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O livro
CORSO, Diana L.; CORSO,
Mário. A Psicanálise na Terra
do Nunca: ensaios sobre a
fantasia. Porto Alegre: Penso,
2011.
Diana e Mário Corso:
psicanalistas, membros da
APPOA e escritores.
Capítulo 8: ficções sobre a
adolescência.
“A ficção é uma projeção onde conseguimos vernos de fora,
identificando-nos inconscientemente com as personagens e
elaborando involuntariamente nossos impasses; para tanto ela
pode muito bem nutrir-se de conflitos reais, não somente de
idealizações. Neste caso, a fruição estética, o prazer do leitor ou do
público, provém de sentir-se menos só em sua complexidade”.
(CORSO&CORSO, 2011)
Introdução
 A idealização da adolescência.
 Congestionamento de gerações
 Visão dos adultos
 Visão da criança
 A adolescência pelos adolescentes
 Sexo e morte
A adolescência como uma utopia etária
Congestionamento de gerações
 “Melhor época da vida”
 Tempo de escolhas e acontecimentos
 Juventude, como algo a ser perseguido
 Expectativas parentais: preparação para a
vida
 Crianças: contos de fadas pouco falam sobre
a adolescência (passe de mágica)
 Adultos: práticas sexuais e transgressivas
 Adolescentes: tédio, vazio, dúvida,
desesperança
 Adolescência: utopia etária.
 Na prática: potencial x escolhas
 “Personagens do sonho alheio”(CORSO,2011)
 Repreensão das condutas: preguiça,
resistência a responsabilidade, busca de
prazeres imediatos e promiscuidade sexual
 Adolescência cada vez maior: preparação
para a vida, oportunidades cada vez mais
escassas.
 Realização dos sonhos dos pais
 “Um dia toda essa adolescência será sua”
 Liberdade e autonomia
 Adultos sem as chatices
 Crianças querem logo entrar
 Adolescente não querem sair
 Adultos querem voltar
 Valorização do vigor e juventude na atualidade
Rei Leão: a visão da criança da
adolescência
A saída da infância
 O filme trata da saga de Simba, um leãozinho pré-
adolescente, filho do rei Mufasa, que é vitimado por uma
armadilha do próprio irmão que pretende usurpar seu trono.
Scar, o tio de Simba, faz o leãozinho acreditar que foi o
culpado pela morte do pai e o sugere o exílio. Na verdade ele
o manda para a morte, pois envia um bando de hienas
assassinas no seu encalço. Simba consegue escapar e vai
para a floresta, onde conhece amigos e cresce sem a
influência da família. Até que um dia ele reencontra uma
amiga de infância por quem se enamora e decide retornar as
suas raízes, lutando pelo lugar que lhe é de direito.
 Esta é uma metáfora para a adolescência e seus conflitos. O
adolescente precisa se “exilar” dos pais para adolescer.
 Simba não compreende a perda do pai
 se sente desamparado com a aparição da dor e
da injustiça no seu mundo
 A morte simbólica dos pais da infância
significa reconhecer suas limitações
 É preciso seguir seu próprio caminho. Afastar-se
para se identificar com outros (exílio).
 Solidão própria do fim da infância: adolescer
significa afastar-se dos pais, perde-los, supera-
los e, por fim, tomar seu lugar (retomar o reino).
 Anna Freud: deslocamento da libido.
 Os pais deixam de o objeto central do amor e
passam a procurar nos pares, no mundo externo,
nos seus iguais, na sua gente.
 Quando os pais deixam de ter os investimentos
centrais da vida da criança, sabe-se que
adolesceu.
 É o limbo lúdico para o sepultamento do
Complexo de Édipo
 Hakuna Matata: “seus problemas você deve
esquecer”
 livre dos problemas do sexo e do trabalho.
 crescer e se tornar desejável longe das “terras do rei”
(longe do pai)
 O pai deixa de ser o poderoso que foi na infância e
torna-se um “monumento”o adolescente se
comparará a vida toda.
 Como quando simba entra em contato com o fantasma de
seu pai que o faz querer voltar para retomar seu reino.
 A memória do pai da infância ajuda a formar o superego
O apanhador no campo de centeio: um
retrato da adolescência real
A adolescência pelos adolescentes
 O livro é o relato de três dias na vida de um
jovem de 16 anos. Holden Caulfield tem quase
dois metros, fuma, bebe, opina e sente
frio. Durante três dias em que tudo e nada
acontece, a personagem está vagando após
ter sido “chutado” do colégio interno e ainda
não quer chegar em casa.
 Conteúdo que não perdeu a atualidade
mesmo mais 50 anos depois
 Holden desmonta as ambições e crenças de
seus colegas, professores, ex-alunos da
escola e artistas (crítica social)
 Ele não consegue entrar em sintonia com
ninguém, embora seja incansável na busca de
quem o escute.
 Vê o mundo de fora e lhe parece ridículo.
 A irmãzinha Phoebe, de 8 anos, é a única que
somente ela quer ouvi-lo mais do que lhe falar.
O que é interessante pois ninguém suporta
escutá-lo.
 O protagonista perde a esperança em
diversos momentos, querendo desistir em
vários momentos.
 Papel da juventude: se opor à obsessão pela
ascensão social da sociedade capitalista.
 O autor: Salinger foi elevado a categoria de
mito. Era eremita e se recusava a contato com
a mídia.
 O personagem: abster-se das metas, valores do
mundo dos adultos.Não querem provar nada
pra ninguém.
 Obsesso da sociedade pela adolescência:
 época de acontecimentos e escolhas x melancolia
e procrastinação.
 Tomar decisões é tornar-se adulto.
 Ex: escolha vocacional
 Há diferença entre entrar em um curso
universitário e o momento de realmente estar se
preparando para uma profissão;
 Ou então entre ter experiências tanto amorosas
como sexuais e realmente fazer escolhas
amorosas.
 é crucial que esse espaço intermediário seja
considerado legítimo, escutado e acompanhado.
 O pensamento dos jovens interfere no mundo,
ajuda a criar alternativas, incentiva críticas,
questionamentos, mas ele pertence a um
tempo em que a vida ocorre mais na teoria do
que na prática, referida mais ao futuro do que
ao presente.
 A relação com o mundo é experimental, o que
não impede de amar, aprender e até
trabalhar.
 “A imaturidade é um elemento essencial da
saúde durante a adolescência, ela contém as
características mais fascinantes do
pensamento criativo. A sociedade precisa ser
chacoalhada pelas aspirações de seus
membros não responsáveis”. (CORSO, 2011)
 O livro intitula-se a partir de duas referências:
 a primeira é uma observação que ele faz na rua, de uma
família humilde voltando da igreja – o casal conversa,
desatento do filho que se equilibra no meio fio, como uma
travessura de infância, e o menino canta uma música que
diz: “se alguém agarra alguém atravessando o campo de
centeio”
 a segunda é a resposta que Holden dá à sua irmã sobre o
que vai querer ser quando crescer – “Eu fico na beirada de
um precipício maluco. Sabe o que eu tenho que fazer?
Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer
dizer, se um deles começar a correr sem olhar onde está
indo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o
garoto. Só isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser só o
apanhador no campo de centeio e tudo.”
 Se finalmente conseguimos atingir a
condição de adultos é porque
contávamos com alguém na borda do
precipício, disposto a nos apanhar, é
bom lembrar disso, porque temos que
estar lá quando for nossa vez de
cumprir esse papel.
A ficção feita por adultos para adolescentes
A adolescência como um filme
de terror
 Mal dominado
 Distância segura
 Contornos nítidos para o medo
 Indústria cultural: puberdade e adolescência
consumidores de horror
 Pai e mãe destronados
 Perda da condição infantil
 Onipotência paterna: desejada e temida
 Faces do mesmo pai: ogro, lobo, caçador, rei,
etc.
 Primeiro lugar em número de mortos
 Amigos, momentos de lazer, serial killer
 Assassinos atraídos pelas travessuras
adolescentes
 Enredos embasados em pendências
passadas
 Traumas familiares: influência pretérita vista
como perigosa e perniciosa
 Revelações do passado dos pais não trariam
boas influências
 Sexo: medo de ser devorado ou destruído na
entrega erótica
 Cobrança por bom desempenho sexual
 Fracassar seria uma derrota amarga, que deixa
sequelas
 O corpo erótico e o despedaçado: mudanças
corporais vistas como desorganizadas e jogos
sexuais valorizando o corpo, o tornando coeso e
desejado
 Meninos e meninas: cobiça e expectativa
 Imagem corporal positiva: olhares do amor
 Nos filmes há sempre alguém à espreita, para
o bem e para o mal há sempre um olhar
 Patologias ligadas à imagem do corpo: amor,
sexo e amizade como espelho unificador
 Nos filmes, jogos sexuais confirmam o corpo e
o serial o despedaça.
 Perfuração, objetos pontiagudos: penetração
 Sangue jorrando: esperma
 Vítima agonizando: gozo sexual
 Sexo: erótico e prometedor;
 Morte: pornográfica e explícita
 Realização sexual: a sociedade contemporânea
cultua o gozo sexual com a mesma paixão que
antes dedicávamos à transcedência
 Agimos como se não tivesse nada além da vida
 Sexo como representante principal do jogo
 “Já que nos trouxeram aqui, nos satisfaçam”
 Os jovens julgam os mais velhos mentirosos:
busca sem sentido, promessa não condiz com a
realidade
 Experiência da violência: os filmes ensinando
ou banalizando
 Negação e afirmação da morte: Zumbis e vidas
infinitas nos video-games
 Preparando nova geração para mais violência
 Violência virtual como produtora da violência real
 Influência: até que ponto?
 Visão privada, projeção virtual
 Limites da fantasia
 Conto de fadas: violência atenuada
 Morte como enigma, filosofia do sentido da
vida
 Separação materna
 Limite interno: somos todos assassinos
 Tabus em torno da imagem do ato sexual
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“Tudo o que puder ser elaborado, que
encontrar alguma forma de representação
psíquica, terá mais chances de não ser um
sofrimento mudo e intransponível”.
CORSO (2011)
 Nesta etapa em que há tanta tantas
idealizações e expectativas é preciso nos
atentarmos a adolescência real e seus
conflitos
 Dispor a escuta, valorizando a subjetividade
do adolescente, não querendo dar respostas e
sim ajudá-los a chegar a suas próprias.

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Ficção como forma de entender a adolescência

  • 1.
  • 2. O livro CORSO, Diana L.; CORSO, Mário. A Psicanálise na Terra do Nunca: ensaios sobre a fantasia. Porto Alegre: Penso, 2011. Diana e Mário Corso: psicanalistas, membros da APPOA e escritores. Capítulo 8: ficções sobre a adolescência.
  • 3. “A ficção é uma projeção onde conseguimos vernos de fora, identificando-nos inconscientemente com as personagens e elaborando involuntariamente nossos impasses; para tanto ela pode muito bem nutrir-se de conflitos reais, não somente de idealizações. Neste caso, a fruição estética, o prazer do leitor ou do público, provém de sentir-se menos só em sua complexidade”. (CORSO&CORSO, 2011)
  • 4. Introdução  A idealização da adolescência.  Congestionamento de gerações  Visão dos adultos  Visão da criança  A adolescência pelos adolescentes  Sexo e morte
  • 5. A adolescência como uma utopia etária Congestionamento de gerações
  • 6.  “Melhor época da vida”  Tempo de escolhas e acontecimentos  Juventude, como algo a ser perseguido  Expectativas parentais: preparação para a vida
  • 7.  Crianças: contos de fadas pouco falam sobre a adolescência (passe de mágica)  Adultos: práticas sexuais e transgressivas  Adolescentes: tédio, vazio, dúvida, desesperança  Adolescência: utopia etária.  Na prática: potencial x escolhas  “Personagens do sonho alheio”(CORSO,2011)
  • 8.  Repreensão das condutas: preguiça, resistência a responsabilidade, busca de prazeres imediatos e promiscuidade sexual  Adolescência cada vez maior: preparação para a vida, oportunidades cada vez mais escassas.  Realização dos sonhos dos pais
  • 9.  “Um dia toda essa adolescência será sua”  Liberdade e autonomia  Adultos sem as chatices
  • 10.  Crianças querem logo entrar  Adolescente não querem sair  Adultos querem voltar  Valorização do vigor e juventude na atualidade
  • 11. Rei Leão: a visão da criança da adolescência A saída da infância
  • 12.  O filme trata da saga de Simba, um leãozinho pré- adolescente, filho do rei Mufasa, que é vitimado por uma armadilha do próprio irmão que pretende usurpar seu trono. Scar, o tio de Simba, faz o leãozinho acreditar que foi o culpado pela morte do pai e o sugere o exílio. Na verdade ele o manda para a morte, pois envia um bando de hienas assassinas no seu encalço. Simba consegue escapar e vai para a floresta, onde conhece amigos e cresce sem a influência da família. Até que um dia ele reencontra uma amiga de infância por quem se enamora e decide retornar as suas raízes, lutando pelo lugar que lhe é de direito.  Esta é uma metáfora para a adolescência e seus conflitos. O adolescente precisa se “exilar” dos pais para adolescer.
  • 13.  Simba não compreende a perda do pai  se sente desamparado com a aparição da dor e da injustiça no seu mundo  A morte simbólica dos pais da infância significa reconhecer suas limitações  É preciso seguir seu próprio caminho. Afastar-se para se identificar com outros (exílio).  Solidão própria do fim da infância: adolescer significa afastar-se dos pais, perde-los, supera- los e, por fim, tomar seu lugar (retomar o reino).
  • 14.  Anna Freud: deslocamento da libido.  Os pais deixam de o objeto central do amor e passam a procurar nos pares, no mundo externo, nos seus iguais, na sua gente.  Quando os pais deixam de ter os investimentos centrais da vida da criança, sabe-se que adolesceu.
  • 15.  É o limbo lúdico para o sepultamento do Complexo de Édipo  Hakuna Matata: “seus problemas você deve esquecer”  livre dos problemas do sexo e do trabalho.  crescer e se tornar desejável longe das “terras do rei” (longe do pai)  O pai deixa de ser o poderoso que foi na infância e torna-se um “monumento”o adolescente se comparará a vida toda.  Como quando simba entra em contato com o fantasma de seu pai que o faz querer voltar para retomar seu reino.  A memória do pai da infância ajuda a formar o superego
  • 16. O apanhador no campo de centeio: um retrato da adolescência real A adolescência pelos adolescentes
  • 17.  O livro é o relato de três dias na vida de um jovem de 16 anos. Holden Caulfield tem quase dois metros, fuma, bebe, opina e sente frio. Durante três dias em que tudo e nada acontece, a personagem está vagando após ter sido “chutado” do colégio interno e ainda não quer chegar em casa.
  • 18.  Conteúdo que não perdeu a atualidade mesmo mais 50 anos depois  Holden desmonta as ambições e crenças de seus colegas, professores, ex-alunos da escola e artistas (crítica social)  Ele não consegue entrar em sintonia com ninguém, embora seja incansável na busca de quem o escute.  Vê o mundo de fora e lhe parece ridículo.
  • 19.  A irmãzinha Phoebe, de 8 anos, é a única que somente ela quer ouvi-lo mais do que lhe falar. O que é interessante pois ninguém suporta escutá-lo.  O protagonista perde a esperança em diversos momentos, querendo desistir em vários momentos.  Papel da juventude: se opor à obsessão pela ascensão social da sociedade capitalista.
  • 20.  O autor: Salinger foi elevado a categoria de mito. Era eremita e se recusava a contato com a mídia.  O personagem: abster-se das metas, valores do mundo dos adultos.Não querem provar nada pra ninguém.  Obsesso da sociedade pela adolescência:  época de acontecimentos e escolhas x melancolia e procrastinação.
  • 21.  Tomar decisões é tornar-se adulto.  Ex: escolha vocacional  Há diferença entre entrar em um curso universitário e o momento de realmente estar se preparando para uma profissão;  Ou então entre ter experiências tanto amorosas como sexuais e realmente fazer escolhas amorosas.  é crucial que esse espaço intermediário seja considerado legítimo, escutado e acompanhado.
  • 22.  O pensamento dos jovens interfere no mundo, ajuda a criar alternativas, incentiva críticas, questionamentos, mas ele pertence a um tempo em que a vida ocorre mais na teoria do que na prática, referida mais ao futuro do que ao presente.  A relação com o mundo é experimental, o que não impede de amar, aprender e até trabalhar.
  • 23.  “A imaturidade é um elemento essencial da saúde durante a adolescência, ela contém as características mais fascinantes do pensamento criativo. A sociedade precisa ser chacoalhada pelas aspirações de seus membros não responsáveis”. (CORSO, 2011)
  • 24.  O livro intitula-se a partir de duas referências:  a primeira é uma observação que ele faz na rua, de uma família humilde voltando da igreja – o casal conversa, desatento do filho que se equilibra no meio fio, como uma travessura de infância, e o menino canta uma música que diz: “se alguém agarra alguém atravessando o campo de centeio”  a segunda é a resposta que Holden dá à sua irmã sobre o que vai querer ser quando crescer – “Eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o que eu tenho que fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer dizer, se um deles começar a correr sem olhar onde está indo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto. Só isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser só o apanhador no campo de centeio e tudo.”
  • 25.  Se finalmente conseguimos atingir a condição de adultos é porque contávamos com alguém na borda do precipício, disposto a nos apanhar, é bom lembrar disso, porque temos que estar lá quando for nossa vez de cumprir esse papel.
  • 26. A ficção feita por adultos para adolescentes A adolescência como um filme de terror
  • 27.  Mal dominado  Distância segura  Contornos nítidos para o medo  Indústria cultural: puberdade e adolescência consumidores de horror  Pai e mãe destronados  Perda da condição infantil  Onipotência paterna: desejada e temida  Faces do mesmo pai: ogro, lobo, caçador, rei, etc.
  • 28.  Primeiro lugar em número de mortos  Amigos, momentos de lazer, serial killer  Assassinos atraídos pelas travessuras adolescentes  Enredos embasados em pendências passadas  Traumas familiares: influência pretérita vista como perigosa e perniciosa  Revelações do passado dos pais não trariam boas influências
  • 29.  Sexo: medo de ser devorado ou destruído na entrega erótica  Cobrança por bom desempenho sexual  Fracassar seria uma derrota amarga, que deixa sequelas  O corpo erótico e o despedaçado: mudanças corporais vistas como desorganizadas e jogos sexuais valorizando o corpo, o tornando coeso e desejado
  • 30.  Meninos e meninas: cobiça e expectativa  Imagem corporal positiva: olhares do amor  Nos filmes há sempre alguém à espreita, para o bem e para o mal há sempre um olhar  Patologias ligadas à imagem do corpo: amor, sexo e amizade como espelho unificador  Nos filmes, jogos sexuais confirmam o corpo e o serial o despedaça.
  • 31.  Perfuração, objetos pontiagudos: penetração  Sangue jorrando: esperma  Vítima agonizando: gozo sexual  Sexo: erótico e prometedor;  Morte: pornográfica e explícita
  • 32.  Realização sexual: a sociedade contemporânea cultua o gozo sexual com a mesma paixão que antes dedicávamos à transcedência  Agimos como se não tivesse nada além da vida  Sexo como representante principal do jogo  “Já que nos trouxeram aqui, nos satisfaçam”  Os jovens julgam os mais velhos mentirosos: busca sem sentido, promessa não condiz com a realidade
  • 33.  Experiência da violência: os filmes ensinando ou banalizando  Negação e afirmação da morte: Zumbis e vidas infinitas nos video-games  Preparando nova geração para mais violência  Violência virtual como produtora da violência real  Influência: até que ponto?  Visão privada, projeção virtual  Limites da fantasia  Conto de fadas: violência atenuada
  • 34.  Morte como enigma, filosofia do sentido da vida  Separação materna  Limite interno: somos todos assassinos  Tabus em torno da imagem do ato sexual  Melanie Klein: “figuras parentais combinadas”
  • 35. “Tudo o que puder ser elaborado, que encontrar alguma forma de representação psíquica, terá mais chances de não ser um sofrimento mudo e intransponível”. CORSO (2011)
  • 36.  Nesta etapa em que há tanta tantas idealizações e expectativas é preciso nos atentarmos a adolescência real e seus conflitos  Dispor a escuta, valorizando a subjetividade do adolescente, não querendo dar respostas e sim ajudá-los a chegar a suas próprias.