3. Introdução
Desde os primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade (realizados na Grécia em 776 a.C.) são utilizadas
substâncias para melhorar as performances dos atletas. Se na Antiguidade eram utilizadas coisas como sangue
de cabra e ervas para fazer os atletas melhorarem o seu desempenho, hoje em dia são usadas substâncias
como esteroides e anabolizantes e esta prática é ilegal e tem nome: doping.
Mas o que é o doping? A dopagem, ou doping (palavra com origem em doop, termo usado desde o tempo dos
gregos e que significa um sumo extraído do ópio) está sempre a evoluir conforme a ciência avança. É definida
pela OMS como o “uso de qualquer substância exógena (não produzida pelo organismo), proibida pela
regulamentação desportiva, tendo por objetivo melhorar o desempenho físico e/ou mental, por meios
artificiais”.
No desenvolvimento deste trabalho, irei abordar as várias áreas deste tema tão abrangente: Dopagem e
riscos de vida e/ou saúde; focando-me essencialmente nos seguintes tópicos: as várias substâncias utilizadas
para a dopagem; as técnicas e os métodos proibidos no desporto; os riscos que pode causar na saúde humana
e o controlo anti doping.
4. Doping: substâncias e métodos
Para melhorar as performances dos atletas de competição, são utilizadas substâncias como:
Esteroides anabolizantes: formas sintéticas (artificiais) da testosterona, que são usadas para aumentar o tamanho
dos músculos.
Estimulantes: substâncias que têm um efeito direto sobre o Sistema Nervoso Central, porque aumentam a
estimulação do sistema cardíaco e metabólico. Os estimulantes mais disseminados no desporto são as
anfetaminas, cocaína, efedrina e cafeína.
Narcóticos: substâncias representadas pela morfina, petilina e substâncias análogas. São compostos derivados do
ópio e que atuam no sistema nervoso central diminuindo a sensação de dor, sendo esse efeito o motivo pelo qual
são utilizados por atletas, principalmente em desportos de bastante resistência.
Diuréticos: drogas que aumentam a formação e a excreção da urina. Os principais exemplos de diuréticos são
otriantereno e a furosemida, sendo estas substâncias utilizadas porque podem provocar perda de peso e mascar
o doping.
5. Existem também métodos e técnicas que são também proibidas no desporto pelo mesmo motivo que as
substâncias referidas acima. Entre elas está o aumento do transporte de oxigénio no sangue,
conseguido através de transfusões de sangue previamente retirado do atleta e enriquecido em glóbulos
vermelhos. A manipulação física e química de amostras usadas nos testes anti doping é também uma
pratica frequente onde se alteram, por exemplo, as amostras de urina dos atletas de maneira a que
estas não acusem que houve dopagem. Por fim, uma técnica de doping que ainda se encontra em
desenvolvimento é o doping genético, que consiste no uso de genes/células que tenham a capacidade de
aumentar o rendimento desportivo do atleta
6. Riscos da dopagem
Os riscos associados ao doping variam consoante a substância consumida, a frequência e o tempo de
consumo e o sexo e a idade de quem consome.
Cada substância tem os seus riscos associados: os estimulantes causam doenças cardiovasculares graves,
podem levar a enfartes e, claro, à dependência química das substâncias;
já os narcóticos não só causam dependência química como a deterioração física e psíquica;
os esteroides são as substâncias que têm a maior lista de riscos, sendo alguns deles a perda de cabelo e
dores de cabeça, no caso dos indivíduos do sexo masculino o crescimento da próstata, o aumento do risco
de lesões musculares e nos ligamentos, doenças renais e ainda perda potencial de crescimento ósseo;
por fim, os diuréticos podem causar desidratação abrupta e problemas cardíacos e renais.
O processo de aumento de oxigénio no sangue também pode ter também consequências graves para a
saúde de quem o pratica, já que o aumento de glóbulos vermelhos no sangue aumenta a viscosidade do
sangue e, consequentemente, a probabilidade da ocorrência de ataques cardíacos.
Todas estas substâncias e práticas podem levar á morte do atleta.
7. Controlo anti-doping
Os testes são realizados através da urina, dado que a urina é a responsável por transportar todas as
impurezas do nosso corpo, o que inclui drogas que eventualmente tenham sido tomadas. Os atletas que
participam em competições desportivas oficiais ou de âmbito internacional ficam obrigados a submeter-
se ao controlo anti doping mesmo não estando em competição, isto é, em períodos de treino. Os atletas são
selecionados através de um sorteio. Com o controlo pretende-se: preservar a ética desportiva; salvaguardar a
saúde física e mental dos atletas; assegurar a igualdade entre todos os atletas em cada evento
desportivo. Os atletas que se recusem a comparecer a um controlo anti doping, assim como os atletas que
apresentem níveis de substâncias proibidas acima dos limites estipulados por lei, estão a violar as regras,
logo, estão sujeitos a penas de suspensão e multa
8. Conclusão
Em suma, a dopagem é uma prática proibida, antiética e muito prejudicial à saúde e até mesmo à vida dos
atléticas que a usam. Existem várias formas de doping, todas com elevados riscos associados.
O controlo anti doping é uma área muito importante, uma vez que o desporto é um fenómeno que move
milhões de pessoas. A prática do desporto deve implicar honestidade e igualdade e competir não deve
significar ser melhor a qualquer custo, mas sim significar esforço, dedicação e verdade.
Com este trabalho, aumentei e aprofundei o meu conhecimento acerca deste assunto tão importante