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1
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.112
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Ir Ailton Elisiário - Na Terra da Valsa
Bloco 3 - Ir Paulo Roberto - Maçons Célebres - (Jean-Baptiste Willermoz)
Bloco 4 - Ir Aquilino R. Leal - 144: Mais um outro número fatídico
Bloco 5 -Ir Marco Antônio Nunes - Nosso Templo, o Universo
Bloco 6 - Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 18 de setembro de 2013, 261º dia do calendário gregoriano. Faltam 104 para acabar o ano.
Dia da Declaração de Independência do Chile
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2
 324 - Batalha de Crisópolis, entre os co-imperadores romanos Constantino e Licínio.
 1759 - Soldados em Quebeque renderam-se completamente aos ingleses (v. A Queda da
Nova França).
 1793 - George Washington assenta a pedra fundamental do Capitólio.[desambiguação necessária]
 1814 - Elisa Baciocchi, irmã de Napoleão, é afastada do Grão-Ducado da Região da
Toscana.
 1818 - Independência do Chile.
 1822 - Dia da Instituição da Bandeira do Brasil.
 1851 - Fundação do The New York Times.
 1860 - Vítor Emanuel II derrota o exército papal em Castelfidardo (v. Unificação
Italiana).
 1865 - Rendição do Paraguai.
 1904 - Fundação do América Football Club no Rio de Janeiro
 1927 - A rede de rádio CBS faz a sua primeira trasmissão.
 1946 - Sancionada uma nova Constituição Brasileira
 1946 - Recriação dos territórios brasileiros do Iguaçu e de Ponta Porã.
 1947 - A Força Aérea dos Estados Unidos da América é instituída como órgão
independente.
 1947 - Fundação da CIA (Central Intelegency Agency).
 1950 - Inauguração da TV Tupi em São Paulo. Foi a primeira emissora de televisão do
Brasil.
 1959 - Lançamento do satélite Vanguard III.
 1962 - Burundi, Jamaica, Ruanda e Trinidad e Tobago são admitidos como Estados-
Membro da ONU.
 1967 - É fundado o Esporte Clube Santo André.
 1968 - A nave Zond 5 deu uma volta ao redor da Lua.
 1969 - Ministros da civis e militares mandam aprovar nova Lei de Segurança Nacional,
que institucionalizou a pena de morte e a prisão perpétua em território brasileiro (v. Anos
de Chumbo)
 1970 - Fundação do MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado),
embrião do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP).
o 1970 - Morre, aos 27 anos de idade, o guitarrista, cantor, compositor e produtor
norte-americano Jimi Hendrix.
 1973 - Alemanha e Bahamas são admitidas como Estados-Membro da ONU.
 1979 - Santa Lúcia é admitida como Estado-Membro da ONU.
 1980 - O vôo Soyuz 38 é lançado.
 1990 - Liechtenstein é admitido como Estado-Membro da ONU.
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
3
 1999 - Percy Spencer tem seu nome incluído no National Inventors Hall of Fame pela
invenção do forno de microondas.
 2004 - Chegou às bancas notícia sob suspeita de compra votos de partidos aliados ao
governo brasileiro (v. Mensalão).[desambiguação necessária]
 2004 - Furacão Jeanne chega ao Haiti.
 Aniversário da cidade de Diamantino, em Mato Grosso
 Aniversário da cidade de Aimorés, em Minas Gerais.
 Aniversário da cidade de Feira de Santana, na Bahia.
 Dia Nacional da Televisão (Brasil).
 Dia dos Símbolos Nacionais (Brasil).
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1793 Em cerimônia Maçônica, George Washington coloca a Pedra Fundamental
no canto sudeste do Capitólio, sede do Congresso americano.
1822 Criada por Debret e aprovada por D. Pedro I a primeira bandeira do Brasil
independente, o Pavilhão Imperial.
1835 Na Ata da Loja Filaantropia e Liberdade, de Porto Alegre, o VM Bento
Gonçalves explica os motivos da rebelião que seria deflagrada dois dias
depois, conhecida como Revolução Farroupilha
1835 O Instituto Chamberlain saúda os gaúchos de todas as querências e
os maçons de todo o Brasil pelo dia 20 de setembro, data da Revolução
Farroupilha.
1841 Iniciado Franz Liszt na Loja Zur Einigkeit, de Frankfurt
1869 Fundação do Grande Oriente do Paraguai.
2009 Fundação da Loja "Colunas do Oriente", de Tijucas (GOSC)
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
4
NA TERRA DA VALSA
O Ir Ailton Elisiário é economista,
advogado, professor da Universidade Estadual
da Paraíba e membro da Academia de
Letras de Campina Grande.
Neste dia 16 de setembro estamos na Áustria, em Innsbruck, capital do Tirol. Tendo
saído de Paris no dia 11 já passamos pela Bélgica, Holanda e Alemanha, visitando
inclusive Bruxelas, Amsterdam e Frankfurt, respectivamente.
O tempo corre célere e como as crônicas são semanais, não tenho como ir me
comunicando em tempo real. Assim, tendo assistido o excelente show no Moulin Rouge
de Paris, com “can can”, magia, muita música, luzes e cores, depois de recebidos com
uma taça de champanha, estamos hoje na terra da tirolesa, a típica dança do tirol
austríaco.
O que marcou, porém, com força nossa visita a Paris, foi a visão que tivemos do ponto
mais alto da Torre Eiffel, de lá vendo toda a cidade iluminada. É uma imagem muito
linda, que jamais se apagará de nossa memória.
A visita ao Palácio de Versailles é magnífica, sem, contudo, termos o percorrido
totalmente, com seus mais de 1.000 aposentos e seus jardins gigantescos. A riqueza
da realeza francesa salta aos nossos olhos no esplendor do palácio, razão pela qual
durante a Revolução Francesa a guilhotina fez rolar tantas cabeças da nobreza pelo
povo que morria de fome.
Mas é Notre Dâme, a catedral construída pelos pedreiros livres, que faz elevar nossos
corações ao Grande Arquiteto do Universo, com a arte gótica ali impregnada. Toda a
2 - OPINIão - "Na Terra da Valsa"
Ir Ailton Elisiário (diretamente de Innsbruck, Austria para o JB News)
5
vida de Jesus Cristo está ali representada circundando a nave principal, desde seu
nascimento até sua paixão e ressurreição, em quadros esculturais tocantes.
O passeio pelo Rio Sena nos dá o panorama da cidade por outra perspectiva, e nos
remonta aos tempos de estudantes secundários, fazendo-nos sentir com mais
realidade tudo aquilo que aprendemos da história francesa.
Uma coisa, todavia, não nos foi possível fazer. Socorro e eu queríamos colocar um
cadeado com nossos nomes inscritos nele e jogarmos a chave nas águas do Sena, um
ritual romântico que os casais praticam numa das pontes daquele rio, para prender
eternamente seus corações.
De certa forma não foi ruim, porque é um motivo a mais para voltarmos a Paris. Afinal,
pisamos na circunferência que está diante da Catedral de Notre Dâme. Diz a lenda que
nem nela pisa volta a Paris. Algo parecido com a nossa água de Boqueirão, que quem
dela bebe volta a Campina Grande. Até a próxima
Visite o www.guiamaconicors.com.br e leia o JB News
6
]
Este Bloco é produzido às quartas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto VMda
ARLS Rei David nr. 58 (GLSC)
Florianópolis - Paulo Roberto
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
Jean-Baptiste Willermoz
Comerciante do ramo das sedas.
*Lyon (França), 10 de julho de 1730.
†Lyon (França), 20 de maio de 1824.
Jean-Baptiste Willermoz era filho de Claude e Catherine Willermoz,
comerciante da cidade. Devido às necessidades da família foi obrigado a deixar os
estudos aos 12 anos de idade para ajudar seu pai nos negócios, três anos mais tarde
ingressou como aprendiz numa loja especializada no comércio de sedas. Tendo
aprendido a profissão, instalou-se, aos 24 anos, por conta própria, produzindo e
comercializando sedas.
Maçonaria e outros segmentos doutrinários?
Havia sido iniciado na Maçonaria aos 20 anos de idade, dois anos depois já era
venerável de Loja, no ano seguinte, 1753, fundou sua própria Loja Maçônica, a “A
3 - Maçons Célebres - " Ir Paulo Roberto "
7
Perfeita Amizade”, a qual teve um rápido desenvolvimento realizando estudos
ocultistas e principalmente a alquimia.
Willermoz permaneceu Venerável dessa Loja durante oito anos, dedicava parte de
seus recursos às obras de caridade junto à comunidade, para o profano, era tido como
um homem sério, honesto, enriquecido pelo trabalho com o comércio de sedas, cristão
e frequentador da Igreja; pelos seus discípulos era admirado pela sua cordialidade e
pela grande dedicação aos trabalhos maçônicos.
Na própria família, outros membros se interessaram pelo ocultismo: sua irmã mais
velha, Claudine (Madame Provensal), seus irmãos Antoine e Pierre-Jaques, seu
sobrinho Jean Baptiste Willermoz Neveu.
No meio ocultista era admirado pela solidez de seus conhecimentos que eram
praticados juntamente com um pequeno grupo de esoteristas, escolhidos
criteriosamente no seio da Maçonaria.
Durante sua longa existência, Willermoz manteve correspondência com os principais
ocultistas de sua época: Martinez de Pasqually, Saint Martin, Joseph de Maistre,
Savalette de Lange, Brunswick, Saint Germain, Cagliostro, Dom Pernety, Salzman e
outros ocultistas alemães, franceses, ingleses, italianos, dinamarqueses, suecos e
russos.
Em 21 de novembro de 1756, sua Loja filiou-se à Grande Loja da França, com a
evolução dos trabalhos, fundou uma Obediência, composta por três Lojas, tornou-se o
primeiro Grão-Mestre da Grande Loja dos Mestres Regulares de Lyon. Em 1760 essas
Lojas contavam com 62 membros: a “A Perfeita Amizade”: 30 membros, a “A Amizade”:
20 membros, “Os Verdadeiros Amigos”: 12 membros. Foi eleito presidente da Grande
Loja dos Mestres Regulares de Lyon, em 4 de maio de 1760, o irmão Grandon,
recebeu do Conde de Clermont, o reconhecimento da Grande Loja da França e
também o direito de ocultar os Altos Graus Escoceses.
Willermoz elegeu-se Grão-Mestre da Grande Loja de Lyon de 1761 a 1762, mas não
aceitou a renovação de seu mandato em 1763 para que pudesse dedicar-se mais à
parte oculta. Em 1763 fundou juntamente com seu irmão Pierre-Jacques, o “Capítulo
dos Cavaleiros da Águia Negra”, nele, entraram os irmãos mais instruídos das Lojas de
Lyon. As reuniões eram secretas para evitar a curiosidade dos demais irmãos, a
admissão de novos membros foi fechada, estudavam particularmente o simbolismo e a
importância dos diversos níveis e os catecismos dos diferentes graus e sistemas
maçônicos.
Ele e seus companheiros não aprovavam os graus de vingança contidos em muitos
sistemas maçônicos, com relação aos exterminadores da “Ordem do Templo” em 1313.
Os membros do “Soberano Capítulo da Águia Negra”, estariam ligados aos “Iluminados
de Avignon”, dirigidos por Dom Pernety, este, tinha contato com a “Estrita Observância
Templária”, na Alemanha e provavelmente também com Dom Martinez de Pasqually e
por seu intermédio, possivelmente, foi que Willermoz conheceu Pasqually e que se
tornou Delegado Geral da “E.O. T” para a região de Lyon.
8
Com a aprovação da Grande Loja da França, os maçons de Lyon desenvolveram seus
trabalhos sob o comando de sua própria Grande Loja, Jean-Baptiste Willermoz deixou
o Grão-Mestrado em 1763, tornando-se simples Guarda-Selos e Arquivista, mas, nunca
deixou de exercer alguma função na Maçonaria.
Willermoz acreditava, desde a sua primeira admissão na Maçonaria, que Ela detinha o
conhecimento de um objetivo possível e capaz de satisfazer o homem honesto.
Trabalhos e estudos há mais de vinte anos, uma correspondência particular intensa
com os Irmãos mais instruídos da França e do exterior e os arquivos da Ordem em
Lyon, forneceram-lhe os meios para encontrar os inúmeros sistemas, alguns mais
singulares que os outros.
Também era em primeiro lugar, um discípulo esforçado, dedicado aos estudos, em
segundo, foi um grande organizador de sistemas iniciáticos, grande pesquisador, ativo
e prático; pela relação com Dom Pernety, deu uma impregnação alquímica ao seu
sistema maçônico cujo objetivo era alcançar a iluminação, para realizar a Grande Obra.
Em uma viagem à Paris, em maio de 1767, encontrou Bacon de La Chevalerie,
substituto da “Ordem dos Elus-Cohens do Universo”, no Grão-Mestrado, foi nessa
oportunidade que constatou pela primeira vez com a doutrina de Martinez de Pasqually.
Tinha 37 anos de idade quando foi iniciado por Pasqually na “Ordem dos Elus-Cohens”,
em cerimônia realizada em Versailles, proximidades de Paris.
Bacon colocou Willermoz em contato também com outros irmãos, juntamente com seu
irmão Pierre-Jacques, entraram na nova Sociedade, cujo chefe era Pasqually, um dos
sete chefes soberanos universais da Ordem, como ele próprio se apresentava. Iniciado
há 18 anos na Maçonaria e possuidor de todos os seus graus, compreendeu que até
aquele momento nada sabia da Maçonaria essencial e que havia um vasto campo de
conhecimentos a percorrer.
Seus conhecimentos de alquimia, uma ampla base de conhecimentos de simbolismo
maçônico e do ocultismo em geral, permitiram-lhe destacar-se rapidamente na “Ordem
dos Elus-Cohens do Universo”. As teorias expostas por seu novo Mestre respondiam
aos desejos secretos que possuía e a tudo aquilo que sempre procurou. A nova Ordem
detinha prescrições particulares a seus discípulos, era vetado o consumo de sangue,
dos rins, e da gordura dos animais, recomendava a prática mundana com moderação e
duas vezes por ano praticavam um rigoroso jejum; abstinham-se de toda alimentação
algumas horas antes de seus trabalhos.
Pasqually concedeu-lhe o direito de estabelecer uma Grande Loja do novo rito em Lyon
e deu-lhe o título de Inspetor Geral do Oriente em Lyon e fez com que entrasse como
membro não residente do “Tribunal Soberano” de Paris. Em 13 de março de 1768,
Bacon de La Chevalerie ordena Jean-Baptiste Willermoz no Grau Rosa Cruz.
Willermoz iniciou longa correspondência com Pasqually, através da qual era instruído
acerca das operações de equinócio e em relação aos trabalhos diários. Determinados
irmãos iam de Bordeaux à Lyon para trabalharem com ele. Os irmãos de Paris
realizavam trabalhos a sós ou acompanhados por Pasqually, como o Mestre não tinha
meios de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, havia irmãos
descontentes, Willermoz procurou acalmar os irmãos, tanto os de Paris como os de
9
Versailles e com tom moderado solicitou a assistência do Mestre em Bordeaux.
Todos aguardavam suas promessas, os discípulos impacientes esperavam a
manifestação do sinal do Reparador. O Mestre mandou que estudassem com mais
perseverança ainda e que tivessem paciência e esperassem que a luz se fizesse
presente no interior de cada um. Essa cobrança de que ele foi o porta-voz, parece ter
irritado o Mestre, que o proibiu de realizar os trabalhos de determinado equinócio.
Entretanto, desde 1768 Willermoz mantinha correspondência com Saint Martin, na
época secretário de Pasqually, formou-se entre ambos uma forte amizade, estavam em
início de carreira iniciática e ainda bastante imaturos na Iniciação Real.
Saint Martin reconfortava o líder lyones, seu estilo elegante, seu fervor espiritual e seus
conhecimentos de ocultismo acalmaram a mente dos irmãos de Lyon, dando-lhes
coragem e paciência.
Através de Saint Martin, Jean-Baptiste Willermoz em 11 de julho de 1770, Pasqually
falou-lhe de seus mestres, sendo ele próprio apenas um intérprete, possuidor do
terceiro grau de uma Ordem originária dos “Lendário Rosa Cruzes”.
Willermoz encontrou nos novos companheiros da “Ordem dos Elus- Cohens”:
Grainville, Champoleon, Bacon de La Chevalerie, Saint Martin, entre outros, uma
grande fé em Martinez de Pasqually, na imortalidade da alma e na iluminação humana.
Todos praticavam as técnicas mágicas oriundas do sistema organizado por Pasqually;
esperavam pacientemente o desenvolvimento espiritual que se mostrava lento para
todos os discípulos.
Aguardavam a presença do agente incógnito, de “La Chose”, que deveria um dia
manifestar-se no seu meio e aportar-lhes os conhecimentos divinos.
Com a partida de Pasqually para São Domingos, a “Ordem dos Elus- Cohens”
começou a declinar, Willermoz não esperou o desaparecimento do Mestre para agir por
conta própria. Da América o Mestre escreveu-lhe colocando um fim em sua punição e
dizendo-lhe que continuasse seu trabalho com a dedicação demonstrada até aquele
momento, porque acabaria obtendo o sucesso almejado nas operações.
Willermoz recebia encorajamento de Grainville e de Champoleon no sentido de lhe
pacientar, salientavam a necessária distinção que se deve estabelecer entre o instrutor,
falível como qualquer ser humano e a doutrina secreta, divina, pura, que ele nada mais
fazia de que interpretá-la.
A ideia que ele tinha de adaptar o sistema da “Ordem dos Elus-Cohens do Universo”,
de Pasqually, dentro da Maçonaria, não era tarefa fácil. O sistema maçônico representa
a Iniciação Primitiva e é tão antigo como a própria raça humana. Sua ritualística está
inserida dentro de um contexto histórico, simbólico e iniciático.
Em 1771 recebeu instruções de Saint Martin sobre a ordem e o método, era apegado à
organização e às experiências, ainda que se sentisse constantemente decepcionado
pelos seus insucessos. Necessitava de provas para afirmar seu espiritualismo e sentia-
se fascinado pelo cerimonial e pelo ritualismo. Saint Martin tentava fazê-lo acessível à
voz interior.
10
Willermoz procurava obter por carta, maiores esclarecimentos acerca dos problemas
que iam surgindo no transcorrer de sua jornada iniciática. Os resultados positivos da
iniciação não apareciam tão rapidamente como os discípulos desejavam, era
necessário muito trabalho como em qualquer sistema de iniciação, para que surgisse
alguma manifestação de aprimoramento espiritual.
Difícil era encontrar adeptos capazes de professar uma Maçonaria Espiritualista, havia
homens dispostos a praticar a Maçonaria Ocultista tanto em Lyon, como em Metz, em
Estrasburgo, em Paris, em Versailles; Willermoz mantinha contato com todos esses
grupos de maçons.
Os contatos com os grupos maçons da Alemanha foram intensos a partir de 1772.
Através do Venerável da Loja “A Virtude”, de Metz: Meunier de Précourt, ele ficou
sabendo da sobrevivência da “Ordem do Templo” na Alemanha através dos Cavaleiros
Teutônicos, que era a herança externa e dos Rosa-Cruzes, o legado interno.
Em 1772, recebeu uma carta da Loja “La Candeur”, de Estrasburgo, confirmando existir
na Alemanha, uma Obediência Maçônica rica pelo número e pela qualidade de seus
membros, fundada por Superiores Incógnitos e denominada “Estrita Observância
Templária”. Seu Grão- Mestre era o Barão de Hund e o objetivo: a prática das virtudes
cristãs e o desenvolvimento moral e espiritual de seus membros.
Tratava-se de uma Maçonaria Templária e Ocultista, seus membros estudavam a
Cabala, a Alquimia e o Ocultismo em geral, Willermoz foi conquistado ao tomar
conhecimento dos objetivos altruísticos e da seriedade dos seus trabalhos.
Em 24 de junho de 1772, a E. O. T. tornou-se Lojas Reunidas Escocesas e o Barão de
Hund foi substituído pelo Duque Ferdinand de Brunswick.
Em dezembro de 1772, Rodolphe de Salzmann, Mestre dos Noviços do Diretório de
Estrasburgo, chega a Lyon para fazer a iniciação de Willermoz e de seus
companheiros, na “Sociedade dos Filósofos Desconhecidos”, tal como ele, Salzmann
era um grande admirador do sistema maçônico.
Paralelamente, Jean-Baptiste Willermoz e Saint Martin, que em setembro de 1772
havia se instalado em Lyon, na casa dele, trabalhavam juntos para o aperfeiçoamento
do sistema maçônico, com base na doutrina e no sistema oriundo da “Ordem dos Elus-
Cohens” e dos demais sistemas existentes que conheciam. Ele pretendia através da
Maçonaria, a adaptação dos ensinamentos secretos recebidos de Pasqually.
Saint Martin permaneceu um ano em Lyon, seguiu depois para sua cidade natal e
depois para Paris.
Em carta de 14 de dezembro de 1772, pedia a sua filiação na E.O. T, o Barão Weiler
respondeu-lhe em 18 de março de 1773, que nada aceitariam que fosse contrário à sua
religião de nascimento e a seus deveres de cidadãos como fiéis súditos do Rei da
França. Conservaram também a ligação com a Grande Loja da França no que dizia
respeito aos graus simbólicos; a ligação com a Grande Loja da Alemanha foi
estabelecida somente em relação aos altos graus.
11
Em 1773, o Barão Weiler foi a Lyon e iniciou Willermoz e seus companheiros na E. O.
T deixou instalada a Loja Escocesa Retificada “La Bienfaisance”, em condições de
desenvolver independentemente seus trabalhos, isso aconteceu no dia 07 de
novembro de 1773.
Face à decadência da parte externa da “Ordem dos Elus-Cohens”, ocorrida a partir do
ano de 1772, com a partida de Pasqually para São Domingos, Willermoz encontrou no
sistema maçônico um substituto à altura. Nesse novo sistema, pretendia espargir as
luzes recebidas na senda interior dos Elus-Cohens e receber também a manifestação
do Agente Invisível; Willermoz retirou, a partir dessa época, os melhores ensinamentos
de suas operações e a luz começava a brilhar no seio das trevas.
Como a “Ordem dos Elus-Cohens”, a E. O. T. possuía dez graus, sendo: três
simbólicos, três intermediários e quatro superiores, esta última classe, de origem
templária.
Jean-Baptiste Willermoz obteve a corrente de Jacob Boheme ao ser iniciado por
Salzmann e confirmado na linha mais antiga dos Templários, ao associar-se com a E.
O. T.
Recebeu o grau de Grande Professo no Convento de Gaules, realizado em Lyon entre
25 de novembro de 1778 a 10 de dezembro de 1778, também conseguiu com
Salzmann, que se introduzisse após o sexto grau da E. O. T., os dois graus
denominados: Professo e Grande Professo que continham a doutrina da “Ordem dos
Elus-Cohens”.
A E. O. T. da região de Auvergne (Lyon) ficou conhecida pelo nome de “Cavaleiros
Benfeitores da Cidade Santa” ou “Maçonaria Retificada”. Os graus simbólicos ficaram
sendo quatro: Aprendiz, Companheiro, Mestre e Mestre Escocês; a classe superior
ficou denominada: Cavaleiro Professo e Grande Professo.
Willermoz, tendo conseguido introduzir no sistema maçônico de Lyon, da E. O. T., a
filiação espiritual e doutrinária de Pasqually, tentou fazer o mesmo no resto das
Obediências Maçônicas.
No seu conceito, o R. E. R. tinha por objetivo o estudo das ciências ocultas, pretendia
unir o ocultismo com o cristianismo, estudar o esoterismo do cristianismo, considerar a
Cristo, o Reparador; crê em Cristo, porém renega a autoridade do Vaticano, e do
Catolicismo de Roma.
No R. E. R. seus princípios aparecem como cristãos fundamentados nos evangelhos. O
Willermosismo tendeu sempre para o agrupamento das fraternidades iniciáticas, à
constituição de coletividades de iniciados dirigidas por centros ativos religados ao
iluminismo.
No convento de Wilhemsbad, aberto no dia 14 de julho de 1782, Willermoz encontrou o
apoio precioso dos dois príncipes dignitários da E. O. T.: os irmãos: Ferdinand de
Brunswick, que presidiu o Convento, e Charles de Hesse, recebeu a missão de
organizar o Rito Escocês Retificado e foi designado Soberano Delegado Geral do
Movimento para a região de Lyon.
12
Conseguiu também que todos os irmãos da “Ordem Interior” recebessem o título de
Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa. E no novo conjunto de graus, no número de sete,
continha todo o sistema doutrinário de Pasqually, organizado inteiramente em Lyon
através de: Willermoz, Saint Martin, Grainville, Savaron e outros e que a partir do
Convento de Wilhemsbad passou a ser adotado igualmente em toda a Alemanha e
resto da França. O título "Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa" originou-se do nome da
Loja "La Bienfaisance", de Lyon, que abrigou os primeiros cavaleiros.
Em 5 de abril de 1785, obteve sucesso com as suas operações, a “Coisa” ativa e
inteligente mostrou-se aos homens. O Agente Incógnito, ser de natureza divina, teria
ditado uma série de instruções aos Irmãos de Lyon, através de uma sonâmbula:
Madame de Vallière:.." não rejeiteis a voz do Espírito Puro que se serve de uma mão
corruptível", teria dito o Agente.
Era a prova definitiva da validade das cerimônias pela manifestação da “Coisa”, 13
anos após a partida de Pasqually para São Domingos. Willermoz não rejeitou a voz do
Espírito Puro, mensageiro da Divindade; seu grupo foi escolhido para ser o centro de
irradiação da Luz.
Com auxílio do Invisível, ele e Saint Martin adquiriram um lugar de destaque na
organização da “Maçonaria Retificada” e da “Ordem Interior”; iniciaram adeptos de toda
a França e Alemanha, porém sabiam que o sucesso não seria fácil, Saint Martin disse à
Willermoz: "o espírito é como o vento, ele sopra quando quer e como quer e ninguém
sabe quem ele é e de onde vem...".
Foi também no seio desta Loja que foram recrutados os membros do “Conselho dos
Onze” que fundaram a Loja “Elue et Cherie” pela ação do “Agente Incógnito”, o
mensageiro divino esperado desde o tempo de Pasqually.
No dia 10 de abril de 1785, comunicou aos onze irmãos de sua Loja “La Bienfaisance”,
que ela passaria a denominar-se Loja “Elue et Cherie”, centro de uma nova sociedade.
Os irmãos escolhidos pelo “Agente” foram: Willermoz, Pagannuci, Grainville, Millancia,
Monspey, Savaron, Braun, Périsse-Duloc, Castellas, Rachain, Antoine Willermoz. Havia
um décimo segundo irmão que estava ausente dos trabalhos e o “Agente” disse que
ele ainda não podia ser designado porque seu coração estava muito ocupado com os
negócios profanos. Tudo leva a crer que se tratava de Saint Martin.
Willermoz falava sobre a iniciação: “Aquele que me a transmitiu não é um ser inspirado
interiormente, nem um magnetizador privilegiado, nem um ser versado nas iniciações
antigas, que conhece muito menos que nós. É um ser que goza de todos os sentidos
ao escrever, que escreve quando lhe fazem pegar na pena, sem saber nada do que
escreverá, nem a quem escreverá. Uma potência invisível, que não se manifesta a ele
senão por diversas partes de seu corpo, toma a mão como se toma a mão de uma
criança de três anos, para lhe fazer escrever o que se deseja. Ele não pode conduzir a
ação, mas pode resisti-la por ato de sua vontade, que então para de escrever; ele lê
então o que sua mão escreveu e é o primeiro admirador do que vê, muitas vezes nada
compreende de que escreveu, foi prevenido, desde o tempo que esse dom
extraordinário começou a se manifestar nele, que escreveria coisas que não deveria
compreender porque não foram escritas para si, mas para aqueles a quem elas se
destinavam.”.
13
O próprio “Agente” tinha seus superiores, "as potências celestes superiores ou
secundárias" que dirigiam seus trabalhos e faziam-no escrever. Eram depósitos de
conhecimentos admiráveis, uma doutrina da verdade.
A revelação e o desenvolvimento dessa doutrina deveriam continuar, através do
“Agente”, desde que se formasse uma nova sociedade secreta de Iniciação, cujos
membros escolhidos individualmente pelo “Agente”, seriam os obreiros da décima
primeira hora, os sucessores dos Apóstolos e dedicados à “Grande Obra”; seriam os
precursores de um novo amanhã, homens regenerados pela fé e pelo trabalho.
A reunião havia sido realizada na casa de Savaron, onde Willermoz também dissertou
sobre os quatro cadernos de instrução ditados pelo “Agente”. "Informei-vos do que se
passou de vossa eleição pessoal, do destino atribuído a esta nova Sociedade. Esforcei-
me, confesso em vos comunicar a persuasão e a confiança de que venho de ser
cumulado. Ao aspecto desse depósito maravilhoso, ficaste tão admirados quanto eu...
A Iniciação que ele fornecia e a forma que ele a apresentava vos pareceram um
prodígio e vós permanecestes tomados de admiração e reconhecimento...” assim a
nova Sociedade de amigos foi fundada.
Os Iniciados da nova Sociedade não eram recrutados apenas em Lyon, um mês
depois, Willermoz viu-se obrigado a aumentar sua correspondência com pessoas
residentes em outras cidades. Dois amigos de Saint Martin foram iniciados: o Visconde
de Saulx-Tavannes e o saxão Tieman. Seguindo o apelo do “Agente”, Willermoz
contatou o Cavaleiro de Barberin, Ferdinand de Brunswick e Charles de Hesse. Em 30
de junho de 1785, a Sociedade possuía trinta membros.
Quando o Abade Fournier, último secretário particular de Pasqually, soube do sucesso
dos trabalhos de Lyon, partiu para essa cidade, porém, chegando à Lyon, não foi
recebido no Templo, porque os altos graus na “Ordem dos Elus-Cohens” nada valiam
na nova Sociedade e também porque somente seriam iniciados novos membros
mediante convite especial do próprio “Agente”.
A decepção tocou também o Dr. Archbold, que foi também rejeitado. Essas pessoas
teriam desencadeado uma série de intrigas que abalou a Sociedade.
Por causa disso Willermoz parou de remeter sua contribuição ao abade Fournier.
Saint Martin também ficou sabendo da notícia, partiu de Paris, em junho de 1785,
levando consigo uma bíblia em hebraico e um dicionário, para entreter-se na viagem.
Pelo que se pôde perceber ele teria tido previamente contato com o “Agente”, porém
ele teria agido como precursor não autorizado em relação ao “Agente Incógnito” e
publicado seu livro: “Dos Erros e da Verdade”, sem autorização e com o pseudônimo
de “Filósofo Desconhecido”. O próprio Saint Martin esclareceu esse ponto: "Eu sei que,
em meu foro íntimo, a publicação de meus escritos jamais teve meu próprio
assentimento completo. O erro que cometi em me deixar conhecer não se pareceu
comparável ao de ter escrito. Este último erro ofendeu "La Chose" por me colocar em
seu lugar, sem sua ordem; o outro erro não expunha senão minha pessoa".
Saint Martin acabou por alcançar a “Graça da Reconciliação”, porque os homens não
são castigados eternamente. Após ter aceitado o “Agente” como sinal da Divindade, foi
recebido em julho de 1785, segundo as leis do “Agente”, sob o nome de “Eques a
14
Leone Sidero”, no seio da Loja “Elus et Chérie”, permaneceu em Lyon até janeiro de
1786.
De abril a dezembro de 1785, cento e vinte cadernos foram escritos, somente trinta e
um foram escolhidos por Willermoz para serem copiados pelos irmãos e servirem de
instrução aos novos membros.
A “Doutrina da Verdade” ensinava que Phaleg deveria ser reverenciado como fundador
da Maçonaria, no lugar de Tubalcaim. Phaleg teria reagrupado pela primeira vez
homens em Lojas. Esta palavra Loja ensinou o “Agente”, teria se originado da palavra
primitiva “Logos” ou “Verbo”. O “Agente” trouxe um reconhecimento divino às Lojas.
Lyon tornou-se o depósito e centro dessa bem-aventurada Luz, que a partir desse
local, propagou-se por toda a Província, pela França e outros países.
Vários homens de desejo próprio foram chamados em presença dos Martinistas de
Lyon e se submeteram às formalidades de Iniciação na nova Ordem.
Saint Martin ajudou Jean-Baptiste Willermoz a colocar em ordem os Cadernos de
Instrução dos irmãos. Entre 1785 e 1787, foram iniciadas várias pessoas, oriundas de
inúmeras localidades, a organização dos círculos de Iniciados em Lyon, recebia a
inspiração do “Agente”, o “Superior Incógnito”.
Desde a revelação, no dia 5 de abril de 1785, Willermoz, com 54 anos de idade, não
cessou de trabalhar, inspirado pelo “Agente”, procurava suscitar nos corações de seus
Iniciados, não apenas o conhecimento das coisas transcendentais, mas a convicção de
que entravam em uma Loja onde a Luz estava presente e cuja aliança com a Divindade
fazia irradiar dessa Loja a Luz dos últimos tempos sobre todas as nações, e que os
Maçons Retificados de Lyon formavam os elementos do novo templo escolhido.
Esperando a conclusão da “Grande Obra”, os Iniciados de Lyon deveriam praticar as
virtudes ensinadas pelo “Agente Incógnito”, antes de pretenderem propagar a doutrina
por todo o Universo.
A fraternidade reinante entre os irmãos castigava os recém-chegados, Gaspar de
Savaron, Millanois e Périsse-Duloe salientavam-se por sua cordialidade em relação a
todos os irmãos; o próprio Willermoz mostrava-se um mestre afável e hospitaleiro,
irradiava amizade entre todos os irmãos.
No dia 10 de abril de 1786, os Iniciados de Lyon comemoravam o primeiro aniversário
de fundação da nova Sociedade, alguns dias após, o “Agente” revelou que em três
anos sua ação seria renovada e que um ser providencial faria a Sociedade entrar em
uma fase decisiva: "Recebeis, como bons estudantes, as lições de Maria ainda no
segundo ano, mas no terceiro, Jesus Cristo tornar-se-á vosso mestre. Sua sábia voz
escolheu o „tipo" entre vós‟”.
Em abril de 1786, Willermoz colocou a disposição dos irmãos o Caderno de Instrução
nº 131.
Os três primeiros anos foram de muita expectativa para todos os Iniciados de Lyon,
porque aguardavam o novo Mestre Incógnito. Esperavam todos os amigos íntimos de
Willermoz: Gaspar de Savaron, Grainville, Saint Martin e à distância: Charles de Hesse,
15
Ferdinand de Brunswick, Bernard Turkheim, banqueiro e maçom ativo de Estrasburgo,
amigo íntimo de Salsmann.
O “Agente” teria também prometido comentários inéditos sobre a Bíblia e sobre os
escritos dos primeiros Padres da Igreja. Até 1788 nada de novo ocorreu, o “Agente”
suspendeu sua ação e isto fez com que alguns discípulos ficassem com a fé abalada.
Um dos irmãos, o Conde de Tavannes, apresentava de vez em quando, crise de
nervos, ele tinha sido encarregado pelo “Agente”, de procurar um manuscrito grego,
que apresentava revelações sensacionais e que estaria depositado na Biblioteca
Imperial. Tavannes tentou encontrá-lo, mas não teve sucesso e responsabilizou as
doutrinas da Iniciação Lyonesa pelo seu estado de saúde. Saint Martin tinha previsto
que esse acidente, bem como a falta de comunicação do “Agente”, iria abalar a
reputação dos Iniciados de Lyon.
Com efeito, os Iniciados de Estrasburgo começaram a vacilar na senda, através das
dúvidas lançadas por Bernard de Turkheim, voltaram todos sua atenção para os
príncipes alemães. Em 18 de junho de 1788, o Grão- Mestre da Maçonaria Retificada,
o Duque de Havré, depositou em Lyon, junto a Willermoz, sua demissão; em vão
Willermoz tentou convencê-lo da realidade dos trabalhos, da sinceridade de intenções
de todos os irmãos de Lyon.
"Infelizmente, escreveu Willermoz a Saint Martin, por essa época, aquele que recebeu
a ordem de velar pelo “Agente”, de falar a todos em seu nome, tendo às vezes que
gritar para melhor se fazer ouvir, não deixou de ser, para alguns, senão um usurpador
que, ao abusar dos mistérios, aproveitava-se das circunstâncias para dominar seus
irmãos... Seu cargo excitou murmúrios secretos, ciúmes... Outros preferiram duvidar de
sua missão, porque ele não a mantinha por prodígios que lhes pareciam necessários
para ser acreditado.”.
Saint Martin, profundo conhecedor do caráter de Jean-Baptiste Willermoz, vivendo na
sua intimidade há quase vinte anos, acentuou suas atividades após julho de 1785, os
Cadernos de Instrução passaram a ser copiados por ele.
Em 10 de outubro de 1788, Willermoz convocou uma assembleia extraordinária para
tentar reconquistar a confiança dos Iniciados; não teve sucesso. Em dezembro de
1789, Saint Martin pediu demissão da Loja Maçônica de Lyon.
O “Agente” reapareceu em 1790, mandou destruir 80 Cadernos de Instrução, que não
tinham sido copiados pelos irmãos, porém, entre 1790 e 1791 o “Agente” ditou mais 40
cadernos, tratando de: orações, liturgia, leis sobre a natureza, comentários sobre a
Bíblia etc. Em 1798, surgiu um caderno comentando criticamente as obras do Saint
Martin: “Dos Erros e da Verdade”, “A Tábua Natural”, “O Homem de Desejo”, “O Novo
Homem” e “O Homem Espírito”.
Em 1793, quando eclodiu a Revolução Francesa, o terror tomou conta da cidade de
Lyon, Virieu desapareceu, Millanois, Grainville e o veterano Guilaume de Savaron
(irmão de Gaspar de Savaron), oficiais do exército em Lyon, foram condenados pelo
tribunal e fuzilados; Antoine Willermoz e Bruyzet foram guilhotinados. A obra maçônica
de Willermoz sofreu a perseguição da Revolução, muitos “Templos Retificados” ou
“Cohens” foram obrigados a fecharem as portas. O sistema maçônico “Retificado” dos
16
C. B. C. S. passou para a Suíça, fugindo dos Revolucionários e depois de Napoleão,
dando origem ao “Sistema Retificado Moderno”, mais tarde esse sistema voltou à
França e após a Alemanha.
Muitos fugiram para a Suíça, alguns para o campo, o grupo de Iniciados de Lyon ficou
praticamente extinto, Willermoz foi a uma casa retirada onde se reuniam os Iniciados e
em dois baús colocou os arquivos e os trouxe para a cidade, no dia seguinte aquela
casa ficou reduzida a cinzas.
Na casa onde se alojava em Lyon, caiu uma bomba que atingiu um dos baús,
desmanchando-o com todos os documentos, Jean-Baptiste Willermoz fugiu levando o
que restava dos documentos e colocou-os em mãos seguras; parte deles ficou com seu
sobrinho Jean Baptiste Willermoz Neveu.
Willermoz, como Périsse, seguiu as funções de caridade em hospitais e escapou da
condenação, ação de seu irmão Pierre-Jaques Willermoz, médico, foi decisiva para
salvá-lo da Revolução.
Passada a tormenta revolucionária, graças aos rituais que havia salvado, Willermoz
reorganizou a “Maçonaria Espiritualista”, até a morte procurou como objetivo, as
práticas da virtude e da caridade e com que as “Lojas” e “Capítulos” fossem centros de
seleção para os grupos de Iluminados.
A primeira parte de sua obra era clara, a segunda, oculta, Willermoz continuou sua
obra sobre a terra, 19 anos após a partida de Saint Martin para o “Mundo Invisível”
(1803), os dois “Adeptos” completavam-se, Jean-Baptiste Willermoz destacou-se pelo
seu dinamismo e pela capacidade de organização, usava a Maçonaria como centro de
recrutamento para a “Ordem Interior”. Saint Martin, mais intelectual, procurava em
todos os meios onde se encontrava os “Homens de Desejo” para colocá-los em Sua
Senda Interior. Willermoz escolheu a Maçonaria como base fundamental para preparar
o Iniciado e colocá-lo em condições de marchar na “Senda da Luz” entre as duas
colunas, até chegar ao Oriente, onde encontrará a coluna invisível que o ligará com a
Divindade.
Para Jean-Baptiste Willermoz, como para Saint Martin e demais mestres do “Ocultismo
Ocidental”, a “Iniciação Real é um trabalho eminentemente pessoal, interior”. O Homem
ao encarnar ficou com o espírito por desenvolver a partir de uma centelha espiritual. “O
receptáculo é a Alma Humana, a Pedra Bruta que deverá ser transformada e inserida
na obra de construção do Templo Universal, a Jerusalém Celeste das almas
regeneradas e imortalizadas pelo Verbo Divino”.
Poucos anos, antes de sua morte, confiou os arquivos a seu sobrinho, seu Iniciado,
posteriormente foram legados à Élie Steel e depois à Papus (1895). Após sua morte
subsistiram Lojas de seu sistema trabalhando com êxito em toda a França, Alemanha e
tália.
17
O Ir Aquilino R. Leal *
escreve neste espaço às
quarta-feiras e domingos
144: MAIS UM OUTRO NÚMERO ‘FATÍDICO’
Material originalmente publicado na edição196, 13/06/2009, do semanário FOLHA
MAÇÔNICA – atualizado para os propósitos do JB NEWS.
Aquilino R. Leal
Fato: Diz o Ritual, Grau I, REAA: “O número dois é um número terrível, o número
fatídico. É o símbolo dos contrários e, por consequência, da dúvida, do desequilíbrio e
da contradição”.
“Para demonstrar isso, tomemos o exemplo concreto de uma das sete ciências
maçônicas, a Aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2.”.
“Até na Matemática, o número dois produz confusão, pois ao vermos o número quatro
ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois números dois, pela soma ou
pela multiplicação, o que não ocorre com qualquer outro número...”i
Conclusão: Acompanhando o „raciocino‟ do Ritual também poderemos colocar o
número 144 no rol dos números cabalísticos, terríveis e... fatídicos!
O porquê.
Além de ser conhecido nas rodas comerciais como sendo a expressão de uma grossa
apresenta as seguintes características que o tornam, no mínimo, singular:
 É um quadrado perfeitoii
;
 É um dos elementos numéricos da série de Fibonacciiii
;
 Alguns de seus divisores são números que merecem atenção especial tal como 2;
12; 24; 36 e 72 (estes dois últimos estritamente ligados ao número phiiv
[lê-se
„fi‟ - não confundir com o número irracional „pi‟ - v
], via triângulo de ourovi
e, por
correlação, com o pentagrama);
 A soma de seus algarismos é 9 (1+4+4), número comprovadamente „interessante‟;
 A sua raiz quadrada é 12, número também „interessante‟;
 A soma dos algarismos de sua raiz quadrada (12) é 3 (1+2), número
essencialmente cabalístico;
 A raiz quadrada da soma de seus algarismos, 9 (1+4+4), é igual à soma dos
algarismos de sua raiz quadrada que é 3!
4 - Aquilino r. leal - "144: mais um outro número fatídico"
18
É 144 um número fatídico, terrível etc. ou não? Afinal de contas ele apresenta uma
razoável quantidade de característica peculiares...
Será que o número 144 é para ser „adorado‟, „idolatrado‟...
Com a palavra os entendidos de plantão... E, porque não, o Ven Colégio de Mestres
Inst que até o momento se mantém calado, mudo... Certamente porque seis
participantes não leem o JB NEWS ou, o que nos parece bastante provável, não têm
argumentos adequados para contestação, quando, então, o silêncio é a melhor
solução.
“Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma pequena parcela dele,
justamente esta pequena parcela que chamamos de eu.”
(Autor desconhecido)
Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor
universitário, aposentado, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo
Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de
1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho
de 1988.
É fundador de duas Lojas Maçônicas no Rio de Janeiro, ambas trabalhando no
REAA; em destaque a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de Janeiro.
Desde 2008 é colaborador permanente do FOLHA MAÇÔNICA
(folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três colunas
semanais: A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE
INÚTIL. Gerencia o ‘Ponto Cultural do Folha Maçônica’
(http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão postados mais de 15 mil títulos sobre a
Ordem e afins para livremente baixar.
Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas
mensais, do mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
19
O autor, Ir Marco Antônio Nunes – Florianópolis – SC
é MM da ARBLS “Fraternidade Catarinense” nº 9
Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC
Contato: martoni.nunes@gmail.com
NOSSOTEMPLO,OUNIVERSO
Sabemos que a Loja simboliza o Universo e, como tal, seus limites não encontram
fronteiras senão aquelas convencionadas pela Maçonaria para dar-nos a ideia de
medida, sem a qual a nossa percepção, sempre ávida de limitações, não alcança a
devida compreensão.
Sua altura, da Terra ao Céu, extrapola-se pela abóbada azul salpicada de estrelas
e por onde transitam o Sol, a Lua e os astros que circulam e convergem rumo ao
infinito, num equilíbrio de forças magnéticas que se interpenetram e mantém a
harmonia do universo, somando-se às nossas esperanças, aspirações e às preces que
elevamos ao Pai Celestial por um mundo melhor, pelo entendimento e o amor entre os
homens.
Preces que viajam pelo espaço, passando por muitos sóis, muitas luas e muitos
planetas - quem sabe iguais ao nosso - na expectativa de sermos ouvidos e atendidos.
Ouvidos, com certeza. Atendidos, nem sempre. Ele sabe quanto merecemos.
Da superfície ao centro da Terra é a delimitação que nos mostra que abaixo de
nossos pés encontra-se o destino do nosso "eu material", quando o espiritual está
voltado para o alto. É o destino, também, dos que não separam o espírito da matéria e
5 - nosso templo, o universo
Ir Marco Antônio Nunes
20
têm na própria Terra a sua morada eterna. É o Umbral, onde penam os desprovidos de
luz e que lá encontram seus iguais para, em uníssono, clamar impropérios pelo destino
escolhido pelo seu livre arbítrio.
Sua largura de Norte ao Sul, é a distância que percorremos, como aprendizes, para
sairmos das sombras onde desbastamos a pedra bruta, para alcançarmos a luz do
conhecimento, rumo à exaltação. É o contrastante caminho das trevas do
desconhecimento, para os primeiros lampejos luminosos do entendimento e da
compreensão da nossa verdadeira identidade, até então presa sob espessa camada de
matéria bruta. É a espiritualização da nossa consciência enraizada de sentimentos
embrutecidos pelo desconhecimento da verdadeira vida. São os limites dos nossos
limites prestes a abrir as suas fronteiras a cada lasca tirada da pedra e partir rumo à
luz.
E, por toda essa vastidão, caminhamos nós, aprendizes, companheiros e mestres,
sustentados pelas colunas da Sabedoria, da Força e da Beleza, em busca do nosso
aperfeiçoamento. O caminho é interminável e os obstáculos são tantos quanto for
nossa capacidade de criá-los, e as dificuldades serão tantas quanto for nossa
capacidade de união para, em conjunto, superá-las.
Nosso templo tem o tamanho exato da dimensão imaginativa de cada um. Para
uns, apenas um mero prédio repleto de símbolos sem sentido; para outros, símbolos
maçónicos representando convenções criadas pelo imaginário maçónico, mas que não
passam de representações simbólicas de sentimentos, lendas e tradições.
Mas, para o verdadeiro maçom, para o mestre que tenha alcançado a plenitude da
sua capacidade de extrapolar os limites da matéria, é a representação do próprio
universo, onde as três luzes que representam a Sabedoria (Razão), a Força (Poder) e
a Beleza (Amor) partem de um só Malhete: o da Trindade Divina que comanda esse
infinito templo do Oriente Universal.
21
VIII Encontro de Cultura Maçônica
A Loja Templários da Nova Era realizará sábado (21) o VIII Encontro de Cultura
Maçônica, no Templo do Condomínio Monte Verde, a partir das 13h34. Consulte as
edições anteriores do JB News, para saber da programação completa.
Bom dia meus IIr.`.,
Noite memorável!
A nota abaixo é extraída da Comunicação feita pelo Ir. Clovis Petry,
Venerável Mestre da Loja Templários da Nova Era:
6 - destaques jb
22
"Em Sessão Especial, as Lojas Fraternidade Universal e Templários da Nova Era,
comemoraram o aniversário da Revolução Farroupilha.
Com número expressivo de IIr.`. das duas Lojas e de visitantes, especialmente da Loja
Delta de Ingleses, inclusive com seu V.`.M.`., Ir.`. Márcio Cercato, o Templo ficou
colorido e bem ocupado.
Seguindo um Rito especial, os IIr.`. puderam sentir a harmonia e espírito fraterno que
reina entre as Lojas e entre os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que
irmanados lutaram por um objetivo comum àquela época.
Agora é hora de lutarmos novamente por um objetivo em comum: Tornar Feliz a
Humanidade!
Na Ordem do Dia constou Palestra do Ir.`. Homero Franco, que magistralmente
brindou a todos com uma verdadeira aula de história sobre o período revolucionário
brasileiro e latino. Parabéns Ir.`. Homero.
Por fim, os "Patrões" agradeceram a presença de todos e rogaram ao G.`.A.`.D.`.U.`.
que a todos guie pelo Caminho da Luz.
Após a belíssima Sessão, os participantes puderam degustar de saborosa galinhada no
Rancho do Ir.`. Steinhaus.
Informamos que o Ir.`. Valsechi estava participando de Sessão na ALESC em virtude
da Presidência da Academia Maçônica de Letras e o Ir.`. Vilson estava representando a
Loja na Sessão Conjunta das Lojas Fraternidade Josefense e Padre Roma.
O JBNews trará as fotos em breve.
Agradecemos ao Ir.`. Jerônimo pelo incansável trabalho de divulgação das atividades
da Loja e do registro de sua história.
Obrigado meus IIr.`..
Com o desejo de um ótimo dia, TFA,
Clovis"
Veja alguns registros, clicando no link fotográfico abaixo:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojaFraternidadeUniversa
lETemplariosDaNovaEraRevolucaoFarroupilhaSessaoConjunta?authkey=Gv1sRg
CPXsyJ7ux8XVWw#
23
GOSC: Toma posse o novo Secretário de
Planejamento e Informações Adjunto
Foi empossado na última segunda-feira (16), pelo Irmão Alaor Tissot, Grão-Mestre do
Grande Oriente de Santa Catarina -GOSC - o novo Secretário de Planejamento e
Informações Adjunto, Irmão Marcos Antonio Pacheco.
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33.com.br
24
Colunas “J “e “B “ do Templo do Grande Oriente de França,
em Paris, foto enviada com exclusividade pelo Ir. Aleksandro Aita.

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Maçom Jean-Baptiste Willermoz

  • 1. 1 JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.112 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - quarta-feira, 18 de setembro de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Ir Ailton Elisiário - Na Terra da Valsa Bloco 3 - Ir Paulo Roberto - Maçons Célebres - (Jean-Baptiste Willermoz) Bloco 4 - Ir Aquilino R. Leal - 144: Mais um outro número fatídico Bloco 5 -Ir Marco Antônio Nunes - Nosso Templo, o Universo Bloco 6 - Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 18 de setembro de 2013, 261º dia do calendário gregoriano. Faltam 104 para acabar o ano. Dia da Declaração de Independência do Chile Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2. 2  324 - Batalha de Crisópolis, entre os co-imperadores romanos Constantino e Licínio.  1759 - Soldados em Quebeque renderam-se completamente aos ingleses (v. A Queda da Nova França).  1793 - George Washington assenta a pedra fundamental do Capitólio.[desambiguação necessária]  1814 - Elisa Baciocchi, irmã de Napoleão, é afastada do Grão-Ducado da Região da Toscana.  1818 - Independência do Chile.  1822 - Dia da Instituição da Bandeira do Brasil.  1851 - Fundação do The New York Times.  1860 - Vítor Emanuel II derrota o exército papal em Castelfidardo (v. Unificação Italiana).  1865 - Rendição do Paraguai.  1904 - Fundação do América Football Club no Rio de Janeiro  1927 - A rede de rádio CBS faz a sua primeira trasmissão.  1946 - Sancionada uma nova Constituição Brasileira  1946 - Recriação dos territórios brasileiros do Iguaçu e de Ponta Porã.  1947 - A Força Aérea dos Estados Unidos da América é instituída como órgão independente.  1947 - Fundação da CIA (Central Intelegency Agency).  1950 - Inauguração da TV Tupi em São Paulo. Foi a primeira emissora de televisão do Brasil.  1959 - Lançamento do satélite Vanguard III.  1962 - Burundi, Jamaica, Ruanda e Trinidad e Tobago são admitidos como Estados- Membro da ONU.  1967 - É fundado o Esporte Clube Santo André.  1968 - A nave Zond 5 deu uma volta ao redor da Lua.  1969 - Ministros da civis e militares mandam aprovar nova Lei de Segurança Nacional, que institucionalizou a pena de morte e a prisão perpétua em território brasileiro (v. Anos de Chumbo)  1970 - Fundação do MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado), embrião do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP). o 1970 - Morre, aos 27 anos de idade, o guitarrista, cantor, compositor e produtor norte-americano Jimi Hendrix.  1973 - Alemanha e Bahamas são admitidas como Estados-Membro da ONU.  1979 - Santa Lúcia é admitida como Estado-Membro da ONU.  1980 - O vôo Soyuz 38 é lançado.  1990 - Liechtenstein é admitido como Estado-Membro da ONU. 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
  • 3. 3  1999 - Percy Spencer tem seu nome incluído no National Inventors Hall of Fame pela invenção do forno de microondas.  2004 - Chegou às bancas notícia sob suspeita de compra votos de partidos aliados ao governo brasileiro (v. Mensalão).[desambiguação necessária]  2004 - Furacão Jeanne chega ao Haiti.  Aniversário da cidade de Diamantino, em Mato Grosso  Aniversário da cidade de Aimorés, em Minas Gerais.  Aniversário da cidade de Feira de Santana, na Bahia.  Dia Nacional da Televisão (Brasil).  Dia dos Símbolos Nacionais (Brasil). (Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal) 1793 Em cerimônia Maçônica, George Washington coloca a Pedra Fundamental no canto sudeste do Capitólio, sede do Congresso americano. 1822 Criada por Debret e aprovada por D. Pedro I a primeira bandeira do Brasil independente, o Pavilhão Imperial. 1835 Na Ata da Loja Filaantropia e Liberdade, de Porto Alegre, o VM Bento Gonçalves explica os motivos da rebelião que seria deflagrada dois dias depois, conhecida como Revolução Farroupilha 1835 O Instituto Chamberlain saúda os gaúchos de todas as querências e os maçons de todo o Brasil pelo dia 20 de setembro, data da Revolução Farroupilha. 1841 Iniciado Franz Liszt na Loja Zur Einigkeit, de Frankfurt 1869 Fundação do Grande Oriente do Paraguai. 2009 Fundação da Loja "Colunas do Oriente", de Tijucas (GOSC) feriados e eventos cíclicos fatos maçônicos do dia
  • 4. 4 NA TERRA DA VALSA O Ir Ailton Elisiário é economista, advogado, professor da Universidade Estadual da Paraíba e membro da Academia de Letras de Campina Grande. Neste dia 16 de setembro estamos na Áustria, em Innsbruck, capital do Tirol. Tendo saído de Paris no dia 11 já passamos pela Bélgica, Holanda e Alemanha, visitando inclusive Bruxelas, Amsterdam e Frankfurt, respectivamente. O tempo corre célere e como as crônicas são semanais, não tenho como ir me comunicando em tempo real. Assim, tendo assistido o excelente show no Moulin Rouge de Paris, com “can can”, magia, muita música, luzes e cores, depois de recebidos com uma taça de champanha, estamos hoje na terra da tirolesa, a típica dança do tirol austríaco. O que marcou, porém, com força nossa visita a Paris, foi a visão que tivemos do ponto mais alto da Torre Eiffel, de lá vendo toda a cidade iluminada. É uma imagem muito linda, que jamais se apagará de nossa memória. A visita ao Palácio de Versailles é magnífica, sem, contudo, termos o percorrido totalmente, com seus mais de 1.000 aposentos e seus jardins gigantescos. A riqueza da realeza francesa salta aos nossos olhos no esplendor do palácio, razão pela qual durante a Revolução Francesa a guilhotina fez rolar tantas cabeças da nobreza pelo povo que morria de fome. Mas é Notre Dâme, a catedral construída pelos pedreiros livres, que faz elevar nossos corações ao Grande Arquiteto do Universo, com a arte gótica ali impregnada. Toda a 2 - OPINIão - "Na Terra da Valsa" Ir Ailton Elisiário (diretamente de Innsbruck, Austria para o JB News)
  • 5. 5 vida de Jesus Cristo está ali representada circundando a nave principal, desde seu nascimento até sua paixão e ressurreição, em quadros esculturais tocantes. O passeio pelo Rio Sena nos dá o panorama da cidade por outra perspectiva, e nos remonta aos tempos de estudantes secundários, fazendo-nos sentir com mais realidade tudo aquilo que aprendemos da história francesa. Uma coisa, todavia, não nos foi possível fazer. Socorro e eu queríamos colocar um cadeado com nossos nomes inscritos nele e jogarmos a chave nas águas do Sena, um ritual romântico que os casais praticam numa das pontes daquele rio, para prender eternamente seus corações. De certa forma não foi ruim, porque é um motivo a mais para voltarmos a Paris. Afinal, pisamos na circunferência que está diante da Catedral de Notre Dâme. Diz a lenda que nem nela pisa volta a Paris. Algo parecido com a nossa água de Boqueirão, que quem dela bebe volta a Campina Grande. Até a próxima Visite o www.guiamaconicors.com.br e leia o JB News
  • 6. 6 ] Este Bloco é produzido às quartas-feiras pelo Ir. Paulo Roberto VMda ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) Florianópolis - Paulo Roberto Contato: prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto Jean-Baptiste Willermoz Comerciante do ramo das sedas. *Lyon (França), 10 de julho de 1730. †Lyon (França), 20 de maio de 1824. Jean-Baptiste Willermoz era filho de Claude e Catherine Willermoz, comerciante da cidade. Devido às necessidades da família foi obrigado a deixar os estudos aos 12 anos de idade para ajudar seu pai nos negócios, três anos mais tarde ingressou como aprendiz numa loja especializada no comércio de sedas. Tendo aprendido a profissão, instalou-se, aos 24 anos, por conta própria, produzindo e comercializando sedas. Maçonaria e outros segmentos doutrinários? Havia sido iniciado na Maçonaria aos 20 anos de idade, dois anos depois já era venerável de Loja, no ano seguinte, 1753, fundou sua própria Loja Maçônica, a “A 3 - Maçons Célebres - " Ir Paulo Roberto "
  • 7. 7 Perfeita Amizade”, a qual teve um rápido desenvolvimento realizando estudos ocultistas e principalmente a alquimia. Willermoz permaneceu Venerável dessa Loja durante oito anos, dedicava parte de seus recursos às obras de caridade junto à comunidade, para o profano, era tido como um homem sério, honesto, enriquecido pelo trabalho com o comércio de sedas, cristão e frequentador da Igreja; pelos seus discípulos era admirado pela sua cordialidade e pela grande dedicação aos trabalhos maçônicos. Na própria família, outros membros se interessaram pelo ocultismo: sua irmã mais velha, Claudine (Madame Provensal), seus irmãos Antoine e Pierre-Jaques, seu sobrinho Jean Baptiste Willermoz Neveu. No meio ocultista era admirado pela solidez de seus conhecimentos que eram praticados juntamente com um pequeno grupo de esoteristas, escolhidos criteriosamente no seio da Maçonaria. Durante sua longa existência, Willermoz manteve correspondência com os principais ocultistas de sua época: Martinez de Pasqually, Saint Martin, Joseph de Maistre, Savalette de Lange, Brunswick, Saint Germain, Cagliostro, Dom Pernety, Salzman e outros ocultistas alemães, franceses, ingleses, italianos, dinamarqueses, suecos e russos. Em 21 de novembro de 1756, sua Loja filiou-se à Grande Loja da França, com a evolução dos trabalhos, fundou uma Obediência, composta por três Lojas, tornou-se o primeiro Grão-Mestre da Grande Loja dos Mestres Regulares de Lyon. Em 1760 essas Lojas contavam com 62 membros: a “A Perfeita Amizade”: 30 membros, a “A Amizade”: 20 membros, “Os Verdadeiros Amigos”: 12 membros. Foi eleito presidente da Grande Loja dos Mestres Regulares de Lyon, em 4 de maio de 1760, o irmão Grandon, recebeu do Conde de Clermont, o reconhecimento da Grande Loja da França e também o direito de ocultar os Altos Graus Escoceses. Willermoz elegeu-se Grão-Mestre da Grande Loja de Lyon de 1761 a 1762, mas não aceitou a renovação de seu mandato em 1763 para que pudesse dedicar-se mais à parte oculta. Em 1763 fundou juntamente com seu irmão Pierre-Jacques, o “Capítulo dos Cavaleiros da Águia Negra”, nele, entraram os irmãos mais instruídos das Lojas de Lyon. As reuniões eram secretas para evitar a curiosidade dos demais irmãos, a admissão de novos membros foi fechada, estudavam particularmente o simbolismo e a importância dos diversos níveis e os catecismos dos diferentes graus e sistemas maçônicos. Ele e seus companheiros não aprovavam os graus de vingança contidos em muitos sistemas maçônicos, com relação aos exterminadores da “Ordem do Templo” em 1313. Os membros do “Soberano Capítulo da Águia Negra”, estariam ligados aos “Iluminados de Avignon”, dirigidos por Dom Pernety, este, tinha contato com a “Estrita Observância Templária”, na Alemanha e provavelmente também com Dom Martinez de Pasqually e por seu intermédio, possivelmente, foi que Willermoz conheceu Pasqually e que se tornou Delegado Geral da “E.O. T” para a região de Lyon.
  • 8. 8 Com a aprovação da Grande Loja da França, os maçons de Lyon desenvolveram seus trabalhos sob o comando de sua própria Grande Loja, Jean-Baptiste Willermoz deixou o Grão-Mestrado em 1763, tornando-se simples Guarda-Selos e Arquivista, mas, nunca deixou de exercer alguma função na Maçonaria. Willermoz acreditava, desde a sua primeira admissão na Maçonaria, que Ela detinha o conhecimento de um objetivo possível e capaz de satisfazer o homem honesto. Trabalhos e estudos há mais de vinte anos, uma correspondência particular intensa com os Irmãos mais instruídos da França e do exterior e os arquivos da Ordem em Lyon, forneceram-lhe os meios para encontrar os inúmeros sistemas, alguns mais singulares que os outros. Também era em primeiro lugar, um discípulo esforçado, dedicado aos estudos, em segundo, foi um grande organizador de sistemas iniciáticos, grande pesquisador, ativo e prático; pela relação com Dom Pernety, deu uma impregnação alquímica ao seu sistema maçônico cujo objetivo era alcançar a iluminação, para realizar a Grande Obra. Em uma viagem à Paris, em maio de 1767, encontrou Bacon de La Chevalerie, substituto da “Ordem dos Elus-Cohens do Universo”, no Grão-Mestrado, foi nessa oportunidade que constatou pela primeira vez com a doutrina de Martinez de Pasqually. Tinha 37 anos de idade quando foi iniciado por Pasqually na “Ordem dos Elus-Cohens”, em cerimônia realizada em Versailles, proximidades de Paris. Bacon colocou Willermoz em contato também com outros irmãos, juntamente com seu irmão Pierre-Jacques, entraram na nova Sociedade, cujo chefe era Pasqually, um dos sete chefes soberanos universais da Ordem, como ele próprio se apresentava. Iniciado há 18 anos na Maçonaria e possuidor de todos os seus graus, compreendeu que até aquele momento nada sabia da Maçonaria essencial e que havia um vasto campo de conhecimentos a percorrer. Seus conhecimentos de alquimia, uma ampla base de conhecimentos de simbolismo maçônico e do ocultismo em geral, permitiram-lhe destacar-se rapidamente na “Ordem dos Elus-Cohens do Universo”. As teorias expostas por seu novo Mestre respondiam aos desejos secretos que possuía e a tudo aquilo que sempre procurou. A nova Ordem detinha prescrições particulares a seus discípulos, era vetado o consumo de sangue, dos rins, e da gordura dos animais, recomendava a prática mundana com moderação e duas vezes por ano praticavam um rigoroso jejum; abstinham-se de toda alimentação algumas horas antes de seus trabalhos. Pasqually concedeu-lhe o direito de estabelecer uma Grande Loja do novo rito em Lyon e deu-lhe o título de Inspetor Geral do Oriente em Lyon e fez com que entrasse como membro não residente do “Tribunal Soberano” de Paris. Em 13 de março de 1768, Bacon de La Chevalerie ordena Jean-Baptiste Willermoz no Grau Rosa Cruz. Willermoz iniciou longa correspondência com Pasqually, através da qual era instruído acerca das operações de equinócio e em relação aos trabalhos diários. Determinados irmãos iam de Bordeaux à Lyon para trabalharem com ele. Os irmãos de Paris realizavam trabalhos a sós ou acompanhados por Pasqually, como o Mestre não tinha meios de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, havia irmãos descontentes, Willermoz procurou acalmar os irmãos, tanto os de Paris como os de
  • 9. 9 Versailles e com tom moderado solicitou a assistência do Mestre em Bordeaux. Todos aguardavam suas promessas, os discípulos impacientes esperavam a manifestação do sinal do Reparador. O Mestre mandou que estudassem com mais perseverança ainda e que tivessem paciência e esperassem que a luz se fizesse presente no interior de cada um. Essa cobrança de que ele foi o porta-voz, parece ter irritado o Mestre, que o proibiu de realizar os trabalhos de determinado equinócio. Entretanto, desde 1768 Willermoz mantinha correspondência com Saint Martin, na época secretário de Pasqually, formou-se entre ambos uma forte amizade, estavam em início de carreira iniciática e ainda bastante imaturos na Iniciação Real. Saint Martin reconfortava o líder lyones, seu estilo elegante, seu fervor espiritual e seus conhecimentos de ocultismo acalmaram a mente dos irmãos de Lyon, dando-lhes coragem e paciência. Através de Saint Martin, Jean-Baptiste Willermoz em 11 de julho de 1770, Pasqually falou-lhe de seus mestres, sendo ele próprio apenas um intérprete, possuidor do terceiro grau de uma Ordem originária dos “Lendário Rosa Cruzes”. Willermoz encontrou nos novos companheiros da “Ordem dos Elus- Cohens”: Grainville, Champoleon, Bacon de La Chevalerie, Saint Martin, entre outros, uma grande fé em Martinez de Pasqually, na imortalidade da alma e na iluminação humana. Todos praticavam as técnicas mágicas oriundas do sistema organizado por Pasqually; esperavam pacientemente o desenvolvimento espiritual que se mostrava lento para todos os discípulos. Aguardavam a presença do agente incógnito, de “La Chose”, que deveria um dia manifestar-se no seu meio e aportar-lhes os conhecimentos divinos. Com a partida de Pasqually para São Domingos, a “Ordem dos Elus- Cohens” começou a declinar, Willermoz não esperou o desaparecimento do Mestre para agir por conta própria. Da América o Mestre escreveu-lhe colocando um fim em sua punição e dizendo-lhe que continuasse seu trabalho com a dedicação demonstrada até aquele momento, porque acabaria obtendo o sucesso almejado nas operações. Willermoz recebia encorajamento de Grainville e de Champoleon no sentido de lhe pacientar, salientavam a necessária distinção que se deve estabelecer entre o instrutor, falível como qualquer ser humano e a doutrina secreta, divina, pura, que ele nada mais fazia de que interpretá-la. A ideia que ele tinha de adaptar o sistema da “Ordem dos Elus-Cohens do Universo”, de Pasqually, dentro da Maçonaria, não era tarefa fácil. O sistema maçônico representa a Iniciação Primitiva e é tão antigo como a própria raça humana. Sua ritualística está inserida dentro de um contexto histórico, simbólico e iniciático. Em 1771 recebeu instruções de Saint Martin sobre a ordem e o método, era apegado à organização e às experiências, ainda que se sentisse constantemente decepcionado pelos seus insucessos. Necessitava de provas para afirmar seu espiritualismo e sentia- se fascinado pelo cerimonial e pelo ritualismo. Saint Martin tentava fazê-lo acessível à voz interior.
  • 10. 10 Willermoz procurava obter por carta, maiores esclarecimentos acerca dos problemas que iam surgindo no transcorrer de sua jornada iniciática. Os resultados positivos da iniciação não apareciam tão rapidamente como os discípulos desejavam, era necessário muito trabalho como em qualquer sistema de iniciação, para que surgisse alguma manifestação de aprimoramento espiritual. Difícil era encontrar adeptos capazes de professar uma Maçonaria Espiritualista, havia homens dispostos a praticar a Maçonaria Ocultista tanto em Lyon, como em Metz, em Estrasburgo, em Paris, em Versailles; Willermoz mantinha contato com todos esses grupos de maçons. Os contatos com os grupos maçons da Alemanha foram intensos a partir de 1772. Através do Venerável da Loja “A Virtude”, de Metz: Meunier de Précourt, ele ficou sabendo da sobrevivência da “Ordem do Templo” na Alemanha através dos Cavaleiros Teutônicos, que era a herança externa e dos Rosa-Cruzes, o legado interno. Em 1772, recebeu uma carta da Loja “La Candeur”, de Estrasburgo, confirmando existir na Alemanha, uma Obediência Maçônica rica pelo número e pela qualidade de seus membros, fundada por Superiores Incógnitos e denominada “Estrita Observância Templária”. Seu Grão- Mestre era o Barão de Hund e o objetivo: a prática das virtudes cristãs e o desenvolvimento moral e espiritual de seus membros. Tratava-se de uma Maçonaria Templária e Ocultista, seus membros estudavam a Cabala, a Alquimia e o Ocultismo em geral, Willermoz foi conquistado ao tomar conhecimento dos objetivos altruísticos e da seriedade dos seus trabalhos. Em 24 de junho de 1772, a E. O. T. tornou-se Lojas Reunidas Escocesas e o Barão de Hund foi substituído pelo Duque Ferdinand de Brunswick. Em dezembro de 1772, Rodolphe de Salzmann, Mestre dos Noviços do Diretório de Estrasburgo, chega a Lyon para fazer a iniciação de Willermoz e de seus companheiros, na “Sociedade dos Filósofos Desconhecidos”, tal como ele, Salzmann era um grande admirador do sistema maçônico. Paralelamente, Jean-Baptiste Willermoz e Saint Martin, que em setembro de 1772 havia se instalado em Lyon, na casa dele, trabalhavam juntos para o aperfeiçoamento do sistema maçônico, com base na doutrina e no sistema oriundo da “Ordem dos Elus- Cohens” e dos demais sistemas existentes que conheciam. Ele pretendia através da Maçonaria, a adaptação dos ensinamentos secretos recebidos de Pasqually. Saint Martin permaneceu um ano em Lyon, seguiu depois para sua cidade natal e depois para Paris. Em carta de 14 de dezembro de 1772, pedia a sua filiação na E.O. T, o Barão Weiler respondeu-lhe em 18 de março de 1773, que nada aceitariam que fosse contrário à sua religião de nascimento e a seus deveres de cidadãos como fiéis súditos do Rei da França. Conservaram também a ligação com a Grande Loja da França no que dizia respeito aos graus simbólicos; a ligação com a Grande Loja da Alemanha foi estabelecida somente em relação aos altos graus.
  • 11. 11 Em 1773, o Barão Weiler foi a Lyon e iniciou Willermoz e seus companheiros na E. O. T deixou instalada a Loja Escocesa Retificada “La Bienfaisance”, em condições de desenvolver independentemente seus trabalhos, isso aconteceu no dia 07 de novembro de 1773. Face à decadência da parte externa da “Ordem dos Elus-Cohens”, ocorrida a partir do ano de 1772, com a partida de Pasqually para São Domingos, Willermoz encontrou no sistema maçônico um substituto à altura. Nesse novo sistema, pretendia espargir as luzes recebidas na senda interior dos Elus-Cohens e receber também a manifestação do Agente Invisível; Willermoz retirou, a partir dessa época, os melhores ensinamentos de suas operações e a luz começava a brilhar no seio das trevas. Como a “Ordem dos Elus-Cohens”, a E. O. T. possuía dez graus, sendo: três simbólicos, três intermediários e quatro superiores, esta última classe, de origem templária. Jean-Baptiste Willermoz obteve a corrente de Jacob Boheme ao ser iniciado por Salzmann e confirmado na linha mais antiga dos Templários, ao associar-se com a E. O. T. Recebeu o grau de Grande Professo no Convento de Gaules, realizado em Lyon entre 25 de novembro de 1778 a 10 de dezembro de 1778, também conseguiu com Salzmann, que se introduzisse após o sexto grau da E. O. T., os dois graus denominados: Professo e Grande Professo que continham a doutrina da “Ordem dos Elus-Cohens”. A E. O. T. da região de Auvergne (Lyon) ficou conhecida pelo nome de “Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa” ou “Maçonaria Retificada”. Os graus simbólicos ficaram sendo quatro: Aprendiz, Companheiro, Mestre e Mestre Escocês; a classe superior ficou denominada: Cavaleiro Professo e Grande Professo. Willermoz, tendo conseguido introduzir no sistema maçônico de Lyon, da E. O. T., a filiação espiritual e doutrinária de Pasqually, tentou fazer o mesmo no resto das Obediências Maçônicas. No seu conceito, o R. E. R. tinha por objetivo o estudo das ciências ocultas, pretendia unir o ocultismo com o cristianismo, estudar o esoterismo do cristianismo, considerar a Cristo, o Reparador; crê em Cristo, porém renega a autoridade do Vaticano, e do Catolicismo de Roma. No R. E. R. seus princípios aparecem como cristãos fundamentados nos evangelhos. O Willermosismo tendeu sempre para o agrupamento das fraternidades iniciáticas, à constituição de coletividades de iniciados dirigidas por centros ativos religados ao iluminismo. No convento de Wilhemsbad, aberto no dia 14 de julho de 1782, Willermoz encontrou o apoio precioso dos dois príncipes dignitários da E. O. T.: os irmãos: Ferdinand de Brunswick, que presidiu o Convento, e Charles de Hesse, recebeu a missão de organizar o Rito Escocês Retificado e foi designado Soberano Delegado Geral do Movimento para a região de Lyon.
  • 12. 12 Conseguiu também que todos os irmãos da “Ordem Interior” recebessem o título de Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa. E no novo conjunto de graus, no número de sete, continha todo o sistema doutrinário de Pasqually, organizado inteiramente em Lyon através de: Willermoz, Saint Martin, Grainville, Savaron e outros e que a partir do Convento de Wilhemsbad passou a ser adotado igualmente em toda a Alemanha e resto da França. O título "Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa" originou-se do nome da Loja "La Bienfaisance", de Lyon, que abrigou os primeiros cavaleiros. Em 5 de abril de 1785, obteve sucesso com as suas operações, a “Coisa” ativa e inteligente mostrou-se aos homens. O Agente Incógnito, ser de natureza divina, teria ditado uma série de instruções aos Irmãos de Lyon, através de uma sonâmbula: Madame de Vallière:.." não rejeiteis a voz do Espírito Puro que se serve de uma mão corruptível", teria dito o Agente. Era a prova definitiva da validade das cerimônias pela manifestação da “Coisa”, 13 anos após a partida de Pasqually para São Domingos. Willermoz não rejeitou a voz do Espírito Puro, mensageiro da Divindade; seu grupo foi escolhido para ser o centro de irradiação da Luz. Com auxílio do Invisível, ele e Saint Martin adquiriram um lugar de destaque na organização da “Maçonaria Retificada” e da “Ordem Interior”; iniciaram adeptos de toda a França e Alemanha, porém sabiam que o sucesso não seria fácil, Saint Martin disse à Willermoz: "o espírito é como o vento, ele sopra quando quer e como quer e ninguém sabe quem ele é e de onde vem...". Foi também no seio desta Loja que foram recrutados os membros do “Conselho dos Onze” que fundaram a Loja “Elue et Cherie” pela ação do “Agente Incógnito”, o mensageiro divino esperado desde o tempo de Pasqually. No dia 10 de abril de 1785, comunicou aos onze irmãos de sua Loja “La Bienfaisance”, que ela passaria a denominar-se Loja “Elue et Cherie”, centro de uma nova sociedade. Os irmãos escolhidos pelo “Agente” foram: Willermoz, Pagannuci, Grainville, Millancia, Monspey, Savaron, Braun, Périsse-Duloc, Castellas, Rachain, Antoine Willermoz. Havia um décimo segundo irmão que estava ausente dos trabalhos e o “Agente” disse que ele ainda não podia ser designado porque seu coração estava muito ocupado com os negócios profanos. Tudo leva a crer que se tratava de Saint Martin. Willermoz falava sobre a iniciação: “Aquele que me a transmitiu não é um ser inspirado interiormente, nem um magnetizador privilegiado, nem um ser versado nas iniciações antigas, que conhece muito menos que nós. É um ser que goza de todos os sentidos ao escrever, que escreve quando lhe fazem pegar na pena, sem saber nada do que escreverá, nem a quem escreverá. Uma potência invisível, que não se manifesta a ele senão por diversas partes de seu corpo, toma a mão como se toma a mão de uma criança de três anos, para lhe fazer escrever o que se deseja. Ele não pode conduzir a ação, mas pode resisti-la por ato de sua vontade, que então para de escrever; ele lê então o que sua mão escreveu e é o primeiro admirador do que vê, muitas vezes nada compreende de que escreveu, foi prevenido, desde o tempo que esse dom extraordinário começou a se manifestar nele, que escreveria coisas que não deveria compreender porque não foram escritas para si, mas para aqueles a quem elas se destinavam.”.
  • 13. 13 O próprio “Agente” tinha seus superiores, "as potências celestes superiores ou secundárias" que dirigiam seus trabalhos e faziam-no escrever. Eram depósitos de conhecimentos admiráveis, uma doutrina da verdade. A revelação e o desenvolvimento dessa doutrina deveriam continuar, através do “Agente”, desde que se formasse uma nova sociedade secreta de Iniciação, cujos membros escolhidos individualmente pelo “Agente”, seriam os obreiros da décima primeira hora, os sucessores dos Apóstolos e dedicados à “Grande Obra”; seriam os precursores de um novo amanhã, homens regenerados pela fé e pelo trabalho. A reunião havia sido realizada na casa de Savaron, onde Willermoz também dissertou sobre os quatro cadernos de instrução ditados pelo “Agente”. "Informei-vos do que se passou de vossa eleição pessoal, do destino atribuído a esta nova Sociedade. Esforcei- me, confesso em vos comunicar a persuasão e a confiança de que venho de ser cumulado. Ao aspecto desse depósito maravilhoso, ficaste tão admirados quanto eu... A Iniciação que ele fornecia e a forma que ele a apresentava vos pareceram um prodígio e vós permanecestes tomados de admiração e reconhecimento...” assim a nova Sociedade de amigos foi fundada. Os Iniciados da nova Sociedade não eram recrutados apenas em Lyon, um mês depois, Willermoz viu-se obrigado a aumentar sua correspondência com pessoas residentes em outras cidades. Dois amigos de Saint Martin foram iniciados: o Visconde de Saulx-Tavannes e o saxão Tieman. Seguindo o apelo do “Agente”, Willermoz contatou o Cavaleiro de Barberin, Ferdinand de Brunswick e Charles de Hesse. Em 30 de junho de 1785, a Sociedade possuía trinta membros. Quando o Abade Fournier, último secretário particular de Pasqually, soube do sucesso dos trabalhos de Lyon, partiu para essa cidade, porém, chegando à Lyon, não foi recebido no Templo, porque os altos graus na “Ordem dos Elus-Cohens” nada valiam na nova Sociedade e também porque somente seriam iniciados novos membros mediante convite especial do próprio “Agente”. A decepção tocou também o Dr. Archbold, que foi também rejeitado. Essas pessoas teriam desencadeado uma série de intrigas que abalou a Sociedade. Por causa disso Willermoz parou de remeter sua contribuição ao abade Fournier. Saint Martin também ficou sabendo da notícia, partiu de Paris, em junho de 1785, levando consigo uma bíblia em hebraico e um dicionário, para entreter-se na viagem. Pelo que se pôde perceber ele teria tido previamente contato com o “Agente”, porém ele teria agido como precursor não autorizado em relação ao “Agente Incógnito” e publicado seu livro: “Dos Erros e da Verdade”, sem autorização e com o pseudônimo de “Filósofo Desconhecido”. O próprio Saint Martin esclareceu esse ponto: "Eu sei que, em meu foro íntimo, a publicação de meus escritos jamais teve meu próprio assentimento completo. O erro que cometi em me deixar conhecer não se pareceu comparável ao de ter escrito. Este último erro ofendeu "La Chose" por me colocar em seu lugar, sem sua ordem; o outro erro não expunha senão minha pessoa". Saint Martin acabou por alcançar a “Graça da Reconciliação”, porque os homens não são castigados eternamente. Após ter aceitado o “Agente” como sinal da Divindade, foi recebido em julho de 1785, segundo as leis do “Agente”, sob o nome de “Eques a
  • 14. 14 Leone Sidero”, no seio da Loja “Elus et Chérie”, permaneceu em Lyon até janeiro de 1786. De abril a dezembro de 1785, cento e vinte cadernos foram escritos, somente trinta e um foram escolhidos por Willermoz para serem copiados pelos irmãos e servirem de instrução aos novos membros. A “Doutrina da Verdade” ensinava que Phaleg deveria ser reverenciado como fundador da Maçonaria, no lugar de Tubalcaim. Phaleg teria reagrupado pela primeira vez homens em Lojas. Esta palavra Loja ensinou o “Agente”, teria se originado da palavra primitiva “Logos” ou “Verbo”. O “Agente” trouxe um reconhecimento divino às Lojas. Lyon tornou-se o depósito e centro dessa bem-aventurada Luz, que a partir desse local, propagou-se por toda a Província, pela França e outros países. Vários homens de desejo próprio foram chamados em presença dos Martinistas de Lyon e se submeteram às formalidades de Iniciação na nova Ordem. Saint Martin ajudou Jean-Baptiste Willermoz a colocar em ordem os Cadernos de Instrução dos irmãos. Entre 1785 e 1787, foram iniciadas várias pessoas, oriundas de inúmeras localidades, a organização dos círculos de Iniciados em Lyon, recebia a inspiração do “Agente”, o “Superior Incógnito”. Desde a revelação, no dia 5 de abril de 1785, Willermoz, com 54 anos de idade, não cessou de trabalhar, inspirado pelo “Agente”, procurava suscitar nos corações de seus Iniciados, não apenas o conhecimento das coisas transcendentais, mas a convicção de que entravam em uma Loja onde a Luz estava presente e cuja aliança com a Divindade fazia irradiar dessa Loja a Luz dos últimos tempos sobre todas as nações, e que os Maçons Retificados de Lyon formavam os elementos do novo templo escolhido. Esperando a conclusão da “Grande Obra”, os Iniciados de Lyon deveriam praticar as virtudes ensinadas pelo “Agente Incógnito”, antes de pretenderem propagar a doutrina por todo o Universo. A fraternidade reinante entre os irmãos castigava os recém-chegados, Gaspar de Savaron, Millanois e Périsse-Duloe salientavam-se por sua cordialidade em relação a todos os irmãos; o próprio Willermoz mostrava-se um mestre afável e hospitaleiro, irradiava amizade entre todos os irmãos. No dia 10 de abril de 1786, os Iniciados de Lyon comemoravam o primeiro aniversário de fundação da nova Sociedade, alguns dias após, o “Agente” revelou que em três anos sua ação seria renovada e que um ser providencial faria a Sociedade entrar em uma fase decisiva: "Recebeis, como bons estudantes, as lições de Maria ainda no segundo ano, mas no terceiro, Jesus Cristo tornar-se-á vosso mestre. Sua sábia voz escolheu o „tipo" entre vós‟”. Em abril de 1786, Willermoz colocou a disposição dos irmãos o Caderno de Instrução nº 131. Os três primeiros anos foram de muita expectativa para todos os Iniciados de Lyon, porque aguardavam o novo Mestre Incógnito. Esperavam todos os amigos íntimos de Willermoz: Gaspar de Savaron, Grainville, Saint Martin e à distância: Charles de Hesse,
  • 15. 15 Ferdinand de Brunswick, Bernard Turkheim, banqueiro e maçom ativo de Estrasburgo, amigo íntimo de Salsmann. O “Agente” teria também prometido comentários inéditos sobre a Bíblia e sobre os escritos dos primeiros Padres da Igreja. Até 1788 nada de novo ocorreu, o “Agente” suspendeu sua ação e isto fez com que alguns discípulos ficassem com a fé abalada. Um dos irmãos, o Conde de Tavannes, apresentava de vez em quando, crise de nervos, ele tinha sido encarregado pelo “Agente”, de procurar um manuscrito grego, que apresentava revelações sensacionais e que estaria depositado na Biblioteca Imperial. Tavannes tentou encontrá-lo, mas não teve sucesso e responsabilizou as doutrinas da Iniciação Lyonesa pelo seu estado de saúde. Saint Martin tinha previsto que esse acidente, bem como a falta de comunicação do “Agente”, iria abalar a reputação dos Iniciados de Lyon. Com efeito, os Iniciados de Estrasburgo começaram a vacilar na senda, através das dúvidas lançadas por Bernard de Turkheim, voltaram todos sua atenção para os príncipes alemães. Em 18 de junho de 1788, o Grão- Mestre da Maçonaria Retificada, o Duque de Havré, depositou em Lyon, junto a Willermoz, sua demissão; em vão Willermoz tentou convencê-lo da realidade dos trabalhos, da sinceridade de intenções de todos os irmãos de Lyon. "Infelizmente, escreveu Willermoz a Saint Martin, por essa época, aquele que recebeu a ordem de velar pelo “Agente”, de falar a todos em seu nome, tendo às vezes que gritar para melhor se fazer ouvir, não deixou de ser, para alguns, senão um usurpador que, ao abusar dos mistérios, aproveitava-se das circunstâncias para dominar seus irmãos... Seu cargo excitou murmúrios secretos, ciúmes... Outros preferiram duvidar de sua missão, porque ele não a mantinha por prodígios que lhes pareciam necessários para ser acreditado.”. Saint Martin, profundo conhecedor do caráter de Jean-Baptiste Willermoz, vivendo na sua intimidade há quase vinte anos, acentuou suas atividades após julho de 1785, os Cadernos de Instrução passaram a ser copiados por ele. Em 10 de outubro de 1788, Willermoz convocou uma assembleia extraordinária para tentar reconquistar a confiança dos Iniciados; não teve sucesso. Em dezembro de 1789, Saint Martin pediu demissão da Loja Maçônica de Lyon. O “Agente” reapareceu em 1790, mandou destruir 80 Cadernos de Instrução, que não tinham sido copiados pelos irmãos, porém, entre 1790 e 1791 o “Agente” ditou mais 40 cadernos, tratando de: orações, liturgia, leis sobre a natureza, comentários sobre a Bíblia etc. Em 1798, surgiu um caderno comentando criticamente as obras do Saint Martin: “Dos Erros e da Verdade”, “A Tábua Natural”, “O Homem de Desejo”, “O Novo Homem” e “O Homem Espírito”. Em 1793, quando eclodiu a Revolução Francesa, o terror tomou conta da cidade de Lyon, Virieu desapareceu, Millanois, Grainville e o veterano Guilaume de Savaron (irmão de Gaspar de Savaron), oficiais do exército em Lyon, foram condenados pelo tribunal e fuzilados; Antoine Willermoz e Bruyzet foram guilhotinados. A obra maçônica de Willermoz sofreu a perseguição da Revolução, muitos “Templos Retificados” ou “Cohens” foram obrigados a fecharem as portas. O sistema maçônico “Retificado” dos
  • 16. 16 C. B. C. S. passou para a Suíça, fugindo dos Revolucionários e depois de Napoleão, dando origem ao “Sistema Retificado Moderno”, mais tarde esse sistema voltou à França e após a Alemanha. Muitos fugiram para a Suíça, alguns para o campo, o grupo de Iniciados de Lyon ficou praticamente extinto, Willermoz foi a uma casa retirada onde se reuniam os Iniciados e em dois baús colocou os arquivos e os trouxe para a cidade, no dia seguinte aquela casa ficou reduzida a cinzas. Na casa onde se alojava em Lyon, caiu uma bomba que atingiu um dos baús, desmanchando-o com todos os documentos, Jean-Baptiste Willermoz fugiu levando o que restava dos documentos e colocou-os em mãos seguras; parte deles ficou com seu sobrinho Jean Baptiste Willermoz Neveu. Willermoz, como Périsse, seguiu as funções de caridade em hospitais e escapou da condenação, ação de seu irmão Pierre-Jaques Willermoz, médico, foi decisiva para salvá-lo da Revolução. Passada a tormenta revolucionária, graças aos rituais que havia salvado, Willermoz reorganizou a “Maçonaria Espiritualista”, até a morte procurou como objetivo, as práticas da virtude e da caridade e com que as “Lojas” e “Capítulos” fossem centros de seleção para os grupos de Iluminados. A primeira parte de sua obra era clara, a segunda, oculta, Willermoz continuou sua obra sobre a terra, 19 anos após a partida de Saint Martin para o “Mundo Invisível” (1803), os dois “Adeptos” completavam-se, Jean-Baptiste Willermoz destacou-se pelo seu dinamismo e pela capacidade de organização, usava a Maçonaria como centro de recrutamento para a “Ordem Interior”. Saint Martin, mais intelectual, procurava em todos os meios onde se encontrava os “Homens de Desejo” para colocá-los em Sua Senda Interior. Willermoz escolheu a Maçonaria como base fundamental para preparar o Iniciado e colocá-lo em condições de marchar na “Senda da Luz” entre as duas colunas, até chegar ao Oriente, onde encontrará a coluna invisível que o ligará com a Divindade. Para Jean-Baptiste Willermoz, como para Saint Martin e demais mestres do “Ocultismo Ocidental”, a “Iniciação Real é um trabalho eminentemente pessoal, interior”. O Homem ao encarnar ficou com o espírito por desenvolver a partir de uma centelha espiritual. “O receptáculo é a Alma Humana, a Pedra Bruta que deverá ser transformada e inserida na obra de construção do Templo Universal, a Jerusalém Celeste das almas regeneradas e imortalizadas pelo Verbo Divino”. Poucos anos, antes de sua morte, confiou os arquivos a seu sobrinho, seu Iniciado, posteriormente foram legados à Élie Steel e depois à Papus (1895). Após sua morte subsistiram Lojas de seu sistema trabalhando com êxito em toda a França, Alemanha e tália.
  • 17. 17 O Ir Aquilino R. Leal * escreve neste espaço às quarta-feiras e domingos 144: MAIS UM OUTRO NÚMERO ‘FATÍDICO’ Material originalmente publicado na edição196, 13/06/2009, do semanário FOLHA MAÇÔNICA – atualizado para os propósitos do JB NEWS. Aquilino R. Leal Fato: Diz o Ritual, Grau I, REAA: “O número dois é um número terrível, o número fatídico. É o símbolo dos contrários e, por consequência, da dúvida, do desequilíbrio e da contradição”. “Para demonstrar isso, tomemos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas, a Aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2.”. “Até na Matemática, o número dois produz confusão, pois ao vermos o número quatro ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois números dois, pela soma ou pela multiplicação, o que não ocorre com qualquer outro número...”i Conclusão: Acompanhando o „raciocino‟ do Ritual também poderemos colocar o número 144 no rol dos números cabalísticos, terríveis e... fatídicos! O porquê. Além de ser conhecido nas rodas comerciais como sendo a expressão de uma grossa apresenta as seguintes características que o tornam, no mínimo, singular:  É um quadrado perfeitoii ;  É um dos elementos numéricos da série de Fibonacciiii ;  Alguns de seus divisores são números que merecem atenção especial tal como 2; 12; 24; 36 e 72 (estes dois últimos estritamente ligados ao número phiiv [lê-se „fi‟ - não confundir com o número irracional „pi‟ - v ], via triângulo de ourovi e, por correlação, com o pentagrama);  A soma de seus algarismos é 9 (1+4+4), número comprovadamente „interessante‟;  A sua raiz quadrada é 12, número também „interessante‟;  A soma dos algarismos de sua raiz quadrada (12) é 3 (1+2), número essencialmente cabalístico;  A raiz quadrada da soma de seus algarismos, 9 (1+4+4), é igual à soma dos algarismos de sua raiz quadrada que é 3! 4 - Aquilino r. leal - "144: mais um outro número fatídico"
  • 18. 18 É 144 um número fatídico, terrível etc. ou não? Afinal de contas ele apresenta uma razoável quantidade de característica peculiares... Será que o número 144 é para ser „adorado‟, „idolatrado‟... Com a palavra os entendidos de plantão... E, porque não, o Ven Colégio de Mestres Inst que até o momento se mantém calado, mudo... Certamente porque seis participantes não leem o JB NEWS ou, o que nos parece bastante provável, não têm argumentos adequados para contestação, quando, então, o silêncio é a melhor solução. “Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma pequena parcela dele, justamente esta pequena parcela que chamamos de eu.” (Autor desconhecido) Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário, aposentado, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988. É fundador de duas Lojas Maçônicas no Rio de Janeiro, ambas trabalhando no REAA; em destaque a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de Janeiro. Desde 2008 é colaborador permanente do FOLHA MAÇÔNICA (folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três colunas semanais: A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE INÚTIL. Gerencia o ‘Ponto Cultural do Folha Maçônica’ (http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão postados mais de 15 mil títulos sobre a Ordem e afins para livremente baixar. Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas mensais, do mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
  • 19. 19 O autor, Ir Marco Antônio Nunes – Florianópolis – SC é MM da ARBLS “Fraternidade Catarinense” nº 9 Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC Contato: martoni.nunes@gmail.com NOSSOTEMPLO,OUNIVERSO Sabemos que a Loja simboliza o Universo e, como tal, seus limites não encontram fronteiras senão aquelas convencionadas pela Maçonaria para dar-nos a ideia de medida, sem a qual a nossa percepção, sempre ávida de limitações, não alcança a devida compreensão. Sua altura, da Terra ao Céu, extrapola-se pela abóbada azul salpicada de estrelas e por onde transitam o Sol, a Lua e os astros que circulam e convergem rumo ao infinito, num equilíbrio de forças magnéticas que se interpenetram e mantém a harmonia do universo, somando-se às nossas esperanças, aspirações e às preces que elevamos ao Pai Celestial por um mundo melhor, pelo entendimento e o amor entre os homens. Preces que viajam pelo espaço, passando por muitos sóis, muitas luas e muitos planetas - quem sabe iguais ao nosso - na expectativa de sermos ouvidos e atendidos. Ouvidos, com certeza. Atendidos, nem sempre. Ele sabe quanto merecemos. Da superfície ao centro da Terra é a delimitação que nos mostra que abaixo de nossos pés encontra-se o destino do nosso "eu material", quando o espiritual está voltado para o alto. É o destino, também, dos que não separam o espírito da matéria e 5 - nosso templo, o universo Ir Marco Antônio Nunes
  • 20. 20 têm na própria Terra a sua morada eterna. É o Umbral, onde penam os desprovidos de luz e que lá encontram seus iguais para, em uníssono, clamar impropérios pelo destino escolhido pelo seu livre arbítrio. Sua largura de Norte ao Sul, é a distância que percorremos, como aprendizes, para sairmos das sombras onde desbastamos a pedra bruta, para alcançarmos a luz do conhecimento, rumo à exaltação. É o contrastante caminho das trevas do desconhecimento, para os primeiros lampejos luminosos do entendimento e da compreensão da nossa verdadeira identidade, até então presa sob espessa camada de matéria bruta. É a espiritualização da nossa consciência enraizada de sentimentos embrutecidos pelo desconhecimento da verdadeira vida. São os limites dos nossos limites prestes a abrir as suas fronteiras a cada lasca tirada da pedra e partir rumo à luz. E, por toda essa vastidão, caminhamos nós, aprendizes, companheiros e mestres, sustentados pelas colunas da Sabedoria, da Força e da Beleza, em busca do nosso aperfeiçoamento. O caminho é interminável e os obstáculos são tantos quanto for nossa capacidade de criá-los, e as dificuldades serão tantas quanto for nossa capacidade de união para, em conjunto, superá-las. Nosso templo tem o tamanho exato da dimensão imaginativa de cada um. Para uns, apenas um mero prédio repleto de símbolos sem sentido; para outros, símbolos maçónicos representando convenções criadas pelo imaginário maçónico, mas que não passam de representações simbólicas de sentimentos, lendas e tradições. Mas, para o verdadeiro maçom, para o mestre que tenha alcançado a plenitude da sua capacidade de extrapolar os limites da matéria, é a representação do próprio universo, onde as três luzes que representam a Sabedoria (Razão), a Força (Poder) e a Beleza (Amor) partem de um só Malhete: o da Trindade Divina que comanda esse infinito templo do Oriente Universal.
  • 21. 21 VIII Encontro de Cultura Maçônica A Loja Templários da Nova Era realizará sábado (21) o VIII Encontro de Cultura Maçônica, no Templo do Condomínio Monte Verde, a partir das 13h34. Consulte as edições anteriores do JB News, para saber da programação completa. Bom dia meus IIr.`., Noite memorável! A nota abaixo é extraída da Comunicação feita pelo Ir. Clovis Petry, Venerável Mestre da Loja Templários da Nova Era: 6 - destaques jb
  • 22. 22 "Em Sessão Especial, as Lojas Fraternidade Universal e Templários da Nova Era, comemoraram o aniversário da Revolução Farroupilha. Com número expressivo de IIr.`. das duas Lojas e de visitantes, especialmente da Loja Delta de Ingleses, inclusive com seu V.`.M.`., Ir.`. Márcio Cercato, o Templo ficou colorido e bem ocupado. Seguindo um Rito especial, os IIr.`. puderam sentir a harmonia e espírito fraterno que reina entre as Lojas e entre os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que irmanados lutaram por um objetivo comum àquela época. Agora é hora de lutarmos novamente por um objetivo em comum: Tornar Feliz a Humanidade! Na Ordem do Dia constou Palestra do Ir.`. Homero Franco, que magistralmente brindou a todos com uma verdadeira aula de história sobre o período revolucionário brasileiro e latino. Parabéns Ir.`. Homero. Por fim, os "Patrões" agradeceram a presença de todos e rogaram ao G.`.A.`.D.`.U.`. que a todos guie pelo Caminho da Luz. Após a belíssima Sessão, os participantes puderam degustar de saborosa galinhada no Rancho do Ir.`. Steinhaus. Informamos que o Ir.`. Valsechi estava participando de Sessão na ALESC em virtude da Presidência da Academia Maçônica de Letras e o Ir.`. Vilson estava representando a Loja na Sessão Conjunta das Lojas Fraternidade Josefense e Padre Roma. O JBNews trará as fotos em breve. Agradecemos ao Ir.`. Jerônimo pelo incansável trabalho de divulgação das atividades da Loja e do registro de sua história. Obrigado meus IIr.`.. Com o desejo de um ótimo dia, TFA, Clovis" Veja alguns registros, clicando no link fotográfico abaixo: https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/LojaFraternidadeUniversa lETemplariosDaNovaEraRevolucaoFarroupilhaSessaoConjunta?authkey=Gv1sRg CPXsyJ7ux8XVWw#
  • 23. 23 GOSC: Toma posse o novo Secretário de Planejamento e Informações Adjunto Foi empossado na última segunda-feira (16), pelo Irmão Alaor Tissot, Grão-Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina -GOSC - o novo Secretário de Planejamento e Informações Adjunto, Irmão Marcos Antonio Pacheco. Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33.com.br
  • 24. 24 Colunas “J “e “B “ do Templo do Grande Oriente de França, em Paris, foto enviada com exclusividade pelo Ir. Aleksandro Aita.
  • 25. 25 1 - Vale a pena assistir ao vídeo abaixo. Por que será que os países ainda não adotaram esta idéia??? http://youtu.be/KBUGAUGqaY4 2 - Alzheimer: Importante Entender http://www.youtube.com/watch?v=dGhyR- 1I2oc&feature=player_embedded 3 - Cada dia descobrem novas civilizações antigas. http://www.dihitt.com/barra/descoberta-cidade-egipcia-submersa- heracleionthonis 4 - Armageddon - Filme Completo http://www.youtube.com/watch?v=_4SyUEOVioc
  • 26. 26 Cão de 19 anos dorme no colo do dono em lago e foto vira hit na internet. Um grande registro que retrata o amor entre esses dois seres. E continuarão sendo assim quando se forem. fechando a cortina
  • 27. 27 i Claro que ocorre! Substitua o dois pelo zero! Tudo como antes no quartel do Abrantes... Então o zero (0) pode ser considerado como “terrível, fatídico”? Zero (0) também é o “símbolo dos contrários e, por consequência, da dúvida, do desequilíbrio e da contradição”? Parece que sim! “Para demonstrar isso, tomemos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas, a Aritmética, em que 0 + 0 = 0 x 0. Até na Matemática, o número zero produz confusão, pois ao vermos o número zero (ou seja, ele próprio), ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois números zeros, pela soma ou pela multiplicação...”. Ficamos com a pergunta sem resposta: tais características, apenas inerentes a esse par de ‘números’ não seria o suficiente para serem admirados, idolatrados em vez de injustamente caluniados? ii Todo número cuja raiz quadrada é um número inteiro é chamado de quadrado perfeito. iii Série numérica cujos dois primeiros elementos são 1 e 1 a partir daí o próximo elemento corresponde à soma dos dois valores numéricos imediatamente anteriores: 1 1 2 3 5 8 13 21 34 55 89 144 etc. iv 91,61803398 2 15    v Aproximadamente igual a 3,141592653589793238462643383279502884197169399375... vi Não confundir com o outro ‘triângulo de ouro’ que é o triângulo retângulo de lados 3 e 4 (hipotenusa igual a 5) também conhecido por triângulo de Pitágoras.