1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: HIST. DA ESCOLARIZAÇÃO BRAS. E
PROC PEDAGÓGICOS
PROF.: SIMONE VALDETE DOS SANTOS
ALUNA: RENATA LIMA DOS SANTOS
DATA: 13/12 /2012
Turma: D
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS NEGROS NO BRASIL
Devido a expansão marítima européia e a conquista do Novo Mundo, no
século XV, os europeus necessitavam de mão de obra para seus projetos,
localizados nas terras conquistadas. Então decidiram escravizar os indígenas,
mas esta idéia não durou por muito tempo, pois a Igreja Católica Proibiu esta
prática.
Com a falta de mão de obra e devido a proibição da igreja em escravizar
os índios, os europeus retornaram ao Continente Africano e negociaram a
compra de escravos, que já era uma prática antiga na África. Deste momento
em diante, teve um grande aumento no número de escravos e com isso foi se
expandindo o tráfico de escravos no mundo.
Cerca de 40% dos escravos negros morriam durante a viagem de navio,
nem chegavam ao seu destino, devido a superlotação ou falta de mantimentos.
Portugal, foi o país que mais utilizou a mão de obra escrava, geralmente
em suas plantações. Mas a Espanha também usufruía dos escravos para o
trabalho nas minas e a Inglaterra e a França para os serviços domésticos em
geral.
Com a chegada dos negros no Brasil, sua mão de obra foi utilizada para
o trabalho pesado nas fazendas.
Muito embora a maioria dos senhores de engenho aceitarem e
usufruírem da mão de obra escrava, existiam os abolicionistas que eram contra
tal situação. Após anos de batalhas para terminar com a escravidão no Brasil,
os abolicionista conquistaram tal feito com a sanção da Lei Áurea, em 13 de
maio de 1888., que dava direito de liberdade à todos os escravos.
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2. Mas antes da sanção desta lei, em 1871, foi criada a Lei do Ventre Livre,
que deu direito de liberdade à todo o filho de escrava , nascido a partir da data
da assinatura e a Lei do Sexagenário, que concedia a liberdade aos escravos
maiores de 60 anos de idade, que já não tinham mais disposição para o
trabalho.
Após a assinatura da Lei Áurea, a população negra foi liberta, mas sem
direito a uma indenização, assistência ou garantias. Devido a falta de preparo e
ajuda, não possuíam meios nem condições de concorrer com os imigrantes às
propostas de trabalho oferecidas, o que levou os negros ao desemprego e a
vida marginal.
Em relação a educação dos negros no Brasil, sabe-se que no período do
Império, mais precisamente no momento da sanção das Leis do Ventre Livre e
Áurea, foram implementados meios para que os negros pudessem iniciar seus
estudos em algumas escolas, exemplo disso é a fala de Joaquim Nabuco, em
seus projeto abolicionista nos meados de 1880:
“Serão estabelecidas nas cidades e vilas aulas primárias
para os escravos. Os senhores de fazendas e engenhos
são obrigados a mandar ensinar a ler, escrever, e os
princípios de moralidade aos escravos”.
Infelizmente, estas e outras idéias não foram colocadas em prática,
sendo deixadas de lado, é o que fica demonstrado no trecho do livro de
Florestan Fernandes:
“A preocupação pelo destino do escravo se mantivera em
foco enquanto se ligou a ele o futuro da lavoura. Ela
aparece nos vários projetos que visaram regular,
legalmente, a transição do trabalho escravo para o
trabalho livre, desde 1823 até a assinatura da Lei Áurea.
(...) Com a Abolição pura e simples, porém, a atenção dos
senhores se volta especialmente para seus próprios
interesses. (...) A posição do negro no sistema de trabalho
e sua integração à ordem social deixam de ser matéria
política. Era fatal que isso sucedesse”.
Contudo, o Colégio São Benedito, o Colégio Perseverança e o Colégio
Cesário, foram instituídos para alfabetizar os filhos dos homens negros da
cidade. A irmandade São Benedito, em São Luis do Maranhão e a Escola de
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3. Ferroviários de Santa Maria, no Rio Grande do Sul ofereciam aulas públicas.
Um curso de alfabetização, um curso primário regular e um curso preparatório
para o ginásio foram criados pela Frente Negra em São Paulo.
Já no ano de 1960, nota-se uma grande expansão do ensino público, o
que gera o aumento do número de vagas oferecidas pelas escolas. Mas é no
final dos anos 40 que nota-se um grande aumento de estudantes negros no
ensino superior.
Em São Paulo, no ano de 1978, criou-se o primeiro grupo de negros que
utilizou o espaço universitário para discutir a temática: NEGRO E EDUCAÇÃO.
Neste período também surgiu o artigo da Fundação Carlos Chagas,
sobre o mesmo tema. Em 1998 este assunto teve reconhecimento e seu marco
foi um concurso organizado pela Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação, Ação Educativa e Fundação Ford.
E atualmente, discute-se muito sobre o sistema de cotas no Brasil, para
o ingresso dos estudantes negros em universidades públicas brasileiras. Essas
discussões demonstram os diferentes pontos, aspectos e opiniões das
pessoas, favoráveis ou desfavoráveis ao sistema de cotas brasileiro.
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4. BIBLIOGRAFIA
COSTA, Fabiana. A Educação do Negro no Brasil: Da Escravidão aos dias
atuais. Disponível em: http://www.slideshare.net/Fabianacosta/a-educao-do-
negro-no-brasil-palestra. Acesso em: 10 dez. 2012.
MARINGONI, Gilberto. O destino dos Negros após a abolição. Para todos.
N. 458. 1927. São Paulo. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?
option=com_content&view=article&id=2673:catid=28&Itemid=23. Acesso em:
10 dez. 2012.
SILVA, Thiago Ferreira da. Lei Áurea. Disponível em:
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/lei-aurea/. Acesso em: 10 dez.
2012.
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