O documento discute a organização e estruturação da prática no contexto da aprendizagem motora. Apresenta teorias como a de esquema e programa motor generalizado que explicam como a variação na prática, ao invés de repetição constante, pode fortalecer os esquemas motores e melhorar a retenção e transferência da aprendizagem. Também discute como a interferência contextual, ao alternar diferentes tarefas, pode promover maior elaboração e reconstrução do plano de ação.
2. OBJETIVOS DA AULA
Elucidar o conceito de prática no campo da Aprendizagem
Motora.
Demonstrar as diferentes formas de manipulação da
prática dentro das teorias de Aprendizagem Motora.
3.
4. APRENDIZAGEM
MOTORA
FENÔMENO.
Processo que envolve mudanças relativamente permanentes na
capacidade de desempenhar uma habilidade motora envolvendo a prática e
experiência (SCHMIDT & LEE, 2011).
“ A PRÁTICA LEVA A PERFEIÇÃO.”
5. APRENDIZAGEM MOTORA
CAMPO DE ESTUDO.
Mecanismos e processos subjacentes a aquisição de habilidades motoras em
função da prática e fatores que afetam a aquisição de habilidades motoras.
PRÁTICA.
(SCHMIDT & LEE, 2008)
6.
7. PRÁTICA
• É a repetição ou execução de movimentos ou ainda, um aspecto que envolve
um esforço consciente de organização, execução, avaliação e modificação das
ações motoras a cada tentativa.
(CORRÊA; TANI, 2005)
• Processo de exploração de diversas possibilidades de solução de um
problema motor.
(WALTER et al, 2008)
10. VARIABILIDADEDEPRÁTICA
TEORIA DE ESQUEMA
(SCHMIDT, 1975).
Variação do mesmo padrão de movimento
Arremessos (10m, 20m, 30m)
(10m, 10m, 10m, 10m, 10m) (10m, 30m, 20m, 10m, 30m)
Prática Constante Prática Variada
(TANI et al, 2004;UGRINOWITSCH & BENDA, 2011)
11. VARIABILIDADE DE PRÁTICA
TEORIA DE ESQUEMA
(SCHMIDT, 1975).
ESQUEMAS são um conjunto de regras abstratas relacionando
os vários resultados das ações de um indivíduo com os
valores de parâmetros que ele escolheu, a fim de produzir
aqueles resultados.
12. VARIABILIDADE DE PRÁTICA
TEORIA DE ESQUEMA
(SCHMIDT, 1975).
A variação de parâmetros fortalece os esquemas, fazendo com
que o aprendiz tenha mais oportunidades de relacionar as
informações do movimento.
PRÁTICA VARIADA
14. PROGRAMA MOTOR
GENERALIZADO
Definido como uma representação geral na memória sobre a
ação a ser controlada.
* Responsável pelo armazenamento de características invariantes de uma classe
de movimentos. Enquanto aspectos que se modificam (parâmetros) entre as
tentativas, são específicados sob medida para determinadas situações.
15. PROGRAMA MOTOR
GENERALIZADO * Responsável pelo
controle de uma classe de ações.
* CLASSE DE AÇÕES – conjunto de características comuns chamadas de
“ASPECTOS INVARIANTES”
Características dos movimentos que permanecem constantes. SCHMIDT (1975)
16. PROGRAMA MOTOR
GENERALIZADO
“ASPECTOS INVARIANTES (PADRÃO)”
Características propostas com maior frequência:
+ timing relativo:
habilidade;
análogo ao ritmo de componentes
+ força relativa:
habilidade;
necessária para desempenhar uma
+ ordem ou sequência de componentes.
Observação: o que se torna invariável é a
proporção ou porcentagem desses
componentes dentro de uma
habilidade. SCHMIDT (1975)
18. PROGRAMA MOTOR
GENERALIZADO
“PARÂMETROS (ASPECTOS VARIANTES)”
Características que podem ser alteradas:
+ tempo total: magnitude do tempo total gasto para realizar
uma habilidade;
+ força total: necessária para executar uma habilidade;
+ músculos envolvidos.
21. PROGRAMA MOTOR
GENERALIZADO
Memória de longo prazo
Recuperação do
programa motor
Aspectos
Invariantes
Produção do movimento
Adição de parâmetros específicos do
movimento frente as variações
ambientais (Esquema Motor)
SCHMIDT (1975)
22. PROGRAMA MOTOR
GENERALIZADO
Esquemas – conjunto de regras abstratas
relacionadas aos resultados da ação com os
valores de parâmetro para produção de resultados.
Integração de 4 informações.
Condições Iniciais.
Específicações da resposta.
Consequências sensoriais.
Resultados. SCHMIDT (1975)
23. PROGRAMA MOTOR
GENERALIZADO
Esquemas – conjunto de regras abstratas
relacionadas aos resultados da ação com os
valores de parâmetro para produção de resultados.
Integração de 4 informações.
Condições Iniciais.
Específicações da resposta.
Consequências sensoriais.
Resultados. SCHMIDT (1975)
25. VARIABILIDADE DE PRÁTICA
INTERFERÊNCIA CONTEXTUAL (BATTIG, 1979)
O efeito da interferência contextual ocorre quando o aprendiz realiza práticas
de diferentes tarefas ou variações da mesma tarefa em ordem randomizada.
27. VARIABILIDADE DE PRÁTICA
INTERFERÊNCIA CONTEXTUAL
(Constructos)
1 Programa motor generalizado
(PMG)
(selecionar)
2 Esquema de reconhecimento
(especificar parâmetros da ação)
3 Esquema de lembrança
(comparador após a ação)
28. VARIABILIDADE DE
PRÁTICA
EFEITOS POSITIVOS PARA
APRENDIZAGEM TESTES DE
RETENÇÃO E TRANSFERÊNCIA.
ALEATÓRIA RANDÔMICA
(A,C, B) (C, A, B) (B, C, A)
ALTA INTERFERÊNCIA CONTEXTUAL
29. ALTA INTERFERÊNCIA CONTEXTUAL
POSSÍVEIS EXPLICAÇÕES!!!
HIPÓTESE DA ELABORAÇÃO – prática randômica faz com que os indivíduos
apreciem as distinções entre diferentes tarefas, tornando cada tarefa mais
significativa na memória de longo prazo.
HIPÓTESE DA RECONSTRUÇÃO DO PLANO DE AÇÃO – a mudança entre
tarefas gera esquecimento nos indivíduos praticantes. Assim, no momento em
que uma tarefa já praticada volta a ser realizada, os indivíduos são obrigados
a reconstruir o plano de ação.
30. EFEITOS DA PRÁTICA NA
APRENDIZAGEM
MOTORA
A PRÁTICA É UMA FERRAMENTA DE SUMA IMPORTÂNCIA, PARA O
REFINAMENTO DO PROGRAMA MOTOR, ASSIM COMO PARA
AUTOMATICIDADE. ASPECTOS QUE PODEM SER JUSTIFICADOS POR MEIO
DA
DIMINUIÇÃO DE SOBRECARGA EM MECANISMOS ATENCIONAIS,
PROMOVENDO MAIOR CONTROLE E COORDENÇÃO DOS MOVIMENTOS.
31. REFERÊNCIAS
CHIVIACOWSKY, S. requência de conhecimento de resultados na aprendizagem motora: linhas atuais de
pesquisa e perspectivas. In: Tani G, editor. Comportamento motor: aprendizagem e desenvolvimento. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. p.185-207
EDWARDS, W. H. Motor learning and control from theory to practice. California State University, Sacramento:
Wadworth Cengage Learning, 2010.
Lee TD, Schmidt RA. Motor learning and memory. In: Roediger HL, editor. Cognitive Psychology of Memory.
Vol. 2. Learning and Memory: a comprehensive reference. Oxford: Elsevier; 2008. p. 645-62
MAGILL, R. A. Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.
PÚBLIO, N.S.; TANI, G. Aprendizagem de habilidades motoras seriadas da ginástica olímpica.
Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.7, p.58-68, 1993.
SCHMIDT, R. A. Aprendizagem e performance motora: dos princípios a prática. São Paulo: Movimento, 1993.
SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e Performance Motora. 4a ed. Porto Alegre 4a Edição: Artmed, 2010.
SCHMIDT, R.A.; LEE, T. D. Motor control and learning: a behavioral emphasis. 5. ed. Champaign: Human Kinetics, 2011.
TANI, G. Significado, detecção e correção do erro de performance no processo ensino-aprendizagem de
habilidades motoras. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 3, p. 50–58, 1989.
TEIXEIRA, L. A. Controle motor. 1a ed. São Paulo: Manole, 2006.