1. Redação no ENEMII AULÃO PRESENCIAL
SEMANA 8 - ENEM:
- Competência I e II do ENEM
- Leitura e Desenvolvimento temático
- Tipos de argumentos
2. Competência 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da
língua portuguesa.
Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar
conceitos das várias áreas de conhecimento para
desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do
texto dissertativo-argumentativo em prosa.
Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar
informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa
de um ponto de vista.
Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos
necessários para a construção da argumentação.
Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema
abordado, respeitando os direitos humanos.
Os dois professores avaliarão seu desempenho de
acordo com os seguintes critérios:
3. ➢Vamos começar com a competência 1:
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua
portuguesa.
- Convenções da escrita: acentuação, ortografia, separação silábica, uso do
hífen e uso de letras maiúsculas e minúsculas.
- Gramaticais: concordância verbal e nominal, flexão de nomes e verbos,
pontuação, regência verbal e nominal e colocação pronominal.
- Escolha de registro: adequação à modalidade formal, isto é, ausência de uso
de registro informal e/ou de marcas de oralidade.
- Escolha vocabular: emprego de vocabulário preciso, o que significa que as
palavras selecionadas são usadas em seu sentido correto e apropriadas para
o texto.
4. A COMPETÊNCIA I avalia a linguagem. Nota
de 0 a 200 pontos, conforme tabela abaixo:
5. Exemplos de desvios da norma culta dos textos dos alunos
Rede de escritas:
Honem
as vezes
á pratica
n instancia
so
7. • Ao decorrer do tempo = Com o decorrer do tempo
• Consta que todos os indivíduo = indivíduos
• Toda pessoa tem seus direitos de viver como elas quiser se
sentem bem. = Todos têm seus direitos
• Elas podem usa roupas curtas ou longas que isso nao vai mudar
em nada. O vestuário do indivíduo não pode exercer
interferência sobre a imagem que esse tem na sociedade
• Raramente vemos pessoas do andar de cima, ricas,
poderosas = de alto poder aquisitivo (ou “da elite”)
8. COMPETÊNCIA 2
Compreender a proposta de redação e aplicar
conceitos das várias áreas de conhecimento para
desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do
texto dissertativo-argumentativo em prosa:
Quais são essas várias áreas do conhecimento ???
10. Dicas para atender a competência II:
✓ Leia com atenção a proposta da redação e os textos
motivadores, para compreender bem o que está sendo
solicitado.
✓ Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos
motivadores, porque foram apresentadas apenas para
despertar uma reflexão sobre o tema.
✓ Não copie trechos dos textos motivadores. Lembre-se
de que eles foram apresentados apenas para despertar
seus conhecimentos sobre o tema.
11. ✓ Reflita sobre o tema proposto para definir qual será o
foco da discussão.
✓ Utilize informações de várias áreas do conhecimento,
demonstrando que você está atualizado em relação ao
que acontece no mundo para ajudá-lo a validar seu ponto
de vista.
✓ Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto,
tomando cuidado para não se afastar do seu foco.
Esse é um dos principais problemas identificados nas
redações.
14. QUAL A DICA INFALÍVEL PARA CONQUISTAR AS MELHORES
NOTAS??
15. Ler com olhar analítico as redações nota 1000 anteriores
16. REDAÇÕES NOTA MIL
Larissa Cristine Ferreira, 20 anos
"Orgulho Machadiano
Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas
"Memórias Póstumas" que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma
criatura o legado da nossa miséria. Talvez hoje ele percebesse
acertada sua decisão: a postura de muitos brasileiros frente a
intolerância religiosa é uma das faces mais perversas de uma
sociedade em desenvolvimento. Com isso, surge a problemática do
preconceito religioso que persiste intrinsecamente ligado à realidade
do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de
17. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam
entre as causas do problema. Conforme Aristóteles, a poética deve ser
utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado
na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil,
a perseguição religiosa rompe essa harmonia; haja vista que, embora
esteja previsto na Constituição o princípio da isonomia, no qual todos
devem ser tratados igualmente, muitos cidadãos se utilizam da
inferioridade religiosa para externar ofensas e excluir socialmente
pessoas de religiões diferentes.
Segundo pesquisas, a religião afro-brasileira é a principal
vítima de discriminação, destacando-se o preconceito religioso como o
principal impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato
social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Ao seguir essa linha de
pensamento, observa-se que a preparação do preconceito religioso se
encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que se uma criança vive em
uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo também por
conta da vivência em grupo. Assim, a continuação do pensamento da
inferioridade religiosa, transmitido de geração a geração, funciona
18. Infere-se, portanto, que a intolerância religiosa é um mal para
a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo Federal
construir delegacias especializadas em crimes de ódio contra religião,
a fim de atenuar a prática do preconceito na sociedade, além de
aumentar a pena para quem o praticar. Ainda cabe à escola criar
palestras sobre as religiões e suas histórias, visando a informar
crianças e jovens sobre as diferenças religiosas no país, diminuindo,
assim, o preconceito religioso. Ademais, a sociedade deve se
mobilizar em redes sociais, com o intuito de conscientizar a
população sobre os males da intolerância religiosa. Assim, poder-se-
á transformar o Brasil em um país desenvolvido socialmente, e criar
um legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar."
19. REDAÇÕES NOTA MIL
Larissa Cristine Ferreira, 20 anos
"O Período Colonial do Brasil, ao longo dos séculos XVI e XIX, foi marcado pela
tentativa de converter os índios ao catolicismo, em função do pensamento
português de soberania. Embora date de séculos atrás, a intolerância religiosa no
país, em pleno século XXI, sugere as mesmas conotações de sua origem:
imposições de dogmas e violência. No entanto, a lenta mudança de mentalidade
social e o receio de denunciar dificultam a resolução dessa problemática, o que
configura um grave problema social.
20. Nesse contexto, é importante salientar que, segundo Sócrates, os
erros são consequência da ignorância humana, Logo, é válido analisar
que o desconhecimento acerca de crenças diferentes influi
decisivamente em comportamentos inadequados contra pessoas que
seguem linhas de pensamento opostas. À vista disso, é interessante
ressaltar que, em algumas religiões, o contato com perspectivas de
outras crenças não é permitido. Ainda assim, conhecer a lei é
fundamental para compreender o direito à liberdade de dogmas e,
portanto, para respeitar as visões díspares.
Além disso, é cabível enfatizar que, de acordo com Paulo Freire, um
seu livro "Pedagogia do Oprimido", é necessário buscar uma "cultura
de paz". De maneira análoga, muitos religiosos, a fim de evitar
conflitos, hesitam em denunciar casos de intolerância, sobretudo
quando envolvem violência. Entretanto, omitir crimes, ao contrário
do que se pensa, significa colaborar com a insistência da
discriminação, o que funciona como um forte empecilho para
resolução dessa problemática.
21. Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de
assegurar o respeito religioso e o exercício de denúncia. Posto isso,
cabe ao Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da
Justiça, implementar aos livros didáticos de História um plano de
aula que relacione a aculturação dos índios com a intolerância
religiosa contemporânea, com o fito de despertar o senso crítico
nos alunos; e além disso, promover palestras ministradas por
defensores públicos acerca da liberdade de expressão garantida
pela lei para que o respeito às diferentes posições seja conquistado.
Ademais, a Polícia Civil deve criar uma ouvidoria anônima, tal como
uma delegacia especializada, de modo a incentivar denúncias em prol
do combate à problemática.“
22. Tolerância na prática
A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no
sistema jurídico brasileiro – assegura a todos a liberdade de
crença. Entretanto, os frequentes casos de intolerância religiosa
mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito
na prática. Com efeito, um diálogo entre sociedade e Estado
sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa é
medida que se impõe.
23. Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma
reprodução da casa colonial, como disserta Gilberto Freyre em
“Casa-Grande Senzala”. O autor ensina que a realidade do Brasil
até o século XIX estava compactada no interior da casa-grande,
cuja religião era católica, e as demais crenças – sobretudo
africanas – eram marginalizadas e se mantiveram vivas porque os
negros lhe deram aparência cristã, conhecida hoje por
sincretismo religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja
uma religião que subjugue as outras, o que deve, pois, ser
repudiado em um estado laico, a fim de que se combata a
intolerância de crença.
24. De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra
“Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das principais
características – e o maior conflito – da pós-modernidade, e,
consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de
tolerar diferenças. Esse problema assume contornos específicos
no Brasil, onde, apesar do multiculturalismo, há quem exija do
outro a mesma postura religiosa e seja intolerante àqueles que
dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para
combater a rejeição à diversidade de crença é desconstruir o
principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt
Bauman: o individualismo.
25. Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem
para mitigar a intolerância religiosa. Cabe aos cidadãos repudiar a
inferiorização das crenças e dos costumes presentes no
território brasileiro, por meio de debates nas mídias sociais
capazes de descontruir a prevalência de uma religião sobre as
demais. Ao Ministério Público, por sua vez, compete promover
ações judiciais pertinentes contra atitudes individualistas
ofensivas à diversidade de crença. Assim, observada a ação
conjunta entre população e poder público, alçará o país a
verdadeira posição de Estado Democrático de Direito."
26. AGORA VOCÊ ESCREVERÁ UMA REDAÇÃO DIGNA
DE ENEM!
• Leia algumas ideia acerca do tema sobre o qual irá
redigir e pesquise mais!
• Mas antes, tente responder esse percurso
discursivo!
27. PERCURSO DISCURSIVO
- O que você sabe sobre o tema? Qual a situação atual?
- Quais o fatos tem ouvido ou lido sobre?
- O que você pensa sobre isso? Sua visão e opinião?
- Que conhecimento de Biologia, Geografia, História,
Filosofia, Sociologia etc você sabe e pode relacionar
com as ideias que você defende
- Quais as causas e consequências deste problema?
28. Durkheim, Criminalidade e Punição
Para Durkheim, a criminalidade não consiste em um fenômeno estranho ou patológico, mas sim um
dos fatos sociais, caracterizado por estar presente em todas as sociedades, mesmo que manifestado de
modos distintos, além de ser necessário às mudanças e, consequentemente, à evolução do meio social.
Os crimes, para ele, são definidos como uma ofensa a certos pensamentos coletivos e para que
deixassem de existir, seria necessária uma unanimidade de pensamento, o que, até em sociedades
menores, é impossível, pois as individualidades, ainda que pequenas, não são nulas e nunca serão
passíveis de extinção, ademais os crimes só constituem uma doença, caso os seus índices atinjam
níveis alarmantes, o que pode ser observado no Brasil.
O contraste visto entre o funcionamento e eficácia dos sistemas carcerários sueco e brasileiro, por
exemplo, pode ser explicado como reflexo dessa patologia que atinge o nosso país atualmente. Porém,
a superlotação dos presídios nacionais e, até mesmo, os índices cada vez maiores de criminalidade são
consequências diretas da ineficácia que as penitenciárias brasileiras apresentam no tratamento e na
socialização dos detentos, que, por muitas vezes, não recebem segurança dentro desses lugares de
detenção, nem alternativas para sair do mundo do crime, restando somente a opção de cometerem
delitos semelhantes ou piores aos anteriores ao cárcere. Durkheim defende que a existência de uma
sociedade completamente isenta de crimes é impossível e talvez ele esteja certo, porém se buscássemos
alternativas menos agressivas de punição, aliadas a uma reintegração no meio social, obviamente
obteríamos a redução da criminalidade no país e a demanda por mais presídios e policiamento, o
primeiro passo a ser dado é o abandono de concepções arcaicas e conservadoras e a aceitação de que
punir, na grande parte dos casos, não é remediar.