- Kardec realizou sua terceira viagem espírita por várias cidades francesas por cerca de 7 semanas para instruir grupos espíritas e observar o progresso da doutrina.
- Ele percebeu um grande progresso do Espiritismo, principalmente em Lyon e Bordeaux, com mais de 50 reuniões e 600 delegados.
- Apesar de algumas dificuldades locais, Kardec ficou satisfeito com os ensinamentos colhidos e com o caráter progressivo e moralizador da doutrina.
5. SUMÁRIO
• Prefácio
• Impressões Gerais
• Discursos pronunciados nas reuniões gerais dos
espíritas de Lyon e Bordeaux
• Discurso I
• Discurso II
• Discurso III
• Instruções particulares dadas aos Grupos, em
resposta a algumas das questões propostas
• Projeto de Regulamento para o uso de Grupos e
pequenas Sociedades Espíritas
7. 1. Albi LOCAIS VISITADOS
2. Angoulème
3. Avignon
4. Bordeaux
5. Cette
6. Lyon
7. Marcherssur-Garon
8. Marennes
9. Marmande
10. Montpellier
11. Orléans
12. Provins
13. Rochefort
14. Royan
15. Saint Gemme
16. Sens
17. St. Jean d´Angély
18. St. Pierre d´Oléron
19. Toulouse
20. Tours
21. Troyes
8. OBJETIVOS
"(...) nossa viagem tinha um duplo objetivo: dar
instruções onde estas fossem necessárias e, ao mesmo
tempo, nos instruirmos. Queríamos ver as coisas com os
nossos próprios olhos, para julgar do estado real da
Doutrina e da maneira pela qual ela é compreendida;
estudar as causas locais favoráveis ou desfavoráveis ao
seu progresso, sondar as opiniões, apreciar os efeitos da
oposição e da crítica e conhecer o julgamento que se faz
de certas obras. Estávamos desejosos, sobretudo, de
apertar a mão de nossos irmãos espíritas e de lhes
exprimir pessoalmente a nossa mui sincera e viva
simpatia, retribuindo as tocantes provas de amizade que
nos dão em suas cartas (...)” (KARDEC)
9.
10. AVALIAÇÃO
• Satisfatória e instrutiva pelas observações
colhidas;
• Há ainda muito o que fazer, mas as dificuldades
devem ser vistas como estímulos.
“O resultado nos deu grande satisfação
moral sob o duplo aspecto das
observações colhidas e da constatação
dos imensos progressos do
Espiritismo.” (Revista Espírita, Nov/1862)
“O primeiro resultado que pudemos constatar
foi o imenso progresso das crenças espíritas.”
11. AVALIAÇÃO
“Sob vários pontos de vista,
nossa viagem foi muito
satisfatória e, sobretudo, muito
instrutiva pelas observações
que recolhemos. Se pudessem
restar algumas dúvidas quanto
ao caráter irresistível da
marcha da Doutrina e à
impotência dos ataques, sobre
a sua influência moralizadora,
sobre o seu futuro, o que
vimos bastaria para dissipá-
las."
12.
13. IMPORTÂNCIA DA OBRA
• O contato com o Codificador,
suas palavras, impressões;
• É como se pudéssemos realizar
a mesma viagem com Kardec ao
nosso lado, desfrutando de sua
presença e dos ensinamentos
colhidos na fonte do codificador
(Movimento Espírita).
• É uma oportunidade renovada de aprender com o
exemplo de Kardec. Seu esforço e dedicação ao
movimento espírita nascente são convites que
permanecem vivos 150 anos depois...
14. IMPORTÂNCIA DA OBRA
“A Viagem Espírita em 1862 é obra em que, de
singular maneira, o ‘homem’ Allan Kardec se nos
revela com sua consciência histórica e, em súbitos
clarões, permite que o vejamos bem próximo de
nós, o ser que já realizou o que intentamos, isto é, a
substancial reforma interior que, só ela, possibilita
a mágica interação: a criatura vivendo no
Espiritismo, o Espiritismo vivendo na criatura.”
(Wallace Leal, prefácio da Edição da Casa Editora O Clarim)
“Muitos, no entanto, ignoram as dificuldades que Kardec
enfrentou para que a Doutrina Espírita se tornasse
conhecida e praticada naqueles tempos tão difíceis do
século XIX, justamente por não compulsarem outros
escritos que ele deixou, enfocando de maneira
surpreendente suas diretrizes para o Movimento Espírita.”
15.
16. IMPRESSÕES GERAIS DE KARDEC
• Imenso progresso na adesão ao Espiritismo
principalmente em Lyon e Bordeaux.
• O Espiritismo penetra em localidades onde era
desconhecido em parte pela ação dos opositores
e em outra pelo desejo de investigação e estudo
dos habitantes locais.
• A natureza das ocupações dos habitantes e certas
peculiaridades locais podem dificultar a
penetração do Espiritismo que fica mais no plano
individual.
17. • A difusão espírita parte das classes mais
instruídas ou de mediana cultura para as mais
populares.
• A nobreza se apresenta quase sempre como
“simpatizante”, só KARDEC considera que o
mais importante é a qualidade e não quantidade e
destaca a SERIEDADE, o enfoque filosófico, moral
e instrutivo. Em nenhum lugar viu a diversão em
torno da teoria e da prática espíritas.
• Os grupos espíritas possuem, em sua
generalidade, uma boa direção e neles reinam a
ordem e o recolhimento.
18. • Realizou reuniões com mais de 600 (seiscentos)
delegados na mais tranqüila ordem.
• Não houve restrições por parte das autoridades e,
sim, cortesia.
• O número de médiuns multiplica e na maioria se
tem os MÉDIUNS MORALISTAS. Predominam os
psicógrafos e é cada vez menos o número de
efeitos físicos.
• As deserções identificam-se com os objetivos não
atingidos pelos que buscavam apenas a dimensão
fenomênica.
19. • Onde há maior harmonia entre irmãos de um
grupo, as manifestações são mais instrutivas.
• Declara-se satisfeito com a educação das crianças
no seio de famílias espíritas e afirma que a
Doutrina tende a desenvolver melhor os
sentimentos, base da educação moral.
• Registra a coragem de fé, o devotamento, o
sacrifício dos confrades, sem qualquer outro
objetivo que não a busca da finalidade essencial
do Espiritismo : suas conseqüências morais.
20. • Destaca o caráter progressivo da Doutrina
identificado nas próprias mensagens mas chama a
atenção para as condições favorecedoras de uma
prática mediúnica verdadeira : FÉ VIVA,
SENTIMENTOS PUROS E DESINTERESSE MORAL
(abnegação, humildade, ausência de pretensões
orgulhosas e de personalismo).
• Identifica em uma localidade Médiuns
interesseiros e profissionais e comenta seus
prejuízos.
• Recolhe casos de obsessão que mais tarde
registraria na Revue Spirite.
21. ALGUMAS PALAVRAS DE KARDEC
“O Espiritismo tem por divisa: Fora da caridade
não há salvação, o que significa dizer: Fora da
caridade não há verdadeiros espíritas. Concito-vos
a inscrever, doravante, esta dupla máxima em vossa
bandeira, porque ela resume ao mesmo tempo a
finalidade do Espiritismo e o dever que ele impõe.”
22. ALGUMAS PALAVRAS DE KARDEC
“Tais são, caros irmãos espíritas, os conselhos que
tenho a vos dar. A confiança que houvestes por bem me
conceder é uma garantia de que eles produzirão bons
frutos. Os bons Espíritos que vos assistem vos dizem
todos os dias as mesmas coisas, mas julguei um dever
apresentá-las em conjunto, para melhor ressaltar as
suas consequências. Venho, pois, em nome deles,
lembrar-vos a prática da grande lei de amor e de
fraternidade que em breve deverá reger o mundo e nele
fazer reinarem a paz e a concórdia, sob o estandarte da
caridade para com todos, sem acepção de seitas, de
castas, nem de cores.”
23. Em resposta aos críticos, enfatiza :
O Espiritismo “é,
sobretudo, todo ele,
uma questão de
princípios. Ele é forte
principalmente por
suas consequências
morais; ele se faz
aceito não porque
fecha os olhos mas
porque toca os
corações.”