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1
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1151
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - domingo, 27 de outubro de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Ir Barbosa Nunes - " Viola Mágica e Encantada "
Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Verbete da Semana -
Bloco 4 - IrAquilino R. Leal - " Não somos unidos "
Bloco 5 - IrHilton Hideki Hirabara"A Gênese do Mal "
Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas ( do Ir Aécio Speck Neves - Aprendiz acompanhado do
Mestre )
Bloco 7 - Destaques JB - ( com o Desafio nr. 9 e Versos do Irmão Sinval Santos da Silveira )
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 27 de outubro de 2013, 300º dia do calendário gregoriano. Faltam 65 para acabar o ano.
Dia Nacional da Áustria; Dia da Cruz Vermelha e Dia do Músico.
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2
 312 - Batalha da Ponte Mílvio: In Hoc Signo Vinces ("Sob este signo vencerás") - frase que
Constantino diz ter lido durante uma visão, juntamente com as as letras gregas XP ("Chi-Rho", as
primeiras duas letras de "Cristo") entrelaçadas com uma cruz apareceram-lhe enfeitando o sol.
Foi através desta suposta visão que Constantino se converteu ao Cristianismo.
 625 - É eleito o Papa Honório I
 1303 - É eleito o Papa Bento XI
 1443 - Promontório e vilas de Sagres são doadas de D. Pedro ao seu irmão, Infante D. Henrique
 1645 - Teodósio III de Bragança recebe o título de príncipe do Brasil de seu pai, João IV de
Portugal, especialmente em sua honra
 1807 - Guerra Peninsular: Napoleão assina o Tratado de Fontainebleau com a Espanha
 1904 - Inauguração do metro em Nova Iorque.
 1912 - Inaugurado o bondinho do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, único totalmente
transparente.
 1943 - O general nazista Günther von Kluge, teórico e incentivador das Guerras Relâmpago,
sofre um acidente de carro
 1951 - Primeira utilização da radioterapia num paciente através de uma bomba de cobalto
 1953 - Criado o município de Afonso Bezerra
 1961 - Mauritânia e Mongólia são admitidos como Estados-Membros da ONU
 1965 - Presidente Castello Branco decreta o AI-2: estabelecimento de eleições indiretas e
cassação dos partidos políticos são suas principais medidas
 1979 - Independência de São Vicente e Granadinas
 1980 - C.A.R. Hoare recebe o Prêmio Turing da ACM por "suas contribuições fundamentais para
a definição e o design das linguagens de programação"
 1982 - Usina Hidrelétrica de Itaipu: águas chegam às comportas do vertedouro
 1985 - João Braga dá início a uma colaboração com o jornal A Capital, através de uma coluna
semanal (Domingo).
 1990 - Eleições no Turcomenistão
 1991 - Askar Akayev é eleito presidente do Quirguistão
 1991 - Holambra, reconhecida como município.
 1991 - Independência do Turcomenistão
 2002 - Lula é eleito presidente do Brasil
 2004 - Eclipse lunar total pôde ser avistado nas Américas, Europa, África e Ásia Central.
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
3
 Feriado municipal em Lagos
 Aniversário do município de Mairinque - SP
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1809 Lord Moira, Grão-Mestre da Grande Loja dos Modernos, constitui a Loja de Promulgação para
“instruir os Maçons Antigos nos Antigos LandMarks” visando a unificação da Maçonaria
inglesa.
1845 Fundação do Supremo Conselho para a Inglaterra e Gales. Finalmente o REAA chega à
Inglaterra.
1895 Fundação da Loja Charitas II, de São João del-Rei, Minas Gerais
1923 Fundação da Loja Maçônica Ortiente Maracajú, de Campo Grande, que foi tombada como
Patrimônio Histórico do Município em 11 de julho de 2007
1970 Criada a Grande Loja Regular da Guanabara, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em
consequência da terceira reeleição fraudulenta do Grão-Mestre Wilson do Vale Fernandes.
1997 Fundação da AR LS Samuel Heusi Júnior, de Itajaí, que trabalha no Rito Adonhiramita
GOB/SC
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
Academia Maçônica de Letras do Brasil.
Arcádia Belo Horizonte
www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
4
INFORMATIVO BARBOSA NUNES
VIOLA MÁGICA E ENCANTADA
Artigo 142 de Barbosa Nunes publicado no Jornal Diário da Manhã, edição de 26 de outubro de 2013.
"O violeiro quando toca, as cordas do coração ficam presas entre abraços nos
acordes da canção". "Quando pego na viola. Nesta viola querida. Eu me sinto em outro
mundo. Numa existência florida: Vão-se todas as tristezas. Todas as mágoas da vida”.
“São toadas e versos de Amaro de Oliveira Monteiro e de Nhô Laco, que ponteando este
instrumento mágico e encantado que é a viola, símbolo nacional da original música
sertaneja, conhecida como moda de viola ou música de raiz. Eles afloram nossos
corações e nos permitem agradáveis e felizes momentos através deste instrumento que
tem potencial sentimental fora do comum. O violeiro nordestino quer tanto bem à sua
viola, assim se declarando: “Sou cantor. Na hora extrema peço esta última esmola. Que
o meu caixão seja feito, em forma de uma viola”.
Em 1890 o inglês Percy A. Newberry descobriu, junto ao Rio Nilo, o túmulo do
príncipe egípcio Chnum-Hotep, morto em 1900 a.C, com várias pinturas, entre elas uma
que retratava um homem tocando a lira de oito cordas. Novos formatos surgiram, com
destaque para o alaúde árabe e na sequência, cerca de trezentos anos depois, o
instrumento de quatro pares de cordas, em 1350 foram introduzidos em Portugal com o
nome de viola.
Rossini Tavares de Lima, no seu livro "Moda de Viola, Poesia de circunstância",
afirma que "O nome viola já aparece no poema de Alexandre, do século XIII, como
instrumento trovador. A viola brasileira, relaciona-se mais diretamente a um instrumento
difundido na Península Ibérica, denominado viela ou viola de mão.
Em Portugal a viola era instrumento bem conhecido desde o século XV, muito
combatida pelos Procuradores dos Conselhos que reclamavam às cortes dizendo:
"Ajuntam-se dez homens e levam uma viola, e enquanto tangem e cantam, os outros
escalam as casas e roubam suas fazendas. O rei determinou que se alguém fosse
2 - OPINIão - Informativo Barbosa Nunes
" Viola mágica e encantada " ( Ir Barbosa Nunes )
5
achado com viola pela cidade ou lugar, depois das nove da noite até o amanhecer,
desde que não houvesse festas, fosse preso e perdesse a viola, as armas e vestidos
que trouxesse”.
A nossa viola veio de Portugal, sofrendo algumas modificações em sua anatomia,
em número de cordas. Hoje temos como afirma em seu estudo intitulado "A viola
cabocla", cinco tipos de violas de cordas de aço: a paulista, goiana, cuiabana, angrense
e a nordestina.
Na mesma pesquisa por mim buscada, encontrei a informação de que a viola
entrou nos palcos, nos auditórios, nas estações de rádio e de televisão, através do
folclorista paulista Cornélio Pires e a ele deve-se a iniciativa de 1910, organizar um
programa de violas no palco da cidade de Tietê. Após, um festival em São Paulo, no
então Mackenzie College.
O avô materno de Virgílio Maynard, tropeiro que desde 1870 palmilhou as
estradas do Rio Grande do Sul a São Paulo, contava que nunca vira seus peões e
camaradas viajarem sem sua viola, quase sempre conduzida dentro de um saco,
amarrada à garupa do seu animal. Não havia pouso que após a lida do dia, não
tocassem antes de dormir, plangendo sua viola dolentemente.
Em nosso país surgiram dois grandes focos da viola nas regiões Nordeste e
Centro-Sul. Nesta última, principalmente em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São
Paulo e Paraná. Ficando conhecida como "viola caipira", com diversas afinações, sendo
as mais comuns "Cebolão, Boiadeira, Rio Abaixo e Guitarra", como afirma Roberto
Nunes Corrêa. A viola, é sem dúvida nenhuma um instrumento especial, hoje altamente
valorizada no mundo cultural, encontrando-se presente em grandes concertos.
Da pesquisa "Viola Tropeira", registro os violeiros Florêncio, Tião do Carro, Zé do
Rancho, Julião, Laurípio Pedroso, Zé Coco do Riachão, Gedeão da Viola, Mazinho
Quevedo, Bambico, Roberto Correia, Helena Meireles, Renato Teixeira, Tião Carreiro e
Pardinho, Teddy Vieira, Lourival dos Santos, Sulino, Raul Torres, Piraci, Jacó, Serrinha,
Zé Mulato e Cassiano, Téo Azevedo, Jorge Paulo, Almir Sater, Ivan Vilela, Elomar e Vital
Farias.
Folcloricamente e como lenda, a viola que não recebe amor do violeiro, pode ficar
doente, pois ela tem braço, costas, boca, orelhas, "cacunda", pestana, o que a identifica
com o seu tocador. Viola boa tem galhinho de arruda no seu interior, guizo de cascavel
para melhor dar voz as cordas e desviar o mau olhado e a inveja. Tocar viola é um dom
de Deus para poucos. Violeiro fica contrariado quando um estranho toca em sua viola,
pois pode destemperar e transmitir fluidos maléficos. Há violas que se "resfriam" quando
guardadas encostadas em paredes. Se colocada dependurada a noite vai sentir frio, pois
nos braços do violeiro, ela sente calor. Antes de guardar a viola deve se passar um pano
sobre as cordas.
Violeiro que se preza não carrega viola debaixo do braço e sim na mão. "Viola é
mulher e quem sai com ela na rua, anda de braço dado", mas ela também cura, matando
a saudade, eliminando os males dos homens tristes.
Presto homenagem a Tião Carreiro, amigo, maestro, mestre, majestade, rei da
viola. Sepultado no Cemitério da Lapa, em São Paulo, seu túmulo é frequentado no Dia
6
de Finados por milhares de pessoas, tocando viola e cantando suas músicas, que
chegam a quase 400, entre elas registro: “Rei do Gado”, “Ferreirinha”, “Boi Soberano”,
“Travessia do Araguaia”, “Amargurado”, “A coisa ta feia”, “Pagode em Brasília”, “Rio de
lágrimas”, “Cabelo loiro”, “Franguinho na panela”, “Mágoas de Carreiro”, “Chico Mulato”,
“Mestre Carreiro”, “Chora Viola” e outras tantas.
Vou ao livro "Iluminuras do Signo", produzido pela Associação dos Magistrados do
Estado de Goiás, com poesias exclusivas de Juízes de Direito, e encontro nas páginas
88/89, a declaração de amor pela viola, poema classificado no concurso, do maçom, ex-
promotor de justiça e juiz de direito, membro da Loja "União de Canaã" de Goiânia,
Barsanulfo Reis da Silva, assim inspirado, como o título de "Viola Consoladora":
"No braço desta viola, eu faço a terra tremer. Faço a noite virar dia, faço o dia
escurecer. Com o toque da viola, ninguém pode entristecer. Esta viola de pinho, está
sempre em meu caminho. É a razão do meu viver.
Viola consoladora. Aqui vai minha saudação. É o símbolo da alegria, na cidade e
no sertão. Tem o som da natureza em qualquer ocasião. Ela sempre anima o povo. Traz
alegria de novo para qualquer coração.
Eu olho no horizonte. Com o sol ainda raiando. Os pássaros com alegria, um hino
vão entoando. Tudo parece uma orquestra com a natureza amando. Minha alma se
consola. Com o toque da viola a festa vai completando.
Converso com a viola e ela fala comigo sempre me acompanhando. No lazer e no
perigo é minha melhor amiga e eu seu melhor amigo. Nunca vamos nos separar. A viola
eu vou levar até para meu jazigo.
Esta viola famosa é minha consolação. Não me deixa ficar só. Livra-me da
solidão. Além de me alegrar, ela anima a multidão. Traz harmonia e amor acabando com
a dor deste pobre coração.
Êta viola danada. Bichinho de estimação. Parece que suas cordas pulsam com
meu coração. Você possui um encanto. Não é imaginação. Tem vida e tem alegria. Seu
corpo é uma poesia que causa muito emoção".
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado,
professor e maçom do Grande Oriente do Brasil -barbosanunes@terra.com.br.
7
O autor, Ir. João Ivo Girardi ( joaogira@terra.com.br ) é da
Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 (Blumenau). Este foi mais um
verbete extraído de sua obra intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do
Meio-Dia à Meia-Noite.,
Outubro, mês do Médico - 4.000 anos de Sabedoria.
Ensaio: O Símbolo da Medicina: Tradição e Heresia: O valor de um símbolo não está em seu desenho,
mas no que ele representa. Dois símbolos têm sido usados ultimamente em conexão com a medicina: o
símbolo de Asclépio, representado por um bastão tosco com uma serpente em volta e o símbolo de Hermes,
chamado caduceu, que consiste em um bastão mais bem trabalhado, com duas serpentes dispostas em
espirais ascendentes, simétricas e opostas, e com duas asas na sua extremidade superior. Ambos os símbolos
têm sua origem na mitologia grega; o de Asclépio, deus da medicina, é o símbolo da tradição médica; o de
Hermes, deus do comércio, dos viajantes e das estradas, foi introduzido tardiamente na simbologia médica.
Símbolo de Asclépio e Símbolo de Hermes
Na mitologia grega, Asclépio é filho de Apolo e da ninfa Coronis. Foi criado pelo centauro Quíron, que lhe
ensinou o uso de plantas medicinais. Tornou-se um médico famoso e, segundo a lenda, além de curar os
doentes que o procuravam, passou a ressuscitar os que ele já encontrava mortos, ultrapassando os limites da
medicina. Foi por isso fulminado com um raio por Zeus. Após a sua morte, foi cultuado como deus da
medicina, tanto na Grécia, como no Império Romano. Em várias esculturas procedentes de templos de
Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente
em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina. Não há unanimidade de opiniões entre os historiadores da
medicina sobre o simbolismo do bastão e da serpente. As seguintes interpretações têm sido admitidas: Em
relação ao bastão: árvore da vida, com o seu ciclo de morte e renascimento; símbolo do poder, como o
cetro dos reis e o báculo dos bispos; símbolo da magia, como a vara de Moisés: apoio para as caminhadas,
como o cajado dos pastores. Em relação à serpente: símbolo do bem e do mal, portanto da saúde e da
doença; símbolo da astúcia e da sagacidade; símbolo do poder de rejuvenescimento, pela troca periódica
da pele; ser ctônico, elo entre o mundo visível e invisível. Domada e submissa seu veneno transforma-se em
remédio. As serpentes não venenosas eram preservadas nos lares e nos templos da Grécia, não só por seu
significado místico como pelo seu fim utilitário, já que devoravam os ratos. Hermes, na mitologia grega, é
considerado um deus desonesto e trapaceiro, astuto e mentiroso, deidade do lucro e protetor dos ladrões. Seu
primeiro ato, logo após o seu nascimento, foi roubar parte do gado de seu irmão Apolo, negando a autoria do
furto. Foi preciso a intervenção de Zeus, que o obrigou a confessar o roubo. Para se reconciliar com Apolo,
Hermes presenteou-o com a lira, que havia inventado, esticando sobre o casco de uma tartaruga, cordas
fabricadas com tripas de boi. Inventou a seguir a flauta que também deu de presente a Apolo. Apolo, em
retribuição, deu-lhe o caduceu. Caduceus, em latim, é a tradução do grego kherykeion, bastão dos arautos,
que servia de salvo-conduto, conferindo imunidade ao seu portador quando em missão de paz. O primitivo
3 - Verbete da Semana do váde-mecum maçônico ""Do Meio-Dia à Meia-Noite":
Outubro, mês do Médico - 4.000 anos de Sabedoria - Ir João Ivo Girardi
8
caduceu não tinha asas na extremidade superior, as quais foram acrescentadas posteriormente. Hermes tinha
a capacidade de deslocar-se com a velocidade do pensamento e por isso tornou-se o mensageiro dos deuses
do Olimpo e o deus dos viajantes e das estradas. Como o comércio na antigüidade era do tipo ambulante e se
fazia especialmente através dos viajantes, Hermes foi consagrado como o deus do comércio. Outra tarefa a
ele atribuída foi a de transportar os mortos à sua morada subterrânea (Hades). Com a conquista da Grécia
pelos romanos, estes assimilaram os deuses da mitologia grega, trocando-lhes os nomes: Asclépio passou a
chamar-se Esculápio e Hermes, Mercúrio. Segundo os filólogos, a denominação de Mercúrio dada a Hermes
pelos romanos provém de merx, mercadoria, negócio. O metal hydrárgyros dos gregos passou a chamar-se
mercúrio por sua mobilidade, que o torna escorregadio e de difícil preensão. O planeta Mercúrio, por sua
vez, deve seu nome ao fato de ser o mais veloz do sistema planetário. O caduceu é, de longa data, o símbolo
do comércio e dos viajantes, sendo por isso utilizado em emblemas de associações comerciais, escolas de
comércio, escritórios de contabilidade e estações de estradas de ferro. Surge, então, a questão principal do
tema que estamos abordando.
Por que o símbolo do deus do comércio passou a ser usado também como símbolo da medicina? Mais de
um fato histórico concorreu para que tal ocorresse. 1) No intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o
deus Thoth da mitologia egípcia foi assimilado a Hermes e, desse sincretismo, resultou a denominação de
Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos (três vezes grande), dada ao deus Thoth, considerado o deus do
conhecimento, da palavra e da magia. No panteão egípcio, o deus da medicina correspondente a Asclépio é
Imhotep e não Thot. 2) Entre o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma literatura esotérica
chamada hermética, em alusão a HermesTrismegistos. Esta literatura versa sobre ciências ocultas, astrologia
e alquimia, e não tem qualquer relação com o Hermes tradicional da mitologia grega. O sincretismo entre
Hermes da mitologia grega com Hermes Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste
último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia. Da alquimia o caduceu teria passado para a
farmácia e desta para a medicina. 3) Um terceiro fato a que se atribui a confusão entre o bastão de Asclépio
e o caduceu de Hermes se deve à iniciativa de um editor suíço de grande prestígio, Johan Froebe, no século
XVI, ter adotado para a sua editora um logotipo semelhante ao caduceu de Hermes e o ter utilizado no
frontespício de obras clássicas de medicina, como as de Hipócrates e Aetius de Amida. Outros editores na
Inglaterra e, posteriormente, nos Estados Unidos, utilizaram emblemas similares, contribuindo para a difusão
do caduceu. Admite-se que a intenção dos editores tenha sido a de usar um símbolo identificado com a
transmissão de mensagens, já que Hermes era o mensageiro do Olimpo. Com a invenção da imprensa por
Gutenberg, a informação passou a ser transmitida por meio da palavra impressa, e eles, os editores, seriam os
mensageiros dos autores. Outra hipótese é de que o caduceu tenha sido usado equivocadamente como
símbolo de Hermes Trimegistos, o Hermes egípcio ou Thot, deus da palavra e do conhecimento, a quem
também se atribuía a invenção da escrita. Em antigas prensas utilizadas para impressão tipográfica encontra-
se o caduceu de Hermes como figura decorativa. 4) Outro fato que certamente colaborou para estabelecer a
confusão entre os dois símbolos é o de se conferir o mesmo nome de caduceu ao bastão de Asclépio,
criando-se uma nomenclatura binária de caduceu comercial e caduceu médico. Este erro vem desde o século
XIX e persiste até os dias de hoje. Em 1901, o exército francês fundou um jornal de cirurgia e de medicina
chamado Le caducée, no qual estão estampadas duas figuras estilizadas do símbolo de Asclépio, com uma
única serpente. Desde então, a palavra caduceu tem sido usada para nomear tanto o símbolo de Hermes,
como o bastão de Asclépio. 5) O fato que mais contribuiu para a difusão do caduceu de Hermes como
símbolo da medicina foi a sua adoção pelo Exército norte-americano como insígnia do seu departamento
médico. As justificativas e argumentos para essa adoção são falhas, inconsistentes, e denotam, no mínimo,
desconhecimento da iconografia mitológica por parte dos que detinham o poder para promover a mudança.
As informações que se seguem sobre este episódio foram colhidas em grande parte no livro de Walter
Friedlander, The Golden Wand of Medicine. - O caduceu fora usado, entre 1851 e 1887, como emblema no
uniforme de trabalho do pessoal de apoio nos hospitais militares dos Estados Unidos para indicar a
condição de não combatente. Em 1887 este emblema foi substituído por uma cruz vermelha idêntica a da
9
Cruz Vermelha Internacional fundada na Suíça em 1864. Os oficiais médicos usavam nas dragonas as letras
M.S. (Medical Staff). Em 1872, as letras M.S. foram substituídas por M.D. (Medical Department). O
Departamento Médico, contudo, possuía o seu próprio brazão de armas com o bastão de Asclépio, desde
1818. Em março de 1902, os oficiais médicos passaram a usar um emblema inspirado na cruz dos
cavaleiros de São João, ou cruz de Malta, cujo simbolismo em heráldica é o de proteção, altruísmo e
honorabilidade. Em 20 de março de 1902, o capitão Frederick P. Reynolds, Comandante da Companhia de
Instrução do Hospital Geral em Washington propôs substituir a cruz de Malta pelo caduceu. O general G.
Sternberg, chefe do Departamento Médico, deu o seguinte despacho: A atual insígnia foi adotada após
cuidadoso estudo e é atualmente reconhecida como própria desta corporação. A alteração proposta,
portanto, não é aprovada. Em 14 de junho do mesmo ano, o capitão Reynolds endereçou nova carta ao
Chefe do Departamento, refazendo sua proposta com novos argumentos. Em certo trecho de sua carta diz o
seguinte: Desejo particularmente chamar a atenção para a conveniência de mudar a insígnia da cruz para o
caduceu e de adotar o marrom como a cor da corporação, em lugar do verde agora em uso. O caduceu foi
durante anos a insígnia de nossa corporação e está inalienavelmente associado às coisas médicas. Está
sendo usado por várias potências estrangeiras, especialmente a Inglaterra. Como figura, deve-se
reconhecer que o caduceu é muito mais gracioso e significativo do que o atual emblema (cruz de Malta). O
verde não tem lugar na medicina. Nesse ínterim, houve mudança na Chefia do Departamento Médico e esta
segunda carta foi recebida pelo General William Henry Forwood, quem, não somente aprovou a proposta
como providenciou a confecção da nova insígnia. O desenho elaborado tem sete curvaturas das serpentes, o
que também revela desconhecimento do caduceu tradicional, que contém, no máximo, cinco espirais.Os
argumentos usados pelo Cap. Reynolds revelam sua confusão entre os dois símbolos. O caduceu jamais fora
a insígnia da corporação, mas do pessoal de apoio (steward) dos hospitais. O bastão de Asclépio e não o
caduceu é que está historicamente associado à medicina. Tanto na Inglaterra, como na França e na
Alemanha, os serviços médicos das forças armadas utilizavam o bastão de Asclépio em seus emblemas e não
o caduceu de Hermes. Finalmente, a cor verde tem sido usada em conexão com a medicina; tanto assim que
no Brasil o anel de médico tem, incrustada, uma pedra verde - esmeralda ou imitação. O argumento de
ordem subjetiva de que a figura do caduceu é mais estética do que a cruz de Malta ou o bastão de Asclépio é
irrelevante, porquanto não diz respeito ao significado de tais símbolos. Deste modo, o caduceu foi
implantado e se mantém até hoje como insígnia do Corpo Médico do Exército norte-americano, o que
muito contribuiu, sobretudo após a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918), para a sua difusão, dentro
e fora dos Estados Unidos, como símbolo da medicina. A Marinha norte-americana adotou igualmente o
caduceu como emblema de seu corpo médico, ao contrário da Força Aérea, que mantém em seu emblema o
bastão de Asclépio. Os Serviços de Saúde Pública dos Estados Unidos, por sua vez, adotaram um antigo
emblema do Serviço Médico da Marinha, no qual o caduceu se cruza com uma âncora e cujo simbolismo
anterior era o do comércio marítimo. O primeiro comentário desfavorável à decisão do U.S. Medical
Department apareceu sob a forma de editorial em final de julho de 1902 na publicação Medical News. Desde
então, de tempos em tempos, surgem artigos na imprensa médica, ora justificando, ora condenando o uso do
caduceu como símbolo da medicina. Em 1917, o Tenente-coronel McCulloch, bibliotecário do
Departamento Médico, fez o seguinte comentário: Eu penso que, neste País, nós prestamos muito pouca
atenção ao lado histórico e humanístico das coisas. O caduceu de Mercúrio agora em uso na gola da blusa
do uniforme do Corpo Médico não tem qualquer significado médico. Fielding Garrison, notável historiador
da medicina nos Estados Unidos e também Tenente-Coronel do Corpo Médico no período de 1917 a 1935,
procurou defender a posteriori a adoção do caduceu pelo Departamento Médico a que servia. Inicialmente,
alegou que se tratava de um símbolo administrativo para caracterizar os militares não combatentes,
reconhecendo que o símbolo autêntico da medicina era o bastão de Asclépio. Posteriormente, procurou
justificar o uso do caduceu como símbolo médico com base nos achados arqueológicos da civilização
mesopotâmica. Nas escavações realizadas em Lagash fora encontrado um vaso talhado em pedra sabão, de
cor verde, dedicado pelo governador Gudea ao deus Niginshzida, ligado à medicina. Neste vaso há duas
serpentes dispostas de maneira semelhante a do caduceu de Hermes. Garrison refere-se à figura como
caduceu babilônico, que teria precedido o caduceu da civilização grega. A verdade é que toda a nossa
10
cultura baseia-se na civilização grega. Todos os aspectos conceituais, técnicos e éticos da profissão médica,
tiveram seu berço na Grécia com a escola hipocrática. Foi na Grécia que a medicina deixou de ser mágico-
sacerdotal para apoiar-se na observação clínica e no raciocínio lógico. O símbolo mítico de Asclépio, o
bastão com uma única serpente, representa a medicina grega em suas origens e nenhum outro símbolo, muito
menos o caduceu de Hermes, deverá substituí-lo. Em 1932, S. L.Tyson escreveu um artigo na revista
Scientific Monthly, no qual dizia: o errôneo símbolo da profissão médica, é, na realidade, o do deus dos
ladrões. Em resposta, Garrison voltou a afirmar que o caduceu fora adotado no Departamento Médico do
exército como símbolo dos não combatentes e considerou a questão como uma fútil controvérsia. Em
material informativo recente de divulgação pela Internet, do Army Medical Department, encontra-se a
seguinte explicação para a adoção do caduceu de Hermes como símbolo da medicina: Com suas raízes na
mitologia, o caduceu tem sido historicamente o emblema dos médicos, simbolizando conhecimento,
sabedoria, presteza e habilidade. Parece evidente a confusão entre Hermes da mitologia grega tradicional
com Hermes Trismegistos, o deus Thot da mitologia egípcia. A Associação Médica Americana manteve o
símbolo de Asclépio em seu emblema, assim como a maioria das sociedades médicas regionais norte-
americanas de caráter científico ou profissional. De 25 associações médicas estaduais que utilizam a serpente
em seus respectivos emblemas, 23 usam o bastão de Asclépio. São elas as dos Estados de Alabama,
Califórnia, Flórida, Geórgia, Idaho, Illinois, Kansas, Kentucky, Massachussets, Michigan, Mississipi,
Missouri, Nebraska, New Hampshire, New Mexico, New York, North Dakota, Oklahoma, Oregon,
Pennsylvania, Utah, Wisconsin e Wyoming. O caduceu é usado pelas associações dos Estados de Maine e
West Virginia.
A Organização Mundial de Saúde, fundada em 1948, e a Associação Médica Mundial, como não poderia
deixar de ser, adotaram o símbolo de Asclépio. As organizações médicas de caráter profissional e de âmbito
nacional de vários países, que possuem emblema com serpente, adotam, em sua grande maioria, o símbolo
de Asclépio, a começar pela Associação Médica Americana, já citada. Entre as associações que assim
procedem citaremos as do Brasil, Canadá, Costa Rica, Cuba, Inglaterra, França, Alemanha, Suécia,
Dinamarca, Itália, Portugal, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Sri Lanka, China e Taiwan. Sociedades
de história da medicina, sociedades científicas de especialidades médicas, faculdades de medicina, revistas
médicas e até empresas de seguro-saúde como a aliança Blue Cross-Blue Shield utilizam o símbolo de
Asclépio. É óbvio que todo símbolo pode ser estilizado, porém não pode ser substituído por outro. Como
estilizações originais do símbolo de Asclépio podemos citar os seguintes exemplos: o da Associação
Paulista de Medicina e o da Academia Brasileira de Medicina Militar, em que o bastão toma a
configuração de uma espada; o da Escola Paulista de Medicina, em que o bastão é o próprio tronco de uma
árvore; o da Sociedade Espanhola de Medicina do Trabalho, em que o bastão assume a forma de uma chave
inglesa como instrumento de trabalho; o da Associação Brasileira de Educação Médica, em que o bastão é
uma tocha, simbolizando a luz do saber; o da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em que a serpente
assume o formato de um nó cirúrgico. Algumas poucas organizações médicas de âmbito nacional utilizam o
caduceu de Hermes em seus emblemas, ou em sua forma original, ou modificado, tais como as de Hong
Kong, Korea, Malásia e Ilha de Malta. Variantes do caduceu têm sido igualmente utilizados, resultantes de
duas alterações introduzidas no modelo original: a primeira delas consiste em eliminar uma das serpentes,
mantendo as asas, tal como nos emblemas da American Gastroenterological Association e da Facoltà di
Medicina e Chirurgia de Florença; a segunda, conservando as duas serpentes e eliminando as asas, como nos
emblemas da Società Italiana di Medicina Interna e da empresa de seguro-saúde Golden Cross. Nos Estados
Unidos, onde é mais difundido o caduceu de Hermes como pretenso símbolo da medicina, o mesmo é
usado em algumas poucas Universidades e sociedades médicas, sendo mais comum o seu emprego em
hospitais e instituições públicas e privadas ligadas à saúde. Segundo um levantamento realizado até 1980,
o caduceu é usado principalmente pelas empresas que gerenciam planos de saúde naquele país, chegando a
76% de quantas utilizam a serpente em seus emblemas. No dizer de Geelhoed, o caduceu tornou-se um
símbolo evocativo da situação atual da medicina, em que os aspectos econômicos e comerciais da saúde se
sobrepõem aos aspectos humanos, o que é inaceitável. Para aqueles que desejarem preservar os ideais da
tradição médica só há um símbolo verdadeiro, que é o de Asclépio. Como sugeriu Tyson, o símbolo de
11
Hermes poderia ser usado, no máximo, em carros funerários, já que uma das atribuições de Hermes era a de
conduzir os mortos à sua morada subterrânea. Fora disso, o caduceu de Hermes, como símbolo médico, é
uma heresia. As críticas desfavoráveis ao seu uso como símbolo da medicina persistem até o presente, como
demonstram os seguintes comentários que transcrevemos a seguir, veiculados, respectivamente, em 1988,
1996 e 1999: - o caduceu é um usurpador, um retardatário no simbolismo médico e um pretendente de
duvidosa legitimidade. (...) - A associação dos médicos com o furto pela adoção do caduceu de Hermes
como símbolo da medicina é, sem dúvida, indesejável e somente os cínicos que acusam os médicos de
interesse excessivo em ganhar dinheiro podem achá-lo apropriado. (...) - O Caduceu nada tem a ver com a
saúde, o tratamento das doenças ou as artes médicas. O exército norte-americano, resoluto no erro como
todos os exércitos costumam ser, adotaram o caduceu como insígnia do seu Departamento Médico. O poder
da influência militar deslocou o bastão de Asclépio de seu lugar mítico.
No Brasil, prevalece no meio médico o símbolo de Asclépio. A Associação Médica Brasileira, assim como
as sociedades estaduais a ela filiadas que possuem emblema com a serpente, utilizam o símbolo correto do
deus da medicina. Assistimos, porém, a disseminação do caduceu de Hermes entre nós, através dos meios de
comunicação: televisão, jornais, impressos, anúncios, adesivos, desenhos em objetos e utensílios destinados
a médicos e estudantes de medicina. Conforme ressaltou o Prof. Alcino Lázaro da Silva, a mídia brasileira,
por engano, por falácia, por má-interpretação, por má-informação ou por má-fé passou a usar o símbolo do
comércio como ilustração quando se refere a notícias médicas. Também os softwares destinados a hospitais
e consultórios médicos, importados dos Estados Unidos, ou neles inspirados, muito têm contribuído para a
propagação do caduceu, ao utilizá-lo como identificador de sua destinação. Lamentavelmente, o caduceu
como símbolo da medicina já pode ser encontrado em nosso País em revistas e sociedades médicas de
fundação mais recente, em sites da Internet dedicados à medicina, e até mesmo em impressos de algumas
universidades. Cremos ser necessária uma campanha de esclarecimento, sobretudo nas Faculdades de
Medicina, junto aos estudantes do curso de graduação, no sentido alertá-los sobre o único e verdadeiro
símbolo da medicina: o bastão de Asclépio com uma só serpente. O caduceu de Hermes, símbolo do
comércio, deve ser visto como um símbolo impróprio aos nobres ideais da medicina. (Trabalho apresentado
na Conferência de abertura do IV Congresso Brasileiro de História da Medicina, realizado em São Paulo,
17/12/1999. Atualizado em 25/06/2004. Publicado no livro À Sombra do Plátano. Ed. Unifesp, 2009. Autor:
Joffre M. de Rezende. Prof. Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Membro
da Sociedade Brasileira de História da Medicina).
Rituais Maçônicos REAA: (...) O sol era considerado, pelos antigos, como um dos sete agentes
coordenadores do mundo, mas se lhe atribuia, por outro lado, uma influência permanente, essencialmente
reguladora. É ele que assegura a ordem das estações, a sucessão regular do dia e da noite, de modo que,
por extensão, todo funcionamento normal fosse considerado como sua obra. O Deus-Luz tem horror à
desordem, que reprime por toda a parte. É por isso que ele favorece o raciocínio lúcido, que coordena as
ideias segundo as leis de uma lógica sã. Modera as paixões, afim de que elas não possam perturbar a
serenidade de que ele é o prodigalizador. Intervém até no organismo, quando tudo não funciona
normalmente. A Medicina foi, por isso, colocada sob a égide do deus regulador, cujo filho Asclépios ou
Esculápio, tem o poder de curar, restabelecendo a harmonia do ritmo vital, tornado discordante pela
enfermidade. A virtude solar tende a dissipar todos os males; ela faz penetrar a clareza do entendimento, a
paz no espírito e restitui a saúde ao corpo. Sua ação é reparadora, de tal forma que o Sol foi considerado
como o grande amigo dos viventes, seu salvador ou redentor... (RM3ºI).
Opinião: MAIS MÉDICOS: No Brasil, hoje em dia, tudo termina numa luta do mal contra o bem, das
elites contra o povo, dos fortes contra os fracos, dos opressores contra os oprimidos… A estrutura é
sempre a mesma, variando as personagens. A guerra e o confronto, históricamente, sempre foram úteis
ao PT. É assim que ele prospera. A bola da vez são os médicos, amanhã seremos nós, os engenheiros. Por
ironia, ou afronta, quis o destino que a Lei fosse assinada neste mês.
12
O Ir Aquilino R. Leal *
escreve neste espaço às
quarta-feiras e domingos
NÃO SOMOS UNIDOS!
Aquilino R. Leal
Fato: Temos feito várias crônicas a respeito da atual postura da Ordem, não mui diferente da
do passado; que o digam os „ledos‟, os „pedros‟, os „bonifácios‟ e mais outros, pelo menos é o
que conseguimos entender do que nos foi possível ler até o momento.
Vejamos um recém-iniciado... O „pobre coitado‟ não tem a necessária noção dos objetivos e
(des)organização da Ordem. A atuação do padrinho, na maioria dos casos, limita-se a contar
alguns „causos‟ e sugerir, como foi em nosso caso, a leitura de
algum, ou alguns livros sobre o assunto – chegaram a sugerir
Helena Blavatsky como primeira leitura! Ficamos com o PAPA
NEGRO do Irm Ernesto Mezzabotta[1]
(fac-símile ao lado).
Mesmo depois de iniciados se não formos estudiosos e
pesquisadores continuaremos no santuário da ignorância. Nenhum
Irm das duas Lojas que assiduamente frequentamos nos primeiros
20 anos após nossa Iniciação nos orientou quanto às Potências,
Ritos, entidades paramaçonicas, nem as mais conhecidas como
Demolay e Filhas de Jó! Para vocês terem uma vaga ideia nem os
graus „fisofóficos‟ do REAA foram mencionados (lembramos que
fomos iniciados no REAA!) e olha que o pessoal mais antigo
frequentava, em Niterói, Rio de Janeiro, os chamados graus filosóficos! E o mais incrível: fomos
sentados na Cadeira de Salomão sem ter recebido ao menos uma instrução do Grau 3!!
É verdade que naquela época todo nosso conhecimento tinha de vir via papel, o conhecimento
„virtual‟ somente aconteceria muitos anos depois, em verdade pouco menos de três décadas
depois de vermos a Luz... Mas, fica a pergunta, porque será que os mestres não nos passaram
tais informações? Apenas visando resguardar o conhecimento para expô-lo em doses
homeopáticas e assim „impressionar‟ semanalmente os menos aquinhoados? Hoje sabemos a
4 - Aquilino r. leal -
" Não Somos Unidos "
"
13
resposta; eles não sabiam (e não sabem) de nada! Absolutamente de nada! Pouco liam e
menos entendiam... Hoje menos leem e menos entendem! Pelo menos muitos, senão todos,
daqueles que convivemos por pouco mais de duas décadas. Claro que houve exceções que
não citaremos assim como não declinaremos os nomes desses „entendidos‟ da Maçonaria –
aqui sobraria espaço para os primeiros e faltaria para os segundos!
E quanto sermos unidos?
Veja bem: praticamente em toda cidade existe uma Loja Maçônica e muitas são as que tem
mais de uma, assim é notória a penetração e organização da Ordem, infraestruturas que não
são aproveitadas; nossos Templos ditos nobres ou mesmo um Templo onde se reúnem várias
Lojas são exemplos do desleixo, da desorganização, da bagunça: dificilmente é feito um
trabalho, uma campanha, um tempo de estudos ou qualquer outra atividade em conjunto. E
assim é praticamente em todo lugar. A falta de atuação externa nada mais é do que o reflexo
da (pouca ou nenhuma) falta de atuação interna. Os VV MM e Ex - VV MM podem
atestar quão difícil é conseguir com que os cargos da Loja sejam administrados com
desenvoltura.
Por outro lado se o V M não é um estudioso, pesquisador e conciliador, acaba contribuindo
para uma desmotivação dos IIr e consequentemente um esvaziamento da Loja. Tal
abandono acontece amiúdo e, por ironia, novas e pequenas Lojas vão surgindo pensando seus
fundadores que os problemas não se repetirão (experiência própria!). Em pouco tempo acabam
descobrindo que se repetem as mesmas situações porque, para onde forem, levam consigo a
desmotivação e os problemas sem aparente solução. Logo, o que deve ser mudada é a
situação e não mudar os IIr de uma Loja para outra. Os dramas continuam os mesmos assim
como os protagonistas.
Ainda que não totalmente adeptos ao fato da Maçonaria ter um papel relevante junto à
sociedadeperguntamos: como desenvolver tal papel se entre nós próprios não o praticamos?
Esse papel, ainda que „amassado‟, está reservado nas humildes Loja interioranas, mais unidas
com Irmãos mais unidos ainda... Se amparam, se ajudam, se doem mais do que as Lojas dos
grandes centros, apenas impulsionadas pela mais pura e reluzente das vaidades, quiçá nada
mais do que o reflexo da „camada superior‟... os(as) Grande Qualquer Coisa! Temos
experiência vivida no Rio de Janeiro!
Frequentamos um condomínio, o chamado Palácio Maçônico, aí do Rio de Janeiro, que de
palácio nada tinha, quiçá uma mal cuidada alfurja onde num mesmo dia várias Lojas se
reúnem... Os IIrm em quase totalidade não se cumprimentavam, quando muito com um „oi‟
saído a fórceps! Com um „oi‟ similar como resposta... Quando a havia! Na maioria das
situações nem se congratulam, fazem que não conhecem, viram a cara; outros dão golpe em
irmãos mais humildes e que confiaram nos “irmãos mais velhos” da Ordem; os IIrmmais
velhos dos “altos graus”, independentes dos Ritos e cor dos paramentos; são na verdade
grandes “pavões de rabo colorido”, exercitando em cima dos aprendizes e companheiros (e de
alguns incautos mestres), sua eterna vaidade, sua eterna arrogância estampada em seus
pobres (de custo elevado) aventais com inúmeros penduricalhos de validade duvidosa em
parceria com os balandraus regiamente ornamentados com medalhas, pins, emblemas,
esquadros, compassos e mais um outro sem fim de enfeites dignos da ala VAIDADE VAIDADE
da escola de samba NÃO TÔ NEM AÍ!
Duvidas? Tenta fazer algum „brother‟ se comprometer, comprometer mesmo, com a Loja, com
a Maçonaria! A resposta virá de imediato: “Infelizmente na atual conjuntura...”, “Ah! Que pena!
Não dá para fazer, meu trabalho profano...”; “Quando VM(ou Secr, ou Tes, ou Orad,
ou PVig, ou Hosp ou... outra qualquer coisa) fiz muito, agora é minha vez de descansar
um pouco...”; “Estou com um probleminha lá em cada de modo que...”; “Tudo eu? Não dá para
um outro fazer...” e por aí vai... O pior que alguns se comprometem e na hora da verdade...
pernas para que te quero! Mas todos esses infames se vangloriam: SOU MAÇOM! Como se
ser Maçom... Como se ser Maçom fosse ser fdp!
Caro Irmão leitor: é muito mais fácil encontrar uma prostituta profissional que não cobre pelos
seus serviços do que encontrar um Irmão predisposto a trabalhar em prol da Loja, da Ordem...
Mas se fosse com a sua (maledicente) língua...
14
Objetivos não faltam, e querendo trabalhar, as ferramentas estão ai.
Afinal de contas o que é a Maçonaria? A Maçonaria, simplesmente, somos nós e mais
ninguém! Quem quer faz, não espera acontecer... E há muito a fazer. Afinal de contas não
somos (pelo menos em teoria) homens livres e de bons costumes? Ou será está mais uma das
lendas maçônicas?
Sim! A Maçonaria é uma „coisa‟ cara, muito cara! Toma tempo, muito tempo! Requer
dedicação, muita dedicação! Exige carinho, muito carinho...
Para ser Maçom (e não maçom) tem que gostar! E se tu, leitor, não gostas podes nos chamar
que teremos o máximo prazer em abrir a porta de saída e a seguir trancá-la, com todos os
ferrolhos possíveis e impossíveis, para que nunca mais entres! Para que nunca mais voltes!
Afinal de contas, como alguém já disse: para quem gosta de verdade, Maçonaria é sabor de
mel nos lábios, para quem o faz por obrigação é pior que fel.
Conclusão: É o que pensamos!
É assim que pensamos! Goste você ou não! E encerramos plagiando Adlai Stevenson: Quando
pararem de dizer mentiras a nosso respeito, pararemos de dizer verdades a respeito deles.
Afinal de contas há muitos tolos que nos chamam de amigos e muitos amigos que nos chamam
de tolos. Confessamos... Somos uns tolos! Ou será que somos alegres sabidos? Afinal de
contas...
“Os tolos se alegram quando descobrem a verdade. Os sabidos quando descobrem a mentira.”
(Lei de Murphy)
NOTA:
[
1] Disponível para baixar em http://sdrv.ms/QobWqH (04/2013); pasta BIBLOSRELIGIÃO,
FILOSOFIA E AFINS.
Uma imagem vale mais que mil palavras!
Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário,
iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro -
Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato
em 05 de julho de 1988.
É fundador de duas Lojas Maçônicas no Rio de Janeiro, ambas trabalhando no REAA, entre elas a
Loja Stanislas de Guaita 165.
Desde 2008 é colaborador permanente dosemanário FOLHA MAÇÔNICA
(folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três colunas semanais: A
POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE INÚTIL. Gerencia o
„Ponto Cultural do Folha Maçônica‟ (http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão postados mais de 15
mil títulos (agosto/2013) sobre a Ordem e afins para livremente baixar.
Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas mensais, do mensário
espanhol RETALES DE MASONERÍA.
15
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A Gênese do Mal
Seminário de Aprendizes e Companheiros 2013
Outubro/2013 - Londrina/PR
Ir.’. Hilton Hideki Hirabara
Loj.’. Simb.’. Renovação Londrinense.
Or.’. de Londrina
Sumário
Resumo ............................................................................................................................ 03
Introdução........................................................................................................................ 03
Frases............................................................................................................................... 04
Teoria do Aparelho Psíquico .......................................................................................... 04
A Bipolaridade do Taoísmo ............................................................................................ 05
Sobre o Fundamento da Moral ....................................................................................... 06
O Egoísmo Dentro do Catecismo da Igreja Católica..................................................... 07
Desbastar a Pedra Bruta ou o Martírio Nosso de Cada Dia.......................................... 07
Maçonaria, Escola das Virtudes ..................................................................................... 08
Conclusão ....................................................................................................................... 08
Bibliografia....................................................................................................................... 09
A Gênese do Mal
Resumo:
Vivemos em uma sociedade orientada para o consumismo, maculada pela corrupção e
esvaziada de seus valores morais. Deus, pátria e família, são secundários ao desejo de
satisfação individual. Porém, essa direção que se tomou, parece não ser a melhor. Apesar do
conforto material que a evolução tecnológica nos trouxe, o ser humano permanece carente
naquilo que lhe é mais essencial: a felicidade consigo mesmo e com seus semelhantes. As
relações humanas, a despeito de encontrarmos nas livrarias e na internet uma quantidade
enorme de obras voltadas para esse fim, estão muito deficientes. Podemos medir isso pelos
casos de depressão, neuroses e síndromes que são de uma quantidade enorme. Os
antidepressivos estão entre os medicamentos mais vendidos. A causa para isso está no
egoísmo, o amor que temos por nós mesmos, essencial para nossa sobrevivência, mas que
pode se tornar prejudicial se não for corretamente dirigido. Analisando os problemas atuais,
5- A Gênese do Mal
IrHiltonh Hideki Hirabara
16
podemos concluir que se trata de uma crise onde a visão do individual prevalece
excessivamente sobre a visão do coletivo. A Maçonaria tem a possibilidade de ajudar na
correção dessa distorção, pois os seus valores promovem o desenvolvimento do indivíduo,
preparando-o para ser um agente de transformação no meio em que ele convive, sempre
buscando o bem da coletividade.
Introdução:
“Livrai-nos do mal”. Todos os dias, em todo o mundo, a todo instante, alguém está
dizendo ou mentalizando essa oração. Mas, de onde vem esse mal? O mal que nos incomoda,
o mal que não queremos, mas está sempre presente, mais perto do que imaginamos. Tudo tem
uma origem, um começo, onde se dá a gênese do mal? O mal se inicia no amor, no amor
exagerado que todos nós, naturalmente temos por nós mesmos, ou seja, no egoísmo. Todos
temos um instinto de sobrevivência, todo ser vivo naturalmente, lutará pela manutenção de sua
vida. Dentro da sociedade humana buscamos, salutarmente, respeito, reconhecimento,
segurança. Mas quando essa busca se descontrola gera orgulho, soberba, inveja, ira, mentira,
traição, roubo, corrupção. Ou seja, o instinto de sobrevivência transforma-se em instrumento de
dominação.
“Se somos todos diferentes uns dos outros em alguma coisa, também nos parecemos todos em
outros pontos, e conseqüentemente a experiência de cada homem pode em certa medida ser
utilizada para todos os homens”. Pierre Villey
Frases
Algumas frases relacionadas ao tema deste trabalho:
“O egoísmo causa a ignorância, a cólera e o descontrole, que são as origens dos
problemas do mundo”. Dalai Lama
“Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós
queremos”. Oscar Wilde
“O egoísmo pessoal é que excita e estimula o homem a abusar de seus conhecimentos
e poderes. O egoísmo é um edifício humano, cujas janelas e portas estão sempre
escancaradas para que toda espécie de iniquidades entre na alma humana”. Helena Blavatsky
“O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as
virtudes”. Allan Kardec
“A raiz de todos os males é o egoísmo”. Madre Teresa de Calcutá
Teoria do Aparelho Psíquico
Freud desenvolveu em 1923, um modelo estrutural da personalidade composto por três
elementos: id, ego e superego.
Id é uma palavra do latim com o significado de ele, isto. O id seria a fonte da energia
psíquica (libido). Ele é formado pelas pulsões: instintos, impulsos orgânicos e desejos
inconscientes. Funciona segundo o princípio do prazer, buscando sempre o que produz prazer
e evita o que é aversivo. O id não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as
tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade, e
uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo efeito de atingir o objetivo através de uma ação
concreta. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo,
cego, irracional, antissocial, egoísta e dirigido ao prazer.
Ego, significa o eu de cada um. O ego desenvolve-se a partir do Id com o objetivo de
permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o
chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a
espera no comportamento humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em
que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de
consequências negativas. A principal função do Ego é buscar uma harmonização entre os
desejos do Id e a realidade e, posteriormente, entre esses e as exigências do superego . O Ego
não é completamente consciente.
O superego é a parte moral da mente humana e representa os valores da sociedade. O
superego divide-se em dois subsistemas: o ego ideal, que dita o bem a ser procurado; e a
17
consciência moral, que determina o mal a ser evitado . Ele tem três objetivos: inibir os
impulsos contrários às regras por ele determinados, forçar o ego a comportar-se de maneira
moral e conduzir o indivíduo à perfeição. Os psicopatas têm um id dominante e um superego
muito reduzido, o que lhes tolhe o remorso, sobressaindo a falta de consciência moral . O
superego nem sempre é consciente, muitos valores e ideais podem ser despercebidos pelo eu
consciente.
A Bipolaridade do Taoísmo
Segundo o taoísmo, o homem é um microcosmo, feito à imagem e semelhança do
grande kósmos, e é governado pela mesma lei da bipolaridade, que rege o macrocosmo. O
belo e o feio, o bom e o mau, são duas antíteses complementares, que se integram numa
síntese, sem se diluírem nela, uma síntese harmoniosa, feita de unidade na diversidade. A
bipolaridade rege o mundo infinitamente pequeno dos átomos, onde os elétrons negativos,
giram em torno do seu núcleo de cargas positivas; rege também o mundo infinitamente grande
dos astros, onde os planetas traçam a sua órbita em torno do seu sol; rege o mundo de todos
os seres vivos superiores, que só existem graças aos pólos masculino-dativo e feminino-
receptivo.
Sobre o Fundamento da Moral
Em sua obra Sobre o Fundamento da Moral, Arthur Schopenhauer fala sobre o
egoísmo, classificando-o como a principal motivação anti-moral, devido ao nosso ímpeto para a
existência e o bem estar. O egoísmo se estabelece entre os homens como uma larga cova a
separá-los. Opondo-se ao egoísmo, está a compaixão, que impede que se provoque o mal,
leva à indulgência e ao perdão e motiva o auxílio aos necessitados.
A compaixão origina a justiça e a caridade, virtudes classificadas como cardinais, ou
seja, a partir delas se originam todas as outras.
Quando conseguimos romper a barreira do eu para com o não eu, conseguindo nos
colocar no lugar do outro, sentindo em nós o sofrimento que poderíamos lhe causar, somos
dissuadidos de provocar esse mal. Nesse sentido, se estabelece a justiça, não provocamos o
dano porque o sentimos como se ele ocorresse em nós mesmos.
No caso da justiça, a compaixão nos impede de causar dano a outrem, no caso da
caridade, vai além e nos impele a ajudá-lo. A compaixão rompe novamente a barreira do eu
com o não eu e faz com que sintamos o seu sofrimento e sua necessidade como se fossem
nosso, ou seja, sofremos com ele nele. O sofrer e a carência despertam mais a nossa
participação do que a felicidade e a ausência do sofrimento. O sofrimento e a carência nos
mobilizam e deixam atentos, enquanto que um estado de contentamento e de felicidade nos
deixa inativos e em sossego preguiçoso. Isso acontece em relação a nós mesmos e também
em relação aos outros.
Todos os seres viventes apresentam uma mesma essência, a multiplicidade é apenas
aparente. Quem reconhece isto, não vê os outros como um não-eu, mas “eu mais uma vez”. Já
quem não reconhece isto, vê o mundo como um completo não-eu, tornando hostil sua relação
com ele.
O Egoísmo Dentro do Catecismo da Igreja Católica
Existem dentro do Catecismo da Igreja Católica, artigos relacionados ao egoísmo e
também um interessante aspecto a ele relacionado: as diferenças entre os homens e a
necessidade que temos uns dos outros.
A igualdade entre os homens diz respeito essencialmente à sua dignidade pessoal e
aos direitos que daí decorrem. (1935)
Quando nasce, o homem não dispõe de tudo aquilo que é necessário ao
desenvolvimento de sua vida corporal e espiritual. Precisa dos outros. Aparecem diferenças
ligadas à idade, às capacidades físicas, às aptidões intelectuais ou morais, aos intercâmbios de
que cada um pôde se beneficiar, à distribuição das riquezas. Os talentos não são distribuídos
de maneira igual. (1936)
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Essas diferenças pertencem ao plano de Deus; Ele quer que cada um receba do outro
aquilo que precisa e que os que dispõem de “talentos” específicos comuniquem seus
benefícios aos que deles precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as
pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha; essas diferenças motivam as culturas a
se enriquecerem umas às outras. Eu não dou todas as virtudes na mesma medida a cada um.
Existem virtudes que eu distribuo desta maneira, ora a um ora a outro. A este a caridade; a
outro a justiça; a este a humildade, aquele uma fé viva. Distribuí muitas graças e virtudes,
espirituais e temporais, com tal diversidade que a ninguém por si só concedi todo o necessário,
para serdes obrigados a usar de caridade uns para com os outros. Quis que todos tivessem
necessidade uns dos outros e fossem meus ministros na distribuição das graças e liberalidades
que de mim receberam. (1937) Santa Catarina de Sena
Desbastar a Pedra Bruta ou o Martírio Nosso de Cada Dia
“Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois
aquele que quiser salvar a sua vida a perderá, mas o que perder a sua vida por causa de mim,
a salvará”. (Lucas 9:23) (Marcos 8:35) (Mateus 16:25)
“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morrer,
permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto. (João 14:24)
Podemos pensar nessas passagens em perder a vida como uma forma de sacrificar a
sua vontade, seu orgulho, sua vaidade, sua soberba, sua inveja, em detrimento do bem de
outros. Ou seja, sacrificarmos diariamente um pouco do nosso ego. Assim como no simbolismo
de desbastar a pedra bruta, que somos nós mesmos, removemos os nossos vícios, o que não
se faz sem sofrimento.
Maçonaria, Escola das Virtudes
André Comte-Sponville afirma em sua obra “Pequeno Tratado das Grandes
Virtudes”, que o que nos torna humanos são as virtudes. A Maçonaria é uma verdadeira Escola
das Virtudes, onde aprendemos, desde a iniciação um modo de viver em que o progresso
individual ocorre juntamente com o desenvolvimento da união e respeito aos irmãos. A Ordem
nos ensina e estimula a prática da virtude e o combate aos vícios. Discernindo os sinais de
nosso tempo, onde o egoísmo cresce e se desenvolve, devido à desvalorização das virtudes e
dos preceitos morais, a Maçonaria nos mostra a direção correta, e permite a cada irmão que
escolha livremente o caminho que queira seguir.
Conclusão
A tradição judaica nos diz que Deus moldou os homens com duas diferentes
inclinações: Yetzer Hatov , a inclinação altruísta, voltada para os outros, e Yetzer HaRa, nossa
inclinação egoísta, voltada para nós mesmos.. Se o egoísmo humano constrói uma série de
situações nocivas, a compaixão é a maneira pela qual se pode corrigir essa realidade. No
momento atual, os valores maçônicos podem fazer a diferença, pois são baseados em virtudes
essenciais para a transformação da sociedade. Cada maçom é livre, tendo por isso a escolha
da maneira que poderá contribuir utilizando os universais valores da Maçonaria para combater
essa ilusão nociva, provocada pelo modo de vida egoísta que se estabeleceu dentro da
humanidade A verdadeira caridade não é dar aos outros aquilo de que não precisamos, mas,
utilizando de sabedoria, dar-lhe aquilo que lhe é essencial. Sejamos, nós maçons,
principalmente pelo nosso exemplo, os portadores das virtudes que possam iluminar este
nosso mundo enevoado pelas trevas do egoísmo.
19
Bibliografia:
Addison, Howard A. (1998). O Eneagrama e a Cabala, p.18. Pensamento, São Paulo.
Bíblia de Jerusalém. Paulus, São Paulo
Catecismo da Igreja Católica, p. 512-513. Edições Loyola, São Paulo, 2000.
Comte-Sponville, André. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Ed. 1. Martins Fontes. São Paulo.
Lao-Tse. Tao Te Ching, p. 30-31. Ed.19. Martin Claret, São Paulo.
Manual de Aprendiz do Rito Brasileiro do G.O.P.
Montaigne, Michel de. Os Ensaios – Livro I, p.LXXIV. Martins Fontes, São Paulo, 2000..
Schopenhauer, Arfthur. Sobre o Fundamento da Moral. Ed. 1. Martins Fontes. São Paulo.
www.kdfrases.com
Acessado em 20/09/2013
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www.4freephotos.com
Acessado em 07/10/2013
www.makefor.com.br
Acessado em 07/10/2013
20
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todas às terças, quintas, sábados e domingos.
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aprendiz acompanhado do mestre
O Respeitável Irmão Aécio Speck Neves, Orador da Loja Nereu de Oliveira, 2.744, REAA,
GOB-SC, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, por solicitação do Venerável
Mestre apresenta a questão abaixo.
aeciospeckneves@hotmail.com
Peço o especial obséquio de me repassar subsídios (orientação ou
bibliografia), a fim de atendimento ao pedido (anexo) do Venerável Mestre.
“Pude observar da última sessão que o Irmão Victor apresentou dois
comprovantes de presenças no Oriente de Criciúma. Uma delas foi o jantar
ritualístico em que todos participamos e a outra é avulsa.
O que eu soube até hoje é que os Aprendizes e Companheiros só podem fazer
visitas em outras Lojas obrigatoriamente acompanhados de um Mestre Maçom de
sua Loja. Por favor, obtenha esta informação com o Irmão Juk e se possível alguma
legislação a respeito, para que possamos em Loja passar esta informação aos
Irmãos Aprendizes. Inclusive quando eu era Aprendiz e fui visitar a loja
Fraternidade Alcantarense e O Venerável Mestre daquela Loja me abordou e me
perguntou qual Mestre estava me acompanhando porque se assim não fosse eu
não poderia participar da Sessão”.
6 - Perguntas e Respostas
Ir Pedro Juk
21
OBSERVAÇÃO
O direito de visitação por Obreiro regular a uma Loja regular é tradicional em Maçonaria
e, nesse particular, não é restrito apenas aos Mestres, muito menos que Aprendizes e
Companheiros careçam da companhia de Mestres para realizar uma visita regular.
Nesse sentido ao Aprendiz são ensinados os segredos do seu Grau. Com isso ele pode
se bem instruído, visitar uma Loja regular e sozinho passar por um telhamento do seu
Grau. Assim também ocorre com o Grau de Companheiro. É simplesmente
desnecessário o acompanhamento de um Mestre para o intento.
O que é mesmo irregular é um Venerável não permitir o ingresso de um Aprendiz, ou um
Companheiro desacompanhado sendo ele regular e quando a Loja visitada estiver
trabalhando no Grau compatível ao visitante.
O que os Irmãos precisam compreender que um Obreiro regularmente iniciado, seja ele
Aprendiz ou Companheiro, tem o direito de visitação regular, sem que com isso exista
alguma restrição ou orientação de obrigatoriedade de acompanhamento, desde que a
visita seja em Loja com trabalho compatível ao Grau.
Esse fato me parece não ser o caso de legislação, porém de tradição, uso e costume,
inclusive conforme algumas classificações, até tratado como um “Landmark”.
Finalizando. Tenho visto em várias oportunidades Sessões Públicas, as tais “brancas”
em Loja aberta com o Oriente repleto de não iniciados (profanos), sendo homenageados,
proferindo palestras, etc. Isso sim é irregular, posto que o Oriente seja privativo dos
Mestres. Agora, condicionar visita de Aprendizes e Companheiros ao acompanhamento
de um Mestre, penso que é tão irregular quanto se colocar um profano no Oriente –
profano é profano, não importando seja ele uma autoridade civil, eclesiástica ou militar,
bem como outros detentores de títulos não sendo eles maçons – “aqui não
reconhecemos distinções mundanas”.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
JUNHO/2013
Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br )
que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
22
O tempo passa, o tempo voa
Hoje, 27 de outubro completa o 300º dia do ano de 2013, faltando 65 para completá-lo.
Lojas Aniversariantes do GOSC
Data Nome Oriente
26/10/1975 Acácia das Neves nr. 22 São Joaquim
30/10/2002 Frank Shermann Land nr. 100 Florianópolis
02/11/1991 Seixas Neto nr. 45 Florianópolis
03/11/1971 Acácia dos Campos nr. 17 Campos Novos
03/11/2010 Colunas da Sabedoria nr. 130 Joinville
07/11/2001 Zodiacal nr. 89 Zodiacal
11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí
15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
Lojas Aniversariantes do GOB/SC
Data Nome Oriente
26.10.96 Arquitetos Do Vale - 2996 Blumenau
26.10.08 Amigos Da Liberdade - 3967 Palhoça
27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí
28.10.95 Luz Do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú
03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis
04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau
12.11.99 União E Justiça - 3274 Chapecó
15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú
15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau
19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages
7 - destaques jb
Resenha Geral
23
24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.l1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
28/10 Delta do Universo, nr. 98 Florianópolis
28/10 Jack Matl, nr. 49 Rio Negrinho
05/11 União do Vale, nr. 69 Blumenau
10/11 Arte Real Santamarense, nr. 83 Santo Amaro da Imperatriz
14/11 Obreiros da Liberdade, nr. 17 Xaxim
14/11 29 de Setembro nr.38 São Miguel do Oeste
17/11 14 de Julho nr. 3 Florianópolis
17/11 Rei David nr. 58 Florianópolis
17/11 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau
18/11 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville
19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis
19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste
24
LOJAS SIMBÓLICAS - SANTA CATARINA
CALENDÁRIO DE ordens do dia - EVENTOS - CONVITES
Data Hora Loja Endereço Evento - Ordem do Dia
27.10.13 12h00 Padre Roma (GLSC) Sâo José - SC
Entrevero beneficente
(Educandário São José)
28.10.13 20h00 Luiz Balster, 6 - GOSC Caçador
Sessão Magna de Elevação
dos IIr Adilson Cesar
Ramos e Manuel Ricardo
Jungles
30.10.13 20:00 Ciência e Misticismo 4.177-GOB/SC
R. Gabriel Marciano
01 - Jardim dos Lordes
São José/SC
ELEVAÇÃO: Juliano
Menezes, Ivânio G. Cevey,
Fábio A. de Brito, Roberto R.
Menezes Jr.
30.10.13 20h00 Loja Monteiro Lobato, 132 - GOSC Itajaí - SC
Sessão Magna de Exaltação
no Rito York Americano.
31.10.13 20h00 Ademar Nunes Pires, 51 - GOSC
Templo SC-401 -
Florianópolis
Sessão Pública - Palestra
Ciência e Espiritualidade com
Arthur Aguiar
02.11.13 14h30
Novo Horizonte, 4185 - Rito Escocês
Retificado ivens.cbcs@gmail.com
Camboriú - Estrada
Geral do Cerro, 1.500.
Recepção - Grau 2 - (primeira
Elevação da Loja)
04.11.13
Regeneração Lagunense e Acácia de
Imbituba GOB/SC
Templo de Laguna
Exaltação Ademar C. Vieira
Jr; Douglas F. Vidal; Jesiel T.
Raulino; Lucas Cadorin;
Paulo C.S.Pelentir; Sidney R.
Guedes
09.11.13 II Encontro das Lojas Templárias Lages - SC
Segundo Encontro das Lojas
Templárias de Santa Catarina,
sob a coordenação da Loja
Templários da Justiça nr. 18
11.11.13 20:00 Harmonia e Fidelidade 4129 - GOB/SC
Itapema-SC (ao lado
Matriz Sto. Antônio)
Sagração Do Templo

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Viola mágica e encantada

  • 1. 1 JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1151 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - domingo, 27 de outubro de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Ir Barbosa Nunes - " Viola Mágica e Encantada " Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Verbete da Semana - Bloco 4 - IrAquilino R. Leal - " Não somos unidos " Bloco 5 - IrHilton Hideki Hirabara"A Gênese do Mal " Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas ( do Ir Aécio Speck Neves - Aprendiz acompanhado do Mestre ) Bloco 7 - Destaques JB - ( com o Desafio nr. 9 e Versos do Irmão Sinval Santos da Silveira ) Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 27 de outubro de 2013, 300º dia do calendário gregoriano. Faltam 65 para acabar o ano. Dia Nacional da Áustria; Dia da Cruz Vermelha e Dia do Músico. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2. 2  312 - Batalha da Ponte Mílvio: In Hoc Signo Vinces ("Sob este signo vencerás") - frase que Constantino diz ter lido durante uma visão, juntamente com as as letras gregas XP ("Chi-Rho", as primeiras duas letras de "Cristo") entrelaçadas com uma cruz apareceram-lhe enfeitando o sol. Foi através desta suposta visão que Constantino se converteu ao Cristianismo.  625 - É eleito o Papa Honório I  1303 - É eleito o Papa Bento XI  1443 - Promontório e vilas de Sagres são doadas de D. Pedro ao seu irmão, Infante D. Henrique  1645 - Teodósio III de Bragança recebe o título de príncipe do Brasil de seu pai, João IV de Portugal, especialmente em sua honra  1807 - Guerra Peninsular: Napoleão assina o Tratado de Fontainebleau com a Espanha  1904 - Inauguração do metro em Nova Iorque.  1912 - Inaugurado o bondinho do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, único totalmente transparente.  1943 - O general nazista Günther von Kluge, teórico e incentivador das Guerras Relâmpago, sofre um acidente de carro  1951 - Primeira utilização da radioterapia num paciente através de uma bomba de cobalto  1953 - Criado o município de Afonso Bezerra  1961 - Mauritânia e Mongólia são admitidos como Estados-Membros da ONU  1965 - Presidente Castello Branco decreta o AI-2: estabelecimento de eleições indiretas e cassação dos partidos políticos são suas principais medidas  1979 - Independência de São Vicente e Granadinas  1980 - C.A.R. Hoare recebe o Prêmio Turing da ACM por "suas contribuições fundamentais para a definição e o design das linguagens de programação"  1982 - Usina Hidrelétrica de Itaipu: águas chegam às comportas do vertedouro  1985 - João Braga dá início a uma colaboração com o jornal A Capital, através de uma coluna semanal (Domingo).  1990 - Eleições no Turcomenistão  1991 - Askar Akayev é eleito presidente do Quirguistão  1991 - Holambra, reconhecida como município.  1991 - Independência do Turcomenistão  2002 - Lula é eleito presidente do Brasil  2004 - Eclipse lunar total pôde ser avistado nas Américas, Europa, África e Ásia Central. 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
  • 3. 3  Feriado municipal em Lagos  Aniversário do município de Mairinque - SP (Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal) 1809 Lord Moira, Grão-Mestre da Grande Loja dos Modernos, constitui a Loja de Promulgação para “instruir os Maçons Antigos nos Antigos LandMarks” visando a unificação da Maçonaria inglesa. 1845 Fundação do Supremo Conselho para a Inglaterra e Gales. Finalmente o REAA chega à Inglaterra. 1895 Fundação da Loja Charitas II, de São João del-Rei, Minas Gerais 1923 Fundação da Loja Maçônica Ortiente Maracajú, de Campo Grande, que foi tombada como Patrimônio Histórico do Município em 11 de julho de 2007 1970 Criada a Grande Loja Regular da Guanabara, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em consequência da terceira reeleição fraudulenta do Grão-Mestre Wilson do Vale Fernandes. 1997 Fundação da AR LS Samuel Heusi Júnior, de Itajaí, que trabalha no Rito Adonhiramita GOB/SC feriados e eventos cíclicos fatos maçônicos do dia Academia Maçônica de Letras do Brasil. Arcádia Belo Horizonte www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
  • 4. 4 INFORMATIVO BARBOSA NUNES VIOLA MÁGICA E ENCANTADA Artigo 142 de Barbosa Nunes publicado no Jornal Diário da Manhã, edição de 26 de outubro de 2013. "O violeiro quando toca, as cordas do coração ficam presas entre abraços nos acordes da canção". "Quando pego na viola. Nesta viola querida. Eu me sinto em outro mundo. Numa existência florida: Vão-se todas as tristezas. Todas as mágoas da vida”. “São toadas e versos de Amaro de Oliveira Monteiro e de Nhô Laco, que ponteando este instrumento mágico e encantado que é a viola, símbolo nacional da original música sertaneja, conhecida como moda de viola ou música de raiz. Eles afloram nossos corações e nos permitem agradáveis e felizes momentos através deste instrumento que tem potencial sentimental fora do comum. O violeiro nordestino quer tanto bem à sua viola, assim se declarando: “Sou cantor. Na hora extrema peço esta última esmola. Que o meu caixão seja feito, em forma de uma viola”. Em 1890 o inglês Percy A. Newberry descobriu, junto ao Rio Nilo, o túmulo do príncipe egípcio Chnum-Hotep, morto em 1900 a.C, com várias pinturas, entre elas uma que retratava um homem tocando a lira de oito cordas. Novos formatos surgiram, com destaque para o alaúde árabe e na sequência, cerca de trezentos anos depois, o instrumento de quatro pares de cordas, em 1350 foram introduzidos em Portugal com o nome de viola. Rossini Tavares de Lima, no seu livro "Moda de Viola, Poesia de circunstância", afirma que "O nome viola já aparece no poema de Alexandre, do século XIII, como instrumento trovador. A viola brasileira, relaciona-se mais diretamente a um instrumento difundido na Península Ibérica, denominado viela ou viola de mão. Em Portugal a viola era instrumento bem conhecido desde o século XV, muito combatida pelos Procuradores dos Conselhos que reclamavam às cortes dizendo: "Ajuntam-se dez homens e levam uma viola, e enquanto tangem e cantam, os outros escalam as casas e roubam suas fazendas. O rei determinou que se alguém fosse 2 - OPINIão - Informativo Barbosa Nunes " Viola mágica e encantada " ( Ir Barbosa Nunes )
  • 5. 5 achado com viola pela cidade ou lugar, depois das nove da noite até o amanhecer, desde que não houvesse festas, fosse preso e perdesse a viola, as armas e vestidos que trouxesse”. A nossa viola veio de Portugal, sofrendo algumas modificações em sua anatomia, em número de cordas. Hoje temos como afirma em seu estudo intitulado "A viola cabocla", cinco tipos de violas de cordas de aço: a paulista, goiana, cuiabana, angrense e a nordestina. Na mesma pesquisa por mim buscada, encontrei a informação de que a viola entrou nos palcos, nos auditórios, nas estações de rádio e de televisão, através do folclorista paulista Cornélio Pires e a ele deve-se a iniciativa de 1910, organizar um programa de violas no palco da cidade de Tietê. Após, um festival em São Paulo, no então Mackenzie College. O avô materno de Virgílio Maynard, tropeiro que desde 1870 palmilhou as estradas do Rio Grande do Sul a São Paulo, contava que nunca vira seus peões e camaradas viajarem sem sua viola, quase sempre conduzida dentro de um saco, amarrada à garupa do seu animal. Não havia pouso que após a lida do dia, não tocassem antes de dormir, plangendo sua viola dolentemente. Em nosso país surgiram dois grandes focos da viola nas regiões Nordeste e Centro-Sul. Nesta última, principalmente em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Ficando conhecida como "viola caipira", com diversas afinações, sendo as mais comuns "Cebolão, Boiadeira, Rio Abaixo e Guitarra", como afirma Roberto Nunes Corrêa. A viola, é sem dúvida nenhuma um instrumento especial, hoje altamente valorizada no mundo cultural, encontrando-se presente em grandes concertos. Da pesquisa "Viola Tropeira", registro os violeiros Florêncio, Tião do Carro, Zé do Rancho, Julião, Laurípio Pedroso, Zé Coco do Riachão, Gedeão da Viola, Mazinho Quevedo, Bambico, Roberto Correia, Helena Meireles, Renato Teixeira, Tião Carreiro e Pardinho, Teddy Vieira, Lourival dos Santos, Sulino, Raul Torres, Piraci, Jacó, Serrinha, Zé Mulato e Cassiano, Téo Azevedo, Jorge Paulo, Almir Sater, Ivan Vilela, Elomar e Vital Farias. Folcloricamente e como lenda, a viola que não recebe amor do violeiro, pode ficar doente, pois ela tem braço, costas, boca, orelhas, "cacunda", pestana, o que a identifica com o seu tocador. Viola boa tem galhinho de arruda no seu interior, guizo de cascavel para melhor dar voz as cordas e desviar o mau olhado e a inveja. Tocar viola é um dom de Deus para poucos. Violeiro fica contrariado quando um estranho toca em sua viola, pois pode destemperar e transmitir fluidos maléficos. Há violas que se "resfriam" quando guardadas encostadas em paredes. Se colocada dependurada a noite vai sentir frio, pois nos braços do violeiro, ela sente calor. Antes de guardar a viola deve se passar um pano sobre as cordas. Violeiro que se preza não carrega viola debaixo do braço e sim na mão. "Viola é mulher e quem sai com ela na rua, anda de braço dado", mas ela também cura, matando a saudade, eliminando os males dos homens tristes. Presto homenagem a Tião Carreiro, amigo, maestro, mestre, majestade, rei da viola. Sepultado no Cemitério da Lapa, em São Paulo, seu túmulo é frequentado no Dia
  • 6. 6 de Finados por milhares de pessoas, tocando viola e cantando suas músicas, que chegam a quase 400, entre elas registro: “Rei do Gado”, “Ferreirinha”, “Boi Soberano”, “Travessia do Araguaia”, “Amargurado”, “A coisa ta feia”, “Pagode em Brasília”, “Rio de lágrimas”, “Cabelo loiro”, “Franguinho na panela”, “Mágoas de Carreiro”, “Chico Mulato”, “Mestre Carreiro”, “Chora Viola” e outras tantas. Vou ao livro "Iluminuras do Signo", produzido pela Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, com poesias exclusivas de Juízes de Direito, e encontro nas páginas 88/89, a declaração de amor pela viola, poema classificado no concurso, do maçom, ex- promotor de justiça e juiz de direito, membro da Loja "União de Canaã" de Goiânia, Barsanulfo Reis da Silva, assim inspirado, como o título de "Viola Consoladora": "No braço desta viola, eu faço a terra tremer. Faço a noite virar dia, faço o dia escurecer. Com o toque da viola, ninguém pode entristecer. Esta viola de pinho, está sempre em meu caminho. É a razão do meu viver. Viola consoladora. Aqui vai minha saudação. É o símbolo da alegria, na cidade e no sertão. Tem o som da natureza em qualquer ocasião. Ela sempre anima o povo. Traz alegria de novo para qualquer coração. Eu olho no horizonte. Com o sol ainda raiando. Os pássaros com alegria, um hino vão entoando. Tudo parece uma orquestra com a natureza amando. Minha alma se consola. Com o toque da viola a festa vai completando. Converso com a viola e ela fala comigo sempre me acompanhando. No lazer e no perigo é minha melhor amiga e eu seu melhor amigo. Nunca vamos nos separar. A viola eu vou levar até para meu jazigo. Esta viola famosa é minha consolação. Não me deixa ficar só. Livra-me da solidão. Além de me alegrar, ela anima a multidão. Traz harmonia e amor acabando com a dor deste pobre coração. Êta viola danada. Bichinho de estimação. Parece que suas cordas pulsam com meu coração. Você possui um encanto. Não é imaginação. Tem vida e tem alegria. Seu corpo é uma poesia que causa muito emoção". Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil -barbosanunes@terra.com.br.
  • 7. 7 O autor, Ir. João Ivo Girardi ( joaogira@terra.com.br ) é da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 (Blumenau). Este foi mais um verbete extraído de sua obra intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite., Outubro, mês do Médico - 4.000 anos de Sabedoria. Ensaio: O Símbolo da Medicina: Tradição e Heresia: O valor de um símbolo não está em seu desenho, mas no que ele representa. Dois símbolos têm sido usados ultimamente em conexão com a medicina: o símbolo de Asclépio, representado por um bastão tosco com uma serpente em volta e o símbolo de Hermes, chamado caduceu, que consiste em um bastão mais bem trabalhado, com duas serpentes dispostas em espirais ascendentes, simétricas e opostas, e com duas asas na sua extremidade superior. Ambos os símbolos têm sua origem na mitologia grega; o de Asclépio, deus da medicina, é o símbolo da tradição médica; o de Hermes, deus do comércio, dos viajantes e das estradas, foi introduzido tardiamente na simbologia médica. Símbolo de Asclépio e Símbolo de Hermes Na mitologia grega, Asclépio é filho de Apolo e da ninfa Coronis. Foi criado pelo centauro Quíron, que lhe ensinou o uso de plantas medicinais. Tornou-se um médico famoso e, segundo a lenda, além de curar os doentes que o procuravam, passou a ressuscitar os que ele já encontrava mortos, ultrapassando os limites da medicina. Foi por isso fulminado com um raio por Zeus. Após a sua morte, foi cultuado como deus da medicina, tanto na Grécia, como no Império Romano. Em várias esculturas procedentes de templos de Asclépio greco-romanos, o deus da medicina é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta, o qual se tornou o símbolo da medicina. Não há unanimidade de opiniões entre os historiadores da medicina sobre o simbolismo do bastão e da serpente. As seguintes interpretações têm sido admitidas: Em relação ao bastão: árvore da vida, com o seu ciclo de morte e renascimento; símbolo do poder, como o cetro dos reis e o báculo dos bispos; símbolo da magia, como a vara de Moisés: apoio para as caminhadas, como o cajado dos pastores. Em relação à serpente: símbolo do bem e do mal, portanto da saúde e da doença; símbolo da astúcia e da sagacidade; símbolo do poder de rejuvenescimento, pela troca periódica da pele; ser ctônico, elo entre o mundo visível e invisível. Domada e submissa seu veneno transforma-se em remédio. As serpentes não venenosas eram preservadas nos lares e nos templos da Grécia, não só por seu significado místico como pelo seu fim utilitário, já que devoravam os ratos. Hermes, na mitologia grega, é considerado um deus desonesto e trapaceiro, astuto e mentiroso, deidade do lucro e protetor dos ladrões. Seu primeiro ato, logo após o seu nascimento, foi roubar parte do gado de seu irmão Apolo, negando a autoria do furto. Foi preciso a intervenção de Zeus, que o obrigou a confessar o roubo. Para se reconciliar com Apolo, Hermes presenteou-o com a lira, que havia inventado, esticando sobre o casco de uma tartaruga, cordas fabricadas com tripas de boi. Inventou a seguir a flauta que também deu de presente a Apolo. Apolo, em retribuição, deu-lhe o caduceu. Caduceus, em latim, é a tradução do grego kherykeion, bastão dos arautos, que servia de salvo-conduto, conferindo imunidade ao seu portador quando em missão de paz. O primitivo 3 - Verbete da Semana do váde-mecum maçônico ""Do Meio-Dia à Meia-Noite": Outubro, mês do Médico - 4.000 anos de Sabedoria - Ir João Ivo Girardi
  • 8. 8 caduceu não tinha asas na extremidade superior, as quais foram acrescentadas posteriormente. Hermes tinha a capacidade de deslocar-se com a velocidade do pensamento e por isso tornou-se o mensageiro dos deuses do Olimpo e o deus dos viajantes e das estradas. Como o comércio na antigüidade era do tipo ambulante e se fazia especialmente através dos viajantes, Hermes foi consagrado como o deus do comércio. Outra tarefa a ele atribuída foi a de transportar os mortos à sua morada subterrânea (Hades). Com a conquista da Grécia pelos romanos, estes assimilaram os deuses da mitologia grega, trocando-lhes os nomes: Asclépio passou a chamar-se Esculápio e Hermes, Mercúrio. Segundo os filólogos, a denominação de Mercúrio dada a Hermes pelos romanos provém de merx, mercadoria, negócio. O metal hydrárgyros dos gregos passou a chamar-se mercúrio por sua mobilidade, que o torna escorregadio e de difícil preensão. O planeta Mercúrio, por sua vez, deve seu nome ao fato de ser o mais veloz do sistema planetário. O caduceu é, de longa data, o símbolo do comércio e dos viajantes, sendo por isso utilizado em emblemas de associações comerciais, escolas de comércio, escritórios de contabilidade e estações de estradas de ferro. Surge, então, a questão principal do tema que estamos abordando. Por que o símbolo do deus do comércio passou a ser usado também como símbolo da medicina? Mais de um fato histórico concorreu para que tal ocorresse. 1) No intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thoth da mitologia egípcia foi assimilado a Hermes e, desse sincretismo, resultou a denominação de Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos (três vezes grande), dada ao deus Thoth, considerado o deus do conhecimento, da palavra e da magia. No panteão egípcio, o deus da medicina correspondente a Asclépio é Imhotep e não Thot. 2) Entre o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma literatura esotérica chamada hermética, em alusão a HermesTrismegistos. Esta literatura versa sobre ciências ocultas, astrologia e alquimia, e não tem qualquer relação com o Hermes tradicional da mitologia grega. O sincretismo entre Hermes da mitologia grega com Hermes Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia. Da alquimia o caduceu teria passado para a farmácia e desta para a medicina. 3) Um terceiro fato a que se atribui a confusão entre o bastão de Asclépio e o caduceu de Hermes se deve à iniciativa de um editor suíço de grande prestígio, Johan Froebe, no século XVI, ter adotado para a sua editora um logotipo semelhante ao caduceu de Hermes e o ter utilizado no frontespício de obras clássicas de medicina, como as de Hipócrates e Aetius de Amida. Outros editores na Inglaterra e, posteriormente, nos Estados Unidos, utilizaram emblemas similares, contribuindo para a difusão do caduceu. Admite-se que a intenção dos editores tenha sido a de usar um símbolo identificado com a transmissão de mensagens, já que Hermes era o mensageiro do Olimpo. Com a invenção da imprensa por Gutenberg, a informação passou a ser transmitida por meio da palavra impressa, e eles, os editores, seriam os mensageiros dos autores. Outra hipótese é de que o caduceu tenha sido usado equivocadamente como símbolo de Hermes Trimegistos, o Hermes egípcio ou Thot, deus da palavra e do conhecimento, a quem também se atribuía a invenção da escrita. Em antigas prensas utilizadas para impressão tipográfica encontra- se o caduceu de Hermes como figura decorativa. 4) Outro fato que certamente colaborou para estabelecer a confusão entre os dois símbolos é o de se conferir o mesmo nome de caduceu ao bastão de Asclépio, criando-se uma nomenclatura binária de caduceu comercial e caduceu médico. Este erro vem desde o século XIX e persiste até os dias de hoje. Em 1901, o exército francês fundou um jornal de cirurgia e de medicina chamado Le caducée, no qual estão estampadas duas figuras estilizadas do símbolo de Asclépio, com uma única serpente. Desde então, a palavra caduceu tem sido usada para nomear tanto o símbolo de Hermes, como o bastão de Asclépio. 5) O fato que mais contribuiu para a difusão do caduceu de Hermes como símbolo da medicina foi a sua adoção pelo Exército norte-americano como insígnia do seu departamento médico. As justificativas e argumentos para essa adoção são falhas, inconsistentes, e denotam, no mínimo, desconhecimento da iconografia mitológica por parte dos que detinham o poder para promover a mudança. As informações que se seguem sobre este episódio foram colhidas em grande parte no livro de Walter Friedlander, The Golden Wand of Medicine. - O caduceu fora usado, entre 1851 e 1887, como emblema no uniforme de trabalho do pessoal de apoio nos hospitais militares dos Estados Unidos para indicar a condição de não combatente. Em 1887 este emblema foi substituído por uma cruz vermelha idêntica a da
  • 9. 9 Cruz Vermelha Internacional fundada na Suíça em 1864. Os oficiais médicos usavam nas dragonas as letras M.S. (Medical Staff). Em 1872, as letras M.S. foram substituídas por M.D. (Medical Department). O Departamento Médico, contudo, possuía o seu próprio brazão de armas com o bastão de Asclépio, desde 1818. Em março de 1902, os oficiais médicos passaram a usar um emblema inspirado na cruz dos cavaleiros de São João, ou cruz de Malta, cujo simbolismo em heráldica é o de proteção, altruísmo e honorabilidade. Em 20 de março de 1902, o capitão Frederick P. Reynolds, Comandante da Companhia de Instrução do Hospital Geral em Washington propôs substituir a cruz de Malta pelo caduceu. O general G. Sternberg, chefe do Departamento Médico, deu o seguinte despacho: A atual insígnia foi adotada após cuidadoso estudo e é atualmente reconhecida como própria desta corporação. A alteração proposta, portanto, não é aprovada. Em 14 de junho do mesmo ano, o capitão Reynolds endereçou nova carta ao Chefe do Departamento, refazendo sua proposta com novos argumentos. Em certo trecho de sua carta diz o seguinte: Desejo particularmente chamar a atenção para a conveniência de mudar a insígnia da cruz para o caduceu e de adotar o marrom como a cor da corporação, em lugar do verde agora em uso. O caduceu foi durante anos a insígnia de nossa corporação e está inalienavelmente associado às coisas médicas. Está sendo usado por várias potências estrangeiras, especialmente a Inglaterra. Como figura, deve-se reconhecer que o caduceu é muito mais gracioso e significativo do que o atual emblema (cruz de Malta). O verde não tem lugar na medicina. Nesse ínterim, houve mudança na Chefia do Departamento Médico e esta segunda carta foi recebida pelo General William Henry Forwood, quem, não somente aprovou a proposta como providenciou a confecção da nova insígnia. O desenho elaborado tem sete curvaturas das serpentes, o que também revela desconhecimento do caduceu tradicional, que contém, no máximo, cinco espirais.Os argumentos usados pelo Cap. Reynolds revelam sua confusão entre os dois símbolos. O caduceu jamais fora a insígnia da corporação, mas do pessoal de apoio (steward) dos hospitais. O bastão de Asclépio e não o caduceu é que está historicamente associado à medicina. Tanto na Inglaterra, como na França e na Alemanha, os serviços médicos das forças armadas utilizavam o bastão de Asclépio em seus emblemas e não o caduceu de Hermes. Finalmente, a cor verde tem sido usada em conexão com a medicina; tanto assim que no Brasil o anel de médico tem, incrustada, uma pedra verde - esmeralda ou imitação. O argumento de ordem subjetiva de que a figura do caduceu é mais estética do que a cruz de Malta ou o bastão de Asclépio é irrelevante, porquanto não diz respeito ao significado de tais símbolos. Deste modo, o caduceu foi implantado e se mantém até hoje como insígnia do Corpo Médico do Exército norte-americano, o que muito contribuiu, sobretudo após a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918), para a sua difusão, dentro e fora dos Estados Unidos, como símbolo da medicina. A Marinha norte-americana adotou igualmente o caduceu como emblema de seu corpo médico, ao contrário da Força Aérea, que mantém em seu emblema o bastão de Asclépio. Os Serviços de Saúde Pública dos Estados Unidos, por sua vez, adotaram um antigo emblema do Serviço Médico da Marinha, no qual o caduceu se cruza com uma âncora e cujo simbolismo anterior era o do comércio marítimo. O primeiro comentário desfavorável à decisão do U.S. Medical Department apareceu sob a forma de editorial em final de julho de 1902 na publicação Medical News. Desde então, de tempos em tempos, surgem artigos na imprensa médica, ora justificando, ora condenando o uso do caduceu como símbolo da medicina. Em 1917, o Tenente-coronel McCulloch, bibliotecário do Departamento Médico, fez o seguinte comentário: Eu penso que, neste País, nós prestamos muito pouca atenção ao lado histórico e humanístico das coisas. O caduceu de Mercúrio agora em uso na gola da blusa do uniforme do Corpo Médico não tem qualquer significado médico. Fielding Garrison, notável historiador da medicina nos Estados Unidos e também Tenente-Coronel do Corpo Médico no período de 1917 a 1935, procurou defender a posteriori a adoção do caduceu pelo Departamento Médico a que servia. Inicialmente, alegou que se tratava de um símbolo administrativo para caracterizar os militares não combatentes, reconhecendo que o símbolo autêntico da medicina era o bastão de Asclépio. Posteriormente, procurou justificar o uso do caduceu como símbolo médico com base nos achados arqueológicos da civilização mesopotâmica. Nas escavações realizadas em Lagash fora encontrado um vaso talhado em pedra sabão, de cor verde, dedicado pelo governador Gudea ao deus Niginshzida, ligado à medicina. Neste vaso há duas serpentes dispostas de maneira semelhante a do caduceu de Hermes. Garrison refere-se à figura como caduceu babilônico, que teria precedido o caduceu da civilização grega. A verdade é que toda a nossa
  • 10. 10 cultura baseia-se na civilização grega. Todos os aspectos conceituais, técnicos e éticos da profissão médica, tiveram seu berço na Grécia com a escola hipocrática. Foi na Grécia que a medicina deixou de ser mágico- sacerdotal para apoiar-se na observação clínica e no raciocínio lógico. O símbolo mítico de Asclépio, o bastão com uma única serpente, representa a medicina grega em suas origens e nenhum outro símbolo, muito menos o caduceu de Hermes, deverá substituí-lo. Em 1932, S. L.Tyson escreveu um artigo na revista Scientific Monthly, no qual dizia: o errôneo símbolo da profissão médica, é, na realidade, o do deus dos ladrões. Em resposta, Garrison voltou a afirmar que o caduceu fora adotado no Departamento Médico do exército como símbolo dos não combatentes e considerou a questão como uma fútil controvérsia. Em material informativo recente de divulgação pela Internet, do Army Medical Department, encontra-se a seguinte explicação para a adoção do caduceu de Hermes como símbolo da medicina: Com suas raízes na mitologia, o caduceu tem sido historicamente o emblema dos médicos, simbolizando conhecimento, sabedoria, presteza e habilidade. Parece evidente a confusão entre Hermes da mitologia grega tradicional com Hermes Trismegistos, o deus Thot da mitologia egípcia. A Associação Médica Americana manteve o símbolo de Asclépio em seu emblema, assim como a maioria das sociedades médicas regionais norte- americanas de caráter científico ou profissional. De 25 associações médicas estaduais que utilizam a serpente em seus respectivos emblemas, 23 usam o bastão de Asclépio. São elas as dos Estados de Alabama, Califórnia, Flórida, Geórgia, Idaho, Illinois, Kansas, Kentucky, Massachussets, Michigan, Mississipi, Missouri, Nebraska, New Hampshire, New Mexico, New York, North Dakota, Oklahoma, Oregon, Pennsylvania, Utah, Wisconsin e Wyoming. O caduceu é usado pelas associações dos Estados de Maine e West Virginia. A Organização Mundial de Saúde, fundada em 1948, e a Associação Médica Mundial, como não poderia deixar de ser, adotaram o símbolo de Asclépio. As organizações médicas de caráter profissional e de âmbito nacional de vários países, que possuem emblema com serpente, adotam, em sua grande maioria, o símbolo de Asclépio, a começar pela Associação Médica Americana, já citada. Entre as associações que assim procedem citaremos as do Brasil, Canadá, Costa Rica, Cuba, Inglaterra, França, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Itália, Portugal, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Sri Lanka, China e Taiwan. Sociedades de história da medicina, sociedades científicas de especialidades médicas, faculdades de medicina, revistas médicas e até empresas de seguro-saúde como a aliança Blue Cross-Blue Shield utilizam o símbolo de Asclépio. É óbvio que todo símbolo pode ser estilizado, porém não pode ser substituído por outro. Como estilizações originais do símbolo de Asclépio podemos citar os seguintes exemplos: o da Associação Paulista de Medicina e o da Academia Brasileira de Medicina Militar, em que o bastão toma a configuração de uma espada; o da Escola Paulista de Medicina, em que o bastão é o próprio tronco de uma árvore; o da Sociedade Espanhola de Medicina do Trabalho, em que o bastão assume a forma de uma chave inglesa como instrumento de trabalho; o da Associação Brasileira de Educação Médica, em que o bastão é uma tocha, simbolizando a luz do saber; o da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, em que a serpente assume o formato de um nó cirúrgico. Algumas poucas organizações médicas de âmbito nacional utilizam o caduceu de Hermes em seus emblemas, ou em sua forma original, ou modificado, tais como as de Hong Kong, Korea, Malásia e Ilha de Malta. Variantes do caduceu têm sido igualmente utilizados, resultantes de duas alterações introduzidas no modelo original: a primeira delas consiste em eliminar uma das serpentes, mantendo as asas, tal como nos emblemas da American Gastroenterological Association e da Facoltà di Medicina e Chirurgia de Florença; a segunda, conservando as duas serpentes e eliminando as asas, como nos emblemas da Società Italiana di Medicina Interna e da empresa de seguro-saúde Golden Cross. Nos Estados Unidos, onde é mais difundido o caduceu de Hermes como pretenso símbolo da medicina, o mesmo é usado em algumas poucas Universidades e sociedades médicas, sendo mais comum o seu emprego em hospitais e instituições públicas e privadas ligadas à saúde. Segundo um levantamento realizado até 1980, o caduceu é usado principalmente pelas empresas que gerenciam planos de saúde naquele país, chegando a 76% de quantas utilizam a serpente em seus emblemas. No dizer de Geelhoed, o caduceu tornou-se um símbolo evocativo da situação atual da medicina, em que os aspectos econômicos e comerciais da saúde se sobrepõem aos aspectos humanos, o que é inaceitável. Para aqueles que desejarem preservar os ideais da tradição médica só há um símbolo verdadeiro, que é o de Asclépio. Como sugeriu Tyson, o símbolo de
  • 11. 11 Hermes poderia ser usado, no máximo, em carros funerários, já que uma das atribuições de Hermes era a de conduzir os mortos à sua morada subterrânea. Fora disso, o caduceu de Hermes, como símbolo médico, é uma heresia. As críticas desfavoráveis ao seu uso como símbolo da medicina persistem até o presente, como demonstram os seguintes comentários que transcrevemos a seguir, veiculados, respectivamente, em 1988, 1996 e 1999: - o caduceu é um usurpador, um retardatário no simbolismo médico e um pretendente de duvidosa legitimidade. (...) - A associação dos médicos com o furto pela adoção do caduceu de Hermes como símbolo da medicina é, sem dúvida, indesejável e somente os cínicos que acusam os médicos de interesse excessivo em ganhar dinheiro podem achá-lo apropriado. (...) - O Caduceu nada tem a ver com a saúde, o tratamento das doenças ou as artes médicas. O exército norte-americano, resoluto no erro como todos os exércitos costumam ser, adotaram o caduceu como insígnia do seu Departamento Médico. O poder da influência militar deslocou o bastão de Asclépio de seu lugar mítico. No Brasil, prevalece no meio médico o símbolo de Asclépio. A Associação Médica Brasileira, assim como as sociedades estaduais a ela filiadas que possuem emblema com a serpente, utilizam o símbolo correto do deus da medicina. Assistimos, porém, a disseminação do caduceu de Hermes entre nós, através dos meios de comunicação: televisão, jornais, impressos, anúncios, adesivos, desenhos em objetos e utensílios destinados a médicos e estudantes de medicina. Conforme ressaltou o Prof. Alcino Lázaro da Silva, a mídia brasileira, por engano, por falácia, por má-interpretação, por má-informação ou por má-fé passou a usar o símbolo do comércio como ilustração quando se refere a notícias médicas. Também os softwares destinados a hospitais e consultórios médicos, importados dos Estados Unidos, ou neles inspirados, muito têm contribuído para a propagação do caduceu, ao utilizá-lo como identificador de sua destinação. Lamentavelmente, o caduceu como símbolo da medicina já pode ser encontrado em nosso País em revistas e sociedades médicas de fundação mais recente, em sites da Internet dedicados à medicina, e até mesmo em impressos de algumas universidades. Cremos ser necessária uma campanha de esclarecimento, sobretudo nas Faculdades de Medicina, junto aos estudantes do curso de graduação, no sentido alertá-los sobre o único e verdadeiro símbolo da medicina: o bastão de Asclépio com uma só serpente. O caduceu de Hermes, símbolo do comércio, deve ser visto como um símbolo impróprio aos nobres ideais da medicina. (Trabalho apresentado na Conferência de abertura do IV Congresso Brasileiro de História da Medicina, realizado em São Paulo, 17/12/1999. Atualizado em 25/06/2004. Publicado no livro À Sombra do Plátano. Ed. Unifesp, 2009. Autor: Joffre M. de Rezende. Prof. Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Membro da Sociedade Brasileira de História da Medicina). Rituais Maçônicos REAA: (...) O sol era considerado, pelos antigos, como um dos sete agentes coordenadores do mundo, mas se lhe atribuia, por outro lado, uma influência permanente, essencialmente reguladora. É ele que assegura a ordem das estações, a sucessão regular do dia e da noite, de modo que, por extensão, todo funcionamento normal fosse considerado como sua obra. O Deus-Luz tem horror à desordem, que reprime por toda a parte. É por isso que ele favorece o raciocínio lúcido, que coordena as ideias segundo as leis de uma lógica sã. Modera as paixões, afim de que elas não possam perturbar a serenidade de que ele é o prodigalizador. Intervém até no organismo, quando tudo não funciona normalmente. A Medicina foi, por isso, colocada sob a égide do deus regulador, cujo filho Asclépios ou Esculápio, tem o poder de curar, restabelecendo a harmonia do ritmo vital, tornado discordante pela enfermidade. A virtude solar tende a dissipar todos os males; ela faz penetrar a clareza do entendimento, a paz no espírito e restitui a saúde ao corpo. Sua ação é reparadora, de tal forma que o Sol foi considerado como o grande amigo dos viventes, seu salvador ou redentor... (RM3ºI). Opinião: MAIS MÉDICOS: No Brasil, hoje em dia, tudo termina numa luta do mal contra o bem, das elites contra o povo, dos fortes contra os fracos, dos opressores contra os oprimidos… A estrutura é sempre a mesma, variando as personagens. A guerra e o confronto, históricamente, sempre foram úteis ao PT. É assim que ele prospera. A bola da vez são os médicos, amanhã seremos nós, os engenheiros. Por ironia, ou afronta, quis o destino que a Lei fosse assinada neste mês.
  • 12. 12 O Ir Aquilino R. Leal * escreve neste espaço às quarta-feiras e domingos NÃO SOMOS UNIDOS! Aquilino R. Leal Fato: Temos feito várias crônicas a respeito da atual postura da Ordem, não mui diferente da do passado; que o digam os „ledos‟, os „pedros‟, os „bonifácios‟ e mais outros, pelo menos é o que conseguimos entender do que nos foi possível ler até o momento. Vejamos um recém-iniciado... O „pobre coitado‟ não tem a necessária noção dos objetivos e (des)organização da Ordem. A atuação do padrinho, na maioria dos casos, limita-se a contar alguns „causos‟ e sugerir, como foi em nosso caso, a leitura de algum, ou alguns livros sobre o assunto – chegaram a sugerir Helena Blavatsky como primeira leitura! Ficamos com o PAPA NEGRO do Irm Ernesto Mezzabotta[1] (fac-símile ao lado). Mesmo depois de iniciados se não formos estudiosos e pesquisadores continuaremos no santuário da ignorância. Nenhum Irm das duas Lojas que assiduamente frequentamos nos primeiros 20 anos após nossa Iniciação nos orientou quanto às Potências, Ritos, entidades paramaçonicas, nem as mais conhecidas como Demolay e Filhas de Jó! Para vocês terem uma vaga ideia nem os graus „fisofóficos‟ do REAA foram mencionados (lembramos que fomos iniciados no REAA!) e olha que o pessoal mais antigo frequentava, em Niterói, Rio de Janeiro, os chamados graus filosóficos! E o mais incrível: fomos sentados na Cadeira de Salomão sem ter recebido ao menos uma instrução do Grau 3!! É verdade que naquela época todo nosso conhecimento tinha de vir via papel, o conhecimento „virtual‟ somente aconteceria muitos anos depois, em verdade pouco menos de três décadas depois de vermos a Luz... Mas, fica a pergunta, porque será que os mestres não nos passaram tais informações? Apenas visando resguardar o conhecimento para expô-lo em doses homeopáticas e assim „impressionar‟ semanalmente os menos aquinhoados? Hoje sabemos a 4 - Aquilino r. leal - " Não Somos Unidos " "
  • 13. 13 resposta; eles não sabiam (e não sabem) de nada! Absolutamente de nada! Pouco liam e menos entendiam... Hoje menos leem e menos entendem! Pelo menos muitos, senão todos, daqueles que convivemos por pouco mais de duas décadas. Claro que houve exceções que não citaremos assim como não declinaremos os nomes desses „entendidos‟ da Maçonaria – aqui sobraria espaço para os primeiros e faltaria para os segundos! E quanto sermos unidos? Veja bem: praticamente em toda cidade existe uma Loja Maçônica e muitas são as que tem mais de uma, assim é notória a penetração e organização da Ordem, infraestruturas que não são aproveitadas; nossos Templos ditos nobres ou mesmo um Templo onde se reúnem várias Lojas são exemplos do desleixo, da desorganização, da bagunça: dificilmente é feito um trabalho, uma campanha, um tempo de estudos ou qualquer outra atividade em conjunto. E assim é praticamente em todo lugar. A falta de atuação externa nada mais é do que o reflexo da (pouca ou nenhuma) falta de atuação interna. Os VV MM e Ex - VV MM podem atestar quão difícil é conseguir com que os cargos da Loja sejam administrados com desenvoltura. Por outro lado se o V M não é um estudioso, pesquisador e conciliador, acaba contribuindo para uma desmotivação dos IIr e consequentemente um esvaziamento da Loja. Tal abandono acontece amiúdo e, por ironia, novas e pequenas Lojas vão surgindo pensando seus fundadores que os problemas não se repetirão (experiência própria!). Em pouco tempo acabam descobrindo que se repetem as mesmas situações porque, para onde forem, levam consigo a desmotivação e os problemas sem aparente solução. Logo, o que deve ser mudada é a situação e não mudar os IIr de uma Loja para outra. Os dramas continuam os mesmos assim como os protagonistas. Ainda que não totalmente adeptos ao fato da Maçonaria ter um papel relevante junto à sociedadeperguntamos: como desenvolver tal papel se entre nós próprios não o praticamos? Esse papel, ainda que „amassado‟, está reservado nas humildes Loja interioranas, mais unidas com Irmãos mais unidos ainda... Se amparam, se ajudam, se doem mais do que as Lojas dos grandes centros, apenas impulsionadas pela mais pura e reluzente das vaidades, quiçá nada mais do que o reflexo da „camada superior‟... os(as) Grande Qualquer Coisa! Temos experiência vivida no Rio de Janeiro! Frequentamos um condomínio, o chamado Palácio Maçônico, aí do Rio de Janeiro, que de palácio nada tinha, quiçá uma mal cuidada alfurja onde num mesmo dia várias Lojas se reúnem... Os IIrm em quase totalidade não se cumprimentavam, quando muito com um „oi‟ saído a fórceps! Com um „oi‟ similar como resposta... Quando a havia! Na maioria das situações nem se congratulam, fazem que não conhecem, viram a cara; outros dão golpe em irmãos mais humildes e que confiaram nos “irmãos mais velhos” da Ordem; os IIrmmais velhos dos “altos graus”, independentes dos Ritos e cor dos paramentos; são na verdade grandes “pavões de rabo colorido”, exercitando em cima dos aprendizes e companheiros (e de alguns incautos mestres), sua eterna vaidade, sua eterna arrogância estampada em seus pobres (de custo elevado) aventais com inúmeros penduricalhos de validade duvidosa em parceria com os balandraus regiamente ornamentados com medalhas, pins, emblemas, esquadros, compassos e mais um outro sem fim de enfeites dignos da ala VAIDADE VAIDADE da escola de samba NÃO TÔ NEM AÍ! Duvidas? Tenta fazer algum „brother‟ se comprometer, comprometer mesmo, com a Loja, com a Maçonaria! A resposta virá de imediato: “Infelizmente na atual conjuntura...”, “Ah! Que pena! Não dá para fazer, meu trabalho profano...”; “Quando VM(ou Secr, ou Tes, ou Orad, ou PVig, ou Hosp ou... outra qualquer coisa) fiz muito, agora é minha vez de descansar um pouco...”; “Estou com um probleminha lá em cada de modo que...”; “Tudo eu? Não dá para um outro fazer...” e por aí vai... O pior que alguns se comprometem e na hora da verdade... pernas para que te quero! Mas todos esses infames se vangloriam: SOU MAÇOM! Como se ser Maçom... Como se ser Maçom fosse ser fdp! Caro Irmão leitor: é muito mais fácil encontrar uma prostituta profissional que não cobre pelos seus serviços do que encontrar um Irmão predisposto a trabalhar em prol da Loja, da Ordem... Mas se fosse com a sua (maledicente) língua...
  • 14. 14 Objetivos não faltam, e querendo trabalhar, as ferramentas estão ai. Afinal de contas o que é a Maçonaria? A Maçonaria, simplesmente, somos nós e mais ninguém! Quem quer faz, não espera acontecer... E há muito a fazer. Afinal de contas não somos (pelo menos em teoria) homens livres e de bons costumes? Ou será está mais uma das lendas maçônicas? Sim! A Maçonaria é uma „coisa‟ cara, muito cara! Toma tempo, muito tempo! Requer dedicação, muita dedicação! Exige carinho, muito carinho... Para ser Maçom (e não maçom) tem que gostar! E se tu, leitor, não gostas podes nos chamar que teremos o máximo prazer em abrir a porta de saída e a seguir trancá-la, com todos os ferrolhos possíveis e impossíveis, para que nunca mais entres! Para que nunca mais voltes! Afinal de contas, como alguém já disse: para quem gosta de verdade, Maçonaria é sabor de mel nos lábios, para quem o faz por obrigação é pior que fel. Conclusão: É o que pensamos! É assim que pensamos! Goste você ou não! E encerramos plagiando Adlai Stevenson: Quando pararem de dizer mentiras a nosso respeito, pararemos de dizer verdades a respeito deles. Afinal de contas há muitos tolos que nos chamam de amigos e muitos amigos que nos chamam de tolos. Confessamos... Somos uns tolos! Ou será que somos alegres sabidos? Afinal de contas... “Os tolos se alegram quando descobrem a verdade. Os sabidos quando descobrem a mentira.” (Lei de Murphy) NOTA: [ 1] Disponível para baixar em http://sdrv.ms/QobWqH (04/2013); pasta BIBLOSRELIGIÃO, FILOSOFIA E AFINS. Uma imagem vale mais que mil palavras! Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988. É fundador de duas Lojas Maçônicas no Rio de Janeiro, ambas trabalhando no REAA, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165. Desde 2008 é colaborador permanente dosemanário FOLHA MAÇÔNICA (folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três colunas semanais: A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE INÚTIL. Gerencia o „Ponto Cultural do Folha Maçônica‟ (http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão postados mais de 15 mil títulos (agosto/2013) sobre a Ordem e afins para livremente baixar. Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas mensais, do mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
  • 15. 15   A Gênese do Mal Seminário de Aprendizes e Companheiros 2013 Outubro/2013 - Londrina/PR Ir.’. Hilton Hideki Hirabara Loj.’. Simb.’. Renovação Londrinense. Or.’. de Londrina Sumário Resumo ............................................................................................................................ 03 Introdução........................................................................................................................ 03 Frases............................................................................................................................... 04 Teoria do Aparelho Psíquico .......................................................................................... 04 A Bipolaridade do Taoísmo ............................................................................................ 05 Sobre o Fundamento da Moral ....................................................................................... 06 O Egoísmo Dentro do Catecismo da Igreja Católica..................................................... 07 Desbastar a Pedra Bruta ou o Martírio Nosso de Cada Dia.......................................... 07 Maçonaria, Escola das Virtudes ..................................................................................... 08 Conclusão ....................................................................................................................... 08 Bibliografia....................................................................................................................... 09 A Gênese do Mal Resumo: Vivemos em uma sociedade orientada para o consumismo, maculada pela corrupção e esvaziada de seus valores morais. Deus, pátria e família, são secundários ao desejo de satisfação individual. Porém, essa direção que se tomou, parece não ser a melhor. Apesar do conforto material que a evolução tecnológica nos trouxe, o ser humano permanece carente naquilo que lhe é mais essencial: a felicidade consigo mesmo e com seus semelhantes. As relações humanas, a despeito de encontrarmos nas livrarias e na internet uma quantidade enorme de obras voltadas para esse fim, estão muito deficientes. Podemos medir isso pelos casos de depressão, neuroses e síndromes que são de uma quantidade enorme. Os antidepressivos estão entre os medicamentos mais vendidos. A causa para isso está no egoísmo, o amor que temos por nós mesmos, essencial para nossa sobrevivência, mas que pode se tornar prejudicial se não for corretamente dirigido. Analisando os problemas atuais, 5- A Gênese do Mal IrHiltonh Hideki Hirabara
  • 16. 16 podemos concluir que se trata de uma crise onde a visão do individual prevalece excessivamente sobre a visão do coletivo. A Maçonaria tem a possibilidade de ajudar na correção dessa distorção, pois os seus valores promovem o desenvolvimento do indivíduo, preparando-o para ser um agente de transformação no meio em que ele convive, sempre buscando o bem da coletividade. Introdução: “Livrai-nos do mal”. Todos os dias, em todo o mundo, a todo instante, alguém está dizendo ou mentalizando essa oração. Mas, de onde vem esse mal? O mal que nos incomoda, o mal que não queremos, mas está sempre presente, mais perto do que imaginamos. Tudo tem uma origem, um começo, onde se dá a gênese do mal? O mal se inicia no amor, no amor exagerado que todos nós, naturalmente temos por nós mesmos, ou seja, no egoísmo. Todos temos um instinto de sobrevivência, todo ser vivo naturalmente, lutará pela manutenção de sua vida. Dentro da sociedade humana buscamos, salutarmente, respeito, reconhecimento, segurança. Mas quando essa busca se descontrola gera orgulho, soberba, inveja, ira, mentira, traição, roubo, corrupção. Ou seja, o instinto de sobrevivência transforma-se em instrumento de dominação. “Se somos todos diferentes uns dos outros em alguma coisa, também nos parecemos todos em outros pontos, e conseqüentemente a experiência de cada homem pode em certa medida ser utilizada para todos os homens”. Pierre Villey Frases Algumas frases relacionadas ao tema deste trabalho: “O egoísmo causa a ignorância, a cólera e o descontrole, que são as origens dos problemas do mundo”. Dalai Lama “Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos”. Oscar Wilde “O egoísmo pessoal é que excita e estimula o homem a abusar de seus conhecimentos e poderes. O egoísmo é um edifício humano, cujas janelas e portas estão sempre escancaradas para que toda espécie de iniquidades entre na alma humana”. Helena Blavatsky “O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes”. Allan Kardec “A raiz de todos os males é o egoísmo”. Madre Teresa de Calcutá Teoria do Aparelho Psíquico Freud desenvolveu em 1923, um modelo estrutural da personalidade composto por três elementos: id, ego e superego. Id é uma palavra do latim com o significado de ele, isto. O id seria a fonte da energia psíquica (libido). Ele é formado pelas pulsões: instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Funciona segundo o princípio do prazer, buscando sempre o que produz prazer e evita o que é aversivo. O id não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade, e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo efeito de atingir o objetivo através de uma ação concreta. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego, irracional, antissocial, egoísta e dirigido ao prazer. Ego, significa o eu de cada um. O ego desenvolve-se a partir do Id com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera no comportamento humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas. A principal função do Ego é buscar uma harmonização entre os desejos do Id e a realidade e, posteriormente, entre esses e as exigências do superego . O Ego não é completamente consciente. O superego é a parte moral da mente humana e representa os valores da sociedade. O superego divide-se em dois subsistemas: o ego ideal, que dita o bem a ser procurado; e a
  • 17. 17 consciência moral, que determina o mal a ser evitado . Ele tem três objetivos: inibir os impulsos contrários às regras por ele determinados, forçar o ego a comportar-se de maneira moral e conduzir o indivíduo à perfeição. Os psicopatas têm um id dominante e um superego muito reduzido, o que lhes tolhe o remorso, sobressaindo a falta de consciência moral . O superego nem sempre é consciente, muitos valores e ideais podem ser despercebidos pelo eu consciente. A Bipolaridade do Taoísmo Segundo o taoísmo, o homem é um microcosmo, feito à imagem e semelhança do grande kósmos, e é governado pela mesma lei da bipolaridade, que rege o macrocosmo. O belo e o feio, o bom e o mau, são duas antíteses complementares, que se integram numa síntese, sem se diluírem nela, uma síntese harmoniosa, feita de unidade na diversidade. A bipolaridade rege o mundo infinitamente pequeno dos átomos, onde os elétrons negativos, giram em torno do seu núcleo de cargas positivas; rege também o mundo infinitamente grande dos astros, onde os planetas traçam a sua órbita em torno do seu sol; rege o mundo de todos os seres vivos superiores, que só existem graças aos pólos masculino-dativo e feminino- receptivo. Sobre o Fundamento da Moral Em sua obra Sobre o Fundamento da Moral, Arthur Schopenhauer fala sobre o egoísmo, classificando-o como a principal motivação anti-moral, devido ao nosso ímpeto para a existência e o bem estar. O egoísmo se estabelece entre os homens como uma larga cova a separá-los. Opondo-se ao egoísmo, está a compaixão, que impede que se provoque o mal, leva à indulgência e ao perdão e motiva o auxílio aos necessitados. A compaixão origina a justiça e a caridade, virtudes classificadas como cardinais, ou seja, a partir delas se originam todas as outras. Quando conseguimos romper a barreira do eu para com o não eu, conseguindo nos colocar no lugar do outro, sentindo em nós o sofrimento que poderíamos lhe causar, somos dissuadidos de provocar esse mal. Nesse sentido, se estabelece a justiça, não provocamos o dano porque o sentimos como se ele ocorresse em nós mesmos. No caso da justiça, a compaixão nos impede de causar dano a outrem, no caso da caridade, vai além e nos impele a ajudá-lo. A compaixão rompe novamente a barreira do eu com o não eu e faz com que sintamos o seu sofrimento e sua necessidade como se fossem nosso, ou seja, sofremos com ele nele. O sofrer e a carência despertam mais a nossa participação do que a felicidade e a ausência do sofrimento. O sofrimento e a carência nos mobilizam e deixam atentos, enquanto que um estado de contentamento e de felicidade nos deixa inativos e em sossego preguiçoso. Isso acontece em relação a nós mesmos e também em relação aos outros. Todos os seres viventes apresentam uma mesma essência, a multiplicidade é apenas aparente. Quem reconhece isto, não vê os outros como um não-eu, mas “eu mais uma vez”. Já quem não reconhece isto, vê o mundo como um completo não-eu, tornando hostil sua relação com ele. O Egoísmo Dentro do Catecismo da Igreja Católica Existem dentro do Catecismo da Igreja Católica, artigos relacionados ao egoísmo e também um interessante aspecto a ele relacionado: as diferenças entre os homens e a necessidade que temos uns dos outros. A igualdade entre os homens diz respeito essencialmente à sua dignidade pessoal e aos direitos que daí decorrem. (1935) Quando nasce, o homem não dispõe de tudo aquilo que é necessário ao desenvolvimento de sua vida corporal e espiritual. Precisa dos outros. Aparecem diferenças ligadas à idade, às capacidades físicas, às aptidões intelectuais ou morais, aos intercâmbios de que cada um pôde se beneficiar, à distribuição das riquezas. Os talentos não são distribuídos de maneira igual. (1936)
  • 18. 18 Essas diferenças pertencem ao plano de Deus; Ele quer que cada um receba do outro aquilo que precisa e que os que dispõem de “talentos” específicos comuniquem seus benefícios aos que deles precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha; essas diferenças motivam as culturas a se enriquecerem umas às outras. Eu não dou todas as virtudes na mesma medida a cada um. Existem virtudes que eu distribuo desta maneira, ora a um ora a outro. A este a caridade; a outro a justiça; a este a humildade, aquele uma fé viva. Distribuí muitas graças e virtudes, espirituais e temporais, com tal diversidade que a ninguém por si só concedi todo o necessário, para serdes obrigados a usar de caridade uns para com os outros. Quis que todos tivessem necessidade uns dos outros e fossem meus ministros na distribuição das graças e liberalidades que de mim receberam. (1937) Santa Catarina de Sena Desbastar a Pedra Bruta ou o Martírio Nosso de Cada Dia “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois aquele que quiser salvar a sua vida a perderá, mas o que perder a sua vida por causa de mim, a salvará”. (Lucas 9:23) (Marcos 8:35) (Mateus 16:25) “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto. (João 14:24) Podemos pensar nessas passagens em perder a vida como uma forma de sacrificar a sua vontade, seu orgulho, sua vaidade, sua soberba, sua inveja, em detrimento do bem de outros. Ou seja, sacrificarmos diariamente um pouco do nosso ego. Assim como no simbolismo de desbastar a pedra bruta, que somos nós mesmos, removemos os nossos vícios, o que não se faz sem sofrimento. Maçonaria, Escola das Virtudes André Comte-Sponville afirma em sua obra “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes”, que o que nos torna humanos são as virtudes. A Maçonaria é uma verdadeira Escola das Virtudes, onde aprendemos, desde a iniciação um modo de viver em que o progresso individual ocorre juntamente com o desenvolvimento da união e respeito aos irmãos. A Ordem nos ensina e estimula a prática da virtude e o combate aos vícios. Discernindo os sinais de nosso tempo, onde o egoísmo cresce e se desenvolve, devido à desvalorização das virtudes e dos preceitos morais, a Maçonaria nos mostra a direção correta, e permite a cada irmão que escolha livremente o caminho que queira seguir. Conclusão A tradição judaica nos diz que Deus moldou os homens com duas diferentes inclinações: Yetzer Hatov , a inclinação altruísta, voltada para os outros, e Yetzer HaRa, nossa inclinação egoísta, voltada para nós mesmos.. Se o egoísmo humano constrói uma série de situações nocivas, a compaixão é a maneira pela qual se pode corrigir essa realidade. No momento atual, os valores maçônicos podem fazer a diferença, pois são baseados em virtudes essenciais para a transformação da sociedade. Cada maçom é livre, tendo por isso a escolha da maneira que poderá contribuir utilizando os universais valores da Maçonaria para combater essa ilusão nociva, provocada pelo modo de vida egoísta que se estabeleceu dentro da humanidade A verdadeira caridade não é dar aos outros aquilo de que não precisamos, mas, utilizando de sabedoria, dar-lhe aquilo que lhe é essencial. Sejamos, nós maçons, principalmente pelo nosso exemplo, os portadores das virtudes que possam iluminar este nosso mundo enevoado pelas trevas do egoísmo.
  • 19. 19 Bibliografia: Addison, Howard A. (1998). O Eneagrama e a Cabala, p.18. Pensamento, São Paulo. Bíblia de Jerusalém. Paulus, São Paulo Catecismo da Igreja Católica, p. 512-513. Edições Loyola, São Paulo, 2000. Comte-Sponville, André. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Ed. 1. Martins Fontes. São Paulo. Lao-Tse. Tao Te Ching, p. 30-31. Ed.19. Martin Claret, São Paulo. Manual de Aprendiz do Rito Brasileiro do G.O.P. Montaigne, Michel de. Os Ensaios – Livro I, p.LXXIV. Martins Fontes, São Paulo, 2000.. Schopenhauer, Arfthur. Sobre o Fundamento da Moral. Ed. 1. Martins Fontes. São Paulo. www.kdfrases.com Acessado em 20/09/2013 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ego Acessado em 20/09/2103 www.armabranca.blogspot.com Acessado em 07/10/2103 www.4freephotos.com Acessado em 07/10/2013 www.makefor.com.br Acessado em 07/10/2013
  • 20. 20 Este bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk, todas às terças, quintas, sábados e domingos. Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR aprendiz acompanhado do mestre O Respeitável Irmão Aécio Speck Neves, Orador da Loja Nereu de Oliveira, 2.744, REAA, GOB-SC, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, por solicitação do Venerável Mestre apresenta a questão abaixo. aeciospeckneves@hotmail.com Peço o especial obséquio de me repassar subsídios (orientação ou bibliografia), a fim de atendimento ao pedido (anexo) do Venerável Mestre. “Pude observar da última sessão que o Irmão Victor apresentou dois comprovantes de presenças no Oriente de Criciúma. Uma delas foi o jantar ritualístico em que todos participamos e a outra é avulsa. O que eu soube até hoje é que os Aprendizes e Companheiros só podem fazer visitas em outras Lojas obrigatoriamente acompanhados de um Mestre Maçom de sua Loja. Por favor, obtenha esta informação com o Irmão Juk e se possível alguma legislação a respeito, para que possamos em Loja passar esta informação aos Irmãos Aprendizes. Inclusive quando eu era Aprendiz e fui visitar a loja Fraternidade Alcantarense e O Venerável Mestre daquela Loja me abordou e me perguntou qual Mestre estava me acompanhando porque se assim não fosse eu não poderia participar da Sessão”. 6 - Perguntas e Respostas Ir Pedro Juk
  • 21. 21 OBSERVAÇÃO O direito de visitação por Obreiro regular a uma Loja regular é tradicional em Maçonaria e, nesse particular, não é restrito apenas aos Mestres, muito menos que Aprendizes e Companheiros careçam da companhia de Mestres para realizar uma visita regular. Nesse sentido ao Aprendiz são ensinados os segredos do seu Grau. Com isso ele pode se bem instruído, visitar uma Loja regular e sozinho passar por um telhamento do seu Grau. Assim também ocorre com o Grau de Companheiro. É simplesmente desnecessário o acompanhamento de um Mestre para o intento. O que é mesmo irregular é um Venerável não permitir o ingresso de um Aprendiz, ou um Companheiro desacompanhado sendo ele regular e quando a Loja visitada estiver trabalhando no Grau compatível ao visitante. O que os Irmãos precisam compreender que um Obreiro regularmente iniciado, seja ele Aprendiz ou Companheiro, tem o direito de visitação regular, sem que com isso exista alguma restrição ou orientação de obrigatoriedade de acompanhamento, desde que a visita seja em Loja com trabalho compatível ao Grau. Esse fato me parece não ser o caso de legislação, porém de tradição, uso e costume, inclusive conforme algumas classificações, até tratado como um “Landmark”. Finalizando. Tenho visto em várias oportunidades Sessões Públicas, as tais “brancas” em Loja aberta com o Oriente repleto de não iniciados (profanos), sendo homenageados, proferindo palestras, etc. Isso sim é irregular, posto que o Oriente seja privativo dos Mestres. Agora, condicionar visita de Aprendizes e Companheiros ao acompanhamento de um Mestre, penso que é tão irregular quanto se colocar um profano no Oriente – profano é profano, não importando seja ele uma autoridade civil, eclesiástica ou militar, bem como outros detentores de títulos não sendo eles maçons – “aqui não reconhecemos distinções mundanas”. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com JUNHO/2013 Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br ) que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com ) Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 22. 22 O tempo passa, o tempo voa Hoje, 27 de outubro completa o 300º dia do ano de 2013, faltando 65 para completá-lo. Lojas Aniversariantes do GOSC Data Nome Oriente 26/10/1975 Acácia das Neves nr. 22 São Joaquim 30/10/2002 Frank Shermann Land nr. 100 Florianópolis 02/11/1991 Seixas Neto nr. 45 Florianópolis 03/11/1971 Acácia dos Campos nr. 17 Campos Novos 03/11/2010 Colunas da Sabedoria nr. 130 Joinville 07/11/2001 Zodiacal nr. 89 Zodiacal 11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí 15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis Lojas Aniversariantes do GOB/SC Data Nome Oriente 26.10.96 Arquitetos Do Vale - 2996 Blumenau 26.10.08 Amigos Da Liberdade - 3967 Palhoça 27.10.97 Atalaia -3116 Itajaí 28.10.95 Luz Do Atlântico Sul - 2894 Baln. Camboriú 03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis 04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau 12.11.99 União E Justiça - 3274 Chapecó 15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú 15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau 19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages 7 - destaques jb Resenha Geral
  • 23. 23 24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.l1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 28/10 Delta do Universo, nr. 98 Florianópolis 28/10 Jack Matl, nr. 49 Rio Negrinho 05/11 União do Vale, nr. 69 Blumenau 10/11 Arte Real Santamarense, nr. 83 Santo Amaro da Imperatriz 14/11 Obreiros da Liberdade, nr. 17 Xaxim 14/11 29 de Setembro nr.38 São Miguel do Oeste 17/11 14 de Julho nr. 3 Florianópolis 17/11 Rei David nr. 58 Florianópolis 17/11 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau 18/11 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville 19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis 19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste
  • 24. 24 LOJAS SIMBÓLICAS - SANTA CATARINA CALENDÁRIO DE ordens do dia - EVENTOS - CONVITES Data Hora Loja Endereço Evento - Ordem do Dia 27.10.13 12h00 Padre Roma (GLSC) Sâo José - SC Entrevero beneficente (Educandário São José) 28.10.13 20h00 Luiz Balster, 6 - GOSC Caçador Sessão Magna de Elevação dos IIr Adilson Cesar Ramos e Manuel Ricardo Jungles 30.10.13 20:00 Ciência e Misticismo 4.177-GOB/SC R. Gabriel Marciano 01 - Jardim dos Lordes São José/SC ELEVAÇÃO: Juliano Menezes, Ivânio G. Cevey, Fábio A. de Brito, Roberto R. Menezes Jr. 30.10.13 20h00 Loja Monteiro Lobato, 132 - GOSC Itajaí - SC Sessão Magna de Exaltação no Rito York Americano. 31.10.13 20h00 Ademar Nunes Pires, 51 - GOSC Templo SC-401 - Florianópolis Sessão Pública - Palestra Ciência e Espiritualidade com Arthur Aguiar 02.11.13 14h30 Novo Horizonte, 4185 - Rito Escocês Retificado ivens.cbcs@gmail.com Camboriú - Estrada Geral do Cerro, 1.500. Recepção - Grau 2 - (primeira Elevação da Loja) 04.11.13 Regeneração Lagunense e Acácia de Imbituba GOB/SC Templo de Laguna Exaltação Ademar C. Vieira Jr; Douglas F. Vidal; Jesiel T. Raulino; Lucas Cadorin; Paulo C.S.Pelentir; Sidney R. Guedes 09.11.13 II Encontro das Lojas Templárias Lages - SC Segundo Encontro das Lojas Templárias de Santa Catarina, sob a coordenação da Loja Templários da Justiça nr. 18 11.11.13 20:00 Harmonia e Fidelidade 4129 - GOB/SC Itapema-SC (ao lado Matriz Sto. Antônio) Sagração Do Templo
  • 25. 25 DESAFIO NR. 9 A edição de ontem do JB News deveria ter trazido o DESAFIO 9. Deveria. Mas por um esquecimento da editoria ele não foi publicado. Entretanto, coincidindo com um estudo e aproveitando a sugestão de alguns leitores resolvemos, com a anuência do colaborador, passar esses desafios para o domingo, revelando sempre, paralelamente, a resposta da edição anterior, ganhando o leitor mais um dia, para apresentar a resposta/solução. Agora, pois, vamos para o Desafio 9: DESAFIO 9 - Aquilino R. Leal Pentecostes...? Pentecostes é... ... uma fruta? ... o quinquagésimo rito maçônico? ... uma festa? ... uma nova marca de escova para cabelos? ... uma forma de massagear as costas? ... o ato do Espírito Santo „baixar‟ em um terreiro de Umbanda? ... forma de tortura utilizada pela Inquisição? ... a gratificação monetária que se costuma receber ao escrever num diário, tal qual nós no JB NEWS? Afinal de contas o que é „pentecostes‟? Obs.: Não vale invocar o „babalorixa Google‟ para obter a resposta! Resposta no próximo domingo. Enquanto isso, mande-nos tua solução totalmente justificada que a publicaremos no decorrer da semana. Este mais é um desafio enviado pelo Irmão Aquilino R. Leal que escreve todas as quartas-feiras e domingos para o JB NEWS. A resposta/solução juntamente com o enunciado, para reavivar a mente do leitor, será fornecida na próxima semana, prazo suficiente para pensar-se em uma solução. Pronto... Agora o Editor começou a quebrar a cabeça!!!
  • 26. 26 Chegando! - o INFORMABIM (Informativo da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica) de 31 de agosto de 2013, edição impressa nr. 341, com o artigo do Ir. José Carlos Pacheco, PGM do GOSC e um dos fundadores da ABIM sobre "O QUE DESEJAMOS PARA O FUTURO?" - Jornal Trimestral da GLMMG, nr. 17, de setembro/2013 além da Revista Maçônica "Triângulo" nr. 7, de 21 de setembro de 2013, também da GLMMG ambos com reportagens, artigos, e informações maçônicas. - Revista "A Trolha" edição nr. 334 de outubro/2013 Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. Acesse www.radiosintonia33.com.br
  • 27. 27 1 - A Filosofia da Liberdade Portuguesa (enviada pelo Ir. Nelson Bucker, de Curitiba) http://www.youtube.com/watch?v=FZ9ZYrHP-6s 2 - El Masón Aprendiz: Declaración de los altos grados escoceses americanos http://www.masoneria-liberal.com/2013/10/aprobada-el-29-de-septiembre-de-2013- en.html 3 - 30 anos sem Garrincha (Esporte Espetacular) http://www.youtube.com/watch?v=SxiU6DLMZ5E 4 - Galvão Bueno e a morte de Senna http://www.youtube.com/watch?v=o0rbd0Z8XJI 5 - O Gordo e o Magro Dublado(AIC) Noite de Paz (restaurado) http://www.youtube.com/watch?v=19KB-b1xPQ0
  • 28. 28 O Ir Sinval Santos da Silveira, Grande Orador da GLSC e MI da ARLS Alferes Tiradentes nr. 20 escreve aos domingos neste espaço Ir Sinval Santos da Silveira* Conto poético: BILHETES ANÔNIMOS Trabalhava comigo, uma brilhante advogada. Além de ótima profissional, uma bela e encantadora mulher ! Os homens a olhavam com profunda admiração ... Não sei se posso considerar um fato normal, mas me fechando a cortina
  • 29. 29 confidenciava que, há algum tempo, vinham aparecendo, em sua mesa de trabalho, bilhetes com mensagens apaixonadas, acompanhadas de uma linda rosa vermelha. Imaginei, claro, um tímido colega de serviço, sem coragem para declarar a sua paixão. Nos bilhetes, perfumados, frases belíssimas ! Ela se mostrava encantada, e curiosa. Quem poderia ser ? Um doce mistério, pois todos os homens eram suspeitos. Era um ambiente com muito trânsito de pessoas, da Casa, e do público artístico, em geral. As mensagens eram muito bem escritas, em grafia impressa, o que dificultava a sua identificação. A frequência, quase que semanal. O misterioso missivista, comentava sobre as roupas que ela vestiu durante a semana, maquiagem, sapatos, joias, penteados, e externava ciúmes, em relação às pessoas com quem conversou. Inacreditável. Até certo ponto, amedrontava, tamanho o mistério. Pressenti, nela, uma ponta de medo. Exonerada, por interesses particulares, deixou de fazer parte daquela equipe. Foi trabalhar em uma grande capital, onde casou. Tempos depois, generosamente, me visitou. É evidente, aquele episódio veio à tona. Disse-me: "Meu amigo, preciso desabafar aquela louca aventura. Lembra-te daquele estagiário, lotado em meu Setor ? Pois eu me apaixonei por ele. Eu era a pessoa tímida, e encontrei nos bilhetes anônimos, uma forma de chamar a sua atenção, descrevendo os meus dotes pessoais. E comentava com ele os detalhes que o "anônimo" abordava em seus escritos. Não deu certo, pois a sua preferência era "outra". E eu, ainda não consegui fechar a minha boca. Veja mais poemas do autor: Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/ * Sinval Santos da Silveira Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes e Grande Orador da GLSC
  • 30. 30