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LICENCIAMENTO
AMBIENTAL EM MINAS
GERAIS
Profª. Jane Bruna de Almeida
Licenciamento Ambiental
 Licenciamento Ambiental é o procedimento
administrativo que deve ser percorrido pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, que deseja
localizar, instalar, operar ou ampliar seu
empreendimento, mas cujas atividades possam causar
degradação ambiental ou cujos recursos ambientais
utilizados sejam considerados efetiva ou potencialmente
poluidores.
Licenciamento Ambiental
 Concluídas todas as etapas do Licenciamento
Ambiental, que serão destrinchadas a seguir, o
empreendimento receberá sua Licença Ambiental
(ou Autorização Ambiental de Funcionamento,
dependendo do porte e potencial poluidor), que
estabelecerá a condições, restrições e medidas de
controle ambiental a serem obedecidas pelo
empreendedor.
 Caso o empreendimento opere ou se instale sem essa
Licença, sofrerá penalidades, como multas, proibição
de funcionamento, suspensão de suas atividades,
entre outras.
Licenciamento Ambiental
 As atividades que já estão em operação e não possuem
a licença ambiental devem buscar o órgão competente
para se regularizar.
 Em Minas Gerais, as empresas já implantadas e/ou em
operação que buscarem se regularizar de forma
voluntária poderão ser isentas da penalidade de
funcionar sem licença ambiental, desde que já não
tenham sido autuadas.
 Quem é competente para conceder a
Licença Ambiental ou Autorização
Ambiental de Funcionamento????
 A competência para concessão da Licença ou
Autorização de Funcionamento poderá ser de
órgão federal, estadual ou mesmo municipal,
dependendo da localização do
empreendimento e do tipo de atividade a
ser desenvolvida.
Localização do COPAM
Quem é obrigado ao
Licenciamento?
 Todas as atividades potencialmente poluidoras
devem sujeitar-se ao licenciamento ambiental.
É dever do Poder Público e da coletividade
preservar e defender o meio ambiente para as
presentes e futuras gerações.
 Listagem DN-74/04.
Como consultar o Anexo Único
da Deliberação?
 Após identificar a sua atividade na “Listagem de
Atividades”, é preciso identificar o potencial
poluidor/degradador e o porte do
empreendimento.
 Primeiramente, deve-se consultar a classificação
“Geral” do Potencial Poluidor/Degradador¹. Este
poderá ser considerado P, M ou G.
 Verificada essa variável, deve-se consultar, na
mesma listagem, qual o porte do
empreendimento, que também poderá ser P, M ou
G.
Anexo da DN 74
 Em Minas Gerais os empreendimentos são
classificados em classes, de acordo com o porte e
potencial poluidor.
 Classe 1: Pequeno porte e pequeno ou médio potencial
poluidor
 Classe 2: Médio porte e pequeno potencial poluidor
 Classe 3: Pequeno porte e grande potencial poluidor ou
médio porte e médio potencial poluidor
 Classe 4: Grande porte e pequeno potencial poluidor
 Classe 5: Grande porte e médio potencial poluidor ou
médio porte e grande potencial poluidor
 Classe 6: Grande porte e grande potencial poluidor
Exemplo
 Meu empreendimento é uma lavra subterrânea, sem
tratamento, de pegmatitos e gemas. A minha
produção bruta é de 13.000m³ por ano.
 “A-01-01-5 Lavra subterrânea sem tratamento ou com
tratamento a seco (pegmatitos e gemas)
 Pot. Poluidor/Degradador: Ar: M Água: M Solo: G
Geral: M
 Porte: Produção Bruta -<1.200m³/ano: Pequeno
 1.200<Produção Bruta<- 12.000m³/ano: Médio
 Produção Bruta.> 12.000m³/ano: Grande”
 De acordo com essas informações, conclui-se
que o potencial poluidor/degradador do
empreendimento é M (Geral:M) e o seu porte
é G(Produção Bruta > 12.000m³/ano:Grande).
 Conjugando meus dados concluo que a
minha atividade é classe 5.
Anexo da DN 74/04
Classe dos empreendimentos
 Os empreendimentos de classes 1 e 2 são
dispensados do Licenciamento Ambiental,
no entanto devem obter a Autorização
Ambiental de Funcionamento.
 Os empreendimentos de classe 3, 4, 5 e 6
devem obter o Licenciamento Ambiental.
Não identifiquei a atividade na “Listagem de
Atividades”, o que devo fazer?
 Teoricamente as atividades não-previstas na
listagem não são passíveis de licenciamento
no nível estadual e poderão ser licenciadas
apenas pelo município.
 Salvo se o licenciamento for de competência
do nível federal.
 Empreendimentos do setor industrial ou de
serviços que se enquadrarem apenas em
códigos genéricos.
FCEI (Fomulário Integrado de
Caracterização Do Empreendimento)
 http://www.semad.mg.gov.br/regularizacao-
ambiental/formularios
Autorização Ambiental para as
Classes 1 e 2
 Deve proceder ao requerimento da Autorização
Ambiental de Funcionamento (AAF) para que inicie suas
atividades;
 Preenchido o FCEI (Formulário Integrado de
Caracterização do Empreendimento), que fornece
informações e características do empreendimento;
 É gerado o FOBI (Formulário de Orientações Básicas),
que deverá conter a indicação de todos os documentos
necessários ao início do processo de análise para a
concessão da AAF, que são, basicamente:
Documentos básicos para AAF
 Requerimento da Licença Ambiental
 Autorização de Funcionamento
 Declaração da Prefeitura de que empreendimento
está de acordo com as normas do município
 Anotação de Responsabilidade Técnica
 Termo de Responsabilidade
 Certidão Negativa
 Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos,
Autorização para Exploração Florestal (APEF) e/ ou
Autorização para Intervenção em Área de
Preservação Permanente (APP), quando for o caso.
Documentos básicos para AAF
 O prazo de atendimento às exigências do FOBI é
de 30 dias;
 O órgão ambiental responsável pela concessão
da AAF terá o prazo de três meses para exame e
decisão do ato, contados a partir da formalização
do processo;
 Não existe vistoria técnica;
 Não há, neste procedimento, exigência de
elaboração e entrega de PCA/RCA ou mesmo
EIA/RIMA, como no caso do Licenciamento
Ambiental para as classes 3 a 6.
Licenciamento Ambiental para
as Classes 3 a 6
 I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar
do planejamento do empreendimento ou atividade
aprovando sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos
básicos e condicionantes a serem atendidos nas
próximas fases de sua implementação.
 II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação
do empreendimento ou atividade de acordo com as
especificações constantes dos planos, programas e
projetos aprovados, incluindo as medidas de
controle ambiental e demais condicionantes, da qual
constituem motivo determinante.
Licenciamento Ambiental para
as Classes 3 a 6
 III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação
da atividade ou empreendimento, após a verificação
do efetivo cumprimento do que consta das licenças
anteriores, com as medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a operação.
 (Artigo 8º da Resolução CONAMA n° 237)
Licenciamento Ambiental para
as Classes 3 a 6
 Os empreendimentos enquadrados nas
Classes 3 e 4 podem solicitar,
concomitantemente, a Licença Prévia e a
Licença de Instalação.
Documentos solicitados pelo órgão
ambiental
 • Requerimento da licença ambiental, conforme modelo fornecido
pelo órgão ambiental competente.
 • Declaração da Prefeitura atestando que o local e o tipo de
empreendimento/ atividade estão em conformidade com a legislação
aplicável ao uso e ocupação do solo.
 • Declaração do corpo de bombeiros comprovando a adequação do
empreendimento quanto ao combate a incêndios.
 • Documento comprobatório da condição do responsável legal pelo
empreendimento.
 • RCA – Relatório de Controle Ambiental.
 • PCA – Plano de Controle Ambiental.
 • Comprovante do pagamento de indenização dos custos
administrativos de análise da Licença Ambiental.
 • Outorga do uso da água, quando a água utilizada pelo
empreendimento não for fornecida pela concessionária local.
 • Certidão negativa (resolução 001/92).
RCA/PCA
 Relatório de Controle Ambiental (RCA): exigido em caso
de dispensa do EIA/RIMA. É por meio do RCA que o
empreendedor identifica as não conformidades efetivas ou
potenciais decorrentes da instalação e da operação do
empreendimento para o qual está sendo requerida a licença.
 • Plano de Controle Ambiental (PCA): documento por meio
do qual o empreendedor apresenta os planos e projetos
capazes de prevenir e/ou controlar os impactos ambientais
decorrentes da instalação e da operação do empreendimento
para o qual está sendo requerida a licença, bem como para
corrigir as não conformidades identificadas. O PCA é sempre
necessário, independente da exigência ou não de EIA/RIMA,
sendo solicitado durante a LI.
Documentos solicitados pelo órgão
ambiental
 O FOBI terá validade de 120 dias, sendo este o prazo
que o empreendedor possui para apresentar os
documentos solicitados pelo órgão ambiental (de
acordo com o Artigo 7º, inciso I, da Resolução SEMAD
412/05 ).
 Apresentados os documentos solicitados no FOBI,o
órgão ambiental possui o prazo de seis meses para
conceder as Licenças (artigo 13 do Decreto Estadual
44.309/06).
Documentos solicitados pelo órgão
ambiental
 Após a formalização do processo de licenciamento, o mesmo
é encaminhado a Diretoria Técnica para as análises, vistorias
e elaboração de um parecer técnico.
 Após análise de toda documentação e elaboração do parecer
pela Diretoria Técnica, o processo é enviado à Acessória
Jurídica para análise e parecer e encaminhamento ao
fórum de decisão.
 Após parecer da Assessoria Jurídica da FEAM, o processo é
considerado formalmente concluído e é enviado as
Câmaras Especializadas do COPAM para análise e
julgamento da Licença Requerida ou pela Presidência e
Diretorias da FEAM de acordo com a classe do
empreendimento registrado no FOB.
Documentos solicitados pelo órgão
ambiental
 As Câmaras Técnicas do COPAM, em reuniões programadas,
avaliam, julgam e decidem sobre os processos de licenciamento.
Após decisão das câmaras o processo de licenciamento é
encaminhado ao Presidente da FEAM, para assinatura do
certificado ou da notificação do indeferimento e posterior
comunicação ao interessado.
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  • 2. Licenciamento Ambiental  Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo que deve ser percorrido pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, que deseja localizar, instalar, operar ou ampliar seu empreendimento, mas cujas atividades possam causar degradação ambiental ou cujos recursos ambientais utilizados sejam considerados efetiva ou potencialmente poluidores.
  • 3. Licenciamento Ambiental  Concluídas todas as etapas do Licenciamento Ambiental, que serão destrinchadas a seguir, o empreendimento receberá sua Licença Ambiental (ou Autorização Ambiental de Funcionamento, dependendo do porte e potencial poluidor), que estabelecerá a condições, restrições e medidas de controle ambiental a serem obedecidas pelo empreendedor.  Caso o empreendimento opere ou se instale sem essa Licença, sofrerá penalidades, como multas, proibição de funcionamento, suspensão de suas atividades, entre outras.
  • 4. Licenciamento Ambiental  As atividades que já estão em operação e não possuem a licença ambiental devem buscar o órgão competente para se regularizar.  Em Minas Gerais, as empresas já implantadas e/ou em operação que buscarem se regularizar de forma voluntária poderão ser isentas da penalidade de funcionar sem licença ambiental, desde que já não tenham sido autuadas.
  • 5.  Quem é competente para conceder a Licença Ambiental ou Autorização Ambiental de Funcionamento????
  • 6.  A competência para concessão da Licença ou Autorização de Funcionamento poderá ser de órgão federal, estadual ou mesmo municipal, dependendo da localização do empreendimento e do tipo de atividade a ser desenvolvida.
  • 8. Quem é obrigado ao Licenciamento?  Todas as atividades potencialmente poluidoras devem sujeitar-se ao licenciamento ambiental. É dever do Poder Público e da coletividade preservar e defender o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.  Listagem DN-74/04.
  • 9. Como consultar o Anexo Único da Deliberação?  Após identificar a sua atividade na “Listagem de Atividades”, é preciso identificar o potencial poluidor/degradador e o porte do empreendimento.  Primeiramente, deve-se consultar a classificação “Geral” do Potencial Poluidor/Degradador¹. Este poderá ser considerado P, M ou G.  Verificada essa variável, deve-se consultar, na mesma listagem, qual o porte do empreendimento, que também poderá ser P, M ou G.
  • 10. Anexo da DN 74  Em Minas Gerais os empreendimentos são classificados em classes, de acordo com o porte e potencial poluidor.  Classe 1: Pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor  Classe 2: Médio porte e pequeno potencial poluidor  Classe 3: Pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte e médio potencial poluidor  Classe 4: Grande porte e pequeno potencial poluidor  Classe 5: Grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande potencial poluidor  Classe 6: Grande porte e grande potencial poluidor
  • 11. Exemplo  Meu empreendimento é uma lavra subterrânea, sem tratamento, de pegmatitos e gemas. A minha produção bruta é de 13.000m³ por ano.  “A-01-01-5 Lavra subterrânea sem tratamento ou com tratamento a seco (pegmatitos e gemas)  Pot. Poluidor/Degradador: Ar: M Água: M Solo: G Geral: M  Porte: Produção Bruta -<1.200m³/ano: Pequeno  1.200<Produção Bruta<- 12.000m³/ano: Médio  Produção Bruta.> 12.000m³/ano: Grande”
  • 12.  De acordo com essas informações, conclui-se que o potencial poluidor/degradador do empreendimento é M (Geral:M) e o seu porte é G(Produção Bruta > 12.000m³/ano:Grande).  Conjugando meus dados concluo que a minha atividade é classe 5.
  • 13. Anexo da DN 74/04
  • 14. Classe dos empreendimentos  Os empreendimentos de classes 1 e 2 são dispensados do Licenciamento Ambiental, no entanto devem obter a Autorização Ambiental de Funcionamento.  Os empreendimentos de classe 3, 4, 5 e 6 devem obter o Licenciamento Ambiental.
  • 15. Não identifiquei a atividade na “Listagem de Atividades”, o que devo fazer?  Teoricamente as atividades não-previstas na listagem não são passíveis de licenciamento no nível estadual e poderão ser licenciadas apenas pelo município.  Salvo se o licenciamento for de competência do nível federal.  Empreendimentos do setor industrial ou de serviços que se enquadrarem apenas em códigos genéricos.
  • 16. FCEI (Fomulário Integrado de Caracterização Do Empreendimento)  http://www.semad.mg.gov.br/regularizacao- ambiental/formularios
  • 17. Autorização Ambiental para as Classes 1 e 2  Deve proceder ao requerimento da Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) para que inicie suas atividades;  Preenchido o FCEI (Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento), que fornece informações e características do empreendimento;  É gerado o FOBI (Formulário de Orientações Básicas), que deverá conter a indicação de todos os documentos necessários ao início do processo de análise para a concessão da AAF, que são, basicamente:
  • 18. Documentos básicos para AAF  Requerimento da Licença Ambiental  Autorização de Funcionamento  Declaração da Prefeitura de que empreendimento está de acordo com as normas do município  Anotação de Responsabilidade Técnica  Termo de Responsabilidade  Certidão Negativa  Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos, Autorização para Exploração Florestal (APEF) e/ ou Autorização para Intervenção em Área de Preservação Permanente (APP), quando for o caso.
  • 19. Documentos básicos para AAF  O prazo de atendimento às exigências do FOBI é de 30 dias;  O órgão ambiental responsável pela concessão da AAF terá o prazo de três meses para exame e decisão do ato, contados a partir da formalização do processo;  Não existe vistoria técnica;  Não há, neste procedimento, exigência de elaboração e entrega de PCA/RCA ou mesmo EIA/RIMA, como no caso do Licenciamento Ambiental para as classes 3 a 6.
  • 20.
  • 21. Licenciamento Ambiental para as Classes 3 a 6  I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.  II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante.
  • 22. Licenciamento Ambiental para as Classes 3 a 6  III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.  (Artigo 8º da Resolução CONAMA n° 237)
  • 23. Licenciamento Ambiental para as Classes 3 a 6  Os empreendimentos enquadrados nas Classes 3 e 4 podem solicitar, concomitantemente, a Licença Prévia e a Licença de Instalação.
  • 24. Documentos solicitados pelo órgão ambiental  • Requerimento da licença ambiental, conforme modelo fornecido pelo órgão ambiental competente.  • Declaração da Prefeitura atestando que o local e o tipo de empreendimento/ atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo.  • Declaração do corpo de bombeiros comprovando a adequação do empreendimento quanto ao combate a incêndios.  • Documento comprobatório da condição do responsável legal pelo empreendimento.  • RCA – Relatório de Controle Ambiental.  • PCA – Plano de Controle Ambiental.  • Comprovante do pagamento de indenização dos custos administrativos de análise da Licença Ambiental.  • Outorga do uso da água, quando a água utilizada pelo empreendimento não for fornecida pela concessionária local.  • Certidão negativa (resolução 001/92).
  • 25. RCA/PCA  Relatório de Controle Ambiental (RCA): exigido em caso de dispensa do EIA/RIMA. É por meio do RCA que o empreendedor identifica as não conformidades efetivas ou potenciais decorrentes da instalação e da operação do empreendimento para o qual está sendo requerida a licença.  • Plano de Controle Ambiental (PCA): documento por meio do qual o empreendedor apresenta os planos e projetos capazes de prevenir e/ou controlar os impactos ambientais decorrentes da instalação e da operação do empreendimento para o qual está sendo requerida a licença, bem como para corrigir as não conformidades identificadas. O PCA é sempre necessário, independente da exigência ou não de EIA/RIMA, sendo solicitado durante a LI.
  • 26. Documentos solicitados pelo órgão ambiental  O FOBI terá validade de 120 dias, sendo este o prazo que o empreendedor possui para apresentar os documentos solicitados pelo órgão ambiental (de acordo com o Artigo 7º, inciso I, da Resolução SEMAD 412/05 ).  Apresentados os documentos solicitados no FOBI,o órgão ambiental possui o prazo de seis meses para conceder as Licenças (artigo 13 do Decreto Estadual 44.309/06).
  • 27. Documentos solicitados pelo órgão ambiental  Após a formalização do processo de licenciamento, o mesmo é encaminhado a Diretoria Técnica para as análises, vistorias e elaboração de um parecer técnico.  Após análise de toda documentação e elaboração do parecer pela Diretoria Técnica, o processo é enviado à Acessória Jurídica para análise e parecer e encaminhamento ao fórum de decisão.  Após parecer da Assessoria Jurídica da FEAM, o processo é considerado formalmente concluído e é enviado as Câmaras Especializadas do COPAM para análise e julgamento da Licença Requerida ou pela Presidência e Diretorias da FEAM de acordo com a classe do empreendimento registrado no FOB.
  • 28. Documentos solicitados pelo órgão ambiental  As Câmaras Técnicas do COPAM, em reuniões programadas, avaliam, julgam e decidem sobre os processos de licenciamento. Após decisão das câmaras o processo de licenciamento é encaminhado ao Presidente da FEAM, para assinatura do certificado ou da notificação do indeferimento e posterior comunicação ao interessado.