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BIOSSEGURANÇA
UNICHRISTUS - CURSO DE MEDICINA
MÓD.: CHA I - Prof. Erivan Façanha - Prof. Maizinha
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
BIOSSEGURANÇA
l  Consiste “no conjunto de ações voltadas
para a prevenção, minimização ou
eliminação de riscos inerentes às atividades
de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços que possam comprometer a saúde
do homem, dos animais, do meio ambiente
ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
HISTÓRICO
l  Nos últimos 150 anos, os avanços tecnológicos e a
dedicação de diversos pesquisadores possibilitaram o
crescimento do conhecimento com relação à transmissão,
progressão, prevenção e tratamento das doenças.
l  Ignaz Philipp Semmelweis, em 1846, verificou na clínica
obstétrica do Hospital de Viena que a febre puerperal era
responsável pela mortalidade de 10 a 30% das parturientes
e passou a sustentar que esta infecção era transmitida de
uma mulher para outra pelas mãos dos médicos e parteiras.
l  Trabalhou para convencer seus colegas de que a lavagem
das mãos com soluções cloradas antes do atendimento era
fundamental para prevenção da doença.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
HISTÓRICO
l  Joseph Lister, já em 1860, pesquisava uma maneira
de manter as incisões cirúrgicas livres de
contaminação, uma vez que as mortes por infecção
cirúrgica naquela época eram freqüentes.
l  Em 1864, o cirurgião Lister constatou que 45% dos
seus pacientes morreram desta forma.
l  Lister passou a embeber compressas cirúrgicas em
uma solução diluída de ácido carbólico (fenol), além de
borrifar a sala com esta substânica química.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
HISTÓRICO
l  Florence Nightingale, em 1863, reduziu a
incidência de infecção hospitalar com
medidas de higiene e limpeza.
l  Louis Pasteur, em 1864, derrubou a teoria da
geração espontânea e desenvolveu a técnica
de pasteurização.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
HISTÓRICO
l  Gustav Neuber, em 1865, preconizou o uso de avental
cirúrgico.
l  Robert Koch, em 1876, descreveu os postulados de
Koch, demostrando, pela primeira vez, que uma
doença infecciosa específica é causada por um
microrganismo específico.
l  Von Bergmann, em 1886, introduziu o processo de
esterilização pelo calor úmido, enquanto que Stewart
Halsted, o uso de luvas cirúrgicas.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
DOS LABORATÓRIOS
l  GRUPO DE RISCO 1:
Laboratório Básico 1
•  Rotinas de laboratório:
• Boa técnica
•  Equipamentos de
segurança: nenhum
•  Trabalho em mesa aberta
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
DOS LABORATÓRIOS
l  GRUPO DE RISCO 2:
Laboratório Básico 2
•  Rotinas de laboratório:
• Boa técnica
• Roupas de proteção
• Sinalização de riscos
•  Equipamentos de segurança:
• Trabalho em mesa aberta
mais câmara de segurança
biológica.
•  Ex.: Posto de Saúde, Hospitais
de ensino universitário
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
SINALIZAÇÕES
USE LUVAS USE ROUPA
PROTETORA
USE ÓCULOS USE MÁSCARA
CONTRA GASES
USE MÁSCARA
LAVE AS MÃOS
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SINALIZAÇÕES
PROIBIDO
COMER
PROIBIDO
BEBER
LIXEIRA COMUM LIXEIRA BIOLÓGICA RESÍDUOS
BIOLÓGICOS
PROIBIDO
PROVOCAR
CHAMAS
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
SINALIZAÇÕES
ATENÇÃO RISCO DE RADIAÇÃO
RISCO DE EXPOSIÇÃO
A PRODUTOS TÓXICOS RISCO DE CORROSÃO
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
DOS LABORATÓRIOS
l  GRUPO DE RISCO 3: Laboratório de
Contenção
•  Rotinas de laboratório:
•  Boa técnica
•  Roupas de proteção especiais
•  Sinalização de riscos
•  Controle de acesso
•  Fluxo de ar direcionado
•  Equipamentos de segurança:
•  Trabalho em mesa aberta mais câmara de
segurança biológica para todas as
atividades
•  Ex.: Laboratórios de diagnósticos especiais
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
DOS LABORATÓRIOS
l  GRUPO DE RISCO 4: laboratório de contenção máxima
•  Rotinas de laboratório:
•  Boa técnica
•  Roupas de proteção especiais
•  Sinalização de riscos
•  Controle de acesso
•  Fluxo de ar direcionado
•  Entrada hermeticamente fechada
•  Chuveiro na saída
•  Tratamento especial do lixo
•  Equipamentos de segurança:
•  Câmara de segurança biológica
•  Roupas com pressão positiva
•  Filtração do ar
•  Ex.: Unidades de germes patogênicos perigosos
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES
GERAIS EM LABORATÓRIOS
l  Usar calçados fechados de couro ou
similar.
l  Usar avental ou jaleco.
l  Usar luvas, óculos e máscaras de
segurança quando a técnica exigir.
l  Não abrir ou fechar portas quando
estiver usando luvas.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES
GERAIS EM LABORATÓRIOS
l  Não levar as mãos à boca ou aos
olhos.
l  Não aplicar lentes de contato nem
maquiagem dentro do laboratórios.
l  Não se alimentar dentro do laboratório.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES
GERAIS EM LABORATÓRIOS
l  Caso apresente ferimentos na mão,
antes de trabalhar, cobri-los e usar
luvas.
l  Não trabalhar com material patogênico
se ferimentos.
l  Fazer descarte de material em local
apropriado segundo os riscos.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
O QUE SIGNIFICA A
ESTERILIZAÇÃO ?
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
ESTERILIZAÇÃO
l  é o processo que promove completa
eliminação ou destruição de todas as
formas de microorganismos presentes:
vírus, bactérias, fungos, protozoários,
esporos, para um aceitável nível de
segurança.
l  O processo de esterilização pode ser
físico, químico, físico- químico.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
ESTERILIZAÇÃO - Métodos físicos
1.  Vapor úmido (AUTOCLAVES – 134o
C)
2.  Calor seco (estufas) - desuso
3.  Raios Gama/Cobalto (usado na indústria)
AUTOCLAVE ESTUFA
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ESTERILIZAÇÃO - Métodos químicos
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2.  Formaldeído (em desuso)
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como desinfectante)
GLUTARALDEÍDO
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
ESTERILIZAÇÃO - Métodos físico-
químicos
1.  Autoclave + Plasma de Gases de Peróxido de
Hidrogênio
2.  Autoclave + Vapor de Formaldeído.
3.  Esterilizadoras a Óxido de Etileno (ETO)
ÓXIDO DE ETILENO
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
O QUE SIGNIFICA A
DESINFECÇÃO ?
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
DESINFECÇÃO
l  É o processo de eliminação ou destruição de
microrganismos (patógenos ou não, com
exceção dos esporos) na forma vegetativa e
presentes nos artigos e objetos inanimados,
mediante a aplicação de agentes físicos ou
químicos (desinfetantes ou germicidas),
capazes de destruir num intervalo de tempo
operacional de 10 a 30 minutos
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
DESINFECÇÃO - classificação
1.  Desinfecção de baixo nível
•  Tempo de exposição < ou= a 10 minutos.
•  Composto mais utilizado é o quartenário de
amônia
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
DESINFECÇÃO - classificação
2.  Desinfecção de médio nível
•  Compostos mais utilizados são:
•  Hipoclorito de sódio
•  Pasteurização 75 graus C a 30
minutos
•  Álcool etílico e isopropílico
•  Iodóforos
•  Fenólicos
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
DESINFECÇÃO - classificação
3.  Desinfecção de alto nível
•  Tempo de exposição >ou= 20 minutos
•  Compostos mais utilizados são o
glutaraldeído e o ácido peracético
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
MICROORGANISMOS DA PELE
l  MICROBIOTA TRANSITÓRIA
• Flora contaminante
• Microrg. - isolados ocasionalmente na pele.
• Eliminados rapidamente pela lavagem e/ou
anti-sepsia. Ex: E.coli, Pseudomonas
aeruginosa, fungos e vírus.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
MICROORGANISMOS DA PELE
l  MICROBIOTA RESIDENTE
• Flora colonizante
• Microrg. - isolados persistentemente na pele.
• Mais difícil remoção. Ex:S.epidermidis,
Propionibacterium, Acinetobacter spp
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
LAVAGEM DAS MÃOS - histórico
l  1847 - Ignez Philipe Semmelweis, médico
húngaro
l  Observou número de óbito aumentado em
puérparas - infecções
l  Enfermarias no pós-parto:
• Estudantes de medicina x parteiras
l  Estabeleceu como medida obrigatória a lavagem
das mãos
l  1865 - Dr. Semmelweis morreu louco num asilo
desacreditado na comunidade científica
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
TIPOS DE PRODUTOS PARA MÃOS
l  SABÃO COMUM = não degermante
• barra, líquido, pó
• ação mecânica, remoção sujidade e m.o.
l  SABÃO DEGERMANTE =
antimicrobiano
• barra, líquido, pó
• destruir ou inibir reprodução de m.o.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
TIPOS DE SABÃO DEGERMANTE -
antimicrobiano
l  SOLUÇÕES COM DETERGENTES:
• Polivinilpirrolidona iodo (PVP-I) a 10%
• Clorexidina a 4% (com 4% de álcool etílico
a 70%)
l  SOLUÇÕES SEM DETERGENTES:
• Álcool iodado a 0,5% a 1%
• Álcool etílico a 70%, com ou sem glicerina
a 2%
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
l  HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS.
l  HIGIENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS.
l  FRICÇÃO DE ANTI-SÉPTICO NAS MÃOS.
l  ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-
OPERATÓRIO DAS MÃOS.
IMPORTANTE
Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas,
é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio),
pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
l  HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS
• Remoção do suor, oleosidade, células mortas,
sujidade e da flora transitória.
• Duração: 40 a 60 segundos.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
LAVAGEM COMUM DAS MÃOS
1.  Retirar jóias
2.  Abrir a torneira com a mão dominante
sem encostar na pia, quando não
houver pedal
3.  Molhar as mãos
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LAVAGEM COMUM DAS MÃOS
4.  Aplicar 3 a 5 mL de sabão líquido nas
mãos
5.  Ensaboar as mãos, formando espuma,
friccionando por 15 a 30 seg atingindo
todas as suas faces
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
LAVAGEM COMUM DAS MÃOS
6.  Enxaguar, deixando a água penetrar
nas unhas e espaços interdigitais.
Retirar todo o sabão.
7.  Secar as mãos com papel-toalha
descartável. Se a torneira for manual,
usar o mesmo papel-toalha para fechá-
la.
8.  Desprezar o papel-toalha na lixeira.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
HIGIENIZAÇÃO
ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS
• Remoção do suor, oleosidade, células mortas,
sujidade e destruição da flora transitória
Obs.: Não há redução da flora permanente.
• Duração: 40 a 60 segundos com auxílio de um
anti-séptico degermante.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
FRICÇÃO
ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS
• Remoção e destruição de microbiota transitória.
Não há remoção de sujidades.
• Duração: 20 a 30 segundos.
• Soluções: gel alcoólico a 70% ou álcool a 70%
com 1-3% de glicerina.
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ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU
PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS
MÃOS
• Remoção, destruição da microbiota transitória e
redução da flora permanente, além de
proporcionar efeito residual na pele.
• Duração: 3 a 5 minutos.
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
COMO LAVAR AS MÃOS PARA
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
1.  Abrir a torneira para molhar as mãos,
antebraços e cotovelos sem usar as
mãos
2.  Colocar solução anti-séptica
espalhando-a nas mãos e antebraços
3.  Escovar as unhas, dedos, mãos e
antebraços por 5 minutos , mantendo
as mãos em altura superior aos
cotovelos
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
LAVAGEM DAS MÃOS NO
PREPARO CIRÚRGICO
1
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Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
COMO LAVAR AS MÃOS NO
PREPARO CIRÚRGICO
4.  Enxaguar os dedos e mãos, deixando que a
água corra por último nos antebraços (que
deverão estar afastados do tronco para que
a água escorra para os cotovelos)
5.  Enxugar as mãos com compressas estéreis
dobradas em quatro partes, atentando para
utilizar as diferentes dobras da toalha/
compressa para regiões distintas.
6.  Aplicar soluções alcoólica do anti-séptico
utilizado, deixando secar antes de calçar as
luvas, especialmente se cirurgias longas
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
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O QUE SIGNIFICA A
ASSEPSIA?
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
ASSEPSIA
l  Conjunto de meios para impedir a
entrada de germes patogênicos no
organismo e prevenir infecções
l  Técnicas assépticas
Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
BIBLIOGRAFIA
l  HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança e controle de
infecções: risco sanitário hospitalar. RJ. Medsi, 2004.
l  HIRATA, Mário Hiroyuki; MANCINI FILHO, Jorge. Manual de
Biossegurança. SP. Manole, 2002.
l  CASTRO NETO, Mozar de; RIBEIRO, Júlia Maria Vieira Porto.
Controle de infecção hospitalar: guia prático. RJ. Revinter,
1999.
l  BOLICK, Dianna. Segurança e controle de infecção. RJ.
Reichmann & Afonso, 2000.
l  AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA).
Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília,
2007.
OBRIGADO
“... A importância do homem está em
que ele pode imaginar um mundo melhor
e querer transformar pelo menos uma
parte dele em realidade.”
Will Durant - A história da Filosofia, 1996
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  • 1. BIOSSEGURANÇA UNICHRISTUS - CURSO DE MEDICINA MÓD.: CHA I - Prof. Erivan Façanha - Prof. Maizinha
  • 2. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha BIOSSEGURANÇA l  Consiste “no conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”
  • 3. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha HISTÓRICO l  Nos últimos 150 anos, os avanços tecnológicos e a dedicação de diversos pesquisadores possibilitaram o crescimento do conhecimento com relação à transmissão, progressão, prevenção e tratamento das doenças. l  Ignaz Philipp Semmelweis, em 1846, verificou na clínica obstétrica do Hospital de Viena que a febre puerperal era responsável pela mortalidade de 10 a 30% das parturientes e passou a sustentar que esta infecção era transmitida de uma mulher para outra pelas mãos dos médicos e parteiras. l  Trabalhou para convencer seus colegas de que a lavagem das mãos com soluções cloradas antes do atendimento era fundamental para prevenção da doença.
  • 4. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha HISTÓRICO l  Joseph Lister, já em 1860, pesquisava uma maneira de manter as incisões cirúrgicas livres de contaminação, uma vez que as mortes por infecção cirúrgica naquela época eram freqüentes. l  Em 1864, o cirurgião Lister constatou que 45% dos seus pacientes morreram desta forma. l  Lister passou a embeber compressas cirúrgicas em uma solução diluída de ácido carbólico (fenol), além de borrifar a sala com esta substânica química.
  • 5. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha HISTÓRICO l  Florence Nightingale, em 1863, reduziu a incidência de infecção hospitalar com medidas de higiene e limpeza. l  Louis Pasteur, em 1864, derrubou a teoria da geração espontânea e desenvolveu a técnica de pasteurização.
  • 6. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha HISTÓRICO l  Gustav Neuber, em 1865, preconizou o uso de avental cirúrgico. l  Robert Koch, em 1876, descreveu os postulados de Koch, demostrando, pela primeira vez, que uma doença infecciosa específica é causada por um microrganismo específico. l  Von Bergmann, em 1886, introduziu o processo de esterilização pelo calor úmido, enquanto que Stewart Halsted, o uso de luvas cirúrgicas.
  • 7. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS l  GRUPO DE RISCO 1: Laboratório Básico 1 •  Rotinas de laboratório: • Boa técnica •  Equipamentos de segurança: nenhum •  Trabalho em mesa aberta
  • 8. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS l  GRUPO DE RISCO 2: Laboratório Básico 2 •  Rotinas de laboratório: • Boa técnica • Roupas de proteção • Sinalização de riscos •  Equipamentos de segurança: • Trabalho em mesa aberta mais câmara de segurança biológica. •  Ex.: Posto de Saúde, Hospitais de ensino universitário
  • 9. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha SINALIZAÇÕES USE LUVAS USE ROUPA PROTETORA USE ÓCULOS USE MÁSCARA CONTRA GASES USE MÁSCARA LAVE AS MÃOS
  • 10. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha SINALIZAÇÕES PROIBIDO COMER PROIBIDO BEBER LIXEIRA COMUM LIXEIRA BIOLÓGICA RESÍDUOS BIOLÓGICOS PROIBIDO PROVOCAR CHAMAS
  • 11. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha SINALIZAÇÕES ATENÇÃO RISCO DE RADIAÇÃO RISCO DE EXPOSIÇÃO A PRODUTOS TÓXICOS RISCO DE CORROSÃO
  • 12. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS l  GRUPO DE RISCO 3: Laboratório de Contenção •  Rotinas de laboratório: •  Boa técnica •  Roupas de proteção especiais •  Sinalização de riscos •  Controle de acesso •  Fluxo de ar direcionado •  Equipamentos de segurança: •  Trabalho em mesa aberta mais câmara de segurança biológica para todas as atividades •  Ex.: Laboratórios de diagnósticos especiais
  • 13. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA DOS LABORATÓRIOS l  GRUPO DE RISCO 4: laboratório de contenção máxima •  Rotinas de laboratório: •  Boa técnica •  Roupas de proteção especiais •  Sinalização de riscos •  Controle de acesso •  Fluxo de ar direcionado •  Entrada hermeticamente fechada •  Chuveiro na saída •  Tratamento especial do lixo •  Equipamentos de segurança: •  Câmara de segurança biológica •  Roupas com pressão positiva •  Filtração do ar •  Ex.: Unidades de germes patogênicos perigosos
  • 14. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ALGUMAS RECOMENDAÇÕES GERAIS EM LABORATÓRIOS l  Usar calçados fechados de couro ou similar. l  Usar avental ou jaleco. l  Usar luvas, óculos e máscaras de segurança quando a técnica exigir. l  Não abrir ou fechar portas quando estiver usando luvas.
  • 15. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ALGUMAS RECOMENDAÇÕES GERAIS EM LABORATÓRIOS l  Não levar as mãos à boca ou aos olhos. l  Não aplicar lentes de contato nem maquiagem dentro do laboratórios. l  Não se alimentar dentro do laboratório.
  • 16. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ALGUMAS RECOMENDAÇÕES GERAIS EM LABORATÓRIOS l  Caso apresente ferimentos na mão, antes de trabalhar, cobri-los e usar luvas. l  Não trabalhar com material patogênico se ferimentos. l  Fazer descarte de material em local apropriado segundo os riscos.
  • 17. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha O QUE SIGNIFICA A ESTERILIZAÇÃO ?
  • 18. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ESTERILIZAÇÃO l  é o processo que promove completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos presentes: vírus, bactérias, fungos, protozoários, esporos, para um aceitável nível de segurança. l  O processo de esterilização pode ser físico, químico, físico- químico.
  • 19. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ESTERILIZAÇÃO - Métodos físicos 1.  Vapor úmido (AUTOCLAVES – 134o C) 2.  Calor seco (estufas) - desuso 3.  Raios Gama/Cobalto (usado na indústria) AUTOCLAVE ESTUFA
  • 20. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ESTERILIZAÇÃO - Métodos químicos 1.  Glutaraldeído (em desuso) 2.  Formaldeído (em desuso) 3.  Ácido peracético (em desuso para esterilização. Usado como desinfectante) GLUTARALDEÍDO
  • 21. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ESTERILIZAÇÃO - Métodos físico- químicos 1.  Autoclave + Plasma de Gases de Peróxido de Hidrogênio 2.  Autoclave + Vapor de Formaldeído. 3.  Esterilizadoras a Óxido de Etileno (ETO) ÓXIDO DE ETILENO
  • 22. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha O QUE SIGNIFICA A DESINFECÇÃO ?
  • 23. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha DESINFECÇÃO l  É o processo de eliminação ou destruição de microrganismos (patógenos ou não, com exceção dos esporos) na forma vegetativa e presentes nos artigos e objetos inanimados, mediante a aplicação de agentes físicos ou químicos (desinfetantes ou germicidas), capazes de destruir num intervalo de tempo operacional de 10 a 30 minutos
  • 24. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha DESINFECÇÃO - classificação 1.  Desinfecção de baixo nível •  Tempo de exposição < ou= a 10 minutos. •  Composto mais utilizado é o quartenário de amônia
  • 25. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha DESINFECÇÃO - classificação 2.  Desinfecção de médio nível •  Compostos mais utilizados são: •  Hipoclorito de sódio •  Pasteurização 75 graus C a 30 minutos •  Álcool etílico e isopropílico •  Iodóforos •  Fenólicos
  • 26. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha DESINFECÇÃO - classificação 3.  Desinfecção de alto nível •  Tempo de exposição >ou= 20 minutos •  Compostos mais utilizados são o glutaraldeído e o ácido peracético
  • 27. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha MICROORGANISMOS DA PELE l  MICROBIOTA TRANSITÓRIA • Flora contaminante • Microrg. - isolados ocasionalmente na pele. • Eliminados rapidamente pela lavagem e/ou anti-sepsia. Ex: E.coli, Pseudomonas aeruginosa, fungos e vírus.
  • 28. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha MICROORGANISMOS DA PELE l  MICROBIOTA RESIDENTE • Flora colonizante • Microrg. - isolados persistentemente na pele. • Mais difícil remoção. Ex:S.epidermidis, Propionibacterium, Acinetobacter spp
  • 29. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha LAVAGEM DAS MÃOS - histórico l  1847 - Ignez Philipe Semmelweis, médico húngaro l  Observou número de óbito aumentado em puérparas - infecções l  Enfermarias no pós-parto: • Estudantes de medicina x parteiras l  Estabeleceu como medida obrigatória a lavagem das mãos l  1865 - Dr. Semmelweis morreu louco num asilo desacreditado na comunidade científica
  • 30. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha TIPOS DE PRODUTOS PARA MÃOS l  SABÃO COMUM = não degermante • barra, líquido, pó • ação mecânica, remoção sujidade e m.o. l  SABÃO DEGERMANTE = antimicrobiano • barra, líquido, pó • destruir ou inibir reprodução de m.o.
  • 31. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha TIPOS DE SABÃO DEGERMANTE - antimicrobiano l  SOLUÇÕES COM DETERGENTES: • Polivinilpirrolidona iodo (PVP-I) a 10% • Clorexidina a 4% (com 4% de álcool etílico a 70%) l  SOLUÇÕES SEM DETERGENTES: • Álcool iodado a 0,5% a 1% • Álcool etílico a 70%, com ou sem glicerina a 2%
  • 32. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS l  HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS. l  HIGIENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS. l  FRICÇÃO DE ANTI-SÉPTICO NAS MÃOS. l  ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ- OPERATÓRIO DAS MÃOS. IMPORTANTE Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos.
  • 33. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS l  HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS • Remoção do suor, oleosidade, células mortas, sujidade e da flora transitória. • Duração: 40 a 60 segundos.
  • 34. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha LAVAGEM COMUM DAS MÃOS 1.  Retirar jóias 2.  Abrir a torneira com a mão dominante sem encostar na pia, quando não houver pedal 3.  Molhar as mãos
  • 35. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha LAVAGEM COMUM DAS MÃOS 4.  Aplicar 3 a 5 mL de sabão líquido nas mãos 5.  Ensaboar as mãos, formando espuma, friccionando por 15 a 30 seg atingindo todas as suas faces
  • 36. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha LAVAGEM COMUM DAS MÃOS 6.  Enxaguar, deixando a água penetrar nas unhas e espaços interdigitais. Retirar todo o sabão. 7.  Secar as mãos com papel-toalha descartável. Se a torneira for manual, usar o mesmo papel-toalha para fechá- la. 8.  Desprezar o papel-toalha na lixeira.
  • 37. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha HIGIENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS • Remoção do suor, oleosidade, células mortas, sujidade e destruição da flora transitória Obs.: Não há redução da flora permanente. • Duração: 40 a 60 segundos com auxílio de um anti-séptico degermante.
  • 38. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha FRICÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS • Remoção e destruição de microbiota transitória. Não há remoção de sujidades. • Duração: 20 a 30 segundos. • Soluções: gel alcoólico a 70% ou álcool a 70% com 1-3% de glicerina.
  • 39. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS • Remoção, destruição da microbiota transitória e redução da flora permanente, além de proporcionar efeito residual na pele. • Duração: 3 a 5 minutos.
  • 40. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha COMO LAVAR AS MÃOS PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 1.  Abrir a torneira para molhar as mãos, antebraços e cotovelos sem usar as mãos 2.  Colocar solução anti-séptica espalhando-a nas mãos e antebraços 3.  Escovar as unhas, dedos, mãos e antebraços por 5 minutos , mantendo as mãos em altura superior aos cotovelos
  • 41. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha LAVAGEM DAS MÃOS NO PREPARO CIRÚRGICO 1 2 3 4 5 6
  • 42. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha COMO LAVAR AS MÃOS NO PREPARO CIRÚRGICO 4.  Enxaguar os dedos e mãos, deixando que a água corra por último nos antebraços (que deverão estar afastados do tronco para que a água escorra para os cotovelos) 5.  Enxugar as mãos com compressas estéreis dobradas em quatro partes, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/ compressa para regiões distintas. 6.  Aplicar soluções alcoólica do anti-séptico utilizado, deixando secar antes de calçar as luvas, especialmente se cirurgias longas
  • 43. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
  • 44. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha
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  • 47. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha O QUE SIGNIFICA A ASSEPSIA?
  • 48. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha ASSEPSIA l  Conjunto de meios para impedir a entrada de germes patogênicos no organismo e prevenir infecções l  Técnicas assépticas
  • 49. Biossegurança e Higienização das mãos – Prof. Erivan Façanha BIBLIOGRAFIA l  HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança e controle de infecções: risco sanitário hospitalar. RJ. Medsi, 2004. l  HIRATA, Mário Hiroyuki; MANCINI FILHO, Jorge. Manual de Biossegurança. SP. Manole, 2002. l  CASTRO NETO, Mozar de; RIBEIRO, Júlia Maria Vieira Porto. Controle de infecção hospitalar: guia prático. RJ. Revinter, 1999. l  BOLICK, Dianna. Segurança e controle de infecção. RJ. Reichmann & Afonso, 2000. l  AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília, 2007.
  • 50. OBRIGADO “... A importância do homem está em que ele pode imaginar um mundo melhor e querer transformar pelo menos uma parte dele em realidade.” Will Durant - A história da Filosofia, 1996 pág 67