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SENSO COMUM E
CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
PROF ROGÉRIO XAVIER
ESPECIALISTA EM CC/CME/AUDITORIA/DOCÊNCIA EM ENFERMAGEM
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Apreensão intelectual de um fato ou de uma verdade, como domínio (teórico ou prático) de um assunto,
uma arte, uma ciência, uma técnica, etc.
Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer.
O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana,
através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos.
Somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento;
Somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do
conhecimento; ,
Somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas
próprias experiências e passar para outros seres humanos
SENSO COMUM
Transmitido de geração para geração;
Tradição cultural;
Educação não formal;
Baseado na imitação e em experiências pessoais;
Empírico e desprovido de explicações;
Experiência do dia-a-dia (casuais);
Informações relacionadas diretamente com às ações humanas concretas;
SENSO COMUM - SUBJETIVIDADE
O sujeito que vê ou se informa sobre determinados acontecimentos se
baseia em suas próprias impressões e escala de valores, para definir e
lidar com tais fatos vistos por ele mesmo ou que lhe foram dados a saber.
RELATIVISMO
O conhecimento será
relativo, variável de um
sujeito para outro.
Em outras palavras, será
relativo ao sabor do gosto
e do humor de cada
indivíduo.
Cada um entende como
quer ou como entende.
GENERALIDADE
É tendência humana
estabelecer relações diretas de
causa e efeito para os fatos ao
seu redor.
Essa super simplificação de
respostas para quase tudo que
acontece à sua vista se baseia
na repetição da experiência
vivida pelo sujeito.
PRECONCEITOS
São noções prévias, conceitos imaturos e
opiniões formadas sem qualquer prova ou
evidência concreta.
Pré Conceitos....julga antes de se saber o
que é.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Resulta de investigação;
Objeto da ciência é o universo material, físico, e o que for perceptível pelos órgãos dos sentidos;
É verificável, na prática, pela demonstração ou pela experiência;
É transmitido por intermédio de treinamento apropriado;
Conhecimento obtido de modo racional;
Explica o por quê?
Acompanha procedimentos científicos.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO - OBJETIVIDADE
O pesquisador deve
escolher como objeto
de investigação
coisas e fenômenos
do universo factual,
material, físico e
perceptível por meio
dos sentidos.
RACIONALIDADE
É a utilização de raciocínios lógicos, no
processo de investigação, por meio de
procedimentos metódicos e bem
planejados;
O pesquisador parte de inferências
dedutivas para chegar ao funcionamento
de sistemas organizados do fenômeno em
estudo.
QUANTITATIVIDADE
Ferramentas, aparelhos e
equipamentos são essenciais para
garantir a medição precisa, a
quantificação indubitável dos dados
para posterior comparação e análise.
Os resultados numéricos obtidos são
entabulados e apresentados em
quadros com valores estatísticos.
REGULARIDADE
O pesquisador sai em busca da frequência, da repetição da
ocorrência do fenômeno investigado.
Assim, ele pode mostrar a validade de uma lei geral e
argumentar que extraordinário é um caso particular do que
é ordinário, comum, normal.
TEORICIDADE
Refere-se ao que não é doutrinário, não
definitivo nem absoluto.
A palavra teoria também tem a ver com a
admissão de que uma determinada conclusão
poderá ser revista, corrigida e alterada, caso
haja evidência de sua incompletude.
CIÊNCIA X SENSO COMUM
A ciência distingue-se do
senso comum porque
este é uma opinião
baseada em hábitos,
preconceitos, tradições
cristalizadas, enquanto a
primeira baseia-se em
pesquisas, investigações
metódicas e sistemáticas
e na exigência de que as
teorias sejam
internamente coerentes e
digam a verdade sobre a
realidade.
A ciência é
conhecimento que
resulta de um trabalho
racional.
EXEMPLO
Que o sol, amanhã de manhã nascerá novamente, é uma convicção que tanto cientistas
como leigos têm. O que difere então o senso comum do conhecimento científico?
A resposta é simples: Enquanto no senso comum as pessoas acreditam simplesmente pelo
hábito (porque o sol sempre nasceu, deverá amanhã nascer novamente), sem saber dar
motivos (as razões) para seu julgamento, o cientista ( no caso o astrônomo) saberá explicar
porque amanhã o sol nascerá com base na teoria do movimento de rotação da terra, etc.
O leigo acredita sem saber dar razões, o cientista conhece as razões.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
• É fruto do raciocínio e da reflexão humana.
• É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos
subjetivos.
• Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites
formais da ciência.
• Exemplo:"O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich
Nietzsche)
CONHECIMENTO RELIGIOSO
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa.
Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado.
Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
Exemplo:Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em duende;
acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc.
ASPECTOS COMUNS
O senso comum fornece determinadas soluções que se revelam satisfatórias e que incentivam a
investigação científica.
Algumas vezes esta vem confirmar de forma lógica e racional o que no senso comum é um saber intuitivo.
Outras vezes a investigação científica refuta as crenças do senso comum.
O senso comum pode ser também um obstáculo ao conhecimento científico, porque cria expectativas que
podem manipular a investigação e a neutralidade da observação científica.
Ambos os conhecimentos surgem para resolver necessidades práticas, embora o conhecimento científico
não se desenvolva apenas com esse objetivo.
DIVERGÊNCIAS ENTRE SENSO COMUM E
CONHECIMENTO CIENTÍFICO - LINGUAGEM
Utiliza termos vagos da linguagem comum, que podem
designar um número indeterminado de coisas suscitando
múltiplas interpretações
Utiliza termos precisos, uma linguagem técnica universal
da qual faz parte a contagem e medição assim como uma
simbologia que designa a constituição dos elementos que
estuda.
DIVERGÊNCIA SENSO COMUM X CONHECIMENTO
CIENTÍFICO - ORGANIZAÇÃO
Assistemático visto que
acontece um pouco ao acaso
e inclui saberes diversos e
sem organização entre eles.
Sistemático porque é um
corpo de saber organizado
que se divide em áreas
demarcadas pelo seu
objecto de estudo.
Classifica os particulares em
grupos/ classes, o que
permite a distinção rigorosa
e um saber mais
especializado.
DIVERGÊNCIA SENSO COMUM X CONHECIMENTO
CIENTÍFICO - ASPECTO CRÍTICO
Crítico porque está
aberto à refutação
estabelecendo o
campo dos factos
que podem ocorrer
para a teoria ser
válida assim como os
que não podem.
Acrítico porque
segue a tradição e a
prática e não é
susceptível de
estabelecer os seus
limites de modo a
poder ser refutado,
daí se manter
durante muitos anos.
DIVERGÊNCIA ENTRE SENSO COMUM X CONHECIMENTO
CIENTÍFICO - PROCEDIMENTO RACIONAL
Abrangente e
generalizador (indutivo)a
partir do que ocorre
frequentemente retira a
conclusão de que ocorre
sempre e em todas as
situações, sem
especificar as diferenças.
Sobretudo dedutivo
porque encontra certos
princípios que explicam e
ligam fatos diversos.
Esses princípios racionais
são leis que podem ser
aplicadas a vários factos
diferentes.
Também pode ser
indutivo, sobretudo nas
ciências humanas como a
História.
DIVERGÊNCIAS ENTRE SENSO COMUM X
CONHECIMENTO CIENTIFICO - MÉTODOS
Não é explicativo porque
não apresenta razões
teóricas que nos façam
compreender a necessidade
dos factos que aponta ou
das soluções que preconiza.
É explicativo aponta as
razões teóricas que
permitem compreender
necessidade dos fatos,
porque ocorrem desse
modo e não de outro.
Senso Comum x Conhecimento Científico

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Senso Comum x Conhecimento Científico

  • 1. SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO PROF ROGÉRIO XAVIER ESPECIALISTA EM CC/CME/AUDITORIA/DOCÊNCIA EM ENFERMAGEM
  • 2. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Apreensão intelectual de um fato ou de uma verdade, como domínio (teórico ou prático) de um assunto, uma arte, uma ciência, uma técnica, etc. Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. Somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; Somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; , Somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos
  • 3. SENSO COMUM Transmitido de geração para geração; Tradição cultural; Educação não formal; Baseado na imitação e em experiências pessoais; Empírico e desprovido de explicações; Experiência do dia-a-dia (casuais); Informações relacionadas diretamente com às ações humanas concretas;
  • 4. SENSO COMUM - SUBJETIVIDADE O sujeito que vê ou se informa sobre determinados acontecimentos se baseia em suas próprias impressões e escala de valores, para definir e lidar com tais fatos vistos por ele mesmo ou que lhe foram dados a saber.
  • 5. RELATIVISMO O conhecimento será relativo, variável de um sujeito para outro. Em outras palavras, será relativo ao sabor do gosto e do humor de cada indivíduo. Cada um entende como quer ou como entende.
  • 6. GENERALIDADE É tendência humana estabelecer relações diretas de causa e efeito para os fatos ao seu redor. Essa super simplificação de respostas para quase tudo que acontece à sua vista se baseia na repetição da experiência vivida pelo sujeito.
  • 7. PRECONCEITOS São noções prévias, conceitos imaturos e opiniões formadas sem qualquer prova ou evidência concreta. Pré Conceitos....julga antes de se saber o que é.
  • 8. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Resulta de investigação; Objeto da ciência é o universo material, físico, e o que for perceptível pelos órgãos dos sentidos; É verificável, na prática, pela demonstração ou pela experiência; É transmitido por intermédio de treinamento apropriado; Conhecimento obtido de modo racional; Explica o por quê? Acompanha procedimentos científicos.
  • 9. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - OBJETIVIDADE O pesquisador deve escolher como objeto de investigação coisas e fenômenos do universo factual, material, físico e perceptível por meio dos sentidos.
  • 10. RACIONALIDADE É a utilização de raciocínios lógicos, no processo de investigação, por meio de procedimentos metódicos e bem planejados; O pesquisador parte de inferências dedutivas para chegar ao funcionamento de sistemas organizados do fenômeno em estudo.
  • 11. QUANTITATIVIDADE Ferramentas, aparelhos e equipamentos são essenciais para garantir a medição precisa, a quantificação indubitável dos dados para posterior comparação e análise. Os resultados numéricos obtidos são entabulados e apresentados em quadros com valores estatísticos.
  • 12. REGULARIDADE O pesquisador sai em busca da frequência, da repetição da ocorrência do fenômeno investigado. Assim, ele pode mostrar a validade de uma lei geral e argumentar que extraordinário é um caso particular do que é ordinário, comum, normal.
  • 13. TEORICIDADE Refere-se ao que não é doutrinário, não definitivo nem absoluto. A palavra teoria também tem a ver com a admissão de que uma determinada conclusão poderá ser revista, corrigida e alterada, caso haja evidência de sua incompletude.
  • 14. CIÊNCIA X SENSO COMUM A ciência distingue-se do senso comum porque este é uma opinião baseada em hábitos, preconceitos, tradições cristalizadas, enquanto a primeira baseia-se em pesquisas, investigações metódicas e sistemáticas e na exigência de que as teorias sejam internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade. A ciência é conhecimento que resulta de um trabalho racional.
  • 15. EXEMPLO Que o sol, amanhã de manhã nascerá novamente, é uma convicção que tanto cientistas como leigos têm. O que difere então o senso comum do conhecimento científico? A resposta é simples: Enquanto no senso comum as pessoas acreditam simplesmente pelo hábito (porque o sol sempre nasceu, deverá amanhã nascer novamente), sem saber dar motivos (as razões) para seu julgamento, o cientista ( no caso o astrônomo) saberá explicar porque amanhã o sol nascerá com base na teoria do movimento de rotação da terra, etc. O leigo acredita sem saber dar razões, o cientista conhece as razões.
  • 16. CONHECIMENTO FILOSÓFICO • É fruto do raciocínio e da reflexão humana. • É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. • Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. • Exemplo:"O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche)
  • 17. CONHECIMENTO RELIGIOSO Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. Exemplo:Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc.
  • 18. ASPECTOS COMUNS O senso comum fornece determinadas soluções que se revelam satisfatórias e que incentivam a investigação científica. Algumas vezes esta vem confirmar de forma lógica e racional o que no senso comum é um saber intuitivo. Outras vezes a investigação científica refuta as crenças do senso comum. O senso comum pode ser também um obstáculo ao conhecimento científico, porque cria expectativas que podem manipular a investigação e a neutralidade da observação científica. Ambos os conhecimentos surgem para resolver necessidades práticas, embora o conhecimento científico não se desenvolva apenas com esse objetivo.
  • 19. DIVERGÊNCIAS ENTRE SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO - LINGUAGEM Utiliza termos vagos da linguagem comum, que podem designar um número indeterminado de coisas suscitando múltiplas interpretações Utiliza termos precisos, uma linguagem técnica universal da qual faz parte a contagem e medição assim como uma simbologia que designa a constituição dos elementos que estuda.
  • 20. DIVERGÊNCIA SENSO COMUM X CONHECIMENTO CIENTÍFICO - ORGANIZAÇÃO Assistemático visto que acontece um pouco ao acaso e inclui saberes diversos e sem organização entre eles. Sistemático porque é um corpo de saber organizado que se divide em áreas demarcadas pelo seu objecto de estudo. Classifica os particulares em grupos/ classes, o que permite a distinção rigorosa e um saber mais especializado.
  • 21. DIVERGÊNCIA SENSO COMUM X CONHECIMENTO CIENTÍFICO - ASPECTO CRÍTICO Crítico porque está aberto à refutação estabelecendo o campo dos factos que podem ocorrer para a teoria ser válida assim como os que não podem. Acrítico porque segue a tradição e a prática e não é susceptível de estabelecer os seus limites de modo a poder ser refutado, daí se manter durante muitos anos.
  • 22. DIVERGÊNCIA ENTRE SENSO COMUM X CONHECIMENTO CIENTÍFICO - PROCEDIMENTO RACIONAL Abrangente e generalizador (indutivo)a partir do que ocorre frequentemente retira a conclusão de que ocorre sempre e em todas as situações, sem especificar as diferenças. Sobretudo dedutivo porque encontra certos princípios que explicam e ligam fatos diversos. Esses princípios racionais são leis que podem ser aplicadas a vários factos diferentes. Também pode ser indutivo, sobretudo nas ciências humanas como a História.
  • 23. DIVERGÊNCIAS ENTRE SENSO COMUM X CONHECIMENTO CIENTIFICO - MÉTODOS Não é explicativo porque não apresenta razões teóricas que nos façam compreender a necessidade dos factos que aponta ou das soluções que preconiza. É explicativo aponta as razões teóricas que permitem compreender necessidade dos fatos, porque ocorrem desse modo e não de outro.