SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
Metabolismo do Miocárdio

Prof. Mário – IBqM - UFRJ
O Metabolismo Cardíaco Requer
Grandes Quantidades de ATP !!!

Na+/K + ATPase

Miosina ATPase

Cálcio ATPase

Produz e Consome 3.5 a 5 Kg ATP
Diariamente !!!
Heart Math:
• The average heart beats about 75 times per minute, which is
about five liters of blood per minute. Although this isn't much,
it enables the heart to complete a tremendous amount of
work in a person's lifetime. The human heart beats about 40
million times a year, which adds up to more than 2.5 billion
times in a 70-year lifetime. This results in approximately 2 to
3 billion joules of work in a lifetime, which is a huge amount.
Metabolismo do Cardiomiócito

Anaeróbica

Utilização

Produção

ATP
Pool

Aeróbica
Reservas Energéticas em um Ser Humano
Típico de 70 Kg. (Fonte: L. Stryer)
Energia Disponível em Kcal

Órgão

Glicose
ou
Glicogênio

Triacilgliceróis

Proteínas
Mobilizáveis

Sangue
Fígado
Cérebro
Músculo
Tecido Adiposo

60
400
8
1200
80

45
450
0
450
135000

0
400
0
24000
40
Consumo de Oxigênio
• O coração é um orgão altamente OXIDATIVO !!!
• ALTA demanda de O2.

Estado do Coração

Consumo de O2 no Miocárdio
(ml O2/min per g)

Repouso

0,08

Exercício Pesado

0,80
Consumo de Oxigênio
Estado do Coração

Consumo de O2 no Miocárdio
(ml O2/min per g)

Repouso

0,08

Exercício Pesado

0,80

Orgão

Consumo de O2
(ml O2/min per g)

Cérebro

0,030

Rim

0,050

Pele

0,002

Músculo em Repouso

0,010

Músculo em Contração

0,500
PLASTICIDADE METABÓLICA
Substratos Usados como Combustível
pelo Coração

5%

35%

60%
1
Creatina Kinase (CK)
•Enzima presente em praticamente todos os tecidos.

•Mais expressa em tecidos de alta demanda energética.
gene

protein

CKB

creatine kinase, brain, BB-CK

CKBE

creatine kinase, ectopic expression

CKM

creatine kinase, muscle, MM-CK

CKMT1A, CKMT1B

creatine kinase mitochondrial 1;
ubiquitous mtCK; or umtCK

CKMT2

creatine kinase mitochondrial 2;
sarcomeric mtCK; or smtCK
Sistema Fosfocreatina/Creatina

CK
CK

ATP

Fosfocreatina

ADP

Creatina
Creatina Kinase como Marcador de Infarto do Miocárdio.

American Family Physician, v.: 72 (1), 2005.
2
Metabolismo de Carboidratos
• Mediado por insulina ou sob
demanda energetica, favorecido na
isquemica.
• Leva ao aumento da captacao de
glicose.
• Glicolise: G6F e NAD+ vao a piruvato
e 2 ATP por molecula de glicose
consumida.

• Piruvato e NADH podem ser
injetados na matriz mitocondrial
gerando CO2 and NAD+.
• A oxidacao completa da glicose ira
gerar 36 ATPs por molecula de
glicose respirada.
http://www.nature.com/nrc/journal/v4/n11/fig_tab/nrc1478_F1.html
Via Glicolítica: Fase Preparatória.
Via Glicolítica: Fase Pagamento.
PFK 1, PFK 2....
Citrato...
GLICOSE ----------- CITRATO ------- ÁCIDOS GRAXOS
Destinos do Piruvato
3
Lactato Desidrogenase: LDH
Isoformas de LDH
• O LDH é uma proteína tetramérica, onde suas subunidades são codificadas
por 2 genes, H e M.
• No total existem 5 isoformas:
•
•
•
•
•

LDH1 – H4 – Coração.
LDH2 – H3M – Sistema Reticulo Endotelial.
LDH3 – H2M2 – Pulmão.
LDH4 – HM3– Rim, Placenta, Pâncreas.
LDH5 – M4 - Músculo Esquelético e Fígado.

• Em um paciente normal os níveis da LDH2 estarão maiores que as demais.
Diferenças entre as Isoformas da LDH.
• Isoformas Cardíaca e Muscular = Diferentes Km e Vmax para
Piruvato e Lactato.
• LDH1 e LDH2 = Maior Afinidade por Lactato = ↑ Piruvato
• LDH4 e LDH5 = Maior afinidade por Piruvato = ↑ Lactato
Produção de Lactato
durante o Exercício Físico.
4
Produção Aeróbica de ATP.
Metabolismo de Ác. Graxos.: Entrando na Célula.

Ac. Graxos entram no Cardiomiócito via :
•

Difusão Passiva.

•

Transporte através do Sarcolema mediado por proteinas como a Fatty acid Translocase (FAT) ou plasma
membrane fatty acid binding protein (FABPpm).

•

Fatty acyl-CoA synthase (FACS) OU Acil-CoA graxo Sintase ativa Acidos Graxos nao esterificados convertendo-os
em Acil-CoA graxos.
W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
Metabolismo de Ác. Graxos.: Entrando na Mitocôndria.

Ac. Graxos de Cadeia Longa podem ser:
•

Esterificados a TGs (Glicerolfosfato aciltransferase )  População Intracelular de TGs (10-30 % ).

•

Ou convertidos a AcilCarnitina pela Carnitina Palmitoil Transferase I .

W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
Metabolismo de Ác. Graxos.: Entrando na Matriz
Mitocondrial.

Carnitine aciltranslocase (CAT) transporta Acilcarnitina ligado atraves da membrana interna e o troca por carnitina livre.
Carnitine palmitoilltransferase II (CPT-II) converte o AcilCoA a Acido Graxo livre ligado a CoA.

W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
Metabolismo de Ác. Graxos.: Controle Negativo por
Malonil-CoA.

•

CPT-I é inibida por Malonil CoA.

•

Duas isoformas da CPT-I:
•

Fígado e a CPT-Ia e no coração CPT-Ib.

•

A CPT-Ib e 30 vezes mais sensível a inibição por malonil-CoA.

W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
Metabolismo de Ác. Graxos: Controle Negativo por
AMPK.

• Malonil-CoA - modulator fisiológico chave da Oxidação de Ác. Graxos.
• Reação da Acetil CoA Carboxilase (ACC).
• ACC e o controle via fosforilação mediada pela AMPK .
W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
AMPK: Principal Sensor Energético.

α – Subunidade catalítica
β – Subunidade regulatória
γ – Subunidade regulatória
Alvos Regulatórios do Metabolismo da AMPK.
AMPK regula vias Catabólicas em detrimento
das Anabólicas.
Ajuste Não-Hormonal do Metabolismo de
Carboidratos e de Lipídios.
5
Corpos Cetônicos
Metabolismo de Corpos
Cetônicos.
• Durante o Jejum ou Diabetes mal controlada dos
extratos do coração e corpos cetônicos
oxidadas (b-hidroxibutirato e acetoacetato).
• Ação da insulina bloqueada ou diabetes. Os
corpos cetônicos se tornam um substrato
importante para o miocárdio.
• Os corpos cetônicos inibem a Piruvato
Desidrogenase (inibição da oxidação de
glucose) e oxidação de ácidos graxos.
Taxa e Limite de Uso para Cada um dos Sistemas de
Produção de ATP.
Características dos Mecanismos de Produção de ATP no Coração
Taxa de Produção
de ATP
(Moles/Sec)

AERÓBICO

Creatine Fosfato

4

8-10 sec.

Glicólise e
Oxidação de Ácido
Lático

ANAERÓBICO

Endurance
(Tempo)

2.5

1-3 min.

Oxidação Krebs

1

Ilimitado
Consumo de Combustíveis Durante a Contração
Muscular Intensa.
Fornecimento de energia
pelo substrato (%)

Fornecimento de Energia
pelos diferentes substratos
Fornecimento de energia
pelo substrato (%)

Fornecimento de Energia
pelos diferentes substratos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 1° fecundação, embriologia e anexos embrionários
Aula 1° fecundação, embriologia e anexos embrionáriosAula 1° fecundação, embriologia e anexos embrionários
Aula 1° fecundação, embriologia e anexos embrionários
MARCIAMP
 
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia HumanaFisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Herbert Santana
 
Bioquímica ii 04 ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 04   ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)Bioquímica ii 04   ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 04 ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Jucie Vasconcelos
 
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema EndócrinoFisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Herbert Santana
 
Gravidez e desenvolvimento embrionário
Gravidez e desenvolvimento embrionárioGravidez e desenvolvimento embrionário
Gravidez e desenvolvimento embrionário
Isabel Lopes
 

Mais procurados (20)

Aula sistema imunologico
Aula sistema imunologicoAula sistema imunologico
Aula sistema imunologico
 
Sarcopenia
SarcopeniaSarcopenia
Sarcopenia
 
Estudo dirigido
Estudo dirigidoEstudo dirigido
Estudo dirigido
 
Aula ciclo de krebs
Aula ciclo de krebsAula ciclo de krebs
Aula ciclo de krebs
 
Diabetes melitus tipo 1
Diabetes melitus tipo 1Diabetes melitus tipo 1
Diabetes melitus tipo 1
 
TECIDO MUSCULAR
TECIDO MUSCULARTECIDO MUSCULAR
TECIDO MUSCULAR
 
Aula 1° fecundação, embriologia e anexos embrionários
Aula 1° fecundação, embriologia e anexos embrionáriosAula 1° fecundação, embriologia e anexos embrionários
Aula 1° fecundação, embriologia e anexos embrionários
 
Luto Perinatal
Luto PerinatalLuto Perinatal
Luto Perinatal
 
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia HumanaFisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
 
Bioquímica ii 04 ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 04   ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)Bioquímica ii 04   ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
Bioquímica ii 04 ciclo de krebs - med resumos (arlindo netto)
 
Fisiologia diabetes mellitus
Fisiologia diabetes mellitusFisiologia diabetes mellitus
Fisiologia diabetes mellitus
 
Alterações do corpo da mulher durante a gestação
Alterações do corpo da mulher durante a gestaçãoAlterações do corpo da mulher durante a gestação
Alterações do corpo da mulher durante a gestação
 
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema EndócrinoFisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
 
Metabolismo energético
Metabolismo energéticoMetabolismo energético
Metabolismo energético
 
Bioenergetica
BioenergeticaBioenergetica
Bioenergetica
 
Doenças neurológicas
Doenças neurológicasDoenças neurológicas
Doenças neurológicas
 
Gravidez e desenvolvimento embrionário
Gravidez e desenvolvimento embrionárioGravidez e desenvolvimento embrionário
Gravidez e desenvolvimento embrionário
 
02 aula Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.
02 aula   Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.02 aula   Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.
02 aula Assistência de enfermagem ao recém-nascido normal.
 
Endócrino hormônios-interactive
Endócrino hormônios-interactiveEndócrino hormônios-interactive
Endócrino hormônios-interactive
 
Fisiologia humana
Fisiologia humana Fisiologia humana
Fisiologia humana
 

Destaque

Ne avaliação da qualidade protéica
Ne   avaliação da qualidade protéicaNe   avaliação da qualidade protéica
Ne avaliação da qualidade protéica
Eric Liberato
 
A Importância do Desporto na Saúde
A Importância do Desporto na SaúdeA Importância do Desporto na Saúde
A Importância do Desporto na Saúde
educacaoraquetes
 
Desporto E Saúde
Desporto E SaúdeDesporto E Saúde
Desporto E Saúde
guestd2ec91
 
Constituição do coração
Constituição do coraçãoConstituição do coração
Constituição do coração
Ana Raquel Abreu
 
Dilatação das câmaras cardíacas
Dilatação das câmaras cardíacasDilatação das câmaras cardíacas
Dilatação das câmaras cardíacas
dapab
 
Educacao para a Saúde Desporto 3
Educacao para a Saúde Desporto 3Educacao para a Saúde Desporto 3
Educacao para a Saúde Desporto 3
Helena Rocha
 
Aula teorica minicurso modelagem de proteinas por homologia
Aula teorica minicurso modelagem de proteinas por homologiaAula teorica minicurso modelagem de proteinas por homologia
Aula teorica minicurso modelagem de proteinas por homologia
Fabiano Reis
 

Destaque (20)

Metabolismo Cardiaco
Metabolismo CardiacoMetabolismo Cardiaco
Metabolismo Cardiaco
 
Ne avaliação da qualidade protéica
Ne   avaliação da qualidade protéicaNe   avaliação da qualidade protéica
Ne avaliação da qualidade protéica
 
A Importância do Desporto na Saúde
A Importância do Desporto na SaúdeA Importância do Desporto na Saúde
A Importância do Desporto na Saúde
 
Desporto E Saúde
Desporto E SaúdeDesporto E Saúde
Desporto E Saúde
 
Constituição do coração
Constituição do coraçãoConstituição do coração
Constituição do coração
 
Valor nutricional do feijao
Valor nutricional do feijaoValor nutricional do feijao
Valor nutricional do feijao
 
Dilatação das câmaras cardíacas
Dilatação das câmaras cardíacasDilatação das câmaras cardíacas
Dilatação das câmaras cardíacas
 
Bioquimica en el corazon
Bioquimica en el corazonBioquimica en el corazon
Bioquimica en el corazon
 
Desporto na saúde
Desporto na saúdeDesporto na saúde
Desporto na saúde
 
Educacao para a Saúde Desporto 3
Educacao para a Saúde Desporto 3Educacao para a Saúde Desporto 3
Educacao para a Saúde Desporto 3
 
Aula teorica minicurso modelagem de proteinas por homologia
Aula teorica minicurso modelagem de proteinas por homologiaAula teorica minicurso modelagem de proteinas por homologia
Aula teorica minicurso modelagem de proteinas por homologia
 
Aula 3 c. centesimal
Aula 3  c. centesimalAula 3  c. centesimal
Aula 3 c. centesimal
 
Musculo cardiaco
Musculo cardiaco Musculo cardiaco
Musculo cardiaco
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicas
 
Aminoácidos esenciales - Proteína patrón FAO
Aminoácidos esenciales -  Proteína patrón FAOAminoácidos esenciales -  Proteína patrón FAO
Aminoácidos esenciales - Proteína patrón FAO
 
Composio centecsimal
Composio centecsimalComposio centecsimal
Composio centecsimal
 
Aminoácidos
AminoácidosAminoácidos
Aminoácidos
 
Estudio bromatológico de las proteínas
Estudio bromatológico de las proteínasEstudio bromatológico de las proteínas
Estudio bromatológico de las proteínas
 
Introducao metabolismo
Introducao metabolismoIntroducao metabolismo
Introducao metabolismo
 
Metabolismo
MetabolismoMetabolismo
Metabolismo
 

Semelhante a 2 metabolismo do musculo cardiaco

Bioenergética respiração, fermentação e fotossíntese
Bioenergética   respiração, fermentação e fotossínteseBioenergética   respiração, fermentação e fotossíntese
Bioenergética respiração, fermentação e fotossíntese
Joel Leitão
 
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
Adriana Quevedo
 
RespiraçãO E FermentaçãO
RespiraçãO E FermentaçãORespiraçãO E FermentaçãO
RespiraçãO E FermentaçãO
profatatiana
 
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Metabolismo De Lipídios    VeterináriaMetabolismo De Lipídios    Veterinária
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Adriana Quevedo
 
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
MarcosAdriano90
 
Metabolismo energético
Metabolismo energéticoMetabolismo energético
Metabolismo energético
MARCIAMP
 
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagemMetabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
Adriana Quevedo
 
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa finalMetabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
Mi Castro
 
Mod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energiaMod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energia
Leonor Vaz Pereira
 

Semelhante a 2 metabolismo do musculo cardiaco (20)

Bioenergética respiração, fermentação e fotossíntese
Bioenergética   respiração, fermentação e fotossínteseBioenergética   respiração, fermentação e fotossíntese
Bioenergética respiração, fermentação e fotossíntese
 
Respiracao 240809
Respiracao 240809Respiracao 240809
Respiracao 240809
 
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
2ª e 3ª etapas da Respiração Celular
 
bioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantasbioenergética no metabolismo das plantas
bioenergética no metabolismo das plantas
 
Metabolismo de lipídeos fsp
Metabolismo de lipídeos fspMetabolismo de lipídeos fsp
Metabolismo de lipídeos fsp
 
Mitocondrias.pdf
Mitocondrias.pdfMitocondrias.pdf
Mitocondrias.pdf
 
1°Série Respiracao
1°Série Respiracao 1°Série Respiracao
1°Série Respiracao
 
RespiraçãO E FermentaçãO
RespiraçãO E FermentaçãORespiraçãO E FermentaçãO
RespiraçãO E FermentaçãO
 
Metabolismo De Lipídios Veterinária
Metabolismo De Lipídios    VeterináriaMetabolismo De Lipídios    Veterinária
Metabolismo De Lipídios Veterinária
 
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
06Nutri15mdpfmpkokdmtknejtignbndpofopgmdp
 
Respiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentaçãoRespiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentação
 
Metabolismo energético
Metabolismo energéticoMetabolismo energético
Metabolismo energético
 
Fisiologia do exercício 03
Fisiologia do exercício 03Fisiologia do exercício 03
Fisiologia do exercício 03
 
Lipídios - Geral
Lipídios - Geral Lipídios - Geral
Lipídios - Geral
 
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptAULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
 
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptAULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
 
Resumo bioquimica-2
Resumo bioquimica-2Resumo bioquimica-2
Resumo bioquimica-2
 
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagemMetabolismo de lipídeos para enfermagem
Metabolismo de lipídeos para enfermagem
 
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa finalMetabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
 
Mod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energiaMod.a3.3. processos de produção de energia
Mod.a3.3. processos de produção de energia
 

Mais de manetoufrj

3 Cardiomiopatia Diabetica
3 Cardiomiopatia Diabetica3 Cardiomiopatia Diabetica
3 Cardiomiopatia Diabetica
manetoufrj
 
4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e Hipóxia
4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e  Hipóxia4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e  Hipóxia
4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e Hipóxia
manetoufrj
 
7 colesterol e lipoproteinas plasmaticas
7 colesterol e lipoproteinas plasmaticas7 colesterol e lipoproteinas plasmaticas
7 colesterol e lipoproteinas plasmaticas
manetoufrj
 
6 o sistema de lipoproteinas plasmaticas e suas alteracoes
6 o sistema de lipoproteinas plasmaticas e suas alteracoes6 o sistema de lipoproteinas plasmaticas e suas alteracoes
6 o sistema de lipoproteinas plasmaticas e suas alteracoes
manetoufrj
 
5 hemostasia e bioquimica do sistema circulatorio
5 hemostasia e bioquimica do sistema circulatorio5 hemostasia e bioquimica do sistema circulatorio
5 hemostasia e bioquimica do sistema circulatorio
manetoufrj
 
4 bioquímica do sangue tecido vascular
4 bioquímica do sangue   tecido vascular4 bioquímica do sangue   tecido vascular
4 bioquímica do sangue tecido vascular
manetoufrj
 
1 estrutura e funcao das proteinas contrateis
1 estrutura e funcao das proteinas contrateis1 estrutura e funcao das proteinas contrateis
1 estrutura e funcao das proteinas contrateis
manetoufrj
 
8 aterosclerose e balanco redox
8 aterosclerose e balanco redox8 aterosclerose e balanco redox
8 aterosclerose e balanco redox
manetoufrj
 

Mais de manetoufrj (8)

3 Cardiomiopatia Diabetica
3 Cardiomiopatia Diabetica3 Cardiomiopatia Diabetica
3 Cardiomiopatia Diabetica
 
4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e Hipóxia
4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e  Hipóxia4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e  Hipóxia
4 Metabolísmo do Cardiomiócito Normoxia e Hipóxia
 
7 colesterol e lipoproteinas plasmaticas
7 colesterol e lipoproteinas plasmaticas7 colesterol e lipoproteinas plasmaticas
7 colesterol e lipoproteinas plasmaticas
 
6 o sistema de lipoproteinas plasmaticas e suas alteracoes
6 o sistema de lipoproteinas plasmaticas e suas alteracoes6 o sistema de lipoproteinas plasmaticas e suas alteracoes
6 o sistema de lipoproteinas plasmaticas e suas alteracoes
 
5 hemostasia e bioquimica do sistema circulatorio
5 hemostasia e bioquimica do sistema circulatorio5 hemostasia e bioquimica do sistema circulatorio
5 hemostasia e bioquimica do sistema circulatorio
 
4 bioquímica do sangue tecido vascular
4 bioquímica do sangue   tecido vascular4 bioquímica do sangue   tecido vascular
4 bioquímica do sangue tecido vascular
 
1 estrutura e funcao das proteinas contrateis
1 estrutura e funcao das proteinas contrateis1 estrutura e funcao das proteinas contrateis
1 estrutura e funcao das proteinas contrateis
 
8 aterosclerose e balanco redox
8 aterosclerose e balanco redox8 aterosclerose e balanco redox
8 aterosclerose e balanco redox
 

2 metabolismo do musculo cardiaco

  • 1. Metabolismo do Miocárdio Prof. Mário – IBqM - UFRJ
  • 2. O Metabolismo Cardíaco Requer Grandes Quantidades de ATP !!! Na+/K + ATPase Miosina ATPase Cálcio ATPase Produz e Consome 3.5 a 5 Kg ATP Diariamente !!!
  • 3. Heart Math: • The average heart beats about 75 times per minute, which is about five liters of blood per minute. Although this isn't much, it enables the heart to complete a tremendous amount of work in a person's lifetime. The human heart beats about 40 million times a year, which adds up to more than 2.5 billion times in a 70-year lifetime. This results in approximately 2 to 3 billion joules of work in a lifetime, which is a huge amount.
  • 5. Reservas Energéticas em um Ser Humano Típico de 70 Kg. (Fonte: L. Stryer) Energia Disponível em Kcal Órgão Glicose ou Glicogênio Triacilgliceróis Proteínas Mobilizáveis Sangue Fígado Cérebro Músculo Tecido Adiposo 60 400 8 1200 80 45 450 0 450 135000 0 400 0 24000 40
  • 6. Consumo de Oxigênio • O coração é um orgão altamente OXIDATIVO !!! • ALTA demanda de O2. Estado do Coração Consumo de O2 no Miocárdio (ml O2/min per g) Repouso 0,08 Exercício Pesado 0,80
  • 7. Consumo de Oxigênio Estado do Coração Consumo de O2 no Miocárdio (ml O2/min per g) Repouso 0,08 Exercício Pesado 0,80 Orgão Consumo de O2 (ml O2/min per g) Cérebro 0,030 Rim 0,050 Pele 0,002 Músculo em Repouso 0,010 Músculo em Contração 0,500
  • 9. Substratos Usados como Combustível pelo Coração 5% 35% 60%
  • 10. 1
  • 11. Creatina Kinase (CK) •Enzima presente em praticamente todos os tecidos. •Mais expressa em tecidos de alta demanda energética. gene protein CKB creatine kinase, brain, BB-CK CKBE creatine kinase, ectopic expression CKM creatine kinase, muscle, MM-CK CKMT1A, CKMT1B creatine kinase mitochondrial 1; ubiquitous mtCK; or umtCK CKMT2 creatine kinase mitochondrial 2; sarcomeric mtCK; or smtCK
  • 13. Creatina Kinase como Marcador de Infarto do Miocárdio. American Family Physician, v.: 72 (1), 2005.
  • 14. 2
  • 15. Metabolismo de Carboidratos • Mediado por insulina ou sob demanda energetica, favorecido na isquemica. • Leva ao aumento da captacao de glicose. • Glicolise: G6F e NAD+ vao a piruvato e 2 ATP por molecula de glicose consumida. • Piruvato e NADH podem ser injetados na matriz mitocondrial gerando CO2 and NAD+. • A oxidacao completa da glicose ira gerar 36 ATPs por molecula de glicose respirada. http://www.nature.com/nrc/journal/v4/n11/fig_tab/nrc1478_F1.html
  • 16. Via Glicolítica: Fase Preparatória.
  • 18. PFK 1, PFK 2....
  • 19.
  • 21. GLICOSE ----------- CITRATO ------- ÁCIDOS GRAXOS
  • 23. 3
  • 25. Isoformas de LDH • O LDH é uma proteína tetramérica, onde suas subunidades são codificadas por 2 genes, H e M. • No total existem 5 isoformas: • • • • • LDH1 – H4 – Coração. LDH2 – H3M – Sistema Reticulo Endotelial. LDH3 – H2M2 – Pulmão. LDH4 – HM3– Rim, Placenta, Pâncreas. LDH5 – M4 - Músculo Esquelético e Fígado. • Em um paciente normal os níveis da LDH2 estarão maiores que as demais.
  • 26. Diferenças entre as Isoformas da LDH. • Isoformas Cardíaca e Muscular = Diferentes Km e Vmax para Piruvato e Lactato. • LDH1 e LDH2 = Maior Afinidade por Lactato = ↑ Piruvato • LDH4 e LDH5 = Maior afinidade por Piruvato = ↑ Lactato
  • 27. Produção de Lactato durante o Exercício Físico.
  • 28. 4
  • 30. Metabolismo de Ác. Graxos.: Entrando na Célula. Ac. Graxos entram no Cardiomiócito via : • Difusão Passiva. • Transporte através do Sarcolema mediado por proteinas como a Fatty acid Translocase (FAT) ou plasma membrane fatty acid binding protein (FABPpm). • Fatty acyl-CoA synthase (FACS) OU Acil-CoA graxo Sintase ativa Acidos Graxos nao esterificados convertendo-os em Acil-CoA graxos. W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
  • 31. Metabolismo de Ác. Graxos.: Entrando na Mitocôndria. Ac. Graxos de Cadeia Longa podem ser: • Esterificados a TGs (Glicerolfosfato aciltransferase )  População Intracelular de TGs (10-30 % ). • Ou convertidos a AcilCarnitina pela Carnitina Palmitoil Transferase I . W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
  • 32. Metabolismo de Ác. Graxos.: Entrando na Matriz Mitocondrial. Carnitine aciltranslocase (CAT) transporta Acilcarnitina ligado atraves da membrana interna e o troca por carnitina livre. Carnitine palmitoilltransferase II (CPT-II) converte o AcilCoA a Acido Graxo livre ligado a CoA. W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
  • 33. Metabolismo de Ác. Graxos.: Controle Negativo por Malonil-CoA. • CPT-I é inibida por Malonil CoA. • Duas isoformas da CPT-I: • Fígado e a CPT-Ia e no coração CPT-Ib. • A CPT-Ib e 30 vezes mais sensível a inibição por malonil-CoA. W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
  • 34. Metabolismo de Ác. Graxos: Controle Negativo por AMPK. • Malonil-CoA - modulator fisiológico chave da Oxidação de Ác. Graxos. • Reação da Acetil CoA Carboxilase (ACC). • ACC e o controle via fosforilação mediada pela AMPK . W.C. Stanley et all. Physiol. Rev. 85, 2005
  • 35.
  • 36. AMPK: Principal Sensor Energético. α – Subunidade catalítica β – Subunidade regulatória γ – Subunidade regulatória
  • 37. Alvos Regulatórios do Metabolismo da AMPK.
  • 38. AMPK regula vias Catabólicas em detrimento das Anabólicas.
  • 39. Ajuste Não-Hormonal do Metabolismo de Carboidratos e de Lipídios.
  • 40. 5
  • 42. Metabolismo de Corpos Cetônicos. • Durante o Jejum ou Diabetes mal controlada dos extratos do coração e corpos cetônicos oxidadas (b-hidroxibutirato e acetoacetato). • Ação da insulina bloqueada ou diabetes. Os corpos cetônicos se tornam um substrato importante para o miocárdio. • Os corpos cetônicos inibem a Piruvato Desidrogenase (inibição da oxidação de glucose) e oxidação de ácidos graxos.
  • 43. Taxa e Limite de Uso para Cada um dos Sistemas de Produção de ATP. Características dos Mecanismos de Produção de ATP no Coração Taxa de Produção de ATP (Moles/Sec) AERÓBICO Creatine Fosfato 4 8-10 sec. Glicólise e Oxidação de Ácido Lático ANAERÓBICO Endurance (Tempo) 2.5 1-3 min. Oxidação Krebs 1 Ilimitado
  • 44. Consumo de Combustíveis Durante a Contração Muscular Intensa.
  • 45. Fornecimento de energia pelo substrato (%) Fornecimento de Energia pelos diferentes substratos
  • 46. Fornecimento de energia pelo substrato (%) Fornecimento de Energia pelos diferentes substratos