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JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.178
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) – sábado, 23 de novembro de 2013
Índice:
Bloco 1 -Almanaque
Bloco 2 -Opinião: Ir Barbosa Nunes – Uma Loja Maçônica na casa do Coronel Misael Tavares
Bloco 3 - IrMario López Rico - Solstícios “Maçônicos” e São João.
Bloco 4 -Ir Hercule Spóladore – Landmarques, o que eu penso a respeito
Bloco 5 -Ir João Anatalino – As Lojas e seus Ritos
Bloco 6 –Ir Pedro Juk – Perguntas e Respostas ( do Ir Alberto Sobrinho – Questões de Ritualística )
Bloco 7 - Destaques JB - (Hoje com os versos do Irmão Adilson Zotovici)
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 23 de novembro de 2013, 327º dia do calendário gregoriano. Faltam38 para acabar o ano.
Dia do Engenheiro Eletricista, no Brasil.
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
 1863 - Guerra Civil Americana: tropas nortistas comandadas por General Grant
enfrentam as tropas de Bragg na Batalha de Chattanooga
 1891 - Primeira Revolta da Armada: o almirante Custódio de Melo ameaça bombardear
o Rio de Janeiro, forçando a renúncia do presidente Deodoro da Fonseca
 1908 - Inauguração da Linha do Vouga
 1913 - É fundada a primeira universidade tecnológica do Brasil, sendo a décima escola
de engenharia do país, a Universidade Federal de Itajubá
 1925 - Os negócios do falsário Alves dos Reis começam a despertar a atenção do jornal
O Século
 1937 - Albert D. Schroeder é designado por Joseph Franklin Rutherford como
Superintendente de Filial da Grã-Bretanha das Testemunhas de Jeová
 1942 - O marechal Zhukov realiza o cerco aos alemães na cidade de Stalingrado
 1944 - Primeiro doutoramento de uma mulher na Universidade do Porto: Leopoldina
Ferreira Paulo doutora-se em Ciências Biológicas com a tese Alguns caracteres
morfológicos das mãos dos portugueses
 1961 - Um jato Comet 4 de prefixo LV-AHR das Aerolineas Argentinas cai logo após
decolar do Aeroporto Internacional de Viracopos, na cidade de Campinas, provocando a
morte de 52 pessoas
 1971 - A República Popular da China ganha a vaga da República da China no Conselho
de Segurança da ONU
 1991 - Em uma declaração gravada em seu leito de morte, Freddie Mercury finalmente
divulgou que tinha AIDS
 Feriado na Vila de Gavião
 Dia do Engenheiro Eletricista, no Brasil (Lei Nº 12.074, de 29 de Outubro de 2009)
Esporte
 O Flamengo conquista o título de campeão da Taça Libertadores da América em 1981.
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
feriados e eventos cíclicos
( Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal )
1783 Arruda Câmara, fundador do Areópago de Itambé, entra para a Ordem dos Carmelitas
1795 Fundação na Pennsylvania do primeiro Grande Capítulo de Maçons do Real Arco
1831 Reerguido o Grande Oriente do Brasil seu nome atual,
para diferenciá-lo do Grande Oriente Brasileiro, do Passeio.
1991 Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia.
1991 Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia.
2001 Assinado Tratado de Amizade, Aliança e Mútuo Reconhecimento entre o Supremo Conselho do Rito
Moderno e o Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil.
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
Acesse www.radiosintonia33.com.br
fatos maçônicos do dia
INFORMATIVO BARBOSA NUNES
Artigo 146 do Ir Barbosa Nunes* - Grão-Mestre Geral Adjunto do GOB
. UMA LOJA MAÇÔNICA NA CASA DO CORONEL MISAEL TAVARES
Participei do 29º Congresso Estadual Maçônico e do Encontro das Fraternidades Femininas do
Grande Oriente do Brasil-Bahia, realizado na cidade de Ilhéus, de 14 a 17 de novembro, muito bem
conduzido pelo Grão-Mestre Estadual, Silvio Cardim e organizado pelo Venerável Mestre e equipe da
Loja Maçônica “REGENERAÇÃO Sul Bahiana”, Silvio Souza dos Reis.
A programação constou de abertura e recepção aos congressistas na Faculdade de Ilhéus.
Durante o evento houve debates e reflexões sobre a atual conjuntura do país, estimulando os maçons a
permanecerem firmes, através de exemplos e ações no combate às injustiças e intransigentes na
defesa dos princípios éticos e condenação do mal maior da nação, que é a corrupção.
Os palestrantes, cada um especialista na sua área, abordaram e foram questionados sobre
“Posição da Maçonaria frente à atual conjuntura”, “Visão crítica do sistema educacional”, “Situação da
Saúde Pública Nacional (Há solução?)”, “Desenvolvimento Sustentável-Meio Ambiente”, “Segurança
Pública: Paz e Justiça Social” e “Maçonaria e Comunidade”.
Temas que geraram inúmeros questionamentos, esclarecidos pelos palestrantes dotados de
formação reconhecida, respectivamente João Francisco Guimarães, Alba Lúcia Gonçalves, Adélia
Maria Carvalho Melo Pinheiro, Maristela Simões do Carmo, Marcos Antônio Santos Bandeira e por mim
Barbosa Nunes, no exercício do cargo de Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, em nome do
Soberano Marcos José da Silva.
A parte social e cultural, de alto nível, constou de apresentação do Coral CEPLAC, interpretando
Músicas Baianas e peça teatral intitulada “Visita dos Coronéis ao Congresso Maçônico”, encerrada com
a “Festa das Baianas”, acontecida com a vibração das Fraternidades Femininas que têm na Presidente
Estadual, Lúcia Coelho Correia. As mulheres deram ao evento muito brilhantismo e perspectiva de
grande crescimento. Já estive proferindo palestras nos Encontros Estaduais da Bahia, nas cidades de
Barreiras, Jequié, Porto Seguro, Feira de Santana, e várias vezes em Salvador, pelo Programa
“Maçonaria à Favor da Vida”.
Encontrei e revi maçons comprometidos, preocupados com o momento em que vivemos, mas
unidos em suas Lojas, visando contribuição para a melhoria da conjuntura social e moral do país.
Agradeço às inúmeras gentilezas recebidas juntamente com os Grão-Mestres Amintas de Araújo Xavier
(Minas Gerais) e Francisco José de Sousa (Piauí), que se fizeram presentes.
Agora, chego ao título deste artigo “Uma Loja Maçônica na Casa do Coronel Misael Tavares”.
Manoel Misael da Silva Tavares, nasceu em 1867 e faleceu em 1938. Tornou-se Coronel, em
concessão oficial pelo sistema da época, que ao analisar pessoas de alto patrimônio e chefia política
forte, concedia-lhes a alta patente. Misael nasceu pobre, mas dotado de tino comercial, cresceu,
progrediu e começou emprestando dinheiro. Foi proprietário de loja comercial e de inúmeras fazendas
de cacau, um dos fundadores da Associação Comercial do Estado da Bahia. Deixou muitas obras na
cidade de Ilhéus, ainda hoje imponentes. É citado na história de Ilhéus como “Rei do Cacau”.
2 - Opinião - Ir Barbosa Nunes
" Uma Loja Maçônica na casa do Coronel Misael Tavares)
A construção de sua casa, iniciou-se em 1914 e casa foi inaugurada em 16 de dezembro de
1922, com banquete no qual compareceram as mais destacadas personalidades da gloriosa época dos
Coronéis do cacau. Imponente prédio em estilo neoclássico, localizada na Praça Rui Barbosa. Praça
famosa. Seu calçamento é de pedras que vieram da Europa e tinham como destino o mercado do Rio
de Janeiro. O navio encalhou em Ilhéus e o Prefeito arrematou as pedras e mandou calçar o local,
transformando-o em um patrimônio histórico da cidade.
Hoje, a casa conhecida como Palacete Misael Tavares, é vizinha de outros locais mundialmente
conhecidos por obras de diversos autores, entre eles o mais famoso, Jorge Amado e pela ampla
produção de documentários, alcançando total repercussão através da telenovela “Gabriela”, produzida
pela Rede Globo em 1975. Adaptada que foi do romance “Gabriela Cravo e Canela”, retratando a vida
de “Gabriela”, moça simples que fora para Ilhéus para fugir da seca nordestina, muito trabalhadora,
brigona e ousada, que andava descalça e com vestidos extremamente curtos. Muito alegre, seduziu
homens e causou alvoroço na pacata cidade da época.
Na região histórica onde está situado o Palacete Misael Tavares, podem ser visitados a Avenida
Antônio Lavigne de Lemos, primeira rua calçada de Ilhéus, Cine Teatro de Ilhéus, Casa de Cultura
Jorge Amado (construída na década de vinte) onde o internacional escritor passou parte de sua vida e
escreveu o romance “País do Carnaval”. Também o Bar do Vesúvio, conhecido como Bar de Nacib,
Bataclã, Casa dos Artistas, Capela de Santana, Catedral de São Sebastião, Casa do Coronel Ramiro
Bastos, e outras inúmeras obras históricas que merecem visita com bom tempo disponível.
Quanto à cidade de Ilhéus, foi estabelecida em 1534, como Capitania de São Jorge dos Ilhéus,
elevada a cidade em 1881.
Recebi do Venerável Mestre, Silvio Sousa dos Reis, a Revista “90 Anos - Loja Maçônica
REGENERAÇÃO Sul Bahiana - Sempre útil e dedicada” (fundada em 02 de julho de 1922), editada em
2012, quando dos 90 anos da Loja. no Veneralato de Ivanilton Silva Lima, com a narrativa de que, após
a morte do Coronel Misael Tavares, maçom e fundador da Loja, sua casa passou a pertencer à família
Berbert Tavares. Esta concordou na sua venda, mas somente com dinheiro à vista, quando então os
maçons Álvaro Melo Vieira, (Delegado do Grande Oriente do Brasil na região) e Durval Cardoso e Silva,
Venerável da Loja, conseguiram criar um condomínio que passou a denominar-se “Condomínio
Palacete Misael Tavares”, constituído de 20 maçons que levantaram os milhões de cruzeiros e o
adquiriram, oficializando-se a devida escritura, tendo como compradores representando a Loja
Maçônica, os maçons Durval W. Cardoso e Silva e Raymundo Washington Santos Leal.
Conclui a revista: “A partir daí, o Palacete Misael Tavares passou a ter novo dono, Condomínio
Palacete Misael Tavares, onde funciona, como representação histórica que orgulha toda a maçonaria
de Ilhéus, da Bahia e do Brasil, numa dedicação desde 02 de julho de 1922 até a presente data,
iniciada pelo primeiro Venerável Antônio Carvalho e Silva, passando por outros 40, chegando ao atual
41º Silvio Sousa dos Reis.
Quem for a Ilhéus, não deixe de ir à Praça Rui Barbosa e visitar o Palacete Misael Tavares,
sede própria e onde se encontra instalada a Loja “REGENERAÇÃO Sul Bahiana”.
Parabéns aos maçons que participaram do 29º Encontro da Maçonaria Bahiana!
Em tempo: Registro com relação ao artigo anterior, “O rádio em Goiás e minhas lembranças”,
radialistas de grande participação, como José Marques Albuquerque, José Cunha Júnior, Ovídio Inácio
Ferreira, Baltazar de Castro, Faria Neto, José Castro, Osvaldo de Souza e Manoel de Oliveira,
agradecendo os e-mails recebidos para esta reparação.
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do
Grande Oriente do Brasil - contato: barbosanunes@terra.com.br
Solstícios “Maçônicos” e São João
O Irmão Mario López Rico*
de La Coruña – Espanha,
escreve todos os sábados neste espaço.
(Tradução Ir Aquilino R. Leal)
Solstícios “Maçônicos” e São João1
24 de junho de 1717: quatro Lojas inglesas se reuniram na taverna Goose and
Gridiron e formaram o que denominaram de Grande Loja de Londres e Westminster.
24 de junho é o dia de São João e justamente São João é o patrono da Maçonaria.
Neste enfoque se manifesta um problema que não é outro senão a existência de três
São Joãos: o Batista, o Evangelista e o Esmoleiro ou de Jerusalém2
.
24 de junho é o dia de São João Batista e no dia 27 de dezembro se celebra a festa de
São João Evangelista. Curiosamente cada um desses dois dias coincide, por
aproximação, com os dois solstícios: o de verão e o de inverno respectivamente
sempre que nos refiramos ao
hemisfério Norte porque,
naturalmente, no hemisfério Sul, as
estações são invertidas3
.
Seja como for, ambas as datas são de
extrema importância para os maçons
e esses dois São João são chaves em
nossa Ordem. Contudo vamos
analisar tudo isso com bastante
calma, dando-lhe o enfoque
astronômico (o que é solstício); biográfico (quais foram os três São João acima
mencionados) e, finalmente, o esotérico (o que pode representar os solstícios).
O que é um solstício?
Solstício é um termo usado em astronomia relacionado com a posição do Sol no
equador celeste. A designação advém do latim, solstitium (sol + sistere ou sol que não
2
No portal PONTO CULTURAL DA FOLHA MAÇÔNICA (http://sdrv.ms/QobWqH), pastas BIBLOS e NO
TOPO DA COLUNA DO NORTE estão disponíveis (novembro/2013) ler/baixar um sem fim de títulos para
abordando a questão do São João na Maçonaria. (Nota: Aquilino R. Leal)
3
Recordamos que o texto diz respeito ao hemisfério Norte, no caso Espanha; para o hemisfério Sul, no
caso Brasil, tais datas correspondem ao solstício de inverno e verão respectivamente, tal qual o Autor
deu a entender. (Nota: Aquilino R. Leal)
3 – solstícios “Maçônicos” e são joão
Ir Mario López Rico
se mexe) e está associado à ideia de que o Sol estaria como que estacionário; para o
observador que está na Terra o Sol parece mante uma posição fixa ao nascer e ao se
pôr. A existência dos solstícios está provocada pela inclinação do eixo da Terra sobre
o plano de sua orbita.
Os solstícios são aqueles momentos4
do ano nos quais o Sol atinge sua máxima
posição meridional ou boreal, ou seja, a máxima declinação5
norte (23º 27’) e a
máxima declinação6
sul (23º 27’) em relação à linha do Equador Terrestre.
No solstício de verão, hemisfério Norte, o Sol alcança o zênite ao meio dia sobre o
trópico de Câncer e no solstício de inverno alcança o zênite ao meio dia sobre o
trópico de Capricórnio7
. O fenômeno ocorre duas vezes por anos: em 20 ou 21 de
junho e no dia 21 ou 22 de dezembro de cada ano. Como se sabe, o solstício de verão
também implica no dia de maior claridade do ano e o do inverno no dia em que a noite
é a mais comprida do ano.
Os três São João
As datas das festas de celebração de São João Batista (verão) e de São João
Evangelista (inverno) são quase coincidentes com as das dos solstícios8
.
São João Batista (24 de junho)
João Batista ou simplesmente o Batista ou, ainda simplesmente, São João, foi um
pregador asceta judeu, considerado como profeta por três religiões: Cristianismo,
Islamismo e a Fé Bahá’í9
e como um messias pelo Mandeísmo10
.
Segundo o Cristianismo, São João Batista foi filho do sacerdote Zacarias e de sua
esposa Isabel (Lucas 1:511
) sendo considerado o precursor de Jesus Cristo.
São João Batista é um dos santos mais festejados de Europa, sendo padroeiro de
Florença, Badajoz12
, Albacete13
, Telde14
e Arucas na Grande Canarias e Porto Rico,
além de também padroeiro dos monges Cartujos e da Ordem de Malta.
4
Grifo nosso proposital para destacar que os solstícios, como indicado pelo Autor, são dois instantes,
justamente àqueles em que o Sol fica perpendicular em algum ponto em relação ao um dos dois
trópicos Câncer (hemisfério Norte) e Capricórnio (hemisfério Sul) . (Nota: Aquilino R. Leal)
5
Em latitude. (Nota: Aquilino R. Leal)
6
Em latitude. (Nota: Aquilino R. Leal)
7
As coisas se invertem no hemisfério Sul, no caso Brasil. Considerar o meio dia como sendo o
popularmente conhecido ‘sol a pino’; em verdade, como já mencionado, os solstícios ocorrem apenas
em um certo instante, em um lapso de tempo que não é fixo; os solstícios em 2012, por exemplo,
ocorreram no dia 20 de junho às 20:09 e 21 de dezembro de às 08:11, horário de Brasília; para 2013
temos: 21 de junho às 02:04 e 21 de dezembro às 14:11, também horário de Brasília. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/solstício – novembro de 2013. (Nota: Aquilino R. Leal)
8
As referências do Autor claramente dizem respeito ao hemisfério Norte, Espanha; no nosso caso,
hemisfério Sul, Brasil, devemos inverter as estações verão-inverno por inverno-verão. (Nota: Aquilino R.
Leal)
9
A Fé Bahá'í é uma religião monoteísta fundada por Bahá'u'lláh na Pérsia do século XIX que enfatiza a
unidade espiritual da humanidade. Fonte: wikipédia – novembro/2013. (Nota: Aquilino R. Leal)
10 É denominada Mandeísmo a religião pré-cristã classificada por estudiosos como gnóstica, praticada atualmente no Iraque e nas comunidades emigradas
deste mesmo país.
Fonte: http://www.infoescola.com/ – novembro/2013. (Nota: Aquilino R. Leal)
11 ‘Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era
Isabel
.’ (Nota: Aquilino R. Leal)
12 Espanha.
(Nota: Aquilino R. Leal)
13 Espanha.
(Nota: Aquilino R. Leal)
14 Espanha.
(Nota: Aquilino R. Leal)
Segundo Lucas (1:59s15
), Isabel e Zacarias circuncisaram seu filho aos oito dias de
vida, obedecendo ao preceito de que Javé mandara a Abraão (Gn 17:11s16
). Os
sacerdotes católicos passaram a praticar o rito do batizado seguindo o exemplo de
João o Batista ainda que sem aplicar o mandado de Javé quanto à circuncisão.
Também segundo Mateus (3:617
), as pessoas confessavam a João seus pecados e
João as batizava contrariamente ao rito católico onde o batizado e a confissão são
independentes.
Segundo o Corão, João Batista recebe o nome de Yahya ibn Zakariya ou
simplesmente Yahya. Segundo a tradição, Maria, ao ficar grávida de Jesus se retirou a
um oratório onde vivia sozinha sob a tutela do profeta Zacarias que a visitava para
cuidar dela além de levar-lhe alimento. No entanto, Maria não necessitava que lhe
levassem alimentos pois o próprio Deus cuidava disso. Maravilhado com o milagre
Zacarias rogou a Deus que também lhe fizesse um milagre dando-lhe um filho, e Deus
o atendeu. Desse modo nasceu João. Em agradecimento Zacarias jejuou e se
manteve em silêncio durante três dias, dando Deus a João sabedoria e conhecimento,
tornando-o profeta.
A tradição afirma que está enterrado na grande Mesquita dos Omeyas, em Damasco.
São João Evangelista (27 de dezembro)
João, o chamado Evangelista, foi um escritor místico do Cristianismo primitivo ao qual
a tradição considera como autor do Evangelho segundo São João e, quiçá, de outros
escritos afins (escritos joanicos) como o Apocalipse e as três epístolas I João, II João
e III João ainda que haja dúvidas a respeito da autoria
das duas últimas.
Temos de assinalar que o Evangelho de São João originalmente era de autoria
anônima e não se está certo sequer que o nome do autor fosse João mesmo com a
tradição cristã mais antiga indicando esse nome desde quase o primeiro momento.
Parece que, em todo caso, o autor do evangelho é judeu, escrevendo para pessoas
que não conhecem os costumes judaicos. Segundo a tradição, para as igrejas de Ásia.
Irineu de Lyon conta que João, depois do martírio de Pedro e Paulo, se fixou em
Éfeso. A tradição nos diz que foi levado a Roma e o imperador Domiciano18
ordenou
queimá-lo com azeite fervente. Não é considerado como um apóstolo mártir segundo a
tradição. Salvou-se do martírio sendo desterrado para a ilha de Patmos19
aonde
escreveu o Apocalipse. Foi o mestre de Policarpo de Esmirna. Depois de morrer
Domiciano assumiu Nerva como imperador, João pode, então, voltar a Éfeso aonde
escreveu o resto de seus escritos e morreu.
São João de Jerusalém
Temos nos referido a dois São João, um dos quais é considerado o patrono da
Maçonaria; contudo existem opiniões contrárias como a do historiador E. F. Bazot: “...
No que refere ao São João que os maçons tomaram como patrono não pode ser nem
o Batista nem o Evangelista já que ambos não têm nenhuma relação com a franco-
maçonaria. Dever-se-ia considerar que o verdadeiro padroeiro das Lojas é São João o
Esmoleiro, filho do rei de Chipre que no tempo das Cruzadas deixou sua pátria e a
esperança do trono para ir a Jerusalém a dar os socorros mais generosos aos
peregrinos e aos cavaleiros. João fundou um hospital designando irmãos para cuidar
15 ‗
[59] E aconteceu que, ao oitavo dia, vieram circuncidar o menino, e lhe chamavam Zacarias, o nome de seu pai.
[60] E, respondendo sua mãe,
disse: Não, porém será chamado João
.‘ (Nota: Aquilino R. Leal)
16 ‘[11] E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. [12] O filho de oito dias, pois, será
circuncidado, todo o homem nas vossas gerações; o nascido na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua
descendência.’
(Nota: Aquilino R. Leal)
17 ‘E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.’
(Nota: Aquilino R. Leal)
18
Tito Flávio Domiciano (em latim: Titus Flavius Domitianus1; 24 de outubro de 51 — 18 de
setembro de 96), habitualmente conhecido como Domiciano, foi imperador romano de 14 de
setembro de 81 d.C. até a sua morte a 18 de setembro de 96. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Domiciano – novembro/2013. (Nota: Aquilino R. Leal)
19
Razão pela qual passou a ser conhecido por João de Patmos. (Nota: Aquilino R. Leal)
dos enfermos, aos cristãos feridos além de distribuir ajuda pecuniária aos viajantes
que iam visitar o Santo Sepulcro. Roma o canonizou com o nome de São João de
Jerusalém e os maçons, cujos templos foram destruídos pela barbárie e que ele os
erigiu de novo, o elegeram, de comum acordo, como seu protetor.”
Chegando a este ponto nos deparamos com a existência de três São Joãos. Se bem
que a interpretação de E. F. Bazot seja respeitável, a realidade é que, seja por
costume ou porque o autor não tenha razão, os dois Joãos que atualmente se
celebram são os dos solstícios de verão e inverno. Por outra parte, as celebrações de
São João Batista e de São Evangelista são as que praticamente coincidem com os
solstícios que, não devemos esquecer, tinham e têm grande importância em todas as
culturas - tais festividades foram assimiladas pelo Cristianismo com o intuito de acabar
com as festas pagãs, substituindo-as pelas suas próprias.
Filosofia
Segundo certos autores, São João Batista ou São João de Verão20
representa o
espírito em expansão e comunhão com tudo o criado desprovido do tudo profano. Por
outro lado, São João Evangelista, o São João de Inverno21
representa o espirito
recolhido buscando seu interior.
A Loja é uma representação do Universo, um microcosmo representativo do
macrocosmo. O microcosmo da Loja que observamos a nossa volta retrata o cenário
simbólico da Natureza. Teatro iniciático aonde a alma de cada um de nós,
analogamente como procede o Sol em seu ciclo anual, deve tentar passar de uma
coluna para a outra, ir de solstício a solstício, recorrendo passo a passo através dos
ciclos do Zodíaco as diferentes etapas e provas pelas que passa a revolução da alma
em sua aventura transcendental por este mundo. Não podemos esquecer que as
colunas de entrada ao Templo representam também os Trópicos de Câncer e
Capricórnio que, como vimos, são as chaves dos solstícios.
Não há qualquer dúvida para nós, maçons, que as festas solsticiais têm um profundo
significado filosófico. Os solstícios representam o eterno contraste entre a luz e a
escuridão, entre a vida e a morte e o eterno renascer da criação onde nada pode ser
destruído, apenas transformado nos três estados naturais: sólido, liquido e gasoso; é a
ave fênix que sempre renasce das cinzas.
Os solstícios representam a harmonia cósmica que permite observar, ano após ano,
como se eles cumprem com espantosa regularidade, de acordo com as leis físicas de
sua relação com a Terra, prolongando os dias, ou as noites, fazendo com que a
Natureza cumpra seus ciclos biológicos de forma inexorável.
É possível aprofundar mais na parte filosófica indicando que o microcosmo de uma
Loja possui um simbolismo entrelaçado às duas colunas da entrada; imaginem o Ara
como a estrela polar, analisando os quatro pontos cardeais da Loja etc. para chegar à
conclusão de que a transição de um solstício, o de verão, pode associar-se com o
profano que vê a luz pela primeira vez, que recebe como um batizado (São João
Batista ou São João de Verão). No entanto, essa luz é tão forte que há necessidade
de diminuir sua luminosidade para não o cegar e é justamente isso o que ocorre desse
momento a partir do solstício de verão os dias se fazem cada vez menores e a
escuridão vai tomando conta do terreno da luz, é como uma volta à Terra, ao VITRIOL.
Ao contrário, o solstício de inverno (São João Evangelista ou São João de Inverno)
estaria associado aos Companheiros que após baixar a esse VITRIOL voltam a surgir
como uma nova luz que pouco a pouco aumenta, tal qual na própria Natureza onde os
dias começam a crescer e a luz começa a vencer a escuridão. É o trabalho do
Companheiro que pouco a pouco vai recebendo a luz necessária para alcançar seu
mestrado.
20
Certamente para a Espanha, hemisfério Norte, no Brasil, hemisfério Sul, seria o São João de Inverno.
(Nota: Aquilino R. Leal)
21
Certamente para a Espanha, no Brasil seria o São João de Verão. (Nota: Aquilino R. Leal)
Essas interpretações filosóficas são defendidas por alguns maçons, mas não por
todos, a vocês leitores resta tomar parte de uns ou de outros já que não serei eu quem
irá fazê-lo por vocês próprios quando, pelo menos, a explicação parece-me bela como
alegoria, como uma realidade a expressar poderíamos discutir, sem sombra de
dúvidas22
.
Encerro por aqui este post demasiado longo que não convém esticá-lo ainda mais,
entre outras para que não se torne cansativo.
Sobre o Autor
Mario Lopez Rico é MM desde 22 de abril de 2010,
sendo iniciado em 20 de novembro de 2007 na Loja
Renacimiento 54, sob a obediência da Gran Logia de
España.
O Irm foi instalado como V M em sua Loja mãe
em 08 de setembro de 2012.
Na Maçonaria filosófica galgou vários Graus do
REAA além de ser MM da Marca – Nauta
da Arca Real – Maçom do Arco Real de Jerusalém.
22
À luz do apresentado somos de opinião que qualquer Iniciação deveria ser feita sob os auspícios de
São João de Inverno, quando a Luz possível de ser recebida ao abrir os olhos é a mínima aceitável, com o
passar do tempo a Luz, simbolicamente ‘falando’, irá se acentuando podendo agora o Apr galgar mais
um grau (no equinócio) já sabedor que o que está encima (hemisfério Norte ou hemisfério Sul) é o que
está em baixo (hemisfério Sul ou hemisfério Norte), que ele pode já pode ir para a direita (um dos
hemisférios, dependendo do Ritual) sem receio de voltar para a esquerda (o outro hemisfério), sendo
assim a Elev somente se daria no equinócio da primavera com o que, dia a dia passaria a receber mais
Luz e no solstício de verão a plenitude lunar, a plenitude maçônica simbólica, de modo que a Exalt
apenas ocorria em data próxima aos solstícios de verão. E esta é nossa opinião, plausível de censuras e,
certamente, de outras interpretações... O caminho está aberto. (Nota: Aquilino R. Leal)
LANDMARQUES, O QUE EU PENSO A
RESPEITO...
Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas ―Brasil‖
A Maçonaria tem no seu acervo de palavras,
no seu vocabulário de uso cotidiano uma complexa
terminologia, repleta de figuras, idéias, princípios, explicações, lendas, alegorias,
conceitos, sínteses filosóficas, ensinamentos, frases lapidares, etc. que se
consubstanciam em termos tais como Iniciação, ritos, graus, emblemas, símbolos,
Lojas, Potências, Obediências, Irmãos, Arte Real, isto só para citar alguns poucos, das
centenas de vocábulos que por assim dizer, constituem uma verdadeira linguagem
superposta à nossa linguagem comum se tornando especial concretizando-se assim a
língua maçônica, que é semelhante à língua normalmente falada no país, mas que
quando falada por maçons tem outro significado e só estes a entendem.
Esta é uma infinidade de conceitos, leis princípios aparentemente muito
complexos que se imbricam como um verdadeiro quebra-cabeça, e somente são
acessíveis aos Iniciados, cujas interpretações são de natureza diversa e bastante
heterogênea, pois cada adepto tem a sua própria maneira de assimilar os
ensinamentos de acordo com as suas concepções mais íntimas, quer sejam
agnósticos, deistas ou teistas. Mas de qualquer forma esta linguagem e suas
significações são o meio de comunicação e os vetores de suas mensagens, pelas
quais os maçons se comunicam.
Para tornar mais democrática e livre esta busca, a Maçonaria lança mão das
metáforas, das deduções, da meditação introspectiva, das analogias, e especialmente
das dúvidas. Para dar ênfase especial à dúvida, a Maçonaria ensina seus adeptos a
usar a Dialética que é a arte de se discutir qualquer assunto até a última gota de
afirmação e contradição que ele possa oferecer. É uma maneira de se buscar,
pesquisando. Para um Maçom estudioso as contradições as incongruências, as
polêmicas e os assuntos ainda não esclarecidos ou resolvidos, passíveis de
discussões, são o reino de seu aprendizado, que é em última análise a procura
incessante de seu autoconhecimento, aliás, fato este que a grande maioria de Irmãos
desconhece. Convém ressaltar que se a Maçonaria fosse matemática, isto é com
explicações chavões muito certas, muito corretas, possivelmente ela não sobreviveria,
porque ela tiraria a beleza da dúvida e atrelaria o Irmão a aceitar princípios que não
poderiam ser contestados. O maçom é um contestador nato, no bom sentido.
Para complicar este interessante e lindo trajeto que o maçom percorrerá
durante sua vida, ele deparará com uma série de termos, sobre os quais já se
escreveram e ainda se escrevem verdadeiros tratados, muitas das vezes sem se
chegar às conclusões satisfatórias tais como regularidade, potências, ecletismo,
landmarques (landmarks ou lindeiros), leis, rituais etc. Nesta caminhada as vezes ele
parecerá estar na “terra do faz de conta”, mas poderá usar com toda liberdade todos
os recursos imagináveis quando poderá ocorrer que ele até duvide de um axioma, que
como todos sabemos trata-se de uma verdade indemonstrável, a qual não terá que ser
questionada ou provada, e em outras ocasiões, ele procurar outros caminhos, ele
4 - landmarques, o que eu penso a respeito
Ir Hercule Spoladore
poderá até sofismar para poder ter uma pista a mais para perquirir suas verdades e
acabar por provar para si que um sofisma sempre será um sofisma e baseia numa
premissa falsa. Logo, não poderá um sofisma ter valor. Mas é um caminho que o
maçom as vezes adota erradamente. Tais são as opções deliciosas que um Maçom
inteligente tem para se encontrar. Neste trajeto místico e intelectual ele não terá que
provar nada a quem quer que seja. Ele só terá que provar algo a si mesmo. Eis um
dos maiores ensinamentos da Ordem.
Mas então com toda esta mixórdia como é que a Ordem sobrevive? Ora, ela
sobrevive e vai muito bem. Talvez por saber adequar todos os elementos
contraditórios mencionados, e por não se reger pelos princípios cartesianos que regem
outras instituições afins que se dizem seculares. A Maçonaria tem a sua maneira
própria de ser e isso é que a torna linda e intrigante. Não há uma metodologia ser
seguida para seu estudo. É a lei do coração, da emoção que fala mais alto. Mas, não
podemos abandonar a razão. Isso é muito importante, para evitar os achismos e
invenções.
Dentro deste raciocínio, os tais de landmarques mencionados constituem um
dos terrenos mais contraditórios e, atualmente se questiona e muito até que ponto eles
tenham algum valor real para a Maçonaria moderna. Se formos analisá-los, já de
início, teremos dificuldades para escolher qual a classificação que abordaremos para
estudo, pois existem mais de sessenta. Qual a verdadeira? Qual merecerá ser levada
a sério? A de Albert Gallatin Mackey? Porque? A classificação dele está repleta de
incongruências.
Temos até uma classificação de um maçom brasileiro com 14 artigos, ou seja, a de
Joaquim Gervásio de Figueiredo. Existem ainda entre as inúmeras classificações as
de Albert Pike, Bob Moris, Jean Pierre Berthelon.
Segundo Castellani os landmarques de um modo geral deveriam ser reduzidos
a quatro artigos, que seriam as regras principais usadas pela Maçonaria Operativa.
Costuma-se citar que os landmarques ou lindeiros são oriundos dos
manuscritos antigos também chamados de Old Charges. São apenas apresentados
como provindos daqueles documentos, pois não havia landmarques na Maçonaria
Operativa. Logo, eles não existiam. Foram inventados, não resta a menor dúvida.
Comparando-se o que se lê nestes documentos antigos, ou seja, nos Old Charges ou
Antigas Obrigações ou Manuscritos e o que se pratica na Maçonaria que atualmente
professamos há apenas alguma semelhança vaga com relação aos nossos caminhos
atuais. O conteúdo de um dos mais importantes, talvez o maior em importância, o
Poema Régio, não vemos como encaixar dentro daquilo que está escrito, na maioria
dos artigos da classificação de Mackey e de outros autores, ou mesmo com o que
praticamos na Maçonaria atual.
. Tomamos os landmarques de Albert G. Mackey como referência, feito por um
americano para americanos. Ressalte-se que maioria das 50 Grandes Lojas
Americanas nem se manifestaram a respeito deles.
Entretanto, muitos brasileiros os tem como verdades imutáveis, como se
fossem uma verdadeira bíblia. Ressalte-se mais uma vez que existem mais de
sessenta classificações de landmarques espalhadas pelo mundo afora.
Modernamente a Maçonaria inglesa adota oito princípios, que são suas regras
particulares, adequados à ela como potência que não são landmarques, mas, que são
princípios próprios da Grande Loja Unida da Inglaterra. Ela não adota os chamados
landmarques.
Seria muito mais inteligente e sincero admitirmos que os ingleses no início da
fase especulativa da Ordem, quando criaram a união de Lojas que antes eram livres, e
inventaram o termo “Obediência” tiveram que elaborar uma espécie de estatuto para,
evidentemente colocar ordem sobre os maçons e lojas sob o comando da Grande Loja
de Londres. E estes estatutos ou constituições ou enumeração de deveres e direitos
foram baseados nos estatutos das corporações de ofício, e das guildas que já
existiam, e principalmente nos estatutos destas corporações, verdadeiras precursoras
dos atuais sindicatos e cooperativas, pois os landmarques têm muito mais a ver com
estes estatutos do que com os Old Charges. É só ler esta documentação e compara-
la, que teremos a evidência desta afirmação. São obrigações e direitos.
E assim nasceu o termo “landmark,” inventado por George Payne em 1720,
aparecendo pela primeira vez quando ele compilou o Regulamento Geral da
Maçonaria Inglesa. No Brasil chamam-se landmarques. Anderson em sua Constituição
de 1738, menciona o termo pelo menos duas vezes.
Interessante que o conceito de landmarque que temos é que seria uma lei, um
marco, uma linha intransponível, que todo maçom não deveria transpô-la, mas que no
dia a dia, o que vemos é justamente a transposição deste limite, especialmente pelos
dirigentes das potências. Em seu nome mudam-se rituais, ocorrem cisões na Ordem,
expulsam-se Irmãos, outros são chamados de irregulares, perjuros e outros tantos
epítetos. Os landmarques ajudam muito hoje em dia, esta autofagia maçônica, pois
são muito invocados pelas autoridades maçônicas a todo instante quando querem
punir algum Irmão ou uma Loja que não siga a linha política do seu Grão-Mestre.
Enfim, na realidade landmarque é uma palavra mágica. Serve para tudo e não
serve para nada. Depende de quem a manipule.
Todavia, como se fosse uma verdadeira bíblia faz parte do contexto maçônico
como tantos outros segmentos da Ordem que atualmente não teriam mais razão de
ser. Poderemos aboli-los pura e simplesmente? Talvez não. Se tirarmos os
landmarques, da Ordem teremos que repensar e retirar outras lendas outros
segmentos esdrúxulos que até então temos sido obrigados a aceita-los. Valeria a
pena? Possivelmente não. Estaríamos destruindo em parte uma das nossas fantasias
mais bonitas. É uma das peças de toda a terminologia maçônica atual. É bonito
pronunciar esta palavra.
Nós, entretanto, arriscaríamos a colocá-los como folclore maçônico.
Argumentemos. O que é folclore? Entre as várias definições uma delas é o estudo e
conhecimento das tradições de um povo, expressas nas suas lendas, crenças canções
e costumes. Achamos que ficaria bem, pois estaríamos ainda que, sem razão, pois
eles não existiam, mas estão romanticamente ligados à Maçonaria Operativa a qual
sempre os entendidos a invocam como tradição ligada às chamadas lendas antigas o
que agrada a todos, pois dá aquela sensação de antigüidade. E já é uma situação que
data desde os primeiros anos da Maçonaria Obedencial, ou seja, quando criaram a
chamada potência tendo, portanto uma duração de mais ou menos três séculos. Não
será fácil simplesmente aboli-los. Vamos, pois, considera-los, como se fossem uma
tradição, pois já faz tanto tempo que foram inventados. Coloca-los como folclore, fica
ameno e romântico, não os destrói. Se lermos estas classificações de landmarques
que existem no mundo maçônico e os acharmos folclóricos não teremos compromisso
com a veracidade daqueles enunciados, os quais são na sua maioria contraditórios,
pois cada autor afirma o que quer, e ainda todos aqueles textos entremeados de
muitos deveres direitos e ameaças de punições se porventura, infringirmos aquilo que
se considera como os seus famosos limites intransponíveis. Se os acharmos
folclóricos, vamos ter a sensação ou a ilusão de estarmos tendo acesso a relatos
muito antigos e que nossa Ordem é milenar, e esta fantasia faz muito bem a maioria
dos maçons. Então, porque destruí-la?
Entretanto, não esqueçamos que a Maçonaria como qualquer organização,
como qualquer firma, tem que ter regras e princípios para seu perfeito funcionamento,
e no caso, boa parte destas regras são baseadas em regras antigas da organização
que foram sendo modificadas com o passar do tempo, adequadas à modernidade.
Hercule Spoladore
As Lojas e seus Ritos
Ir João Anatalino
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As Lojas
O termo Loja, tal qual é empregado na maçonaria, encerra uma variedade de
significados. Tradicionalmente se refere ao conjunto de Irmãos reunidos em
assembleia. Isso nos leva a distinguir Loja de Templo, pois enquanto este é o edifício
onde os maçons se reúnem, a Loja é a própria reunião em si mesma. Destarte, esta
pode ser realizada em qualquer lugar que ofereça condições para tanto, não
precisando, obrigatoriamente, ser dentro de um Templo. Assim, o termo Loja assume
um amplo leque de significados, que resumem a tradição que a assembleia de maçons
pretende refletir.
titulados conforme cada tema neles.
A Loja, portanto, é assembleia de maçons, reunidos para um determinado fim. Na
chamada Loja Simbólica pratica-se a chamada maçonaria básica, consagrada aos
fundamentos comuns da tradição maçônica, que é o exercício da Fraternidade,
fundamentada na igualdade entre os Irmãos e na mais perfeita Liberdade. Não cuida,
a chamada Loja Simbólica, dos fundamentos mais profundos da doutrina maçônica,
que são encontrados em temas mais avançados da sabedoria arcana.
Nos três graus que compõem sua estrutura, Aprendiz, Companheiro e Mestre, a
proposta é a de divulgar os fundamentos da maçonaria, enquanto tradição herdada
dos antigos pedreiros medievais. Conquanto os ensinamentos da Loja Simbólica
sejam todos transmitidos de forma iniciática, o que se trata nas assembleias dos
maçons que se reúnem nessa estrutura são, principalmente, os assuntos referentes á
Irmandade, nas suas relações com a sociedade, os problemas de cada Loja, os
assuntos internos, as questões de interesse corporativo que afetam o grupo e a
5 – as lojas e seus ritos
Ir João Anatalino
Ordem com um todo. Não se exige que um iniciado maçom, ao colar os graus da Loja
Simbólica, passe a frequentar os graus superiores. Para que ele seja um maçom
completo, basta que ele seja elevado ao grau de Mestre. Porém, se o Irmão quiser
conhecer, de fato, a maçonaria, será preciso que ele suba todos os graus da chamada
Escada de Jacó, alegoria que significa a passagem do maçom por todos os graus do
Rito ao qual sua loja está filiada.
Esses títulos, aplicáveis às diversas Lojas dos maçons, estão ligados, portanto, á
tradição que cada rito representa. Os maçons do Arco Real, por exemplo, deram ás
suas assembleias o título designativo de Capítulo, já que esse sistema se fundamenta
na estrutura das antigas Ordens monásticas, onde cada grau constitui um bloco de
ensinamento, no qual o iniciando vai adquirindo a sabedoria necessária para galgar o
grau imediatamente superior, par, no fim atingir o topo da cadeia iniciática.
Essa estrutura, embora seja aplicável a todos os demais sistemas de ensinamento
maçônico, especialmente o Rito Escocês (REAA), na maçonaria do Arco Real a
divisão administrativa e o conteúdo doutrinário de cada bloco apresentam algumas
diferenças.
Dentro das próprias estruturas sistêmicas dos ritos, são adotados títulos diferentes
para as assembleias que se reúnem nos mais variados graus. Assim é que os graus
crípticos do Arco Real (Super Excelente Mestre, Mestre Escolhido e Mestre Real), no
REAA correspondem aos graus Filosóficos (Kadosh) de nºs 25, 26, 27 (Cavaleiro da
Serpente de Bronze, Príncipe das Mercês e Grande Comendador do Templo). Já os
chamados graus de cavalaria no Arco Real, no REAA correspondem aos graus 28, 29,
30 do Kadosh.
Tanto nas assembleias dos graus filosóficos do REAA quanto nas dos graus crípticos
de Arco Real, o local de reunião, ou seja, a Loja, é chamado de Capítulos, ou tendas,
conforme o ritual. Esses títulos, como se pode ver, têm a sua razão de ser, e
correspondem ao simbolismo que cada rito desenvolve. Porém, uma análise mais
profunda nas raízes de cada um deles irá verificar que todos se abeberam numa fonte
comum, que é a tradição bíblica, veiculada pelos cinco livros da Torá, interpretada e
teatralizada conforme a visão de cada rito. Mesmo os chamados graus de Cavalaria,
tanto no Rito de York quanto no Rito Escocês, que trabalham com tradições ligadas
aos antigos cavaleiros cruzados, especialmente os Templários, Hospitalários e
Teutônicos, em cada rito considerado, as lendas de fundo, que sedimentam a
estrutura de cada grau, se referem principalmente á temas bíblicos. Assim é que
iremos encontrar, tanto no Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), quanto no de York,
alegorias ligadas com a Arca da Aliança, a Reconstrução do Templo de Jerusalém, a
Árvore da Vida, o Selo do Salomão e outros temas bíblicos, tratados de uma forma
mística, própria do método iniciático.
A verdade é que a maçonaria é uma tradição cujas origens se perdem no tempo, mas
as suas vinculações são visíveis em cada período vivido pela humanidade. Há um elo
que a liga as diferentes fases da civilização e esse elo é a necessidade da
preservação das conquistas espirituais feitas pelo homem em sua aventura terrestre.
Por isso ele se une aos seus “iguais” e procura, através do corporativismo, manter
num círculo bem restrito, a chave dessa cripta misteriosa. Desde os mais antigos
tempos das sociedades humanas essa estratégia é praticada e a maçonaria nada
mais é do uma corruptela dessa ideia arquetípica que sempre impressionou os
espíritos mais sensíveis.
Destarte, a ideia que está na base da maçonaria é a necessidade de os grupos
preservarem as suas conquistas civilizatórias através de um sistema corporativo que
lhes sirva de defesa. De outro lado, esse sistema permite aos seus membros o
desenvolvimento de um sistema ético e moral que agrega sempre os novos valores
que a sociedade elege como necessários á sua felicidade. E, por fim, tudo isso se
organiza numa fórmula institucional, que se conforma numa Organização. Então temos
a maçonaria moderna.
Por isso é que, seja qual for a liturgia praticada pela Loja em que os maçons se
reúnem, sempre se encontrará um elemento unificador no qual todo maçom, seja qual
for o Rito a que pertença, se identificará. Nessa identificação está a força da
maçonaria.
O quadro acima mostra uma comparação entre os dois ritos maçônicos mais
populares em todo o mundo: o rito escocês (REAA) e o rito de York (o Arco Real).
Embora exista alguma diferença nos títulos e na disposição dos temas dos graus, é
possível verificar que todos tratam, no conjunto, dos mesmos temas e contemplam os
mesmos conteúdos programáticos. A gravura mostra a maçonaria americana. No
Brasil, e em outros países, como a França, a Alemanha e outros países onde a
maçonaria tem raízes muito profundas, há algumas diferenças na estrutura dos graus
e nos títulos a eles atribuídos, mas na base, são os mesmos fundamentos que os
suportam.
A disposição ritualística acima demonstrada é aplicada principalmente na maçonaria
americana, mas no resto do mundo maçônico existem poucas diferenças de titulação.
No Brasil, por exemplo, e em vários países da América do Sul e Europa, os graus mais
altos do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) não são titulados como Graus
Adonirhamitas, como aparece na gravura acima, mas sim como Filosóficos ou Kadosh
(do grau 19 ao 30) e graus administrativos (do 31 ao 33). Excetuadas essas
diferenças, que são apenas de titulação, podemos observar que existem sensíveis
semelhanças na organização de ambos os ritos, que contemplam cinco blocos de
ensinamentos, divididos numa série de graus. Enquanto no Rito Escocês Antigo e
Aceito, disposição brasileira, temos as Lojas dedicadas aos graus Simbólicos (1º ao
3º), Inefáveis (4º a 14º), Capitulares (15º a 18º), Filosófico ou Kadosh (19º ao 30º), e
Administrativos (31º a 33º); no Rito de York, também conhecido como Arco Real,
temos os Graus Simbólicos, que correspondem, no REAA á Loja Simbólica, os Graus
Capitulares, que correspondem no REAA aos Graus Inefáveis e Capitulares, os Graus
Crípticos, que correspondem no Rito Escocês, aos Graus Filosóficos ou Kadosh e os
graus de Cavalaria, que correspondem, no REAA, aos graus Adonirhamitas, ou em se
tratando da maçonaria brasileira, esse bloco integra partes do Kadosh e os últimos
três graus chamados de administrativos.
Temos assim, para um bom entendimento do que significam as chamadas Lojas
maçônicas, uma visão resumida dos diversos ritos praticados pelas diferentes
assembleias de maçons. Embora cada rito empregue certos elementos de linguagem
próprios de sua tradição, o ensinamento maçônico neles veiculado é o mesmo. E
todos têm uma fonte comum, que é a Bíblia Sagrada.
Estas proposições são válidas em se tratando da maçonaria praticada na maior parte
do mundo ocidental. Existem ritos que são abastecidos por fontes outras que não a
Bíblia Sagrada, como a maçonaria egípcia de Cagliosto, que se diz fundamentada nos
Antigos Mistérios Egípcios. Na verdade, são tantos os ritos maçônicos, e tão confusas
suas origens e a ritualística praticada, que nenhum autor, até hoje, conseguiu
recenseá-los todos e colocá-los numa ordem lógica e inteligível, de forma que se
permita ao estudioso entender como funcionam e o que pretendem transmitir em
termos de ensinamento. Para se ter uma ideia de quão confuso é esse assunto,
Kenneth Mackensie, autor da famosa Royal Masonic Cyclopaedia, um dos mais
completos trabalhos maçônicos já elaborados, listou, em fins do século dezenove
(1875/ 1877), nada menos do que trinta e três ritos, esclarecendo que havia, já
naquela época, muitos mais. Hoje, mais de cem anos depois, essa lista deve ter se
multiplicado tanto que se torna impossível qualquer trabalho de compilação que se
queira fazer nesse universo de diferentes ritos e suas fontes de abastecimento
litúrgico. Importante é não perder de vista o objetivo da prática maçônica, que é a
modelagem do caráter do homem e a sua utilização como ferramenta de
aperfeiçoamento da sociedade.[1].
[1]A página da Wikipédia informa que os principais ritos hoje praticados são o Rito Escocês Antigo e
Aceito, o Rito de York, que é dividido em inglês e americano, o rito Schoder, o Rito Moderno, e os ritos
Adorhiramita e o Escocês Retificado, e que já existiram mais de duzentos ritos, porém hoje pouco mais de
cinquenta são praticados, sendo o Rito de York, o Rito de Emulação, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o
Rito Moderno (também chamado de Rito Francês ou Moderno na Europa), os mais comuns. Juntos, estes
três ritos congregam cerca de 99% dos maçons em todo o mundo. Essas informações, todavia carecem de
confirmação, já que tais ritos e Lojas estão muito dispersos e dificultam a pesquisa.
“
Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
às terças, quintas, sábados e domingos.
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR
Questões de ritualística
Questões apresentadas pelo Respeitável Irmão Alberto Sobrinho, Secretário
Estadual Adjunto para o REAA, GOB-GO, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás.
albertosobrinho@plansati.com.br
SESSÃO MÁGNA DE INICIAÇÃO
1. Quando da entrada do Pavilhão Nacional no Templo, o Porta Bandeira
acompanhado de sua Guarda, deverá sempre passar à esquerda do Painel, às
vezes até se enfileirando, ou pode ocorrer à passagem pelos dois lados do
Painel?
2. Qual seria o local exato do Porta Bandeira, no momento de Saudação ao
Pavilhão Nacional? Fica no degrau mais alto do Oriente, à frente da mesa
colocada à esquerda do Venerável Mestre? Ou se coloca numa posição mediana,
do lado Sul, no Oriente, logo à frente das autoridades, para ser saudada?
2.1. Neste momento o Orador deverá se colocar à frente do M:.P:.B:. e de frente
para o Pavilhão?, Neste momento o Mestre de Cerimônias deve conduzir o
Orador ao local para a saudação, ou atendendo o convite do Venerável Mestre, o
mesmo se desloca por si só e após a saudação retorna ao seu lugar?
3. Estando ausente o Grão Mestre Estadual e nem o Grão Mestre Geral, não
haverá entrada com formalidade, autoridades poderão entrar em família junto
com o Venerável Mestre e ocupam seus lugares, quer seja no Banco das
autoridades ou se convidados, ladearão o Venerável Mestre, conforme o Ritual.
Neste caso a saída das autoridades visitantes deverá ser em família no término
da Sessão, ou se faz cumprir o que está previsto no Ritual Pag. 159, que diz:
"Após a saída do Pavilhão Nacional, segue-se a retirada das autoridades em
ordem inversa à da entrada, com as mesmas formalidades".
4. Quando do Juramento, o Candidato é conduzido ao Altar dos Juramentos
(pag. 131), em havendo mais de um candidato, os mesmos deverão ser
colocados ajoelhados com o joelho esquerdo estando um ao lado outro e com
6 - Perguntas e Respostas
Ir Pedro Juk
as mãos direitas apoiadas sobre o Livro da Lei, ou apenas o primeiro colocará a
mão direita sobre o Livro da Lei e os demais colocam a mão direita no ombro
esquerdo do primeiro candidato e assim por diante.
Procedimento análogo - deve ocorrer quando da sagração, ajoelhando-se com o
joelho direito (pág. 135).
Apesar de serem detalhes, às vezes até irrelevantes, pude perceber durante a
minha primeira instrução Ritualística que os Irmãos gostam de sabatinar o
instrutor com perguntas perspicazes, por desconhecimento ou às vezes por
querer comparar com outro ensinamento, daí acreditar que, tendo uma
orientação superior poderemos procurar adotar um pensamento único, para se
fazer uma Ritualística padrão, sem achismos, sem invenções.
Conto com a vossa prestimosa colaboração e solicito, caso haja, programação
de Seminário Ritualístico em outros Estados que nos comunique e ainda
gostaria que nos informasse da possibilidade de estarmos realizando um
Seminário em Goiânia-Go, com a Vossa Presença, para discutirmos Ritualística
com a Presença de Venerável Mestre e Mestres de Cerimônias, de todas as Lojas
do REAA de Goiás, ainda neste Semestre.
Tenho mais uma que, mesmo discutindo com o Secretário de Ritualística do
GOB-GO e com o próprio Grão-Mestre, não chegamos numa definição real de
como proceder.
Nas Cerimonias de Filiação, Regularização e Admissão de Membro Honorário
forma-se uma comissão para receber à Porta do Templo o I:. que está chegando,
esta COMISSÃO QUANDO É QUE SE DESFAZ?
CONSIDERAÇÕES – SESSÃO ORDINÁRIA
1 – Obviamente que sim. Parado, mantendo a postura de costume ele apoia
discretamente o bastão no solo. Penso que essa dúvida está ligada ao excesso
de preciosismo.
2 – Se ele estiver parado, idem a resposta nº 1. Não existe regra de se estar à
Ordem com o bastão apoiado ou não no solo. O que se deve manter são o corpo
ereto e os pés em esquadria.
3 – Não está prevista nenhuma saudação ao Delta no Ritual em vigência. Além
da entrada e saída do Templo, a saudação ao Venerável é feita em Loja aberta
quando da entrada e saída do Oriente. Houve tempos atrás essa prática, todavia
não cabe aqui nenhum comentário pelo simples fato de que ela não está prevista
no Ritual em vigência.
4 – O Mestre de Cerimônias circula e nunca vai direto ao Orador. A Loja está em
procedimento de abertura. O que está abolido é o Sinal. Sinal não é circulação.
Infelizmente essa prática equivocada ganhou força justamente por confundirem
procedimentos de circulação e Sinal. No provimento que está prestes a ser
apreciada pelo Soberano, essa regra está bem clara nos procedimentos para
abertura da Loja.
4.1 – Obreiro portando objeto de trabalho ao ingressar e sair do Oriente em Loja
aberta fará uma parada rápida e formal. Essa prática está prevista no ritual.
Assim na questão apresentada, o Mestre de Cerimônia antes de sair do Oriente,
vira-se para o Venerável, faz uma parada rápida, porém sem inclinação do corpo
ou maneio de cabeça. Já no Ocidente ele deposita o bastão no local apropriado
e segue para cumprir a sua missão.
4.2 – A questão já está esclarecida na 4.1.
CONSIDERÇÕES – SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO.
1 – Quando o Pavilhão Nacional ingressa a circulação deve ser
impreterivelmente observada. Passar diretamente pela Coluna do Sul em direção
ao Oriente fere a ritualística e haverá circulação sinistrocêntrica. Todos passam
pelo Norte.
2 – O Irmão Porta Bandeira segurando o Pavilhão em riste, se posta entre o Altar
dos Juramentos e a cátedra (mesa) ocupada pelo Orador de costas para este e
de frente para o Sul. O Orador por sua vez sai do seu lugar e se coloca de frente
para o Pavilhão para a saudação (não toca na Bandeira). A guarda de honra fica
no Ocidente próximo à entrada do Oriente (perto da Bandeira).
2.1 – Parte da resposta está inserida na questão 2 acima. Quanto ao restante, o
Irmão Orador atende diretamente a ordem do Venerável Mestre. Cumprida a
missão o Orador retorna ao seu lugar. O Mestre de Cerimônias nessa
oportunidade não conduz, pois estará munido de espada fazendo parte da
Guarda de Honra.
3. Conforme o ritual e a declaração de inconstitucionalidade da Lei 114, a cadeira
da direita do Venerável toma assento apenas e tão somente o Grão-Mestre Geral,
ou o seu Adjunto, ou o Delegado do Grão-Mestre na sua jurisdição. Não estando
nenhum deles presente a cadeira fica vazia. Na esquerda do Venerável Mestre
toma assento o Grão-Mestre Estadual da sua jurisdição, ou o seu Adjunto. Na
ausência destes, o Venerável convida o Mestre Instalado mais recente da Loja
para ocupar. Nenhum desses presentes, a cadeira fica vazia. Ao lado do
Venerável serão colocadas apenas duas cadeiras de honra – uma à direita e
outra à esquerda.
Na questão da retirada, entendo que se a autoridade desejar permanecer em
qualquer circunstância, ela assim procede, já que o ritual exara que se segue
momento e não obriga. Se a autoridade pode desejar entrar em família, por que
não sair em família?
Permanecendo a mais alta autoridade, as demais obrigatoriamente
acompanham.
Esses dois assuntos estão sendo colocados no provimento para o Ritual em
vigência.
4. Tanto no Juramento como na Sagração, havendo mais do que um
protagonista, todos colocam a mão direita sobre as Três Grandes Luzes
Emblemáticas. Isto é: será colocado um ao lado do outro.
Cabe aqui ressalvar que é um erro de impressão o joelho direito na sagração do
Aprendiz. O joelho é mesmo o esquerdo, joelho este que faz parte de tora a
alegoria do Primeiro Grau. Esse equívoco também está corrigido no provimento.
A ÚLTIMA QUESTÃO.
A Comissão assim que o protagonista chega ao Altar dos Juramentos se desfaz,
retornando ambos aos seus lugares. Essa medida também já está colocada nos
provimentos.
Aproveito o ensejo para lembrar que a Sessão de Regularização e de Filiação,
conforme o RGF, não são mais realizadas em Sessões Magnas.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
SET/2013
Lojas Aniversariantes do GOB/SC
Data Nome Oriente
24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
24/11 Ary Batalha São José
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Mullher São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
7 - destaques jb
Resenha Geral
Lojas Aniversariantes do GOSC
Data Nome Oriente
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
21/121999 Silvio Ávila Içara
LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA
CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES
Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia
23.11.13 17h00 Loja DeMolay Nelson Dequech
Júnior* 113, - GOP (Rito
Schoreder)
Templo da Loja
Pitágoras, Londrina
Sessão Magna de Iniciação dos
profanos Flávio Aparecido
Rodrigues, Diego Lessa,
Gustavo Kratky e Cléber
Stein.
25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr.
75 - GLSC
Condomínio
Itacorubí
Palestra com o Dr. Ivan
Moritz sobre ―A saúde do
homem maduro‖
26.11.13 Luz Esotérica 3050, União e
Trabalho do Iguaçu 2243, e União
e Trabalho do Iguaçu - GOB
Porto União Pompas Fúnebres em
homenagem ao Ir Hilário
Schmidt.
26.11.13 20h00 Loja Alvorada da Sabedoria, 4185
GOB/SC
Florianópolis
(Albergue
Noturno)
―Ilha de Santa Catarina,
Primeiros Tempos‖ – Palestra
do Ir Eleutério Nicolau da
Conceição – Membro da
Academia Catarinense
Maçônica de Letras e MI da
Loja Alferes Tiradentes
29.11.13 20h00 Loja Verde Vale, 3838 –
GOB/SC
Condomínio
Humanitas
Blumenau
~
Sessão Pública Comemorativa
ao 7º. Aniversário.
Palestrantes: Roberto Rafaeli
da Cruz e Carlos Alberto
Luvizotto
30.11.13 18h30 Fraternidade Acadêmica Ciência e
Artes 3685 GOB/SC
Rua Francisco
Vegini, 234– Jaraguá
do Sul-SC.
Pompas Fúnebres:
Homenagem ao Ir:.Mickael
Egert
02.12.13 20h00 Loja Solidariedade, 28 – GLSC Condomínio
Monte Verde
Sessão Magna de Exaltação
03.12.13 20h00 Loja Pitágoras, 15 – GLSC Condomínio
Monte Verde
Sessão Magna de Exaltação
09.12.13
20h00 Loja Solidariedade, 28 – GLSC Condomínio
Monte Verde
Sessão Magna de Elevação
14.12.13 20h00 Grande Loja de Santa Catarina Campeche GLSC Jantar de final de ano
19.12.13 20h00 Loja Templários da Nova Era, 91
– GLSC
Canasvieiras –
Florianópolis
Sessão Solsticial no Templo
20.12.13 20h00 Loja Templários da Nova Era, 91
GLSC
Condomínio
Monte Verde
Jantar Ritualístico Solsticial
*ARLS DeMolay Nelson Dequech Júnior, nº 133, de Londrina – PR
1 – Maradas E Mais Marradas... Só Nos Açores
http://www.malhanga.com/videosflash/parte.5/
2 – Os vídeos mais incríveis do mundo
http://www.youtube.com/watch?v=d0NnrhpzKwc
3 – As 7 Regras Do Amor [Completo] - Filme
http://www.youtube.com/watch?v=m2X_MlYgXr4
O Irmão Adilson Zotovici
escreve aos sábados neste espaço
O AVENTAL
Veste com honra esse tosão !
De geometria perfeita
Que sua candura é alusão
A uma pureza insuspeita !
Destinado à proteção
Do corpo e da alma imortal
Que a luz do Ser, é ligação,
Do espiritual e material !
Insígnia na Sublime Instituição
De uma sagrada empreita
Do homem em perenal construção
Buscando fértil colheita !
Alude ainda à afeição !
À inocência, reverso do mal,
O saber, a verdade, a razão,
O imaculado...avental
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
fechando a cortina
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Uma Loja Maçônica na casa do Coronel Misael Tavares

  • 1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.178 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) – sábado, 23 de novembro de 2013 Índice: Bloco 1 -Almanaque Bloco 2 -Opinião: Ir Barbosa Nunes – Uma Loja Maçônica na casa do Coronel Misael Tavares Bloco 3 - IrMario López Rico - Solstícios “Maçônicos” e São João. Bloco 4 -Ir Hercule Spóladore – Landmarques, o que eu penso a respeito Bloco 5 -Ir João Anatalino – As Lojas e seus Ritos Bloco 6 –Ir Pedro Juk – Perguntas e Respostas ( do Ir Alberto Sobrinho – Questões de Ritualística ) Bloco 7 - Destaques JB - (Hoje com os versos do Irmão Adilson Zotovici) Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 23 de novembro de 2013, 327º dia do calendário gregoriano. Faltam38 para acabar o ano. Dia do Engenheiro Eletricista, no Brasil. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2.  1863 - Guerra Civil Americana: tropas nortistas comandadas por General Grant enfrentam as tropas de Bragg na Batalha de Chattanooga  1891 - Primeira Revolta da Armada: o almirante Custódio de Melo ameaça bombardear o Rio de Janeiro, forçando a renúncia do presidente Deodoro da Fonseca  1908 - Inauguração da Linha do Vouga  1913 - É fundada a primeira universidade tecnológica do Brasil, sendo a décima escola de engenharia do país, a Universidade Federal de Itajubá  1925 - Os negócios do falsário Alves dos Reis começam a despertar a atenção do jornal O Século  1937 - Albert D. Schroeder é designado por Joseph Franklin Rutherford como Superintendente de Filial da Grã-Bretanha das Testemunhas de Jeová  1942 - O marechal Zhukov realiza o cerco aos alemães na cidade de Stalingrado  1944 - Primeiro doutoramento de uma mulher na Universidade do Porto: Leopoldina Ferreira Paulo doutora-se em Ciências Biológicas com a tese Alguns caracteres morfológicos das mãos dos portugueses  1961 - Um jato Comet 4 de prefixo LV-AHR das Aerolineas Argentinas cai logo após decolar do Aeroporto Internacional de Viracopos, na cidade de Campinas, provocando a morte de 52 pessoas  1971 - A República Popular da China ganha a vaga da República da China no Conselho de Segurança da ONU  1991 - Em uma declaração gravada em seu leito de morte, Freddie Mercury finalmente divulgou que tinha AIDS  Feriado na Vila de Gavião  Dia do Engenheiro Eletricista, no Brasil (Lei Nº 12.074, de 29 de Outubro de 2009) Esporte  O Flamengo conquista o título de campeão da Taça Libertadores da América em 1981. 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas. feriados e eventos cíclicos
  • 3. ( Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal ) 1783 Arruda Câmara, fundador do Areópago de Itambé, entra para a Ordem dos Carmelitas 1795 Fundação na Pennsylvania do primeiro Grande Capítulo de Maçons do Real Arco 1831 Reerguido o Grande Oriente do Brasil seu nome atual, para diferenciá-lo do Grande Oriente Brasileiro, do Passeio. 1991 Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia. 1991 Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia. 2001 Assinado Tratado de Amizade, Aliança e Mútuo Reconhecimento entre o Supremo Conselho do Rito Moderno e o Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil. Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. Acesse www.radiosintonia33.com.br fatos maçônicos do dia
  • 4. INFORMATIVO BARBOSA NUNES Artigo 146 do Ir Barbosa Nunes* - Grão-Mestre Geral Adjunto do GOB . UMA LOJA MAÇÔNICA NA CASA DO CORONEL MISAEL TAVARES Participei do 29º Congresso Estadual Maçônico e do Encontro das Fraternidades Femininas do Grande Oriente do Brasil-Bahia, realizado na cidade de Ilhéus, de 14 a 17 de novembro, muito bem conduzido pelo Grão-Mestre Estadual, Silvio Cardim e organizado pelo Venerável Mestre e equipe da Loja Maçônica “REGENERAÇÃO Sul Bahiana”, Silvio Souza dos Reis. A programação constou de abertura e recepção aos congressistas na Faculdade de Ilhéus. Durante o evento houve debates e reflexões sobre a atual conjuntura do país, estimulando os maçons a permanecerem firmes, através de exemplos e ações no combate às injustiças e intransigentes na defesa dos princípios éticos e condenação do mal maior da nação, que é a corrupção. Os palestrantes, cada um especialista na sua área, abordaram e foram questionados sobre “Posição da Maçonaria frente à atual conjuntura”, “Visão crítica do sistema educacional”, “Situação da Saúde Pública Nacional (Há solução?)”, “Desenvolvimento Sustentável-Meio Ambiente”, “Segurança Pública: Paz e Justiça Social” e “Maçonaria e Comunidade”. Temas que geraram inúmeros questionamentos, esclarecidos pelos palestrantes dotados de formação reconhecida, respectivamente João Francisco Guimarães, Alba Lúcia Gonçalves, Adélia Maria Carvalho Melo Pinheiro, Maristela Simões do Carmo, Marcos Antônio Santos Bandeira e por mim Barbosa Nunes, no exercício do cargo de Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, em nome do Soberano Marcos José da Silva. A parte social e cultural, de alto nível, constou de apresentação do Coral CEPLAC, interpretando Músicas Baianas e peça teatral intitulada “Visita dos Coronéis ao Congresso Maçônico”, encerrada com a “Festa das Baianas”, acontecida com a vibração das Fraternidades Femininas que têm na Presidente Estadual, Lúcia Coelho Correia. As mulheres deram ao evento muito brilhantismo e perspectiva de grande crescimento. Já estive proferindo palestras nos Encontros Estaduais da Bahia, nas cidades de Barreiras, Jequié, Porto Seguro, Feira de Santana, e várias vezes em Salvador, pelo Programa “Maçonaria à Favor da Vida”. Encontrei e revi maçons comprometidos, preocupados com o momento em que vivemos, mas unidos em suas Lojas, visando contribuição para a melhoria da conjuntura social e moral do país. Agradeço às inúmeras gentilezas recebidas juntamente com os Grão-Mestres Amintas de Araújo Xavier (Minas Gerais) e Francisco José de Sousa (Piauí), que se fizeram presentes. Agora, chego ao título deste artigo “Uma Loja Maçônica na Casa do Coronel Misael Tavares”. Manoel Misael da Silva Tavares, nasceu em 1867 e faleceu em 1938. Tornou-se Coronel, em concessão oficial pelo sistema da época, que ao analisar pessoas de alto patrimônio e chefia política forte, concedia-lhes a alta patente. Misael nasceu pobre, mas dotado de tino comercial, cresceu, progrediu e começou emprestando dinheiro. Foi proprietário de loja comercial e de inúmeras fazendas de cacau, um dos fundadores da Associação Comercial do Estado da Bahia. Deixou muitas obras na cidade de Ilhéus, ainda hoje imponentes. É citado na história de Ilhéus como “Rei do Cacau”. 2 - Opinião - Ir Barbosa Nunes " Uma Loja Maçônica na casa do Coronel Misael Tavares)
  • 5. A construção de sua casa, iniciou-se em 1914 e casa foi inaugurada em 16 de dezembro de 1922, com banquete no qual compareceram as mais destacadas personalidades da gloriosa época dos Coronéis do cacau. Imponente prédio em estilo neoclássico, localizada na Praça Rui Barbosa. Praça famosa. Seu calçamento é de pedras que vieram da Europa e tinham como destino o mercado do Rio de Janeiro. O navio encalhou em Ilhéus e o Prefeito arrematou as pedras e mandou calçar o local, transformando-o em um patrimônio histórico da cidade. Hoje, a casa conhecida como Palacete Misael Tavares, é vizinha de outros locais mundialmente conhecidos por obras de diversos autores, entre eles o mais famoso, Jorge Amado e pela ampla produção de documentários, alcançando total repercussão através da telenovela “Gabriela”, produzida pela Rede Globo em 1975. Adaptada que foi do romance “Gabriela Cravo e Canela”, retratando a vida de “Gabriela”, moça simples que fora para Ilhéus para fugir da seca nordestina, muito trabalhadora, brigona e ousada, que andava descalça e com vestidos extremamente curtos. Muito alegre, seduziu homens e causou alvoroço na pacata cidade da época. Na região histórica onde está situado o Palacete Misael Tavares, podem ser visitados a Avenida Antônio Lavigne de Lemos, primeira rua calçada de Ilhéus, Cine Teatro de Ilhéus, Casa de Cultura Jorge Amado (construída na década de vinte) onde o internacional escritor passou parte de sua vida e escreveu o romance “País do Carnaval”. Também o Bar do Vesúvio, conhecido como Bar de Nacib, Bataclã, Casa dos Artistas, Capela de Santana, Catedral de São Sebastião, Casa do Coronel Ramiro Bastos, e outras inúmeras obras históricas que merecem visita com bom tempo disponível. Quanto à cidade de Ilhéus, foi estabelecida em 1534, como Capitania de São Jorge dos Ilhéus, elevada a cidade em 1881. Recebi do Venerável Mestre, Silvio Sousa dos Reis, a Revista “90 Anos - Loja Maçônica REGENERAÇÃO Sul Bahiana - Sempre útil e dedicada” (fundada em 02 de julho de 1922), editada em 2012, quando dos 90 anos da Loja. no Veneralato de Ivanilton Silva Lima, com a narrativa de que, após a morte do Coronel Misael Tavares, maçom e fundador da Loja, sua casa passou a pertencer à família Berbert Tavares. Esta concordou na sua venda, mas somente com dinheiro à vista, quando então os maçons Álvaro Melo Vieira, (Delegado do Grande Oriente do Brasil na região) e Durval Cardoso e Silva, Venerável da Loja, conseguiram criar um condomínio que passou a denominar-se “Condomínio Palacete Misael Tavares”, constituído de 20 maçons que levantaram os milhões de cruzeiros e o adquiriram, oficializando-se a devida escritura, tendo como compradores representando a Loja Maçônica, os maçons Durval W. Cardoso e Silva e Raymundo Washington Santos Leal. Conclui a revista: “A partir daí, o Palacete Misael Tavares passou a ter novo dono, Condomínio Palacete Misael Tavares, onde funciona, como representação histórica que orgulha toda a maçonaria de Ilhéus, da Bahia e do Brasil, numa dedicação desde 02 de julho de 1922 até a presente data, iniciada pelo primeiro Venerável Antônio Carvalho e Silva, passando por outros 40, chegando ao atual 41º Silvio Sousa dos Reis. Quem for a Ilhéus, não deixe de ir à Praça Rui Barbosa e visitar o Palacete Misael Tavares, sede própria e onde se encontra instalada a Loja “REGENERAÇÃO Sul Bahiana”. Parabéns aos maçons que participaram do 29º Encontro da Maçonaria Bahiana! Em tempo: Registro com relação ao artigo anterior, “O rádio em Goiás e minhas lembranças”, radialistas de grande participação, como José Marques Albuquerque, José Cunha Júnior, Ovídio Inácio Ferreira, Baltazar de Castro, Faria Neto, José Castro, Osvaldo de Souza e Manoel de Oliveira, agradecendo os e-mails recebidos para esta reparação. Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - contato: barbosanunes@terra.com.br
  • 6. Solstícios “Maçônicos” e São João O Irmão Mario López Rico* de La Coruña – Espanha, escreve todos os sábados neste espaço. (Tradução Ir Aquilino R. Leal) Solstícios “Maçônicos” e São João1 24 de junho de 1717: quatro Lojas inglesas se reuniram na taverna Goose and Gridiron e formaram o que denominaram de Grande Loja de Londres e Westminster. 24 de junho é o dia de São João e justamente São João é o patrono da Maçonaria. Neste enfoque se manifesta um problema que não é outro senão a existência de três São Joãos: o Batista, o Evangelista e o Esmoleiro ou de Jerusalém2 . 24 de junho é o dia de São João Batista e no dia 27 de dezembro se celebra a festa de São João Evangelista. Curiosamente cada um desses dois dias coincide, por aproximação, com os dois solstícios: o de verão e o de inverno respectivamente sempre que nos refiramos ao hemisfério Norte porque, naturalmente, no hemisfério Sul, as estações são invertidas3 . Seja como for, ambas as datas são de extrema importância para os maçons e esses dois São João são chaves em nossa Ordem. Contudo vamos analisar tudo isso com bastante calma, dando-lhe o enfoque astronômico (o que é solstício); biográfico (quais foram os três São João acima mencionados) e, finalmente, o esotérico (o que pode representar os solstícios). O que é um solstício? Solstício é um termo usado em astronomia relacionado com a posição do Sol no equador celeste. A designação advém do latim, solstitium (sol + sistere ou sol que não 2 No portal PONTO CULTURAL DA FOLHA MAÇÔNICA (http://sdrv.ms/QobWqH), pastas BIBLOS e NO TOPO DA COLUNA DO NORTE estão disponíveis (novembro/2013) ler/baixar um sem fim de títulos para abordando a questão do São João na Maçonaria. (Nota: Aquilino R. Leal) 3 Recordamos que o texto diz respeito ao hemisfério Norte, no caso Espanha; para o hemisfério Sul, no caso Brasil, tais datas correspondem ao solstício de inverno e verão respectivamente, tal qual o Autor deu a entender. (Nota: Aquilino R. Leal) 3 – solstícios “Maçônicos” e são joão Ir Mario López Rico
  • 7. se mexe) e está associado à ideia de que o Sol estaria como que estacionário; para o observador que está na Terra o Sol parece mante uma posição fixa ao nascer e ao se pôr. A existência dos solstícios está provocada pela inclinação do eixo da Terra sobre o plano de sua orbita. Os solstícios são aqueles momentos4 do ano nos quais o Sol atinge sua máxima posição meridional ou boreal, ou seja, a máxima declinação5 norte (23º 27’) e a máxima declinação6 sul (23º 27’) em relação à linha do Equador Terrestre. No solstício de verão, hemisfério Norte, o Sol alcança o zênite ao meio dia sobre o trópico de Câncer e no solstício de inverno alcança o zênite ao meio dia sobre o trópico de Capricórnio7 . O fenômeno ocorre duas vezes por anos: em 20 ou 21 de junho e no dia 21 ou 22 de dezembro de cada ano. Como se sabe, o solstício de verão também implica no dia de maior claridade do ano e o do inverno no dia em que a noite é a mais comprida do ano. Os três São João As datas das festas de celebração de São João Batista (verão) e de São João Evangelista (inverno) são quase coincidentes com as das dos solstícios8 . São João Batista (24 de junho) João Batista ou simplesmente o Batista ou, ainda simplesmente, São João, foi um pregador asceta judeu, considerado como profeta por três religiões: Cristianismo, Islamismo e a Fé Bahá’í9 e como um messias pelo Mandeísmo10 . Segundo o Cristianismo, São João Batista foi filho do sacerdote Zacarias e de sua esposa Isabel (Lucas 1:511 ) sendo considerado o precursor de Jesus Cristo. São João Batista é um dos santos mais festejados de Europa, sendo padroeiro de Florença, Badajoz12 , Albacete13 , Telde14 e Arucas na Grande Canarias e Porto Rico, além de também padroeiro dos monges Cartujos e da Ordem de Malta. 4 Grifo nosso proposital para destacar que os solstícios, como indicado pelo Autor, são dois instantes, justamente àqueles em que o Sol fica perpendicular em algum ponto em relação ao um dos dois trópicos Câncer (hemisfério Norte) e Capricórnio (hemisfério Sul) . (Nota: Aquilino R. Leal) 5 Em latitude. (Nota: Aquilino R. Leal) 6 Em latitude. (Nota: Aquilino R. Leal) 7 As coisas se invertem no hemisfério Sul, no caso Brasil. Considerar o meio dia como sendo o popularmente conhecido ‘sol a pino’; em verdade, como já mencionado, os solstícios ocorrem apenas em um certo instante, em um lapso de tempo que não é fixo; os solstícios em 2012, por exemplo, ocorreram no dia 20 de junho às 20:09 e 21 de dezembro de às 08:11, horário de Brasília; para 2013 temos: 21 de junho às 02:04 e 21 de dezembro às 14:11, também horário de Brasília. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/solstício – novembro de 2013. (Nota: Aquilino R. Leal) 8 As referências do Autor claramente dizem respeito ao hemisfério Norte, Espanha; no nosso caso, hemisfério Sul, Brasil, devemos inverter as estações verão-inverno por inverno-verão. (Nota: Aquilino R. Leal) 9 A Fé Bahá'í é uma religião monoteísta fundada por Bahá'u'lláh na Pérsia do século XIX que enfatiza a unidade espiritual da humanidade. Fonte: wikipédia – novembro/2013. (Nota: Aquilino R. Leal) 10 É denominada Mandeísmo a religião pré-cristã classificada por estudiosos como gnóstica, praticada atualmente no Iraque e nas comunidades emigradas deste mesmo país. Fonte: http://www.infoescola.com/ – novembro/2013. (Nota: Aquilino R. Leal) 11 ‘Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel .’ (Nota: Aquilino R. Leal) 12 Espanha. (Nota: Aquilino R. Leal) 13 Espanha. (Nota: Aquilino R. Leal) 14 Espanha. (Nota: Aquilino R. Leal)
  • 8. Segundo Lucas (1:59s15 ), Isabel e Zacarias circuncisaram seu filho aos oito dias de vida, obedecendo ao preceito de que Javé mandara a Abraão (Gn 17:11s16 ). Os sacerdotes católicos passaram a praticar o rito do batizado seguindo o exemplo de João o Batista ainda que sem aplicar o mandado de Javé quanto à circuncisão. Também segundo Mateus (3:617 ), as pessoas confessavam a João seus pecados e João as batizava contrariamente ao rito católico onde o batizado e a confissão são independentes. Segundo o Corão, João Batista recebe o nome de Yahya ibn Zakariya ou simplesmente Yahya. Segundo a tradição, Maria, ao ficar grávida de Jesus se retirou a um oratório onde vivia sozinha sob a tutela do profeta Zacarias que a visitava para cuidar dela além de levar-lhe alimento. No entanto, Maria não necessitava que lhe levassem alimentos pois o próprio Deus cuidava disso. Maravilhado com o milagre Zacarias rogou a Deus que também lhe fizesse um milagre dando-lhe um filho, e Deus o atendeu. Desse modo nasceu João. Em agradecimento Zacarias jejuou e se manteve em silêncio durante três dias, dando Deus a João sabedoria e conhecimento, tornando-o profeta. A tradição afirma que está enterrado na grande Mesquita dos Omeyas, em Damasco. São João Evangelista (27 de dezembro) João, o chamado Evangelista, foi um escritor místico do Cristianismo primitivo ao qual a tradição considera como autor do Evangelho segundo São João e, quiçá, de outros escritos afins (escritos joanicos) como o Apocalipse e as três epístolas I João, II João e III João ainda que haja dúvidas a respeito da autoria das duas últimas. Temos de assinalar que o Evangelho de São João originalmente era de autoria anônima e não se está certo sequer que o nome do autor fosse João mesmo com a tradição cristã mais antiga indicando esse nome desde quase o primeiro momento. Parece que, em todo caso, o autor do evangelho é judeu, escrevendo para pessoas que não conhecem os costumes judaicos. Segundo a tradição, para as igrejas de Ásia. Irineu de Lyon conta que João, depois do martírio de Pedro e Paulo, se fixou em Éfeso. A tradição nos diz que foi levado a Roma e o imperador Domiciano18 ordenou queimá-lo com azeite fervente. Não é considerado como um apóstolo mártir segundo a tradição. Salvou-se do martírio sendo desterrado para a ilha de Patmos19 aonde escreveu o Apocalipse. Foi o mestre de Policarpo de Esmirna. Depois de morrer Domiciano assumiu Nerva como imperador, João pode, então, voltar a Éfeso aonde escreveu o resto de seus escritos e morreu. São João de Jerusalém Temos nos referido a dois São João, um dos quais é considerado o patrono da Maçonaria; contudo existem opiniões contrárias como a do historiador E. F. Bazot: “... No que refere ao São João que os maçons tomaram como patrono não pode ser nem o Batista nem o Evangelista já que ambos não têm nenhuma relação com a franco- maçonaria. Dever-se-ia considerar que o verdadeiro padroeiro das Lojas é São João o Esmoleiro, filho do rei de Chipre que no tempo das Cruzadas deixou sua pátria e a esperança do trono para ir a Jerusalém a dar os socorros mais generosos aos peregrinos e aos cavaleiros. João fundou um hospital designando irmãos para cuidar 15 ‗ [59] E aconteceu que, ao oitavo dia, vieram circuncidar o menino, e lhe chamavam Zacarias, o nome de seu pai. [60] E, respondendo sua mãe, disse: Não, porém será chamado João .‘ (Nota: Aquilino R. Leal) 16 ‘[11] E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. [12] O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo o homem nas vossas gerações; o nascido na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua descendência.’ (Nota: Aquilino R. Leal) 17 ‘E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.’ (Nota: Aquilino R. Leal) 18 Tito Flávio Domiciano (em latim: Titus Flavius Domitianus1; 24 de outubro de 51 — 18 de setembro de 96), habitualmente conhecido como Domiciano, foi imperador romano de 14 de setembro de 81 d.C. até a sua morte a 18 de setembro de 96. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Domiciano – novembro/2013. (Nota: Aquilino R. Leal) 19 Razão pela qual passou a ser conhecido por João de Patmos. (Nota: Aquilino R. Leal)
  • 9. dos enfermos, aos cristãos feridos além de distribuir ajuda pecuniária aos viajantes que iam visitar o Santo Sepulcro. Roma o canonizou com o nome de São João de Jerusalém e os maçons, cujos templos foram destruídos pela barbárie e que ele os erigiu de novo, o elegeram, de comum acordo, como seu protetor.” Chegando a este ponto nos deparamos com a existência de três São Joãos. Se bem que a interpretação de E. F. Bazot seja respeitável, a realidade é que, seja por costume ou porque o autor não tenha razão, os dois Joãos que atualmente se celebram são os dos solstícios de verão e inverno. Por outra parte, as celebrações de São João Batista e de São Evangelista são as que praticamente coincidem com os solstícios que, não devemos esquecer, tinham e têm grande importância em todas as culturas - tais festividades foram assimiladas pelo Cristianismo com o intuito de acabar com as festas pagãs, substituindo-as pelas suas próprias. Filosofia Segundo certos autores, São João Batista ou São João de Verão20 representa o espírito em expansão e comunhão com tudo o criado desprovido do tudo profano. Por outro lado, São João Evangelista, o São João de Inverno21 representa o espirito recolhido buscando seu interior. A Loja é uma representação do Universo, um microcosmo representativo do macrocosmo. O microcosmo da Loja que observamos a nossa volta retrata o cenário simbólico da Natureza. Teatro iniciático aonde a alma de cada um de nós, analogamente como procede o Sol em seu ciclo anual, deve tentar passar de uma coluna para a outra, ir de solstício a solstício, recorrendo passo a passo através dos ciclos do Zodíaco as diferentes etapas e provas pelas que passa a revolução da alma em sua aventura transcendental por este mundo. Não podemos esquecer que as colunas de entrada ao Templo representam também os Trópicos de Câncer e Capricórnio que, como vimos, são as chaves dos solstícios. Não há qualquer dúvida para nós, maçons, que as festas solsticiais têm um profundo significado filosófico. Os solstícios representam o eterno contraste entre a luz e a escuridão, entre a vida e a morte e o eterno renascer da criação onde nada pode ser destruído, apenas transformado nos três estados naturais: sólido, liquido e gasoso; é a ave fênix que sempre renasce das cinzas. Os solstícios representam a harmonia cósmica que permite observar, ano após ano, como se eles cumprem com espantosa regularidade, de acordo com as leis físicas de sua relação com a Terra, prolongando os dias, ou as noites, fazendo com que a Natureza cumpra seus ciclos biológicos de forma inexorável. É possível aprofundar mais na parte filosófica indicando que o microcosmo de uma Loja possui um simbolismo entrelaçado às duas colunas da entrada; imaginem o Ara como a estrela polar, analisando os quatro pontos cardeais da Loja etc. para chegar à conclusão de que a transição de um solstício, o de verão, pode associar-se com o profano que vê a luz pela primeira vez, que recebe como um batizado (São João Batista ou São João de Verão). No entanto, essa luz é tão forte que há necessidade de diminuir sua luminosidade para não o cegar e é justamente isso o que ocorre desse momento a partir do solstício de verão os dias se fazem cada vez menores e a escuridão vai tomando conta do terreno da luz, é como uma volta à Terra, ao VITRIOL. Ao contrário, o solstício de inverno (São João Evangelista ou São João de Inverno) estaria associado aos Companheiros que após baixar a esse VITRIOL voltam a surgir como uma nova luz que pouco a pouco aumenta, tal qual na própria Natureza onde os dias começam a crescer e a luz começa a vencer a escuridão. É o trabalho do Companheiro que pouco a pouco vai recebendo a luz necessária para alcançar seu mestrado. 20 Certamente para a Espanha, hemisfério Norte, no Brasil, hemisfério Sul, seria o São João de Inverno. (Nota: Aquilino R. Leal) 21 Certamente para a Espanha, no Brasil seria o São João de Verão. (Nota: Aquilino R. Leal)
  • 10. Essas interpretações filosóficas são defendidas por alguns maçons, mas não por todos, a vocês leitores resta tomar parte de uns ou de outros já que não serei eu quem irá fazê-lo por vocês próprios quando, pelo menos, a explicação parece-me bela como alegoria, como uma realidade a expressar poderíamos discutir, sem sombra de dúvidas22 . Encerro por aqui este post demasiado longo que não convém esticá-lo ainda mais, entre outras para que não se torne cansativo. Sobre o Autor Mario Lopez Rico é MM desde 22 de abril de 2010, sendo iniciado em 20 de novembro de 2007 na Loja Renacimiento 54, sob a obediência da Gran Logia de España. O Irm foi instalado como V M em sua Loja mãe em 08 de setembro de 2012. Na Maçonaria filosófica galgou vários Graus do REAA além de ser MM da Marca – Nauta da Arca Real – Maçom do Arco Real de Jerusalém. 22 À luz do apresentado somos de opinião que qualquer Iniciação deveria ser feita sob os auspícios de São João de Inverno, quando a Luz possível de ser recebida ao abrir os olhos é a mínima aceitável, com o passar do tempo a Luz, simbolicamente ‘falando’, irá se acentuando podendo agora o Apr galgar mais um grau (no equinócio) já sabedor que o que está encima (hemisfério Norte ou hemisfério Sul) é o que está em baixo (hemisfério Sul ou hemisfério Norte), que ele pode já pode ir para a direita (um dos hemisférios, dependendo do Ritual) sem receio de voltar para a esquerda (o outro hemisfério), sendo assim a Elev somente se daria no equinócio da primavera com o que, dia a dia passaria a receber mais Luz e no solstício de verão a plenitude lunar, a plenitude maçônica simbólica, de modo que a Exalt apenas ocorria em data próxima aos solstícios de verão. E esta é nossa opinião, plausível de censuras e, certamente, de outras interpretações... O caminho está aberto. (Nota: Aquilino R. Leal)
  • 11. LANDMARQUES, O QUE EU PENSO A RESPEITO... Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas ―Brasil‖ A Maçonaria tem no seu acervo de palavras, no seu vocabulário de uso cotidiano uma complexa terminologia, repleta de figuras, idéias, princípios, explicações, lendas, alegorias, conceitos, sínteses filosóficas, ensinamentos, frases lapidares, etc. que se consubstanciam em termos tais como Iniciação, ritos, graus, emblemas, símbolos, Lojas, Potências, Obediências, Irmãos, Arte Real, isto só para citar alguns poucos, das centenas de vocábulos que por assim dizer, constituem uma verdadeira linguagem superposta à nossa linguagem comum se tornando especial concretizando-se assim a língua maçônica, que é semelhante à língua normalmente falada no país, mas que quando falada por maçons tem outro significado e só estes a entendem. Esta é uma infinidade de conceitos, leis princípios aparentemente muito complexos que se imbricam como um verdadeiro quebra-cabeça, e somente são acessíveis aos Iniciados, cujas interpretações são de natureza diversa e bastante heterogênea, pois cada adepto tem a sua própria maneira de assimilar os ensinamentos de acordo com as suas concepções mais íntimas, quer sejam agnósticos, deistas ou teistas. Mas de qualquer forma esta linguagem e suas significações são o meio de comunicação e os vetores de suas mensagens, pelas quais os maçons se comunicam. Para tornar mais democrática e livre esta busca, a Maçonaria lança mão das metáforas, das deduções, da meditação introspectiva, das analogias, e especialmente das dúvidas. Para dar ênfase especial à dúvida, a Maçonaria ensina seus adeptos a usar a Dialética que é a arte de se discutir qualquer assunto até a última gota de afirmação e contradição que ele possa oferecer. É uma maneira de se buscar, pesquisando. Para um Maçom estudioso as contradições as incongruências, as polêmicas e os assuntos ainda não esclarecidos ou resolvidos, passíveis de discussões, são o reino de seu aprendizado, que é em última análise a procura incessante de seu autoconhecimento, aliás, fato este que a grande maioria de Irmãos desconhece. Convém ressaltar que se a Maçonaria fosse matemática, isto é com explicações chavões muito certas, muito corretas, possivelmente ela não sobreviveria, porque ela tiraria a beleza da dúvida e atrelaria o Irmão a aceitar princípios que não poderiam ser contestados. O maçom é um contestador nato, no bom sentido. Para complicar este interessante e lindo trajeto que o maçom percorrerá durante sua vida, ele deparará com uma série de termos, sobre os quais já se escreveram e ainda se escrevem verdadeiros tratados, muitas das vezes sem se chegar às conclusões satisfatórias tais como regularidade, potências, ecletismo, landmarques (landmarks ou lindeiros), leis, rituais etc. Nesta caminhada as vezes ele parecerá estar na “terra do faz de conta”, mas poderá usar com toda liberdade todos os recursos imagináveis quando poderá ocorrer que ele até duvide de um axioma, que como todos sabemos trata-se de uma verdade indemonstrável, a qual não terá que ser questionada ou provada, e em outras ocasiões, ele procurar outros caminhos, ele 4 - landmarques, o que eu penso a respeito Ir Hercule Spoladore
  • 12. poderá até sofismar para poder ter uma pista a mais para perquirir suas verdades e acabar por provar para si que um sofisma sempre será um sofisma e baseia numa premissa falsa. Logo, não poderá um sofisma ter valor. Mas é um caminho que o maçom as vezes adota erradamente. Tais são as opções deliciosas que um Maçom inteligente tem para se encontrar. Neste trajeto místico e intelectual ele não terá que provar nada a quem quer que seja. Ele só terá que provar algo a si mesmo. Eis um dos maiores ensinamentos da Ordem. Mas então com toda esta mixórdia como é que a Ordem sobrevive? Ora, ela sobrevive e vai muito bem. Talvez por saber adequar todos os elementos contraditórios mencionados, e por não se reger pelos princípios cartesianos que regem outras instituições afins que se dizem seculares. A Maçonaria tem a sua maneira própria de ser e isso é que a torna linda e intrigante. Não há uma metodologia ser seguida para seu estudo. É a lei do coração, da emoção que fala mais alto. Mas, não podemos abandonar a razão. Isso é muito importante, para evitar os achismos e invenções. Dentro deste raciocínio, os tais de landmarques mencionados constituem um dos terrenos mais contraditórios e, atualmente se questiona e muito até que ponto eles tenham algum valor real para a Maçonaria moderna. Se formos analisá-los, já de início, teremos dificuldades para escolher qual a classificação que abordaremos para estudo, pois existem mais de sessenta. Qual a verdadeira? Qual merecerá ser levada a sério? A de Albert Gallatin Mackey? Porque? A classificação dele está repleta de incongruências. Temos até uma classificação de um maçom brasileiro com 14 artigos, ou seja, a de Joaquim Gervásio de Figueiredo. Existem ainda entre as inúmeras classificações as de Albert Pike, Bob Moris, Jean Pierre Berthelon. Segundo Castellani os landmarques de um modo geral deveriam ser reduzidos a quatro artigos, que seriam as regras principais usadas pela Maçonaria Operativa. Costuma-se citar que os landmarques ou lindeiros são oriundos dos manuscritos antigos também chamados de Old Charges. São apenas apresentados como provindos daqueles documentos, pois não havia landmarques na Maçonaria Operativa. Logo, eles não existiam. Foram inventados, não resta a menor dúvida. Comparando-se o que se lê nestes documentos antigos, ou seja, nos Old Charges ou Antigas Obrigações ou Manuscritos e o que se pratica na Maçonaria que atualmente professamos há apenas alguma semelhança vaga com relação aos nossos caminhos atuais. O conteúdo de um dos mais importantes, talvez o maior em importância, o Poema Régio, não vemos como encaixar dentro daquilo que está escrito, na maioria dos artigos da classificação de Mackey e de outros autores, ou mesmo com o que praticamos na Maçonaria atual. . Tomamos os landmarques de Albert G. Mackey como referência, feito por um americano para americanos. Ressalte-se que maioria das 50 Grandes Lojas Americanas nem se manifestaram a respeito deles. Entretanto, muitos brasileiros os tem como verdades imutáveis, como se fossem uma verdadeira bíblia. Ressalte-se mais uma vez que existem mais de sessenta classificações de landmarques espalhadas pelo mundo afora. Modernamente a Maçonaria inglesa adota oito princípios, que são suas regras particulares, adequados à ela como potência que não são landmarques, mas, que são princípios próprios da Grande Loja Unida da Inglaterra. Ela não adota os chamados landmarques. Seria muito mais inteligente e sincero admitirmos que os ingleses no início da fase especulativa da Ordem, quando criaram a união de Lojas que antes eram livres, e inventaram o termo “Obediência” tiveram que elaborar uma espécie de estatuto para, evidentemente colocar ordem sobre os maçons e lojas sob o comando da Grande Loja de Londres. E estes estatutos ou constituições ou enumeração de deveres e direitos foram baseados nos estatutos das corporações de ofício, e das guildas que já existiam, e principalmente nos estatutos destas corporações, verdadeiras precursoras
  • 13. dos atuais sindicatos e cooperativas, pois os landmarques têm muito mais a ver com estes estatutos do que com os Old Charges. É só ler esta documentação e compara- la, que teremos a evidência desta afirmação. São obrigações e direitos. E assim nasceu o termo “landmark,” inventado por George Payne em 1720, aparecendo pela primeira vez quando ele compilou o Regulamento Geral da Maçonaria Inglesa. No Brasil chamam-se landmarques. Anderson em sua Constituição de 1738, menciona o termo pelo menos duas vezes. Interessante que o conceito de landmarque que temos é que seria uma lei, um marco, uma linha intransponível, que todo maçom não deveria transpô-la, mas que no dia a dia, o que vemos é justamente a transposição deste limite, especialmente pelos dirigentes das potências. Em seu nome mudam-se rituais, ocorrem cisões na Ordem, expulsam-se Irmãos, outros são chamados de irregulares, perjuros e outros tantos epítetos. Os landmarques ajudam muito hoje em dia, esta autofagia maçônica, pois são muito invocados pelas autoridades maçônicas a todo instante quando querem punir algum Irmão ou uma Loja que não siga a linha política do seu Grão-Mestre. Enfim, na realidade landmarque é uma palavra mágica. Serve para tudo e não serve para nada. Depende de quem a manipule. Todavia, como se fosse uma verdadeira bíblia faz parte do contexto maçônico como tantos outros segmentos da Ordem que atualmente não teriam mais razão de ser. Poderemos aboli-los pura e simplesmente? Talvez não. Se tirarmos os landmarques, da Ordem teremos que repensar e retirar outras lendas outros segmentos esdrúxulos que até então temos sido obrigados a aceita-los. Valeria a pena? Possivelmente não. Estaríamos destruindo em parte uma das nossas fantasias mais bonitas. É uma das peças de toda a terminologia maçônica atual. É bonito pronunciar esta palavra. Nós, entretanto, arriscaríamos a colocá-los como folclore maçônico. Argumentemos. O que é folclore? Entre as várias definições uma delas é o estudo e conhecimento das tradições de um povo, expressas nas suas lendas, crenças canções e costumes. Achamos que ficaria bem, pois estaríamos ainda que, sem razão, pois eles não existiam, mas estão romanticamente ligados à Maçonaria Operativa a qual sempre os entendidos a invocam como tradição ligada às chamadas lendas antigas o que agrada a todos, pois dá aquela sensação de antigüidade. E já é uma situação que data desde os primeiros anos da Maçonaria Obedencial, ou seja, quando criaram a chamada potência tendo, portanto uma duração de mais ou menos três séculos. Não será fácil simplesmente aboli-los. Vamos, pois, considera-los, como se fossem uma tradição, pois já faz tanto tempo que foram inventados. Coloca-los como folclore, fica ameno e romântico, não os destrói. Se lermos estas classificações de landmarques que existem no mundo maçônico e os acharmos folclóricos não teremos compromisso com a veracidade daqueles enunciados, os quais são na sua maioria contraditórios, pois cada autor afirma o que quer, e ainda todos aqueles textos entremeados de muitos deveres direitos e ameaças de punições se porventura, infringirmos aquilo que se considera como os seus famosos limites intransponíveis. Se os acharmos folclóricos, vamos ter a sensação ou a ilusão de estarmos tendo acesso a relatos muito antigos e que nossa Ordem é milenar, e esta fantasia faz muito bem a maioria dos maçons. Então, porque destruí-la? Entretanto, não esqueçamos que a Maçonaria como qualquer organização, como qualquer firma, tem que ter regras e princípios para seu perfeito funcionamento, e no caso, boa parte destas regras são baseadas em regras antigas da organização que foram sendo modificadas com o passar do tempo, adequadas à modernidade. Hercule Spoladore
  • 14. As Lojas e seus Ritos Ir João Anatalino www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br As Lojas O termo Loja, tal qual é empregado na maçonaria, encerra uma variedade de significados. Tradicionalmente se refere ao conjunto de Irmãos reunidos em assembleia. Isso nos leva a distinguir Loja de Templo, pois enquanto este é o edifício onde os maçons se reúnem, a Loja é a própria reunião em si mesma. Destarte, esta pode ser realizada em qualquer lugar que ofereça condições para tanto, não precisando, obrigatoriamente, ser dentro de um Templo. Assim, o termo Loja assume um amplo leque de significados, que resumem a tradição que a assembleia de maçons pretende refletir. titulados conforme cada tema neles. A Loja, portanto, é assembleia de maçons, reunidos para um determinado fim. Na chamada Loja Simbólica pratica-se a chamada maçonaria básica, consagrada aos fundamentos comuns da tradição maçônica, que é o exercício da Fraternidade, fundamentada na igualdade entre os Irmãos e na mais perfeita Liberdade. Não cuida, a chamada Loja Simbólica, dos fundamentos mais profundos da doutrina maçônica, que são encontrados em temas mais avançados da sabedoria arcana. Nos três graus que compõem sua estrutura, Aprendiz, Companheiro e Mestre, a proposta é a de divulgar os fundamentos da maçonaria, enquanto tradição herdada dos antigos pedreiros medievais. Conquanto os ensinamentos da Loja Simbólica sejam todos transmitidos de forma iniciática, o que se trata nas assembleias dos maçons que se reúnem nessa estrutura são, principalmente, os assuntos referentes á Irmandade, nas suas relações com a sociedade, os problemas de cada Loja, os assuntos internos, as questões de interesse corporativo que afetam o grupo e a 5 – as lojas e seus ritos Ir João Anatalino
  • 15. Ordem com um todo. Não se exige que um iniciado maçom, ao colar os graus da Loja Simbólica, passe a frequentar os graus superiores. Para que ele seja um maçom completo, basta que ele seja elevado ao grau de Mestre. Porém, se o Irmão quiser conhecer, de fato, a maçonaria, será preciso que ele suba todos os graus da chamada Escada de Jacó, alegoria que significa a passagem do maçom por todos os graus do Rito ao qual sua loja está filiada. Esses títulos, aplicáveis às diversas Lojas dos maçons, estão ligados, portanto, á tradição que cada rito representa. Os maçons do Arco Real, por exemplo, deram ás suas assembleias o título designativo de Capítulo, já que esse sistema se fundamenta na estrutura das antigas Ordens monásticas, onde cada grau constitui um bloco de ensinamento, no qual o iniciando vai adquirindo a sabedoria necessária para galgar o grau imediatamente superior, par, no fim atingir o topo da cadeia iniciática. Essa estrutura, embora seja aplicável a todos os demais sistemas de ensinamento maçônico, especialmente o Rito Escocês (REAA), na maçonaria do Arco Real a divisão administrativa e o conteúdo doutrinário de cada bloco apresentam algumas diferenças. Dentro das próprias estruturas sistêmicas dos ritos, são adotados títulos diferentes para as assembleias que se reúnem nos mais variados graus. Assim é que os graus crípticos do Arco Real (Super Excelente Mestre, Mestre Escolhido e Mestre Real), no REAA correspondem aos graus Filosóficos (Kadosh) de nºs 25, 26, 27 (Cavaleiro da Serpente de Bronze, Príncipe das Mercês e Grande Comendador do Templo). Já os chamados graus de cavalaria no Arco Real, no REAA correspondem aos graus 28, 29, 30 do Kadosh. Tanto nas assembleias dos graus filosóficos do REAA quanto nas dos graus crípticos de Arco Real, o local de reunião, ou seja, a Loja, é chamado de Capítulos, ou tendas, conforme o ritual. Esses títulos, como se pode ver, têm a sua razão de ser, e correspondem ao simbolismo que cada rito desenvolve. Porém, uma análise mais profunda nas raízes de cada um deles irá verificar que todos se abeberam numa fonte comum, que é a tradição bíblica, veiculada pelos cinco livros da Torá, interpretada e teatralizada conforme a visão de cada rito. Mesmo os chamados graus de Cavalaria, tanto no Rito de York quanto no Rito Escocês, que trabalham com tradições ligadas aos antigos cavaleiros cruzados, especialmente os Templários, Hospitalários e Teutônicos, em cada rito considerado, as lendas de fundo, que sedimentam a estrutura de cada grau, se referem principalmente á temas bíblicos. Assim é que iremos encontrar, tanto no Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA), quanto no de York, alegorias ligadas com a Arca da Aliança, a Reconstrução do Templo de Jerusalém, a Árvore da Vida, o Selo do Salomão e outros temas bíblicos, tratados de uma forma mística, própria do método iniciático. A verdade é que a maçonaria é uma tradição cujas origens se perdem no tempo, mas as suas vinculações são visíveis em cada período vivido pela humanidade. Há um elo que a liga as diferentes fases da civilização e esse elo é a necessidade da preservação das conquistas espirituais feitas pelo homem em sua aventura terrestre. Por isso ele se une aos seus “iguais” e procura, através do corporativismo, manter num círculo bem restrito, a chave dessa cripta misteriosa. Desde os mais antigos tempos das sociedades humanas essa estratégia é praticada e a maçonaria nada mais é do uma corruptela dessa ideia arquetípica que sempre impressionou os espíritos mais sensíveis. Destarte, a ideia que está na base da maçonaria é a necessidade de os grupos preservarem as suas conquistas civilizatórias através de um sistema corporativo que
  • 16. lhes sirva de defesa. De outro lado, esse sistema permite aos seus membros o desenvolvimento de um sistema ético e moral que agrega sempre os novos valores que a sociedade elege como necessários á sua felicidade. E, por fim, tudo isso se organiza numa fórmula institucional, que se conforma numa Organização. Então temos a maçonaria moderna. Por isso é que, seja qual for a liturgia praticada pela Loja em que os maçons se reúnem, sempre se encontrará um elemento unificador no qual todo maçom, seja qual for o Rito a que pertença, se identificará. Nessa identificação está a força da maçonaria. O quadro acima mostra uma comparação entre os dois ritos maçônicos mais populares em todo o mundo: o rito escocês (REAA) e o rito de York (o Arco Real). Embora exista alguma diferença nos títulos e na disposição dos temas dos graus, é possível verificar que todos tratam, no conjunto, dos mesmos temas e contemplam os mesmos conteúdos programáticos. A gravura mostra a maçonaria americana. No Brasil, e em outros países, como a França, a Alemanha e outros países onde a maçonaria tem raízes muito profundas, há algumas diferenças na estrutura dos graus e nos títulos a eles atribuídos, mas na base, são os mesmos fundamentos que os suportam. A disposição ritualística acima demonstrada é aplicada principalmente na maçonaria americana, mas no resto do mundo maçônico existem poucas diferenças de titulação. No Brasil, por exemplo, e em vários países da América do Sul e Europa, os graus mais altos do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) não são titulados como Graus Adonirhamitas, como aparece na gravura acima, mas sim como Filosóficos ou Kadosh (do grau 19 ao 30) e graus administrativos (do 31 ao 33). Excetuadas essas diferenças, que são apenas de titulação, podemos observar que existem sensíveis semelhanças na organização de ambos os ritos, que contemplam cinco blocos de ensinamentos, divididos numa série de graus. Enquanto no Rito Escocês Antigo e Aceito, disposição brasileira, temos as Lojas dedicadas aos graus Simbólicos (1º ao 3º), Inefáveis (4º a 14º), Capitulares (15º a 18º), Filosófico ou Kadosh (19º ao 30º), e Administrativos (31º a 33º); no Rito de York, também conhecido como Arco Real, temos os Graus Simbólicos, que correspondem, no REAA á Loja Simbólica, os Graus Capitulares, que correspondem no REAA aos Graus Inefáveis e Capitulares, os Graus Crípticos, que correspondem no Rito Escocês, aos Graus Filosóficos ou Kadosh e os graus de Cavalaria, que correspondem, no REAA, aos graus Adonirhamitas, ou em se
  • 17. tratando da maçonaria brasileira, esse bloco integra partes do Kadosh e os últimos três graus chamados de administrativos. Temos assim, para um bom entendimento do que significam as chamadas Lojas maçônicas, uma visão resumida dos diversos ritos praticados pelas diferentes assembleias de maçons. Embora cada rito empregue certos elementos de linguagem próprios de sua tradição, o ensinamento maçônico neles veiculado é o mesmo. E todos têm uma fonte comum, que é a Bíblia Sagrada. Estas proposições são válidas em se tratando da maçonaria praticada na maior parte do mundo ocidental. Existem ritos que são abastecidos por fontes outras que não a Bíblia Sagrada, como a maçonaria egípcia de Cagliosto, que se diz fundamentada nos Antigos Mistérios Egípcios. Na verdade, são tantos os ritos maçônicos, e tão confusas suas origens e a ritualística praticada, que nenhum autor, até hoje, conseguiu recenseá-los todos e colocá-los numa ordem lógica e inteligível, de forma que se permita ao estudioso entender como funcionam e o que pretendem transmitir em termos de ensinamento. Para se ter uma ideia de quão confuso é esse assunto, Kenneth Mackensie, autor da famosa Royal Masonic Cyclopaedia, um dos mais completos trabalhos maçônicos já elaborados, listou, em fins do século dezenove (1875/ 1877), nada menos do que trinta e três ritos, esclarecendo que havia, já naquela época, muitos mais. Hoje, mais de cem anos depois, essa lista deve ter se multiplicado tanto que se torna impossível qualquer trabalho de compilação que se queira fazer nesse universo de diferentes ritos e suas fontes de abastecimento litúrgico. Importante é não perder de vista o objetivo da prática maçônica, que é a modelagem do caráter do homem e a sua utilização como ferramenta de aperfeiçoamento da sociedade.[1]. [1]A página da Wikipédia informa que os principais ritos hoje praticados são o Rito Escocês Antigo e Aceito, o Rito de York, que é dividido em inglês e americano, o rito Schoder, o Rito Moderno, e os ritos Adorhiramita e o Escocês Retificado, e que já existiram mais de duzentos ritos, porém hoje pouco mais de cinquenta são praticados, sendo o Rito de York, o Rito de Emulação, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Moderno (também chamado de Rito Francês ou Moderno na Europa), os mais comuns. Juntos, estes três ritos congregam cerca de 99% dos maçons em todo o mundo. Essas informações, todavia carecem de confirmação, já que tais ritos e Lojas estão muito dispersos e dificultam a pesquisa. “
  • 18. Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk, às terças, quintas, sábados e domingos. Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR Questões de ritualística Questões apresentadas pelo Respeitável Irmão Alberto Sobrinho, Secretário Estadual Adjunto para o REAA, GOB-GO, Oriente de Goiânia, Estado de Goiás. albertosobrinho@plansati.com.br SESSÃO MÁGNA DE INICIAÇÃO 1. Quando da entrada do Pavilhão Nacional no Templo, o Porta Bandeira acompanhado de sua Guarda, deverá sempre passar à esquerda do Painel, às vezes até se enfileirando, ou pode ocorrer à passagem pelos dois lados do Painel? 2. Qual seria o local exato do Porta Bandeira, no momento de Saudação ao Pavilhão Nacional? Fica no degrau mais alto do Oriente, à frente da mesa colocada à esquerda do Venerável Mestre? Ou se coloca numa posição mediana, do lado Sul, no Oriente, logo à frente das autoridades, para ser saudada? 2.1. Neste momento o Orador deverá se colocar à frente do M:.P:.B:. e de frente para o Pavilhão?, Neste momento o Mestre de Cerimônias deve conduzir o Orador ao local para a saudação, ou atendendo o convite do Venerável Mestre, o mesmo se desloca por si só e após a saudação retorna ao seu lugar? 3. Estando ausente o Grão Mestre Estadual e nem o Grão Mestre Geral, não haverá entrada com formalidade, autoridades poderão entrar em família junto com o Venerável Mestre e ocupam seus lugares, quer seja no Banco das autoridades ou se convidados, ladearão o Venerável Mestre, conforme o Ritual. Neste caso a saída das autoridades visitantes deverá ser em família no término da Sessão, ou se faz cumprir o que está previsto no Ritual Pag. 159, que diz: "Após a saída do Pavilhão Nacional, segue-se a retirada das autoridades em ordem inversa à da entrada, com as mesmas formalidades". 4. Quando do Juramento, o Candidato é conduzido ao Altar dos Juramentos (pag. 131), em havendo mais de um candidato, os mesmos deverão ser colocados ajoelhados com o joelho esquerdo estando um ao lado outro e com 6 - Perguntas e Respostas Ir Pedro Juk
  • 19. as mãos direitas apoiadas sobre o Livro da Lei, ou apenas o primeiro colocará a mão direita sobre o Livro da Lei e os demais colocam a mão direita no ombro esquerdo do primeiro candidato e assim por diante. Procedimento análogo - deve ocorrer quando da sagração, ajoelhando-se com o joelho direito (pág. 135). Apesar de serem detalhes, às vezes até irrelevantes, pude perceber durante a minha primeira instrução Ritualística que os Irmãos gostam de sabatinar o instrutor com perguntas perspicazes, por desconhecimento ou às vezes por querer comparar com outro ensinamento, daí acreditar que, tendo uma orientação superior poderemos procurar adotar um pensamento único, para se fazer uma Ritualística padrão, sem achismos, sem invenções. Conto com a vossa prestimosa colaboração e solicito, caso haja, programação de Seminário Ritualístico em outros Estados que nos comunique e ainda gostaria que nos informasse da possibilidade de estarmos realizando um Seminário em Goiânia-Go, com a Vossa Presença, para discutirmos Ritualística com a Presença de Venerável Mestre e Mestres de Cerimônias, de todas as Lojas do REAA de Goiás, ainda neste Semestre. Tenho mais uma que, mesmo discutindo com o Secretário de Ritualística do GOB-GO e com o próprio Grão-Mestre, não chegamos numa definição real de como proceder. Nas Cerimonias de Filiação, Regularização e Admissão de Membro Honorário forma-se uma comissão para receber à Porta do Templo o I:. que está chegando, esta COMISSÃO QUANDO É QUE SE DESFAZ? CONSIDERAÇÕES – SESSÃO ORDINÁRIA 1 – Obviamente que sim. Parado, mantendo a postura de costume ele apoia discretamente o bastão no solo. Penso que essa dúvida está ligada ao excesso de preciosismo. 2 – Se ele estiver parado, idem a resposta nº 1. Não existe regra de se estar à Ordem com o bastão apoiado ou não no solo. O que se deve manter são o corpo ereto e os pés em esquadria. 3 – Não está prevista nenhuma saudação ao Delta no Ritual em vigência. Além da entrada e saída do Templo, a saudação ao Venerável é feita em Loja aberta quando da entrada e saída do Oriente. Houve tempos atrás essa prática, todavia não cabe aqui nenhum comentário pelo simples fato de que ela não está prevista no Ritual em vigência. 4 – O Mestre de Cerimônias circula e nunca vai direto ao Orador. A Loja está em procedimento de abertura. O que está abolido é o Sinal. Sinal não é circulação. Infelizmente essa prática equivocada ganhou força justamente por confundirem procedimentos de circulação e Sinal. No provimento que está prestes a ser apreciada pelo Soberano, essa regra está bem clara nos procedimentos para abertura da Loja. 4.1 – Obreiro portando objeto de trabalho ao ingressar e sair do Oriente em Loja aberta fará uma parada rápida e formal. Essa prática está prevista no ritual. Assim na questão apresentada, o Mestre de Cerimônia antes de sair do Oriente, vira-se para o Venerável, faz uma parada rápida, porém sem inclinação do corpo
  • 20. ou maneio de cabeça. Já no Ocidente ele deposita o bastão no local apropriado e segue para cumprir a sua missão. 4.2 – A questão já está esclarecida na 4.1. CONSIDERÇÕES – SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO. 1 – Quando o Pavilhão Nacional ingressa a circulação deve ser impreterivelmente observada. Passar diretamente pela Coluna do Sul em direção ao Oriente fere a ritualística e haverá circulação sinistrocêntrica. Todos passam pelo Norte. 2 – O Irmão Porta Bandeira segurando o Pavilhão em riste, se posta entre o Altar dos Juramentos e a cátedra (mesa) ocupada pelo Orador de costas para este e de frente para o Sul. O Orador por sua vez sai do seu lugar e se coloca de frente para o Pavilhão para a saudação (não toca na Bandeira). A guarda de honra fica no Ocidente próximo à entrada do Oriente (perto da Bandeira). 2.1 – Parte da resposta está inserida na questão 2 acima. Quanto ao restante, o Irmão Orador atende diretamente a ordem do Venerável Mestre. Cumprida a missão o Orador retorna ao seu lugar. O Mestre de Cerimônias nessa oportunidade não conduz, pois estará munido de espada fazendo parte da Guarda de Honra. 3. Conforme o ritual e a declaração de inconstitucionalidade da Lei 114, a cadeira da direita do Venerável toma assento apenas e tão somente o Grão-Mestre Geral, ou o seu Adjunto, ou o Delegado do Grão-Mestre na sua jurisdição. Não estando nenhum deles presente a cadeira fica vazia. Na esquerda do Venerável Mestre toma assento o Grão-Mestre Estadual da sua jurisdição, ou o seu Adjunto. Na ausência destes, o Venerável convida o Mestre Instalado mais recente da Loja para ocupar. Nenhum desses presentes, a cadeira fica vazia. Ao lado do Venerável serão colocadas apenas duas cadeiras de honra – uma à direita e outra à esquerda. Na questão da retirada, entendo que se a autoridade desejar permanecer em qualquer circunstância, ela assim procede, já que o ritual exara que se segue momento e não obriga. Se a autoridade pode desejar entrar em família, por que não sair em família? Permanecendo a mais alta autoridade, as demais obrigatoriamente acompanham. Esses dois assuntos estão sendo colocados no provimento para o Ritual em vigência. 4. Tanto no Juramento como na Sagração, havendo mais do que um protagonista, todos colocam a mão direita sobre as Três Grandes Luzes Emblemáticas. Isto é: será colocado um ao lado do outro. Cabe aqui ressalvar que é um erro de impressão o joelho direito na sagração do Aprendiz. O joelho é mesmo o esquerdo, joelho este que faz parte de tora a alegoria do Primeiro Grau. Esse equívoco também está corrigido no provimento. A ÚLTIMA QUESTÃO. A Comissão assim que o protagonista chega ao Altar dos Juramentos se desfaz, retornando ambos aos seus lugares. Essa medida também já está colocada nos provimentos. Aproveito o ensejo para lembrar que a Sessão de Regularização e de Filiação, conforme o RGF, não são mais realizadas em Sessões Magnas. T.F.A. PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com SET/2013
  • 21. Lojas Aniversariantes do GOB/SC Data Nome Oriente 24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 24/11 Ary Batalha São José 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Mullher São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense 7 - destaques jb Resenha Geral
  • 22. Lojas Aniversariantes do GOSC Data Nome Oriente 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis 21/121999 Silvio Ávila Içara LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia 23.11.13 17h00 Loja DeMolay Nelson Dequech Júnior* 113, - GOP (Rito Schoreder) Templo da Loja Pitágoras, Londrina Sessão Magna de Iniciação dos profanos Flávio Aparecido Rodrigues, Diego Lessa, Gustavo Kratky e Cléber Stein. 25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 - GLSC Condomínio Itacorubí Palestra com o Dr. Ivan Moritz sobre ―A saúde do homem maduro‖ 26.11.13 Luz Esotérica 3050, União e Trabalho do Iguaçu 2243, e União e Trabalho do Iguaçu - GOB Porto União Pompas Fúnebres em homenagem ao Ir Hilário Schmidt. 26.11.13 20h00 Loja Alvorada da Sabedoria, 4185 GOB/SC Florianópolis (Albergue Noturno) ―Ilha de Santa Catarina, Primeiros Tempos‖ – Palestra do Ir Eleutério Nicolau da Conceição – Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras e MI da
  • 23. Loja Alferes Tiradentes 29.11.13 20h00 Loja Verde Vale, 3838 – GOB/SC Condomínio Humanitas Blumenau ~ Sessão Pública Comemorativa ao 7º. Aniversário. Palestrantes: Roberto Rafaeli da Cruz e Carlos Alberto Luvizotto 30.11.13 18h30 Fraternidade Acadêmica Ciência e Artes 3685 GOB/SC Rua Francisco Vegini, 234– Jaraguá do Sul-SC. Pompas Fúnebres: Homenagem ao Ir:.Mickael Egert 02.12.13 20h00 Loja Solidariedade, 28 – GLSC Condomínio Monte Verde Sessão Magna de Exaltação 03.12.13 20h00 Loja Pitágoras, 15 – GLSC Condomínio Monte Verde Sessão Magna de Exaltação 09.12.13 20h00 Loja Solidariedade, 28 – GLSC Condomínio Monte Verde Sessão Magna de Elevação 14.12.13 20h00 Grande Loja de Santa Catarina Campeche GLSC Jantar de final de ano 19.12.13 20h00 Loja Templários da Nova Era, 91 – GLSC Canasvieiras – Florianópolis Sessão Solsticial no Templo 20.12.13 20h00 Loja Templários da Nova Era, 91 GLSC Condomínio Monte Verde Jantar Ritualístico Solsticial *ARLS DeMolay Nelson Dequech Júnior, nº 133, de Londrina – PR 1 – Maradas E Mais Marradas... Só Nos Açores http://www.malhanga.com/videosflash/parte.5/ 2 – Os vídeos mais incríveis do mundo http://www.youtube.com/watch?v=d0NnrhpzKwc 3 – As 7 Regras Do Amor [Completo] - Filme http://www.youtube.com/watch?v=m2X_MlYgXr4
  • 24. O Irmão Adilson Zotovici escreve aos sábados neste espaço O AVENTAL Veste com honra esse tosão ! De geometria perfeita Que sua candura é alusão A uma pureza insuspeita ! Destinado à proteção Do corpo e da alma imortal Que a luz do Ser, é ligação, Do espiritual e material ! Insígnia na Sublime Instituição De uma sagrada empreita Do homem em perenal construção Buscando fértil colheita ! Alude ainda à afeição ! À inocência, reverso do mal, O saber, a verdade, a razão, O imaculado...avental Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169 fechando a cortina