SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
O Método das Conjeturas e Refutações de Popper
(O método crítico)
3O FALSIFICACIONISMO
O problema é levantado por uma
observação que entra em confronto
com as teorias e expectativas de
que já dispomos.
Exemplo: Qual é a causa do
escorbuto?
A urina dos "coelhos do mercado"
era clara e ácida.
O usual era ser turva e alcalina.
Filosofia - 11º Ano
Os problemas e não as observações
em estado puro são o ponto de
partida da investigação científica.
Não se parte da observação como
supõem os indutivistas, pois se não
houver problema, não há
investigação.
Exemplo:Oescorbutoéprovocado
porumaalimentaçãopobreemfruta
epodeserevitadocomaingestãode
frutas.
Emjejum,ocoelhoécarnívoro.
O cientista concebe uma hipótese
explicativa: conjetura ou suposição
(palpite). Trata-se de usar a imaginação e
a criatividade para sugerir uma hipótese
(tentativa de explicação) ousada (grau
elevado de falsificação devido ao seu
grande poder previsivo).
Tentar refutar ou falsificar
uma teoria é tentar
confrontá-la com
potenciais casos que
provem a sua falsidade.
Se as previsões forem
CORROBORADAS pela
observação, a hipótese é
provisoriamente aceite
(pode, no futuro, ser
refutada).
Se as previsões forem
REFUTADAS, a hipótese é
falsa e é rejeitada, sendo
proposta uma nova
(melhor) hipótese,
Para avaliar as teorias ou hipóteses
temos de as submeter a testes
empíricos que visem refutá-las. Ora,
para testar uma hipótese é necessário
deduzir "previsões empíricas" a partir
dela e confrontá-las com a
observação.
1. O PROBLEMA
2. A HIPÓTESE
3. A REFUTAÇÃO
Exemplo:
HIPÓTESE CORROBORADA: O
médico ordena aos seus
pacientes que passem a
comer laranjas com
frequência. Os casos de
escorbuto diminuíram.
Um coelho que, mesmo em
jejum, fosse herbívoro, seria o
suficiente para provar a
falsidade da hipótese: "Em
jejum, todos os coelhos são
carnívoros".
MODUS TOLLENS
(forma válida da negação do consequente):
Se T (teoria), então P
Não P
Logo, não T (T é falsa)
Se fizermos uma determinada previsão a partir
de uma teoria e essa previsão for falsa,
podemos concluir que essa teoria é falsa.
Segundo Popper a verificação empírica de
um enunciado universal não é possível.
Popper aponta a seguinte falha lógica à
conceção indutivista:
comete a falácia da afirmação do
consequente.
Se T (teoria) é verdadeira, então P
Ora, P é verdadeira
Logo, T é verdadeira.
Se é verdade que todos os metais dilatam
quando aquecidos, então o próximo pedaço
de metal que eu aquecer irá dilatar. O
indutivista encara a observação desta
previsão - a dilatação do próximo metal que
eu aqueça - como uma prova conclusiva de
que o enunciado geral - Todos os metais
dilatam quando aquecidos - é verdadeiro.
Caráter falacioso deste tipo de raciocínio.
Objeção de Popper ao indutivismo

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Conhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperConhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperJorge Barbosa
 
Quadro_hume vs descartes
Quadro_hume vs descartesQuadro_hume vs descartes
Quadro_hume vs descartesIsabel Moura
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio InesTeixeiraDuarte
 
Objectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaObjectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaAMLDRP
 
3_contraexemplos_cvj
3_contraexemplos_cvj3_contraexemplos_cvj
3_contraexemplos_cvjIsabel Moura
 
Objeções_falsificacionismo
Objeções_falsificacionismoObjeções_falsificacionismo
Objeções_falsificacionismoIsabel Moura
 
Hume_tipos_conhecimento
Hume_tipos_conhecimentoHume_tipos_conhecimento
Hume_tipos_conhecimentoIsabel Moura
 
Ii lógica proposicional - formalização de proposições e argumentos (7)
Ii   lógica proposicional - formalização de proposições e argumentos (7)Ii   lógica proposicional - formalização de proposições e argumentos (7)
Ii lógica proposicional - formalização de proposições e argumentos (7)AidaCunha73
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Dylan Bonnet
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresInesTeixeiraDuarte
 

Mais procurados (20)

Conhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - PopperConhecimento Científico - Popper
Conhecimento Científico - Popper
 
Quadro_hume vs descartes
Quadro_hume vs descartesQuadro_hume vs descartes
Quadro_hume vs descartes
 
Hume
HumeHume
Hume
 
Popper – o problema da demarcação
Popper – o problema da demarcaçãoPopper – o problema da demarcação
Popper – o problema da demarcação
 
Tipos de conhecimento
Tipos de conhecimentoTipos de conhecimento
Tipos de conhecimento
 
DESCARTES 11ANO
DESCARTES 11ANODESCARTES 11ANO
DESCARTES 11ANO
 
O racionalismo de Descartes
O racionalismo de DescartesO racionalismo de Descartes
O racionalismo de Descartes
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
 
Thomas kuhn
Thomas kuhnThomas kuhn
Thomas kuhn
 
O empirismo de david hume
O empirismo de david humeO empirismo de david hume
O empirismo de david hume
 
Objectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científicaObjectividade científica e racionalidade científica
Objectividade científica e racionalidade científica
 
3_contraexemplos_cvj
3_contraexemplos_cvj3_contraexemplos_cvj
3_contraexemplos_cvj
 
Popper e a Ciência
Popper e a CiênciaPopper e a Ciência
Popper e a Ciência
 
Objeções_falsificacionismo
Objeções_falsificacionismoObjeções_falsificacionismo
Objeções_falsificacionismo
 
Hume_tipos_conhecimento
Hume_tipos_conhecimentoHume_tipos_conhecimento
Hume_tipos_conhecimento
 
Ii lógica proposicional - formalização de proposições e argumentos (7)
Ii   lógica proposicional - formalização de proposições e argumentos (7)Ii   lógica proposicional - formalização de proposições e argumentos (7)
Ii lógica proposicional - formalização de proposições e argumentos (7)
 
Popper e kuhn
Popper e kuhnPopper e kuhn
Popper e kuhn
 
Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11Resumos filosofia 11
Resumos filosofia 11
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os Valores
 
Frei Luís de Sousa, síntese
Frei Luís de Sousa, sínteseFrei Luís de Sousa, síntese
Frei Luís de Sousa, síntese
 

Semelhante a O Método das Conjeturas e Refutações de Popper

REA_DOSSIE SOBRE A FILOSOFIA DA CIENCIA DE KARL POPPER.docx
REA_DOSSIE SOBRE A FILOSOFIA DA CIENCIA DE KARL POPPER.docxREA_DOSSIE SOBRE A FILOSOFIA DA CIENCIA DE KARL POPPER.docx
REA_DOSSIE SOBRE A FILOSOFIA DA CIENCIA DE KARL POPPER.docxElianeMacedo22
 
O que e ciencia afinal
O que e ciencia afinalO que e ciencia afinal
O que e ciencia afinalIvo Mai
 
como se controi a ciência filosofia da ciencia
como se controi a ciência filosofia da cienciacomo se controi a ciência filosofia da ciencia
como se controi a ciência filosofia da cienciaJooCalas1
 
eqt11_estatuto_conhecimento_cientifico.pptx
eqt11_estatuto_conhecimento_cientifico.pptxeqt11_estatuto_conhecimento_cientifico.pptx
eqt11_estatuto_conhecimento_cientifico.pptxMnicaMatos22
 
Indução e confirmação
Indução e confirmaçãoIndução e confirmação
Indução e confirmaçãoguest1d16fd
 
Método Científico em 6 passos
Método Científico em 6 passosMétodo Científico em 6 passos
Método Científico em 6 passosThiago Xavier
 
Fontes de Info em C&T - Labjor/Unicamp - Aula 4
Fontes de Info em C&T - Labjor/Unicamp - Aula 4Fontes de Info em C&T - Labjor/Unicamp - Aula 4
Fontes de Info em C&T - Labjor/Unicamp - Aula 4Marcelo Knobel
 
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxAULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxFlavioCandido8
 
Exercícios Filsofia
Exercícios FilsofiaExercícios Filsofia
Exercícios FilsofiaJorge Barbosa
 
Exercícios Filsofia
Exercícios Filsofia Exercícios Filsofia
Exercícios Filsofia Jorge Barbosa
 
O PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdf
O PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdfO PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdf
O PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdfrf5339
 

Semelhante a O Método das Conjeturas e Refutações de Popper (20)

fc.pptx
fc.pptxfc.pptx
fc.pptx
 
Popper contra o indutivismo
Popper contra o indutivismoPopper contra o indutivismo
Popper contra o indutivismo
 
REA_DOSSIE SOBRE A FILOSOFIA DA CIENCIA DE KARL POPPER.docx
REA_DOSSIE SOBRE A FILOSOFIA DA CIENCIA DE KARL POPPER.docxREA_DOSSIE SOBRE A FILOSOFIA DA CIENCIA DE KARL POPPER.docx
REA_DOSSIE SOBRE A FILOSOFIA DA CIENCIA DE KARL POPPER.docx
 
Popper – o problema da demarcação
Popper – o problema da demarcaçãoPopper – o problema da demarcação
Popper – o problema da demarcação
 
Popper e a indução
Popper e a induçãoPopper e a indução
Popper e a indução
 
Popper
PopperPopper
Popper
 
Popper
PopperPopper
Popper
 
O que e ciencia afinal
O que e ciencia afinalO que e ciencia afinal
O que e ciencia afinal
 
Problema da demarcação - Karl Popper
Problema da demarcação - Karl PopperProblema da demarcação - Karl Popper
Problema da demarcação - Karl Popper
 
como se controi a ciência filosofia da ciencia
como se controi a ciência filosofia da cienciacomo se controi a ciência filosofia da ciencia
como se controi a ciência filosofia da ciencia
 
eqt11_estatuto_conhecimento_cientifico.pptx
eqt11_estatuto_conhecimento_cientifico.pptxeqt11_estatuto_conhecimento_cientifico.pptx
eqt11_estatuto_conhecimento_cientifico.pptx
 
Epistemologia de Popper
Epistemologia de PopperEpistemologia de Popper
Epistemologia de Popper
 
Indução e confirmação
Indução e confirmaçãoIndução e confirmação
Indução e confirmação
 
Método Científico em 6 passos
Método Científico em 6 passosMétodo Científico em 6 passos
Método Científico em 6 passos
 
Popper e a indução
Popper e a induçãoPopper e a indução
Popper e a indução
 
Fontes de Info em C&T - Labjor/Unicamp - Aula 4
Fontes de Info em C&T - Labjor/Unicamp - Aula 4Fontes de Info em C&T - Labjor/Unicamp - Aula 4
Fontes de Info em C&T - Labjor/Unicamp - Aula 4
 
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxAULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
 
Exercícios Filsofia
Exercícios FilsofiaExercícios Filsofia
Exercícios Filsofia
 
Exercícios Filsofia
Exercícios Filsofia Exercícios Filsofia
Exercícios Filsofia
 
O PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdf
O PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdfO PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdf
O PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdf
 

Mais de Isabel Moura

O POTENCIAL PEDAGÓGICO DAS FERRAMENTAS DA WEB.pdf
O POTENCIAL PEDAGÓGICO DAS FERRAMENTAS DA WEB.pdfO POTENCIAL PEDAGÓGICO DAS FERRAMENTAS DA WEB.pdf
O POTENCIAL PEDAGÓGICO DAS FERRAMENTAS DA WEB.pdfIsabel Moura
 
Plano de aula_31_05_2021_Isabel Duarte.docx
Plano de aula_31_05_2021_Isabel Duarte.docxPlano de aula_31_05_2021_Isabel Duarte.docx
Plano de aula_31_05_2021_Isabel Duarte.docxIsabel Moura
 
Plano de aula_11_01_2021_Isabel Duarte.docx
Plano de aula_11_01_2021_Isabel Duarte.docxPlano de aula_11_01_2021_Isabel Duarte.docx
Plano de aula_11_01_2021_Isabel Duarte.docxIsabel Moura
 
TeresaMorais_Guião_filosofiadaarte.docx.pdf
TeresaMorais_Guião_filosofiadaarte.docx.pdfTeresaMorais_Guião_filosofiadaarte.docx.pdf
TeresaMorais_Guião_filosofiadaarte.docx.pdfIsabel Moura
 
Grelha_planificacao_Aprender_com_a_BE__Grupo_E_final.pdf
Grelha_planificacao_Aprender_com_a_BE__Grupo_E_final.pdfGrelha_planificacao_Aprender_com_a_BE__Grupo_E_final.pdf
Grelha_planificacao_Aprender_com_a_BE__Grupo_E_final.pdfIsabel Moura
 
Doc4. super book of_web_tools_for_educators
Doc4. super book of_web_tools_for_educatorsDoc4. super book of_web_tools_for_educators
Doc4. super book of_web_tools_for_educatorsIsabel Moura
 
Matriz 4 teste 10 d
Matriz 4 teste 10 dMatriz 4 teste 10 d
Matriz 4 teste 10 dIsabel Moura
 
Programa psicologia cursos profissionais
Programa psicologia cursos profissionaisPrograma psicologia cursos profissionais
Programa psicologia cursos profissionaisIsabel Moura
 
Ex fil714-f2-2017-cc-vt
Ex fil714-f2-2017-cc-vtEx fil714-f2-2017-cc-vt
Ex fil714-f2-2017-cc-vtIsabel Moura
 
Ex fil714-f2-2017-v2
Ex fil714-f2-2017-v2Ex fil714-f2-2017-v2
Ex fil714-f2-2017-v2Isabel Moura
 
Ex fil714-f2-2017-v1
Ex fil714-f2-2017-v1Ex fil714-f2-2017-v1
Ex fil714-f2-2017-v1Isabel Moura
 
Estudo de um caso concreto truman
Estudo de um caso concreto trumanEstudo de um caso concreto truman
Estudo de um caso concreto trumanIsabel Moura
 
Ética deontológica vs ética teleológica
Ética deontológica vs ética teleológicaÉtica deontológica vs ética teleológica
Ética deontológica vs ética teleológicaIsabel Moura
 
Correção da ficha de revisões 2 teste 11
Correção da ficha de revisões 2 teste 11Correção da ficha de revisões 2 teste 11
Correção da ficha de revisões 2 teste 11Isabel Moura
 
Ficha de revisões 2 teste 11
Ficha de revisões 2 teste 11Ficha de revisões 2 teste 11
Ficha de revisões 2 teste 11Isabel Moura
 
Argumentos não dedutivos
Argumentos não dedutivosArgumentos não dedutivos
Argumentos não dedutivosIsabel Moura
 
Matriz do 2 teste de filosofia 11º ano
Matriz do 2 teste de filosofia 11º anoMatriz do 2 teste de filosofia 11º ano
Matriz do 2 teste de filosofia 11º anoIsabel Moura
 

Mais de Isabel Moura (20)

O POTENCIAL PEDAGÓGICO DAS FERRAMENTAS DA WEB.pdf
O POTENCIAL PEDAGÓGICO DAS FERRAMENTAS DA WEB.pdfO POTENCIAL PEDAGÓGICO DAS FERRAMENTAS DA WEB.pdf
O POTENCIAL PEDAGÓGICO DAS FERRAMENTAS DA WEB.pdf
 
Plano de aula_31_05_2021_Isabel Duarte.docx
Plano de aula_31_05_2021_Isabel Duarte.docxPlano de aula_31_05_2021_Isabel Duarte.docx
Plano de aula_31_05_2021_Isabel Duarte.docx
 
Plano de aula_11_01_2021_Isabel Duarte.docx
Plano de aula_11_01_2021_Isabel Duarte.docxPlano de aula_11_01_2021_Isabel Duarte.docx
Plano de aula_11_01_2021_Isabel Duarte.docx
 
TeresaMorais_Guião_filosofiadaarte.docx.pdf
TeresaMorais_Guião_filosofiadaarte.docx.pdfTeresaMorais_Guião_filosofiadaarte.docx.pdf
TeresaMorais_Guião_filosofiadaarte.docx.pdf
 
Grelha_planificacao_Aprender_com_a_BE__Grupo_E_final.pdf
Grelha_planificacao_Aprender_com_a_BE__Grupo_E_final.pdfGrelha_planificacao_Aprender_com_a_BE__Grupo_E_final.pdf
Grelha_planificacao_Aprender_com_a_BE__Grupo_E_final.pdf
 
Doc4. super book of_web_tools_for_educators
Doc4. super book of_web_tools_for_educatorsDoc4. super book of_web_tools_for_educators
Doc4. super book of_web_tools_for_educators
 
Matriz 4 teste 10 d
Matriz 4 teste 10 dMatriz 4 teste 10 d
Matriz 4 teste 10 d
 
Quiz descartes
Quiz descartesQuiz descartes
Quiz descartes
 
Ae sec filosofia
Ae sec filosofiaAe sec filosofia
Ae sec filosofia
 
Programa psicologia cursos profissionais
Programa psicologia cursos profissionaisPrograma psicologia cursos profissionais
Programa psicologia cursos profissionais
 
Ex fil714-f2-2017-cc-vt
Ex fil714-f2-2017-cc-vtEx fil714-f2-2017-cc-vt
Ex fil714-f2-2017-cc-vt
 
Ex fil714-f2-2017-v2
Ex fil714-f2-2017-v2Ex fil714-f2-2017-v2
Ex fil714-f2-2017-v2
 
Ex fil714-f2-2017-v1
Ex fil714-f2-2017-v1Ex fil714-f2-2017-v1
Ex fil714-f2-2017-v1
 
Estudo de um caso concreto truman
Estudo de um caso concreto trumanEstudo de um caso concreto truman
Estudo de um caso concreto truman
 
Ética deontológica vs ética teleológica
Ética deontológica vs ética teleológicaÉtica deontológica vs ética teleológica
Ética deontológica vs ética teleológica
 
Correção da ficha de revisões 2 teste 11
Correção da ficha de revisões 2 teste 11Correção da ficha de revisões 2 teste 11
Correção da ficha de revisões 2 teste 11
 
Ficha de revisões 2 teste 11
Ficha de revisões 2 teste 11Ficha de revisões 2 teste 11
Ficha de revisões 2 teste 11
 
Argumentos não dedutivos
Argumentos não dedutivosArgumentos não dedutivos
Argumentos não dedutivos
 
Matriz do 2 teste de filosofia 11º ano
Matriz do 2 teste de filosofia 11º anoMatriz do 2 teste de filosofia 11º ano
Matriz do 2 teste de filosofia 11º ano
 
A retórica
A retóricaA retórica
A retórica
 

Último

A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfJonathasAureliano1
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 

Último (20)

A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

O Método das Conjeturas e Refutações de Popper

  • 1. O Método das Conjeturas e Refutações de Popper (O método crítico) 3O FALSIFICACIONISMO O problema é levantado por uma observação que entra em confronto com as teorias e expectativas de que já dispomos. Exemplo: Qual é a causa do escorbuto? A urina dos "coelhos do mercado" era clara e ácida. O usual era ser turva e alcalina. Filosofia - 11º Ano Os problemas e não as observações em estado puro são o ponto de partida da investigação científica. Não se parte da observação como supõem os indutivistas, pois se não houver problema, não há investigação. Exemplo:Oescorbutoéprovocado porumaalimentaçãopobreemfruta epodeserevitadocomaingestãode frutas. Emjejum,ocoelhoécarnívoro. O cientista concebe uma hipótese explicativa: conjetura ou suposição (palpite). Trata-se de usar a imaginação e a criatividade para sugerir uma hipótese (tentativa de explicação) ousada (grau elevado de falsificação devido ao seu grande poder previsivo). Tentar refutar ou falsificar uma teoria é tentar confrontá-la com potenciais casos que provem a sua falsidade. Se as previsões forem CORROBORADAS pela observação, a hipótese é provisoriamente aceite (pode, no futuro, ser refutada). Se as previsões forem REFUTADAS, a hipótese é falsa e é rejeitada, sendo proposta uma nova (melhor) hipótese, Para avaliar as teorias ou hipóteses temos de as submeter a testes empíricos que visem refutá-las. Ora, para testar uma hipótese é necessário deduzir "previsões empíricas" a partir dela e confrontá-las com a observação. 1. O PROBLEMA 2. A HIPÓTESE 3. A REFUTAÇÃO Exemplo: HIPÓTESE CORROBORADA: O médico ordena aos seus pacientes que passem a comer laranjas com frequência. Os casos de escorbuto diminuíram. Um coelho que, mesmo em jejum, fosse herbívoro, seria o suficiente para provar a falsidade da hipótese: "Em jejum, todos os coelhos são carnívoros". MODUS TOLLENS (forma válida da negação do consequente): Se T (teoria), então P Não P Logo, não T (T é falsa) Se fizermos uma determinada previsão a partir de uma teoria e essa previsão for falsa, podemos concluir que essa teoria é falsa. Segundo Popper a verificação empírica de um enunciado universal não é possível. Popper aponta a seguinte falha lógica à conceção indutivista: comete a falácia da afirmação do consequente. Se T (teoria) é verdadeira, então P Ora, P é verdadeira Logo, T é verdadeira. Se é verdade que todos os metais dilatam quando aquecidos, então o próximo pedaço de metal que eu aquecer irá dilatar. O indutivista encara a observação desta previsão - a dilatação do próximo metal que eu aqueça - como uma prova conclusiva de que o enunciado geral - Todos os metais dilatam quando aquecidos - é verdadeiro. Caráter falacioso deste tipo de raciocínio. Objeção de Popper ao indutivismo