Este documento fornece um resumo do JB News nr. 2.146, um informativo maçônico publicado em 17 de agosto de 2016. O resumo inclui uma saudação do editor, o índice do informativo, e fatos históricos maçônicos do dia.
1. JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Blumenau - SC
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrAilton Elisiário – Salve! Regeneração Campinense
Bloco 3-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Sócrates, Xantipa e outras razões para se filosofar
Bloco 4-IrL.C. – Espiritualidade Maçônica
Bloco 5-IrFrancisco Ariza – Maçonaria e Alquimia (Parte II)
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrLuis Felipe (São Bernardo do Campo – SP)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 14 de agosto e versos do IrMiguel Alexandre Lopes.
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Combate da Roliça
Parte da(o) Guerra Peninsular no âmbito das Guerras
Napoleónicas
1808 - Batalha da Roliça
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 230º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente)
Faltam 136 para terminar este ano bissexto
Dia do Patrimônio Histórico e
dia da Independência da Indonésia
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1808 - Batalha da Roliça (Guerra Peninsular, Portugal).
1833 - Início da primeira travessia em navio a vapor do Oceano Atlântico.
1645 - Batalha de Casa Forte, vitória do exército pernambucano sobre as tropas holandesas.
1903 - Joseph Pulitzer estabelece o Prémio Pulitzer.
1942 - Segunda Guerra Mundial - um submarino alemão torpedeia os navios brasileiros Araxá e
Itagiba.
1945 - O livro Animal Farm (A Revolução dos Bichos no Brasil, O Triunfo dos Porcos em Portugal),
de George Orwell, é publicado pela primeira vez.
1937 - Fundação da Sociedade de Filosofia Transcendental, hoje Igreja Cristã Primitiva, no Brasil.
1940 - Primeiro concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro,
regida por Eugen Szenkar.
1945 - Independência da Indonésia.
1960 - O Gabão torna-se independente da França.
1962 - Guardas de fronteira da República Democrática Alemã matam Peter Fechter, de 18 anos,
enquanto ele tentava cruzar o Muro de Berlim.
1977 - Jorge Amado lança o romance Tieta do Agreste, uma das obras mais vendidas do autor.
1979 - Fundada a Associação Nacional de Jornais do Brasil, com o objetivo de defender a liberdade de
imprensa.
1998 - O então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, admite que teve uma "relação física
imprópria" com Monica Lewinsky. No mesmo dia, ele confessa que "enganou a nação" sobre o
relacionamento com a estagiária da Casa Branca.
1999 - Terramoto de İzmit (Turquia) provoca mais de 17 000 mortos, meio milhão de desalojados e 16
mil milhões de dólares US$ de prejuízos materiais.
2008 - O nadador norte-americano Michael Phelps torna-se o primeiro atleta a conquistar oito
medalhas de ouro na história dos Jogos Olímpicos
1822 Ata da 12ª Sessão do Grande Oriente Brasileiro presidido por José Bonifácio sobre assuntos
administrativos.
1872 Eleição no GO Unido (GOB mais GO Beneditinos) ,dá a vitória ao visconde do Rio
Branco, por 156 votos contra 6 dados a Saldanha Marinho, que, inconformado, provocaria
nova dissensão.
1958 Fundação da ARLS Copacabana nr. 1495, que trabalha no Templo 02 do Palácio do Lavradio
(GOB/RJ)
1999 Fundação da ARLS Ambrósio Peters nr. 74, de Florianópolis (GLSC)
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
prof.elisiario@uol.com.br
SALVE! REGENERAÇÃO
CAMPINENSE
A Loja Maçônica Regeneração Campinense celebra 93 anos de existência ativa em
Campina Grande, fundada em 19 de Agosto de 1923 por 40 homens de elevado comportamento
moral, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil. Em 1924 instalou seu templo na rua Maciel
Pinheiro, num sobrado que pertencia à família de Ivo Macacheira, transferindo-se em 1925 para a
rua Vidal de Negreiros, construindo ali o seu Templo definitivo.
No ano de 1963 foi o prédio demolido e em 20 de junho de 1968 o novo Templo era
consagrado à Glória do Grande Arquiteto do Universo. Em 1981 o prédio foi acrescido de um
anexo com três pavimentos, estando atualmente com uma área construída total de 1.000m² e, em
2003 instalou um elevador, atendendo aos anseios dos Irmãos idosos, que se viam impedidos de
participar das reuniões que se realizam no terceiro pavimento do prédio.
Em 1927 o Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para o Brasil
separou-se do Grande Oriente do Brasil, motivando a Loja Regeneração Campinense a
desvincular-se do Grande Oriente do Brasil e fundar a Grande Loja Maçônica do Estado da
Paraíba em 24 de agosto daquele ano, juntamente com a Loja Branca Dias e a Loja Padre
Azevedo, estas sediadas em João Pessoa.
A Loja foi reconhecida de utilidade pública pela Lei nº 5.859, de 7 de Janeiro de 1994 e,
desde que foi criada, que se voltou para a prestação do serviço à comunidade. Em 1927 a Loja
lançou a pedra fundamental do primeiro hospital da cidade que, inaugurado em 1932 recebeu o
título de Hospital Pedro I.
Este hospital esteve sob a administração da Loja até 2013, quando desapropriado pelo Poder
Público Municipal recebeu o título de Hospital Municipal Pedro I, permanecendo assegurada a
continuidade da ação social da Loja junto ao povo de Campina Grande, pela aplicação no novo
hospital dos princípios maçônicos impregnados no velho hospital.
2 – Salve! Regeneração Campinense.
Ailton Elisiário
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Todavia, neste ano foi criado o Clube Shriners Paraiba, que tem sede na Loja e por objetivo
a assistência médico-hospitalar de crianças e adolescentes portadores de patologias específicas,
tais como lábios leporinos, fissura palatina, lesões medulares, queimaduras, ortopedia, com
atendimento gratuito nos 22 hospitais Shriners for Children nos Estados Unidos, Canadá, México
e brevemente no Brasil.
Em 1928 a Loja abriu à comunidade a Biblioteca Arlindo Corrêa, com grande acervo de
obras de história e literatura, estando hoje incorporada em parte pela Escola de Ensino
Fundamental Antonio Vicente, escola fundada pela Loja em 1948 e em plena atividade desde sua
fundação no Bairro de José Pinheiro, com capacidade de matrículas para mil alunos.
Ainda em 1948 construiu o Mausoléu dos Maçons, que foi substituído em 1970 por outro
maior. Nos dias de hoje há entre os Irmãos o propósito da criação do museu maçônico, o primeiro
a ser instalado no Estado.
Em 1998, na confluência das ruas Vidal de Negreiros e João da Mata, erigiu o Monumento
Maçônico. Campina Grande tem 159 logradouros com nomes de maçons, dos quais 124 maçons
da Regeneração Campinense hoje dão seus nomes a ruas, travessas, avenidas e praças, o que
demonstra a importância da Loja para a cidade pelos serviços prestados pela Loja e pelos próprios
maçons.
Ainda em 1988 foi fundado o Clube das Acácias, uma entidade sem fins lucrativos
destinada ao esporte e lazer dos seus associados maçons da Loja. Nele funcionava gratuitamente
uma escolinha de natação para crianças e adolescentes e para crianças excepcionais de escolas
públicas. O Clube das Acácias funcionou até 2004, quando encerrou suas atividades em
decorrência da alienação do prédio do Aliança Clube 31 onde o Clube das Acácias estava
instalado.
A Loja patrocina as entidades paramaçônicas: a Associação das Samaritanas que congrega
as esposas dos maçons, o Bethel das Filhas de Jó e o Capítulo da Ordem DeMolay, que
congregam as filhas e filhos adolescentes dos maçons e jovens convidados e as crianças nos
Clubes dos Lowtons, Flor de Lotus e Abelhinhas.
Abriga também o Centro de Estudos Maçônicos, a Loja de Estudos e Pesquisas Renascença
e os Corpos Superiores do Supremo Conselho da Maçonaria para o Brasil: a Loja de Perfeição, o
Capítulo Rosa Cruz, o Conselho de Cavaleiros Kadosch e o Consistório de Príncipes do Real
Segredo, integrantes da Inspetoria da 1ª Região Litúrgica do Estado da Paraíba.
Cada um dos maçons através de seus exemplos, das suas profissões, das suas funções
públicas e das diversas atividades exercidas, reproduzem no seio da sociedade os ensinamentos
bebidos nas fontes da Maçonaria, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e
solidária, com fundamento na trilogia Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
São 93 anos de diuturno trabalho de mais de 1.300 maçons que impregnados dos princípios
e postulados da Ordem, se dedicaram ao engrandecimento da Maçonaria de Campina Grande que
hoje conta com 18 lojas maçônicas, das quais a Regeneração Campinense é a mais antiga e se
constitui indelével referencial histórico.
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
também está escrevendo
às quartas-feiras e aos domingos.
SÓCRATES, XANTIPA, E
OUTRAS RAZÕES MAIS PARA SE FILOSOFAR.
*Irmão José Ronaldo Viega Alves
ronaldoviega@hotmail.com
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Oriente de S. do Livramento – RS
“O melhor meio de se aproximar da filosofia,
é fazer perguntas filosóficas. (Jostein Gaarder)
O filosofar aqui utilizado no título, não tem a pretensão de encontrar as respostas para aquelas
velhas questões metafísicas que acompanham a humanidade desde os seus primórdios, e nem
poderia, pois, não sou filósofo. Mas, se como disse esse filósofo maior, Sócrates, que a filosofia
nasce do espanto, esse sintoma eu o tenho seguidamente, assim como outros também deverão ter,
o que faz então de nós todos, candidatos reunindo uma primeira condição para adentrarmos no
terreno da filosofia. Há que se considerar também, que sempre após o espanto inicial, vem a
pergunta mais importante para que nasça o pensamento filosófico, e que é natural a todos aqueles
que ainda se espantam com os acontecimentos em seu redor: Por que?
E se conseguimos entender que a filosofia compreende uma atitude especulativa e
de reflexão sobre a vida, o ser, o homem, as coisas, as ideias, as situações, os comportamentos, os
valores, e que dentre tantos outros assuntos importantes, somente para exemplificar, se preocupa
com esse que anda muito esquecido ultimamente cujo nome é ética, já valeria a pena filosofar, ou
no mínimo ler sobre filosofia. Ainda: levando em consideração que muitos dos assuntos dessa
natureza são alvo de discussões no meio maçônico, como não dizer que não estamos filosofando
em determinados momentos? Aliás, filosofar, é algo que se coaduna com “livres-pensadores”,
expressão muito utilizada quando querem se referir aos Maçons.
3 – SÓCRATES, XANTIPA,
E OUTRAS RAZÕES MAIS PARA SE FILOSOFAR.
José Ronaldo Viega Alves
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Ao exercermos a crítica, ao tomarmos uma atitude, seja com o propósito de dizer
não aos preconceitos, aos julgamentos rápidos e superficiais, às crenças do nosso dia a dia, às
injustiças sociais, ou quando queremos nos livrar das contradições, da ambiguidade, e refletimos,
e pensamos sobre isso tudo, assumimos uma atitude filosófica ou o exercício filosófico. Uma
característica basilar da filosofia é um dizer não aos pré-conceitos, aos pré-juízos, para avaliá-los
do ponto de vista da razão, da racionalidade.
Antes de prosseguir, preciso dizer: quero poder não me alongar muito nestes artigos,
para cujos temas buscarei uma síntese, quando possível, e quanto aos outros artigos, aqueles que
vem saindo aos domingos também, esses irão sofrer, logo, logo, uma diminuição em seu
tamanho, já que a minha proposta original ou projeto inicial está findando, proposta que residiu
basicamente em tratar de assuntos relevantes ou até mesmo polêmicos, maçônicos principalmente,
no tocante à história da Maçonaria, Ritualística, Ritos e Simbolismo, sempre recorrendo ao
máximo de opiniões abalizadas provenientes de fontes variadas: artigos em revistas, coletâneas
em livros e das próprias obras escritas de renomados Irmãos maçonólogos... O grande objetivo,
para quem entendeu, foi municiar e auxiliar Irmãos em suas pesquisas, dando-lhes a oportunidade
(aqueles que não possuem material suficiente ainda) de terem à mão um verdadeiro manancial de
informações. E deu bastante trabalho, mas, se alguns reconheceram este esforço que estava sendo
feito para colocar aos domingos no JB NEWS tudo e mais um pouco à disposição desses Irmãos
que buscam o conhecimento maçônico, já terá valido à pena, e se alguns entenderam diferente,
poucos, talvez um, dizendo que tudo não passava de mera construção feita através do recurso do
“copiar e colar”, ou afirmações levianas desse tipo, paciência, pois, ninguém nasce sabendo, ou...
Ou, aqui cabe na sequência, esta outra definição de filosofar, com a qual me sinto no
dever de homenagear esses poucos, ou esse um, dizendo que o filosofar pode ser também a
expressão de ideias sem valor, preconceituosas e superficiais. Isso, por si só, diz tudo. Há filosofia
e filosofismo, com certeza.
O fato é que vou continuar pensando que é sempre bom ouvir as opiniões daqueles
que nos antecederam em suas pesquisas, em suas descobertas, trazendo à luz novas informações,
novos pontos de vista sobre velhas questões, e principalmente aqueles que nos ajudam a rever
conceitos, principalmente velhos conceitos empoeirados.
Lembro agora de uma frase que é atribuída ao grande físico inglês Isaac Newton, que
teria dito: “Se subi tão alto foi porque me apoiei nos ombros de gigantes.” É de se levar em
consideração sempre, que fundamentalmente para o Maçom, logo após a sua Iniciação que ele
conte com Irmãos, com Mestres que possam lhe orientar, lhe mostrar acerca do vasto e rico
universo que compõem a Maçonaria, tudo no seu devido tempo, mas, com segurança, com
respostas que aplaquem a sua sede de saber, com a certeza de que se encontra entre Mestres, na
verdadeira acepção da palavra. Então, para angariar esses conhecimentos, para obter a cultura
necessária e para evoluir auxiliando os nossos Irmãos no descortinar dos véus que encobrem os
mistérios maçônicos, não podemos ignorar sob hipótese nenhuma, aqueles que vieram antes e
pavimentaram a estrada do conhecimento e da sabedoria, aliás, duas coisas distintas e assunto para
este espaço no futuro.
8. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 8/25
A palavra razão em seu significado mais afeto à Filosofia quer dizer: “Faculdade
humana da linguagem e do pensamento voltada para a apreensão cognitiva da realidade”, além de
“Faculdade de conhecer o real, por oposição ao que é aparente ou acidental”.
Mas, sobre a palavra razão há muito mais. Ela pode ser traduzida por bom senso, e
bom senso leva à sabedoria, não?
Razão é o uso do raciocínio, faculdade através da qual o homem está apto a
compreender, conhecer e julgar (?), mas, será que sempre ouvimos a voz da razão, ou será que
nesse mundo moderno, com tanto barulho à nossa volta, não estamos ficando cada vez mais
surdos?
Ou é que somos humanos, e sendo demasiadamente humanos, “a razão nem sempre
vence as paixões”.
Também sobre o filosofar, podemos dizer que afora o interpretar da nossa realidade,
há um imenso desejo de saber, afinal, em grego, está explícito que a palavra “philosophia” quer
dizer “amor à sabedoria”. (Chauí, pág. 28, 2013) Palavra inventada por Pitágoras de Samos (outro
filósofo com influência na Maçonaria).
E falando nos gregos, vou falar um pouco sobre um em especial, cujo nome já foi
citado anteriormente quando se referindo ao espanto: Sócrates. Exatamente, para nós Maçons, ele
tem um significado da mais alta importância. E já entrando em mais detalhes, as razões são as
seguintes: além de seus ensinamentos ou seus questionamentos serem usados no processo
pedagógico maçônico, existe uma passagem da sua vida que tem relação direta com o fato de
optar pela filosofia como grande objetivo da sua vida, e que julgo interessante aqui contar como
um belo aprendizado. Ou conselho?
Sócrates (470-399 a.C.), foi um dos maiores filósofos que já existiu, e embora
conste que não tenha escrito uma linha sequer, foi e é uma das maiores influências na história do
pensamento do mundo ocidental. Sabemos do que ele disse, pelo fato de que, dois de seus maiores
discípulos se encarregaram de registrar os seus ensinamentos: Xenofante e Platão.
Claro que, devemos levar em consideração essa outra coisa que é muito importante:
que Platão em seus escritos, pelo fato de dar a palavra a Sócrates, deixou aquela sombra de dúvida
com respeito a se o mesmo teria dito aquilo exatamente assim ou assado.
Mas, independente de saber que ele foi condenado a morrer bebendo do veneno
chamado cicuta, um pouco por ser filósofo, e outro, acusado de corromper a juventude e não
reconhecer a existência dos deuses, acusações pesadas para a época e aos olhos da sociedade em
que vivia. A maneira como morreu, ou melhor, se deixou morrer, já que se houvesse abandonado
Atenas, tão simples assim, não teria acontecido a sua morte, o fato acabou contribuindo também
para a sua imortalidade, e da maneira como Platão o descreveu e revelou o seu pensar, ele é
mesmo uma das grandes inspirações do Ocidente desde mais de 2000 anos. E aqui vai sintetizada
uma parte do que ele pensava: “Todas as pessoas podem entender as verdades filosóficas,
bastando para isso usar sua razão.”
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Quem ainda não ouviu essa outra frase, talvez a mais famosa de Sócrates, “Conhece-
te a ti mesmo.”? Essa frase, assim como muitos dos conceitos que compõem a filosofia socrática
são alguns dos pilares da Maçonaria, e são ensinamentos que vem sendo repetidos em nosso
âmbito, no entanto, o quanto são levados a sério, discutidos e refletidos, e desenvolvidos, isso sim,
é outra história.
Mas, Sócrates, como escreveu o pensador e docente judeu-argentino Jayme Barylko,
era um sujeito estranho, não se submetia às convenções da maioria e pensava com seu próprio
cérebro. Bem, talvez aí resida a razão mais forte de todas para que o convidassem a morrer.
Continuando, podemos dizer que Sócrates fez da filosofia a sua razão de viver e de
morrer. E dizem que foi incentivado pela sua mulher Xantipa. Por que teria ocorrido assim? Aqui
é que vem a parte curiosa da história à qual me referi anteriormente.
Dizem que há males que vem para bem. Pois, esse velho ditado vai caber
perfeitamente na história que vou contar, citada por Barylko, que eu somente estou traduzindo
direto, e claro com algumas pequenas liberdades.
Xantipa, a mulher de Sócrates era extremamente mal humorada. Até aí, nada demais,
afinal o mundo está cheio desse tipo de gente.
O fato é que o relacionamento de Sócrates e Xantipa era o que se chama de
complicado, ou de um convívio difícil, mas, como é muito comum também de acontecer nesses
casos, Sócrates não podia viver sem ela. Então, Sócrates teve um pensamento genial, e fez
daquilo que era um problema do seu cotidiano (e que não era diferente do cotidiano de várias
pessoas pelo mundo afora), uma aprendizagem filosófica. E qual foi essa aprendizagem?
“Se eu consigo fazer com que Xantipa não influa no meu ânimo, alcançarei o
máximo em sabedoria: governar-me a mim mesmo.”
Nossa! Isso sim que é uma lição e tanto, porque o que tem de gente querendo influir
desde a primeira hora do dia no ânimo da gente e para pior...
Bem, eu disse que não ia me estender muito, e não quero ser acusado de falsear com a
verdade, o que hoje em dia, até pode ser considerado muito comum, e isso é outro tema para a
filosofia. Mas, afora o fato de aceitar que vamos ter de conviver com muitas Xantipas (e aqui é
uma metáfora) até mesmo em nosso meio, o importante e o tolerante (termo por excelência,
maçônico) é que dá para fazer de um limão, uma limonada.
Quero finalizar, este primeiro artigo com uma espécie de lembrete do Barylko, que
prefiro preservar na sua língua original, mas, na expectativa de que ele possa gerar muita reflexão:
“El que bebe agua no piensa en el agua. Piensa en el agua quien tiene sed, y no
ve más que desierto. Amigo lector, conoce cuál es su sed? Seguramente algún motivo lo hará
dudar, entrar en crisis. Aproveche la circunstancia desfavorable y piense. Es revitalizante. No
es necesario ser filósofo, en el pensamiento se encontrará a usted mismo. Y eso no es poco.”
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
BARYLKO, Jaime. “LA FILOSOFÍA Una Invitación a Pensar” – Ediciones B – 1ª Edición –
Buenos Aires – Argentina.
CHAUÍ, Marilena. “Iniciação à Filosofia” – Editora ática – 1ª Impressão - 2013
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L.'.C.'.
M.'.I.'. da Loja Convergência (G.'.O.'.L.'.)
Lisboa, Portugal
Colaboração: Ir. Laurindo Gutierrez
ESPIRITUALIDADE MAÇÓNICA
Nesta pequena prancha, irei tentar falar-vos de Espiritualidade, entendendo-a como a vida do
espírito, e este, como o poder de pensar. Não deveremos confundir Espiritualidade com religião,
que é apenas uma das maneiras de a viver, ou com espiritualismo, que é apenas uma das maneiras
de a pensar.
Entendo que a espiritualidade é uma dimensão da condição humana, mais do que o bem exclusivo
de Igrejas, Religiões ou Escolas de pensamento.
Tomo como pressupostos que existe uma Espiritualidade religiosa, que pode ser comandada por
razões de fé, ou seja, de carácter esotérico, ou por razões de temor, ou seja, de carácter exotérico;
e que existe também, entre outras, uma Espiritualidade totalmente diferente, de carácter
individual, mas não solitária, libertária na sua essência, a que irei chamar Espiritualidade
Maçónica.
Será possível uma espiritualidade laica? Provavelmente, mais do que uma espiritualidade clerical
ou do que uma laicidade sem espírito! Será possível uma espiritualidade sem Deus? Porque não?
É aquilo a que tradicionalmente chamamos a Sabedoria, pelo menos numa das suas vertentes. Será
necessário acreditar em Deus para que viva um espírito em nós?
Passemos à etimologia. A palavra vem do latim spiritus, o que em grego seria traduzível por
psukhê (a etimologia, nestas duas línguas, faz referência ao sopro vital, à respiração) e também
por pneuma. Isto significa que a fronteira entre o espiritual e o psíquico é porosa... O amor, por
exemplo, pode pertencer a ambos. A fé é um objecto psíquico como outro qualquer. Mas é
também uma experiência espiritual. Digamos que tudo o que é espiritual é psíquico, mas nem tudo
o que é psíquico é espiritual. O psiquismo é um conjunto cujo vértice ou extremo seria a
Espiritualidade…
Na prática, fala-se de Espiritualidade para a parte da vida psíquica que nos parece mais elevada:
aquela que nos confronta com Deus ou com o absoluto, com o infinito ou com o todo, com o
sentido ou a falta de sentido da vida, com o tempo ou com a eternidade, com a oração ou o
silencio, com o mistério ou o misticismo, com a oração ou a contemplação. É por isso que os
crentes se sentem tão à vontade com ela. É por isso que os ateus têm (ou sentem?) tanta
necessidade dela. Da Espiritualidade!
4 – Espiritualidade Maçônica
LC
11. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 11/25
A Espiritualidade, para os crentes, tem um objectivo claramente definido (mesmo que não
conhecível), que será um sujeito, que será Deus. A Espiritualidade é aqui um encontro, um
diálogo, uma história de amor ou de família. “Meu Pai”, dizem eles. Será isto espiritualidade ou
psicologia? Mística ou afectividade? Religião ou infantilismo?
O ateu é menos despojado ou menos pueril. Ele não busca um Pai, nem o encontra. Não instaura
um diálogo. Não encontra um amor. Não habita uma família. Mas sim o Universo, o Infinito, o
Silencio, a presença do Todo. Não uma transcendência, mas sim a imanência. Não um Deus, mas
o devir universal, que o contém e transporta. Não um sujeito, mas a presença universal. Não um
Verbo ou sentido, mas a verdade universal. Mesmo que conheça apenas uma ínfima parte dela,
isso não impede que ela o contenha completamente…
Uma espiritualidade sem Deus? Será uma espiritualidade da imanência, mais do que da
transcendência, da meditação mais do que da oração, da unidade mais do que do encontro, da
fidelidade mais do que da fé, da “enstase” mais do que do “êxtase”, da contemplação mais do que
da interpretação, do amor mais do que da esperança, e que será igualmente motivadora de uma
mística, ou seja, de uma experiência da eternidade, da plenitude, da simplicidade, da unidade, do
silêncio…
Estou em crer que é exactamente na síntese destes dois extremos que se situa aquilo a que ouso
chamar a Espiritualidade Maçónica. Mas antes de a procurar definir, deverei afirmar que é apenas
no trabalho maçónico que ela poderá ser verdadeiramente aprofundada.
Em primeiro lugar, importa esclarecer que a Maçonaria não sendo uma religião, é profundamente
religiosa. É também pressuposto, em particular no nosso Rito, que o trabalho maçónico seja feito
à glória do G.’.A.’.D.’.U.’.. No entanto, a Maçonaria não revela nenhuma verdade superior. Pelo
contrário, convida os seus membros a procurarem a verdade para a realizarem em si mesmos, o
que é profundamente diferente, colocando-os na via dessa procura e dessa realização, situando-se
aqui o verdadeiro significado da iniciação.
É na sua própria interioridade que cada Maçon deve descobrir a verdade, longe de qualquer
ensinamento ou sistema dogmático que lhe seja administrado do exterior. Ao contrário da maioria
das religiões ocidentais, a Maçonaria ensina-nos que a verdade é algo que se deve procurar! Não
existe, contudo, qualquer incompatibilidade, para cada Maçon, entre o método maçónico
(chamemos-lhe assim) e a verdade revelada da sua religião (se ele a tiver), desde que ele se
mantenha um livre pensador…
(Não sendo eu membro ou fiel de qualquer religião organizada, admito que seja possível, por
exemplo, um aprofundamento da espiritualidade religiosa para um cristão, através de uma busca
interior no do trabalho de Loja. É de qualquer modo inquestionável a origem cristã da Maçonaria,
apesar de uma progressiva descristianização, por um lado, na Maçonaria inglesa, para uma melhor
inserção dos judeus no seu seio, e na francesa, por outro lado, por influência do iluminismo. Esta
temática caberá, contudo, noutro contexto).
12. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 12/25
A tolerância é uma das principais virtudes da Maçonaria e do Maçon. Trata-se de uma atitude
interior que repousa no respeito pela pessoa humana, pela liberdade de pensamento e pelo
percurso intelectual e espiritual de cada um. É neste pressuposto que assenta a minha afirmação de
que a Espiritualidade Maçónica é uma Espiritualidade Libertária: ao sugerir um caminho
individual para a descoberta da verdade, constrói também um percurso libertador. Esse percurso
adquire uma força particular no momento do diálogo: “P: Que vimos buscar em Loja? R: A
LUZ!”. É essa Luz, que só o trabalho de Loja é capaz de nos transmitir, que permite a cada um de
nós o aprofundamento da nossa própria espiritualidade.
E o que é esse Trabalho de Loja senão o da Construção do Templo? Os Franco-Maçons colaboram
conjuntamente na construção de um Templo, o que é determinante do carácter essencialmente
colectivo da iniciação maçónica, (contrariamente por exemplo à alquimia, que é uma via iniciática
solitária). Assim, se é no interior de si próprio que o Maçon encontra a sua espiritualidade, é no
trabalho colectivo da Loja que ele absorve o método para a aprofundar.
A colaboração no mesmo projecto permite a construção de uma unidade fraternal e espiritual, que
assenta na harmonia da Loja, como nós bem sabemos. A construção dessa unidade fraterna e
espiritual que é a Loja é o primeiro nível em que se edifica o Templo em que trabalham todos os
Maçons. O segundo nível é o da Ordem no seu conjunto. O terceiro, o da Humanidade no seu
todo, através da irradiação que os Maçons devem exercer em seu torno, no mundo profano. Reside
aqui o verdadeiro significado simbólico e operativo da Cadeia de União.
Poderemos, deste modo afirmar, em jeito de síntese, que a Espiritualidade Maçónica consiste na
busca individual da Verdade, que se atinge através da Luz, assente num trabalho colectivo que
consiste na construção de um Templo à glória do G.’.A.’.D.’.U.’., e pressupondo o desbaste da
pedra bruta que é cada um de nós, tendo por base a tolerância.
Esta tarefa é libertadora porque nos ajuda a combater a injustiça, os preconceitos e os erros, e
realiza-se no espaço infinito do Templo, que é cada um de nós, a Loja, a Maçonaria Universal e
toda a Humanidade, e na trilogia do tempo, que a nossa língua permite integrar: o metereológico
(a coberto), o cronológico (do meio dia até à meia noite) e o kairológico (em cada momento é o
tempo certo).
Porque a harmonia é um acordo feliz e agradável entre vários elementos simultâneos mas
independentes uns dos outros, que condiciona a Beleza…, a vontade, a perseverança e o trabalho
são o verdadeiro sustentáculo da Força…, atingiremos um dia a Sabedoria, através da busca da
Verdade, que consiste no aprofundamento da nossa Espiritualidade individual!
13. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 13/25
Maçonaria e Alquimia (Parte II)
Publicado por Luiz Marcelo Viegas
(https://opontodentrodocirculo.wordpress.com)
Autor: IrFrancisco Ariza
Tradução: Igor Silva
Os suportes mais importantes, e poderíamos dizer virtualmente os únicos, são os símbolos e o alto
Ensino que se deriva deles, tendo em conta que os símbolos iniciáticos foram especialmente
desenhados para cumprir essa função didática, e estão “carregados”, se nos permitem a expressão,
de influxos espirituais ou, se preferirem, de ideias-força, que eles mesmos transmitem sob suas
formas e modos respectivos, e que convenientemente estimulados por nosso estudo, meditação e
concentração, comunicam-nos e nos fazem partícipes de seu conteúdo, que assim que seja
compreendido, incorporamo-lo e fazemos plenamente nosso, quer dizer, que nos identificamos
com a ideia que revelam, ou dito de outra maneira: devimos essa própria ideia, pois como diz
Aristóteles, e confirmam as experiências de todos os que o viveram, e o vivem, “o ser é o que
conhece”, quer dizer que há uma identidade entre ser e conhecer: a gente é o que conhece.
5 – Maçonaria e Alquimia (Parte II)
- Francisco Ariza
Kennyo Ismail
14. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 14/25
Por isso mesmo é tão importante o conhecimento dessa Ordem Arquetípica, que é a Cosmogonia,
pois na medida em que dito conhecimento se faz em nós por sua compreensão, e tendo sempre
presente as correspondências e analogias entre o macrocosmos e o microcosmos, nossa
consciência se universaliza ao aflorar nela outros estados de uma natureza muito mais sutil, e que
até esse momento eram completamente desconhecidos, até formando parte de nós mesmos. Essa
“floração” é o que no tantrismo hindu se denomina o “despertar dos chakras”, palavra que quer
dizer “rodas”, e que são efetivamente estados de nossa consciência que jazem adormecidos até
que são despertados pela energia espiritual (uma de cujas expressões é a paixão pelo
Conhecimento), a que podemos relacionar com o enxofre alquímico, força divina que jaz no
centro de nosso ser, ou também com o maço e o cinzel maçônicos, cuja ação conjunta sobre a
“pedra bruta” fazem possível a transformação desta em pedra cúbica.
Esse despertar dos centros sutis nos permite ir ascendendo degrau a degrau, degrau após degrau,
pela “escada filosófica” que une a terra com o céu, até chegar a conceber, e em conseqüência
viver, a ideia da Unidade, do Si mesmo, que constitui a “chave de abóbada” ou “pedra angular”,
idêntica à “pedra filosofal” da Alquimia, de todo o Edifício Cósmico –e é obvio do ser humano,
que vive assim a plenitude de uma existência não circunscrita somente a sua individualidade, pois
esta foi transmutada pela gradual identificação com o universal por meio de seu conhecimento e
da identidade com ele.
Então aquela existência que estava sujeita ao ilusório e evanescente de que falávamos mais acima,
cobra aqui todo seu sentido e passa a ser o suporte permanente dessa transmutação, que é uma
sucessão constante de mortes e nascimentos, ou dito em linguagem alquímica, de dissoluções e
coagulações, que vão “afinando” o “composto” humano até fazê-lo “simples”, ou seja “não
composto nem duplo”, semelhante a uma semente ou um germe, que evoca claramente a parábola
evangélica do “grão de mostarda” (Mateus XIII, 31-32): “Semelhante é o Reino dos Céus a um
grão de mostarda, que tomando-o um homem o semeou em seu campo; que é a menor de todas as
sementes, mas quando se desenvolve é maior que as hortaliças, e se faz uma árvore, de modo que
vêm as aves do céu e aninham em seus ramos”. Ou este outro texto dos livros sagrados da Índia,
que diz o seguinte: “Este Âtmâ (o Grande Espírito), que reside no coração, é menor que um grão
de arroz, menor que um grão de cevada, menor que um grão de mostarda, menor que um grão
demillium, menor que o germe que está em um grão de millium; este Âtmâ, que reside no coração,
é também maior que a terra, maior que a atmosfera, maior que o céu, maior que todos os mundos
em conjunto”.
O grão de mostarda, como outros exemplos semelhantes, é evidentemente uma imagem simbólica
da própria Unidade, que não tem composto nem duplo, por isso é a Unidade, e que em nosso
mundo aparece como o menor, mas que em si mesmo é o maior, pois a tudo contém, e ao mesmo
tempo está contida em tudo. Daí o exemplo da semente ou germe, que é precisamente no que tem
que converter o candidato para receber a “luz” da Inteligência, para o qual precisa purificar-se de
tudo que não é ele mesmo, quer dizer precisa passar pela prova dos elementos, que é outra herança
15. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 15/25
que a Maçonaria recebe da Alquimia, e cujo fim não é outro que levá-lo a um estado
completamente receptivo à luz da Inteligência.
Neste sentido, é interessante assinalar que os quatro elementos alquímicos, mais o quinto que é o
éter ou “quintessência”, têm sua correspondência com o simbolismo construtivo, em concreto com
as quatro pedras de fundação situadas nas quatro esquinas ou ângulos de base de um edifício, mais
a quinta pedra, que não está no mesmo plano ou nível das outras quatro mas sim propriamente
constitui o “quinto ângulo”, ou “pedra angular”, situada na sumidade do edifício, e da qual toda a
construção aparece como a “projeção” ou “emanação” dessa mesma pedra, quer dizer, que a
construção em si tem realidade a partir dela, pelo que realmente esta significa como representação
da Unidade metafísica. E se isto é assim no simbolismo construtivo próprio da Maçonaria também
o é no alquímico, no qual dita construção não é outra coisa que a que se realiza na alma humana a
base de transmutações e purificações constantes e permanentes, até obter sua total identificação
com a Unidade que reside no centro ou “quintessência” dela mesma, e que é ela mesma: “Quem se
conhece si mesmo conhece seu Senhor”, é também uma máxima da Tradição Unânime.
A “viagem” pelos elementos que realiza o postulante a receber a iniciação maçônica se vive
inumeráveis vezes ao longo de sua vida. Poderíamos dizer que é toda a vida a qual está envolta
nisso, pois ditas viagens se vivem em distintos níveis de compreensão, sendo os elementos, do
ponto de vista alquímico, estados do Ser Universal, e portanto do ser individual. Se tomarmos o
exemplo da Árvore da Vida cabalística, vemos que em cada um de seus quatro
planos: Asiah, Yetsirah, Beriah e Atsiluth (relacionados também com os quatro elementos) existe
uma Árvore inteira, ao que se terá que percorrer do começo até o final, o que forma um ciclo,
acabado o qual começa outro na escala evolutiva de nossa consciência, que vai assim da periferia
ao centro, quer dizer a quintessência, à Unidade, em si mesmo e além da qual qualquer ideia de
“viagem” ou de “busca” tal e como se considerava até então carece já de todo sentido.
Aqui tão somente falaremos da primeira dessas viagens, e sem a qual não seria possível as
restantes. Esta se realiza visitando o interior da terra, o que na Maçonaria se simboliza com a
“Câmara de Reflexão”, que é em tudo semelhante ao atanor, um espaço “hermeticamente
fechado” onde é introduzido o aspirante para “despojar-se dos metais impuros”, linguagem
claramente alquímica que alude a essas “escórias” e superficialidades (os “egos” em linguagem
corrente) que impedem precisamente a “recepção da luz”. Ali, encerrado em seu atanor, na solidão
mais completa, o aspirante tem que encontrar sua “pedra bruta”, ou seja, sua “matéria prima”, pois
sem esta é impossível a Grande Obra. Ou dito de outra maneira: tem que dar-se conta de que a
tudo tem que aprender de novo, e que em conseqüência tem que morrer para seu estado anterior,
ou seja a não se identificar com o mais denso de si mesmo, aprendendo a “separar o espesso do
sutil”, pois existe a promessa de uma vida nova, e que se tiver chegado até aí, até essa “Câmara de
Reflexão” que é sua própria alma recolhida em uma extrema concentração, é porque secretamente,
sem o saber, está cumprindo com seu destino. Neste ponto dizem novamente os textos alquímicos:
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“Meu apelido é Dragão. Sou o servo fugitivo, e me encerraram em uma fossa para que logo me
recompense com a coroa real e possa enriquecer a minha família… Minha alma e meu espírito
me abandonam… Que eles não me deixem nunca logo, para que veja de novo a Luz do Dia, e que
este Herói da Paz que o mundo espera possa sair de mim”.
A tudo isto aludem sem dúvida alguma os símbolos que se encontram na Câmara de Reflexão,
todos destinados a nos fazer precisamente “refletir” sobre seu sentido profundo. Aí encontramos,
por exemplo, ao galo, pássaro solar e de Hermes que anuncia a luz; aos três princípios alquímicos:
enxofre, mercúrio e sal, quer dizer ao princípio ativo, ao passivo, e a síntese de ambos
respectivamente; à caveira que nos indica o estado em que nos encontramos e ao mesmo tempo
nos permite entender que no impermanente e no fugitivo, como a própria vida que nos escapa
dentre as mãos, existe uma imagem do imutável, pelo que permanece, quer dizer que esses ossos
nos evocam uma primordialidade e uma origem incorruptível. Por isso mesmo, nas
correspondências entre o cosmo e o homem, os ossos estão regidos pelo planeta Saturno, o rei da
Idade de Ouro, que é também o chumbo, o mais vil e denso de todos os metais mas no qual,
entretanto, está encerrado o ouro, o mais precioso e sutil de todos eles. E ali, enfim, encontramos
as siglas alquímicas VITRIOL, ou VITRIOLUM, que dão pleno sentido à Câmara de Reflexão:
“Visita o Interior da Terra e Retificando Encontrará a Pedra Oculta. Verdadeiro Remédio”.
Visitar o interior da terra é fazê-lo em si mesmo, procurar em nossa memória os sinais que nos
levem ao país dos antepassados, a nossa linhagem espiritual, como faz o mestre Hiram, quando
vai procurar no interior da terra, no mundo subterrâneo, a seu antepassado Tubalcain, segundo se
relata em outras lendas que revestem Hiram com os características de um herói civilizador.
Ressoam aqui as palavras de todos os iniciados de todos os tempos: para ascender ao mais alto
tens de descer ao mais baixo, e este fato se cumpre indefinidas vezes no processo inicial, pois o
percurso pelo eixo que comunica os diferentes planos do Ser universal, e do ser individual, faz-se
sempre nas duas direções: ascendente-descendente:
Sobe da Terra ao Céu, desce de novo à Terra, e une os poderes das coisas de cima e das de baixo,
Podemos ler na “Tábua de Esmeralda” hermética, fundamento doutrinal e síntese magistral de
todos os trabalhos alquímicos.
Na realidade, a Pedra Oculta, o verdadeiro remédio ou elixir da imortalidade de que se fala nas
siglas VITRIOLUM, não é outra coisa que a obtenção do Conhecimento, já que como antes
recordávamos, também se disse que “Quem se conhece si mesmo conhece seu Senhor”, quer dizer
à Unidade. O “prêmio”, se é que houvesse algum neste caminho de enormes contrastes que realiza
o peregrino para sua pátria de origem, não é outro que esse Conhecimento, ao que alguns preferem
pôr o nome de Tradição Primitiva, que é a Fonte da qual emana a Ciência Sagrada ou Filosofia
Perene de todos os tempos e lugares. Neste sentido, em um momento determinado dessa viagem, a
Câmara de Reflexão passa a ser outra Câmara: a Câmara do Meio, situada na base do Eixo do
Mundo durante o rito de recepção ao terceiro grau, ali onde têm lugar outros mistérios que fazem
referência também a uma morte e a um novo nascimento.
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Isto nos faz recordar indevidamente que quando Dante, em sua viagem ao centro da terra, desce ao
ponto mais baixo desta, “retifica” imediatamente o sentido dessa direção e começa a subir pelo
eixo do mundo, que é seu próprio eixo interior, para a saída à “Luz do Dia”, à Realidade,
abandonando o “reino das sombras” ao encontro com sua dama Beatriz, personificação da
Sabedoria.
E não queríamos terminar estas reflexões que quis compartilhar com todos vós sem citar
novamente o livro Simbolismo e Arte, concretamente o capítulo titulado “Arte Alquímica”, onde
se diz o seguinte:
E de igual forma que todo nascimento se transforma em morte e esta é continuada por um
renascimento –qualquer seja o ponto de vista que se adote, posto que a criação é perene–, assim
estes estados se sucedem no ser, sujeito ao espaço, ao tempo e à memória. Pelo que o xamã vive
em seu processo alquímico indefinidos falecimentos e ressurreições. (…) Entretanto também
devemos observar que de modo acorde em Alquimia se destacam diversas etapas significativas no
processo geral, que se realiza escalonadamente na projeção temporal, que estão vinculadas com
os ciclos que, embora universalmente se sucedem sem solução de continuidade, têm um sentido
claro no subciclo de uma existência particular, onde a dimensão de uma vida humana reconhece
os tênues e sutis sinais de uma transformação, que por leve e esfumada que pareça, faz-se de
repente transparente e se arraiga profundamente no coração do atanor, ou o que é o mesmo, da
alma humana, permitindo-lhe assim ao operário seguir desenvolvendo-se para enfrentar novos
trabalhos de sua ciência evolutiva, graças à intuição intelectual, direta, que não admite dúvidas
nem demonstrações pois, de face à certeza, resultam completamente desnecessárias.
Pode-se compreender, então, que este processo do adepto – ou o xamã, que recebeu sucessivas
iniciações, ou compreendido distintos estados do Ser Universal– que vai obtendo para si
paulatinamente as cores da Obra, é uma verdadeira imersão no tempo, já que adverte a
simultaneidade de todo o possível (que se dá mercê à projeção temporal, ou seja, gradualmente), e
reconhece estados não humanos de uma perspectiva distinta, onde vê girar a roda dos sucessos e
fenômenos sem apego, tal qual o alquimista metálico observa de uma maneira imparcial as
substâncias que combustam –coagulam e se dissolvem– em seu atanor. Em tudo isto tem um papel
decisivo a memória, matéria com que está tecido o tempo e portanto o homem, já que este é tanto
o que conhece como o que recorda, e em todo caso se for algo em si, é por sua memória:
imprecisa e frágil substância que troca com os momentos e os dias e constantemente se atualiza.
Autor: Francisco Ariza
Tradução: Igor Silva
Nota
Este artigo é fruto de conferência pronunciada em 20 de Janeiro de 2005 na Biblioteca Arús de
Barcelona.
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Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR
Irmão e mano
Em 29/01/16 o Respeitável Irmão Luiz Felipe, Loja João Vilaça, 77, REAA,
GLESP, Oriente de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, formula
a seguinte questão.
luisfelipe@thermocom.com.br
Sempre critiquei a voz substituta de Irmão pra Mano dentro da filosofia Maçônica; a
palavra mano soa pejorativamente.
Mas enfim esta certo trocar Irmão pela gíria mano?
Considerações:
Segundo dicionário eletrônico Aurélio da língua portuguesa, Irmão – substantivo
masculino; do latim germanu, dentre outros, menciona aquele que é membro de confraria ou de
irmandade; é o correligionário, confrade, camarada. Designa também aquele que é um membro
da Maçonaria.
Ainda no mesmo dicionário, o substantivo masculino Mano (hipocorística1
de irmão), é o
irmão, amigo, camarada, etc. Como adjetivo, menciona aquele que é muito amigo; íntimo;
inseparável; unido.
Nesse sentido o vocábulo de tratamento “Mano” me pare estar muito longe de soar ou ser
tratado como uma gíria, muito menos de qualidade pejorativa.
Em se tratando do equilíbrio e do bom-senso dos fatos, obviamente que em termos
maçônicos o vocábulo “Mano”, é tido como um tratamento coloquial relativo ao carinhoso, ao
íntimo, etc. não devendo, portanto ser usado de modo formal em documentos, redação de Leis,
atas, correspondências oficiais, dialética de rituais, instruções, peças de arquitetura e
tratamento em Loja quando do uso da palavra – para esses casos a formalidade exige o uso do
termo “Irmão”.
Agora, como forma de tratamento cotidiano que não envolva manifestações em Loja
aberta, eu sinceramente não vejo nada contrário que deponha ou possa ferir a filosofia
maçônica.
É sempre bom lembrar que vivemos em uma Instituição a serviço da razão e da humildade,
porém sem perder a delicadeza e a suavidade, mesmo quando a situação exigir a beleza
geométrica da formalidade.
Concluindo, penso que o uso dos tratamentos de “Irmão ou Mano” na Maçonaria são
ideários da família que a compõe, restringindo-se o uso de um ou de outro apenas conforme o
momento da sua aplicação
T.F.A. - PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com - Mar/2016
1
Hipocorístico - do grego hipokoristikón (diminutivo) mencionado na definição “hipocorística de irmão” é dito como vocábulo relativo à
familiar, carinhoso.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
19. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 19/25
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome Oriente
08.08.1997 Fraternidade das Termas nr. 68 Palmitos
13.08.1986 Harmonia nr. 42 Itajaí
13.08.1993 Albert Mackey nr. 56 Tubarão
15.08.1946 Presidente Roosevelt nr. 2 Criciúma
16.08.1999 Caminhos da Verdade nr. 92 Gaspar
17.08.1999 Ambrósio Peters nr. 74 Florianópolis
18.08.2011 Fraternidade Itapema nr. 104 Itapema
20.08.1985 Eduardo Teixeira nr. 41 Camboriú
30.08.1978 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul
30.08.1991 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte
31.08.1982 Solidariedade nr. 28 Florianópolis
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
02/08/1989 Fraternidade Imaruiense Imaruí
09/08/2003 Templários da Boa Ordem Jaguaruna
10/08/2002 Energia das Águas Gravatal
14/08/1985 Justiça E Liberdade Joinville
16/08/2005 José Abelardo Lunardelli São José
19/08/1995 Brusque Deutsche Loge Brusque
20/08/2011 Triângulo Talhadores da Pedra Itá
21/08/2002 Harmonia do Continente Florianópolis
26/08/2002 Templários da Arca Sagrada Blumenau
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de agosto
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
06.08.05 Arquitetos Da Paz - 3698 Blumenau
06.08.05 Delta Brasileiro - 3691 Florianópolis
07.08.99 União Do Sul - 3260 Criciúma
10.08.10 Colunas De Jaraguá - 4081 Jaraguá do Sul
12.08.96 Perseverança E Fidelidade - 2968 Araranguá
16.08.05 Novo Horizonte - 4185 Camboriú
18.08.07 Cavaleiros Do Contestado - 3878 Canoinhas
20.08.94 Vale Do Tijucas - 2817 Tijucas
20.08.94 Luz Do Sinai - 2845 Joinville
20.08.00 Estrela De Herval - 3334 Joaçaba
20.08.00 União Das Termas - 3335 Sto. Amaro da Imperatriz
20.08.04 Frat. Jaraguaense - 3620 Jaraguá do Sul
22.08.96 Campeche -2998 Florianópolis
26.08.02 União Navegantina - 3460 Navegantes
29.08.97 Horizonte De Luz - 3085 Xanxerê
Destemor
"Mesmo que negatividades venham até você, na forma de
críticas ou dúvidas, olhe-as como se fosse um jogo. Receba os
ataques como um observador desapegado. Não importa quão
temível sejam as provocações, se você considerar como sendo
um jogo, você apreciará muito. Você não ficará com medo ou
confuso. Aquele que continua a assistir os jogos das
negatividades como um verdadeiro jogador, permanecerá
sempre destemido e vitorioso."
José Aparecido dos Santos
TIM: 044-9846-3552
E-mail: aparecido14@gmail.com
Visite nosso site: www.ourolux.com.br
"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
21. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 21/25
SUPREMO CONSELHO DO RITO MODERNO
GRANDE CONSELHO KADOSH FILOSÓFICO DO RITO MODERNO PARA SANTA
CATARINA
II ENCONTRO DE ESTUDOS DOS SUBLIMES CAPÍTULOS REGIONAIS
DE SANTA CATARINA
2ª ORDEM – 5º GRAU – ELEITO ESCOCÊS
PROJETO: GRANDE CON∴ KADOSH FILOSÓFICO DO RITO MODERNO DE SC
PLANEJAMENTO E EXECUSSÃO: SUB∴ CAP∴ REG∴ CAVALEIROS DA VERDADE
PROGRAMA
07:00 HORAS – Credenciamento.
08:30 HORAS – Abertura pelo Soberano Irmão Pasquale.
08:40 HORAS – Sessão Magna Comentada de Iniciação ao 5º Grau Eleito Escocês.
11:30 HORAS – Iniciação ao 9º Grau – Cavaleiro da Sapiência – pelo Supremo
Conselho do Rito Moderno e Reconhecimento do Graus 7 e 8 do Rito Brasileiro.
13:00 HORAS – Almoço de Confraternização.
15:00 HORAS – Seção Magna de Fundação dos Sublimes. CCap∴ Regionais:
Caminho dos Príncipes (Joinville – SC) e Antônio Onías Neto (Porto Alegre – RS).
17:00 HORAS – Sessão Magna de Iniciação ao 8º Grau – Cavaleiro da Águia
Branca e Preta – pelo Grande Conselho Kadosh Filosófico do Rito Moderno para
Santa Catarina.
18:00 HORAS – Visita e confraternização na XXXI FENARRECO.
Em breve disponibilizaremos o site para inscrições.
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
BREVIÁRIO MAÇÔNICO
Para o dia 17 de agosto
A METEMPSICOSE
Teoria da reencarnação; transmigração da alma de um corpo morto para outro que
nasce; o vocábulo, de origem grega sugere que essa reencarnação seja demorada,
precisamente, "tardia".
A Maçonaria, como entidade espiritualista, não se preocupa com a existência ou não
da transmigração das almas.
No entanto, admite a existência do Oriente Eterno, para onde iriam os maçons mortos,
com a finalidade de reunirem-se em Lojas idênticas às da Terra.
O grande número de maçons falecidos forma uma grei denominada Fraternidade
Universal Branca.
Porque a Maçonaria não é uma religião, essa Fraternidade não seria uma Corte
Celestial e não haveria uma direção divina, mas simplesmente uma influência
"mental", considerando que a mente nunca morre.
Na formação da Cadeia de União, crê-se, participam membros da Fraternidade
Universal Branca, prontos a aluarem em benefício dos necessitados.
Trata-se de um dos insondáveis mistérios da Maçonaria.
O maçom jamais deve considerar-se só no mundo, abandonado à sua própria sorte,
pois, como sabem os mestres do Terceiro Grau, quando é feito o Sinal de Socorro, são
invocados justamente esses "filhos da viúva", que sem dúvida socorrem o
necessitado.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 248.
24. JB News – Informativo nr. 2.146 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de agosto de 2016 Pág. 24/25
Ir. Miguel Alexandre Viana Lopes, M:.I:.
Loja Frederico II, Nº 54- GLMERGS – Porto Alegre - RS
APRENDIZ, SEMPRE!
A moral é o objeto
A doutrina é a base
O intelecto, a instrução
O amparo vem dos mestres
O exemplo do irmão
A coragem de mudar
Busca amparo na ação
A Sabedoria é o comando
A Beleza, o adornante
E a Força, o coração
O Cerimonial doutrinante
E a Palavra circulante
Tem caminho e tempo certo
De fazer a integração
O Óbolo conquistado
Tem destino o desamparo
Firmando a Caridade
Como ato rotineiro
Do Profano ao Obreiro
Visto que a conduta é a mesma
No ambiente de trabalho
Ou de convívio do maçom
Surgindo um interior edificado
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Sem mudança de matiz
Ficando claro que não existe
O maçom pronto e acabado
Mas, por certo, somos todos
Um eterno Aprendiz.