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Resumo
Resumo dos ciclos econômicos no Brasil: desde o
Pau-brasil Até a Indústria.
Autor: Enio Amorim
.
São Paulo
2014
Resumo dos ciclos econômicos no Brasil: desde o
Pau-brasil até a Indústria.
Enio Amorim. Estudante de Ciências Econômicas e Ciência Política.
A parte ainda mais resumida está em meu blog: http://enioamorim.webnode.com
A ideia:
Este resumo foi elaborado não para deixá-lo expert no assunto, mas para
auxiliá-lo em uma situação de extrema emergência.
Para sua elaboração foram consultadas diversas fontes de reputação
respeitada. As fontes estão no final.
Reprodução:
Este resumo pode sim ser reproduzido, somente lhes peço para citar as fontes e
o autor.
Ano: 2015
 Exploração do Pau-brasil
Vamos conhecer um pouco sobre a árvore Pau-brasil antes de saber sobre
sua influência econômica no Brasil?
Fonte: site Arvores de São Paulo
Várias eram as suas utilidades - os Índios a usavam na produção de seus arcos
e flechas e na pintura de enfeites, antes mesmo dos portugueses chegarem aqui. A
árvore, que tinha uma essência corante, extraída da madeira, já era utilizada no
tingimento de tecidos e na produção de tintas para desenho e pintura – era o que
poderia render lucros e dividendos à Coroa. Portugal, que antes adquiria está
substância por intermédio dos mercadores que vinham do Oriente, então,
visualizando um futuro promissor pela frente, tornou a exploração do Pau-Brasil
posse exclusiva da Coroa.
A exploração
Fonte: globo.com
A exploração da árvore do Pau-brasil veio a ser a primeira atividade econômica
empreendida pelos portugueses em território brasileiro. Sua extração foi fácil, pois o
Pau-brasil estava localizado em florestas do litoral e havia um intercâmbio
permanente com os Índios, que trabalhavam e conduziam as toras em troca de
mercadorias europeias banais, tais como facões, machados, espelhos, panos, entre
outras coisas.
O Pau-brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma
autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado pela
coroa. O primeiro a usufruir dessa concessão, em 1501, foi Fernando de Noronha, o
qual tinha como sócios vários comerciantes judeus, porém, em troca desta
permissão, tinham por obrigação enviar embarcações para a nova terra.
Era proibido aos colonos explorar ou queimar a madeira corante. Os espanhóis,
por apreço ao que dizia o Tratado de Tordesilhas, retiraram-se do litoral brasileiro,
ao contrário dos piratas franceses que, ignorando tal tratado, passaram a extrair a
madeira ilicitamente, inclusive lançando fogo na parte inferior do tronco, causando
muitos incêndios, o que veio a provocar sérios prejuízos à mata. O fim do ciclo
econômico do Pau-brasil ocorreu no século 16, pela enorme carência da espécie
nas matas e pela descoberta de um corante não natural correlativo.
No ano de 1530, em alguns locais litorâneos, o pau-brasil já é insuficiente,
apesar do Brasil ter mantido a exportação da madeira até o início do século XIX. Do
início de seu tráfico restaram somente 3% de Floresta Atlântica e, por consequência,
convivemos até hoje com o desmatamento indiscriminado que coloca em perigo
nossa biodiversidade.
Curiosidades
- O Pau-brasil era considerado extinto, quando em 1928 verificou-se a existência de
uma árvore de pau-brasil em um lugar denominado Engenho São Bento, hoje
Estação Ecológica da Tapacurá, pertencente à Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRP).
Atualmente, a espécie está tão ameaçada, assim como, diversas outras que
povoam a Mata Atlântica. Para que a árvore do pau-brasil, tão importante para a
nossa história, não se torne desconhecida, o Jardim Botânico de São Paulo
implantou, em 1979, um “bosque de pau-brasil”, na intenção de preservá-lo para que
mais brasileiros conheçam está espécie.
Localidade
- O pau-brasil foi encontrado na costa litorânea do Brasil entre o Maranhão e São
Vicente (hoje Santos);
- A exploração do pau-brasil aconteceu de 1500 a 1530.
Exploração (mão de obra)
- Os portugueses não colonizaram o Brasil nessa época: vinham apenas para: vigiar
o litoral de possíveis invasões (francesas, holandesas e espanholas);
- O enfrentamento entre portugueses e Índios: resistiram á ocupação de suas terras;
atacaram os povoados portugueses; fugiram para o interior do Brasil; extermínio de
muitas tribos; escravidão dos que sobraram.
Fim do ciclo
- Perda do monopólio do comércio das especiarias orientais para os holandeses e
espanhóis;
- Interesse no açúcar da cana pelos europeus
Consequências
- Foi o primeiro desastre ecológico ocorrido em nossa terra;
- Populações nativas foram drasticamente dizimadas;
- Outras submetidas ao cativeiro.
Descoberta
- O famoso Américo Vespúcio, que viajou como piloto com espanhóis e portugueses,
e que nos deu com suas cartas a primeira descrição do novo mundo, escreverá a
respeito: “Pode-se dizer que não encontramos nada de proveito".
Fonte: www.revistadehistoria.com.br
- Pela larga parte da costa brasileira a espécie vegetal semelhante, o Pau-brasil, já
era conhecida no Oriente.
- Indiretamente a exploração do Pau-brasil deu origem para alguns estabelecimentos
coloniais, mas, mesmo assim, a exploração não serviu em nada nem para fixar um
núcleo de povoamento no país.
- Foi rápida a decadência da exploração do Pau-brasil, e o negócio perdeu interesse.
 Ciclo da Cana-de-açúcar
Fonte: blogspot seguindo passos historia
Motivos da exploração
- A existência no Brasil do solo de massapê, favorável para o cultivo da Cana-de-
açúcar
- O cultivo da Cana-de-açúcar deu-se pela necessidade imperativa de colonizar e
explorar um território
- Um produto muito bem cotado no comércio europeu
- Destinado unicamente à exportação e capaz de gerar valiosíssimos lucros.
- Iria se transformando no alicerce econômico da colonização portuguesa no Brasil
entre os séculos XVI e XVII.
Origem
As primeiras mudas foram trazidas da Ilha da Madeira por Martim Afonso de
Souza, responsável pela instalação do primeiro engenho em São Vicente, no ano de
1533. Em seguida, muitos outras proliferaram- se pela costa brasileira. O Nordeste,
principalmente, o litoral pernambucano e baiano, absorveu a maior parte da
produção açucareira da colônia.
A maior contribuição dos engenhos foi estar em um ponto bastante
privilegiado, facilitando o escoamento e agilizando a chegada do produto
aos mercados consumidores.
Período do ciclo
O ciclo é de aproximadamente 150 anos. De 1530 a 1690.
Únicas cidades a prosperarem
São Vicenti e Pernanbuco.
Exigência para o plantio da cana:
- Latifúndio (muita terra);
- Solo e clima favoráveis;
- Mão de obra barata;
- Dinheiro para investir;
- Produção voltada para o mercado externo.
Etapas da produção:
1º A cana é cortada,
2º depois é moída (vira garapa),
3º O caldo é fervido em enormes tachos,
4º Vira o melado,
5º O melado é colocado em formas de barro,
6º Espera-se para apurar,
7º Separa-se o açúcar mascavo, da parte grossa e da parte fina,
8º O açúcar fino (parte fina) é ensacado e vendido para a Holanda para refinar.
Fonte: qieducacao e governo do Rio
Local da plantação
A cana foi plantada do Maranhão até Laguna (SC), do litoral até a Linha do
Tratado de Tordesilhas. Em faixas de terras, chamadas de Capitanias Hereditárias.
Fonte: colonizaçãoportuguesa.blogspot.com
Os Engenhos
O posto mais elevado da sociedade açucareira cabia ao senhor de engenho, o
proprietário dos complexos agroexportadores. O senhor de engenho desfrutava de
admirável status social. Os engenhos eram formados por amplas propriedades de
terras ganhas através da cessão de sesmarias – lotes cedidos pela Coroa
portuguesa a quem se comprometesse a aproveitá-los para o cultivo.
As localidades de acomodações
- O senhor e sua família moravam na casa-grande, local onde ele desempenhava
sua autoridade, cumprindo seu papel de patriarca.
- Os negros escravos viviam nas senzalas, alojamentos nos quais conviviam
cruelmente, tratados como animais expostos aos mais violentos castigos.
- Havia também a capela, local sagrado no qual aconteciam as mais belas
sagrações religiosas; nas horas vagas ela exercia o papel de centro social, onde os
homens livres do engenho e das circunvizinhanças se reuniam.
- No engenho ficava ainda a moenda, onde a Cana-de-açúcar era moída.
O papel da mulher
À mulher cabia o papel de administrar seu lar, devendo conservar-se recolhida
fiscalizando o trabalho dos escravos domésticos.
Os escravos
O serviço escravo, realizado nas lavouras canavieiras, era supervisionado
pelos feitores, que tinham a tarefa de vigiar os escravos e lhes aplicar punições que
iam desde a palmatória até o tronco, no qual muitas vezes eram chicoteados até
sangrar ou então permaneciam amarrados durante dias a pão e água.
Outros trabalhadores livres também trabalhavam no engenho: iam de
barqueiros, canoeiros até pedreiros que, além de cuidarem do cultivo da cana,
também dedicavam-se às pequenas roças de milho, mandioca ou feijão, atividades
que auxiliavam na subsistência, garantindo alimentação para a casa grande, senzala
e assalariados livres.
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade
do século XVI;
Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se
fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro
daqueles mais fracos ou velhos.
As Invasões Holandesas e a queda da economia açucareira
Fonte: historiabrasileira.com
A prosperidade da produção açucareira no Brasil chamou a atenção
dos holandeses que, em 1630, invadiram Pernambuco, maior produtor de
açúcar da época. Os flamengos passaram então a trabalhar no local,
adquirindo a experiência necessária do cultivo da Cana-de-açúcar para,
após sua expulsão, poderem utilizar este aprendizado, e foi o que
aconteceu. Após a expulsão, foram para as Antilhas, onde prosseguiram
com a cultura do açúcar, passando a ser durante os séculos XVII e XVIII,
concorrentes do Brasil no abastecimento do mercado europeu.
Já no século XVIII a Holanda supera-se na construção de uma
indústria açucareira e no abastecimento do mercado europeu, e faz com
que o Brasil perca o monopólio do açúcar, quebrando o quadro político-
econômico vigente na época.
O século XVIII põe fim ao ciclo da Cana-de-açúcar no Brasil, abrindo
novos caminhos para uma nova etapa, um novo período, que na história
ficou conhecido como o ciclo do ouro.
Origem e características da atividade econômica
- Necessidade de encontrar uma atividade econômica que proporcionasse lucros à
metrópole portuguesa.
- Açúcar: produto de origem indiana muito apreciado e valioso no mercado europeu.
- Plantation tropical do açúcar: monocultura voltada à exportação, trabalho escravo e
latifúndio.
A civilização do açúcar
Fonte: Apogeu pré-vestibulares
Outras atividades econômicas da época
- gado: couro, carne, leite, pecuária e trabalho livre.
- fumo: troca por escravos na África.
- drogas do sertão: produtos extraídos da floresta amazônica com
relativo valor na Europa, como por exemplo, guaraná, salsa e
corante.
Mapa econômico do Brasil século XVII
Fonte: geocities.ws
Transporte
Os escravos vinham amontoados, em condições desumanas, muitos morriam
antes de chegar.
Fonte: UFMG
Justificativas para explorar os africanos
- O Índio era preguiçoso;
- Os negros seriam convertidos à fé cristã alcançando a salvação;
Engenhos
Unidade produtiva do açúcar: casa grande, senzala, moinho, lavoura de cana-
-de- açúcar, capela.
Fonte: historia de São Paulo
Início da agricultura
Fonte: guiadoestudante
Cronologia:
1532: A Cana-de-açúcar, em São Vicente, é a 1ª cultura importada.
1890: O café toma o lugar da cana e o país começa a importar mão de obra
1935: O governo assume o combate à saúva (formiga que cortam as folham, para
fazer seus ninhos, dando origem a uma praga) como prioridade nacional.
Anos 60: A soja começou a ser plantada no sul do país. Hoje transformou-se na
rainha do cerrado
Anos 80: o semiárido nordestino parecia condenado. Hoje, nascem ali plantas de
clima frio, como maçãs e uvas para vinho.
Na colônia portuguesa
Ninguém interessava- se pelo Brasil. A não ser os traficantes e esses já
começavam a abandonar, pois o projeto já estava em declínio.
Todas as atenções de Portugal estavam voltadas para o Oriente Médio, pois o
comércio, neste momento estava em ascensão.
Assim que Portugal estabeleceu sua atenção na colônia, eles fizeram o seguinte
plano: divide-se a costa brasileira em doze setores lineares. Estes setores
chamavam Capitanias e serão doadas á titulares que gozarão de grandes regalias e
poderes soberanos, cabendo-lhes: nomear autoridades administrativas e juízes em
seus respectivos territórios receber taxa e impostos.
Donatários das capitanias arcariam com todas as despesas de transportes e
estabelecimentos de povoadores.
Os Donatários não tinham grandes recursos próprios, eles levantavam fundos
tanto em Portugal como na Holanda.
Quem eram os Donatários? Os donatários eram fidalgos leais ao rei de Portugal
e membros da alta aristocracia, que receberam da coroa portuguesa extensos lotes
de terra no Brasil Colonial.
A cultura da Cana-de-açúcar somente prestava, economicamente, ás grande
plantações. Para pequenos proprietários não era viável.
Portugal não contava com uma população abastada em sua colônia.
Os colonizadores recorreram, primeiramente, ao trabalho dos indígenas. Estes já
tinham iniciado a tarefa no período anterior da extração do Pau-brasil. O interesse
dos Índios pelos objetos insignificantes que era usado como pagamento pelo serviço
torna-se agora aos poucos mais exigente e as margens de lucro do negócio foram
reduzindo.
Aos poucos se foi necessário obrigá-lo ao trabalho forçado e mantê-lo sob vigília.
Além da resistência que os indígenas ofereciam ao trabalho mostravam-se pouco
eficiente, pouca resistência física. O processo de substituição do Índio pelo negro só
ocorreu no fim da era colonial. Contra o escravo negro havia uma grande
divergência, devido ao seu custo.
Além do açúcar, embora em escala relativamente pequena, começava-se a
cultivar também o tabaco. Planta indígena. O tabaco era usado para adquirir os
escravos através do escambo na costa da África.
O rápido desenvolvimento da indústria açucareira, apesar das enormes
dificuldades do meio físico e do custo com transporte, houve grande esforço por
parte do governo português nesse setor.
As maiores dificuldades encontradas na etapa inicial vieram da escassez de mão
de obra. O aproveitamento do escravo indígena resultou em mão de obra desejada
pelas empresas agrícola de grande porte. A escravidão demonstrou ser, desde o
primeiro momento, uma condição de sobrevivência para os colonos europeus da
época,
A captura de escravos não chegou a ser uma atividade econômica capaz de
justificar a existência dos colonos de São Vicente. A captura de escravo indígena
põe em evidência a importância da mão de obra nativa na etapa inicial. Superada as
dificuldades a colônia açucareira desenvolveu- se rápido.
A renda que se gerava na colônia era fortemente concentrada em mãos da
classe de proprietário de engenho. Os gastos com consumo aumentaram muito na
época holandesa, pela necessidade de manter a tropa (escravo) numerosa e em
razão da administração do período de Nassau (1637- 1644).
Fluxo de renda
O fluxo de renda se estabelecia entre a unidade produtiva e o exterior.
Grande parte dos gastos com consumo do empresário era pela utilização da
força de trabalho.
Proteção da colônia
Era necessário assegurar recursos para manter a defesa da colônia e
intensificar a exploração de outras regiões, pois havia surgido um mercado
alternativo para outras atividades econômicas.
O elevado negócio com o açúcar fez surgir, em tempo relativamente curto, um
mercado completamente novo, mas a economia açucareira constituía um mercado
de dimensões relativamente grande.
Contração econômica
Baixaram os preços do açúcar provocado pela perda do monopólio.
Os solos do Maranhão não eram de boa qualidade, porém não foi só esse o
problema, somou-se a isso a desorganização do mercado do açúcar, fumo e outros
produtos tropicais na metade do século XVII.
A falta de qualquer atividade comercial obrigava a família a suprir suas
necessidades em qualquer atividade, sendo assim, a caça ao Índio se tornou uma
condição de sobrevivência.
 Ciclo da mineração na colônia
Período de exploração
Desde o final do século XVI até por volta do século XVIII.
A exportação de ouro cresceu em toda a primeira metade do século e alcançou seu
ponto máximo em torno de 1780.
Em São Vicente, já era conhecido uma escassa exploração mineral, que em
razão da baixa rentabilidade, foi rapidamente abandonada. Somente no século XVIII
é que a mineração realmente passou a dominar o cenário colonial, intensificando a
vida urbana na colônia, além de ter promovido uma sociedade menos aristocrática.
o mapa foi tirado do livro Nova História Crítica do Brasil de Mário Schmidt da editora Nova Geração
Locais da exploração
A extração de ouro e diamante era feito nas regiões de Goiás, Mato Grosso e,
principalmente, Minas Gerais. Atingiu o apogeu entre os anos de 1750 e 1770,
justamente no período em que a Inglaterra industrializava- se e consolidava- se
como uma potência hegemônica, exercendo uma influência econômica cada vez
maior sobre Portugal.
Tratado de Methuem
Inglaterra e Portugal enfrentavam enormes dificuldades econômicas e
financeiras com a perda de seus domínios no Oriente e na África, após 60 anos de
domínio.
Vários tratados que comprovam a crescente dependência portuguesa em relação à
Inglaterra, destaca-se o Tratado de Methuem (Panos e Vinhos) de 1703, pelo qual
Portugal é obrigado a adquirir os tecidos da Inglaterra e a Inglaterra, os vinhos
portugueses. Para Portugal, esse acordo agravou o acentuado déficit na balança
comercial, onde o valor das importações (tecidos ingleses) irá superar o das
exportações (vinhos).
É importante notar que o Tratado de Methuem ocorreu alguns anos depois da
descoberta das primeiras muitas jazidas de ouro em Minas Gerais.
A RIGIDEZ FISCAL
No século XVI em São Vicente, criou-se um regulamento fiscal estabelecendo-
se a livre exploração, embora submetida a uma rígida fiscalização, onde a coroa
cobrava seu direito ao quinto, isto é, a quinta parte de todo ouro extraído.
Com as descobertas feitas em Minas Gerais, na região de Vila Rica, a antiga lei
é substituída pelo Regimento dos Superintendentes, ano de 1702. Esse regimento
se manteria até o término do período colonial, faziam apenas algumas modificações
na lei.
O descobrimento das jazidas era obrigatoriamente comunicado ao
superintendente da capitania que requisitava os funcionários (guarda-mor) para que
esse fizesse a demarcação, os lotes seriam posteriormente distribuídos entre os
mineradores presentes. O minerador que havia descoberto a jazida tinha o direito de
escolher dois lotes, enquanto que o guarda-mor escolhia outro lote para a Fazenda
Real, que depois o vendia em leilão. A distribuição dos lotes era proporcional ao
número de escravos que o minerador possuísse
Vila Rica; fonte: revista de historia.
Os demais lotes eram sorteados entre os interessados que deviam dar início à
exploração no prazo de quarenta dias, sob pena de perder a posse da terra. A venda
de uma data era somente autorizada na hipótese devidamente comprovada da
perda de todos os escravos.
A cobrança do quinto sempre foi vista pelos mineradores como um abuso, o
que resultava em frequentes tentativas de sonegação, fazendo com que a coroa
criasse novas formas de cobrança.
Casa de Fundição
Fui criada a Casa de Fundição, a partir de 1690, estabelecimento controlado
pela Fazenda Real, que recebiam todo ouro extraído.
A tentativa de utilizar o ouro sob outra forma: de pó, de pepitas ou em barras não
marcadas. Era rigorosamente punida, com penas do confisco dos bens.
Mais tarde criou-se a finta, um pagamento anual fixo de 30 arrobas. Depois foi
criada a taxa de capitação, um imposto fixo, cobrado por cada escravo que o
minerador possuísse.
Quando começa a decadência, ouro se tornam cada vez mais escasso, embora
depois de 1762 o quinto atingisse as 100 arrobas. Da última vez que se projetou
outro imposto, chamado de derrama, em 1788, ele teve de ser suspenso na última
hora, pois chegou ao conhecimento das autoridades a notícia de um levante geral
em Minas Gerais, marcado para o momento em que fosse iniciada a cobrança
A exploração nas jazidas
O trabalho livre era insignificante e o Índio não era empregado. A lavra foi o tipo
de extração mais frequente na fase áurea da mineração, quando produção
abundante, o que tornou possível grandes empreendimentos e obras na região.
extração aurífera; fonte: guia chapada diamantina
A faiscação era a pequena extração praticada pelo próprio garimpeiro, um
homem livre de poucos recursos que poderia contar com alguns ajudantes. No
mundo do garimpo o faiscador é considerado um nômade.
O escravo que encontrasse uma quantidade muito significativa de ouro ganharia
a alforria. Também conhecida como faisqueira. Este cenário torna-se mais comum
pelos fins do século XVIII, quando a mineração entra num processo de franca
decadência.
A EXTRAÇÃO DE DIAMANTES
A extração mineral não se restringiu apenas ao ouro como também não ao
diamante, no vale do rio Jequitinhonha. Durante muito tempo, os mineradores só se
concentravam na riqueza aurífera, ignoraram o valor da pedra preciosa, diamante.
Somente após três décadas que o governador das Gerais, D. Lourenço de
Almeida, enviou algumas pedras para analises em Portugal, que imediatamente
aprovou a criação do primeiro Regimento para os Diamantes.
O principal centro de extração da valiosa pedra foi o Arraial do Tijuco, hoje
Diamantina em Minas Gerais.
A partir de 1734, visando um maior controle sobre a região diamantina, foi
estabelecido um contratador. O primeiro deles em 1740 foi o milionário João
Fernandes de Oliveira, que se apaixonou pela escrava Chica da Silva, tornando-a
uma nobre senhora do Arraial do Tijuco.
Sociedade e a intelectualidade
O ciclo do ouro e do diamante foi responsável por profundas mudanças
demográfica. Em cem anos a população cresceu de 300 mil para, aproximadamente,
3 milhões de pessoas, incluindo aí, um deslocamento de 800 mil portugueses para o
Brasil. Paralelamente foi intensificado o comércio interno de escravos, chegando do
Nordeste cerca de 600 mil negros.
Embora mantivesse a base escravista, a sociedade mineradora diferenciava-se
da açucareira, por seu comportamento urbano, menos aristocrática e
intelectualmente mais evoluída.
O segmento menos favorecido era formado por homens livres pobres (brancos,
mestiços e negros libertos), que eram faiscadores, aventureiros e biscateiros,
enquanto que a base social permanecia formada por escravos que em meados do
século XVIII, representavam 70% da população mineira.
Para os escravos, a mineração foi um retrocesso, pois apesar de alguns terem
conseguido a liberdade, a grande maioria passou a viver em condições bem piores
do que no período anterior, escavando em verdadeiros buracos onde até a
respiração era dificultada. Trabalhavam também na água ou atolados no barro no
interior das minas. Essas condições desumanas resultam na organização de novos
quilombos, como do rio das Mortes, em Minas Gerais, e o de Carlota, no Mato
Grosso.
Com o crescimento do número de pequenos e médios proprietários a
mineração gerou uma menor concentração de renda, ocorrendo inicialmente um
processo inflacionário.
A acentuação da vida urbana trouxe também mudanças culturais e intelectuais,
destacando-se a chamada escola mineira, que se transformou no principal centro do
Arcadismo no Brasil. São famosas as obras esculturais e arquitetônicas de Antônio
Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais, na música destaca-se o estilo
sacro barroco do mineiro José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita.
De Piratininga a população mudou-se em grande quantidade. Do Nordeste foi
deslocado muitos recursos, principalmente sob forma de mão de obra escrava. De
Portugal veio uma grande corrente migratória espontânea com destino ao Brasil. A
colônia iria se modificar significativamente.
Transferir-se de Portugal para o Brasil só tinhas vantagem para aquelas
pessoas que tinham meios para financiar uma empresa de dimensão relativamente
grande.
A população estava bem distante do território, estava em grande parte reunida
em grupos urbanos e semiurbano. A grande distância existente entre a região
mineira e os portos contribuiu para o aumento relativamente dos importados.
Fonte: conexaohistorica
A decadência do período
Na segunda metade do século XVIII, a mineração entra em decadência com a
paralisação das descobertas. Esse esgotamento deve-se ao desconhecimento
técnico dos mineradores, já que a extração era feita apenas nos veios (leitos dos
rios), nos tabuleiros (margens) e nas grupiaras (encostas mais profundas) a técnica,
apesar de rudimentar, foi suficiente para o sucesso do empreendimento.
Como as outras atividades eram subsidiárias ao ouro e ao diamante, toda
economia colonial entrou em declínio.
moedas portuguesas do século XVIII cunhadas com ouro do Brasil; fonte: Banco Central do Brasil
A suposta riqueza gerada pela mineração não permaneceu no Brasil e nem foi
para Portugal. A dependência lusa em relação ao capitalismo inglês era antiga, e
nesse sentido, a maior parte das dívidas portuguesas acabaram sendo pagas com
ouro brasileiro, acumulando capital na Inglaterra.
O estado de pobreza da Metrópole e da colônia explica a tamanha rapidez com
que se desenvolveu a economia do ouro no início do século XVlll.
Á medida que se reduzia a produção, as maiores empresas seriam
descapitalizadas. A reposição de mão de obra escrava já não era feita, e muitos
empresários, com o tempo, foram reduzindo.
A ilusão de que uma nova descoberta poderia vir a qualquer momento induzia o
empresário a persistir na destruição de seu ativo, em vez de transferir ativos para
outra atividade econômica.
A perda maior foi para aqueles empresários que tinham aplicado grande capital
em escravo e via seu capital baixar dia-dia.
O escravo
Os escravos em nenhum momento chegaram a constituir a maioria da
população.
A forma como se organiza o trabalho, permitia que o escravo tivesse maior
iniciativa dentro de uma vida social mais complexa.
Muitos escravos chegaram mesmo a trabalhar por conta própria,
comprometendo-se a pagar periodicamente uma quantia fixa a seu dono, o que lhes
abriu uma possibilidade de comprar a própria liberdade.
Fluxo da renda
A condição para que o Brasil tivesse algum desenvolvimento do século XVIII
teria de ser pelo desenvolvimento manufatureiro de Portugal.
Na época, ciclo da mineração no Brasil, muitas transferências eram feitas pela
população para o Brasil.
A Inglaterra encontrou na colônia um mercado em rápida expansão. Suas
exportações eram pagas em ouro, o que dava á economia inglesa uma excepcional
flexibilidade para operar no mercado europeu. Sendo assim, a Inglaterra, pela
primeira vez, encontrou condições de saldar o seu comércio, que vinha do norte da
Europa.
 Ciclo do Café e a Expansão do café no Brasil
Fontes: revista Globo Rural
Características
- As exportações de café eram a base da economia e maior fonte de receita
tributária;
- Foi um período de modernização;
- Acompanhou o surto de industrialização, como o ocorrido durante a Primeira
Guerra Mundial;
- Porém, a economia continuaria dominada pela cultura do café, até a Quebra da
Bolsa de valores de Nova Iorque, durante a Crise de 1929;
- Estados Unidos, era o principal comprador do café brasileiro;
- O processo produtivo que permitia altas taxas de acumulação e concentração de
riqueza apenas para os agroexportadores;
- Alta vulnerabilidade externa, tanto na determinação demanda quanto na
precificação;
- Mesmo o Brasil sendo líder em sua produção;
- Base produtiva insuficiente para atender a demanda interna.
Brasil agrícola século XIX
Período do ciclo
O café no Brasil foi do século XVIII, mais precisamente ano de 1727, até 1929.
Principais áreas de cultivo
Vale do Paraíba Oeste Paulista
Predomínio até 1850 Predomínio pós-1850
Modelo típico das plantations Modelo de produção empresarial
Técnicas de produção rudimentares Técnicas de produção modernas
Monarquistas e escravocratas Repulicanos e abolicionistas
Dificuldades no escoamento do
café
Implementação de ferrovias
Menor produtividade Maior produtividade e qualidade
Mão de obra escrava
Mão de obra assalariada
(imigrantes)
O café veio da África e era consumido na forma de fruta por algumas tribos da
atual Etiópia. Os árabes foram os primeiros a iniciar o plantio e preparação do café,
quando a fruta chegou à península Arábica. Foi somente no século XIV que o café
se tornou bebida comum e ganhou forma de preparos que conhecemos hoje.
O hábito de tomar café pelo mundo árabe é que o transformou o produto em
comercio. Por muitos anos o café foi considerando uma bebida de luxo.
A economia no sofreu muitas mudanças com a introdução do café. Trazido pelo
tenente coronel Francisco de Melo Palheta, as primeiras mudas deram certo em solo
paraense.
O terreno úmido e pantanoso da Baixada Fluminense era ricamente adaptado
às exigências do novo gênero agrícola. Em tempo, o Rio de Janeiro ocupou a
posição no cultivo e na venda do café.
O fim da escravidão
A proibição do tráfico negreiro, em 1850, reduziu a produção cafeeira em terras
fluminenses, com isso, os recursos antes investidos em escravos foram destinados
para a indústria e o comércio.
O fenômeno, fim do tráfego negreiro, contribuiu para que a mão de obra
assalariada fosse adotada em substituição á exploração dos escravos negros.
Pensava-se que os escravos, uma vez em liberdade, tendiam a abandonar as
antigas plantações e a dedicar-se á agricultura de subsistência. Contudo o que
ocorreu foi que os escravos quem abandonaram os engenhos encontraram muitas
dificuldades para sobreviverem.
Pouca mão de obra
Os EUA tinham uma força de mão de obra escrava com cerca de 4 milhões e o
Brasil, na mesma época, 1,5 milhões. Explicação. Elevada taxa de crescimento
vegetativo da população escrava norte americana.
As condições de alimentação e de trabalho nos estados deveriam ser
relativamente favoráveis, ao contrário no caso brasileiro, a população escrava tinha
uma taxa de mortalidade bem superior á taxa de natalidade e as condições de vida
muito precárias.
Após a guerra civil, o governo intensificou a imigração europeia, contudo a vida
econômica das colônias era muito precária. Viajantes europeus que passavam pela
região surpreendiam- se com a forma primitiva dos colonos, logo vieram as
consequências. Formou-se na Europa um movimento contra a imigração para o
império, chamado por eles, escravista, em 1859 veio o anúncio da proibição da
emigração alemã ao Brasil.
A solução para a mão de obra
Pensou-se em importar mão de obra asiática, em regime de semiescravidão. Foi
tomada como solução alternativa, a mão de obra europeia. Porém isso já ocorria,
mesmo antes da independência da colônia, por iniciativa do governo.
A questão fundamental era aumentar a mão de obra para a grande lavoura, que na
época chamava-se plantation, denominação para grandes plantações.
Reconhecendo que política de mão de obra imperial em nada podia solucionar, em
1852 um grande plantador de café senador Vergueiro decidiu contratar diretamente
trabalhadores da Europa. O senador conseguiu com o governo financiamento para o
transporte, trouxe oitenta famílias de camponeses da Alemanha para sua fazenda
em Limeira. A iniciativa do senado despertou interesse nos alemães e suíços até
1857.
Qual era a ideia de Vergueiro? Era uma simples adaptação do modelo dos
EUA. O governo cobria parte principal desse financiamento, que era a passagem da
família. Esse sistema não deu certo, pois era uma escravidão disfarçada, tratando-
se de uma servidão temporária. O custo real da viagem do imigrante totalmente por
conta do imigrante. Assim: o Estado financiava a operação, o colono hipotecava o
seu futuro e o de sua família, e o fazendeiro ficava em vantagem. O colono firmava
contrato pelo qual se obrigava a não abandonar a fazenda antes de quitar sua
dívida.
Mais tarde, em 1867, um observador alemão apresentou para a Sociedade
Internacional de Imigração em Berlim um argumento que pretendia demonstrar que
os imigrantes europeus estavam submetidos ás condições de escravidão disfarçada
nas fazendas de café no Brasil.
A partir dos anos sessenta introduziu-se um sistema misto pelo qual o colono
tinha garantia da parte principal de sua renda. Sua tarefa era cuidar da plantação de
café e em troca recebia um salário anual.
Felizmente a solução para o imigrante veio em 1870, quando o governado
imperial passou a carregar os gastos com transporte cabendo ao fazendeiro cobrir
os gastos no imigrante durante o seu primeiro ano de atividade. O fazendeiro devia
de colocar a disposição, para o imigrante, as terras para que ele pudesse cultivar.
Sendo assim, o imigrante tinha seus gastos com transporte e instalação pagos e
sabia de sua renda no futuro. Essas medidas promoveram pela primeira vez na
América uma grande corrente imigratória de origem europeia.
Trabalho assalariado
Na antiga região cafeeira, onde obtinha a força de trabalho, foi necessário
oferecer salários relativamente elevados. A força de trabalho necessária para
garantir a subsistência era de aproximadamente de dois a três dia por semana de
trabalho. Contudo, foi-se reduzindo a utilização da força de trabalho.
O fato de maior relevância que ocorreu já no final do século XIX sem dúvidas
foi o aumento da importância relativa da mão de obra assalariada.
O fluxo de renda
Os assalariados gastavam a totalidade de suas rendas em gastos no consumo;
por sua vez a classe proprietária poupou boa parte de sua renda para aumentar seu
capital, embora também gastasse alguma parcela de seu capital em consumo. O
resultado dessas duas combinações foi o aumento do mercado interno.
A crise do café
No final do século XIX expandiu-se a cultura do café. A produção brasileira tinha
aumentado de 3 milhões em 1881 para 16,2 milhões em 1900.
Veio á crise. Ao comprova a crise de superprodução, início do século XX, os
empresários brasileiros notaram que estavam em situação tranquila. Tudo o que
precisaram eram de recursos financeiros para reduzir a produção, sendo assim,
formaram estoques para serem utilizados quando o mercado estivesse em alta.
A partir de 1893 prolongou-se a crise nos EUA. Os americanos que eram nosso
maior cliente, reduziram a sua importação, também reduziram a compra no mercado
mundial. O valor da saca caiu em 1896. Em 1897 ocorreu uma nova depreciação no
mercado mundial que derreteu nos dois anos seguintes.
Os estoques de café aumentavam ano a ano. Discutiu-se a ideia de retirar do
mercado parte do estoque, essa ideia ganhou peso nos dirigentes cafeeiros.
No convênio de Taubaté, em fevereiro de 1906, foram debatidas as bases para
uma política chamada de política de valorização do café. O plano de defesa dos
cafeicultores foram bem sucedido.
Chega á crise mundial de 1929, a qual encontrou uma situação de extrema
vulnerabilidade.
A defesa contra a crise de 1929 e a fuga de capital
Foi pensada outra política de subsídios para que os produtores pudessem
utilizar e criar outras formas de atividade econômica e exportação. Obteve
empréstimos estrangeiros para os produtores como forma de retirar o produto do
mercado, uma compensação pelo prejuízo.
Foi adotado política de destruição do café, para garantir um preço mínimo de
compra junto aos cafeicultores. Nessa política de destruição, adotado em 1931, era
injetado cerca de 1 bilhão de Cruzeiro para aquisição do café depois era destruído.
Entre 1927-29 ocorreu uma forte entrada de capital privado estrangeiro no país
que somado a chegada de empréstimos, para financiar o café, depois ficou uma
situação favorável.
Porém, infelizmente, com a chagada da crise de 1929 os capitais que tinham
entrado no Brasil foram embora em questão de alguns meses.
 Ciclo da Borracha
Fonte: eduardoeginacarli.blogspot
Uma outra atividade aparece em paralelo á lavoura do café: a borracha. Este
produto é fornecido pela seringueira.
Período e apogeu
A extração da borracha ocorreu a partir de 1850, sendo sua comercialização
entre os anos de 1905 á 1912, época a qual ocorreu o seu apogeu.
O Amazonas na época da borracha
A exploração da borracha foi tão intensa em seu apogeu que a Amazonas teve
sua economia totalmente voltada para a extração do Látex.
A cidade de Manaus (capital do Amazonas) passou a ser moldada de acordo
com os padrões europeus. As ações do governo, na época, davam pouca
importância ao interior do estado, privilegiando Manaus.
Fonte: fotógrafo Alfredo Fernandes
A grande contribuição dada pela borracha na Amazônia foi muito próspera nos
tempos de exploração. A população aumentou, em plena selva foi erguida uma
cidade moderna, Manaus, capital da Amazonas; em Belém, capital do Pará, o porto
internacional de exportação da borracha.
Motivos da chegada da mão de obra
- Seca na região nordestina que durou de 1877-1880;
- Ilusão de enriquecimento fácil;
- Ascenção econômica das cidades de Belém e Manaus;
- Estima-se que entre 1872 á 1900 tenha migrado mais de 260.000 nordestinos.
Com a chegada da mão de obra que, até anteriormente era escassa, era
necessário criar um mecanismo para prender o trabalhador. Havia uma cautela para
que o trabalhador não acumulasse reservas econômicas que o torna-se
independente.
Na região, onde a mão de obra era escassa, a estabilidade do trabalho tinha
como garantia o endividamento do trabalhador. As dívidas dos trabalhadores
começam ao serem contratados, com suas viagens de sua terra natal até o local de
trabalho, no caso a região das seringueiras. Infelizmente estas dívidas eram
impagáveis por motivos que sempre houve meios de fazer com que as dívidas
somadas fossem maiores que os salários dos trabalhadores. E isso não para por aí.
Um hábil jogo é feito usando a ignorância do trabalhador seringueiro analfabeto, o
qual não percebe as artimanhas usadas nos cálculos de suas dívidas.
Consequências da Borracha
- Desenvolvimento das áreas exploradas;
- Desenvolvimento urbano das cidades Belém e Manaus;
- Povoamento de áreas mais afastadas;
- Em 9 de junho de1942, foi criado o Banco de Crédito da Borracha;
- Foram criados os órgãos SEMTA e o CAETA, os quais eram responsáveis pela
mobilização de trabalhadores e o envio dos trabalhadores para a Amazonas.
A história
A primeira utilização da borracha, isto em 1770, foi na indústria. Foi observada
que servia para apagar traços feitos por lápis. Porém depois da descoberta, em
1842, feitas por Goodyear nos Estados Unidos e Hancock na Inglaterra, que
consistia em uma combinação de borracha com enxofre que dará maior flexibilidade
e a tornará inalterada sua forma, não importando a variação de temperatura.
Fui muito utilizada na fabricação de pneu de veículo.
O Brasil possui a maior reserva mundial de seringueira nativa, logo verá abrir
suas perspectivas econômicas. As exportações de borracha serão em um aumento
considerável desde 1827.
A produção contará agora com uma larga disponibilidade de mão de obra que
até antes era difícil obter na região da Amazônia.
Nos anos de 1901 á 1910 a exportação de borracha representava 28% das
exportações total do país.
A história do Estado do Acre
Os avanços brasileiros dentro da floresta amazônica ganha força e choca-se
com a vizinha Bolívia, riquíssima em seringueira. Surgirá com isso um conflito em
nível internacional, contudo o conflito foi resolvido de forma pacífica, a vizinha
Bolívia cedendo para o Brasil uma grande área de 200,000 km quadrado, atual Acre,
em troca o Brasil dará uma indenização de 2.000,00 libras. Formará aí um governo
de administração direta que dominará a região do Acre.
O novo território brasileiro logo começará a dar contribuição para a produção
brasileira de borracha em 1904.
Ascensão e o declínio da borracha
Precisamente em 1912 a borracha alcança o seu crescimento. A exportação
atinge o máximo de 40% no país. O crescimento é ininterrupto durante mais de 20
anos.
Infelizmente, de 1912 em diante acontece a queda. A borracha explorada não
consegue resistir á concorrência oriental, a qual, em poucos anos, substituirá quase
parcialmente. Alguns seringais foram abandonados, assim como, algumas
propriedades.
Em 1873 e 1876, essas plantas, eram levadas do Amazonas para Londres
(Inglaterra) em forma de sementes, lá eram plantadas, davam origens ás imensas
plantações e conduzidas até a Malásia. Sendo assim, essas plantas, aos poucos,
foram desbancando a produção extrativista brasileira.
A concorrência, desigual, estabelecida era de uma região primitiva como o
Amazonas com outra que contava com muitos recursos técnicos e financeiros sobre
tudo de países: Inglaterra, França e Holanda.
Na Ásia, as seringueiras eram próximas umas das outras, as plantações eram
próximas dos pontos de vendas. Ao contrário do que era no Amazonas. As
distâncias das plantações eram maiores e tinha a dificuldade para locomover a
plantas.
A riqueza alcançada durante a exploração e, consequentemente, o auge,
acabou-se. Virou fumaça. O que sobrou foram ruínas, terras despovoadas, muitos
aventureiros que buscavam riqueza fácil foram procurar novas oportunidades em
outros lugares.
 Ciclo da indústria
Fonte: câmara prudente. sp
Tipos de indústrias
- Bens de produção (Indústrias de base): são as famosas indústrias pesadas, as
quais transformam a matéria-prima. Exemplo: siderúrgicas e petroquímicas.
- Bens intermediários: a mais importante, pois é a que fornece máquinas,
equipamentos, autopeças para a outras indústrias e para o transporte. Exemplo:
indústria de material eletrônico e de automóveis.
- Bens de consumo (indústria leve): são as que produzem diretamente para o
consumidor final. Exemplo: eletrodomésticos, automóveis, alimentos, vestuários e
bebidas.
Concentração da indústria
A concentração se deu principalmente na região sudeste com 80,5% entre os
anos 1907 e 1930 e teve como origem na economia cafeeira.
Nas demais regiões os números são inferiores a 12%.
Desconcentração da indústria
Nos anos entre 1970 e 1980 já eram visíveis a dispersão da indústria no Brasil.
As indústrias saiam das capitais para o interior de cada estado, assim como, para
outras regiões.
Essa ocorrência foi motivada, principalmente, pelos longos congestionamentos
da área metropolitana, preços altos dos terrenos, sindicatos fortes, procura de
cidades menores que: oferecem facilidades. Também se acrescenta a guerra fiscal,
que seria subsídios fiscais dados pelo Estado ou município para a instalação de
indústrias.
Período de grande crescimento industrial
A indústria brasileira terá seu primeiro surto nos últimos anos do império, isto é,
em 1880-89 e na década de 1990 continua, mesmo que, ainda, devagar.
O início da industrialização no Brasil
Além de uma série de fatores que atrapalhavam o progresso da indústria no
Brasil tem também o fator energético. A deficiência em obter fontes de energia era
enorme, porém faltou ao Brasil outro elemento fundamental da indústria moderna, a
siderurgia. Outro elemento colaborou, a falta de um mercado consumidor.
As exportações, de onde conseguia-se as fontes de recursos para saldar os
pagamentos externos, não acompanhavam o ritmo de crescimento da população.
Logo se observava um déficit constante no comércio exterior.
Um fator favorável para a indústria brasileira será a produção local de uma
matéria-prima de grande importância: o algodão. A maquinofatura iniciará no Brasil
junto com a indústria têxtil. E por fim uma última circunstância favorável para o
estabelecimento da indústria será a disponibilidade de mão de obra e seu baixo
preço.
As circunstâncias descritas no parágrafo anterior, principalmente, o
desenvolvimento de uma pequena indústria têxtil foi determinante no século XIX.
Antes desses pequenos focos, a indústria brasileira teve seu primeiro surto nos
últimos anos do império, isto é, em 1880-89. O número de estabelecimentos
industriais, de pouco mais de 200 em 1881, passou para 600 nos últimos anos da
monarquia. Sendo 60% na indústria têxtil, 15% na indústria de alimentos e 10% na
indústria de produtos químicos.
Essa fase de progresso industrial vai até a República: o rompimento do
conservadorismo imperial abrirá as portas para uma política de amparo á produção
no Brasil.
Entre 1890 e 1895 serão fundadas 425 fábricas. A revalorização da moeda
depois de 1898 trará novas dificuldades para a indústria.
Em 1907 é realizado o primeiro censo geral e completo das indústrias
brasileiras. Serão entrados 3.258 de estabelecimentos industriais empregando
150.841 operários. Quanto a distribuição geográfica da indústria: 33% estava no
Distrito Federal (na época a capital era no Rio de Janeiro), 16% estava em São
Paulo. O Rio de Janeiro, que continuava, como sempre fora no passado, liderando a
produção industrial.
Foi notado que São Paulo, logo, seria o maior produtor do país, com uma
grande parcela, 40% do total. Essa concentração em São Paulo é explicada por
alguns motivos: desenvolvimentos da lavoura de café, a qual trouxe riqueza e
população e finalmente a grande disponibilidade de energia hidráulica.
As indústrias de tecelagem de algodão e lã eram concentradas, a grande
primeira guerra mundial (1914-1918) deu muito impulso á indústria.
O desenvolvimento da indústria passou a ser relevante para a economia do
país, dispensando a importação. Este é um importante fator de equilíbrio de nossas
contas externas e da normalidade financeira do país.
A maior parte da indústria brasileira continuará como antes: largamente dispersa
em unidades, geograficamente, insignificante, com rendimentos reduzidos e
produzindo exclusivamente para o mercado local. Houve ainda uma circunstância
que ajudou para a tão precarização da indústria, a carência de capital. Por outro
lado, algumas indústrias tiveram muitos lucros, principalmente, na lavoura de café,
sendo muito daqueles lucros, foram aplicados, depois de 1910, na indústria para um
desenvolvimento com mais rapidez.
A primeira guerra mundial trouxe uma grande elevação nos preços, com o
encarecimento da vida que não foram acompanhados pelos salários. Os capitalistas
fizeram grande fortuna á custa do empobrecimento e da exploração do trabalhador.
A grande parte da indústria brasileira estava nas mãos de famílias como:
Matarazzo, Jaffet, Pereira Ignácio.
Um período muito complicado para a indústria foi a grande crise de 1929. Esse
período foi de 1924 até 1930. Muitas indústrias fracassaram ou manteve-se próximo
de suas subsistências.
As indústrias subsidiárias de grandes corporações veio á desenvolver-se,
principalmente, depois da primeira Guerra Mundial. Instalaram-se aqui, contornaram
a grande crise da época, aproveitaram a mão de obra barata. Grandes empresas
como: General Motors, Ford. Durante a guerra, ou talvez um pouco antes, várias
indústrias subsidiárias, mas de um modo diferente, não visaram o mercado
brasileiro, mas aproveitaram a enorme quantidade de matérias prima. Estas
empresas, ao final da primeira Guerra Mundial, contribuíram muito para o
desenvolvimento do Brasil, quando o assunto é indústria brasileira, essas gigantes
foram as responsáveis pelo estabelecimento no país de uma indústria de base
capaz de iniciar aqui a elaboração da matéria prima destinada ás indústrias.
Anos de Getúlio Vargas até década de 1980
Na política nacionalista de Vargas e nos anos de planejamentos dos governos
de Juscelino Kubitschek e dos militares (ditadura civil militar de 1964 até 1985)
houve bons resultados nesse período.
- Era Vargas: responsável pela infraestrutura necessária para a instalação da
indústria no Brasil; inaugurou a antiga Vale do Rio doce (atual Vale, privatizada no
governo FHC), em 1942; inaugurou a Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN, em
1941; a Companhia hidrelétrica de São Francisco, 1945; inaugurou o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico, o BNDE (atual BNDES), em 1952;
inaugurou a Petrobras, em 1953.
- Era JK: privilegiou as obras para geração de energia; facilitou a vindas das
montadoras estrangeiras de veículos que além de delas vieram as fabricantes de
eletrônicos e de alimentos.
- Governo dos Militares: os militares lançaram o Plano Nacional de desenvolvimento,
com isso ampliaram o desenvolvimento brasileiro, com base nas iniciativas do
Estado e das empresas transnacionais (as indústrias). Foi priorizada a indústria de
base, agricultura, entre outras. As indústrias eram as líderes da indústria nacional.
Foi notado nessa época o famoso milagre brasileiro. Foi também na época dos
militares que foi iniciado o grande declínio, principalmente, após o choque do
petróleo em 1973 e 1982; a desestabilização do sistema financeiro internacional; os
processos inflacionários. Esse momento ficou conhecido como a década perdida.
Pode-se dizer que entre 1930 e 1960, ocorreu a segunda principal etapa na
industrialização brasileira.
Fontes de consultas
Material do professor Rainer Sousa, Graduado em História;
http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/paubrasil/cap2/testemunha.htm;
http://www.arvores.brasil.nom.br/paubras1/index.htm;
http://www.qieducacao.com/2011/06/ciclo-do-acucar-ii-economia.html;
Apogeu pré-vestibular;
Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG;
historiadesaopaulo.wordpress.com;
http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0133i.htm;
http://www.meurecife.com.br/frames/historia/frame_historia_cicloacucar.htm;
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/eng_colonial.html;
Furtado, C: formação econômica do Brasil;
Prado, Jr: história Econômica do Brasil;
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/se-plantando-nada-
647951.shtml;
Material da economista: Diana Dias Sampaio Mestre em Desenvolvimento Regional
e Urbano IESA/UFG;
Material dos professores da UFGS Vanderlei Machado e Marcelo Scarparo;
Material do professor Acácio Martins
fernandesalfredo.blogspot.com
http://camarapprudente.sp.gov.br/historia/hist_oeste/cidades/pprudente/comercio.ht
ml
IBGE.
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Resumo dos cinco ciclos econômicos no brasil

  • 1. Resumo Resumo dos ciclos econômicos no Brasil: desde o Pau-brasil Até a Indústria. Autor: Enio Amorim . São Paulo 2014
  • 2. Resumo dos ciclos econômicos no Brasil: desde o Pau-brasil até a Indústria. Enio Amorim. Estudante de Ciências Econômicas e Ciência Política. A parte ainda mais resumida está em meu blog: http://enioamorim.webnode.com A ideia: Este resumo foi elaborado não para deixá-lo expert no assunto, mas para auxiliá-lo em uma situação de extrema emergência. Para sua elaboração foram consultadas diversas fontes de reputação respeitada. As fontes estão no final. Reprodução: Este resumo pode sim ser reproduzido, somente lhes peço para citar as fontes e o autor. Ano: 2015
  • 3.  Exploração do Pau-brasil Vamos conhecer um pouco sobre a árvore Pau-brasil antes de saber sobre sua influência econômica no Brasil? Fonte: site Arvores de São Paulo Várias eram as suas utilidades - os Índios a usavam na produção de seus arcos e flechas e na pintura de enfeites, antes mesmo dos portugueses chegarem aqui. A árvore, que tinha uma essência corante, extraída da madeira, já era utilizada no tingimento de tecidos e na produção de tintas para desenho e pintura – era o que poderia render lucros e dividendos à Coroa. Portugal, que antes adquiria está substância por intermédio dos mercadores que vinham do Oriente, então, visualizando um futuro promissor pela frente, tornou a exploração do Pau-Brasil posse exclusiva da Coroa.
  • 4. A exploração Fonte: globo.com A exploração da árvore do Pau-brasil veio a ser a primeira atividade econômica empreendida pelos portugueses em território brasileiro. Sua extração foi fácil, pois o Pau-brasil estava localizado em florestas do litoral e havia um intercâmbio permanente com os Índios, que trabalhavam e conduziam as toras em troca de mercadorias europeias banais, tais como facões, machados, espelhos, panos, entre outras coisas. O Pau-brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado pela coroa. O primeiro a usufruir dessa concessão, em 1501, foi Fernando de Noronha, o qual tinha como sócios vários comerciantes judeus, porém, em troca desta permissão, tinham por obrigação enviar embarcações para a nova terra. Era proibido aos colonos explorar ou queimar a madeira corante. Os espanhóis, por apreço ao que dizia o Tratado de Tordesilhas, retiraram-se do litoral brasileiro, ao contrário dos piratas franceses que, ignorando tal tratado, passaram a extrair a madeira ilicitamente, inclusive lançando fogo na parte inferior do tronco, causando muitos incêndios, o que veio a provocar sérios prejuízos à mata. O fim do ciclo econômico do Pau-brasil ocorreu no século 16, pela enorme carência da espécie nas matas e pela descoberta de um corante não natural correlativo.
  • 5. No ano de 1530, em alguns locais litorâneos, o pau-brasil já é insuficiente, apesar do Brasil ter mantido a exportação da madeira até o início do século XIX. Do início de seu tráfico restaram somente 3% de Floresta Atlântica e, por consequência, convivemos até hoje com o desmatamento indiscriminado que coloca em perigo nossa biodiversidade. Curiosidades - O Pau-brasil era considerado extinto, quando em 1928 verificou-se a existência de uma árvore de pau-brasil em um lugar denominado Engenho São Bento, hoje Estação Ecológica da Tapacurá, pertencente à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRP). Atualmente, a espécie está tão ameaçada, assim como, diversas outras que povoam a Mata Atlântica. Para que a árvore do pau-brasil, tão importante para a nossa história, não se torne desconhecida, o Jardim Botânico de São Paulo implantou, em 1979, um “bosque de pau-brasil”, na intenção de preservá-lo para que mais brasileiros conheçam está espécie. Localidade - O pau-brasil foi encontrado na costa litorânea do Brasil entre o Maranhão e São Vicente (hoje Santos); - A exploração do pau-brasil aconteceu de 1500 a 1530. Exploração (mão de obra) - Os portugueses não colonizaram o Brasil nessa época: vinham apenas para: vigiar o litoral de possíveis invasões (francesas, holandesas e espanholas);
  • 6. - O enfrentamento entre portugueses e Índios: resistiram á ocupação de suas terras; atacaram os povoados portugueses; fugiram para o interior do Brasil; extermínio de muitas tribos; escravidão dos que sobraram. Fim do ciclo - Perda do monopólio do comércio das especiarias orientais para os holandeses e espanhóis; - Interesse no açúcar da cana pelos europeus Consequências - Foi o primeiro desastre ecológico ocorrido em nossa terra; - Populações nativas foram drasticamente dizimadas; - Outras submetidas ao cativeiro. Descoberta - O famoso Américo Vespúcio, que viajou como piloto com espanhóis e portugueses, e que nos deu com suas cartas a primeira descrição do novo mundo, escreverá a respeito: “Pode-se dizer que não encontramos nada de proveito".
  • 7. Fonte: www.revistadehistoria.com.br - Pela larga parte da costa brasileira a espécie vegetal semelhante, o Pau-brasil, já era conhecida no Oriente. - Indiretamente a exploração do Pau-brasil deu origem para alguns estabelecimentos coloniais, mas, mesmo assim, a exploração não serviu em nada nem para fixar um núcleo de povoamento no país. - Foi rápida a decadência da exploração do Pau-brasil, e o negócio perdeu interesse.  Ciclo da Cana-de-açúcar Fonte: blogspot seguindo passos historia
  • 8. Motivos da exploração - A existência no Brasil do solo de massapê, favorável para o cultivo da Cana-de- açúcar - O cultivo da Cana-de-açúcar deu-se pela necessidade imperativa de colonizar e explorar um território - Um produto muito bem cotado no comércio europeu - Destinado unicamente à exportação e capaz de gerar valiosíssimos lucros. - Iria se transformando no alicerce econômico da colonização portuguesa no Brasil entre os séculos XVI e XVII. Origem As primeiras mudas foram trazidas da Ilha da Madeira por Martim Afonso de Souza, responsável pela instalação do primeiro engenho em São Vicente, no ano de 1533. Em seguida, muitos outras proliferaram- se pela costa brasileira. O Nordeste, principalmente, o litoral pernambucano e baiano, absorveu a maior parte da produção açucareira da colônia. A maior contribuição dos engenhos foi estar em um ponto bastante privilegiado, facilitando o escoamento e agilizando a chegada do produto aos mercados consumidores. Período do ciclo O ciclo é de aproximadamente 150 anos. De 1530 a 1690. Únicas cidades a prosperarem São Vicenti e Pernanbuco.
  • 9. Exigência para o plantio da cana: - Latifúndio (muita terra); - Solo e clima favoráveis; - Mão de obra barata; - Dinheiro para investir; - Produção voltada para o mercado externo. Etapas da produção: 1º A cana é cortada, 2º depois é moída (vira garapa), 3º O caldo é fervido em enormes tachos, 4º Vira o melado, 5º O melado é colocado em formas de barro, 6º Espera-se para apurar, 7º Separa-se o açúcar mascavo, da parte grossa e da parte fina, 8º O açúcar fino (parte fina) é ensacado e vendido para a Holanda para refinar.
  • 10. Fonte: qieducacao e governo do Rio Local da plantação A cana foi plantada do Maranhão até Laguna (SC), do litoral até a Linha do Tratado de Tordesilhas. Em faixas de terras, chamadas de Capitanias Hereditárias.
  • 11. Fonte: colonizaçãoportuguesa.blogspot.com Os Engenhos O posto mais elevado da sociedade açucareira cabia ao senhor de engenho, o proprietário dos complexos agroexportadores. O senhor de engenho desfrutava de admirável status social. Os engenhos eram formados por amplas propriedades de terras ganhas através da cessão de sesmarias – lotes cedidos pela Coroa portuguesa a quem se comprometesse a aproveitá-los para o cultivo. As localidades de acomodações - O senhor e sua família moravam na casa-grande, local onde ele desempenhava sua autoridade, cumprindo seu papel de patriarca.
  • 12. - Os negros escravos viviam nas senzalas, alojamentos nos quais conviviam cruelmente, tratados como animais expostos aos mais violentos castigos. - Havia também a capela, local sagrado no qual aconteciam as mais belas sagrações religiosas; nas horas vagas ela exercia o papel de centro social, onde os homens livres do engenho e das circunvizinhanças se reuniam. - No engenho ficava ainda a moenda, onde a Cana-de-açúcar era moída. O papel da mulher À mulher cabia o papel de administrar seu lar, devendo conservar-se recolhida fiscalizando o trabalho dos escravos domésticos. Os escravos O serviço escravo, realizado nas lavouras canavieiras, era supervisionado pelos feitores, que tinham a tarefa de vigiar os escravos e lhes aplicar punições que iam desde a palmatória até o tronco, no qual muitas vezes eram chicoteados até sangrar ou então permaneciam amarrados durante dias a pão e água. Outros trabalhadores livres também trabalhavam no engenho: iam de barqueiros, canoeiros até pedreiros que, além de cuidarem do cultivo da cana, também dedicavam-se às pequenas roças de milho, mandioca ou feijão, atividades que auxiliavam na subsistência, garantindo alimentação para a casa grande, senzala e assalariados livres. No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI; Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
  • 13. As Invasões Holandesas e a queda da economia açucareira Fonte: historiabrasileira.com A prosperidade da produção açucareira no Brasil chamou a atenção dos holandeses que, em 1630, invadiram Pernambuco, maior produtor de açúcar da época. Os flamengos passaram então a trabalhar no local, adquirindo a experiência necessária do cultivo da Cana-de-açúcar para, após sua expulsão, poderem utilizar este aprendizado, e foi o que aconteceu. Após a expulsão, foram para as Antilhas, onde prosseguiram com a cultura do açúcar, passando a ser durante os séculos XVII e XVIII, concorrentes do Brasil no abastecimento do mercado europeu. Já no século XVIII a Holanda supera-se na construção de uma indústria açucareira e no abastecimento do mercado europeu, e faz com que o Brasil perca o monopólio do açúcar, quebrando o quadro político- econômico vigente na época. O século XVIII põe fim ao ciclo da Cana-de-açúcar no Brasil, abrindo novos caminhos para uma nova etapa, um novo período, que na história ficou conhecido como o ciclo do ouro. Origem e características da atividade econômica - Necessidade de encontrar uma atividade econômica que proporcionasse lucros à metrópole portuguesa.
  • 14. - Açúcar: produto de origem indiana muito apreciado e valioso no mercado europeu. - Plantation tropical do açúcar: monocultura voltada à exportação, trabalho escravo e latifúndio. A civilização do açúcar Fonte: Apogeu pré-vestibulares Outras atividades econômicas da época - gado: couro, carne, leite, pecuária e trabalho livre. - fumo: troca por escravos na África. - drogas do sertão: produtos extraídos da floresta amazônica com relativo valor na Europa, como por exemplo, guaraná, salsa e corante.
  • 15. Mapa econômico do Brasil século XVII Fonte: geocities.ws Transporte Os escravos vinham amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar.
  • 16. Fonte: UFMG Justificativas para explorar os africanos - O Índio era preguiçoso; - Os negros seriam convertidos à fé cristã alcançando a salvação; Engenhos Unidade produtiva do açúcar: casa grande, senzala, moinho, lavoura de cana- -de- açúcar, capela. Fonte: historia de São Paulo
  • 17. Início da agricultura Fonte: guiadoestudante Cronologia: 1532: A Cana-de-açúcar, em São Vicente, é a 1ª cultura importada. 1890: O café toma o lugar da cana e o país começa a importar mão de obra 1935: O governo assume o combate à saúva (formiga que cortam as folham, para fazer seus ninhos, dando origem a uma praga) como prioridade nacional. Anos 60: A soja começou a ser plantada no sul do país. Hoje transformou-se na rainha do cerrado Anos 80: o semiárido nordestino parecia condenado. Hoje, nascem ali plantas de clima frio, como maçãs e uvas para vinho.
  • 18. Na colônia portuguesa Ninguém interessava- se pelo Brasil. A não ser os traficantes e esses já começavam a abandonar, pois o projeto já estava em declínio. Todas as atenções de Portugal estavam voltadas para o Oriente Médio, pois o comércio, neste momento estava em ascensão. Assim que Portugal estabeleceu sua atenção na colônia, eles fizeram o seguinte plano: divide-se a costa brasileira em doze setores lineares. Estes setores chamavam Capitanias e serão doadas á titulares que gozarão de grandes regalias e poderes soberanos, cabendo-lhes: nomear autoridades administrativas e juízes em seus respectivos territórios receber taxa e impostos. Donatários das capitanias arcariam com todas as despesas de transportes e estabelecimentos de povoadores. Os Donatários não tinham grandes recursos próprios, eles levantavam fundos tanto em Portugal como na Holanda. Quem eram os Donatários? Os donatários eram fidalgos leais ao rei de Portugal e membros da alta aristocracia, que receberam da coroa portuguesa extensos lotes de terra no Brasil Colonial. A cultura da Cana-de-açúcar somente prestava, economicamente, ás grande plantações. Para pequenos proprietários não era viável. Portugal não contava com uma população abastada em sua colônia. Os colonizadores recorreram, primeiramente, ao trabalho dos indígenas. Estes já tinham iniciado a tarefa no período anterior da extração do Pau-brasil. O interesse dos Índios pelos objetos insignificantes que era usado como pagamento pelo serviço torna-se agora aos poucos mais exigente e as margens de lucro do negócio foram reduzindo. Aos poucos se foi necessário obrigá-lo ao trabalho forçado e mantê-lo sob vigília. Além da resistência que os indígenas ofereciam ao trabalho mostravam-se pouco
  • 19. eficiente, pouca resistência física. O processo de substituição do Índio pelo negro só ocorreu no fim da era colonial. Contra o escravo negro havia uma grande divergência, devido ao seu custo. Além do açúcar, embora em escala relativamente pequena, começava-se a cultivar também o tabaco. Planta indígena. O tabaco era usado para adquirir os escravos através do escambo na costa da África. O rápido desenvolvimento da indústria açucareira, apesar das enormes dificuldades do meio físico e do custo com transporte, houve grande esforço por parte do governo português nesse setor. As maiores dificuldades encontradas na etapa inicial vieram da escassez de mão de obra. O aproveitamento do escravo indígena resultou em mão de obra desejada pelas empresas agrícola de grande porte. A escravidão demonstrou ser, desde o primeiro momento, uma condição de sobrevivência para os colonos europeus da época, A captura de escravos não chegou a ser uma atividade econômica capaz de justificar a existência dos colonos de São Vicente. A captura de escravo indígena põe em evidência a importância da mão de obra nativa na etapa inicial. Superada as dificuldades a colônia açucareira desenvolveu- se rápido. A renda que se gerava na colônia era fortemente concentrada em mãos da classe de proprietário de engenho. Os gastos com consumo aumentaram muito na época holandesa, pela necessidade de manter a tropa (escravo) numerosa e em razão da administração do período de Nassau (1637- 1644). Fluxo de renda O fluxo de renda se estabelecia entre a unidade produtiva e o exterior. Grande parte dos gastos com consumo do empresário era pela utilização da força de trabalho.
  • 20. Proteção da colônia Era necessário assegurar recursos para manter a defesa da colônia e intensificar a exploração de outras regiões, pois havia surgido um mercado alternativo para outras atividades econômicas. O elevado negócio com o açúcar fez surgir, em tempo relativamente curto, um mercado completamente novo, mas a economia açucareira constituía um mercado de dimensões relativamente grande. Contração econômica Baixaram os preços do açúcar provocado pela perda do monopólio. Os solos do Maranhão não eram de boa qualidade, porém não foi só esse o problema, somou-se a isso a desorganização do mercado do açúcar, fumo e outros produtos tropicais na metade do século XVII. A falta de qualquer atividade comercial obrigava a família a suprir suas necessidades em qualquer atividade, sendo assim, a caça ao Índio se tornou uma condição de sobrevivência.  Ciclo da mineração na colônia Período de exploração Desde o final do século XVI até por volta do século XVIII. A exportação de ouro cresceu em toda a primeira metade do século e alcançou seu ponto máximo em torno de 1780. Em São Vicente, já era conhecido uma escassa exploração mineral, que em razão da baixa rentabilidade, foi rapidamente abandonada. Somente no século XVIII
  • 21. é que a mineração realmente passou a dominar o cenário colonial, intensificando a vida urbana na colônia, além de ter promovido uma sociedade menos aristocrática. o mapa foi tirado do livro Nova História Crítica do Brasil de Mário Schmidt da editora Nova Geração Locais da exploração A extração de ouro e diamante era feito nas regiões de Goiás, Mato Grosso e, principalmente, Minas Gerais. Atingiu o apogeu entre os anos de 1750 e 1770, justamente no período em que a Inglaterra industrializava- se e consolidava- se como uma potência hegemônica, exercendo uma influência econômica cada vez maior sobre Portugal. Tratado de Methuem Inglaterra e Portugal enfrentavam enormes dificuldades econômicas e financeiras com a perda de seus domínios no Oriente e na África, após 60 anos de domínio.
  • 22. Vários tratados que comprovam a crescente dependência portuguesa em relação à Inglaterra, destaca-se o Tratado de Methuem (Panos e Vinhos) de 1703, pelo qual Portugal é obrigado a adquirir os tecidos da Inglaterra e a Inglaterra, os vinhos portugueses. Para Portugal, esse acordo agravou o acentuado déficit na balança comercial, onde o valor das importações (tecidos ingleses) irá superar o das exportações (vinhos). É importante notar que o Tratado de Methuem ocorreu alguns anos depois da descoberta das primeiras muitas jazidas de ouro em Minas Gerais. A RIGIDEZ FISCAL No século XVI em São Vicente, criou-se um regulamento fiscal estabelecendo- se a livre exploração, embora submetida a uma rígida fiscalização, onde a coroa cobrava seu direito ao quinto, isto é, a quinta parte de todo ouro extraído. Com as descobertas feitas em Minas Gerais, na região de Vila Rica, a antiga lei é substituída pelo Regimento dos Superintendentes, ano de 1702. Esse regimento se manteria até o término do período colonial, faziam apenas algumas modificações na lei. O descobrimento das jazidas era obrigatoriamente comunicado ao superintendente da capitania que requisitava os funcionários (guarda-mor) para que esse fizesse a demarcação, os lotes seriam posteriormente distribuídos entre os mineradores presentes. O minerador que havia descoberto a jazida tinha o direito de escolher dois lotes, enquanto que o guarda-mor escolhia outro lote para a Fazenda Real, que depois o vendia em leilão. A distribuição dos lotes era proporcional ao número de escravos que o minerador possuísse
  • 23. Vila Rica; fonte: revista de historia. Os demais lotes eram sorteados entre os interessados que deviam dar início à exploração no prazo de quarenta dias, sob pena de perder a posse da terra. A venda de uma data era somente autorizada na hipótese devidamente comprovada da perda de todos os escravos. A cobrança do quinto sempre foi vista pelos mineradores como um abuso, o que resultava em frequentes tentativas de sonegação, fazendo com que a coroa criasse novas formas de cobrança. Casa de Fundição Fui criada a Casa de Fundição, a partir de 1690, estabelecimento controlado pela Fazenda Real, que recebiam todo ouro extraído. A tentativa de utilizar o ouro sob outra forma: de pó, de pepitas ou em barras não marcadas. Era rigorosamente punida, com penas do confisco dos bens.
  • 24. Mais tarde criou-se a finta, um pagamento anual fixo de 30 arrobas. Depois foi criada a taxa de capitação, um imposto fixo, cobrado por cada escravo que o minerador possuísse. Quando começa a decadência, ouro se tornam cada vez mais escasso, embora depois de 1762 o quinto atingisse as 100 arrobas. Da última vez que se projetou outro imposto, chamado de derrama, em 1788, ele teve de ser suspenso na última hora, pois chegou ao conhecimento das autoridades a notícia de um levante geral em Minas Gerais, marcado para o momento em que fosse iniciada a cobrança A exploração nas jazidas O trabalho livre era insignificante e o Índio não era empregado. A lavra foi o tipo de extração mais frequente na fase áurea da mineração, quando produção abundante, o que tornou possível grandes empreendimentos e obras na região. extração aurífera; fonte: guia chapada diamantina
  • 25. A faiscação era a pequena extração praticada pelo próprio garimpeiro, um homem livre de poucos recursos que poderia contar com alguns ajudantes. No mundo do garimpo o faiscador é considerado um nômade. O escravo que encontrasse uma quantidade muito significativa de ouro ganharia a alforria. Também conhecida como faisqueira. Este cenário torna-se mais comum pelos fins do século XVIII, quando a mineração entra num processo de franca decadência. A EXTRAÇÃO DE DIAMANTES A extração mineral não se restringiu apenas ao ouro como também não ao diamante, no vale do rio Jequitinhonha. Durante muito tempo, os mineradores só se concentravam na riqueza aurífera, ignoraram o valor da pedra preciosa, diamante. Somente após três décadas que o governador das Gerais, D. Lourenço de Almeida, enviou algumas pedras para analises em Portugal, que imediatamente aprovou a criação do primeiro Regimento para os Diamantes. O principal centro de extração da valiosa pedra foi o Arraial do Tijuco, hoje Diamantina em Minas Gerais. A partir de 1734, visando um maior controle sobre a região diamantina, foi estabelecido um contratador. O primeiro deles em 1740 foi o milionário João Fernandes de Oliveira, que se apaixonou pela escrava Chica da Silva, tornando-a uma nobre senhora do Arraial do Tijuco.
  • 26. Sociedade e a intelectualidade O ciclo do ouro e do diamante foi responsável por profundas mudanças demográfica. Em cem anos a população cresceu de 300 mil para, aproximadamente, 3 milhões de pessoas, incluindo aí, um deslocamento de 800 mil portugueses para o Brasil. Paralelamente foi intensificado o comércio interno de escravos, chegando do Nordeste cerca de 600 mil negros. Embora mantivesse a base escravista, a sociedade mineradora diferenciava-se da açucareira, por seu comportamento urbano, menos aristocrática e intelectualmente mais evoluída. O segmento menos favorecido era formado por homens livres pobres (brancos, mestiços e negros libertos), que eram faiscadores, aventureiros e biscateiros, enquanto que a base social permanecia formada por escravos que em meados do século XVIII, representavam 70% da população mineira. Para os escravos, a mineração foi um retrocesso, pois apesar de alguns terem conseguido a liberdade, a grande maioria passou a viver em condições bem piores do que no período anterior, escavando em verdadeiros buracos onde até a respiração era dificultada. Trabalhavam também na água ou atolados no barro no interior das minas. Essas condições desumanas resultam na organização de novos quilombos, como do rio das Mortes, em Minas Gerais, e o de Carlota, no Mato Grosso. Com o crescimento do número de pequenos e médios proprietários a mineração gerou uma menor concentração de renda, ocorrendo inicialmente um processo inflacionário.
  • 27. A acentuação da vida urbana trouxe também mudanças culturais e intelectuais, destacando-se a chamada escola mineira, que se transformou no principal centro do Arcadismo no Brasil. São famosas as obras esculturais e arquitetônicas de Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais, na música destaca-se o estilo sacro barroco do mineiro José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita. De Piratininga a população mudou-se em grande quantidade. Do Nordeste foi deslocado muitos recursos, principalmente sob forma de mão de obra escrava. De Portugal veio uma grande corrente migratória espontânea com destino ao Brasil. A colônia iria se modificar significativamente. Transferir-se de Portugal para o Brasil só tinhas vantagem para aquelas pessoas que tinham meios para financiar uma empresa de dimensão relativamente grande. A população estava bem distante do território, estava em grande parte reunida em grupos urbanos e semiurbano. A grande distância existente entre a região mineira e os portos contribuiu para o aumento relativamente dos importados. Fonte: conexaohistorica
  • 28. A decadência do período Na segunda metade do século XVIII, a mineração entra em decadência com a paralisação das descobertas. Esse esgotamento deve-se ao desconhecimento técnico dos mineradores, já que a extração era feita apenas nos veios (leitos dos rios), nos tabuleiros (margens) e nas grupiaras (encostas mais profundas) a técnica, apesar de rudimentar, foi suficiente para o sucesso do empreendimento. Como as outras atividades eram subsidiárias ao ouro e ao diamante, toda economia colonial entrou em declínio. moedas portuguesas do século XVIII cunhadas com ouro do Brasil; fonte: Banco Central do Brasil A suposta riqueza gerada pela mineração não permaneceu no Brasil e nem foi para Portugal. A dependência lusa em relação ao capitalismo inglês era antiga, e nesse sentido, a maior parte das dívidas portuguesas acabaram sendo pagas com ouro brasileiro, acumulando capital na Inglaterra. O estado de pobreza da Metrópole e da colônia explica a tamanha rapidez com que se desenvolveu a economia do ouro no início do século XVlll. Á medida que se reduzia a produção, as maiores empresas seriam descapitalizadas. A reposição de mão de obra escrava já não era feita, e muitos empresários, com o tempo, foram reduzindo. A ilusão de que uma nova descoberta poderia vir a qualquer momento induzia o empresário a persistir na destruição de seu ativo, em vez de transferir ativos para outra atividade econômica.
  • 29. A perda maior foi para aqueles empresários que tinham aplicado grande capital em escravo e via seu capital baixar dia-dia. O escravo Os escravos em nenhum momento chegaram a constituir a maioria da população. A forma como se organiza o trabalho, permitia que o escravo tivesse maior iniciativa dentro de uma vida social mais complexa. Muitos escravos chegaram mesmo a trabalhar por conta própria, comprometendo-se a pagar periodicamente uma quantia fixa a seu dono, o que lhes abriu uma possibilidade de comprar a própria liberdade. Fluxo da renda A condição para que o Brasil tivesse algum desenvolvimento do século XVIII teria de ser pelo desenvolvimento manufatureiro de Portugal. Na época, ciclo da mineração no Brasil, muitas transferências eram feitas pela população para o Brasil. A Inglaterra encontrou na colônia um mercado em rápida expansão. Suas exportações eram pagas em ouro, o que dava á economia inglesa uma excepcional flexibilidade para operar no mercado europeu. Sendo assim, a Inglaterra, pela primeira vez, encontrou condições de saldar o seu comércio, que vinha do norte da Europa.
  • 30.  Ciclo do Café e a Expansão do café no Brasil Fontes: revista Globo Rural Características - As exportações de café eram a base da economia e maior fonte de receita tributária; - Foi um período de modernização; - Acompanhou o surto de industrialização, como o ocorrido durante a Primeira Guerra Mundial; - Porém, a economia continuaria dominada pela cultura do café, até a Quebra da Bolsa de valores de Nova Iorque, durante a Crise de 1929; - Estados Unidos, era o principal comprador do café brasileiro; - O processo produtivo que permitia altas taxas de acumulação e concentração de riqueza apenas para os agroexportadores;
  • 31. - Alta vulnerabilidade externa, tanto na determinação demanda quanto na precificação; - Mesmo o Brasil sendo líder em sua produção; - Base produtiva insuficiente para atender a demanda interna. Brasil agrícola século XIX
  • 32. Período do ciclo O café no Brasil foi do século XVIII, mais precisamente ano de 1727, até 1929. Principais áreas de cultivo Vale do Paraíba Oeste Paulista Predomínio até 1850 Predomínio pós-1850 Modelo típico das plantations Modelo de produção empresarial Técnicas de produção rudimentares Técnicas de produção modernas Monarquistas e escravocratas Repulicanos e abolicionistas Dificuldades no escoamento do café Implementação de ferrovias Menor produtividade Maior produtividade e qualidade Mão de obra escrava Mão de obra assalariada (imigrantes) O café veio da África e era consumido na forma de fruta por algumas tribos da atual Etiópia. Os árabes foram os primeiros a iniciar o plantio e preparação do café,
  • 33. quando a fruta chegou à península Arábica. Foi somente no século XIV que o café se tornou bebida comum e ganhou forma de preparos que conhecemos hoje. O hábito de tomar café pelo mundo árabe é que o transformou o produto em comercio. Por muitos anos o café foi considerando uma bebida de luxo. A economia no sofreu muitas mudanças com a introdução do café. Trazido pelo tenente coronel Francisco de Melo Palheta, as primeiras mudas deram certo em solo paraense. O terreno úmido e pantanoso da Baixada Fluminense era ricamente adaptado às exigências do novo gênero agrícola. Em tempo, o Rio de Janeiro ocupou a posição no cultivo e na venda do café. O fim da escravidão A proibição do tráfico negreiro, em 1850, reduziu a produção cafeeira em terras fluminenses, com isso, os recursos antes investidos em escravos foram destinados para a indústria e o comércio. O fenômeno, fim do tráfego negreiro, contribuiu para que a mão de obra assalariada fosse adotada em substituição á exploração dos escravos negros. Pensava-se que os escravos, uma vez em liberdade, tendiam a abandonar as antigas plantações e a dedicar-se á agricultura de subsistência. Contudo o que ocorreu foi que os escravos quem abandonaram os engenhos encontraram muitas dificuldades para sobreviverem.
  • 34. Pouca mão de obra Os EUA tinham uma força de mão de obra escrava com cerca de 4 milhões e o Brasil, na mesma época, 1,5 milhões. Explicação. Elevada taxa de crescimento vegetativo da população escrava norte americana. As condições de alimentação e de trabalho nos estados deveriam ser relativamente favoráveis, ao contrário no caso brasileiro, a população escrava tinha uma taxa de mortalidade bem superior á taxa de natalidade e as condições de vida muito precárias. Após a guerra civil, o governo intensificou a imigração europeia, contudo a vida econômica das colônias era muito precária. Viajantes europeus que passavam pela região surpreendiam- se com a forma primitiva dos colonos, logo vieram as consequências. Formou-se na Europa um movimento contra a imigração para o império, chamado por eles, escravista, em 1859 veio o anúncio da proibição da emigração alemã ao Brasil. A solução para a mão de obra Pensou-se em importar mão de obra asiática, em regime de semiescravidão. Foi tomada como solução alternativa, a mão de obra europeia. Porém isso já ocorria, mesmo antes da independência da colônia, por iniciativa do governo. A questão fundamental era aumentar a mão de obra para a grande lavoura, que na época chamava-se plantation, denominação para grandes plantações. Reconhecendo que política de mão de obra imperial em nada podia solucionar, em 1852 um grande plantador de café senador Vergueiro decidiu contratar diretamente trabalhadores da Europa. O senador conseguiu com o governo financiamento para o transporte, trouxe oitenta famílias de camponeses da Alemanha para sua fazenda
  • 35. em Limeira. A iniciativa do senado despertou interesse nos alemães e suíços até 1857. Qual era a ideia de Vergueiro? Era uma simples adaptação do modelo dos EUA. O governo cobria parte principal desse financiamento, que era a passagem da família. Esse sistema não deu certo, pois era uma escravidão disfarçada, tratando- se de uma servidão temporária. O custo real da viagem do imigrante totalmente por conta do imigrante. Assim: o Estado financiava a operação, o colono hipotecava o seu futuro e o de sua família, e o fazendeiro ficava em vantagem. O colono firmava contrato pelo qual se obrigava a não abandonar a fazenda antes de quitar sua dívida. Mais tarde, em 1867, um observador alemão apresentou para a Sociedade Internacional de Imigração em Berlim um argumento que pretendia demonstrar que os imigrantes europeus estavam submetidos ás condições de escravidão disfarçada nas fazendas de café no Brasil. A partir dos anos sessenta introduziu-se um sistema misto pelo qual o colono tinha garantia da parte principal de sua renda. Sua tarefa era cuidar da plantação de café e em troca recebia um salário anual. Felizmente a solução para o imigrante veio em 1870, quando o governado imperial passou a carregar os gastos com transporte cabendo ao fazendeiro cobrir os gastos no imigrante durante o seu primeiro ano de atividade. O fazendeiro devia de colocar a disposição, para o imigrante, as terras para que ele pudesse cultivar. Sendo assim, o imigrante tinha seus gastos com transporte e instalação pagos e sabia de sua renda no futuro. Essas medidas promoveram pela primeira vez na América uma grande corrente imigratória de origem europeia.
  • 36. Trabalho assalariado Na antiga região cafeeira, onde obtinha a força de trabalho, foi necessário oferecer salários relativamente elevados. A força de trabalho necessária para garantir a subsistência era de aproximadamente de dois a três dia por semana de trabalho. Contudo, foi-se reduzindo a utilização da força de trabalho. O fato de maior relevância que ocorreu já no final do século XIX sem dúvidas foi o aumento da importância relativa da mão de obra assalariada. O fluxo de renda Os assalariados gastavam a totalidade de suas rendas em gastos no consumo; por sua vez a classe proprietária poupou boa parte de sua renda para aumentar seu capital, embora também gastasse alguma parcela de seu capital em consumo. O resultado dessas duas combinações foi o aumento do mercado interno. A crise do café No final do século XIX expandiu-se a cultura do café. A produção brasileira tinha aumentado de 3 milhões em 1881 para 16,2 milhões em 1900. Veio á crise. Ao comprova a crise de superprodução, início do século XX, os empresários brasileiros notaram que estavam em situação tranquila. Tudo o que precisaram eram de recursos financeiros para reduzir a produção, sendo assim, formaram estoques para serem utilizados quando o mercado estivesse em alta. A partir de 1893 prolongou-se a crise nos EUA. Os americanos que eram nosso maior cliente, reduziram a sua importação, também reduziram a compra no mercado mundial. O valor da saca caiu em 1896. Em 1897 ocorreu uma nova depreciação no mercado mundial que derreteu nos dois anos seguintes.
  • 37. Os estoques de café aumentavam ano a ano. Discutiu-se a ideia de retirar do mercado parte do estoque, essa ideia ganhou peso nos dirigentes cafeeiros. No convênio de Taubaté, em fevereiro de 1906, foram debatidas as bases para uma política chamada de política de valorização do café. O plano de defesa dos cafeicultores foram bem sucedido. Chega á crise mundial de 1929, a qual encontrou uma situação de extrema vulnerabilidade. A defesa contra a crise de 1929 e a fuga de capital Foi pensada outra política de subsídios para que os produtores pudessem utilizar e criar outras formas de atividade econômica e exportação. Obteve empréstimos estrangeiros para os produtores como forma de retirar o produto do mercado, uma compensação pelo prejuízo. Foi adotado política de destruição do café, para garantir um preço mínimo de compra junto aos cafeicultores. Nessa política de destruição, adotado em 1931, era injetado cerca de 1 bilhão de Cruzeiro para aquisição do café depois era destruído. Entre 1927-29 ocorreu uma forte entrada de capital privado estrangeiro no país que somado a chegada de empréstimos, para financiar o café, depois ficou uma situação favorável. Porém, infelizmente, com a chagada da crise de 1929 os capitais que tinham entrado no Brasil foram embora em questão de alguns meses.
  • 38.  Ciclo da Borracha Fonte: eduardoeginacarli.blogspot Uma outra atividade aparece em paralelo á lavoura do café: a borracha. Este produto é fornecido pela seringueira. Período e apogeu A extração da borracha ocorreu a partir de 1850, sendo sua comercialização entre os anos de 1905 á 1912, época a qual ocorreu o seu apogeu. O Amazonas na época da borracha A exploração da borracha foi tão intensa em seu apogeu que a Amazonas teve sua economia totalmente voltada para a extração do Látex. A cidade de Manaus (capital do Amazonas) passou a ser moldada de acordo com os padrões europeus. As ações do governo, na época, davam pouca importância ao interior do estado, privilegiando Manaus.
  • 39. Fonte: fotógrafo Alfredo Fernandes A grande contribuição dada pela borracha na Amazônia foi muito próspera nos tempos de exploração. A população aumentou, em plena selva foi erguida uma cidade moderna, Manaus, capital da Amazonas; em Belém, capital do Pará, o porto internacional de exportação da borracha. Motivos da chegada da mão de obra - Seca na região nordestina que durou de 1877-1880; - Ilusão de enriquecimento fácil; - Ascenção econômica das cidades de Belém e Manaus; - Estima-se que entre 1872 á 1900 tenha migrado mais de 260.000 nordestinos. Com a chegada da mão de obra que, até anteriormente era escassa, era necessário criar um mecanismo para prender o trabalhador. Havia uma cautela para que o trabalhador não acumulasse reservas econômicas que o torna-se independente.
  • 40. Na região, onde a mão de obra era escassa, a estabilidade do trabalho tinha como garantia o endividamento do trabalhador. As dívidas dos trabalhadores começam ao serem contratados, com suas viagens de sua terra natal até o local de trabalho, no caso a região das seringueiras. Infelizmente estas dívidas eram impagáveis por motivos que sempre houve meios de fazer com que as dívidas somadas fossem maiores que os salários dos trabalhadores. E isso não para por aí. Um hábil jogo é feito usando a ignorância do trabalhador seringueiro analfabeto, o qual não percebe as artimanhas usadas nos cálculos de suas dívidas. Consequências da Borracha - Desenvolvimento das áreas exploradas; - Desenvolvimento urbano das cidades Belém e Manaus; - Povoamento de áreas mais afastadas; - Em 9 de junho de1942, foi criado o Banco de Crédito da Borracha; - Foram criados os órgãos SEMTA e o CAETA, os quais eram responsáveis pela mobilização de trabalhadores e o envio dos trabalhadores para a Amazonas. A história A primeira utilização da borracha, isto em 1770, foi na indústria. Foi observada que servia para apagar traços feitos por lápis. Porém depois da descoberta, em 1842, feitas por Goodyear nos Estados Unidos e Hancock na Inglaterra, que consistia em uma combinação de borracha com enxofre que dará maior flexibilidade e a tornará inalterada sua forma, não importando a variação de temperatura. Fui muito utilizada na fabricação de pneu de veículo. O Brasil possui a maior reserva mundial de seringueira nativa, logo verá abrir suas perspectivas econômicas. As exportações de borracha serão em um aumento considerável desde 1827. A produção contará agora com uma larga disponibilidade de mão de obra que até antes era difícil obter na região da Amazônia.
  • 41. Nos anos de 1901 á 1910 a exportação de borracha representava 28% das exportações total do país. A história do Estado do Acre Os avanços brasileiros dentro da floresta amazônica ganha força e choca-se com a vizinha Bolívia, riquíssima em seringueira. Surgirá com isso um conflito em nível internacional, contudo o conflito foi resolvido de forma pacífica, a vizinha Bolívia cedendo para o Brasil uma grande área de 200,000 km quadrado, atual Acre, em troca o Brasil dará uma indenização de 2.000,00 libras. Formará aí um governo de administração direta que dominará a região do Acre. O novo território brasileiro logo começará a dar contribuição para a produção brasileira de borracha em 1904. Ascensão e o declínio da borracha Precisamente em 1912 a borracha alcança o seu crescimento. A exportação atinge o máximo de 40% no país. O crescimento é ininterrupto durante mais de 20 anos. Infelizmente, de 1912 em diante acontece a queda. A borracha explorada não consegue resistir á concorrência oriental, a qual, em poucos anos, substituirá quase parcialmente. Alguns seringais foram abandonados, assim como, algumas propriedades. Em 1873 e 1876, essas plantas, eram levadas do Amazonas para Londres (Inglaterra) em forma de sementes, lá eram plantadas, davam origens ás imensas plantações e conduzidas até a Malásia. Sendo assim, essas plantas, aos poucos, foram desbancando a produção extrativista brasileira. A concorrência, desigual, estabelecida era de uma região primitiva como o Amazonas com outra que contava com muitos recursos técnicos e financeiros sobre tudo de países: Inglaterra, França e Holanda.
  • 42. Na Ásia, as seringueiras eram próximas umas das outras, as plantações eram próximas dos pontos de vendas. Ao contrário do que era no Amazonas. As distâncias das plantações eram maiores e tinha a dificuldade para locomover a plantas. A riqueza alcançada durante a exploração e, consequentemente, o auge, acabou-se. Virou fumaça. O que sobrou foram ruínas, terras despovoadas, muitos aventureiros que buscavam riqueza fácil foram procurar novas oportunidades em outros lugares.  Ciclo da indústria Fonte: câmara prudente. sp Tipos de indústrias - Bens de produção (Indústrias de base): são as famosas indústrias pesadas, as quais transformam a matéria-prima. Exemplo: siderúrgicas e petroquímicas.
  • 43. - Bens intermediários: a mais importante, pois é a que fornece máquinas, equipamentos, autopeças para a outras indústrias e para o transporte. Exemplo: indústria de material eletrônico e de automóveis. - Bens de consumo (indústria leve): são as que produzem diretamente para o consumidor final. Exemplo: eletrodomésticos, automóveis, alimentos, vestuários e bebidas. Concentração da indústria A concentração se deu principalmente na região sudeste com 80,5% entre os anos 1907 e 1930 e teve como origem na economia cafeeira. Nas demais regiões os números são inferiores a 12%. Desconcentração da indústria Nos anos entre 1970 e 1980 já eram visíveis a dispersão da indústria no Brasil. As indústrias saiam das capitais para o interior de cada estado, assim como, para outras regiões. Essa ocorrência foi motivada, principalmente, pelos longos congestionamentos da área metropolitana, preços altos dos terrenos, sindicatos fortes, procura de cidades menores que: oferecem facilidades. Também se acrescenta a guerra fiscal, que seria subsídios fiscais dados pelo Estado ou município para a instalação de indústrias. Período de grande crescimento industrial A indústria brasileira terá seu primeiro surto nos últimos anos do império, isto é, em 1880-89 e na década de 1990 continua, mesmo que, ainda, devagar.
  • 44. O início da industrialização no Brasil Além de uma série de fatores que atrapalhavam o progresso da indústria no Brasil tem também o fator energético. A deficiência em obter fontes de energia era enorme, porém faltou ao Brasil outro elemento fundamental da indústria moderna, a siderurgia. Outro elemento colaborou, a falta de um mercado consumidor. As exportações, de onde conseguia-se as fontes de recursos para saldar os pagamentos externos, não acompanhavam o ritmo de crescimento da população. Logo se observava um déficit constante no comércio exterior. Um fator favorável para a indústria brasileira será a produção local de uma matéria-prima de grande importância: o algodão. A maquinofatura iniciará no Brasil junto com a indústria têxtil. E por fim uma última circunstância favorável para o estabelecimento da indústria será a disponibilidade de mão de obra e seu baixo preço. As circunstâncias descritas no parágrafo anterior, principalmente, o desenvolvimento de uma pequena indústria têxtil foi determinante no século XIX. Antes desses pequenos focos, a indústria brasileira teve seu primeiro surto nos últimos anos do império, isto é, em 1880-89. O número de estabelecimentos industriais, de pouco mais de 200 em 1881, passou para 600 nos últimos anos da monarquia. Sendo 60% na indústria têxtil, 15% na indústria de alimentos e 10% na indústria de produtos químicos. Essa fase de progresso industrial vai até a República: o rompimento do conservadorismo imperial abrirá as portas para uma política de amparo á produção no Brasil. Entre 1890 e 1895 serão fundadas 425 fábricas. A revalorização da moeda depois de 1898 trará novas dificuldades para a indústria.
  • 45. Em 1907 é realizado o primeiro censo geral e completo das indústrias brasileiras. Serão entrados 3.258 de estabelecimentos industriais empregando 150.841 operários. Quanto a distribuição geográfica da indústria: 33% estava no Distrito Federal (na época a capital era no Rio de Janeiro), 16% estava em São Paulo. O Rio de Janeiro, que continuava, como sempre fora no passado, liderando a produção industrial. Foi notado que São Paulo, logo, seria o maior produtor do país, com uma grande parcela, 40% do total. Essa concentração em São Paulo é explicada por alguns motivos: desenvolvimentos da lavoura de café, a qual trouxe riqueza e população e finalmente a grande disponibilidade de energia hidráulica. As indústrias de tecelagem de algodão e lã eram concentradas, a grande primeira guerra mundial (1914-1918) deu muito impulso á indústria. O desenvolvimento da indústria passou a ser relevante para a economia do país, dispensando a importação. Este é um importante fator de equilíbrio de nossas contas externas e da normalidade financeira do país. A maior parte da indústria brasileira continuará como antes: largamente dispersa em unidades, geograficamente, insignificante, com rendimentos reduzidos e produzindo exclusivamente para o mercado local. Houve ainda uma circunstância que ajudou para a tão precarização da indústria, a carência de capital. Por outro lado, algumas indústrias tiveram muitos lucros, principalmente, na lavoura de café, sendo muito daqueles lucros, foram aplicados, depois de 1910, na indústria para um desenvolvimento com mais rapidez. A primeira guerra mundial trouxe uma grande elevação nos preços, com o encarecimento da vida que não foram acompanhados pelos salários. Os capitalistas fizeram grande fortuna á custa do empobrecimento e da exploração do trabalhador. A grande parte da indústria brasileira estava nas mãos de famílias como: Matarazzo, Jaffet, Pereira Ignácio.
  • 46. Um período muito complicado para a indústria foi a grande crise de 1929. Esse período foi de 1924 até 1930. Muitas indústrias fracassaram ou manteve-se próximo de suas subsistências. As indústrias subsidiárias de grandes corporações veio á desenvolver-se, principalmente, depois da primeira Guerra Mundial. Instalaram-se aqui, contornaram a grande crise da época, aproveitaram a mão de obra barata. Grandes empresas como: General Motors, Ford. Durante a guerra, ou talvez um pouco antes, várias indústrias subsidiárias, mas de um modo diferente, não visaram o mercado brasileiro, mas aproveitaram a enorme quantidade de matérias prima. Estas empresas, ao final da primeira Guerra Mundial, contribuíram muito para o desenvolvimento do Brasil, quando o assunto é indústria brasileira, essas gigantes foram as responsáveis pelo estabelecimento no país de uma indústria de base capaz de iniciar aqui a elaboração da matéria prima destinada ás indústrias. Anos de Getúlio Vargas até década de 1980 Na política nacionalista de Vargas e nos anos de planejamentos dos governos de Juscelino Kubitschek e dos militares (ditadura civil militar de 1964 até 1985) houve bons resultados nesse período. - Era Vargas: responsável pela infraestrutura necessária para a instalação da indústria no Brasil; inaugurou a antiga Vale do Rio doce (atual Vale, privatizada no governo FHC), em 1942; inaugurou a Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN, em 1941; a Companhia hidrelétrica de São Francisco, 1945; inaugurou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, o BNDE (atual BNDES), em 1952; inaugurou a Petrobras, em 1953. - Era JK: privilegiou as obras para geração de energia; facilitou a vindas das montadoras estrangeiras de veículos que além de delas vieram as fabricantes de eletrônicos e de alimentos.
  • 47. - Governo dos Militares: os militares lançaram o Plano Nacional de desenvolvimento, com isso ampliaram o desenvolvimento brasileiro, com base nas iniciativas do Estado e das empresas transnacionais (as indústrias). Foi priorizada a indústria de base, agricultura, entre outras. As indústrias eram as líderes da indústria nacional. Foi notado nessa época o famoso milagre brasileiro. Foi também na época dos militares que foi iniciado o grande declínio, principalmente, após o choque do petróleo em 1973 e 1982; a desestabilização do sistema financeiro internacional; os processos inflacionários. Esse momento ficou conhecido como a década perdida. Pode-se dizer que entre 1930 e 1960, ocorreu a segunda principal etapa na industrialização brasileira.
  • 48. Fontes de consultas Material do professor Rainer Sousa, Graduado em História; http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/paubrasil/cap2/testemunha.htm; http://www.arvores.brasil.nom.br/paubras1/index.htm; http://www.qieducacao.com/2011/06/ciclo-do-acucar-ii-economia.html; Apogeu pré-vestibular; Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG; historiadesaopaulo.wordpress.com; http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0133i.htm; http://www.meurecife.com.br/frames/historia/frame_historia_cicloacucar.htm; http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/eng_colonial.html; Furtado, C: formação econômica do Brasil; Prado, Jr: história Econômica do Brasil; http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/se-plantando-nada- 647951.shtml; Material da economista: Diana Dias Sampaio Mestre em Desenvolvimento Regional e Urbano IESA/UFG; Material dos professores da UFGS Vanderlei Machado e Marcelo Scarparo; Material do professor Acácio Martins fernandesalfredo.blogspot.com http://camarapprudente.sp.gov.br/historia/hist_oeste/cidades/pprudente/comercio.ht ml IBGE.