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AFOGAMENTO
Profa. Marion Vecina A. Vecina
“A melhor esperança de ‘cura’ do
afogamento e suas consequências reside
na prevenção”
INTRODUÇÃO
• Em 2009, 7.152 brasileiros (3.7/100.000hab)
morreram afogados em nossas águas.
• 87% por causas não intencionais
(3.2/100.000hab) e 2,74% por causas
intencionais.
www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php
AFOGAMENTO NO BRASIL
• Existem basicamente 3 formas de quantificar o número de
afogamentos em nosso país:
• 1. Atravésdo atestadosde óbitosemitidospor médicos
com base no CódigoInternacional de Doenças (CID).
• 2. Atravésdo preenchimentode uma autorizaçãode
internaçãohospitalar(AIH) quando o paciente necessitou
internação.
• 3. Atravésdo registroem boletimde resgatesou
atendimentopré-hospitalarrealizadopor guardavidasde
serviçosde salvamentoaquáticoou profissional de saúde
e equipes de busca aquática“mergulhadoresde resgate”.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO EM
AFOGAMENTOS
AFOGAMENTO
• Afogamento (drowning) é definido como
resultado de asfixia por imersão ou submersão
em qualquer meio líquido, provocado pela
entrada de água em vias aéreas, dificultando
parcialmente ou por completo a ventilação ou
a troca de oxigênio com o ar atmosférico.
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Epidemiologia
• Local de afogamento:
– Mais de 50% dos lactentes sofrem submersão em
banheiras
– Crianças menores que 5 anos, o afogamento é
comum em baldes, vasos sanitários, lavadoras,
pias e piscinas residenciais
– Crianças mais velhas e adolescentes: até 70%
ocorrem em locais com água abertos como lagos,
rios, tanques
• Mais de 50% associados ao uso de álcool/drogas
CLASIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO COMPLICAÇÕES
• Nos pacientes hospitalizados, 60 a 80% não
apresentam complicações e 15% têm mais de cinco.
• Sistema nervoso central – Convulsões (15%),
• edema cerebral (30 a 44% – diagnóstico clínico) e
encefalopatia anóxica (20%).
• Aparelho respiratório – Broncopneumonia ou
pneumonia (34% a 40% dos pacientes que fazem
ventilação mecânica), edema pulmonar (28% –
diagnóstico clínico), pneumotórax e/ou
pneumomediastino (10%), atelectasias lobares (20%),
ARDS (5%)
SALVAMENTO AQUÁTICO
SOCIEDADE BRASILEIRA DE SALVAMENTO AQUÁTICO - SOBRASA
O RESGATE
• O resgate deve ser feito por fases
consecutivas:
• Fase de observação,
• De entrada na água ,
• De abordagem da vítima,
• De reboque da vítima,
• e o atendimento da mesma
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PRIMEIROS SOCORROS
• Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e
mantenha-a com a cabeça fora d’água.
TRATAMENTO
• Os afogamentos podem ser classificados clinicamente em diferentes graus
segundo a condição de insuficiência respiratória e, em geral, exigem
internação hospitalar.
• No entanto, as manobras de recuperação cardiorrespiratória (RCR) ou
cardiopulmonar (RCP) para combater a hipoxemia (insuficiência de
oxigênio no sangue) devem começar imediatamente no local do acidente,
porque são essenciais para a recuperação e sobrevida do paciente.
• Logo depois do resgate, portanto, é fundamental retirar as roupas
molhadas da vítima, elevar sua temperatura corporal se apresentar
hipotermia, proteger a coluna cervical quando houver suspeita de lesão e
iniciar a respiração boca a boca.
• No hospital, as medidas terapêuticas se voltarão para manter em boas
condições o sistema respiratório e o suporte cardiovascular, a fim de evitar
lesões cerebrais por hipóxia que podem ser irreversíveis
PRIMEIROS SOCORROS
• Peça socorro a pessoashabilitadas (salva-vidas) e não tentefazer o salvamentoa
menos que tenha sido treinado para isso:
- Retire a vítima da água usando algum objetoque flutue, puxando-apara um local
seguro
- Evite tentaro salvamentosozinho e sem recursosmateriais (boia, corda,
embarcação etc.)
- Se a vítima estiver lúcida, acalme-a,mantenha-a aquecida e, se
ela ingeriu boa quantidadede líquido,transporte-a imediatamenteao hospital,
- Se o afogamentooriginar paradacardiorrespiratória,realize a reanimação
cardiopulmonar ou solicite que alguém habilitado para tal faça isso. A vítima deve ser
conduzida o mais rápido possívelao hospital.
- Em caso de hipotermia(temperaturacorporalabaixo de 35° C), aqueça-ae
conduza-aao hospital.
REFERÊNCIAS
• Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 4 – Jul/Ago,
2000
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE SALVAMENTO AQUÁTICO
– SOBRASA
• David Szpilman. Afogamento - Perfil epidemiológico
no Brasil - Ano 2012. Publicado on-line em
www.sobrasa.org, Julho de 2012.