O documento discute vários métodos de doping e seus efeitos na saúde. Estes incluem estimulantes que reduzem a fadiga mas aumentam riscos cardíacos, narcóticos que mascaram dor mas causam dependência, e esteróides anabólicos que aumentam força muscular mas causam danos orgânicos. Muitos métodos de doping podem levar a danos graves ou até morte subita do atleta.
17. • Estimulantes: reduzem a fadiga e aumentam a adrenalina.
• Narcóticos: diminuem a sensação de dor.
• Esteróides anabólicos: aumentam a força muscular.
• Diuréticos: usadas para controlar o peso e também para
mascarar o doping.
• Betabloqueadores: diminuem a pressão arterial do atleta. São
usados em competições de tiro e arco e flecha para manter
estáveis as mãos do atleta.
• Hormônios peptídeos e análogos: aumentam o volume e a
potência dos músculos.
• doping sanguíneo, uma transfusão em que o sangue do atleta
é injetado nele mesmo, para aumentar o oxigênio nos tecidos
18.
19. HORMONIOS PEPTÍDICOS E ANÁLOGOS
• Os hormônios peptídicos e análogos são
substâncias que atuam no organismo de modo a
acelerar o crescimento de determinados órgãos
e tecidos, melhorando diversas funções
orgânicas.
• A gonadotrofina coriônica humana, o hormônio
do crescimento, o hormônio
adrenocorticotrófico, a eritropoetina e a insulina
são alguns exemplos de hormônios peptídicos e
análogos.
20. GONADOTROFINA CORIÔNICA
• Este hormônio aumenta a produção de
esteróides endógenos (como a testosterona)
e o seu uso por atletas deve-se à sua
capacidade de proporcionar o aumento do
volume e potência dos músculos.
• Pode causar efeitos secundários
potencialmente nefastos ao organismo
relacionados à produção excessiva de
testosterona.
21. • O uso do hCG proporciona aumento significativo de
vários tecidos do organismo, entre eles, o tecido
muscular. O uso prolongado de quantidades
excessivas do hormônio do crescimento pode
produzir efeitos colaterais prejudiciais ao organismo,
tais como a acromegalia (crescimento desmedido das
mãos, pés, cara e de alguns órgãos), intolerância à
glicose, compressão de nervos periféricos, hipertrofia
cardíaca e doenças articulares.
• Outros efeitos a retenção de líquidos e de sódio,
originando sobrecarga cardíaca, o aparecimento de
diabetes e maior incidência de tumores malignos (ex:
leucemias).
22. ADENOCORTICOTRÓFICO - ACTH
• O hormônio adrenocorticotrófico, ou ACTH
como é usualmente conhecido, é uma
substância que aumenta o nível endógeno de
corticosteróides. Usado por períodos
prolongados pode provocar enfraquecimento
muscular acentuado. Dentre os principais efeitos
que pode causar ao organismo destacam-se a
insônia, a hipertensão arterial, diabetes, úlceras
gástricas, perda de massa óssea e dificuldades
de cicatrização das feridas.
23. ERITROPOIETINA - EPO
• Este hormônio promove o aumento do número
de glóbulos vermelhos (hemácias) no sangue e
desse modo proporciona um maior transporte
de oxigênio para as células. Dentre os principais
efeitos causados pelo uso deste hormônio
destacam-se o aumento da viscosidade
sanguínea em decorrência do maior número de
hemácias no sangue, a hipertensão arterial,
possíveis infartos do miocárdio e cerebral,
embolia pulmonar, insuficiência cardíaca e
outras situações graves que podem conduzir à
morte.
24. EPO x ANEMIA
• A utilização continuada de EPO pode originar
a produção de autoanticorpos
antieritropoietina que podem conduzir ao
aparecimento de anemia de difícil
tratamento, com a inevitável diminuição do
rendimento esportivo
25. EPO x INSUFICIÊNCIA RENAL
• A diferença é simples: nos casos de pacientes
com problemas renais crônicos a utilização
de EPO visa repor os níveis normais de
glóbulos vermelhos e hemoglobina no
sangue; no caso dos atletas o efeito será de
aumentar esses níveis que já são elevados
em função da prática esportiva.
26. INSULINA
• A insulina é um hormônio produzido no
pâncreas e tem um papel muito importante
no metabolismo dos glicídios. A diabetes é
originada por um déficit de produção de
insulina e seu uso indiscriminado por atletas
pode desencadear hipoglicemia e levar à
morte em poucos segundos.
27. • A administração de uma única dose de
insulina pode resultar em um déficit de
açúcar no sangue (hipoglicemia) que pode
causar a morte num curtíssimo espaço de
tempo por falta de glicose, único carburante
utilizado pelo sistema nervoso central.
28. FATORES DE CRESCIMENTO
• Os fatores de crescimento representam um
grupo muito diversificado de substâncias que
potencializam diretamente o crescimento de
órgãos e tecidos ou que servem de mediadores
para a estimulação de outros fatores de
crescimento. Os prejuízos para a saúde estão
relacionados com alterações da homeostasia do
corpo humano, não existindo até o momento
estudos científicos que garantam a segurança da
sua administração terapêutica.
29. BETA 2-AGONISTAS
• Os beta2-agonistas são mais comumente
conhecidos como aliviadores de asma ou
broncodilatadores. São fármacos que relaxam e
abrem as vias aéreas (brônquios) que se
estreitam durante um ataque de asma.
• Em doses altas essas substâncias possuem
efeitos anabolizantes que provocam alterações
graves do ritmo cardíaco, com o aparecimento
de arritmias que podem ser fatais.
30. ANTAGONISTAS HORMONAIS E
MODULADORES
• Os antagonistas hormonais e moduladores
representam um conjunto muito diversificado de
grupos farmacológicos de antagonistas hormonais e
moduladores que têm efeitos semelhantes ao dos
agentes anabolizantes.
• Quando utilizados em altas dosagens com intuito de
aumentar o rendimento esportivo podem ocasionar
hipertrofia desregulada de determinados órgãos, com
os inerentes malefícios orgânicos que daí podem
advir, como no caso da miostatina.
31. DIURÉTICOS
• Os diuréticos são substâncias que aumentam a formação de
urina pelos rins. Os principais prejuízos para a saúde do
atleta são: ocorrência de graves perturbações do ritmo
cardíaco por alterações do metabolismo do potássio que
podem conduzir à morte. Além disso, podem causar
desidratação em razão da perda exagerada de líquidos, que
pode ser grave em condições adversas de arrefecimento
orgânico (muito calor e umidade relativa elevada).
• Os diuréticos podem ainda causar alterações no
metabolismo glicídico, com tendência para a hiperglicemia,
conduzir a níveis elevados de ácido úrico no sangue e
provocar alterações no metabolismo do cálcio e sódio que
podem predispor os atletas a um quadro de lesões
esportivas.
32. ESTIMULANTES
• Estimulantes são substâncias que têm um efeito
direto sobre o sistema nervoso central, aumentando a
estimulação do sistema cardíaco e metabólico. Os
estimulantes psicomotores, como é o caso das
anfetaminas e substâncias similares, provocam perda
de discernimento e, em certas modalidades
esportivas, contribuem para a ocorrência de
acidentes.
• Ao provocarem a supressão da sensação de fadiga
retiram ao organismo o seu “termostato”, fazendo
com que se prossiga com o esforço ultrapassando
todos os limites fisiológicos, sendo desse modo um
risco para a vida do atleta.
33. • A ingestão de anfetaminas pode causar
agitação, irritabilidade, euforia, insônias,
tonturas, tremores, dores de cabeça e
náuseas, e sintomas mais graves, como
confusão mental, aumento da agressividade,
convulsões, alucinações e delírio.
34. ESTIMULANTES x ÓBITO
• Ao aumentarem a tensão arterial e a
frequência cardíaca, os estimulantes podem
predispor a crises hipertensivas, hemorragias
cerebrais e arritmias cardíacas graves, que
podem conduzir à morte.
35. • A utilização continuada pode conduzir a
dependência física e psíquica, originando
sintomatologia quando se interrompe a sua
toma (síndrome de abstinência).
• O uso prolongado pode também resultar em
emagrecimento, psicoses e doenças
neurológicas. Em doses altas as aminas
simpaticomiméticas, como é o caso das
efedrinas, podem provocar dores de cabeça,
aumento da ansiedade, alterações do ritmo
cardíaco e convulsões
36. USO INDISCRIMINADO MORTE
SUBITA
• Ao inibir os sinais anunciadores de golpe de
calor e da desidratação e, simultaneamente, a
capacidade de percepção da fadiga, estas
substâncias fazem com que o organismo
ultrapasse os seus limites fisiológicos e agrave a
desidratação, sem que o atleta perceba.
• Muitas das mortes súbitas em competição são
ocasionadas pela ingestão de substâncias
proibidas.
37. CANABINÓIDES- MACONHA
• Os canabinóides interferem com a maior
parte das funções psicomotoras
(coordenação de movimentos, tempo de
reação, percepção e acuidade visual),
prejudicando o desempenho esportivo e
predispondo o atleta a um maior risco de
lesões, acidentes graves ou mesmo casos de
morte.
38. COCAINA
• A cocaína é uma substância estimulante que
pode causar a morte em competição por
provocar espasmo das artérias coronárias
com o surgimento de enfarte do miocárdio.
• Os efeitos adversos desta droga são muito
semelhantes aos das anfetaminas: viciam e
provocam alterações psíquicas graves, tais
como inibição da percepção de dor e fadiga e
aumento da agressividade.
39. NARCÓTICOS MAIS NOCIVOS
• Os narcóticos proibidos no esporte estão representados
pela morfina e compostos químicos e farmacológicos
análogos, derivados do ópio. Eles atuam ao nível do
sistema nervoso central, diminuindo a sensação de dor e
por isso são utilizados para mascarar a sensação de dor e
as manifestações da fadiga.
• Podem ocasionar efeitos secundários como náuseas,
vômitos, tonturas, prisão de ventre, cólicas abdominais e
também originar perturbações mais graves com risco de
dependência física e psíquica (efeito viciante), delírio e
mesmo a morte por parada respiratória. Ao inibirem as
manifestações da fadiga, podem fazer com que o atleta
ultrapasse os seus limites físicos, pondo em risco a própria
vida.
40. GLICOCORTICÓIDES
• Os glicocorticóides são substâncias que possuem uma
ação anti-inflamatória muito potente e por isso são
utilizadas pelos atletas para facilitar a recuperação
muscular, mascarando a sensação de dor, e obter um
efeito euforizante.
• Seu uso continuado pode ocasionar efeitos adversos
graves, como úlceras gastroduodenais com risco de
hemorragia digestiva por perfuração, predisposição
para a diabetes e para a osteoporose, aparecimento
de alterações psíquicas, cataratas, predisposição para
o aparecimento do glaucoma e da insuficiência supra-
renal.
41. BETA-BLOQUEADORES
• Os beta-bloqueadores são utilizados para o
tratamento da hipertensão arterial e de situações
pós-enfarte do miocárdio. O uso indiscriminado
dessas substâncias pode provocar alterações do sono,
alucinações e depressão.
• Em asmáticos e pessoas com problemas da condução
cardíaca, podem provocar agravamento da asma ou
mesmo parada cardíaca. Seu uso prolongado gera
alterações do perfil lipídico, predispondo a doenças
cardiovasculares.
• Em atletas com diabetes podem encobrir os sinais de
hipoglicemia conduzindo à morte.
42. MÉTODOS DE INCREMENTO DE O2
• Também considerados Dopagem sanguínea, esses métodos
incluem as transfusões sanguíneas, os produtos
eritrocitários de qualquer origem e outros métodos que
induzam a um incremento artificial da captação, transporte
ou liberação de oxigênio. Podem provocar efeitos adversos,
quer seja via autotransfusão ou heterotransfusão.
• A autotransfusão pode predispor a infecções sanguíneas,
embolia gasosa, acidentes vasculares cerebrais, hipertensão
arterial e choque. As heterotransfusões, além das situações
mencionadas, podem ocasionar a transmissão da Hepatite B
e C e do HIV, assim como a possibilidade de hemólise
(destruição brusca dos glóbulos vermelhos por reações de
incompatibilidade A, B, O e Rh).
43. TRANSFUSÕES DE SANGUE
• Os hospitais contam com uma série de
procedimentos que são respeitados pelos
profissionais de saúde que ali trabalham. A
realização de transfusões fora do ambiente
hospitalar não segue as mesmas regras,
utilizando sangue mal acondicionado e
administrado por pessoal não qualificado, o
que pode conduzir à morte.
44. • Todos os métodos que possam provocar um
incremento artificial da captação, transporte ou
libertação de oxigênio podem conduzir a um
aumento da produção de radicais livres de
oxigênio, causando graves lesões orgânicas, com
destruição das membranas e proteínas celulares,
de estruturas articulares e mesmo a lesão do
ADN dos cromossomas.
• Podem conduzir ao aparecimento de neoplasias
e a uma maior predisposição para doenças
cardiovasculares.
45. MANIPULAÇÃO QUÍMICA E FÍSICA
• Estes métodos de Dopagem podem representar uma
grande diversidade de técnicas que levam à
adulteração, ou tentativa de adulteração da
integridade das amostras recolhidas no âmbito de um
controle de Dopagem.
• As cateterizações e as infusões intravenosas
realizadas como método de Dopagem são utilizadas
geralmente em condições que não respeitam as boas
práticas em cuidados de saúde e muitas vezes são
realizadas por pessoal não qualificado, sem condições
ideais de assepsia e em locais inapropriados.
46. DOPAGEM GENÉTICA
• A Dopagem genética representa a transferência de células - ou de
elementos genéticos - e o uso de agentes farmacológicos ou
biológicos que alterem a expressão genética com o intuito de
melhorar o rendimento esportivo.
• A eficácia da Dopagem genética no aumento do rendimento
esportivo não está comprovada cientificamente. A maioria das
técnicas de manipulação genética visa a alteração do material
genético de células e a estimulação da sua replicação, sem que no
entanto existam mecanismos que controlem esses processos.
• Podem causar maior predisposição para o aparecimento de
neoplasias, além de não se conhecerem os efeitos a longo prazo,
considerando se tratar de técnicas muito recentes, desprovidas de
estudos longitudinais que permitam garantir a sua segurança.