2. QUESTÃO 01
Infância, de Graciliano Ramos
Todas
as
correspondências
entre
personagens
de
Infância
e
suas
respec1vas
caracterís1cas
estão
corretas,
EXCETO:
Mocinha:
irmã
natural,
bonita
e
discriminada.
Os
pais:
inteligência
e
compreensão.
José
da
Luz:
soldado
compreensivo.
Avô
paterno:
obs1nação
e
isolamento.
3. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
O
que
caracteriza
as
personagens
de
Infância
é
a
falta
de
compreensão
e
de
afeto.
Tal
caracterís1ca
está
presente,
inclusive,
nos
pais
do
narrador.
Sendo
assim,
assinale-‐se
a
alterna1va
“b”.
4. QUESTÃO 02
Infância, de Graciliano Ramos
Todos
os
aspectos
abaixo
estão
presentes
em
Infância,
de
Graciliano
Ramos,
EXCETO:
a
revelação
da
precariedade
da
jus1ça
humana.
a
sensação
de
estupidez
e
fraqueza.
a
simpa1a
pela
mãe
terna
e
carinhosa.
a
simpa1a
pelos
desfavorecidos
de
sorte.
5. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
Quando
o
menino
está
com
problema
de
visão,
a
mãe
o
chama
de
cabra-‐cega
e
de
bezerro
encourado.
Não
há
ternura
tampouco
carinho
permeando
a
relação
mãe-‐filho.
Assinale-‐se,
pois,
a
alterna1va
“c”.
6. QUESTÃO 03
Infância, de Graciliano Ramos
O
episódio
de
Infância
que
pode
ser
lido
como
uma
alegoria
do
oPcio
do
escritor
é:
a
composição
de
urupemas
as
lições
do
Barão
de
Macaúbas
as
prédicas
do
Padre
Pimentel
o
trabalhão
de
Simeão
Coveiro
7. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
A
fixação
do
avô
pelas
urupemas
é
comparada
à
vocação
para
a
escrita
que
brota
no
protagonista
para
a
escrita.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna1va
“a”.
8. QUESTÃO 04
Infância, de Graciliano Ramos
O
narrador
de
Infância
revela
uma
visão
crí1ca
de
si
mesmo
nos
trechos
abaixo,
EXCETO
em:
Mais
tarde,
quando
os
cas7gos
cessaram,
tornei-‐me
um
caso
insolente
e
grosseiro
e
julgo
que
a
prisão
de
Venta-‐Romba
influiu
nisso.
Ainda
hoje,
se
fingem
tolerar-‐me
um
romance,
observo-‐lhe
cuidadoso
as
mangas,
as
costuras,
e
vejo-‐o
como
ele
é
realmente:
chinfrim
e
cor
de
macaco.
Sa7sfazia-‐me
a
ideia
de
que
a
minha
figura
não
provocava
inevitavelmente
irritação
ou
desdém,
e
as
novas
amigas
surgiram-‐me
compreensivas
e
caridosas.
Eu
era
meio
parvo,
todos
se
impacientavam
com
a
minha
falta
de
espírito.
Rude,
sem
dúvida.
Vocabulário
mesquinho,
entendimento
escasso.
9. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
A
seleção
vocabular
[amigas
compreensivas
e
caridosas
e
não
provocava
...
irritação
ou
desdém]
comprovam
que
na
alterna1va
“c”
o
locutor
não
possui
uma
visão
nega1va
de
si.
10. QUESTÃO 05
Infância, de Graciliano Ramos
Todas
as
informações
sobre
Infância
estão
corretas,
EXCETO:
Há
a
visão
crí1ca
da
realidade
que
o
escritor
já
adulto
procura
descobrir
e
valorizar
nas
suas
palavras
e
gestos
doutro
tempo
–
visão
tão
acentuadamente
crí1ca
e
desprovida
de
ternura
que
se
torna
cruel.
Ao
contar
um
episódio
de
sua
meninice,
o
autor
narra
uma
situação
paralela
em
que
se
patenteia
um
fenômeno
de
liberação
psicológica
ob1da
através
da
narração
e
que
corresponde,
no
mesmo
autor,
a
uma
das
finalidades
de
seu
ato
de
escrever:
no
capítulo
do
incêndio,
só
se
acalma
depois
de
repe1r
o
caso
várias
vezes.
Entre
os
verdadeiros
atores
coadjuvantes
no
aprendizado
da
literatura
só
podem
citar-‐se,
e
por
tempo
limitado,
Jerônimo
Barreto,
que
lhe
tornou
acessível
a
sua
biblioteca,
e
Mário
Venâncio,
que
o
iniciou
num
rudimentar
sen1do
crí1co.
O
narrador
reconhece,
ao
cabo
de
cada
capítulo,
a
importância
do
rigor
em
sua
educação
e
severidade
no
molde
da
personalidade,
concluindo
que
a
escola
e
a
família
são
imprescindíveis
para
a
consolidação
do
bem-‐estar
social.
11. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
Assinale-‐se
a
alterna1va
“d”,
pois
não
há,
na
narra1va,
a
consciência
de
que
a
severidade
auxilia
na
educação,
tampouco
a
noção
de
que
a
escola
servia
para
algo.
Ao
contrário,
a
visão
que
o
narrador
possui
do
sistema
educacional
é
muito
crí1ca.
12. QUESTÃO 06
Infância, de Graciliano Ramos
Infância,
de
Graciliano
Ramos
NÃO
se
caracteriza
por:
ser
uma
narra1va
autobiográfica
marcada
pelo
sen1mento
de
humilhação.
ser
um
relato
das
reminiscências
do
autor
em
uma
época
idílica.
ser
a
história
de
um
menino
marcado
pelo
embotamento
e
fragilidade.
ser
a
obra
de
um
autor
pessimista
que
vê
seu
passado
de
forma
crua.
13. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
O
tom
da
escrita
e
das
memórias
é
profundamente
amargurado.
Por
isso,
marque-‐se
a
alterna1va
“b˜.
14. QUESTÃO 07
Infância, de Graciliano Ramos
Assinale
a
correspondência
INCORRETA
entre
os
capítulos
e
seus
respec1vos
conteúdos:
Nuvens:
narra1va
do
despertar
dos
primeiros
anos,
em
que
lugarejos
e
pessoas
aparecem
de
forma
imprecisa.
Uma
bebedeira:
a
primeira
experiência
com
o
álcool:
o
menino
bebe
licor
e
fica
“todo
prosa”
com
as
mulheres.
O
fim
do
mundo:
descrença
do
menino
em
relação
aos
sermões
do
padre
em
torno
da
existência
do
inferno.
Um
cinturão:
episódio
com
desfecho
inesperado,
com
a
frase
que
transpõe
para
outro
contexto
o
incidente:
“Foi
esse
o
primeiro
contato
que
1ve
com
a
jus1ça.”
15. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
O
capítulo
que
trata
da
descrença
do
menino
na
existência
do
inferno
se
chama
“Inferno”
e
nele
o
protagonista
discute
com
a
mãe,
que
cita
os
padres
como
argumento
de
autoridade.
Marque-‐
se,
pois,
a
alterna1va
“c”.
16. QUESTÃO 08
Infância, de Graciliano Ramos
Assinale
a
alterna1va
CORRETA
sobre
Infância,
de
Graciliano
Ramos:
A
cronologia
é
resumida
ao
mínimo,
pois
o
que
mais
interessa
é
o
sen1do
humano.
O
caráter
biográfico
elimina
o
romanesco
e
o
ficdcio,
não
tendo
lugar
para
a
imaginação.
A
narra1va
é
aberta,
com
constantes
referências
ao
leitor.
A
vocação
literária
do
autor
relaciona-‐se
à
sua
admiração
por
Camões.
17. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
Apesar
de
Infância
se
ar1cular
pelo
primado
da
verossimilhança,
não
há
preocupação
estrita
com
a
cronologia.
Assinale-‐se,
pois,
a
letra
“a”.
18. QUESTÃO 09
Infância, de Graciliano Ramos
O
zoomorfismo
é
um
traço
recorrente
em
Infância,
como
as
passagens
ilustram,
EXCETO:
A
Rata
velha
7nha
olhos
de
rato,
dedos
finos
de
rato,
focinho
de
rato,
modos
de
rato.
O
passarinho,
no
galho,
respondia
com
preceito
e
moral.
Os
matutos
se
encouravam,
mexiam-‐se
como
tatus.
D.
Maria
representava
para
nós
essa
grande
ave
maternal.
19. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
A
atribuição
de
caracterís1cas
humanas
a
animais
ou
a
seres
inanimados
denomina-‐se
prosopopeia
ou
personificação.
Posto
isso,
marque-‐se
a
letra
“b”.
20. QUESTÃO 10
Infância, de Graciliano Ramos
Leia
o
trecho,
extraído
de
Infância,
de
Graciliano
Ramos:
Foi
aí
que
veio
o
grande
sucesso.
Uma
das
tábuas
ficara
no
chão,
crivada
de
pregos.
Fernando
levantou-‐se,
apanhou-‐a,
agarrou
um
martelo,
pôs-‐se
a
entortar
os
bicos
agudos,
a
rosnar.
Desleixo.
Se
uma
criança
descalça
pisasse
naquilo?
Em
relação
ao
texto,
é
INCORRETO
afirmar
que:
Trata-‐se
do
episódio
in1tulado
“Fernando”,
a
respeito
de
um
tabelião
literato
e
bondoso.
O
narrador
conta
esse
episódio
para
evidenciar
como
são
surpreendentes
as
reações
humanas.
No
episódio,
a
a1tude
da
personagem-‐dtulo
exibe
um
comportamento
contrastante.
O
narrador
recorre
à
técnica
do
discurso
indireto
livre.
21. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
Assinale-‐se
a
alterna1va
“a”,
pois
o
narrador
não
possui
simpa1a
alguma
pela
personagem
Fernando,
que
é
apresentado
como
o
braço
de
que
os
coronéis
se
valiam
para
executar
violências
contra
os
mais
fracos.
22. QUESTÃO 11
Infância, de Graciliano Ramos
(CEFET)
Observe
o
seguinte
trecho
da
obra
Infância,
de
Graciliano
Ramos:
Infelizmente
um
doutor,
u7lizando
bichinhos,
impunha-‐nos
a
linguagem
dos
doutores.
-‐
Queres
tu
brincar
comigo?
Nesse
excerto,
Graciliano
Ramos
cri1ca:
a
u1lização
de
bichinhos
em
histórias
para
crianças.
o
uso
de
diminu1vos
em
histórias
infan1s.
o
fato
de
um
doutor
estar
fazendo
histórias
para
crianças.
a
linguagem
rebuscada
do
livro
infan1l
que
lia.
as
lições
de
moral
presentes
nas
histórias
feitas
para
crianças.
23. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
No
fragmento
em
destaque,
o
que
se
cri1ca
é
a
linguagem
inadequada
para
o
público
das
histórias
do
Barão
de
Macaúbas.
Assinale-‐se,
pois,
a
letra
“e”.
24. QUESTÃO 12
Infância, de Graciliano Ramos
(CEFET)
Observe
o
seguinte
trecho
da
obra
Infância,
de
Graciliano
Ramos:
Essas
moças
1nham
o
vezo
de
afirmar
o
contrário
do
que
desejavam.
Notei
a
singularidade
quando
principiaram
a
elogiar
o
meu
paletó
cor
de
macaco.
Examinavam-‐no
sérias,
achavam
o
pano
e
os
aviamentos
de
qualidade
superior,
o
fei1o
admirável.
Envaideci-‐me:
nunca
havia
reparado
em
tais
vantagens.
Mas
os
gabos
se
prolongaram.
Trouxeram-‐me
desconfiança.
Percebi
afinal
que
elas
zombavam,
e
não
me
suscep1bilizei.
Longe
disso:
julguei
curiosa
aquela
maneira
de
falar
pelo
avesso,
diferente
das
grosserias
a
que
me
habituara.
Pode-‐se
concluir
que
a
figura
de
linguagem
de
que
o
narrador
trata
é:
metáfora
metonímia
andtese
onomatopeia
ironia
25. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
A
figura
de
linguagem
na
qual
se
afirma
o
contrário
daquilo
que
se
deseja
afirmar
é
a
ironia.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna1va
“e”.
26. QUESTÃO 13
Infância, de Graciliano Ramos
Em
Infância,
de
Graciliano
Ramos,
um
tema
não
explorado
é:
a
seca
a
linguagem
escrita
as
relações
humanas
o
cangaço
as
relações
polí1cas
27. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
Apesar
de
haver
uma
menção
ao
cangaço,
não
há
exploração
deste
tema
nesta
obra
de
Graciliano
Ramos.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna1va
“d”.
28. QUESTÃO 14
Infância, de Graciliano Ramos
(CEFET)
Em
relação
à
obra
Infância,
de
Graciliano
Ramos,
NÃO
se
pode
afirmar
que:
pela
leitura
dos
capítulos,
observa-‐se
a
trajetória
de
vida
do
narrador.
através
de
seus
episódios,
o
narrador
faz
reflexões
sobre
sua
própria
vida.
o
narrador
é
uma
criança,
pois
narra
fatos
que
ocorrem
quando
ainda
é
pequeno.
o
narrador
relata
fatos
marcantes
re1dos
em
sua
memória.
29. SOLUÇÃO COMENTADA
Infância, de Graciliano Ramos
A
amargura
das
memórias
e
o
senso
crí1co
que
transparece
no
comentário
dos
eventos
narrados
permite
afirmar
que
o
tempo
da
enunciação
é
totalmente
diverso
do
tempo
do
enunciado.
Ou
seja,
a
perspec1va
da
narração
é
a
de
um
adulto.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna1va
“c”.