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NADO COSTA
• Posição do corpo
Numa visão lateral, deve ver-se o peito do nadador numa
posição plana e horizontal ao nível da água; Deve ser
evitada a tendência de nadar sentado na água; A cabeça
alinhada com o corpo, olhar para cima; Visto de trás, os
ombros realizam uma rotação na direção do braço de
tração; Não deve haver deslocamento lateral do ombro
como resultado da ação do braço; A anca faz uma ligeira
rotação de reação associada à ação das pernas.
Conclusão: Como em qualquer técnica de nado, a posição
do corpo do nadador na água está intimamente relacionada
à eficiência de seus movimentos de braços e pernas.
• Erros comuns: Cabeça muito alta; movimento de cabeça
para os lados, acompanhando a entrada dos braços na
água;
cabeça excessivamente para trás; quadril muito baixo.
• Pernas
É basicamente semelhante à pernada do crawl, com a
inversão do movimento; movem-se alternadamente no plano
vertical; parte de sua função é estabilizar e equilibrar o
nado; pequena propulsão no batimento para cima (em
oposição ao crawl); tornozelos relaxados no batimento para
baixo; flexão plantar no pontapear para cima; dedos dos pés
voltados para dentro (como no futebol, pontapear com o
peito do pé); joelhos devem permanecer o tempo todo
abaixo da superfície da água, evitando o movimento de
bicicleta; a pernada nas costas é mais eficiente que a do
crol em termos de propulsão.
• Erros comuns: trabalho das pernas sem rítmo; rigidez no
batimento das pernas; pouca amplitude no movimento de
pernas; batimento das pernas muito profundo; excessiva
elevação no batimento das pernas; flexão exagerado dos
joelhos no batimento de pernas; batimento das pernas
completamente estendidas e com os pés fletidos; flexão das
pernas no início do movimento descendente.
BRAÇOS
• Como no crawl, a acção dos braços é alternada; são
propulsores do nado; A sua ação divide-se em duas fases:
Subaquática ou propulsiva e recuperação.
• Propulsiva
Agarre: é a base da fase propulsiva; o movimento começa
com o braço dentro da água; mão alinhada à frente do
ombro; braço estendido - punho ligeiramente flectido;
trajetória da mão é para baixo saindo da linha do ombro;
aqui começa a rotação do ombro;
• Tração: Braços fletidos ou estendidos? Adloph Kiefer - pai da
técnica de costas, nadava com os braços estendidos tendo
conseguido bons resultados em 1936 Roland Matheus, em 1972,
alcançou-os com braços fletidos.
• Alguns autores aconselham na fase de aprendizagem ensinar a
braçada com braços estendidos pelo fato de ser mais fácil de
executar.
• A braçada com os cotovelos fletidos está comprovada
cientificamente ser mais eficiente; antebraço e mão voltadas para
os pés;
a mão move-se para baixo descrevendo um "
s" alongado;
o ângulo entre o braço e o antebraço diminui quase até um ângulo
recto,
ao atingir o nível do ombro;
a força da articulação do ombro dita a amplitude deste movimento;
a tração vai até que o braço e mão atinjam simultaneamente o
plano lateral do ombro; neste ponto a mão está mais afastada
lateralmente do movimentos
• Empurre: A mão é que conduz o movimento; palma da mão
ainda voltada para os pés;
no fim da ação propulsiva, braços estendidos com a palma
da mão voltada para baixo.
• Recuperação: Rotação axial do braço para dentro; a mão
com o polegar para cima, os braços movimentam-se
verticalmente para cima, próximo do corpo; rotação do braço
para fora da água; no final desta rotação a mão estará
voltada para fora; os braços devem ser mantidos numa
diferença de 180 graus entre si, durante o ciclo; flexibilidade
do ombro é fundamental.
• Entrada: entrada pelo dedo mínimo; flexão do punho antes
da entrada; o ponto de entrada é a linha do ombro; no
momento da estrada, os ombros devem estar posicionados
horizontalmente em relação à superfície da água; quanto
mais flexíveis forem os ombros, melhor será a entrada.
• Erros comuns: Entrada dos braços ultrapassando a linha
mediana do corpo, exageradamente afastados e flectidos;
não apoiar as mãos no início da braçada; apoio inicial das
mãos muito superficial; executar a tração com os braços
estendidos (lateralmente e verticalmente); executar
movimentos assimétricos de braços, dentro ou fora da água;
projetar e elevar o cotovelo na tração, antes do braço;
elevação do cotovelo no final da tração; terminar a braçada,
com as mãos muito afastadas no corpo; no final da tracção,
empurrar a água somente para frente; iniciar a recuperação
com os braços flectidos; recuperar os braços sem estarem
relaxados; recuperação de braços com os ombros dentro da
água.
• Respiração
Sem problemas para o nadador, pelo facto de o rosto estar
sempre fora da água; respiração natural; ar é inspirado
durante a recuperação de um braço e expirado na
recuperação do outro.
• Erros comuns: respiração sem ritmo
• Coordenação dos movimentos
Em regra 6 batimentos de pernas para cada ciclo de
braçadas com ritmo suave e fluente.
SAIDA
• O nadador dentro da água segurando a parede da piscina,
pés totalmente submersos; mãos segurando com firmeza a
barra à largura dos ombros; pés na parede e dedos abaixo
da superfície.

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  • 2. • Posição do corpo Numa visão lateral, deve ver-se o peito do nadador numa posição plana e horizontal ao nível da água; Deve ser evitada a tendência de nadar sentado na água; A cabeça alinhada com o corpo, olhar para cima; Visto de trás, os ombros realizam uma rotação na direção do braço de tração; Não deve haver deslocamento lateral do ombro como resultado da ação do braço; A anca faz uma ligeira rotação de reação associada à ação das pernas. Conclusão: Como em qualquer técnica de nado, a posição do corpo do nadador na água está intimamente relacionada à eficiência de seus movimentos de braços e pernas.
  • 3. • Erros comuns: Cabeça muito alta; movimento de cabeça para os lados, acompanhando a entrada dos braços na água; cabeça excessivamente para trás; quadril muito baixo.
  • 4. • Pernas É basicamente semelhante à pernada do crawl, com a inversão do movimento; movem-se alternadamente no plano vertical; parte de sua função é estabilizar e equilibrar o nado; pequena propulsão no batimento para cima (em oposição ao crawl); tornozelos relaxados no batimento para baixo; flexão plantar no pontapear para cima; dedos dos pés voltados para dentro (como no futebol, pontapear com o peito do pé); joelhos devem permanecer o tempo todo abaixo da superfície da água, evitando o movimento de bicicleta; a pernada nas costas é mais eficiente que a do crol em termos de propulsão.
  • 5. • Erros comuns: trabalho das pernas sem rítmo; rigidez no batimento das pernas; pouca amplitude no movimento de pernas; batimento das pernas muito profundo; excessiva elevação no batimento das pernas; flexão exagerado dos joelhos no batimento de pernas; batimento das pernas completamente estendidas e com os pés fletidos; flexão das pernas no início do movimento descendente.
  • 6. BRAÇOS • Como no crawl, a acção dos braços é alternada; são propulsores do nado; A sua ação divide-se em duas fases: Subaquática ou propulsiva e recuperação.
  • 7. • Propulsiva Agarre: é a base da fase propulsiva; o movimento começa com o braço dentro da água; mão alinhada à frente do ombro; braço estendido - punho ligeiramente flectido; trajetória da mão é para baixo saindo da linha do ombro; aqui começa a rotação do ombro;
  • 8. • Tração: Braços fletidos ou estendidos? Adloph Kiefer - pai da técnica de costas, nadava com os braços estendidos tendo conseguido bons resultados em 1936 Roland Matheus, em 1972, alcançou-os com braços fletidos. • Alguns autores aconselham na fase de aprendizagem ensinar a braçada com braços estendidos pelo fato de ser mais fácil de executar. • A braçada com os cotovelos fletidos está comprovada cientificamente ser mais eficiente; antebraço e mão voltadas para os pés; a mão move-se para baixo descrevendo um " s" alongado; o ângulo entre o braço e o antebraço diminui quase até um ângulo recto, ao atingir o nível do ombro; a força da articulação do ombro dita a amplitude deste movimento; a tração vai até que o braço e mão atinjam simultaneamente o plano lateral do ombro; neste ponto a mão está mais afastada lateralmente do movimentos
  • 9.
  • 10. • Empurre: A mão é que conduz o movimento; palma da mão ainda voltada para os pés; no fim da ação propulsiva, braços estendidos com a palma da mão voltada para baixo.
  • 11. • Recuperação: Rotação axial do braço para dentro; a mão com o polegar para cima, os braços movimentam-se verticalmente para cima, próximo do corpo; rotação do braço para fora da água; no final desta rotação a mão estará voltada para fora; os braços devem ser mantidos numa diferença de 180 graus entre si, durante o ciclo; flexibilidade do ombro é fundamental.
  • 12. • Entrada: entrada pelo dedo mínimo; flexão do punho antes da entrada; o ponto de entrada é a linha do ombro; no momento da estrada, os ombros devem estar posicionados horizontalmente em relação à superfície da água; quanto mais flexíveis forem os ombros, melhor será a entrada.
  • 13. • Erros comuns: Entrada dos braços ultrapassando a linha mediana do corpo, exageradamente afastados e flectidos; não apoiar as mãos no início da braçada; apoio inicial das mãos muito superficial; executar a tração com os braços estendidos (lateralmente e verticalmente); executar movimentos assimétricos de braços, dentro ou fora da água; projetar e elevar o cotovelo na tração, antes do braço; elevação do cotovelo no final da tração; terminar a braçada, com as mãos muito afastadas no corpo; no final da tracção, empurrar a água somente para frente; iniciar a recuperação com os braços flectidos; recuperar os braços sem estarem relaxados; recuperação de braços com os ombros dentro da água.
  • 14. • Respiração Sem problemas para o nadador, pelo facto de o rosto estar sempre fora da água; respiração natural; ar é inspirado durante a recuperação de um braço e expirado na recuperação do outro. • Erros comuns: respiração sem ritmo • Coordenação dos movimentos Em regra 6 batimentos de pernas para cada ciclo de braçadas com ritmo suave e fluente.
  • 15. SAIDA • O nadador dentro da água segurando a parede da piscina, pés totalmente submersos; mãos segurando com firmeza a barra à largura dos ombros; pés na parede e dedos abaixo da superfície.