O Império Romano desviou-se de seus objetivos originais de unidade e fraternidade entre os povos, levando à corrupção e declínio através das guerras, excessos e perseguição de outros povos. Muitos generais romanos também se desviaram de seus deveres sagrados, subjugando outros povos pela força das armas. Isso levou a sofrimento generalizado e ao colapso final do Império no século V d.C.
2. O Império Romano, que poderia ter
levado a efeito a fundação de um único
Estado na superfície do mundo, em
virtude da maravilhosa unidade a que
chegou e mercê do esforço e da proteção
do Alto, desapareceu num mar de ruínas,
depois das suas guerras, desvios e circos
cheios de feras e gladiadores.
*
3.
4. O imenso organismo apodreceu nas
chagas que lhe abriram a incúria e a
impiedade dos próprios filhos e,
quando não foi mais possível o
paliativo da misericórdia dos Espíritos
abnegados e compassivos, dada a
galvanização dos sentimentos gerais
na mesa larga dos excessos e prazeres
terrestres, a dor foi chamada a
restabelecer o fundamento da
verdade das almas.
5. Da orgulhosa cidade dos imperadores
não restaram senão pedras sobre pedras.
Sob o látego de expiação e do
sofrimento, os Espíritos culpados
trocaram a sua indumentária para a
evolução e para o resgate no cenário
infinito da vida, e, enquanto muitos
deles ainda choram nos padecimentos
redentores, gemem sobre as ruínas do
Coliseu de Vespasiano os ventos tristes e
lamentosos da noite.
6. Reportando-nos as conquistas
romanas, devemos lembrar o esforço
das entidades espirituais, junto das
autoridades organizadoras e
conservadoras da República, no
sentido de orientar-se a atividade
geral para um grande movimento de
fraternidade e de união de todos os
povos do planeta.
8. A realidade, contudo, é
que, se os mensageiros do
Cristo conseguiram a
realização de muitos planos
generosos, não podiam
interferir na liberdade
isolada da grande maioria
dos seus membros.
9. Dada a ausência de
vigilância, todo o
Império parecia
invadido por forças
perversas, das mais
baixas esferas dos
planos invisíveis.
10. A família romana, cujo
esplendor espiritual conseguiu
atravessar todas as eras,
parecia atormentada pelos
inimigos ocultos, que, aos
poucos, lhe minaram as bases
mais sólidas, mergulhando-a
na corrupção e no extermínio
de si mesma.
11.
12. “Nossa intenção é mostrar que o
determinismo do mundo espiritual era o
do amor, da solidariedade e do bem,
mas os próprios homens, na esfera
relativa de suas liberdades, modificaram
esse determinismo superior, no curso
incessante da civilização.”
*
13. Os generais romanos desviaram-se dos
objetivos mais sagrados dos seus
deveres e obrigações, levando aos
outros povos, pela força das armas a
submissão.
14. Por consequência dos seus
atos de horror e sofrimento,
quase todos entraram no
plano espiritual seguidos de
perto pelas suas numerosas
vítimas, entre vozes
desesperadas das mais
acerbas acusações.
15.
16. Muitos podem ser
vistos sem as suas
armaduras
elegantes,
arrastando-se como
vermes ao longo do
rio Tibre, ou
estendendo as
mãos asquerosas,
como mendigos
detestados do
Esquilino.
21. O Império Romano (27 a.C. - 476 d.C.)
*
O Império Romano em sua maior extensão, no século II.
22. Após a morte de
Augusto, em 14 d.C., o
período imperial costuma
ser dividido em dois
períodos: alto império e
baixo império.
23. Alto Império (27 a.C.-235)
Sucederam a Augusto, até o fim do século II, quatro dinastias de
imperadores:
Dinastia Júlio-Claudiana (14-68): com os imperadores Tibério,
Calígula, Cláudio e Nero.
Dinastia Flávia (68-96): com os imperadores Vespasiano, Tito e
Domiciano.
Dinastia Antonina (96-193): com Nerva, Trajano, Adriano, Antônio
Pio, Marco Aurélio e Cômodo.
Dinastia Severa (193-235): com Sétimo Severo, Caracala,
Heliogábalo e Severo Alexandre.
24. Baixo Império (235-476)
Em 235, iniciou-se um longo processo que se estenderia pelos dois
séculos seguintes e culminaria com a desagregação de grande parte do
Império Romano. As principais características desse processo foram:
• As crises política;
• O colapso do sistema escravista;
• Os problemas econômico;
• As dificuldades para proteger e manter as inúmeras fronteiras do
Império;
• A difusão do cristianismo, que pregava valores contrários à
manutenção do trabalho escravo.
Todos esses aspectos provocaram o enfraquecimento do comércio e da
produção em todo o Império. Aos poucos, a população abandonaria as
cidades para se abrigar no campo, onde encontraria maior proteção
contra a invasão de povos inimigos, chamados “bárbaros” pelos
romanos.
25. Crise final e desaparecimento do
Império Romano do Ocidente
A partir do século III, o Império
Romano atravessou várias crises,
que acabaram por provocar sua
decadência e, finalmente, sua
desintegração.
28. Foi o Vesúvio que
desequilibrou a
existência romana
para sempre quando
atormentou e
arrasou com sua
tempestade de fogo
e cinza as cidades de
Estábias, Herculano
e Pompéia,
destruindo milhares
de vidas.