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MANIFESTO DA BASE
                 Curso e Colégio Wilson Joffre
                      Ass. Educadores.
         Caros educadores companheiros de jornada...
         Que época é essa em que vivemos? Sentimo-nos perdidos no tempo e no
espaço, sem história, sem identidade e sem futuro. Parece-nos que os bons sentimentos
que mantínhamos pela educação, pela escola, por nosso trabalho, ora estão morrendo
aos poucos, ora estão sendo mortos duramente. Um desalento e uma profunda tristeza
invadem nossa mente quando ao acordar pelas manhãs, olhamos no espelho e
pensamos que teremos de “encarar” mais um, ou, vários turnos de “serviço” e não mais
de trabalho, pois as condições das quais estamos submetidos degeneram nossa
dignidade de educadores (professores e funcionários), além das diversas patologias que
nos afligem oriundas destas mesmas condições. O determinismo e o caos social nos
destroçam, e as ações exercidas pelo poder público reforçam e denigrem ainda mais o
papel dos educadores que caem em descrédito perante a sociedade.
         Nessas últimas semanas perante aos últimos acontecimentos fomos tomados
pela sensação de impotência, mas acima desta, a de indignação e revolta. Quais
acontecimentos??? Porte das escolas, por exemplo.
         Para onde foram nossas energias, nossa força, nosso grito? Por certo abafado
pelo sindicalismo de gabinete, pelos acordos que não garantem o mínimo do tão sonhado
“padrão de qualidade” e “valorização dos profissionais do magistério” que Constituição
Federal, LDB e os planos e metas de governo definem como prioridade. Tudo isso
resumido a “pó”. Desde quando devemos nos contentar com a miséria relegada ao
ambiente escolar e aos seus. Estamos em constante estado de mendicância.
         É estarrecedor chegarmos a seguinte condição; onde estamos “elite pensante” da
sociedade contemporânea? Que rumos estamos tomando?
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         Será que permitiremos que este seja o provérbio que definirá nossa categoria e
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         Historicamente os educadores (docentes e agentes educacionais) eram
referencias quanto à luta de classe e da base social enquanto trabalhadores.
         Itens primordiais da pauta de reivindicações estão sendo deixados de lado por
nossos dirigentes sindicais e pecamos por negligência, vezes por cansaço, vezes por
acreditar que nossos representantes de base “fariam seu papel” e nós enquanto
categoria, não cumprimos o nosso, transferindo nossa responsabilidade deixando de
discutir e participar das decisões.
         Nossa inatividade política chegou ao ponto de que dormimos sendo educadores e
acordamos sendo “pés de boi” confinados ao “porte das escolas”, supostamente para
atender um “Plano de Metas” do Governador do Estado que nem sabemos se compartilha
das mesmas metas de promoção humana a comunidade educativa a qual este (o plano)
está destinado. Pensávamos que oligarquias eram coisas da disciplina de história
estudadas em um passado distante, mas nos parece que o passado vira presente, onde
índices são mais importantes que pessoas, onde a iniciativa privada tem prioridade ao
bem estar público.
        Ao início de cada período letivo temos o mesmo retrato: quadro docente,
administrativo e demanda de cargas horárias insuficientes para garantir a organização do
trabalho escolar em todos os seus segmentos. Nesta mesma lógica aos educadores não
há garantia do Piso Nacional; não há equiparação salarial ao QPM, QFEB e QPPE
relativo aos demais servidores estaduais; há atrasos em pagamento dos PSS; falta
ampliação da hora atividade; falta isonomia da carga horária de trabalho aos
Professores Pedagogos, da educação especial e equipe dos NREs que prestaram o
concurso para horas aula; há falta de substitutos imediatos para licenças médicas,
especiais e afastamento PDE; há negligência a saúde dos educadores; há número
elevado de alunos por turma; determina-se ampliação de carga horária letiva sem
condições reais viáveis a sua implantação; há alteração da matriz curricular do
ensino médio pormenorizando os conhecimentos básicos aos educandos; propõe-
se possível alteração das Diretrizes Curriculares Estaduais, para uma Resolução a
nível nacional (retrocesso ao Estado do Paraná onde a proposta é fruto de anos de
trabalho dos educadores e comunidade paranaense, prevendo uma formação holística do
educando); há número elevado de turmas por pedagoga; há Livro de Registro de
Classe burocrático e incoerente com os avanços tecnológicos disponíveis; há
alunos com comprometimento na aprendizagem sem acompanhamento após a 6ª
Série; há violência e tráfico de drogas no ambiente escolar e em seu entorno; há
inclusão sem aporte didático pedagógico e físico; e outros pormenores que incidem
em todo o processo, um dos últimos inventos é a Equipe Multidisciplinar, que retira tarefa
de Competência do Profissional Pedagogo e transfere ao professor das disciplinas em
jornada no Sábado, sem remuneração, com a promessa messiânica, de carga horária
para avanço. Não podemos acreditar, no interior das escolas que TEMOS QUE FAZER.
        Neste cenário que se configurou confirmamos a necessidade de ações diretas e
objetivas para a reestruturação do ambiente educacional e do espaço escolar, essas
características não podem mais somente fazer parte de uma “Pauta de Reivindicações”,
tem de ser convertidas em ações imediatas que garantam a superação dessas
problemáticas.
        Como seres humanos, somos dotados de um sentimento chamado esperança
que ainda nos move, pois se dependêssemos de nossa saúde e integridade física e
moral, “quiSAS” estaríamos a espera de um leito sem remédio.
        Acreditamos que a beleza da Língua Portuguesa, nas tramas da Literatura
transponha a soma Matemática de nossas preocupações e intenções, motivadas pelos
insights neurológicos da nossa Biologia corporal; expressos pelas reações Químicas de
nosso organismo, movendo a Física de nossos corpos, registrando no espaço da
Geografia e no tempo da História, que somos protagonista de nossa vida e não meros
espectadores na Arte de viver; exprimindo em até Línguas Estrangeiras se necessário,
nosso profissionalismo como trabalhadores da educação.

       A BASE começou a se mover, não coloquem escoras... Desta vez não!
Comecem sim, tratar-nos como Educadores e Educadoras que somos,Todos e
Todas do espaço escolar.

      Manifesto de base do Colégio Estadual Wilson Joffre – Cascavel Paraná
      Cascavel, 07 de maio de 2011

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Manifesto da base

  • 1. MANIFESTO DA BASE Curso e Colégio Wilson Joffre Ass. Educadores. Caros educadores companheiros de jornada... Que época é essa em que vivemos? Sentimo-nos perdidos no tempo e no espaço, sem história, sem identidade e sem futuro. Parece-nos que os bons sentimentos que mantínhamos pela educação, pela escola, por nosso trabalho, ora estão morrendo aos poucos, ora estão sendo mortos duramente. Um desalento e uma profunda tristeza invadem nossa mente quando ao acordar pelas manhãs, olhamos no espelho e pensamos que teremos de “encarar” mais um, ou, vários turnos de “serviço” e não mais de trabalho, pois as condições das quais estamos submetidos degeneram nossa dignidade de educadores (professores e funcionários), além das diversas patologias que nos afligem oriundas destas mesmas condições. O determinismo e o caos social nos destroçam, e as ações exercidas pelo poder público reforçam e denigrem ainda mais o papel dos educadores que caem em descrédito perante a sociedade. Nessas últimas semanas perante aos últimos acontecimentos fomos tomados pela sensação de impotência, mas acima desta, a de indignação e revolta. Quais acontecimentos??? Porte das escolas, por exemplo. Para onde foram nossas energias, nossa força, nosso grito? Por certo abafado pelo sindicalismo de gabinete, pelos acordos que não garantem o mínimo do tão sonhado “padrão de qualidade” e “valorização dos profissionais do magistério” que Constituição Federal, LDB e os planos e metas de governo definem como prioridade. Tudo isso resumido a “pó”. Desde quando devemos nos contentar com a miséria relegada ao ambiente escolar e aos seus. Estamos em constante estado de mendicância. É estarrecedor chegarmos a seguinte condição; onde estamos “elite pensante” da sociedade contemporânea? Que rumos estamos tomando? “Quando não se sabe onde se quer chegar qualquer caminho serve!” Será que permitiremos que este seja o provérbio que definirá nossa categoria e nossa identidade humana e profissional? Historicamente os educadores (docentes e agentes educacionais) eram referencias quanto à luta de classe e da base social enquanto trabalhadores. Itens primordiais da pauta de reivindicações estão sendo deixados de lado por nossos dirigentes sindicais e pecamos por negligência, vezes por cansaço, vezes por acreditar que nossos representantes de base “fariam seu papel” e nós enquanto categoria, não cumprimos o nosso, transferindo nossa responsabilidade deixando de discutir e participar das decisões. Nossa inatividade política chegou ao ponto de que dormimos sendo educadores e acordamos sendo “pés de boi” confinados ao “porte das escolas”, supostamente para atender um “Plano de Metas” do Governador do Estado que nem sabemos se compartilha das mesmas metas de promoção humana a comunidade educativa a qual este (o plano)
  • 2. está destinado. Pensávamos que oligarquias eram coisas da disciplina de história estudadas em um passado distante, mas nos parece que o passado vira presente, onde índices são mais importantes que pessoas, onde a iniciativa privada tem prioridade ao bem estar público. Ao início de cada período letivo temos o mesmo retrato: quadro docente, administrativo e demanda de cargas horárias insuficientes para garantir a organização do trabalho escolar em todos os seus segmentos. Nesta mesma lógica aos educadores não há garantia do Piso Nacional; não há equiparação salarial ao QPM, QFEB e QPPE relativo aos demais servidores estaduais; há atrasos em pagamento dos PSS; falta ampliação da hora atividade; falta isonomia da carga horária de trabalho aos Professores Pedagogos, da educação especial e equipe dos NREs que prestaram o concurso para horas aula; há falta de substitutos imediatos para licenças médicas, especiais e afastamento PDE; há negligência a saúde dos educadores; há número elevado de alunos por turma; determina-se ampliação de carga horária letiva sem condições reais viáveis a sua implantação; há alteração da matriz curricular do ensino médio pormenorizando os conhecimentos básicos aos educandos; propõe- se possível alteração das Diretrizes Curriculares Estaduais, para uma Resolução a nível nacional (retrocesso ao Estado do Paraná onde a proposta é fruto de anos de trabalho dos educadores e comunidade paranaense, prevendo uma formação holística do educando); há número elevado de turmas por pedagoga; há Livro de Registro de Classe burocrático e incoerente com os avanços tecnológicos disponíveis; há alunos com comprometimento na aprendizagem sem acompanhamento após a 6ª Série; há violência e tráfico de drogas no ambiente escolar e em seu entorno; há inclusão sem aporte didático pedagógico e físico; e outros pormenores que incidem em todo o processo, um dos últimos inventos é a Equipe Multidisciplinar, que retira tarefa de Competência do Profissional Pedagogo e transfere ao professor das disciplinas em jornada no Sábado, sem remuneração, com a promessa messiânica, de carga horária para avanço. Não podemos acreditar, no interior das escolas que TEMOS QUE FAZER. Neste cenário que se configurou confirmamos a necessidade de ações diretas e objetivas para a reestruturação do ambiente educacional e do espaço escolar, essas características não podem mais somente fazer parte de uma “Pauta de Reivindicações”, tem de ser convertidas em ações imediatas que garantam a superação dessas problemáticas. Como seres humanos, somos dotados de um sentimento chamado esperança que ainda nos move, pois se dependêssemos de nossa saúde e integridade física e moral, “quiSAS” estaríamos a espera de um leito sem remédio. Acreditamos que a beleza da Língua Portuguesa, nas tramas da Literatura transponha a soma Matemática de nossas preocupações e intenções, motivadas pelos insights neurológicos da nossa Biologia corporal; expressos pelas reações Químicas de nosso organismo, movendo a Física de nossos corpos, registrando no espaço da Geografia e no tempo da História, que somos protagonista de nossa vida e não meros espectadores na Arte de viver; exprimindo em até Línguas Estrangeiras se necessário, nosso profissionalismo como trabalhadores da educação. A BASE começou a se mover, não coloquem escoras... Desta vez não!
  • 3. Comecem sim, tratar-nos como Educadores e Educadoras que somos,Todos e Todas do espaço escolar. Manifesto de base do Colégio Estadual Wilson Joffre – Cascavel Paraná Cascavel, 07 de maio de 2011