridades de metas;
- Acompanhar implementação das ações de maneira a garantir total
concordância com o projeto executivo.
Etapas de Implantação de um Programa de
Conservação e Reuso de Água
Etapa 6 Principais Atividades Produtos
Sistema de Gestão
• Plano de monitoramento
de
consumo de água
• Plano de capacitação
dos
gestores e usuários
• Rotinas de manutenção
• Procedimentos
específicos
• Sistema de gestão da
água
Após a implementação das ações de base tecnológica, deve ser
implantado o Sistema de Gestão da Água para monitoramento e
manutenabilidade dos indicadores de economia obtidos.
Após a implementação das ações de base tecnológica, deve ser
implantado o Sistema de Gestão da Água para monitoramento e
manutenabilidade dos indicadores de economia obtidos.
• A elaboração e implementação de PCRAs na indústria pode resultar
em benefícios significativos em termos econômicos, ambientais e de
imagem da empresa.
• A elaboração e implementação de PCRAs na indústria pode resultar
em benefícios significativos em termos econômicos, ambientais e de
imagem da empresa.
• Uma vez implantado o PCRA, deve ser estabelecido um comitê
coordenador para acompanhar e fazer as adaptações necessárias.
• Uma vez implantado o PCRA, deve ser estabelecido um comitê
coordenador para acompanhar e fazer as adaptações necessárias.
• Relatórios de gestão deverão ser emitidos periodicamente,
estabelecendo uma comparação com o estado geral (inclusive
econômico) da indústria antes da implantação do plano e durante a
sua evolução.
• Relatórios de gestão deverão ser emitidos periodicamente,
estabelecendo uma comparação com o estado geral (inclusive
econômico) da indústria antes da implantação do plano e durante a
sua evolução.
• O sucesso de programas de conservação e reúso de água depende
da participação de equipes devidamente capacitadas. Para a
obtenção dos melhores resultados, é recomendada a contratação
de profissionais ou empresas habilitadas para desenvolvimento e
implementação de PCRAs.
• O sucesso de programas de conservação e reúso de água depende
da participação de equipes devidamente capacitadas. Para a
obtenção dos melhores resultados, é recomendada a contratação
de profissionais ou empresas habilitadas para desenvolvimento e
implementação de PCRAs.
Considerações
Controle de Resíduos Ambientais e
Reuso
Aproveitamento de Águas Pluviais
Aproveitamento de Águas Pluviais
Reuso em Cascata
Reuso de Efluentes Tratados
Reuso de Efluentes Tratados
Conformidade para Reuso
Classe 4
Reuso nos pomares, cereais, forragens, pastagens para gados
e outros cultivos através de escoamento superficial ou por sistema
de irrigação pontual.
·  coliforme fecal – inferior a 5.000 NMP/100ml;
·  oxigênio dissolvido acima de 2,0 mg/l;
As aplicações devem ser interrompidas pelo menos
10 dias antes da colheita.
Reuso de Efluentes Tratados
  DBO (60mg ou redução de 85%) DQO (90mg ou redução de 90%)
 
Entrada
(mg/L)
Saída
(mg/L)
% Abatimento
DBO
Entrada
(mg/L)
Saída
(mg/L)
% Abatimento
DQO
Janeiro 2000 105 94,8 3225 190 94,1
Fevereiro 483 75 84,5 914 190 79,2
Março 735 58 92,2 1915 136 92,9
Abril 585 45 92,3 1104 110 90,1
Reuso de Efluentes Tratados
Reuso de Efluentes Tratados
Fluidos de Aquecimento e Resfriamento
Utilização de Sistemas de Membranas
Utilização de Sistemas de Membranas
Utilização de Sistemas de Membranas
Agradecimentos
Colaboradores em conteúdo:
Carlos de Oliveira Teixeira
Alison Borges de Souza
Aquileine Mainomy B. de Carvalho
Carolina Martins Kamiyama
Isaura M. S. de Azevedo
Mônica C. S. Pereira
Obrigado
Marcelo Henrique Otenio
Gestão Ambiental, Recursos Hídricos, Resíduos, Efluentes e Biogás
e-mail: marcelo.otenio@embrapa.br
Tel. (32) 3311 7514

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Boas práticas agrícolas
Boas práticas agrícolasBoas práticas agrícolas
Boas práticas agrícolasVanlisaPinheiro
 
Higiene na industria_de_alimentos
Higiene na industria_de_alimentosHigiene na industria_de_alimentos
Higiene na industria_de_alimentosDANIELLE BORGES
 
IRRIGAÇÃO: MÉTODOS, SISTEMAS E APLICAÇÕES
IRRIGAÇÃO: MÉTODOS, SISTEMAS E APLICAÇÕESIRRIGAÇÃO: MÉTODOS, SISTEMAS E APLICAÇÕES
IRRIGAÇÃO: MÉTODOS, SISTEMAS E APLICAÇÕESLEANDRO DE MATOS
 
Propriedades físico-químicas de agrotóxicos
Propriedades físico-químicas de agrotóxicosPropriedades físico-químicas de agrotóxicos
Propriedades físico-químicas de agrotóxicosGeagra UFG
 
Aula de Gestão Ambiental - UMC
Aula de Gestão Ambiental - UMCAula de Gestão Ambiental - UMC
Aula de Gestão Ambiental - UMCproftstsergioetm
 
O MERCADO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
O MERCADO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLASO MERCADO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
O MERCADO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLASMatheus Matheus
 
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
DIFERENÇAS FISIOLÓGICASDIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
DIFERENÇAS FISIOLÓGICASGeagra UFG
 
Microbiologia do solo
Microbiologia do soloMicrobiologia do solo
Microbiologia do soloPessoal
 
Morfologia e fenologia do cafeeiro
Morfologia e fenologia do cafeeiroMorfologia e fenologia do cafeeiro
Morfologia e fenologia do cafeeiroMatheus Majela
 
Aula 1 GestãO Ambiental E Responsabilidade Social Slide
Aula 1    GestãO Ambiental E Responsabilidade Social   SlideAula 1    GestãO Ambiental E Responsabilidade Social   Slide
Aula 1 GestãO Ambiental E Responsabilidade Social Slidebudhamider
 
GERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE SEMENTES
GERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE SEMENTESGERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE SEMENTES
GERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE SEMENTEScarlinhosmatos
 
Apresentação pós colheita
Apresentação pós colheitaApresentação pós colheita
Apresentação pós colheitaÍtalo Arrais
 
Apresentação agroindustria
Apresentação agroindustriaApresentação agroindustria
Apresentação agroindustriaGeraldo Henrique
 

Mais procurados (20)

Boas práticas agrícolas
Boas práticas agrícolasBoas práticas agrícolas
Boas práticas agrícolas
 
Higiene na industria_de_alimentos
Higiene na industria_de_alimentosHigiene na industria_de_alimentos
Higiene na industria_de_alimentos
 
Aula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamentoAula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamento
 
Erosão
ErosãoErosão
Erosão
 
Irrigação
IrrigaçãoIrrigação
Irrigação
 
IRRIGAÇÃO: MÉTODOS, SISTEMAS E APLICAÇÕES
IRRIGAÇÃO: MÉTODOS, SISTEMAS E APLICAÇÕESIRRIGAÇÃO: MÉTODOS, SISTEMAS E APLICAÇÕES
IRRIGAÇÃO: MÉTODOS, SISTEMAS E APLICAÇÕES
 
Propriedades físico-químicas de agrotóxicos
Propriedades físico-químicas de agrotóxicosPropriedades físico-químicas de agrotóxicos
Propriedades físico-químicas de agrotóxicos
 
Aula de Gestão Ambiental - UMC
Aula de Gestão Ambiental - UMCAula de Gestão Ambiental - UMC
Aula de Gestão Ambiental - UMC
 
O MERCADO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
O MERCADO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLASO MERCADO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
O MERCADO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
 
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
DIFERENÇAS FISIOLÓGICASDIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS
 
Microbiologia do solo
Microbiologia do soloMicrobiologia do solo
Microbiologia do solo
 
Aula 03 ecologia do solo
Aula 03   ecologia do soloAula 03   ecologia do solo
Aula 03 ecologia do solo
 
Morfologia e fenologia do cafeeiro
Morfologia e fenologia do cafeeiroMorfologia e fenologia do cafeeiro
Morfologia e fenologia do cafeeiro
 
aulas de friticultura
aulas de friticulturaaulas de friticultura
aulas de friticultura
 
Aula 1 GestãO Ambiental E Responsabilidade Social Slide
Aula 1    GestãO Ambiental E Responsabilidade Social   SlideAula 1    GestãO Ambiental E Responsabilidade Social   Slide
Aula 1 GestãO Ambiental E Responsabilidade Social Slide
 
GERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE SEMENTES
GERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE SEMENTESGERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE SEMENTES
GERMINAÇÃO E DORMÊNCIA DE SEMENTES
 
Apresentação pós colheita
Apresentação pós colheitaApresentação pós colheita
Apresentação pós colheita
 
Aula de construções
Aula de construçõesAula de construções
Aula de construções
 
Apresentação agroindustria
Apresentação agroindustriaApresentação agroindustria
Apresentação agroindustria
 
CONAMA 357.2005
CONAMA 357.2005CONAMA 357.2005
CONAMA 357.2005
 

Destaque

Lista legislação laticinios
Lista   legislação laticiniosLista   legislação laticinios
Lista legislação laticiniosBarbara Ricci
 
Projeto de instalação de um Laticínio
Projeto de instalação de um Laticínio Projeto de instalação de um Laticínio
Projeto de instalação de um Laticínio Geiry Souza
 
Apostila tratamento de efluentes industriais
Apostila   tratamento de efluentes industriaisApostila   tratamento de efluentes industriais
Apostila tratamento de efluentes industriaisLivia Iost Gallucci
 
Cartilha seguranca couro_efluentes
Cartilha seguranca couro_efluentesCartilha seguranca couro_efluentes
Cartilha seguranca couro_efluentesSandra C Prelle
 
Gestão da qualidade em laticínios
Gestão da qualidade em laticíniosGestão da qualidade em laticínios
Gestão da qualidade em laticíniosDANIELLE BORGES
 
Tratamento de efluentes e reúso da água
Tratamento de efluentes e reúso da águaTratamento de efluentes e reúso da água
Tratamento de efluentes e reúso da águaAlanAlflen
 
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNCIPAL
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNCIPALSERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNCIPAL
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNCIPALLenildo Araujo
 
Aula 11 introdução tratamento de efluentes - prof. nelson (area 1) - 06.10
Aula 11   introdução tratamento de efluentes - prof. nelson (area 1) - 06.10Aula 11   introdução tratamento de efluentes - prof. nelson (area 1) - 06.10
Aula 11 introdução tratamento de efluentes - prof. nelson (area 1) - 06.10Nelson Virgilio Carvalho Filho
 
Aula 12 introdução aos metodos tratamento - prof. nelson (area 1) - 13.10
Aula 12   introdução aos metodos tratamento - prof. nelson (area 1) - 13.10Aula 12   introdução aos metodos tratamento - prof. nelson (area 1) - 13.10
Aula 12 introdução aos metodos tratamento - prof. nelson (area 1) - 13.10Nelson Virgilio Carvalho Filho
 
Controle ambiental em indústrias de laticínios
Controle ambiental em indústrias de laticíniosControle ambiental em indústrias de laticínios
Controle ambiental em indústrias de laticíniosMatheus Campos
 
Elm City Market, New Haven
Elm City Market, New HavenElm City Market, New Haven
Elm City Market, New HavenJuliana Nólibos
 
7 sistemas de tratamento natural
7 sistemas de tratamento natural7 sistemas de tratamento natural
7 sistemas de tratamento naturalGilson Adao
 
Ética da Alimentação - O mundo é o que você come
Ética da Alimentação - O mundo é o que você comeÉtica da Alimentação - O mundo é o que você come
Ética da Alimentação - O mundo é o que você comeJuliana Nólibos
 
AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL - ENTRAVES
AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL - ENTRAVESAGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL - ENTRAVES
AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL - ENTRAVESCarima Atiyel
 
Otimização do tratamento de água e efluentes e da flotação no beneficiamento ...
Otimização do tratamento de água e efluentes e da flotação no beneficiamento ...Otimização do tratamento de água e efluentes e da flotação no beneficiamento ...
Otimização do tratamento de água e efluentes e da flotação no beneficiamento ...SEDETEC - UFRGS
 

Destaque (20)

Lista legislação laticinios
Lista   legislação laticiniosLista   legislação laticinios
Lista legislação laticinios
 
Projeto de instalação de um Laticínio
Projeto de instalação de um Laticínio Projeto de instalação de um Laticínio
Projeto de instalação de um Laticínio
 
Apostila tratamento de efluentes industriais
Apostila   tratamento de efluentes industriaisApostila   tratamento de efluentes industriais
Apostila tratamento de efluentes industriais
 
Aula 5 residuos
Aula 5 residuosAula 5 residuos
Aula 5 residuos
 
Cartilha seguranca couro_efluentes
Cartilha seguranca couro_efluentesCartilha seguranca couro_efluentes
Cartilha seguranca couro_efluentes
 
Gestão da qualidade em laticínios
Gestão da qualidade em laticíniosGestão da qualidade em laticínios
Gestão da qualidade em laticínios
 
Tratamento de efluentes e reúso da água
Tratamento de efluentes e reúso da águaTratamento de efluentes e reúso da água
Tratamento de efluentes e reúso da água
 
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNCIPAL
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNCIPALSERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNCIPAL
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNCIPAL
 
Aula 11 introdução tratamento de efluentes - prof. nelson (area 1) - 06.10
Aula 11   introdução tratamento de efluentes - prof. nelson (area 1) - 06.10Aula 11   introdução tratamento de efluentes - prof. nelson (area 1) - 06.10
Aula 11 introdução tratamento de efluentes - prof. nelson (area 1) - 06.10
 
Aula 12 introdução aos metodos tratamento - prof. nelson (area 1) - 13.10
Aula 12   introdução aos metodos tratamento - prof. nelson (area 1) - 13.10Aula 12   introdução aos metodos tratamento - prof. nelson (area 1) - 13.10
Aula 12 introdução aos metodos tratamento - prof. nelson (area 1) - 13.10
 
Controle ambiental em indústrias de laticínios
Controle ambiental em indústrias de laticíniosControle ambiental em indústrias de laticínios
Controle ambiental em indústrias de laticínios
 
Elm City Market, New Haven
Elm City Market, New HavenElm City Market, New Haven
Elm City Market, New Haven
 
Geren efluentes
Geren efluentesGeren efluentes
Geren efluentes
 
Abateguia Tecnico
Abateguia TecnicoAbateguia Tecnico
Abateguia Tecnico
 
7 sistemas de tratamento natural
7 sistemas de tratamento natural7 sistemas de tratamento natural
7 sistemas de tratamento natural
 
Ética da Alimentação - O mundo é o que você come
Ética da Alimentação - O mundo é o que você comeÉtica da Alimentação - O mundo é o que você come
Ética da Alimentação - O mundo é o que você come
 
AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL - ENTRAVES
AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL - ENTRAVESAGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL - ENTRAVES
AGROINDÚSTRIA FAMILIAR RURAL - ENTRAVES
 
Fernando marcato final
Fernando marcato finalFernando marcato final
Fernando marcato final
 
Teli 7
Teli 7Teli 7
Teli 7
 
Otimização do tratamento de água e efluentes e da flotação no beneficiamento ...
Otimização do tratamento de água e efluentes e da flotação no beneficiamento ...Otimização do tratamento de água e efluentes e da flotação no beneficiamento ...
Otimização do tratamento de água e efluentes e da flotação no beneficiamento ...
 

Semelhante a Tratamento de Efleuntes de Laticínios_Palestra III Semana da Indústria UFJF

Obrigações ambientais da indústria
Obrigações ambientais da indústriaObrigações ambientais da indústria
Obrigações ambientais da indústriaFirjan
 
Gestão Ambiental
Gestão AmbientalGestão Ambiental
Gestão Ambientalguestfcc10a
 
Manual de Licenciamento Ambiental
Manual de Licenciamento AmbientalManual de Licenciamento Ambiental
Manual de Licenciamento AmbientalRobson Peixoto
 
Licenciamento Ambiental - Municipal, Estadual e Federal
Licenciamento Ambiental - Municipal, Estadual e FederalLicenciamento Ambiental - Municipal, Estadual e Federal
Licenciamento Ambiental - Municipal, Estadual e FederalNatália Lima
 
Licenciamentoambientalfederal2020 200923051957
Licenciamentoambientalfederal2020 200923051957Licenciamentoambientalfederal2020 200923051957
Licenciamentoambientalfederal2020 200923051957SERGIO DE MELLO QUEIROZ
 
Licenciamento ambiental federal 2020
Licenciamento ambiental federal 2020Licenciamento ambiental federal 2020
Licenciamento ambiental federal 2020SERGIODEMELLOQUEIROZ1
 
Gestão Ambiental em Posto de Gasolina – Estudo de caso no Município de Lauro ...
Gestão Ambiental em Posto de Gasolina – Estudo de caso no Município de Lauro ...Gestão Ambiental em Posto de Gasolina – Estudo de caso no Município de Lauro ...
Gestão Ambiental em Posto de Gasolina – Estudo de caso no Município de Lauro ...Franklin Oliveira
 
Regularização Ambiental
Regularização AmbientalRegularização Ambiental
Regularização Ambientalwarlen11
 
BYD energy/protocolo 2015000468
BYD energy/protocolo 2015000468BYD energy/protocolo 2015000468
BYD energy/protocolo 2015000468Emilio Viegas
 
Comdema parecer negativo-barragens
Comdema parecer negativo-barragensComdema parecer negativo-barragens
Comdema parecer negativo-barragensLaura Magalhães
 
Barragens-Comdema dá parecer negativo
Barragens-Comdema dá parecer negativoBarragens-Comdema dá parecer negativo
Barragens-Comdema dá parecer negativoLaura Magalhães
 
Parecer barragens Comdema-negativo
Parecer barragens Comdema-negativoParecer barragens Comdema-negativo
Parecer barragens Comdema-negativoAnita Rocha
 
Barragens Pedreira e Duas Pontes/parecer Comdema
Barragens Pedreira e Duas Pontes/parecer ComdemaBarragens Pedreira e Duas Pontes/parecer Comdema
Barragens Pedreira e Duas Pontes/parecer Comdemaresgate cambui ong
 
Parecer técnico do Comdema-Campinas Negativo à barragem de Pedreira
Parecer técnico do Comdema-Campinas Negativo à barragem de PedreiraParecer técnico do Comdema-Campinas Negativo à barragem de Pedreira
Parecer técnico do Comdema-Campinas Negativo à barragem de PedreiraCampinas Que Queremos
 
Licença Ambiental Graxaria.pdf
Licença Ambiental Graxaria.pdfLicença Ambiental Graxaria.pdf
Licença Ambiental Graxaria.pdfAdrianaFachim1
 
Autolicenciamento ambiental no RS
Autolicenciamento ambiental no RSAutolicenciamento ambiental no RS
Autolicenciamento ambiental no RSMatinalJornalismo
 
ETE- Por que ter uma em sua empresa
ETE- Por que ter uma em sua empresaETE- Por que ter uma em sua empresa
ETE- Por que ter uma em sua empresaConsultoresAcquaNobi
 

Semelhante a Tratamento de Efleuntes de Laticínios_Palestra III Semana da Indústria UFJF (20)

Obrigações ambientais da indústria
Obrigações ambientais da indústriaObrigações ambientais da indústria
Obrigações ambientais da indústria
 
Licenciamento ambiental.pptx
Licenciamento ambiental.pptxLicenciamento ambiental.pptx
Licenciamento ambiental.pptx
 
AQUABIO
AQUABIOAQUABIO
AQUABIO
 
Gestão Ambiental
Gestão AmbientalGestão Ambiental
Gestão Ambiental
 
Manual de Licenciamento Ambiental
Manual de Licenciamento AmbientalManual de Licenciamento Ambiental
Manual de Licenciamento Ambiental
 
Licenciamento Ambiental - Municipal, Estadual e Federal
Licenciamento Ambiental - Municipal, Estadual e FederalLicenciamento Ambiental - Municipal, Estadual e Federal
Licenciamento Ambiental - Municipal, Estadual e Federal
 
Licenciamentoambientalfederal2020 200923051957
Licenciamentoambientalfederal2020 200923051957Licenciamentoambientalfederal2020 200923051957
Licenciamentoambientalfederal2020 200923051957
 
Licenciamento ambiental federal 2020
Licenciamento ambiental federal 2020Licenciamento ambiental federal 2020
Licenciamento ambiental federal 2020
 
Nr
NrNr
Nr
 
Gestão Ambiental em Posto de Gasolina – Estudo de caso no Município de Lauro ...
Gestão Ambiental em Posto de Gasolina – Estudo de caso no Município de Lauro ...Gestão Ambiental em Posto de Gasolina – Estudo de caso no Município de Lauro ...
Gestão Ambiental em Posto de Gasolina – Estudo de caso no Município de Lauro ...
 
Regularização Ambiental
Regularização AmbientalRegularização Ambiental
Regularização Ambiental
 
BYD energy/protocolo 2015000468
BYD energy/protocolo 2015000468BYD energy/protocolo 2015000468
BYD energy/protocolo 2015000468
 
Comdema parecer negativo-barragens
Comdema parecer negativo-barragensComdema parecer negativo-barragens
Comdema parecer negativo-barragens
 
Barragens-Comdema dá parecer negativo
Barragens-Comdema dá parecer negativoBarragens-Comdema dá parecer negativo
Barragens-Comdema dá parecer negativo
 
Parecer barragens Comdema-negativo
Parecer barragens Comdema-negativoParecer barragens Comdema-negativo
Parecer barragens Comdema-negativo
 
Barragens Pedreira e Duas Pontes/parecer Comdema
Barragens Pedreira e Duas Pontes/parecer ComdemaBarragens Pedreira e Duas Pontes/parecer Comdema
Barragens Pedreira e Duas Pontes/parecer Comdema
 
Parecer técnico do Comdema-Campinas Negativo à barragem de Pedreira
Parecer técnico do Comdema-Campinas Negativo à barragem de PedreiraParecer técnico do Comdema-Campinas Negativo à barragem de Pedreira
Parecer técnico do Comdema-Campinas Negativo à barragem de Pedreira
 
Licença Ambiental Graxaria.pdf
Licença Ambiental Graxaria.pdfLicença Ambiental Graxaria.pdf
Licença Ambiental Graxaria.pdf
 
Autolicenciamento ambiental no RS
Autolicenciamento ambiental no RSAutolicenciamento ambiental no RS
Autolicenciamento ambiental no RS
 
ETE- Por que ter uma em sua empresa
ETE- Por que ter uma em sua empresaETE- Por que ter uma em sua empresa
ETE- Por que ter uma em sua empresa
 

Mais de marcelo otenio

Manejo de resíduos em sistemas de produção de leite: limpeza hidráulica dos ...
Manejo de resíduos em sistemas de produção de leite:  limpeza hidráulica dos ...Manejo de resíduos em sistemas de produção de leite:  limpeza hidráulica dos ...
Manejo de resíduos em sistemas de produção de leite: limpeza hidráulica dos ...marcelo otenio
 
Manejo de Dejetos (Semana dae Integração Tecnológica)
Manejo de Dejetos (Semana dae Integração Tecnológica)Manejo de Dejetos (Semana dae Integração Tecnológica)
Manejo de Dejetos (Semana dae Integração Tecnológica)marcelo otenio
 
Tratamento de resíduos da bovinocultura e uso como fertilizante
Tratamento de resíduos da bovinocultura e uso como fertilizanteTratamento de resíduos da bovinocultura e uso como fertilizante
Tratamento de resíduos da bovinocultura e uso como fertilizantemarcelo otenio
 
Biodigestores como oportunidade no manejo de dejetos_OTENIO 26_08_2016_UFV
Biodigestores como oportunidade no manejo de dejetos_OTENIO 26_08_2016_UFVBiodigestores como oportunidade no manejo de dejetos_OTENIO 26_08_2016_UFV
Biodigestores como oportunidade no manejo de dejetos_OTENIO 26_08_2016_UFVmarcelo otenio
 
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO RURAL
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO  RURALTECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO  RURAL
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO RURALmarcelo otenio
 
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014marcelo otenio
 
Qualidade de água em Industria de laticínio
Qualidade de água em Industria de laticínioQualidade de água em Industria de laticínio
Qualidade de água em Industria de laticíniomarcelo otenio
 
Apresentação núcleo goias
Apresentação núcleo goiasApresentação núcleo goias
Apresentação núcleo goiasmarcelo otenio
 
Gerenciamento de resíduos biológicos (resíduos de serviços de saúde)
Gerenciamento de resíduos biológicos (resíduos de serviços de saúde)Gerenciamento de resíduos biológicos (resíduos de serviços de saúde)
Gerenciamento de resíduos biológicos (resíduos de serviços de saúde)marcelo otenio
 
A Pesquisa Científica Brasileira
A Pesquisa Científica BrasileiraA Pesquisa Científica Brasileira
A Pesquisa Científica Brasileiramarcelo otenio
 
Dejetos Na Propriedade Rural
Dejetos Na Propriedade RuralDejetos Na Propriedade Rural
Dejetos Na Propriedade Ruralmarcelo otenio
 
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade ruralÁgua Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade ruralmarcelo otenio
 
Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509
Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509
Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509marcelo otenio
 

Mais de marcelo otenio (13)

Manejo de resíduos em sistemas de produção de leite: limpeza hidráulica dos ...
Manejo de resíduos em sistemas de produção de leite:  limpeza hidráulica dos ...Manejo de resíduos em sistemas de produção de leite:  limpeza hidráulica dos ...
Manejo de resíduos em sistemas de produção de leite: limpeza hidráulica dos ...
 
Manejo de Dejetos (Semana dae Integração Tecnológica)
Manejo de Dejetos (Semana dae Integração Tecnológica)Manejo de Dejetos (Semana dae Integração Tecnológica)
Manejo de Dejetos (Semana dae Integração Tecnológica)
 
Tratamento de resíduos da bovinocultura e uso como fertilizante
Tratamento de resíduos da bovinocultura e uso como fertilizanteTratamento de resíduos da bovinocultura e uso como fertilizante
Tratamento de resíduos da bovinocultura e uso como fertilizante
 
Biodigestores como oportunidade no manejo de dejetos_OTENIO 26_08_2016_UFV
Biodigestores como oportunidade no manejo de dejetos_OTENIO 26_08_2016_UFVBiodigestores como oportunidade no manejo de dejetos_OTENIO 26_08_2016_UFV
Biodigestores como oportunidade no manejo de dejetos_OTENIO 26_08_2016_UFV
 
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO RURAL
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO  RURALTECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO  RURAL
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO RURAL
 
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
Curso biodigestor OTENIO, M.H. 16 09 2014
 
Qualidade de água em Industria de laticínio
Qualidade de água em Industria de laticínioQualidade de água em Industria de laticínio
Qualidade de água em Industria de laticínio
 
Apresentação núcleo goias
Apresentação núcleo goiasApresentação núcleo goias
Apresentação núcleo goias
 
Gerenciamento de resíduos biológicos (resíduos de serviços de saúde)
Gerenciamento de resíduos biológicos (resíduos de serviços de saúde)Gerenciamento de resíduos biológicos (resíduos de serviços de saúde)
Gerenciamento de resíduos biológicos (resíduos de serviços de saúde)
 
A Pesquisa Científica Brasileira
A Pesquisa Científica BrasileiraA Pesquisa Científica Brasileira
A Pesquisa Científica Brasileira
 
Dejetos Na Propriedade Rural
Dejetos Na Propriedade RuralDejetos Na Propriedade Rural
Dejetos Na Propriedade Rural
 
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade ruralÁgua Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
 
Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509
Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509
Reunião Comitê Gestor de Projeto Monitores Ambientais 060509
 

Tratamento de Efleuntes de Laticínios_Palestra III Semana da Indústria UFJF

  • 1. Tratamento de Efluentes na Indústria de Laticínios
  • 2. Legislação Ambiental para o Estado de Minas Gerais EFLUENTE Segundo Machado et al. (2006) as atividades de laticínio caracterizam-se pelo alto consumo de água nas operações de processamento e limpeza, tendo elevada geração de efluentes (1,1 – 6,8 m3 efluente/m3 leite processado), sendo necessário a implementação de sistemas de tratamentos de efluentes e a identificação dos pontos críticos de geração dos despejos líquidos no processo produtivo.
  • 3. – A destinação adequada de efluentes e resíduos inicialmente foi marcada pela suplementação do solo com nutrientes; Ex: aumento matéria seca capim-tanzânia (Gheri et al 2003); – Na suplementação animal (Instrução Técnica Embrapa 44); – Vaca louca o Governo Brasileiro proibiu o uso da cama de aviário ou qualquer outra fonte de proteína de origem animal na alimentação de ruminantes colocando um fim ao procedimento (IN Nº 8/04).
  • 5. - Grandes volumes de efluente líquido; - Elevada carga orgânica.
  • 6. Oxigênio varia: – Microrganismos degradando matéria orgânica; – Re-aeração natural, repõem O2 na biodegradação de poluente.
  • 7. Em termos qualitativos os efluentes de laticínios variam de acordo com as condições operacionais das indústrias; Maior carga orgânica em empreendimentos (pequeno porte) em função da: - ineficiência da segregação do soro; Em plantas maiores (médio porte) - melhor segregação de soro, - efluentes com menor carga orgânica.
  • 8. - Os empreendimentos que produzem 300 mil litros de soro diários podem poluir com carga orgânica tanto quanto uma população de 150 mil pessoas. - Aliado a estes problemas existe um grande consumo de água pelos laticínios o que gera uma necessidade de uma produção mais limpa para melhorar o balanço hídrico das plantas de maneira a recuperar/reutilizar os efluentes em todo o seu processo industrial.
  • 9. Em relação ao meio ambiente os cuidados com a correta destinação de efluentes e resíduos constituem uma preocupação cada vez maior, pois têm em sua constituição grandes quantidades de leite diluído a seus subprodutos, detergentes, lubrificantes, areia, águas de lavagem de equipamentos e esgotos domésticos.
  • 10. O que deve-se considerar: – Tamanho do empreendimento; – Área disponível; – Disponibilidade hídrica; http://www.zee.mg.gov.br
  • 11. As condições de lançamento de efluentes da indústria de alimentos a nível nacional devem atender as exigências da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA N° 357/2005, alterada pela Resolução CONAMA N° 430/2011, onde complementa 357/05, que dispões sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluente, e dá outras providencias. LEGISLAÇÃO NACIONAL
  • 12. No entanto cada estado pode legislar sobre o tema, devendo empreendedores e consultores fazer uma pesquisa sobre sua realidade e adotar o parâmetro mais restritivo quanto ao lançamento de efluente, para que não haja prejuízo para as empresas e ao meio ambiente.
  • 13. Os empreendimentos que exercem a atividade de laticínios devem inicialmente buscar a sua regularização ambiental por meio dos atos autorizativos descritos pela legislação mineira, especialmente pelas espécies descritas pelo Decreto Estadual 44.844/2008, em seus artigos 4º e 5º, onde: LEGISLAÇÃO VIGENTE EM MINAS GERAIS
  • 14. Art. 4º - A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como dos que possam causar degradação ambiental, na forma estabelecida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), nos termos do caput do Art. 3º, dependerão de prévio Licenciamento Ambiental ou da Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF). 44.844/08
  • 15. AAF Procedimento administrativo simplificado; Ocorre em uma única etapa; Sem análise técnica ambiental; Termo de Responsabilidade assinado pelo empreendedor + Responsável Técnico – ART + Declaração da prefeitura + Anuência de Unidade de Conservação ; Ato do próprio Superintendente das Supram’s; SEM condicionantes; Validade: 4 anos. Licença Ambiental Procedimento administrativo vinculado à apresentação de vários documentos – EIA/RIMA, RCA, PCA; Ocorre em 3 etapas: LP + LI + LO Análise técnica do processo; Pareceres das SUPRAM’s subsidiam o COPAM na concessão ou indeferimento da licença; COM condicionantes e prazos estabelecidos; Monitoramento ambiental; Validade: até 8 anos. x
  • 16. Art. 5º - Os empreendimentos ou atividades considerados de impacto ambiental não significativo ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos à AAF, pelo órgão ambiental estadual competente, na forma e de acordo com os requisitos dispostos pelo COPAM, em Deliberação Normativa específica, sem prejuízo da obtenção de outras licenças ou autorizações cabíveis. 44.844/08
  • 17. Tal obrigação do empreendedor é reforçada pela legislação, quando a mesma impõe a aplicação de Autuação Administrativa pelo exercício irregular de atividade que exija a concessão de Licença Ambiental ou AAF, conforme o Anexo I do Decreto nº 44.844, de 25 de junho de 2008, em seus códigos 106 e 108, que determinam assim: 44.844/08
  • 19.
  • 20. Após uma avaliação dos impactos ambientais da atividade ocorre a classificação; Licença Ambiental; Autorização Ambiental de Funcionamento; Impacto irrelevante; Certidão de Dispensa de Licenciamento.
  • 21. 3 classes iniciais (I, II e III) foram desdobradas em 6 classes, segundo o porte do empreendimento e potencial poluidor/degradador: 1 2 63 4 5 Deliberação Normativa COPAM nº 74/04
  • 22.   Listagem A → Atividades Minerárias Listagem B → Atividades Industriais / Indústria Metalúrgica e Outras Listagem C → Atividades Industriais / Indústria Química Listagem D → Atividades Industriais / Indústria Alimentícia Listagem E → Atividades de Infraestrutura Listagem F → Serviços e Comércio Atacadista Listagem G → Atividades Agrossilvipastoris DN 74/2004 CLASSIFICA Listagem de atividades
  • 23.   Listagem A → Atividades Minerárias Listagem B → Atividades Industriais / Indústria Metalúrgica e Outras Listagem C → Atividades Industriais / Indústria Química Listagem D → Atividades Industriais / Indústria Alimentícia Listagem E → Atividades de Infraestrutura Listagem F → Serviços e Comércio Atacadista Listagem G → Atividades Agrossilvipastoris DN 74/2004 CLASSIFICA Listagem de atividades
  • 24. Em que pese a não verificação destes procedimentos em nível Estadual; - nada obsta que o município realize esta verificação, conforme o artigo 4º da referida norma. DN 74/04
  • 25. É importante destacar o termo capacidade instalada, porque este termo gera duvidas quanto ao preenchimento dos formulários de caracterização dos empreendimentos. Os consultores e empreendedores tendem a classificar seu laticínio com a quantidade de leite que se esta recebendo em determinado momento e esta pode variar com a época do ano e gerar penalidades aos mesmos.
  • 26. D-01-06-6 – Preparação do leite e fabricação de produtos de laticínios. Pot. Poluidor/Degradador: – Ar: M Água: M Solo: M Geral: M Porte: 500 < Capacidade Instalada < 15.000 ℓ de leite/dia: pequeno 15.000 ≤ Capacidade Instalada ≤ 80.000 ℓ de leite/dia: médio Capacidade Instalada > 80.000 ℓ de leite/dia: grande D-01 Indústria de Produtos Alimentares DN 74/04
  • 27. P M G P 1 1 3 M 2 3 5 G 4 5 6 Porte do empreendimento Potencial poluidor / Degradador geral da atividade Enquadramento dos empreendimentosEnquadramento dos empreendimentos DN 74/04
  • 28. A legislação indica uma sequência lógica que deverá ser obedecida, para que o empreendedor cumpra as disposições legais e não seja autuado, que é a obtenção: – Licença Prévia – LP; – Licença de Instalação – LI; – Licença de Operação – LO; artigo 9º do citado Decreto. 44.844/08
  • 29. Art. 14 - O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em operação, sem a licença ambiental pertinente deverá regulariza-se obtendo LI ou LO, em caráter corretivo, mediante a comprovação de viabilidade ambiental do empreendimento. §1º - O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em operação, sem a devida AAF deverá regularizar-se obtendo a respectiva AAF, em caráter corretivo. 44.844/08
  • 30. Mesmo requerendo a LIC ou LOC, estão passiveis de autuação, porém, será excluída a aplicação da penalidade decorrente da instalação ou operação irregulares, anteriores a publicação deste Decreto, pela denúncia espontânea, se o infrator, formalizar pedido de LI ou LO ou AAF, em caráter corretivo, antes do início de qualquer procedimento administrativo junto à Secretaria de Estado de Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais – SEMAD, às entidades vinculadas, fiscalização ou atividade, conforme o artigo 15 e parágrafo primeiro do Decreto 44844/2008
  • 31. Os empreendedores deverão procurar uma das unidades da SEMAD para inicio dos procedimentos de regularização ambiental, após a classificação das atividades do empreendimento.
  • 34. Desta forma, inicia-se o processo de adequação ambiental, sendo certo que todos os empreendimentos independente da classe que se encontre, deverão respeitar o padrões de qualidade de lançamento de efluentes descritos na legislação, evitando a degradação ambiental, especialmente a poluição dos recursos hídricos.
  • 35. No estado de Minas Gerais a Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG Nº 1, de 05/05/08, dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, assim, os empreendimentos de laticínios devem estar atentos às exigências desta norma, em especial ao que determina seu artigo 29 e parágrafo primeiro, segundo e terceiro. Legislação Efluente Mineira
  • 36. §1º - O efluente não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental competente. §2º - Os critérios de toxicidade previstos no §1º devem se basear em resultados de ensaios ecotoxicológicos padronizados, utilizando organismos aquáticos, e realizados no efluente Legislação Efluente Mineira
  • 37. §3º - Nos corpos de água em que as condições e padrões de qualidade previstos nesta Deliberação Normativa não incluam restrições de toxicidade a organismos aquáticos, não se aplicam os parágrafos anteriores. Legislação Efluente Mineira
  • 38. Ainda ressalta-se que a Legislação Nacional e Estadual prevêem a outorga de lançamento de efluentes em corpos de água superficiais desde o ano de 1997, com a Lei Nº 9.433, de janeiro de 1997, seguida pela Resolução CNRH Nº 16, de 08 de maio de 2001, e em Minas Gerais pela Lei Estadual Nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999 e o Decreto Estadual Nº 41.578, de março de 2001. Legislação Efluente Mineira
  • 39. • Deverão requerer outorga para o lançamento de efluentes de laticínios os empreendimentos localizados nos municípios localizados no interior da área de drenagem da subbacia do Ribeirão da Mata: Capim Branco, Confins, Esmeraldas, Lagoa Santa, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, São José da Lapa e Vespasiano. Municípios
  • 40. O ponto de maior importância no procedimento é a verificação das referências contidas no Artigo 2º, incisos de um a sete da mesma: I - o parâmetro Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); II - a disponibilidade hídrica para diluição, função da vazão de referência; III - a vazão de diluição, assim considerada como a quantidade de água necessária para a diluição da concentração de DBO; Legislação Efluente Mineira
  • 41. IV - a concentração de DBO no efluente; V - a concentração permitida de DBO no corpo de água onde é realizado o lançamento; VI - a concentração de DBO no corpo de água imediatamente a montante do lançamento e; VII - as metas progressivas de melhoria de qualidade, de acordo com o programa para efetivação do enquadramento.
  • 42. Em função da complexidade e exigência da legislação ambiental é necessário que se conheçam os padrões de lançamento de efluentes, uma vez que os estados possuem parâmetros diferentes. Grande parte dos empreendimentos apenas reagem aos problemas ambientais quando são fiscalizados, – Não se sentindo pressionados pelo mercado interno ou consumidores; – desconsiderando que as questões ambientais; são barreiras não tarifarias que podem impedir a realização de negócios. Considerações sobre legislação
  • 43. O fato de um empreendimento obter sua licença ambiental – Não significa que este esta isento do cumprimento; – Diversas exigências legais; – Gestores responsáveis pela manutenção das exigências; Legais e normativas. Os empreendimentos que adotam métodos de produção de acordo com a legislação ambiental tendem a otimizar melhor os recursos, insumos e tornam-se inovadores e consequentemente mais competitivos evitando ainda a penalização pela legislação vigente.
  • 44. A cadeia produtiva de leite e derivados passa por um processo de profissionalização e deve evitar que a legislação ambiental, uma variável indispensável na estruturação dos projetos seja tratada como empecilho ao sucesso, buscando meios para alcançar os objetivos e metas de crescimento e sustentabilidade.
  • 45.
  • 47. Presente em todos os processo industrial, independente de sua natureza: Geração Resíduos - Gerenciamento/Descarte adequado (Tratamento, inativação/inertização, reaproveitamento). - Caracterização e Classificação (ABNT-NBRs); Mercado de trabalho Processo Industrial
  • 48. A inserção do conceito de "usuário pagador" na captação de água e descarte de efluentes (Brasil, 1997/Política Nacional de recursos hídricos) levou técnicos e administradores de atividades produtivas a repensar o planejamento estratégico de alguns setores. As indústrias de alimentos são exemplos de atividades que sofrerão consequências econômicas com o conceito do usuário pagador, pois há um grande consumo de água para o processamento de seus produtos e limpeza de seus equipamentos. No contexto da industria de laticínios
  • 49. As usinas de laticínios encontram-se nesse grupo de indústrias, pois as operações de lavagens de silos, tubulações, tanques, pasteurizadores e equipamentos demandam grandes volumes de água, descartando consequentemente grandes volumes de efluentes. Em alguns casos, cada litro de leite processado pode gerar até onze litros de efluente enviados ao tratamento de final de tubo.
  • 50. Setor de leite e derivados é uma importante parte da indústria de alimentos Difundida por todo o país. Identificação da demanda: Que problema ambiental surge com os efluentes da indústria de laticínios? Efluentes têm altos teores de gorduras e matéria orgânica (açúcares, proteínas) além de sais/minerais.
  • 51. O setor de laticínios tem convivido com o consumo de água de limpeza, que representa mais de 80% da demanda de água nestas agroindústrias, sendo posteriormente tratada em sistema de tratamento de resíduos. Os sólidos solúveis e suspensos, tratados nestes sistemas, representam parte da matéria prima ou resíduos de sanitizantes. Considerando os diferentes estágios de geração de efluentes na indústria de laticínios, as etapas de limpeza também acrescentam às águas compostos tanto derivados do leite, quanto estranhos à sua composição
  • 52. Nas indústrias de laticínios, qualquer etapa do processamento gera grandes volumes de efluentes (“águas brancas”), devido ao processo de higienização. Esta água de processo, a qual contém frações diluídas de produtos lácteos, contribuem significativamente para as perdas não acidentais de leite ou de produtos lácteos e para a produção total do efluente
  • 53. Tabela: Caracterização alimentação, rejeito e permeado obtido no ensaio para concentração para FC=34. Fonte: BRIAO, Vandré Barbosa; TAVARES, Célia Regina Granhen. Ultrafiltração como processo de tratamento para o reúso de efluentes de laticínios. Eng. Sanit. Ambient.,  Rio de Janeiro,  v. 12,  n. 2, June  2007 .   Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522007000200004 Access on  22  Abr.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522007000200004.
  • 54.
  • 55. Características Típicas dos Resíduos de Laticínios Etapa de processo Kg DBO/m3 de leite processado Recepção do leite, lavagem de recipientes e limpeza das instalações 0,26 Resfriamento, armazenagem, lavagem de tanques e tubulações 0,19 Desnatamento, armaz. do leite desnatado e do creme, pasteurização do creme 0,66 Batedeira e lavagem da manteiga 0,46 Evaporação do leite desnatado, secagem em spray dryer 0,74 Secagem em secador rotativo 0,53 Pasteurização do leite, estocagem, engarrafamento e lavagem de garrafas 0,85 Queijaria 0,89 Condensação do soro envelhecido 0,75 (Condensado) 0,60 (Lavagem da fábrica) Condensado doce separado do leite condensado 1,4 Creme de leite evaporado +  enlatemento  0,75
  • 56. Características de despejos Brutos de Subcategorias de laticínios Subcatergoria Kg DBO/Ton Leite Processado M3 de Despejos/Ton Leite Processado Referência Variação Média Varianção Média Posto de recepção e refrigeração de leite 0,3-0,7 0,46 0,31 - 1,86 0,82 1 0,02-4,8 1 4,6 - 12,5 6,1 3 - 1,1 - 1,06 4 Leite pasteurizado e Manteiga - 1,09 - 0,83 4 - 0,43 - 1,47 4 - 0,87 - 0,8 2 Leite condensado 1-1,9 1,45 1,2 - 2,3 1,75 3 0,18-13,3 6,7 0,99 - 3,32 2,1 2 - 2,8 - 3,2 4 Leite em pó 0,6 - 12,3 8,9 3,32 2,8 3 0,02 - 4,6 2,2 1,5 - 5,9 3,7 2 - 4,1 - 5,4 4 Leite esterilizado e iogurte - 0,84 - 2,9 4 Leite pasteurizado e iogurte - 14,24 - 4,1 4 1 – Relat. EPA 440/1 – 74 – 021 – a- pg. 40 2 – Relat. EPA 12060 EGU 03/71- pg. 49 3 – Relat. EPA 12060 EGU 03/71- pg. 48 4 – Relat. p/ estabelecimento de fatores de emissão – Ind. De laticínios e deriv. – CETESB – Ago/79
  • 57. Características qualitativas médias de efluentes brutos e dados de matérias-primas para as subcategorias baseada em dados de campo, com pH variando de 2 a 12. Características qualiatativas médias dos efluentes brutos e dados de matéria prima da industria de laticínios, para subacatergorias – valores de campo Parâmetros (mg/L) Processos e Subcatergorias Posto de Recep. e refrig. Leite past. e manteiga Leite past. e iogurte Leite ester. e iogurte Leite condens . Leite pó DBO 1033 487 1319 3420 290 875 761 DQO 1397 873 1740 4430 2010 1365 1370 Resid. Não filtrável total 520 329 494 420 915 776 471 Resíduo Total - - 993 3300 - 1870 1406 Resíduo sedimentáv el - - 14 1 1,5 0,1 1,7 Nitrogênio Total - 26,5 43,2 86,2 56,7 25,5 11,3 Fósforo total 5,75 4,5 5,9 14,2 18,8 6,8 8,8 Óleos e Graxas 562 - 253 575 - 100 - Temperatura (ºC) - - 29 31 29 38 28 Vazão (m3/Tonela da leite produzido) 1,06 1,47 0,83 4,1 5,5 3,2 5,4 Leite processad o 18,5 29,4 48,4 226,2 59,7 80 63,4
  • 58. Os efluentes das indústrias de alimentos são caracterizados por altas concentrações de óleos e graxas, sulfatos, nitratos e fosfatos e consequentemente, apresentam elevada demanda química de oxigênio (DQO), apresentando baixa biodegradabilidade. Caracterização O efluente gerado na higienização compõe um licor rico em gorduras, carboidratos (lactose, principalmente) e proteínas (caseínas, principalmente) que passam a ser contaminantes se lançado diretamente em corpos receptores.
  • 59. Em indústrias de laticínios, são gerados três subprodutos: o soro, o leitelho e o leite ácido. O primeiro é o de maior importância, pelo volume produzido (cerca de 9 litros por kg de queijo produzido). É um subproduto de processamento de queijo, contém caseína e outros produtos de leite acidificado. Aproximadamente 75 a 85% do volume do leite destinado à fabricação de queijos são constituídos pelo soro. O potencial de poluição do soro de queijo é aproximadamente cem vezes maior do que o de um esgoto doméstico.
  • 60. Entende-se como poluente qualquer forma de matéria (substância/composto) emitida ao ambiente com intensidade e em quantidade (concentração) em desacordo com os níveis pré-estabelecidos, que tornem o ambiente: I) Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; II) Inconveniente ao bem estar público; III) Danosos aos materiais, à fauna e a flora; IV) Prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e das atividades normais da comunidade (valor recreativo). Poluição
  • 61. Poluente (Características): Vinculado ao processo empregado • Beneficiamento/produção → Matéria-prima • Geração de energia •Gasoso •Líquido •Sólido •Ar •Água •Solo Estado Físico Ambiente Tratamentoadequado Escolhametodologia
  • 62. Poluição Água As principais formas de poluição que afetam as nossas reservas de água (superficiais e subterrâneas) são: Reservas de água Poluição BiológicaSedimentar Térmica Despejo de substâncias
  • 63. Poluição por despejo de substâncias Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar nem de remover Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para serem sentidos Os poluentes mais comuns das águas são:  Fertilizantes agrícolas  Esgotos doméstico e industrial  Compostos orgânicos sintéticos (COS) (corantes)  Plásticos  Petróleo  Metais pesados
  • 64. Os poluentes inorgânicos, em especial nitrogênio e fósforo, são gerados em grande quantidade em processadoras de laticínios, uma vez que o leite possui cerca de 3% de proteínas e 1.000 mg.L-1 de fósforo. Embora essenciais como nutrientes para tratamentos biológicos, quando em excesso, ocasionam extrapolações do efluente gerado, o que pode vir a causar a eutrofização dos rios. O valor característico da DQO para efluente industrial de laticínio encontrado por é de aproximadamente de 2 g.L-1 . Poluentes dos laticínios
  • 65. Opções de tratamento 1 - Fossas Sépticas Unidades estanques de tratamento primário de esgotos, onde a velocidade e a permanência do líquido na fossa permitem a separação da fração sólida do líquido, proporcionando digestão limitada da matéria orgânica e acúmulo dos sólidos. 2 – Sumidouros Unidades que recebem a fração líquida proveniente das fossas sépticas e têm a função de permitir sua infiltração no solo e, para tanto, devem ser construídos em tijolo em crivo ou concreto perfurado.
  • 66. 3 - Tanques Imhoff São unidades compactas, possuindo em um mesmo tanque, as unidades de decantação e digestão do lodo, dispostas de tal maneira que um processo não interfira no outro. 4 - Filtros Biológicos O tratamento em filtros caracteriza-se pela alimentação e percolação contínua de esgotos através de um meio suporte comumente constituído de pedras ou pedregulhos. A passagem constante de esgotos nos interstícios promove o crescimento e a aderência de massa biológica na superfície do meio suporte, realizando desta forma a clarificação dos esgotos.
  • 67. 5 - Lagoas de Estabilização As lagoas de estabilização são grandes tanques escavados no solo, nos quais os esgotos fluem continuamente e são tratados por processos naturais. Bactérias e algas são os seres vivos que habitam as lagoas, coexistindo em um processo de simbiose e, desta forma, tratando os esgotos através da decomposição da matéria orgânica pelas bactérias. Conforme o processo biológico que nelas ocorre, as lagoas são classificadas em: a) Lagoas Anaeróbias Nelas ocorrem simultaneamente os processos de sedimentação e digestão anaeróbia, não havendo oxigênio dissolvido. No fundo permanece um depósito de lodo e na superfície formam-se bolhas de gás resultantes da fermentação do mesmo. Estas lagoas admitem cargas elevadas, reduzindo-as em cerca de 50%, sendo, portanto comumente utilizadas como lagoa primária de uma série de lagoas.
  • 68. b) Lagoas Aeróbias Projetadas de maneira a existir oxigênio dissolvido em toda massa líquida, ocorrendo apenas o processo aeróbio. Ocupam áreas maiores que outros tipos de lagoas, sendo por isso, pouco utilizadas. c) Lagoas Facultativas Operam em condições intermediárias entre as aeróbias e anaeróbias, coexistindo os processos encontrados em ambas. O princípio de funcionamento já foi descrito anteriormente.
  • 69. d) Lagoas de Maturação Sua finalidade principal é a remoção de organismos patogênicos, sólidos em suspensão e nutrientes. São utilizadas após o tratamento secundário dos esgotos, realizados em lagoas ou não, com o propósito de melhorar a qualidade do efluente. e) Lagoas Aeradas O oxigênio a ser utilizado no processo biológico é introduzido mecanicamente através de aeradores, com a finalidade de manter a concentração de oxigênio dissolvido em toda ou parte da massa líquida, garantindo as reações bioquímicas que caracterizam o processo.
  • 70. 6 - Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo São tanques de concreto ou outro material, aos quais os esgotos brutos têm acesso pelo fundo, distribuídos uniformemente de forma a atravessarem uma manta de lodo rica em bactérias anaeróbias, onde se processa a digestão, obtendo-se remoções de matéria orgânica de 50 a 70%. Os modernos reatores são dotados de separadores de fases, que possibilitam a permanência dos sólidos no reator e a coleta de gases na parte superior onde são geralmente queimados.
  • 71. 7 - Tratamento por Lodos Ativados: Processos de tratamento mais empregado ⇒ Processo aeróbio: microrganismos ⇒ degradação de substâncias orgânicas complexas ⇒ crescimento em suspensão na massa líquida com retenção de biomassa ⇒ efluente com elevada qualidade.
  • 72. Constituição da estação de tratamento de esgotos por lodos ativados : a) Decantador primário: sedimentação de sólidos orgânicos e inorgânicos. b) Tanque de aeração: introdução de oxigênio e mistura esgoto e lodo. c) Decantador secundário: sedimentação e retirada do lodo para recirculação ou digestão. d) Elevatória de recirculação de lodo: recalque do lodo para o tanque de aeração. e) Digestor de lodo: digestão do lodo excedente retirado do decantador secundário. f) Dispositivo para desidratação do lodo: mecanizada ou em leitos de secagem.
  • 73. Desvantagem p/ laticínios: ↑% de gorduras prejudicam sua eficiência, havendo a necessidade de um pré-tratamento p/ ↓ a carga lipídica. Perspectivas Estudos atuais apontam para o uso de enzimas (lipases) Vantagens do processo com lipases ⇒ Facilidade de assimilação das gorduras após hidrólise enzimática. Desvantagens: ↑ ↑ $ ⇒ necessidade de novos métodos de produção, como a fermentação em estado sólido a partir de rejeitos da agroindústria.
  • 74. Desempenho de sistemas de tratamento em laticínios: Redução da DBO na faixa de 97,5 a 99% para sistemas: Lodos ativados apenas; Lodos ativados e lagoas aeradas; Lagoas apenas; Filtros biológicos e Tanques sépticos.
  • 75. Problema de tratamento em laticínios: Soro de leite DBO varia entre 25.000 a 120.000 mg/L aprox. ½ dos sólidos do leite integral. Aproveitamento no processo ⇒ Transformação em produtos de valor agregado em vez de seu descarte. Composição com valor nutritivo: Proteínas solúveis, aminoácidos, lactose, vitaminas, sólidos de leite. Sua baixa carga de N2 dificulta o tratamento biológico; Portanto: Segregação, tratamento e disposição a parte.
  • 76.
  • 77. Efluentes de laticínios: vazão e análises laboratoriais
  • 78. Os efluentes líquidos ao serem despejados com os seus poluentes característicos causam a alteração de qualidade nos corpos receptores e consequentemente a sua poluição (degradação). A poluição hídrica pode ser definida como qualquer alteração física, química ou biológica da qualidade de um corpo hídrico, capaz de ultrapassar os padrões estabelecidos para a classe, conforme o seu uso preponderante. Considera-se a ação dos agentes: físicos materiais (sólidos em suspensão) ou formas de energia (calorífica e radiações); químicos (substâncias dissolvidas ou com potencial solubilização); biológicos (micro- organismos).
  • 79. A poluição origina-se devido a perdas de energia, produtos e matérias primas, ou seja, devido à ineficiência dos processos industriais. O ponto fundamental é compatibilizar a produção industrial com a conservação do meio ambiente que nos cerca. Somente a utilização de técnica de controle não é suficiente, mas é importante a busca incessante da eficiência industrial, sem a qual a indústria torna-se obsoleta e é fechada pelo próprio mercado. A eficiência industrial é o primeiro passo para a eficiência ambiental.
  • 80. Os sistemas de tratamento de efluentes são baseados na transformação dos poluentes dissolvidos e em suspensão em gases inertes e ou sólidos sedimentáveis para a posterior separação das fases sólida/líquida. Sendo assim se não houver a formação de gases inertes ou lodo estável, não podemos considerar que houve tratamento. A Lei de Lavoisier, sobre a conservação da matéria é perfeitamente aplicável, observando-se apenas que ao remover as substâncias ou materiais dissolvidos e em suspensão na água estes sejam transformados em materiais estáveis ambientalmente. A poluição não deve ser transferida de forma e lugar. É necessário conhecer o princípio de funcionamento de cada operação unitária utilizada bem como a ordem de associação dessas operações que definem os processos de tratamento.
  • 81. As características dos efluentes industriais são inerentes a composição das matérias primas, das águas de abastecimento e do processo industrial. A concentração dos poluentes nos efluentes é função das perdas no processo ou pelo consumo de água. CARACTERISTICA DOS POLUENTES
  • 82. A poluição térmica, devido às perdas de energia calorífica nos processos de resfriamento ou devido às reações exotérmicas no processo industrial, também é importante fonte de poluição dos corpos hídricos. Neste caso o parâmetro de controle é a temperatura do efluente. As características sensoriais dos efluentes notadamente o odor e a cor aparente são muito importantes, pois despertam as atenções inclusive dos leigos podendo ser objeto de atenção das autoridades. As características físico-químicas são definidas por parâmetros sanitários que quantificam os sólidos, a matéria orgânica e alguns de seus componentes orgânicos ou inorgânicos. Os compostos com pontos de ebulição superiores ao da água serão sempre caracterizados como componentes dos sólidos.
  • 83. Os sólidos são compostos por substâncias dissolvidas e em suspensão, de composição orgânica e ou inorgânica. Analiticamente são considerados como sólidos dissolvidos àquelas substâncias ou partículas com diâmetros inferiores a 1,2 μm e como sólidos em suspensão as que possuírem diâmetros superiores. SÓLIDOS Os sólidos em suspensão são subdivididos em sólidos coloidais e sedimentáveis/ flutuantes. Os sólidos coloidais são aqueles mantidos em suspensão devido ao pequeno diâmetro e pela ação da camada de solvatação que impede o crescimento dessas partículas. É importante ressaltar que partículas com diâmetro entre 0,001 e 1,2 μm são coloidais (suspensão), mas pela metodologia analítica padronizada são quantificadas como sólidos dissolvidos. Os sólidos sedimentáveis e os flutuantes são aqueles que se separam da fase líquida por diferença de densidade.
  • 84.
  • 85. A matéria orgânica A matéria orgânica está contida na fração de sólidos voláteis, mas normalmente é medida de forma indireta pelas demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e demanda química de oxigênio (DQO). A DBO mede a quantidade de oxigênio necessária para que os micro-organismos biodegradem a matéria orgânica. A DQO é a medida da quantidade de oxigênio necessária para oxidar quimicamente a matéria orgânica. A matéria orgânica ao ser biodegradada nos corpos receptores causa um decréscimo da concentração de oxigênio dissolvido (OD) no meio hídrico, deteriorando a qualidade ou inviabilizando a vida aquática.
  • 86. Outros componentes orgânicos tais como os detergentes, os fenóis e os óleos e graxas podem ser analisados diretamente. Os detergentes são industrialmente utilizados em limpezas de equipamentos, pisos, tubulações e no uso sanitário. Podem ser utilizados também como lubrificantes. Existem os detergentes catiônicos e os aniônicos, mas somente os últimos são controlados pela legislação. Os fenóis podem originar-se em composições desinfetantes, em resinas fenólicas e outras matérias primas. Os óleos e graxas estão comumente presentes nos efluentes tendo as mais diversas origens. É muito comum a origem nos restaurantes industriais. As oficinas mecânicas, casa de caldeiras, equipamentos que utilizem óleo hidráulico além de matérias primas com composição oleosa (gordura de origem vegetal, animal e óleos minerais).
  • 87. A matéria inorgânica O nitrogênio e o fósforo são elementos presentes nos esgotos sanitários e nos efluentes industriais e são essenciais às diversas formas de vida, causando problemas devido à proliferação de plantas aquáticas nos corpos receptores. Nos esgotos sanitários são provenientes dos próprios excrementos humanos, mas atualmente têm fontes importantes nos produtos de limpeza domésticos e ou industriais tais como detergentes e amaciantes de roupas (VON SPERLING, 1996, p. 31). Nos efluentes industriais podem ser originados em proteínas, aminoácidos, ácidos fosfóricos e seus derivados.
  • 88. Os metais são analisados de forma elementar. Os que apresentam toxicidade são os seguintes: alumínio; cobre; cromo; chumbo; estanho; níquel; mercúrio; vanádio; zinco. A toxicidade dos metais é função também de seus números de oxidação (cromo trivalente e hexavalente, etc). Outros metais tais como o sódio, cálcio, magnésio, e potássio são analisados principalmente em casos de reuso de águas ou em casos nos quais a salinidade do efluente influencie significativamente em processos de corrosão, incrustação e osmose.
  • 89. Agentes biológicos Os contaminantes biológicos são diversos agentes patogênicos ou não. As características bacteriológicas dos esgotos referem-se à presença de diversos micro-organismos tais como bactérias inclusive do grupo coliforme, vírus e vermes (VON SPERLING, 1996, p. 19). No caso das indústrias, as que operam com o abate de animais também são grandes emissoras de micro-organismos, bem como muitas produtoras de alimentos. Os micro-organismos presentes contaminam o solo, inclusive os lençóis subterrâneos e as águas superficiais, sendo responsáveis pelas doenças de veiculação hídrica.
  • 94. LEVANTAMENTO DE DADOS NAS INDÚSTRIAS Sendo os efluentes industriais as perdas de água e matérias primas ou produtos oriundos do processo deve-se em primeiro lugar verificar se estas perdas não podem ser evitadas ou reduzidas antes de se realizar o monitoramento. Para caracterizar a carga poluidora dos efluentes industriais é necessário o conhecimento prévio do processo industrial para a definição do programa de Amostragem. As informações importantes a serem obtidas são: Lista de matérias-primas, principalmente aquelas que de alguma forma possam ser transferidas para os efluentes; fluxograma do processo industrial indicando os pontos nos quais são gerados efluentes contínuos ou intermitentes; identificar os pontos de lançamento de efluentes; definir o sistema de medição de efluentes e instalá-lo.
  • 95. Os parâmetros escolhidos para a caracterização dos efluentes devem ser: representativos da carga poluidora; servirem para a definição do processo de tratamento; servirem para o dimensionamento da estação de tratamento; atenderem ao programa de monitoramento estabelecido para o atendimento à legislação ambiental.
  • 96. Amostragem de efluentes industriais Tipo de coleta Outra definição importante é sobre o tipo de amostra, ou seja, se a amostra é simples ou composta. A Amostra Simples representa o que está ocorrendo naquele momento. Se o manancial não varia muito, ela pode ser representativa. A Amostra Composta é formada por várias e pequenas alíquotas coletadas ao longo do tempo. À cada turno (8 horas, 24 horas), coletam-se alíquotas que formam as amostras compostas. A amostra composta pode ser obtida por: • alíquotas pré-estabelecidas ou volume pré-estabelecido. • alíquotas variáveis, que são aquelas nas quais o volume varia de acordo com, a vazão (neste caso são amostras de alíquotas proporcionais à vazão), é por isto que em medições de água e esgoto, tem que se ter um vertedor perto do ponto de coleta da amostra.
  • 97. Dispositivos de Medição de Vazão Existem dispositivos simples: para pequenas vazões, como por exemplo, cubagem. Anota-se o tempo que a água leva para encher um recipiente de volume conhecido. Como a vazão é o volume em função do tempo, é só dividir o volume do recipiente pelo tempo que se levou para enchê-lo. Se não se conhece o volume do recipiente, faz-se uma marca no recipiente, anota- se o tempo e depois vai-se aferir o volume em outro local. Existem locais de difícil acesso sendo praticamente impossível instalar um dispositivo para se medir a vazão, ou nos casos que os custos forem elevados para se instalar um vertedor só para se coletar uma amostra, pode-se adotar o seguinte procedimento: Em indústrias modernas há hidrômetros em cada seção para se controlar o consumo de cada seção da indústria ou etapa do processo. Aproveitam-se as medições parciais obtidas por estes hidrômetros em cada ramal ou seção para se chegar à vazão total.
  • 98. Vertedores: Para cada faixa de vazão deve-se adotar um tipo de vertedor, com o seu formato e equação específica.
  • 99.
  • 100. Fluxômetros - Para calhas de rios, utilizam-se fluxômetros para se obter a vazão. Traçadores Radioativos e Fluorimétricos - são utilizados nos casos de impossibilidade de instalação de medidores de vazão ou até mesmo para a elaboração do “as built” da rede coletora de efluentes. Os traçadores são utilizados também para se conhecer as zonas de dispersão de efluentes lançados em rios ou em emissários submarinos.
  • 101. Laticínios Os efluentes industriais dos laticínios são oriundos das diversas etapas de lavagens de pisos e equipamentos que arrastam resíduos de leite e seus derivados incluindo também produtos de limpeza. A qualidade dos efluentes varia em função dos produtos industrializados (resfriamento e ensacamento, fabricação de queijos, iogurtes, manteiga, requeijão, leite em pó, etc.), capacidade de produção, “layout” industrial, tecnologia utilizada para a higienização das instalações e qualidade do leite utilizado. A minimização da geração de efluentes pode ser conseguida desde que sejam utilizadas membranas filtrantes com reuso de água e incorporação do rejeito na produção industrial. O tratamento dos efluentes gerados pode ser conseguido através de diversos tipos de processos tais como; Preliminar (separação de gorduras, utilizando-se caixas de gordura);
  • 102. Primário: flotação com o auxílio da coagulação química para a remoção de gorduras. Secundário (lodos ativados, biodigestor, ou lagoas). É fundamental o aproveitamento do soro do leite, que não deve ser descartado para o efluente. Os efluentes brutos apresentam uma rápida alteração do pH devido à fermentação láctica, o que deve ser considerado em relação aos materiais empregados na execução do sistema de tratamento. Os efluentes tratados apresentam concentrações inferiores a 10 mg O2/ L em relação a DQO. Isto demonstra a excelente biodegradabilidade dos efluentes pois na indústria de laticínios pode-se obter DQO superiores a 7.000 mg O2/ L no efluente bruto.
  • 103.
  • 104. MINIMIZAÇÃO DA GERAÇÃO DE EFLUENTE: REUSO
  • 105. Pressões decorrentes dos governos, da sociedade civil organizada e do próprio mercado, vem impulsionando as empresas a adotarem uma postura ambientalmente correta. A questão ambiental é, geralmente, tratada por pequenas e médias empresas, como um compromisso secundário e de custo elevado, motivado, muitas vezes, pela pressão dos órgãos de controle.
  • 106. A implantação de programas ambientais pode auxiliar as empresas a diminuírem seus custos. Tanto as grandes empresas como as pequenas e médias estão se adequando a esse novo cenário, marcado por uma rígida legislação ambiental.
  • 107. FINALIDADES DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS ÁGUA PARA CALDEIRAS ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO
  • 108. FINALIDADES DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO
  • 109. FINALIDADES DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO
  • 110. FINALIDADES DA ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO
  • 111. CONSUMO DE ÁGUA NA INDÚSTRIA DE LATICÍNIO A indústria de laticínios caracteriza-se por consumir grande quantidade de água para operações de processamento e limpeza, tendo por outro lado, a geração de vazões elevadas de efluentes (1,1 a 6,8 m3 . m-3 leite processado) contendo nutrientes, poluentes orgânicos e agentes infectantes. Zona da Mata – laticínio de pequeno porte Consumo de água: 3,2 litros de água para cada litro de leite processado; A indústria de laticínios estaudada: capacidade de recepção de 8000 L.dia-1, atualmente, recebe, em média, 4000 L.dia-1, Produtos: queijo mussarela, requeijão em barra, requeijão em pote, iogurte, manteiga e ricota.
  • 112. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO E REUSO DA ÁGUA
  • 113. PLANO DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA) *** importante ferramenta na promoção do uso racional da água na indústria. Um PCRA é composto por um conjunto de ações específicas de racionalização do uso da água na unidade industrial, que devem ser detalhadas a partir da realização de uma análise de demanda e oferta de água, em função dos usuários e atividades consumidoras, com base na viabilidade técnica e econômica de implantação das mesmas.
  • 114. PLANO DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA) Implantar um PCRA significa avaliar de forma sistêmica o uso da água, ou seja, otimizar o consumo de água, com a consequente redução do volume de efluentes gerados, e utilizar as fontes alternativas de água disponíveis, considerando os diferentes níveis de qualidade necessários, de acordo com um sistema de gestão apropriado. Contribui para a preservação dos recursos hídricos, favorecendo o "Desenvolvimento Sustentável" Contribui para a preservação dos recursos hídricos, favorecendo o "Desenvolvimento Sustentável"
  • 115. PLANO DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA) Benefícios Esperados Economia gerada pela redução do consumo de água; Economia gerada pela redução dos efluentes gerados; Consequente economia de outros insumos como: energia e produtos químicos; Aumento da disponibilidade de água (proporcionando aumento da produção sem incremento de custos de captação e tratamento);
  • 116. PLANO DE CONSERVAÇÃO E REUSO DE ÁGUA (PCRA) Benefícios Esperados • Agregação de valor aos produtos; • Minimização dos impactos da cobrança pelo uso da água; • Complementação às ações de responsabilidade social da empresa. • Redução de custos operacionais e de manutenção dos sistemas hidráulicos e de equipamentos;
  • 117. 1- Avaliação Técnica Preliminar Etapa 1 Principais Atividades • Análise documental • Levantamento de Campo Produtos • Plano de Setorização do Consumo de Avaliação Técnica Preliminar Água Levantamento de todos os dados e informações que envolvam o uso da água na indústria Plano de Setorização do Consumo consiste em um sistema de medição e monitoração setorizada do consumo de água, objetivando o controle de consumo. Plano de Setorização do Consumo consiste em um sistema de medição e monitoração setorizada do consumo de água, objetivando o controle de consumo. Etapas de Implantação de um Programa de Conservação e Reuso de Água
  • 118. Etapas de Implantação de um Programa de Conservação e Reuso de Água Etapa 2 Principais Atividades Produtos Avaliação da Demanda de água • Análise de Perdas Físicas • Análise de Desperdício • Identificação dos diferentes níveis de qualidade de água • Macro e micro fluxos de água • Plano de adequação de equipamentos hidráulicos • Plano de adequação de processos • Plano de otimização dos sistemas hidráulicos * Nesta etapa é feita a identificação das diversas demandas para avaliação do consumo de água atual e das intervenções necessárias para eliminação e/ou redução de perdas, racionalização do consumo e minimização de efluentes.
  • 119. Macro-fluxo da água em uma indústria de laticínios: Fonte: Manual de Conservação e Reuso de Água Para a Indústria
  • 120. Distribuição do consumo de água (m3/dia) em uma indústria de laticínios Fonte: Manual de Conservação e Reuso de Água Para a Indústria Com base na análise dos processos que utilizam a água, são então relacionadas as adequações necessárias, com seus respectivos custos operacionais e investimentos
  • 121. Esta fase do Programa tem por objetivo a avaliação dos componentes hidráulicos existentes de acordo com os usos específicos de cada ponto de consumo. Indústria de laticínios: a automatização da operação, adequação do sistema de dosagem de produtos químicos e isolamento apropriado das tubulações das torres de resfriamento, reduziram o consumo de água deste setor em 15%. Adequação de Equipamentos e Componentes
  • 122. Etapas de Implantação de um Programa de Conservação e Reuso de Água Etapa 3 Principais Atividades Produtos Avaliação da Oferta de Água • Concessionárias • Captação Direta • Águas pluviais • Reuso de efluentes • Águas subterrâneas • Plano de aplicação de fontes alternativas de água * Para o abastecimento de água, um dos requisitos importantes na escolha de alternativas, devem ser considerados os seguintes custos: de captação, adução e distribuição, de operação e manutenção, da garantia da qualidade e da eventuais descontinuidades do abastecimento. Para o abastecimento de água, um dos requisitos importantes na escolha de alternativas, devem ser considerados os seguintes custos: de captação, adução e distribuição, de operação e manutenção, da garantia da qualidade e da eventuais descontinuidades do abastecimento. O resultado é a análise quantitativa e qualitativa das possibilidades de oferta de água
  • 123. Etapas de Implantação de um Programa de Conservação e Reuso de Água Etapa 4 Principais Atividades Produtos Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica • Montagem da matriz de soluções • Análise técnica e econômica • Cenário ótimo Deverá fornecer os subsídios necessários para a consolidação do PCRA e o planejamento das ações de implantação do mesmo, com ênfase nos maiores consumidores, bem como para a imediata geração de economias, com baixos investimentos e períodos de atrativos de retorno. Deverá fornecer os subsídios necessários para a consolidação do PCRA e o planejamento das ações de implantação do mesmo, com ênfase nos maiores consumidores, bem como para a imediata geração de economias, com baixos investimentos e períodos de atrativos de retorno.
  • 124. Etapas de Implantação de um Programa de Conservação e Reuso de Água Etapa 5 Principais Atividades Produtos Detalhamento Técnico • Especificações técnicas; • Detalhes técnicos • Projeto executivo Esta etapa consiste no Detalhamento e Implantação de PCRA Em função das metas de redução estabelecidas e da disponibilidade de investimento, são detalhadas as ações tecnológicas a serem implementadas. Muitas vezes a implementação das ações é realizada gradativamente de forma que as economias geradas por cada ação previamente planejada e consolidada, gere economias que viabilizem a ação seguinte prevista no programa Em função das metas de redução estabelecidas e da disponibilidade de investimento, são detalhadas as ações tecnológicas a serem implementadas. Muitas vezes a implementação das ações é realizada gradativamente de forma que as economias geradas por cada ação previamente planejada e consolidada, gere economias que viabilizem a ação seguinte prevista no programa
  • 125. Após o detalhamento das ações, é dado início à implantação do PCRA onde devem ser considerados os seguintes aspectos: -Implantar as ações imediatas: correção de perdas físicas detectadas e implantação do Plano de Setorização do Consumo. Estas ações já trarão impactos ao consumo de água da indústria; -Realizar permanentemente ações de conscientização do uso da água que poderão ser realizadas imediatamente ao estabelecimento de uma PGA; -Realizar de forma gradativa as ações detalhadas e constantes do PCRA, de acordo com a disponibilidade de investimentos e as prioridades de metas; - Acompanhar implementação das ações de maneira a garantir total concordância com o projeto executivo.
  • 126. Etapas de Implantação de um Programa de Conservação e Reuso de Água Etapa 6 Principais Atividades Produtos Sistema de Gestão • Plano de monitoramento de consumo de água • Plano de capacitação dos gestores e usuários • Rotinas de manutenção • Procedimentos específicos • Sistema de gestão da água Após a implementação das ações de base tecnológica, deve ser implantado o Sistema de Gestão da Água para monitoramento e manutenabilidade dos indicadores de economia obtidos. Após a implementação das ações de base tecnológica, deve ser implantado o Sistema de Gestão da Água para monitoramento e manutenabilidade dos indicadores de economia obtidos.
  • 127. • A elaboração e implementação de PCRAs na indústria pode resultar em benefícios significativos em termos econômicos, ambientais e de imagem da empresa. • A elaboração e implementação de PCRAs na indústria pode resultar em benefícios significativos em termos econômicos, ambientais e de imagem da empresa. • Uma vez implantado o PCRA, deve ser estabelecido um comitê coordenador para acompanhar e fazer as adaptações necessárias. • Uma vez implantado o PCRA, deve ser estabelecido um comitê coordenador para acompanhar e fazer as adaptações necessárias. • Relatórios de gestão deverão ser emitidos periodicamente, estabelecendo uma comparação com o estado geral (inclusive econômico) da indústria antes da implantação do plano e durante a sua evolução. • Relatórios de gestão deverão ser emitidos periodicamente, estabelecendo uma comparação com o estado geral (inclusive econômico) da indústria antes da implantação do plano e durante a sua evolução. • O sucesso de programas de conservação e reúso de água depende da participação de equipes devidamente capacitadas. Para a obtenção dos melhores resultados, é recomendada a contratação de profissionais ou empresas habilitadas para desenvolvimento e implementação de PCRAs. • O sucesso de programas de conservação e reúso de água depende da participação de equipes devidamente capacitadas. Para a obtenção dos melhores resultados, é recomendada a contratação de profissionais ou empresas habilitadas para desenvolvimento e implementação de PCRAs. Considerações
  • 128. Controle de Resíduos Ambientais e Reuso
  • 132. Reuso de Efluentes Tratados
  • 133. Reuso de Efluentes Tratados Conformidade para Reuso Classe 4 Reuso nos pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros cultivos através de escoamento superficial ou por sistema de irrigação pontual. ·  coliforme fecal – inferior a 5.000 NMP/100ml; ·  oxigênio dissolvido acima de 2,0 mg/l; As aplicações devem ser interrompidas pelo menos 10 dias antes da colheita.
  • 134. Reuso de Efluentes Tratados   DBO (60mg ou redução de 85%) DQO (90mg ou redução de 90%)   Entrada (mg/L) Saída (mg/L) % Abatimento DBO Entrada (mg/L) Saída (mg/L) % Abatimento DQO Janeiro 2000 105 94,8 3225 190 94,1 Fevereiro 483 75 84,5 914 190 79,2 Março 735 58 92,2 1915 136 92,9 Abril 585 45 92,3 1104 110 90,1
  • 135. Reuso de Efluentes Tratados
  • 136. Reuso de Efluentes Tratados
  • 137. Fluidos de Aquecimento e Resfriamento
  • 138. Utilização de Sistemas de Membranas
  • 139. Utilização de Sistemas de Membranas
  • 140. Utilização de Sistemas de Membranas
  • 141. Agradecimentos Colaboradores em conteúdo: Carlos de Oliveira Teixeira Alison Borges de Souza Aquileine Mainomy B. de Carvalho Carolina Martins Kamiyama Isaura M. S. de Azevedo Mônica C. S. Pereira
  • 142. Obrigado Marcelo Henrique Otenio Gestão Ambiental, Recursos Hídricos, Resíduos, Efluentes e Biogás e-mail: marcelo.otenio@embrapa.br Tel. (32) 3311 7514